BR102014028426B1 - Escotilha, tranca e conjunto automatizado de abertura e fechamento de escotilha e vagão ferroviário - Google Patents

Escotilha, tranca e conjunto automatizado de abertura e fechamento de escotilha e vagão ferroviário Download PDF

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Abstract

escotilha, tranca e conjunto automatizado de abertura e fechamento de escotilha e vagão ferroviário. descreve-se uma escotilha (110), dotada de pelo menos um eixo (111) e uma tampa (112); uma tranca (120), dotada de pelo menos um carne (121), uma. mola (122) e um pino copiador (123); e um conjunto automatizado de abertura e fechamento de escotilha (100) de vagões, que compreende pelo menos uma escotilha (110), uma tranca (120) e um atuador (130); para serem aplicados em um vagão ferroviário. o conjunto automatizado de abertura e fechamento de escotilha (100) da presente invenção possibilita a abertura ou o fechamento da escotilha de vagões do tipo hopper, proporcionando um carregamento mais rápido e seguro.

Description

[1] A presente invenção refere-se a um conjunto automatizado de abertura e fechamento de escotilha de vagões ferroviários, particularmente para vagões do tipo hopper, que possibilita a abertura ou fechamento automatizado da escotilha, permitindo o carregamento conjunto de toda a carga do vagão. Descrevem-se também a escotilha e a tranca utilizadas no conjunto e um vagão ferroviário dotado de tal sistema de abertura e fechamento de escotilhas.
[2] Descrição do Estado da Técnica
[3] Os vagões ferroviários são idealizados para transporte de pessoas ou de carga e são tracionados por uma ou mais locomotivas. Comercialmente, pode-se afirmar que os vagões ferroviários são divididos em vagões para transporte de passageiros e vagões de carga, sendo este último o grande gerador de receitas para empresas de logística e transporte de cargas.
[4] Os vagões para transporte de carga se subdividem basicamente em: (I) Hopper - para o transporte de grãos, farelo, fertilizantes, fosfatos, açúcar, sal e minério de ferro, entre outros, (II) Tanque - para o transporte de cimento a granel, combustíveis, ácido sulfúrico e óleo vegetal, entre outros, (Hi) All door - para o transporte de fardos de celulose, entre outros, (iv) Multicarga - para o transporte de granéis e sacarias, entre outros, (v) Plataforma - para o transporte de produtos de alto peso, trilhos, tubos, contêineres e semi reboques rodoviários, entre outros e (vi) Gôndola - para o transporte de minério de ferro e bauxita, entre outros.
[5] O vagão hopper é o “vagão graneleiro” mais característico, já que não se confunde com nenhum vagão-tanque, nem com o tradi- cional vagão multicarga fechado.
[6] Sua principal característica é o interior feito de planos inclinados, em forma de "funil", por onde o granel é obrigado a escoar, tão logo sejam abertas as bocas de descarga. Sua alimentação é feita pela parte superior, ou carga superior, e a descarga é feita pela parte inferior, normalmente através de tremonhas.
[7] Os vagões hopper, ao contrário do vagão graneleiro multicarga, não possuem portas, pois não há necessidade de organizar a carga manualmente. Por outro lado, este tipo de vagão não serve para carga geral.
[8] O vagão hopper fechado destina-se, principalmente, ao transporte de alimentos, ou outros produtos que também devam ser protegidos do sol e da chuva. O teto dispõe de escotilhas para receber o granel. O que se entende como escotilha é uma abertura superior, dotada de um mecanismo de abertura e fechamento. Quando na posição de fechamento, a escotilha deve ser capaz de lacrar a abertura, impedindo a passagem de água, por exemplo.
[9] Especificamente, em relação ao sistema de abertura e fechamento de escotilhas superiores, o padrão atual é a utilização de um sistema manual individual (escotilha por escotilha), completamente defasado se comparado aos aperfeiçoamentos para o restante do vagão. Cada escotilha deve ser aberta, uma a uma, para que o vagão seja carregado.
[10] A maioria dos vagões do tipo hopper é dotada de aproximadamente sete escotilhas em sua porção superior, destinadas à alimentação do vagão. Tais escotilhas são compostas por tampas dotadas de um componente estruturado em aço e tem, em média, 45 kg cada.
[11] Assim, para que seja possivel abrir ou fechar um conjuntode escotilhas atualmente, é necessário que um ou mais operadores subam no vagão (a altura de um vagão desse tipo é, normalmente, 4 metros) e abram, para que seja fornecido o carregamento em uma escotilha de cada vez, realizando tais operações em uma posição agachada.
[12] O fato de haver a necessidade de um ou mais operadores subirem no vagão para abrir ou fechar as escotilhas já consiste, em si, em uma enorme desvantagem, haja vista o esforço desprendido no processo e o risco iminente de acidentes, como queda de ferramentas ou até mesmo do operador. Tal esforço e risco de acidentes ainda são potencializados pelo peso excessivo das tampas e a posição inadequada de trabalho por parte dos operadores.
[13] Via de regra, o procedimento de abertura manual e individual das escotilhas também é bastante demorado, o que é extremamente desvantajoso quando se busca alta produtividade e eficiência da operação e logística de transporte ferroviário.
[14] A operação desprende de tempo elevado, pois além das naturais limitações por ser um processo individual e manual, também devido à necessidade de abertura e fechamento da trava de segurança. Assim, como se não bastasse demorada e difícil operação de abertura e fechamento da escotilha e carregamento do vagão, os operadores ainda devem liberar e, posteriormente, travar a trava de segurança em cada escotilha, uma de cada vez. A trava de segurança é um dis-positivo fundamental, haja vista a velocidade que o trem se desloca e as vibrações transmitidas para a tampa, se, porventura, alguma escotilha se abrisse, acarretaria num enorme prejuízo.
[15] Ademais, a manutenção de um sistema de abertura e fechamento de escotilhas é bastante prejudicada pela existência de uma excessiva quantidade de buchas e pinos, necessários em cada escoti- lha. Tais dispositivos, assim como as tampas, estão sujeitos à oxidação, deformações e engripamento devido à utilização e/ou resultantes de impactos ou vibrações.
[16] Com isso, havia uma demanda por um sistema de abertura de escotilhas de vagões ferroviários que seja mais eficiente e rápido, tornando necessário, portanto, desenvolver um sistema de abertura e fechamento de escotilhas, simples, econômico e de fácil acionamento, e que possibilitasse a liberação da trava de segurança, a abertura, o fechamento e o travamento da trava de segurança, tudo de forma automatizada, diminuindo consideravelmente o tempo de carga e/ou a necessidade de diversos operadores para efetuar o serviço.
[17] Objetivos da invenção
[18] Assim, a presente invenção tem por objetivo prover uma escotilha superior a ser aplicada em um vagão que seja capaz de alternar entre uma posição de fechamento e uma posição de abertura através de um método automatizado.
[19] Ademais, a presente invenção tem por objetivo prover uma tranca, a ser aplicada na escotilha, de modo que seja capaz de travar, automaticamente, a escotilha quando de sua posição de fechamento, agindo como uma trava de segurança.
[20] A presente invenção tem por objeto também um vagão ferroviário dotado de um conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha, tal conjunto deve ser capaz de abrir e fechar a escotilha, de forma automatizada; travar a escotilha numa posição de fechamento, de forma automática; e permitir a operação de abertura ou fechamento da escotilha através de um comando externo.
[21] Em especial, a presente invenção é um sistema focado para abertura simultânea de escotilhas de vagões ferroviários do tipo Hopper, muito embora possa ter constituição e aplicação em vagões diversos.
[22] Breve descrição da invenção
[23] A invenção consiste em uma escotilha superior de um vagão, particularmente um vagão para o transporte de produtos em pó, granel, ou de fluidos compreendendo pelo menos uma caçamba dotada de pelo menos uma abertura superior, a escotilha sendo dotada de pelo menos uma tampa disposta sobre a abertura superior capaz de alternar entre uma posição de fechamento e uma posição de abertura que possibilite o enchimento da caçamba; a escotilha compreende pelo menos um eixo, solidário à dita tampa, por meio de hastes e pivo- tantemente disposto em mancais dispostos no vagão que seja capaz de movimentar seletivamente a tampa entre a dita posição de fechamento e a dita posição de abertura.
[24] A invenção consiste também em uma tranca que compreende pelo menos: um carne solidário ao eixo, o carne sendo dotado de um ressalto e podendo compreender uma circunferência, ou não; e uma mola associada em uma das extremidades em um mancai fixo no vagão e em sua outra extremidade, dotada de um pino copiador, o pino copiador permanecendo em contato com o carne e sendo capaz de transcrever a geometria do came; a tranca sendo capaz de, quando a tampa estiver na posição de fechamento oferecer uma resistência ao rolamento do eixo suficiente para garantir que a tampa permaneça em tal posição de fechamento.
[25] Ademais, a invenção consiste em um conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha que compreende: a escotilha, a tranca e um atuador associado ao eixo por um sistema pi- nhão-cremalheira, o atuador sendo capaz de rotar o eixo a uma amplitude desejada, atendendo a comandos manuais, elétricos, mecânicos ou pneumáticos; a tranca se associando à escotilha por meio do eixo, o conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha garantindo que a abertura e o fechamento de escotilha ocorram de forma automatizada e o travamento e o destravamento da tranca ocorram de forma automática.
[26] Por fim, a invenção consiste em um vagão ferroviário que compreende o conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha.
[27] Breve Descrição dos Desenhos
[28] A presente invenção será, a seguir, mais detalhadamente descrita com base em um exemplo de execução representado nos desenhos. As figuras mostram:
[29] Figura 1 - uma vista em perspectiva de um vagão do tipo hopper dotado do conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha 100, retratando a posição de escotilha fechada, de acordo com a presente invenção;
[30] Figura 2 - uma vista em perspectiva de um vagão do tipo hopper dotado do conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha, retratando a posição de escotilha aberta, de acordo com a presente invenção;
[31] Figura 3 - uma vista em perspectiva do conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha 100, retratando a posição de escotilha aberta, de acordo com a presente invenção;
[32] Figura 4 - uma vista em perspectiva do conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha, retratando a posição de escotilha fechada, de acordo com a presente invenção;
[33] Figura 5 - uma vista lateral de um vagão do tipo hooper dotado do conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha, retratando a posição de escotilha fechada, de acordo com a presente invenção;
[34] Figura 6 - uma vista lateral de um vagão do tipo hooper dotado do conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha, retratando a posição de escotilha aberta, de acordo com a presente invenção;
[35] Figura 7 - uma vista em perspectiva da escotilha que compõe o conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha, retratando a posição de escotilha fechada, de acordo com a presente invenção;
[36] Figura 8 - uma vista em perspectiva da tampa que compõe o conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha, retratando a posição de escotilha aberta, de acordo com a presente invenção;
[37] Figura 9 - um corte lateral da tranca que compõe o conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha, retratando a posição de travamento da escotilha fechada, de acordo com a presente invenção; e
[38] Figura 10 - um corte lateral da tranca que compõe o conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha, retratando de forma esquemática o equilíbrio das forças nos dispositivos, de acordo com a presente invenção.
[39] Descrição Detalhada das Figuras
[40] De acordo com uma concretização preferencial e como pode ser notado a partir da figura 1, o vagão V (por exemplo, ferroviário) utiliza um novo e inventivo conjunto automatizado para abertura e fechamento de escotilha 100, incrementando sobremaneira a eficiência, facilidade e o desempenho no tocante à rapidez e segurança na operação de carregamento do vagão V, de modo consistentemente superior quando se compara com os vagões atualmente em uso.
[41] Para uma melhor compreensão da invenção, o conjunto deautomatização de abertura e fechamento de escotilhas 100 será doravante referenciado apenas como conjunto 100.
[42] Inicialmente, cumpre notar que o conjunto 100, objeto da presente invenção, foi idealizado para utilização primordial em vagões V destinados para o transporte em pó ou a granel (grãos, farelo, fertilizantes, etc.), como os vagões do tipo hopper, mas é evidente que o sistema pode ser adaptado ou particularizado para utilização em qualquer outro tipo de vagão, ou ainda, em outros tipos de veículos, como por exemplo, em carretas rodoviárias.
[43] Assim, para o correto funcionamento da invenção proposta é que o vagão V ferroviário seja equipado com o conjunto 100. Podendo ser, com exceção de tal característica distintiva, tal como os vagões ferroviários revelados no estado da técnica.
[44] Da disposição construtiva
[45] A invenção pode ser facilmente visualizada pelas figuras 1 e 2, que representam as posições de fechamento e abertura da escotilha, a identificar as partes como: eixo 111, tampa 112, atuador 130, mancai 140 e sistema pinhão-cremalheira 150.
[46] Assim, o conjunto 100 é alcançado através da associação de uma escotilha 110, uma tranca 120, um atuador 130, mancai 140 e um sistema pinhão-cremalheira 150, de modo que sua aplicação é destinada a uma caçamba de um vagão V.
[47] A escotilha 110 é dotada de um eixo 111 e uma tampa 112, ambos estão associados através de hastes 113, solidárias ao eixo 111 e fixas na tampa 112.
[48] É importante notar que a tampa 112 deve ser leve e resistente, de modo que seja possível alternar entre uma posição de abertura e fechamento de um modo facilitado, como através de um atuador, por exemplo. Ademais, cumpre notar que o excesso de peso é sempre uma questão que merece atenção em um meio de transporte como um trem, a fim de necessitar de menos combustível operar.
[49] Assim, a tampa 112 é dotada, de modo preferencial, mas não obrigatório, de diversas porções de alumínio (pode ser empregada fibra de vidro ou UHMH, por exemplo), cada porção podendo ser sustentada por uma haste 113 metálica de modo que, associando as porções de alumínio (por exemplo, por colagem ou por meio de parafusos, entre outros) obtém-se uma tampa 112. Cumpre notar que as porções de alumínio são compostas de uma sobreposição de finas chapas de alumínio, tal associação pode ser feita através de colagem.
[50] As porções de alumínio podem ser análogas a cada escotilha compreendida pelo estado da técnica, o diferencial consiste, também, na união de todos os blocos, podendo formar uma única escotilha 110.
[51] Devido a essa sobreposição de finas chapas de alumínio, a tampa 112 é dotada de alta resistência mecânica e, ao mesmo tempo, é leve, tendo sua aplicação considerada vantajosa em um trem. Ademais, a cola usada no processo de união confere à tampa 112 uma impermeabilidade, característica essencial numa tampa 112 a ser aplicada em um vagão V. Assim, a tampa 112 oferece as características resistivas necessárias à aplicação e possibilita o seu movimento sem grandes esforços, por ser leve, resistente e impermeável. Cumpre notar que a tampa 112 não exige métodos complexos de obtenção, fabricação e montagem, sendo esses processos considerados como de baixo custo.
[52] A operação de colagem substitui as fixações convencionais por meio de rebites ou parafusos. Caso fosse escolhida a fixação por meio de rebites ou parafusos, deveria ocorrer adição de selante entre os contatos, para impermeabilização, o processo de colagem substitui desta forma o selante comentado.
[53] Assim, a tampa 112 pode ser associada ao eixo 111 através de um carne 121, que será mais bem descrito posteriormente. De modo que tampa 112 seja solidária ao eixo 111, a associação desses dois dispositivos resulta numa escotilha 110. Importante ressaltar que a escotilha 110 pode ser apenas uma longa escotilha que se estende por todo o vagão V (assim como demonstrado nas figuras), mas tam-bém pode se dividir em diversas escotilhas, de modo que essas podem ser abertas apenas da forma de uma determinada escotilha por vez, por exemplo, para um carregamento específico, através de um, ou mais, eixos auxiliares.
[54] A escotilha 110 é associada ao teto do vagão V através de mancais 140, os mancais 140 estão fixos no teto do vagão V e permitem um movimento rotacional do eixo 111, mas não permitem sua translação. Ademais, os mancais 140 são dotados de paredes P para sustentação da mola 122 da tranca 120 (melhor descrita doravante).
[55] O importante da invenção é que a escotilha 110 seja leve e dotada de dispositivos que permitem sua abertura e fechamento, assim como trancamento, de uma forma automatizada, através de um comando externo como, por exemplo, um botão que aciona um atua- dor 130.
[56] Há uma necessidade de um sistema para travar a escotilha 110 quando da posição de fechamento (figura 1), para tal é revelada uma tranca 120 que pode ser mais bem visualizada pelas figuras 9 e 10.
[57] A tranca 120 pode ser dotada pelo menos de um carne 121, uma mola 122 e um pino copiador 123 que é associado à extremidade da mola 122. O fundamental da tranca 120 é que ela seja capaz de travar automaticamente a tampa 120 na posição de fechamento, mas permita a sua abertura através de um sistema simples, tal como o acionamento por um atuador 130.
[58] O que se entende como operação automática é uma operação que ocorre sem que nenhum comando tenha de ser feito, ou seja, a tranca 120 é capaz de interpretar que a escotilha 110 está na posição de fechamento e a trava sem que ninguém tenha de realizar nenhuma ação.
[59] O carne 121 é um elemento girante, solidário ao eixo 111 e à haste 113, que possui um contorno específico, podendo ser circular ou não e dotado de um ressalto R. A mola 122 é uma mola de compressão, uma de suas extremidades está fixa à parede P do mancai 140, fixo no teto do vagão V e na outra extremidade é associado um pino copiador 123, que permanece em contato com o carne 121 e é capaz de transcrever a geometria do contorno do carne 121 peio contato constante.
[60] Do funcionamento
[61] O conjunto 100 opera sendo alimentado por um atuador 130 e tem como objetivo alternar a escotilha 110 entre uma posição de fechamento e de abertura, oferecendo uma tranca 120 para a posição de fechamento.
[62] O atuador 130 pode ser um atuador hidráulico, pneumático, mecânico ou outros; na atual aplicação é utilizado um atuador 130 linear e pneumático, alimentado por tubos 131 pneumáticos, o atuador 130 é ativado através de um comando externo, que pode ser um botão. Cumpre notar que o atuador 130 é fixo ao vagão V, sendo que tal fixação possa ocorrer através de suportes parafusados na caçamba ou qualquer outro meio que seja capaz de manter o atuador 130 em sua posição.
[63] Ao simples apertar de um botão, o atuador 130 movimenta uma cremalheira 152 de forma linear que, por sua vez, gira um pinhão 151. O pinhão 151 está associado ao eixo 111, de modo que transmita o momento recebido da movimentação da cremalheira 152. Assim, a fixação do pinhão 151 no eixo 111 pode ocorrer de qualquer forma que permita tal transmissão de torque e impeça movimento axial, tal como por parafusos ou chavetas e mancais, entre outros.
[64] O eixo 111, ao rotar, destrava a tranca 120 (melhor detalhada doravante) e rota a tampa 112 em torno do eixo 111 até uma posição de abertura da escotilha 110.
[65] Assim, quando a tampa 112 fica na posição de abertura, o vagão V pode receber sua carga e, quando a operação estiver completa, o operador deve somente apertar um botão para iniciar o fechamento da escotilha 110.
[66] O que ocorre no fechamento é a operação contrária: o atuador 130 desloca a cremalheira 152 em posição contrária, movimentando o pinhão 152, o eixo 111 e a tampa 112 em sentido contrário. O movimento termina quando do completo fechamento da abertura superior do vagão V e ocorre um trancamento automático da escotilha 110 nessa posição.
[67] Tal trancamento pode ser facilmente notado na figura 10, quando a tampa 112 está na posição de fechamento, o ressalto R do carne 121 fica pressionando o pino copiador 123 e, consequentemente, a mola 122 contra o mancai 140. Como o mancai 140 é fixo ao vagão V, a mola 122 reage à força aplicando uma força de reação F no ressalto R do carne 121. Dado que a direção de tal força F não passa pelo centro 0 do carne 121 (passa a uma distância Y), é gerado um momento M em torno do centro 0 no carne 121. Tal momento M gerado é contrário ao momento que deve ser aplicado para abertura da escotilha 110, então oferece uma resistência à abertura da escotilha 110, fazendo a tranca 120 se comportar como uma trava de segurança automática.
[68] No momento em que um momento suficiente para abrir a escotilha 110 (proveniente do atuador 130) é aplicado no eixo 111, o ressalto R do carne 121 não fica mais em contato com o pino copiador 123, descomprimindo a mola 122 e gerando um momento muito inferior em torno do centro 0, possibilitando a fácil abertura da escotilha 110.
[69] Ademais, devido ao fato de existir ainda uma força aplicada pela mola 122 quando a escotilha 110 estiver aberta, tal força ajuda no amortecimento da escotilha 110 quando da aproximação da posição final de abertura, preservando os componentes envolvidos por evitar choques desnecessários e aumentando sua vida útil.
[70] Assim, a tranca 120 é dotada de um sistema automático, simples e funcional para travamento da escotilha 110 em uma posição de fechamento, que é capaz de travar automaticamente a escotilha 110 e permitir o destravamento a partir de um momento aplicado no eixo 111.
[71] Assim, uma tranca 120 permite a aplicação do conjunto 100 em um vagão V, pois não acarretariam em tantas vantagens ao usuário se o travamento da escotilha devesse ocorrer manualmente ou de forma automatizada, mas com dispositivos complexos. Cumpre notar que a força aplicada pelo atuador 130 é uma força de módulo somente necessário para rotar a tampa 112 em torno do eixo 111 e, dado que a tampa 112 é composta de material leve, a força no atuador não neces-sita ser expressiva; por essa razão, a tranca 120 deve ser capaz, além de travar seguramente a escotilha 110, de destravar a escotilha 110 através de uma força de intensidade comum de um atuador 130.
[72] São apresentados, em seguida, detalhamentos construti- vos, de um modo preferencial, mas não obrigatório, de modo a caracterizar a invenção.
[73] Quando da operação de descarga de um vagão V, que ocorre pela parte inferior do vagão V, a escotilha 110 pode ser aberta em torno de 10° com o objetivo de impedir a formação de vácuo no interior da caçamba, tal abertura facilita a operação de descarga e ocorre, também, através de um simples comando externo.
[74] A angulação total entre posição de abertura e posição de fechamento da tampa 112 pode compreender 172°, ficando a ponta da tampa 112 a uma altura de 78 mm da posição inicial, ou seja, da abertura superior do vagão V. Ademais, a diferença de cota do pinhão 151 com relação à cremalheira 152 entre as duas posições pode ser 302 mm, ou seja, o pinhão 151 pode transcorrer 302 mm na cremalheira 152, tanto na operação de fechamento como de abertura, obviamente em sentidos opostos.
[75] O conjunto 100 pode ser acionado por duas válvulas bidirecionais, localizadas nas laterais do vagão, operadas por um operador em solo, o operador se posicionará em pé para a ação eliminando o risco ergonômico de acidente. A função do operador é somente girar uma chave seletora de posição escolhendo entre abrir ou fechar a escotilha 110.
[76] Cumpre notar que a posição de abertura da escotilha 110, de um modo preferencial, mas não obrigatório, pode ser limitada e definida por uma trava incorporada dentro do cilindro do atuador 130, que impede o movimento do êmbolo do atuador 130, isso de modo a restringir a angulação de movimento da tampa 112 para evitar esforços desnecessários. Ademais, tal trava incorporada, fornecida pelo cilindro, pode auxiliar a tranca 120 no travamento de segurança de escotilha 110.
[77] Também vale ressaltar que o sistema pode ser acionado manualmente, caso ocorram falhas no sistema do atuador 130, o que ainda assim seria vantajoso por compreender a operação de abertura e fechamento de somente uma, e leve, escotilha 110. Ademais, ar externo pode ser injetado manualmente nas válvulas bidirecionais para alimentar o sistema no caso de falhas no atuador 130.
[78] Por fim, vale ressaltar que é possível a substituição do sistema pinhão-cremalheira 150 e atuador 130 linear, por atuadores rotativos ou atuadores rotativos de dupla ação, entre outros. Estes dois tipos de atuadores produzem menor torque, sendo necessário desenvolvimento de um novo modelo para aplicação.
[79] Ademais, também de modo preferencial, mas não obrigatório, a tranca 120 pode compreender também: um regulador de pressão na mola 122, possuindo regulagem de forma a comprimir e forçar o contato entre o pino copiador 123 e o carne 121; uma bucha cônica roscada, que possui o objetivo de reagir com a parede do mancai 140 de forma a travar a rosca existente no regulador de pressão e uma contraporca cônica para reagir contra a força exercida na bucha cônica, auxiliando na imobilização do sistema. Também, cumpre notar que pode ser empregado um suporte, fixo ao vagão, caso a utilização de um mancai 140 dotado de uma parede P seja inviável, assim a mola 122 ficaria em contato em uma extremidade com um suporte fixo ao vagão V e na outra com o carne 121.
[80] Assim, as vantagens de se utilizar um conjunto 100 tal como o evidenciado, compreendendo, principalmente, uma escotilha 110, uma tranca 120 e um atuador 130 são inúmeras e evidentes, tais como a maior segurança devido ao operador não precisar subir no vagão V, o que também resulta na possibilidade de utilizar somente um operador para a tarefa.
[81] Ademais, o tempo de carregamento se reduz drasticamente e a produtividade e eficiência da operação aumenta na mesma medida, uma vez que o conjunto 100 é inteiramente automatizado.
[82] Também, o conjunto 100 termina por se tornar mais econômico e com maior vida útil, pois a escotilha 110 não é prejudicada pela existência de uma excessiva quantidade de buchas e pinos, dispositivos que, assim como as tampas convencionais, estão sujeitos à oxidação, deformações e engripamento devido à utilização e/ou resultantes de impactos ou vibrações.
[83] Tendo sido descrito um exemplo de concretização preferido, deve ser entendido que o escopo da presente invenção abrange outras possíveis variações, sendo limitado tão somente pelo teor das reivindicações apensas, aí incluídas as possíveis equivalentes.

Claims (8)

1. Escotilha (110) de um vagão, particularmente um vagão (V) para o transporte de produtos em pó, granel, ou de fluidos compreendendo pelo menos uma caçamba dotada de pelo menos uma abertura superior, a escotilha (110) sendo dotada de pelo menos uma tampa (112) disposta sobre a abertura superior capaz de alternar entre uma posição de fechamento e uma posição de abertura que possibilite o enchimento da caçamba; a escotilha (110) sendo caracte-rizada pelo fato de compreender pelo menos:um eixo (111) solidário à dita tampa (112) por meio de hastes (113) e pivotantemente disposto em mancais (130) dispostos no vagão (V) que seja capaz de movimentar seletivamente a tampa (112) entre a dita posição de fechamento e a dita posição de abertura.
2. Tranca (120) de escotilha (110) de um vagão, particularmente um vagão (V) para o transporte de produtos em pó, granel, ou de fluidos compreendendo pelo menos uma caçamba dotada de pelo menos uma abertura superior, a escotilha sendo dotada pelo menos uma tampa (112) disposta sobre a abertura superior capaz de alternar entre uma posição de fechamento e uma posição de abertura que possibilite o enchimento da caçamba; a tranca (120) sendo caracterizada pelo fato de compreender pelo menos:um carne (121) solidário ao eixo (111), o carne (121) sendo dotado de um ressalto (R) e podendo compreender uma circunferência, ou não; euma mola (122) associada em uma das extremidades a um mancai (130) fixo no vagão (V) e em sua outra extremidade, dotada de um pino copiador (123), o pino copiador (123) permanecendo em contato com o carne (121) e sendo capaz de transcrever a geometria do carne (121) a tranca (120) sendo capaz de, quando a tampa (112) estiver na posição de fechamento oferecer uma resistência ao rolamento do eixo (111) suficiente para garantir que a tampa (112) permaneça em tal posição de fechamento.
3. Conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha (100) caracterizado pelo fato de compreender:uma escotilha (110), tal como definida na reivindicação 1;uma tranca (120), tal como definida na reivindicação 2; e um atuador (130) associado ao eixo (111) por um sistema pinhão-cremalheira (150), o atuador (130) sendo capaz de rotar o eixo (111) a uma amplitude desejada, atendendo a comandos manuais, elétricos, mecânicos ou pneumáticos;a tranca (120) se associando à escotilha (110) por meio do eixo (111), o conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha (100) garantindo que a abertura e o fechamento de escotilha (110) ocorram de forma automatizada e o travamento e o destrava- mento da tranca (120) ocorram de forma automática.
4. Conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha (100) como definida na reivindicação 1, 2 ou 3, caracterizado pelo fato de o atuador ser um atuador (130) linear pneumático, atuando a partir do pressionamento de um botão, o atuador possuindo um limitador dentro do cilindro de modo a limitar o fim de curso e, consequentemente, a posição de abertura da escotilha (110).
5. Conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha (100) como definida na reivindicação 1, 2 ou 3, caracterizado pelo fato de o sistema pinhão-cremalheira (150) compreender um pinhão (151) que rola sobre uma cremalheira (152) por uma distância de 302 mm.
6. Conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha (100) como definida na reivindicação 1,2 ou 3, ca- racterizado pelo fato de que a tampa (112) é associada a hastes (113) solidárias ao eixo (111); e porções de alumínio, fixadas nas hastes (113), as porções de alumínio sendo compostas de finas chapas de alumínio unidas entre si, formando uma sobreposição de camadas chapas de alumínio.
7. Conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha (100) como definida na reivindicação 1, 2 ou 3, caracterizado pelo fato de a amplitude entre a posição de fechamento e a posição de abertura ser 172° e a distância em altura da tampa (112) em relação à abertura superior entre as posições ser 78 mm.
8. Vagão (V) ferroviário caracterizado por compreender um conjunto de automatização de abertura e fechamento de escotilha (100) tal como definida nas reivindicações 1, 2 e 3.
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