(54) Título: PROCESSO DE FABRICAÇÃO POR LAMINAÇÃO CONTÍNUA DE CARTÕES COM MICROCIRCUITO DO TIPO COM CONTATO (51) Int. Cl.: G06K 19/077; B32B 37/22; G11C 5/04; H01L 21/50; H05K3/00; (...) (30) Prioridade Unionista: 13/12/2012 FR 1262016 (73) Titular(es): OBERTHUR TECHNOLOGIES (72) Inventor(es): MICKAÉL HUET; OLIVIER BOSQUET (85) Data do Início da Fase Nacional:
12/12/2013 (57) Resumo: PROCESSO DE FABRICAÇÃO POR LAMINAÇÃO CONTÍNUA DE CARTÕES COM MICROCIRCUITO DO TIPO COM CONTATO. Para fabricar cartões com microcircuito do tipo com contato: * se prepara uma tira eletricamente isolante contínua (10), comportando, sobre suas faces, uma rede de faixas de contato e uma rede de circuitos integrados, assim como uma tira contínua de suporte (20), na qual é realizada uma rede de cavidades de mesma geometria que a rede de circuitos integrados, depois se lamina a tira contínua de suporte (20) e a tira eletricamente isolante (10) com uma tira intermediária (30) de material de colagem, de modo a formar uma tira laminada (50); * se realizam recortes parciais de modo a individualizar cartões com microcircuito que permanecem ligadas ao resto da tira por zona de ligação unicamente situadas transversalmente ao comprimento da tira laminada; * se processe a uma eventual personalização dos cartões com microcircuito assim parcialmente recortadas, e se enrola essa tira em um rolo (80) de estocagem de cartões parcialmente recortados.
20·
Fig.1
1/14 “PROCESSO DE FABRICAÇÃO POR LAMINAÇÃO CONTÍNUA DE CARTÕES COM MICROCIRCUITO DO TIPO COM CONTATO”
A presente invenção se refere a um processo de fabricação de cartões de microcircuito (ou “cartão com chip”), tendo um pequeno formato, isto é, cartões tendo um formato menor que o formato normalizado (ver a norma ISSO 7816), conhecido sob a designação ID-1 (também denominado 1FF, para designar um primeiro formato), isto é, o formato habitual dos cartões bancários: esse cartão tem um comprimento de 86.6 mm, uma largura de 54 mm e uma espessura de 0.76 mm.
Dentre os formatos menores, podem-se citar, notadamente:
· o formato ID-000 (ou “plug-in SIM”) largamente utilizado nos cartões de identificação dos assinantes dos operadores de telefonia móvel; denomina-se também formato 2FF; seu comprimento é de 25 mm, sua largura é de 15 mm e sua espessura é de 0.76 mm;
• o formato denominado “mini-UICC” ou 3FF; seu comprimento é de 15 mm, sua 15 largura é de 12 mm e sua espessura é_da ordem de 0.76 m.
Mais recentemente, um formato menor que o formato 3FF foi proposto, denominado 4FF (comprimento de 12.3 mm, largura de 8.8 mm e esp de 0.67 mm).
Um cartão de microcircuito do tipo “de contato” comporta classicamente um corpo de cartão, cujas dimensões externas (comprimento, largura, mas também espessura) respeitam o formato considerado, e um módulo que comporta uma película suporte, portando, sobre uma face, contatos destinados a poder cooperar por contato com um dispositivo de leitura/escritura e, sobre uma outra face, um circuito integrado (fala-se também de “microcircuito”) que é conectado aos contatos através; esse módulo é montado nesse corpo de cartão, de maneira que os contatos nivelem uma face desse corpo, enquanto que o circuito integrado é disposto em uma cavidade desse corpo de cartão; a cavidade é dispostas no meio do corpo d4e cartão, de maneira que os contatos estejam em locais de acordo com a norma que define o formato considerado.
Conhecem-se também cartões de microcircuito ditos “sem contato”, cuja conexão como exterior é assegurada por meio de uma antena introduzida na espessura do corpo de cartão; a essa antena é, na prática, conectado um circuito integrado, ele também introduzido na espessura do corpo de cartão.
Até o presente, as dimensões do módulo foram sensivelmente as mesmas, quando do desenvolvimento de formatos cada vez menores (variações são, daqui para o futuro, consideradas a propósito do formato 4FF pré-citado).
A multiplicação dos usos possíveis para os cartões 1FF levou a desenvolver processos de fabricações de muito bom desempenhos para cartões desse formato, de modo que, no decorrer do tempo, a fabricação de cartões com um formato menor que o formato
2/14
ID-1 ou 1FF foi realizado, aplicando as técnicas bem controladas da fabricação desses cartões no formato 1 FF, isto é, esses cartões de formato pequeno foram fabricados por recorte no meio de cartões de formato 1 FF, o resto do formato 1FF, após separação do cartão e de menor formato sendo então perdido.
Dentre as técnicas de desempenhos de fabricação de cartões de microcircuito, podese citar notadamente, DE - 195 02 468, que preconiza a fabricação de grandes placas obtidas por moldagem por injeção, na qual é fabricada uma pluralidade de corpos de cartões repartidos em uma rede de várias linhas e de colunas. Ao contrário, o documento EP - 1 923 821 ensina a fabricar corpos de cartões individuais, por moldagem aproveitando o tempo de endurecimento para realizar todas as operações de personalização dos cartões no próprio interior do molde ou parte delas.
Uma outra abordagem, de tipo contínuo, propôs o oferecimento de pelo menos uma tira, previamente preparada em rolo, sobre a qual operações são em seguida efetuadas em postos sucessivos; podem-se citar notadamente:
· US - 5 637 858 que ensina a fabricação de maneira contínua dos módulos destinados a serem integrados em corpos de cartão que apresentam cavidades definidas independentemente dos circuitos impressos que devem aí ser incorporados; esses módulos são, em uma etapa final, separados do resto da tira;
• US - 5 475 988 que ensina a fabricar, de maneira contínua, cartões, cujos locais são repartidos em sucessões de fileiras, que são progressivamente divididas longitudinalmente, antes de uma separação completa dos cartões uns dos outros;
• FR- 2 803 412 que ensina a fabricar cartões do tipo sem contato, de maneira contínua, fixando, de maneira individual, circuitos integrados sobre uma tira principal de corpo de cartão que portam antenas, lamina-se essa tira principal com pelo menos uma outra tira de cobertura que é suficientemente flexível para encaixar os circuitos integrados, depois se recorta essa tira em cartões que podem em seguida ser submetidos a um tratamento de impressão; pode haver um enrolamento temporário da tira entre postos sucessivos;
• US - 6 305 609 que ensina a fabricar em contínuo cartões, laminando duas tiras contínuas entre as quais se levam, individualmente, módulos que comportam circuitos integrados, depois recortando a tira laminada assim obtida em cartões que são empilhados. Em um domínio diferente, US - 7 242 996 ensinou a coletar individualmente circuitos integrados, levados por uma tira contínua, depois fixá-los, também individualmente, sobre antenas levadas por uma outra tira contínua, após verificação do bom estado desses circuitos integrados; as rádio-etiquetas assim produzidas são, na realidade, assimiláveis a módulos que intervém na fabricação de cartões; nenhuma pressão é fornecida quanto á separação posterior das etiquetas que saem do sistema descrito.
3/14
Mais recentemente, foi proposto fabricar cartões de pequeno formato sem nenhuma referência ao formato 1FF, o que permitiu, notadamente, fazer economias substanciais de material.
A título de exemplo, pode-se citar o documento WO - 2007/048927 que ensina a 5 fabricar, no meio de uma tira de partida (podendo ser de grande comprimento), redes de cartões de pequeno formato por meio de ferramentas multicabeças, assegurando operações tais como o encarte (isto é, a integração de módulos individuais no meio dos corpos de cartão), impressões e uma personalização; a tira de partida é, de preferência, obtida por moldagem, com formação de cavidades e motivos de fendas e de entalhes de contorno destinados a facilitar a separação final dos cartões. Pode-se anotar que essa técnica implica operações de casar módulos previamente recortados em uma tira de alimentação, em uma tira de suporte, na qual fendas e/ou entalhes são formados em um estágio precoce da formação dos cartões para facilitar a separação desses cartões, após personalização.
Pode-se também citar o documento US - 2007/0108298 (correspondente a EP - 1
785 916) que ensina a formação de várias séries paralelas de pequenos cartões sobre uma longa tira condutora, preparada em rolo, na qual se recortam fendas que delimitam parcialmente (fora de zonas de ligação residuais) o contorno de zonas, nas quais se forma uma rede de circuitos impressos (à razão de um circuito impresso por futuro cartão), laminase essa primeira tira com uma segunda tira em material dielétrico, forma-se moldagem um corpo (no formato final) em torno de cada circuito impresso, fazendo-se aparecer cavidades diante de zonas pré-determinadas dos circuitos impressos, fixam-se circuitos integrados individuais nesses circuitos impressos no interior dessas cavidades; uma camada que fecha as cavidades é então laminada, entre dois rolos de enrolamento, com a tira assim munida de corpo de cartão (se a camada constituir o objeto de uma impressão personalizada, a laminação dessa camada permitirá assim uma personalização, unicamente gráfica, dos cartões). Os corpos de cartões transversalmente adjacentes são ligados no essencial de sua dimensão paralela ao comprimento da tira. Nenhuma precisão é dada, quando à seqüência das operações até a colocação à disposição de cartões eletricamente personalizados e separados. Pode-se anotar que essa técnica implica operações de formação de fendas de contorno na tira condutora em um estágio precoce da fabricação dos cartões, depois a formação de corpos individuais de cartões, aproveitando essas fendas de contorno, deixando subsistir cavidades que permitem a colocação individual de circuitos integrados e enfim uma operação de fechamento dessas cavidades.
Quanto ao documento US - 2003/008118, ensina a preparar inlays eletrônicos, não sobre lima tira estreita da ordem de 5 centímetros de largura (em unidade anglo-saxônicas, a largura é, na realidade, indicada como sendo de duas polegadas), mas sobre uma tira bem mais larga. Começa-se Opor aplicar a essa tira operações de recorte de fendas, de maneira a isolar, salvo em pequenas zonas de ligação, cartões portadores sobre os quais foram formadas antenas; essa tira assim munida de fendas de contornos é recortada em folhas que comportam matrizes de cartões portadores. Essas folhas são, então, laminadas entre folhas inferior e superior em material plástica, eventualmente completadas por camadas adicionais, notadamente gráficas, às quais se aplica o calor e a pressão, de modo a fazer aderir essas folhas em tornos dos cartões portadores; é precisado que essas folhas inferior e superior aderem uma à outra, mas não à folha central; a folha assim laminada é em seguida recortada em cartões. Pode-se anotar que essa técnica, limitada ao caso de cartões do tipo “sem contato”, implica a formação de fendas de contorno em um estágio precoce da fabricação dos cartões, no meio de uma tira que se recorta em folhas, que se lamina entre uma pluralidade de outras folhas, cujos materiais têm propriedades particulares face a folha central, depois que se recorta em cartões individuais.
Compreende-se que o fato de efetuar fendas de contorno em um estágio precoce da fabricação dos cartões implica riscos de fratura intempestivos entre os locais assim definidos; por outro lado, o trabalho em folha não permite uma fabricação em contínuo.
As soluções conhecidas descritas acima apresentam diversas vantagens; todavia, apareceu que nenhuma dessas soluções não permitia fabricar, em contínuo, cartões de microcircuito do tipo com contato, com um formato no máximo igual ao formato 3FF, sem implicar em fendas de contorno ou de entalhes em um estágio precoce da fabricação em uma tira de alimentação de módulos eletrônicos e/ou em uma tira de alimentação com corpo de cartão.
A invenção tem por objeto satisfazer essa necessidade; ela visa, além disso, a título subsidiário, permitir uma estocagem ou um transporte (ou expedição) facilitado dos cartões assim realizado(a), aí compreendidos, após personalização gráfica e/ou eletrônica desses cartões.
A invenção propõe para isso um processo de fabricação de uma série longitudinal de cartões com microcircuito do tipo com contato, comportando, cada um, um corpo de cartão com uma cavidade de saída e um módulo que comporta um suporte eletricamente isolante que apresenta uma faixa de contato formada de zonas de contato sobre uma face e um circuito integrado sobre uma outra face, esse circuito integrado ficando situado no interior da cavidade de saída do corpo de cartão, segundo o qual:
* se prepara uma tira eletricamente isolante contínua, comportando, sobre uma face, uma rede de faixas de contato repartidas em pelo menos uma série longitudinal de faixas de contato, cada faixa de contato sendo formada de uma pluralidade de zonas de contato dispostas segundo um motivo determinado e, sobre a outra face, uma rede de circuitos integrados tal que cada circuito integrado é conectado, através da tira, a uma das faixas de contato sendo revestido de uma resina de proteção;
5/14 *se prepara uma tira contínua de suporte, de mesma largura que a tira eletricamente isolante, na qual é realizada uma rede de cavidades de mesma geometria que a rede de circuitos integrados da tira isolante, de tal modo que uma pluralidade desses circuitos integrados pode ser recebida simultaneamente em uma pluralidade dessas cavidades, 5 respectivamente;
* se lamina a tira contínua de suporte e a tira eletricamente isolante com uma tira intermediária de material de colagem de modo a formar uma tira laminada;
* se realizam recortes parciais que definem fendas de contorno no meio dessa tira laminada, de modo a individualizar cartões com microcircuito que permanecem ligados ao resto da tira por zonas de ligação unicamente situadas transversalmente ao comprimento da tira laminada e tendo, paralelamente a esse comprimento, dimensões substancialmente menores que esses cartões, cada cartão com microcircuito comportando uma das faixas de contato, uma parte da tira de suporte munida de uma das cavidades e aquele dos circuitos integrados que fica situado nessa cavidade; e * se enrola essa tira em um rolo de cartões assim parcialmente recortados.
De maneira particularmente vantajosa, procede-se a uma personalização dos cartões com microcircuito parcialmente recortados, antes de formar o rolo que pode assim ser formado de cartões prontos, caso a personalização tenha sido feita ao mesmo tempo do ponto de vista elétrico e do ponto de vista gráfico. Todavia, como variante a etapa de personalização pode ser efetuada, no total ou em parte, após o enrolamento dos cartões em rolo. De preferência, as personalizações elétrica e gráfica são efetuadas, de maneira sincronizada, seja simultâneas, seja seguindo-se de maneira quase imediata. Compreendese que, nesses diversos casos, as operações de personalização são vantajosamente realizadas, antes da separação dos cartões face o resto da tira.
A noção de tira contínua designa aqui uma tira que apresenta uma continuidade longitudinal (no sentido de desenrolamento / enrolamento da tira considerada) e transversal (de um lado ao outro, no sentido da largura), com exceção de eventuais orifícios de indexação para assegurar uma orientação da tira no decorrer de sua passagem.
A noção de rede pode designar uma simples sucessão longitudinal de faixas de contato, de cavidades, e finalmente de cartões parcialmente recortados; essa rede pode, portanto, ser apenas dimensional.
Apreciar-se-á que o rolo de cartões parcialmente recortados pode ser submetido não somente a uma fase de estocagem, mas também a uma fase de transporte, por exemplo, em expedição para um cliente final. Para isso, o rolo pode ser submetido a uma operação de 35 acondicionamento por embalagem, para uma quantidade de cartões que pode ser importante (por exemplo, de várias centenas a vários milhares de cartões; nesse caso, o fato de poder ter apenas de manipular rolos mais do que uma pluralidade de caixas de
6/14 cartões individuais constitui uma simplificação significativa e fornece uma redução de volume). O cliente final que recebe esse rolo assim acondicionado poderá, conforme as necessidades, efetuar operações de personalização, caso selas não tenham sido feitas, antes da formação do rolo, depois destacar os cartões face o resto da tira; caso contrário, basta efetuar essa operação de destacamento.
O fato de efetuar operações de personalização dos cartões, antes de qualquer ação de destacamento vai assim ao encontro dos hábitos do técnico que implicavam que a personalização de um cartão tinha ocorrido após destacamento face a qualquer eventual conjunto de fabricação agrupada, ou pouco antes desse destacamento; com efeito, a personalização faz normalmente parte de todas as últimas etapas de fabricação de um cartão e era habitual realiza-la pouco antes de condicioná-la, antes do envio a usuários finais; ora esse condicionamento era classicamente realizado de maneira individual. A invenção se coloca, portanto, em uma lógica de utilização nova.
Pode ser anotado que a invenção utiliza duas tira contínuas das quais uma comporta todos os componentes ou elementos que têm um papel elétrico (a tira continua eletricamente isolante) e o outro fornece a manutenção dos futuros cartões. A tira tendo um papel elétrico pode ser uma tira no estado no qual ela é fornecida por fornecedor, eventualmente com os circuitos integrados; essa tira pode ter uma largura de 35 mm, sendo precisado que é um formato bem controlado no que se refere à sua manipulação, considerando-se técnicas com desempenhos desenvolvidas, notadamente para o domínio do audiovisual.
O fato de, de acordo com a invenção, cada um dos cartões ser ligado ao resto da tira laminada apenas por zonas de ligação situadas lateralmente em relação ao comprimento da tira contribui para conservar a integridade dos cartões, quando do enrolamento, sem que esse enrolamento implique uma curvatura dos cartões.
O fato de essas zonas de ligação ser de dimensões substancialmente menores que os lados que elas ligam ao resto da tira tem por vantagem facilitar a separação final desses cartões face esse resto da tira; merece ser anotado que, contrariamente ao que o técnico teria podido supor, essa diferença de dimensão não prejudica de maneira significativa a rigidez das fileiras transversais de cartões no meio da tira.
Por outro lado, o fato de a formação das fendas que definem os contornos dos diversos cartões, no formato pré-determinado, ter ocorrido após a fixação recíproca da tira metalizada e da tira suporte tem por vantagem garantir contornos bem delimitados dos cartões, independentemente do comportamento das camadas que formam a tira laminada, quando da operação de laminação (notadamente no que se refere à tira intermediária de material de colagem). ‘ ‘
7/14
Em função da largura das tiras, que podem ter várias dezenas de metros, até mesmo mais, pode haver uma única série de cartões sucessivos (por exemplo, no caso de tiras de 35 mm de largura para a fabricação de cartões no formato 2 FF) até mesmo duas séries paralelas, segundo uma rede com malha retangular (por exemplo, no caso de tiras de 35 mm de largura para a fabricação de cartões no formato 3FF, até mesmo 4FF). Em outros termos, as tiras comportam vantajosamente no máximo duas séries paralelas de faixas de . contato, dispostas, de preferência, segundo uma rede com malha retangular.
Compreende-se, todavia, que o número de séries adjacentes de cartões depende da largura da tira e das dimensões dos cartões a fabricar; deve ser observado que, na prática, os cartões são dispostos transversalmente à tira em curso de passagem (sua maior dimensão é perpendicular ao comprimento da tira), considerando-se a disposição atual das faixas de contato, o que é favorável à capacidade da tira de cartões personalizados e parcialmente recortados; pode-se, todavia, prever que cartões possam ser fabricados sendo orientados no sentido longitudinal da tira de alimentação em faixas de contato e em circuitos integrados. Pode haver mais de dois cartões na largura da tira, por exemplo, três, até mesmo quatro ou cinco, sem, todavia, degradas significativamente a manutenção mecânica da tira de cartões parcialmente recortados e personalizados durante seu enrolamento, depois seu desenrolamento em um cliente final.
Em relação ao documento US - 2003/0008118 ( o qual foi dito que se refere unicamente aos cartões do tipo sem contato), o processo da invenção se distingue notadamente pelo fato de nenhum recorte ocorrer antes da ligação do que é destinado a constituir os módulos dos futuros cartões, do tipo com contato, como que é destinado a constituir os corpos desses futuros cartões; resulta daí melhor manutenção mecânica, com menos riscos de ruptura acidental, o que permite um aumento das cadências de produção.
Em relação ao documento US - 2007/0108298, o processo da invenção se distingue notadamente pelo fato de nenhum recorte ter ocorrido, antes da ligação do que é destinado a constituir os módulos dos futuros cartões com o que é destinado a constituir os corpos desses futuros cartões; com efeito, os corpos de cartões são obtidos, não por moldagem em torno de zonas parcialmente recortadas, mas por laminação com uma outra tira contínua;
resulta daí melhor manutenção mecânica, com menos riscos de ruptura acidental, o que permite um aumento das cadências de produção. Por outro lado, o processo da invenção não implica operação de montagem de circuitos integrados, após a formação dos corpos de cartão. Além disso, as zonas de ligação entre cartões adjacentes são bem menores, o que tem por vantagem minimizar os esforços de curvatura aplicados aos cartões parcialmente recortados, quando da operação de enrolamento destes.
Em relação ao documento FR - 2 803 412 (no qual foi dito que ele se refere à fabricação de cartões do tipo sem contato), a invenção se distingue notadamente pelo fato
8/14 de os cartões, do tipo com contato, serem parcialmente recortados (e não completamente separados uns dos outros), depois vantajosamente personalizados, antes do enrolamento em rolo; isto tem por vantajosamente que a personalização e a estocagem e/ou o transporte podem ser feitos de maneira coletiva, sem ter de prever uma manipulação individual; resulta daí um possível aumento das cadências.
De acordo com uma outra característica vantajosa da invenção, a operação de realização das fendas de contorno é tal que cartões seguindo-se no sentido do comprimento da tira laminada só são separados por uma fenda; não há, portanto, para pelo menos uma sucessão de cartões segundo o comprimento, nenhuma tira transversal de material destinada a ser colocada de lado, após separação dos cartões; decorre daí uma utilização mais completa das materiais constitutivas da tira metalizada e da tira de suporte, e uma maior facilidade de destacamento dos cartões face os outros (basta destacar as bordas laterais da tira, na qual os cartões foram parcialmente recortados. Contudo, apareceu, contrariamente ao que teria podido pensar um técnico, que isto não degradaria de maneira significativa a manutenção mecânica da tira colocada em rolo.
De maneira preferida, as zonas laterais da tira apresentam entalhes diante dessas fendas que separam os cartões que se seguem longitudinalmente.
A operação de formação dos recortes é vantajosamente acompanhada de uma ação de pré-cortada das zonas de ligação, visando a facilitar o destacamento último dos cartões face a tira parcialmente recortada e enrolada.
De acordo com uma outra característica preferida da invenção, as zonas de ligação de um cartão a esse resto da tira laminada têm, paralelamente ao comprimento da tira, dimensões que são diferentes de um lado e do outro dos corpos de cartão. Isto tem por vantagem que, quando do destacamento dos cartões individuais, o destacamento começa sempre em um mesmo local, na prática no local da zona de ligação que é a mais estreita, o que favorece um destacamento automatizado dos cartões, a partir do rolo, após desenrolamento. O local onde o destacamento começa pode também depender da eventual presença de um entalhe em uma e/ou na outra das zonas de ligação, no prolongamento do contorno dos corpos de cartão, para minimizar qualquer rebarba, quando desse destacamento.
Essa diferença de dimensão é, de preferência, significativa, é assim que, de maneira vantajosa, as dimensões dessas zonas de ligação estão em uma relação de pelo menos 1.25, até mesmo 1.5.
A invenção propõe também uma máquina de aplicação do processo, para a 35 fabricação de uma série longitudinal de cartões com microcircuito do tipo com contato, comportando, cada uma, um corpo de cartão com uma cavidade de saída e um módulo que comporta um suporte eletricamente isolante, apresentando uma faixa de contato formada de
9/14 zonas de contato sobre uma face e um circuito integrado sobre uma outra face, esse circuito integrado ficando situado no interior da cavidade de saída do corpo de cartão, comportando:
* um primeiro posto de desenrolamento de um rolo formado de uma tira eletricamente isolante contínua, comportando, sobre uma face, uma rede de faixas de contato repartidas em pelo menos uma série longitudinal de faixas de contato, cada faixa de contato sendo formada de uma pluralidade de zonas de contato dispostas segundo um motivo determinado e, sobre a outra face, uma rede de circuitos integrados tal que cada circuito integrado é conectado, através da tira, a uma das faixas de contato sendo revestido de uma resina de proteção;
* um segundo posto de desenrolamento de um rolo formado de uma tira contínua de suporte, de mesma largura que a tira eletricamente isolante, na qual é realizada uma rede de cavidades de mesma geometria que a rede de circuitos integrados da tira isolante, de tal modo que uma pluralidade desses circuitos integrados pode ser recebida simultaneamente e em uma pluralidade dessas cavidades, respectivamente;
* um posto de laminação no qual se lamina a tira contínua de suporte e a tira eletricamente isolante com uma tira intermediária de material de colagem de modo a formar uma tira laminada;
* um posto de recorte parcial no qual se abrem fendas de contorno no meio dessa tira laminada, de modo a individualizar tiras com microcircuito que permanecem ligadas ao resto da tira por zonas de ligação unicamente situadas transversalmente ao comprimento da tira laminada e tendo, paralelamente a esse comprimento, dimensões substancialmente menores que esses cartões, cada cartão com microcircuito comportando uma das faixas de contato, uma parte da tira de suporte munida de uma das cavidades e aquele dos circuitos integrados que fica situado nessa cavidade; e * um posto de enrolamento da tira laminada, na qual cartões parcialmente recortados foram personalizados.
Por analogia como que foi indicado a propósito do processo acima, é vantajoso que a máquina comporte pelo menos um posto de personalização dos cartões, assim parcialmente recortados, no qual se procede a uma personalização pelo menos elétrica ou gráfica, até mesmo elétrica e gráfica, cartões com microcircuito assim parcialmente recortados no meio da tira laminada. Além disso, os postos de desenrolamento são vantajosamente concebidos para desenrolar rolos de 35 mm de largura.
Objetos, características e vantagens da invenção sobressaem da descrição que se segue, dada a título de exemplo ilustrativo, não limitativo, com relação aos desenhos, nos quais:
10/14
- a figura 1 representa uma vista explodida, em perspectiva, de uma tira laminada formada no decorrer da fabricação de cartões do tipo com contato, segundo o processo da invenção;
- a figura 2 representa um esquema de uma instalação de aplicação do processo da invenção, com uma tira inferior, uma tira intermediária e uma tira superior;
- a figura 3 representa uma vista ampliada de um detalhe da tira superior da figura 1;
- a figura 4 representa uma vista parcial em corte transversal dessa tira superior;
- a figura 5 representa uma vista em perspectiva da tira inferior, mostrando sua face em relação à tira superior através da tira intermediária;
- a figura 6 representa uma vista de topo da tira final obtida, após laminação das tiras inferior, intermediária e superior e formação de fendas de contorno;
- a figura 7 representa uma vista parcial em corte transversal dessa tira; e
- a figura 8 representa uma vista inferior.
A figura 1 representa, de maneira esquemática, três tiras, a partir das quais são formados cartões do tipo com contato, no meio de um rolo obtido na saída de uma máquina, tal como aquela da figura 2.
Uma primeira tira, anotada com 10, comporta uma película de suporte contínuo 11, isto é, sem descontinuidade fora de orifícios de indexação anotados com 10A, notadamente junto às bordas longitudinais; essa película de suporte é eletricamente isolante.
Sobre essa película de suporte são formadas faixas de contato, anotadas com 12; essas faixas de contato, das quais cada uma é formada de uma pluralidade de zonas de contato dispostas segundo um motivo determinado, na prática, definido, pelo menos em parte, por uma norma tal como a norma 1SO7816; com efeito, é por meio dessas zona de contato que os futuros cartões com microcircuito são destinados a se comunicar como exterior por meio de leitoras de cartões.
Assim, conforme sobressai da figura 3, que representa uma parte da tira 10, há pelo menos seis zonas de contato por faixa de contato, correspondente às zonas C1 a C3 e C5 a C7 da norma ISO7816. Essas zonas de contato são eletricamente condutoras, tipicamente formadas em cobre (eventualmente ligado ao fósforo), de níquel, de ouro ou de paládio.
Vê-se, além disso, nessa figura 3 que a película 11 pode ser formada de duas camadas superpostas de mesmas larguras, a saber uma camada superior 11A e uma camada inferior 11B podendo ser de mesma natureza que a camada superior; a película 11 pode também ser formada de uma camada única, por exemplo, em vidro epóxi.
Essa tira é vantajosamente no formato de 35 mm, que numerosas máquinas atuais de comando em orientação são capazes de manipular.
Essa tira 10 comporta, sobre sua face oposta, circuitos impressos sobre os quais são montados circuitos integrados 13, também denominados microcircuitos. De maneira
11/14 clássica, são montados em “flip-chip”, isto é, ao contrário ou, assim conforme está representado, com fios de conexão elétrica 14 que se estendem, a partir de uma face livre dos circuitos integrados até cabos de contato dos circuitos impressos (montagem dita em “wire bonding”); esses circuitos impressos são eles próprios eletricamente conectados às zonas de contato, graças a poços formados através da película de suporte. De maneira conhecida em si, esses circuitos integrados são encapsulados em uma massa de resina de proteção 15.
Assim, essa tira superior 10 pode ser considerada como sendo formada de uma pluralidade de módulos de cartões com microcircuito com contato, mas não há nenhuma delimitação dos contornos dos futuros cartões,
Uma segunda tira, anotada com 20, é constituída de uma tira contínua, sem descontinuidade longitudinal ou transversal fora de orifícios de indexação 20A, em um material escolhido pelos materiais de corpos de cartão; essa tira 20 comporta, sobre uma face destinada a vir diante da primeira tira, mais precisamente diante dos circuitos integrados que são aí fixados, uma pluralidade de cavidades 21 de dimensões, permitindo alojar em cada uma dentre elas esse circuito integrado com sua resina de proteção. Com efeito, essas cavidades formam uma rede de mesmo passo ou de mesma malha que a rede das faixas de contato da tira 10. Essa tira é, por exemplo, formada em PVC ABS. A título de exemplo, essa tira tem uma espessura nominal de 0.48 mm e uma espessura de 0.12 mm em fundo de cavidade (a cavidade tendo uma profundidade de 0.36 mm). Ela tem a mesma largura que a tira 10.
Uma terceira tira, anotada com 30, é formada com uma material de colagem, por exemplo, um material conhecido sob a denominação anglo-saxônica de hot-melt. Ela tem vantajosamente também a mesma largura que as tiras 10 e 20. Todavia, a material constitutiva dessa tira sendo destinada a se deformar entre as camadas 10 e 30, pode ser preferido dar a essa tira uma largura ligeiramente inferior àquela das tiras 10 e 20, por exemplo, da ordem de 29 mm.
Essas três tiras são destinadas a serem laminadas uma sobre a outra, a tira 10 ficando situada acima da tira 20 sendo separada pela tira de colagem 30.
Assim conforme sobressai da figura 2, uma máquina 40 de fabricação dos cartões com microcircuito comporta árvores rotativas 41, 42 e 43 paralelas sobre as quais podem ser montados três rolos 10, 20 e 30, formados respectivamente cada um desses três cartões; essas árvores são comandadas em sincronismo, de maneira a permitir que essas tiras possam chegar com velocidades de passagem idênticas ao posto de laminação anotado com 45.
Esse posto de laminação 45 comporta, de maneira conhecida em si, dois cilindros 45A e 45B entre os quais as tiras são levadas em contínuo, de modo a serem prensadas
12/14 uma contra a outra, de modo a se tornarem solidárias; esses rolos são vantajosamente precedidos de um posto de aquecimento (não representado) para amolecer a tira intermediárias e facilitar a solidarização das camadas entre elas; como variante, esses cilindros são eles próprios aquecidos, de modo a levar por eles próprios às tiras o calor útil.
A tira laminada assim formada, anotada com 50 em seu conjunto, é contínua, como as tiras, das quais ela é formada, fora dos eventuais orifícios de indexação 50A (formados conjuntamente dos orifícios de indexação das tiras 10 e 20). Ao contrário, ela comporta já o essencial dos futuros cartões, com exceção de eventuais camadas decorativas ou de proteção que podem lhe ser levadas em seguida, por laminação também; todavia, é preferível formar sobre a tira 20 essas eventuais camadas decorativas ou de proteção.
Essa tira laminada 50 é em seguida submetida a uma operação de recorte parcial, em um posto de recorte parcial anotado com 60, no decorrer da qual o contorno dos futuros de cartão é delimitado por fendas, salvo em algumas zonas de ligação. Esses recortes parciais são tipicamente formados por puncionagem. A formação das fendas é, de preferência, acompanhada de ações de pré-corte das zonas de ligação, de maneira aí formar um entalhe pelo menos aproximadamente no prolongamento do contorno de cartão materializado pelas fendas, de maneira a garantir que, no momento da separação final dos cartões, as zonas de ligação não deixam subsistir rebarbas.
A tira laminada assim parcialmente recortada é em seguida, de maneira preferida, submetida a um tratamento de personalização pelo menos elétrica ou gráfica, em um posto anotado com 70. Essa operação de personalização elétrica ou gráfica é feita, portanto, em um momento em que cada cartão é ainda solidário aos outros, pelas zonas de ligação précitadas.
Essa tira laminada parcialmente recortada é vantajosamente submetida a um tratamento de personalização ao mesmo tempo elétrica e gráfica, de preferência no meio do posto 70, ou em duas etapas seguindo-se imediatamente. Informações sobre essas operações de personalização podem s4e achar no documento EP- 1 923 821 citado.
É em seguida que a tira laminada, parcialmente recortada e personalizada, é enrolada em um rolo anotado com 80, em torno de uma árvore de enrolamento 81.
Em uma versão simplificada da máquina, o posto de personalização pode ser omitido; nesse caso, o rolo pode ser desenrolado em uma outra máquina que comporta um posto de personalização, depois um posto de re-enrolamento, ou ser desenrolado em uma máquina de personalização, antes do destacamento dos cartões face o resto da tira.
Em uma versão mais completa, o posto pode ser seguido por um posto de acondicionamento por embalagem para permitir a 4expesdição do rolo para um usuário.
Essa cinta laminada, parcialmente recortada devido à presença das fendas de contorno, e personalizada está representada nas figuras 6 a 8.
13/14
Pode-se anotar na figura 6 que os cartões parcialmente recortados são dispostos em uma rede idêntica à rede das faixas de contato da tira 10 ou daquela das cavidades da tira 20; com efeito, o afastamento entre as faixas de contato de dois cartões sucessivos ou lateralmente adjacentes é aqu4ele das faixas de contato e aquele das cavidades.
A personalização gráfica pode ter consistido em imprimir informações específicas sobre a face posterior (ver a figura 8).
Pode-se constatar, em vista à figura 7, que os cartões assim obtidos são conformes, em corte, aos cartões com microcircuito conhecidos.
Esses cartões, designados pela referência 100, só são ligados entre eles ou ao resto da tira 80 por zonas de ligação unicamente situadas transversalmente ao comprimento da tira, tendo, paralelamente a esse comprimento, dimensões substancialmente menores do que aquelas desses cartões. Mais precisamente, essas zonas de ligação anotadas com 81, 82 e 83, a partir da borda esquerda para a borda direita da figura 6, se estendem transversalmente à tira 80.
Pode-se observar que as zonas de ligação de um cartão ao resto da tira têm, paralelamente ao comprimento da tira 80, dimensões que são diferentes de um lado e do outro corpos de cartão. Assim, as zonas 81 situadas à esquerda dos cartões os mais à esquerda têm uma largura (medida longitudinalmente) superior àqu4ela das zonas 83 situadas à direita dos cartões os mais à direita na tira 80. Quanto às zonas 82, elas têm, do lado esquerdo a mesma largura que as zonas 83, e, do lado direito, a mesma largura que as zonas 81. Essas zonas de ligação intermediárias têm uma forma em gradins, mas podem, como variante, ter uma forma trapezoidal.
Assim, nenhuma ligação direta entre dois cartões seguindo-se no sentido longitudinal.
Além disso, pode-se anotar que não há nenhuma ligação direta entre as bordas laterais da tira fora dos cartões; em outros termos, os cartões sucessivos são separados por simples fendas contínuas. Assim, quando os cartões são posteriormente destacados, o único dejeto é constituído por essas bordas laterais.
Há vantajosamente entalhes 90, nas zonas laterais das tira, diante transversalmente das fendas que separam cartões que se sucedem longitudinalmente. Esses entalhes podem facilitar o enrolamento da tira 80, após personalização, já que essas zonas laterais podem se dobrar, ligeiramente, fora das zonas onde se acham os cartões.
Foi descrito acima o caso em que cartões são formados em séries paralelas no meio de uma tira; compreende-se, todavia, que, sob a reserva de modificar a repartição das faixas de contato no meio da tira, podem-se realizar séries paralelas que não são idênticas, mas apresentam uma configuração geral em quinconce, o que pode permitir que um cartão seja fixado por zonas de ligação em dois cartões da série adjacente, o que pode permitir maior
14/14 flexibilidade à tira laminada, recortada e personalizada, sem, todavia, correr o risco de que um cartão venha a se destacar de maneira prematura.
A tira intermediária pode ser colocada por qualquer meio apropriado; ela pode assim ser desenrolada a partir de um rolo munido de uma folha de transferência, mas pode também ser formada sobre a tira de suporte e ser liberada exatamente antes da laminação com a tira eletricamente isolante.
1/3