BR0016319B1

BR0016319B1 - camada intermediário de laminado compósita e laminado de vidro.

Info

Publication number: BR0016319B1
Application number: BRPI0016319-8A
Authority: BR
Inventors: James R Moran; Jun Lu; Julia C Schimmelpenningh
Priority date: 1999-12-14
Filing date: 2000-12-14
Publication date: 2010-11-30
Also published as: DK1265743T3; JP2003516921A; KR20020070441A; EP1265743A4; DE60039127D1; EP1265743A1; KR100734412B1; WO2001043963A1; ATE397525T1; AU2261301A; ES2304358T3; MXPA02005882A; BR0016319A; PT1265743E; EP1265743B1; AU780336B2

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "CAMADAINTERMEDIÁRIA DE LAMINADO COMPÓSITA E LAMINADO DE VIDRO".

A presente invenção refere-se a laminados de vidro resistentes àintrusão e camadas intermediárias compósitas compreendendo um adesivode polivinil butiral de módulo aperfeiçoado (PVB) para a produção de lami-nados de vidro especialmente úteis como uma vitrificação resistente à intru-são para aplicações arquitetônicas e automotivas.FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO

Os donos de automóveis e de casas, especialmente os que jáexperimentaram o roubo ou arrombamento de carro ou os danos provocadospor um furacão, estão cada vez mais interessados em uma vitrificação resis-tente a intrusões. O vidro tem sido identificado como um elo fraco na resis-tência geral à intrusão e em prédios. Por exemplo, alguns registros policiaisestimam que um vidro quebrado vem a ser a rota de entrada para pelo me-nos 60 % das entradas não autorizadas em veículos de passageiros. Existetambém uma crença que um atraso de 10 segundos para a entrada é sufici-ente para desencorajar muitos ladrões espontâneos, uma vez que um tempode arrombamento maior e o barulho adicional poderão chamar a atençãopara o ladrão. Em resposta, os fabricantes de automóveis, pelo menos, es-tão substituindo o vidro temperado tradicional por um vidro laminado para avitrificação lateral e traseira para uma segurança aperfeiçoada. O vidro lami-nado automotivo comum pode ser vencido por determinados ladrões queusam ferramentas mais sofisticadas para furar por impacto e puxam o vidrolaminado para fora de sua estrutura.As tentativas para se aperfeiçoar o desempenho dos laminados

de vidro incluem a modificação da rigidez e/ou da resistência ao impacto dascamadas intermediárias de PVB. Na Patente U.S. N0 4.814.529, Cartier etal., apresentam uma resina de PVB levemente reticulada a fim de aumentar,de uma forma seletiva, o peso molecular do PVB e o módulo de uma folhaplastificada feita a partir da mesma para uso em montagens de vidro de se-gurança laminado. Cartier et al. não apresentam os valores do módulo ou aconstrução dos laminados. Na Patente U.S. N0 5.246.764, LaPorte et al.apresentam uma vitrificação laminada com uma resistência, ao. impactoaperfeiçoada na qual uma altura de quebra mínima para uma massa jogadade um laminado de vidro aumenta ao dispersar um meio resistente à adesãosobre a superfície da folha de PVB. Na Patente U.S. N9 5.482.767, Karagi-annis et al. apresentam laminados de vidro de uma resistência ao impactoaperfeiçoada compreendendo uma camada intermediária de PVB com partí-culas discretas de polivinil butiral reticulada integral e randomicamente dis-persadas por toda uma matriz de PVB.

Os compósitos de camadas intermediárias de politereftalato deetileno (PET) entre camadas de adesivo de PVB têm sido usados nos lami-nados de vidro automotivos, nos quais uma camada fina de PET, por exem-plo, tipicamente de até cerca de 0,05 milímetros (2 mils) de espessura, éusada como um carreador para camadas funcionais adicionais, por exemplo,de bloqueadores de radiação solar ou para antenas ou fitas térmicas. Vide,por exemplo, as Patentes U.S. Nos 5.208.080 e 5.979.932. A Patente U.S. N95.091.258 apresenta uma camada intermediária compósita com uma folhade PET de 0,013 a 0,20 mm de espessura com uma pilha de camadas múlti-plas de materiais refletores de radiação solar infra-vermelhos entre as ca-madas de PVB. As Patentes U.S. Nos 4.017.661 e 4.768.783 apresentamuma camada intermediária compósita compreendendo uma folha de PET, naqual uma folha fina do PET é usada como um carreador para camadas demetal que podem ser aquecidas à resistência elétrica para o descongela-mento do laminado de vidro. A Patente U.S. N9 4.973.511 apresenta umaconstrução de janela de vidro laminado compreendendo um filme de controlesolar, no qual a camada intermediária de vidro constituída de uma folha dePET tendo sobre uma superfície pelo menos um revestimento fino de metale pelo menos uma camada adjacente de um material dielétrico entre as ca-madas de PVB; nos exemplos sendo apresentado o uso de um filme de PETde 4 mils entre camadas de 15 mils de PVB plastificadas.

As Patentes U.S. Nos 5.024.895 e 5.091.258 apresentam lami-nados de vidro compreendendo uma camada intermediária compósita, naqual o módulo de tensão para o PET (a 21^15°C) é de cerca de 1010 Pa emcomparação a cerca de 107 Pa para um PVB plastificado do tipo usado emvitrificação de segurança.

Um objeto da presente invenção é prover um laminado de vidromais resistente à intrusão, por exemplo, para uso em aplicações de vitrifica-ção de segurança, tais como nas vitrificações arquitetônicas e automotivas.Isto é obtido por meio do uso de camadas intermediárias compósitas com-preendendo uma folha de plástico rígido e/ou camadas adesivas de PVBenrijecidos, provendo uma rigidez maior do laminado.

SUMÁRIO DA INVENÇÃO

A presente invenção provê uma camada intermediária de lami-nado compósita para uso na fabricação de laminados de vidro resistentes àintrusão tendo uma rigidez de laminado superior. Estes laminados compre-endem uma camada intermediária tendo pelo menos uma camada de PVBplastificada, de alta rigidez. Em um aspecto da presente invenção, uma altarigidez no PVB plastificado é provida, com vantagem, por meio da reduçãodo nível do plastificante conforme indicado por uma elevação na temperaturade transição de vidro (Tg) do PVB plastificado, por exemplo, de cerca de 2 a3°C acima dos valores típicos para uma aplicação comercial. Por exemplo,para aplicações automotivas, nas quais uma folha de PVB plastificada tem,tipicamente, uma temperatura de Tg de cerca de 30 a 33°C, o PVB de altarigidez da presente invenção terá uma temperatura de Tg de pelo menos35°C. A rigidez do PVB plastificado contribui para o módulo flexionai para umlaminado de vidro compreendendo o PVB. O módulo flexionai aperfeiçoadodos laminados de vidro da presente invenção é indicado pela resistência auma cabeça de êmbolo acionada para o laminado. Os laminados de vidro dapresente invenção de preferência têm um módulo flexionai máximo de pelomenos 350 Newtons / centímetro (N/cm).

Um outro aspecto da presente invenção provê uma camada in-termediária de laminado compósita compreendendo uma camada de PETentre as camadas de adesivo de PVB plastificadas, nas quais pelo menosuma das camadas de PVB exibe uma resistência aperfeiçoada. De preferên-cia, o PET tem uma espessura na faixa de 0,125 a 0,254 milímetros (5 a 10mils). Um outro aspecto da presente invenção provê compósitos de camadasintermediárias com outras camadas funcionais, por exemplo, camadas deelastômero de amortecimento de som ou camadas de bloqueio de radiação.

Um outro aspecto da presente invenção provê laminados de vi-dro resistentes à intrusão compreendendo uma camada intermediária com-pósita da presente invenção, exibindo uma alta rigidez de pelo menos 350N/cm. Outros aspectos da presente invenção ficarão evidentes a partir daseguinte descrição detalhada de modalidades preferidas.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

A Figura 1 é um gráfico típico de um delta tan versus a tempe-ratura usada para se determinar a temperatura de transição de vidro de umPVB plastificado.

As Figuras 2, 3, e 4 são vistas em seção esquemáticas de lami-nados de vidro de acordo com a presente invenção.

As Figuras 5A e 5B ilustram uma estrutura de montagem paratestar os laminados de vidro de acordo com a presente invenção.

As Figuras 6, 7 e 8 são representações gráficas da resposta de"carga versus deslocamento" determinada a partir de um êmbolo que pene-tra um laminado de vidro da presente invenção; tal curva de "carga versusdeslocamento" é útil para a determinação de módulos flexionais.

DESCRIÇÃO DETALHADA DE MODALIDADES PREFERIDAS

Conforme aqui usado, o termo "módulo flexionai" de um lamina-do é a inclinação da curva de "carga versus deslocamento" definida como acarga medida, por exemplo, expressada em Newtons (N), de um êmbolohemisférico de 180 mm de diâmetro, quando o mesmo é acionado para den-tro do laminado a uma velocidade de 125 mm / minuto por distância de pe-netração de êmbolo, por exemplo, expressada em centímetros (cm) antes dequebra ou rendimento, por exemplo, conforme determinado por meio de umaredução da carga com uma maior penetração.

Conforme aqui usado, o termo "módulo flexionai máximo" de umlaminado é definido como a maior inclinação da curva de "carga versusdeslocamento" por uma faixa de 2 centímetros de deslocamento de êmboloantes de quebra.

Conforme aqui usada, a temperatura de transição de vidro (Tg)de um PVB plastificado é determinada por meio de uma análise dinâmicareométrica usando o seguinte procedimento. A folha de PVB plastificada émoldada em um disco de amostra com 25 milímetros (mm) de diâmetro. Odisco de amostra de PVB é colocado entre dois acessórios de teste com pla-cas paralelas de 25 mm de diâmetro de um Espectrômetro Dinâmico Reo-métrico II. O disco de amostra de PVB é testado em um modo de cisalha-mento em uma freqüência de oscilação de 1 Hertz, conforme a temperaturada amostra de PVB aumenta de -20 para 70°C a uma faixa de 2°C / minuto.A posição do valor máximo do delta tan (amortecimento) traçada como de-pendente da temperatura é usada para se determinar a temperatura de Tgconforme ilustrado na Figura 1. A experiência indica que o método é repro-duzível até +/- 1°C. O PVB comercialmente usado tipicamente tem umatemperatura de Tg na faixa de 30 a 33°C.

A resina de PVB é produzida por meio de processos de acetali-zação aquosos ou solventes que reagem o PVOH com butiraldeído na pre-sença de um catalisador ácido, seguido da neutralização do catalisador, daseparação, estabilização, e secagem da resina. A mesma encontra-se co-mercialmente disponível na Solutia, Inc. como a resina Butvar RTM. A resinade PVB tipicamente tem um peso molecular médio maior do que 70.000, depreferência de cerca de 100.000 a 250.000, quando medida por meio decromatografia de exclusão de tamanho usando uma difusão de luz de laserde baixo ângulo. Em uma base de peso, o PVB tipicamente compreendemenos do que 22 %, de preferência de cerca de 17 a 19 % de grupos dehidroxila calculados como poliálcool vinílico (PVOH), até 10 %, de preferên-cia de 0 a 3 % de grupos de éster residual, calculados como poliéster viníli-co, por exemplo, acetato, com o resto sendo acetal, de preferência acetal debutiraldeído, porém, opcionalmente, incluindo uma quantidade menor degrupos de acetal diferentes de butiral, por exemplo, 2-etila hexanal, confor-me apresentado na Patente U.S. Ng 5.137.954.

A resina de PVB da folha é tipicamente plastificada com cercade 20 a 80 e mais comumente de 25 a 45 partes de piastificante por cente-nas de partes de resina. Os plastificantes comumente empregados são éste-res de poliácido básico ou um poliálcool hídrico. Os plastificantes adequadossão o glicol de trietileno di-(2-etil-butirato), glicol de trietileno di-(2-etil-hexanoato), glicol de tetraetileno de di-heptanoato, adipato de dihexila, adi-pato de diocitila, misturas de adipatos de heptila e nonila, sebacato de dibu-tila, plastificantes poliméricos, como, por exemplo, alquidas sebácicas modi-ficadas a óleo, e misturas de fosfatos e adipatos, tal como apresentado naPatente U.S. Nq 3.841.890, e adipatos e ftalatos de alquil benzila, tal comoapresentado na Patente U.S. Ns 4.144.217. Também adipatos misturadosfeitos a partir de álcoois alquílicos de C4 a C9 e de cicloálcoois de C4 a C10,conforme apresentado na Patente U.S. Nq 5.013.779. Esteres de adipato deC6 a C8, como, por exemplo, o adipato de hexila, sendo os plastificantespreferidos. Um piastificante mais preferido é o glicol de etileno di(2-etil-hexanoato). A quantidade de piastificante usada é um meio convenientepara a modificação e controle da rigidez do PVB. Uma propriedade substitutaútil para a rigidez é a temperatura de Tg1 a qual se relaciona diretamentecom o nível de piastificante. A folha de PVB piastificante usada nos lamina-dos da presente invenção tem uma temperatura de Tg de pelo menos 35°Cou mais, isto é, pelo menos 37°C, de preferência pelo menos 39°C ou mais,isto é, pelo menos 41 °C, e mais preferivelmente pelo menos 43°C ou mais,isto é, pelo menos 45°C.

A temperatura de PVB Tg elevada da presente invenção teráuma pegajosidade suficientemente baixa em condições de processamentotípicas de modo a inerentemente evitar uma adesão indesejada, por exem-plo, em pilhas de PVB1 antes de uma laminação. Uma vez que os laminadosda presente invenção compreendem pelo menos uma camada de PVB derigidez aperfeiçoada, espera-se que pelo menos uma ou mais outras cama-das de PVB possa compreender um PVB plastificado, comercialmente usa-do, padrão de uma rigidez e temperatura de Tg tradicionais. Este PVB pa-drão tipicamente tem uma temperatura de Tg na faixa de 32 a 33°C e é sufi-ciente e inerentemente pegajoso, uma vez que requer o uso de um agentede controle de adesão para reduzir a pegajosidade a fim de facilitar o empi-Ihamento de camadas de PVB com uma adesão mínima antes da constru-ção de um laminado. Agentes de controle de adesão úteis são apresentadosnas Patentes U.S. Nos 5.342.653 e 5.547.736 (projeções de antiadesão), naPatente U.S. Nq 4.999.078 (a adição de grupos de ionômeros), na PatenteU.S. Nq 5.618.863 (a adição de um sal de metal, multivalente de um ácidoorgânico, por exemplo, um butirato de magnésio de 2-etila, como um agentede controle de adesão) e nas Patentes U.S. Nos 5.425.977, 5.455.103 e5.595.818 (o uso de uma superfície não uniforme).

Conforme apresentado na Patente U.S. Ne 5.618.863, é tambémcom freqüência útil ou desejável incorporar um absorvente UV no PVB. Alémde um plastificante, um absorvente UV opcional e um agente de controle deadesão, a folha de PVB pode conter outros aditivos de aperfeiçoamento dedesempenho, como, por exemplo, pigmentos ou corantes de modo a colorirtoda ou parte da folha, antioxidantes, e coisas do gênero. A folha de PVB épreparada por meio da mistura de um plastificante combinado e outros aditi-vos (por exemplo, um absorvente UV, um agente de controle de adesão ecoisa do gênero) com a resina de PVB, e forçando a mistura sob pressãoatravés de uma abertura de matriz de modo a formar uma folha. A espessurada folha extrudada pode variar a partir de 0,13 a 2 mm, tipicamente cerca de0,4 a cerca de 1,6 mm de espessura a fim de prover o desempenho deseja-do no laminado de vidro.

A folha de PET para uso na camada intermediária compósita dapresente invenção é de preferência estirada no sentido biaxial a fim de au-mentar a resistência e estabilizada a quente a fim de prover baixas caracte-rísticas de encolhimento quando submetida a temperaturas elevadas (isto é,menos do que 2 % de encolhimento em ambas as direções após 30 minutos,a 150°C). O módulo de tensão (a 21 - 25°C) do politereftalato de etileno éde cerca de 1010 Pa em comparação a cerca de 107 Pa para a polivinil butiraldo tipo usado em vitrificações de segurança. A fim de facilitar a ligação doPVB ao PET, um revestimento e/ou tratamento de superfície pode ser apli-cado ao filme de PET, conforme apresentado na Patente Européia N9157030 Β1, e na Patente U.S. N9 4.732.814, aqui incorporada à guisa dereferência, a qual apresenta um tratamento de plasma de poliéster estiradoem um sentido biaxial a fim de aumentar a adesão. Um método preferidopara o tratamento da superfície de um filme de PET inclui a deposição deuma camada fina de carbono por meio de crepitação a vácuo, conformeapresentado por Kittler, na Patente U.S. Ns 4.865.711 (incorporada ao pre-sente documento à guisa de referência).

As camadas intermediárias compósitas, de acordo com a pre-sente invenção, são preparadas por meio de procedimentos conhecidos.Vide, por exemplo, as Patentes U.S. Nos 4.973.511, 5.024.895, e 5.091.258(aqui incorporadas à guisa de referência) para os métodos de laminação dePVB plastificado em uma folha de PET tratada na superfície. Uma vez queas condições de ligação finais serão experimentadas quando a camada in-termediária for ligada ao vidro, o grau de ligação do PVB ao PET na camadaintermediária compósita não é uma questão crítica. Uma vez que pelo me-nos uma camada do PVB plastificado nas camadas intermediárias compósi-tas da presente invenção tem uma temperatura de Tg maior do que o con-vencional, uma pessoa de habilidade simples na técnica apreciará a neces-sidade de elevar a temperatura de processamento da folha de PVB em umaquantidade correspondente à elevação na temperatura de Tg. Temperaturasadequadas para a ligação do PVB ao PET tipicamente estão na faixa de 50a 120°C. Os compósitos de PET /PVB podem ser prensados, por exemplo,em um rolo de estreitamento, a fim de aumentar a adesão.

Os laminados de vidro que usam as folhas da presente invençãosão preparados por meio de procedimentos conhecidos, como, por exemplo,os apresentados nas Patentes U.S. Nos 5.024.895; 5.091.258; 5.145.744;5.189.551; 5.264.058 e 5.529.654 (todas as quais incorporadas ao presentedocumento à guisa de referência). A camada intermediária compósita é co-locada entre as duas folhas de vidro e aquecida sob vácuo a uma temperatu-ra na faixa de cerca de 85 a 120°C por cerca de 10 a 30 minutos, dependen-do da temperatura, a fim de remover o ar dentre as camadas do laminado.Após a desaeração, o laminado é de preferência aquecido em uma autocla-ve a uma temperatura elevada (cerca de 90 a 165°C) e pressão (cerca de1000 a 2000 kPa) por um tempo suficiente para ligar firmemente as camadasdo laminado. Os métodos de não autoclave apresentados na Patente U.S.N9 5.536.347 podem ser também úteis, por exemplo, para um PVB plastifi-cado tendo apenas aumentos moderados em temperatura de Tg.

Com referência à Figura 2, um laminado de vidro compreende asfolhas de vidro 201 e 205, as quais podem compreender vidro de flutuaçãoou vidro temperado tipicamente na faixa de 1 a 20 milímetros (mm) de es-pessura, de preferência na faixa de 1 a 10 mm de espessura. Entre e ligandoas folhas de vidro encontra-se uma camada intermediária compósita com-preendendo uma folha de PET 203 entre camadas de adesivo de PVB plas-tificado 202 e 204. A folha de PET é orientada no sentido biaxial e pode es-tar na faixa de 0,025 a 0,25 mm de espessura ((1 a 10 mils), de preferênciapelo menos 0,125 mm de espessura. Para a adesão desejada ao PVB, asuperfície do PET é de preferência modificada, por exemplo, por meio doencrespamento da superfície ou por meio de uma modificação química domaterial na superfície. Esta modificação pode ser feita por tratamento dechama, oxidação química, descarga de coroa, crepitação de carbono, trata-mento de plasma no vácuo ou no ar ou por outros tratamentos bem conheci-dos àqueles de habilidade simples na técnica. Um tratamento de superfíciepreferido é o tratamento de plasma no ar. O PVB é plastificado, mais preferi-velmente com glicol de trietileno di(2-etil-hexanoato), em uma quantidade demodo a prover uma temperatura de Tg de pelo menos 35°C. Nos laminadosda presente invenção, as camadas 202 e 204 podem ser similares, porexemplo, compreender um PVB plastificado tendo uma temperatura de Tgde pelo menos 35°C. Em uma forma alternativa, as camadas 202 e 204 po-dem ser diferentes, por exemplo, uma camada de PVB plastificado 202 podecompreender uma camada de PVB convencional tendo uma temperatura deTg de cerca de 33°C e uma camada de PVB 204 pode compreender umacamada de PVB encrespada com uma temperatura de Tg de pelo menos 35°C.

Ainda com referência à Figura 2, em modalidades alternativas dapresente invenção, a camada de PET 203 pode ser substituída por uma ca-mada de módulo alto alternativa, como, por exemplo, uma folha de PVBplastificada com uma rigidez maior do que a do PVB que compreende ascamadas 202 e 204. Em uma forma alternativa, a camada 203 pode sersubstituída por uma folha espessa de, por exemplo, até 1 a 2 mm, de PVBplastificado tendo uma temperatura de Tg de cerca de 33°C, com as cama-das 202 e 204 compreendendo um PVB plastificado tendo uma temperaturade Tg de 35°C ou mais. Em uma outra modalidade alternativa, uma ou asduas camadas de PVB plastificado 202 e 204 podem ser compósitos de PVBplastificado de alto módulo e de baixo módulo, por exemplo, uma folha dePVB plastificado com uma temperatura de Tg de cerca de 33°C aderida auma folha de PVB tendo uma temperatura de Tg de 35°C ou mais. Estescompósitos quando usados em uma camada intermediária tendo uma folhade PET provêm um saldo de propriedades, como, por exemplo, módulo easpereza com uma faixa de temperatura mais ampla de uso do que uma fo-lha monolítica.

Em ainda uma outra modalidade da presente invenção, quais-quer ou todas as camadas de PVB plastificadas podem compreender umcompósito de PVB plastificado de alta e baixa rigidez, por exemplo, uma ca-mada de cerca de 0,4 a 1,6 mm de espessura tendo uma temperatura de Tgde cerca de 33°C aderida a uma camada de cerca de 0,25 a 1,6 mm de es-pessura tendo uma temperatura de Tg de 35°C ou mais. A orientação de taiscamadas compósitas de PVB plastificado no compósito de vidro pode variar.Por conseguinte, em alguns casos, é preferido orientar as camadas de PVBplastificadas compósitas tendo o PVB plastificado de alto módulo em contatocom o vidro. Em outros casos, pode ser preferido se ter o PVB plastificadode baixo módulo em contato com o vidro.

Na Figura 3, é mostrada uma modalidade alternativa, na qual olaminado compreende ainda uma camada adicional 306 que pode ser umacamada de elastômero atenuadora de som, conforme apresentado na Pa-tente U.S. Nq 5.796.055 (aqui incorporada à guisa de referência) ou umacamada bloqueadora de radiação, por exemplo, compreendendo um compó-sito de uma ou mais camadas de metal ou de óxido de metal depositadassobre a camada de PET, conforme apresentado em quaisquer das PatentesU.S. Nos 5.024.895, 5.091.258 ou 5.932.329 (cujas apresentações encon-tram-se incorporadas ao presente documento à guisa de referência).

Na Figura 4, é mostrada uma outra modalidade alternativa, naqual o laminado compreende adicionalmente tanto a camada de elastômeroatenuadora de som 406 como uma camada bloqueadora de radiação 407,por exemplo, compreendendo uma pilha de metal e/ou camadas de óxido demetal depositadas sobre a camada de PET 203.

As Figuras 5A e 5B mostram um estrutura de teste 501 compre-endendo uma base retangular 502 tendo uma abertura retangular e vigas desuporte 503 cobertas com tiras de borracha de 3 mm de espessura 504.

Uma folha de vidro laminado 505 tendo as dimensões gerais de 45 χ 60 cm(18 χ 24 polegadas) se assenta sobre as vigas de suporte 503 com um mor-dente de 11 mm. Quatro prendedores de forma angular 506 com um reves-timento de borracha de 3 mm de espessura 507 se sobrepõem à borda detopo do laminado de vidro com um mordente de 5 a 6 mm em todas as qua-tro bordas do laminado de vidro. Cada prendedor 506 fica preso à estruturapor dois grampos em C 508 (um de oito sendo mostrado) localizados a umadistância de cada aresta equivalente a cerca de um quarto do comprimentodo lado do laminado. A estrutura fica posicionada sob uma cabeça de êm-bolo hemisférica de 180 mm de diâmetro 509, que é acionada para o lami-nado de vidro a uma velocidade de 125 mm por minuto. A carga e a distân-cia do percurso de êmbolo a partir do impacto com o laminado de vidro sãoregistradas de modo a gerar uma curva de resposta de "carga versus deslo-camento", conforme ilustrado nas Figuras 6, 7 e 8. A razão de carga paradeslocamento de êmbolo representa o módulo flexionai do laminado.

Os seguintes exemplos ilustram e não limitam ou restringem apresente invenção e são ilustrados usando os seguintes materiais.

3GEH: um plastificante de glicol de trietileno di(2-etil-hexanoato.

Vidro: um vidro de flutuação recozido de 2,2 mm de espessura.

PET1: uma folha de PET de 0,1 mm (4 mils) de espessura, ori-entada no sentido biaxial e crepitada com carbono.

PET2: uma folha de PET de 0,177 mm (7 mils) de espessura,orientada no sentido biaxial e crepitada com carbono.

PVB1: um PVB plastificado de 0,38 mm (15 mils) de espessuracontendo um 3GEH de 38 phr e tendo uma temperatura de Tg de cerca de32°C.

PVB2: um PVB plastificado de 0,76 mm (30 mils) de espessuracontendo um 3GEH de 38 phr e tendo uma temperatura de Tg de cerca de32°C.

PVB3: um PVB plastificado de 1,14 mm (45 mils) de espessuracontendo um 3GEH de 38 phr e tendo uma temperatura de Tg de cerca de32°C.

PVB4: um PVB plastificado de 1,52 mm (60 mils) de espessuracontendo um 3GEH de 38 phr e tendo uma temperatura de Tg de cerca de32°C.

PVB5: um PVB plastificado de 0,76 mm (30 mils) de espessuracontendo um 3GEH de 22 phr e tendo uma temperatura de Tg de cerca de45°C.

PVB6: um PVB plastificado de 0,38 mm (15 mils) de espessuracontendo um 3GEH de 30 phr e tendo uma temperatura de Tg de cerca de38°C.

PVB7: um PVB plastificado de 0,76 mm (30 mils) de espessuracontendo um 3GEH de 30 phr e tendo uma temperatura de Tg de cerca de38°C.

IONÔMERO: uma folha de ionômero de 1,52 mm (60 mils) deespessura, obtida na E.l. duPont de Nemours & Company, com a marcaSurlyn SPK.

Exemplos 1 a 15

Laminados de vidro de cerca de 45 χ 60 cm (18 χ 24 polegadas)foram construídos com os materiais indicados na Tabela 1.Tabela 1

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Os laminados foram avaliados para resistência à impacto golpe-ando os mesmos com uma cabeça de martelo de 9,5 quilogramas no fim deum braço de pêndulo de 1400 mm a partir de uma altura de queda de 700mm de acordo com o Padrão Britânico BS AU 209, Parte 4a, modificado nosentido de que o laminado de vidro foi montado em uma estrutura de testeorientada verticalmente do tipo mostrado na Figura 5A; o martelo foi ajustadode modo a golpear cinco pontos do padrão de diamante medindo 70 mm emum lado quadrado (em seqüência, o topo, o centro esquerdo, o centro, ocentro direito e o fundo). Depois do impacto de martelo, os laminados foramdeformados na faixa de 2,5 a 35 mm (0,1 a 1,4 polegadas) com uma camadaintermediária de vidro quebrado, porém intacta. Depois do teste de impactode pêndulo, os laminados foram submetidos ao teste de penetração de ca-beça de êmbolo a fim de medir o módulo flexionai. As curvas de "carga ver-sus resistência" dos laminados dos exemplos 1 a 15 são reportadas nas Fi-guras 6, 7 e 8, conforme indicado pelo número de exemplo. O módulo flexio-nal máximo para certos laminados é reportado na Tabela 3.

Tabela 3

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A descrição acima é apresentada para fins de ilustração so-mente e não deve ser tomada em um sentido limitado. Várias modificações ealterações serão prontamente aparentes às pessoas versadas na técnica.

Pretende-se, no entanto, que o apresentado acima seja considerado comoapenas exemplar e que o âmbito da presente invenção fique assegurado apartir das reivindicações a seguir.

Claims

1. Camada intermediária de laminado compósita, caracterizadapelo fato de aderir um laminado de vidro que consiste essencialmente emuma folha de politereftalato de etileno entre camadas de camadas adesivasde polivinil butiral plastificadas, em que pelo menos uma das ditas camadasadesivas de polivinil butiral tem uma temperatura de transição de vidro maiordo que 35°C.

2. Camada intermediária de acordo com a reivindicação 1,caracterizada pelo fato de que as ditas camadas adesivas de polivinil butiralsão de espessuras diferentes.

3. Camada intermediária de acordo com a reivindicação 1,caracterizada pelo fato de que a dita folha de politereftalato de etileno temuma espessura maior do que 0,075 milímetros (3 mils).

4. Camada intermediária de acordo com a reivindicação 1,caracterizada pelo fato de que a dita folha de politereftalato de etileno temuma espessura maior do que 0,1 milímetro (4 mils).

5. Camada intermediária de acordo com a reivindicação 1,caracterizada pelo fato de que a dita folha de politereftalato de etileno temum revestimento funcional de modo a reduzir a transmissão de radiaçãoatravés do dito laminado de vidro.

6. Camada intermediária de acordo com a reivindicação 1,caracterizada pelo fato de aderir laminados de vidro constituídosessencialmente de uma camada de politereftalato de etileno entre camadasde camadas adesivas de polivinil butiral plastificadas, em que a camada depolitereftalato de etileno tem uma espessura na faixa de 0,125 a 0,254milímetros (5 a 10 mils); e cada camada adesiva tem uma espessura nafaixa de 0,25 a 2 milímetros (10 a 80 mils), e em que a polivinil butiralplastificada tem uma temperatura de transição de vidro maior do que 35°C.

7. Camada intermediária de acordo com a reivindicação 1,caracterizada pelo fato de aderir laminados de vidro constituídosessencialmente de três camadas de folha de polivinil butiral plastificadasaderidas uma à outra, em que a camada interna da polivinil butiral tem umatemperatura de transição de vidro maior do que 35°C e as camadas externasde polivinil butiral tem uma temperatura de transição de vidro menor do que 35°C.

8. Camada intermediária de acordo com a reivindicação 1caracterizada pelo fato de aderir laminados de vidro compreendendo umacamada de adesivo de polivinil butiral plastificada tendo uma temperatura detransição de vidro maior do que 35°C, pelo menos uma camada de folha depolitereftalato de etileno tendo uma espessura maior do que 0,075milímetros (3 mils), pelo menos uma camada elastomérica adaptada nosentido de reduzir a transmissão de som através do laminado de vidro, epelo menos uma outra camada de adesivo de poliálcool vinílico plastificado.

9. Laminado de vidro tendo uma rigidez aperfeiçoada,caracterizado pelo fato de que compreende em ordem:(a) uma primeira folha de vidro;(b) uma primeira camada de adesivo de polivinil butiral plastificada;(c) uma folha de politereftalato de etileno maior do que 0,075milímetros (3 mils) de espessura;(d) uma segunda camada de adesivo de polivinil butiralplastificada, e(e) uma segunda folha de vidro,em que o dito laminado de vidro exibe um módulo flexionai máximo maior doque 350 Newtons por centímetro, e em que pelo menos uma camada depolivinil butiral plastificada apresenta temperatura de transição de vidromaior do que 35°C.

10. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 9,caracterizado pelo fato de que exibe uma carga máxima antes de quebra depelo menos 3000 Newtons.

11. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 9,caracterizado pelo fato de que pelo menos uma das camadas de polivinil butiralplastificadas tem uma temperatura de transição de vidro maior do que 40°C.

12. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 9,caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma folha de elastômerode atenuação de som.

13. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 9,caracterizado pelo fato de que a dita folha de politereftalato de etileno temum revestimento bloqueador de radiação.

14. Laminado de vidro, caracterizado pelo fato de que apresentauma rigidez aperfeiçoada, consistindo essencialmente em, em ordem:(a) uma primeira camada de vidro;(b) uma primeira camada de adesivo de polivinil butiral plastificada;(c) uma camada de politereftalato de etileno;(d) uma segunda camada de adesivo de polivinil butiralplastificada, e(e) uma segunda camada de vidro,em que pelo menos uma camada de adesivo de polivinil butiral plastificadatem uma temperatura de transição de vidro maior do que 35°C.

15. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 14,caracterizado pelo fato de que o dito laminado de vidro exibe um móduloflexionai máximo maior do que 350 Newtons por centímetro.

16. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 14,caracterizado pelo fato de que o dito laminado de vidro exibe um móduloflexionai máximo maior do que 450 Newtons por centímetro.

17. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 14,caracterizado pelo fato de que o dito laminado de vidro exibe um móduloflexionai máximo maior do que 550 Newtons por centímetro.

18. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 14,caracterizado pelo fato de que o dito laminado de vidro exibe um móduloflexionai máximo maior do que 650 Newtons por centímetro.

19. Laminado de vidro, de acordo com a reivindicação 14,caracterizado pelo fato de que exibe uma carga máxima antes de quebra apartir de uma estrutura presa de pelo menos 3000 Newtons.

20. Laminado de vidro, de acordo com a reivindicação 14,caracterizado pelo fato de que exibe uma carga máxima antes de quebra apartir de uma estrutura presa de pelo menos 4000 Newtons.

21. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 14,caracterizado pelo fato de que exibe uma carga máxima antes de quebra apartir de uma estrutura presa de pelo menos 5000 Newtons.

22. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 14,caracterizado pelo fato de que exibe uma carga máxima antes de quebra apartir de uma estrutura presa de pelo menos 6000 Newtons.

23. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 14,caracterizado pelo fato de que a dita folha de politereftalato de etileno temum revestimento bloqueador de radiação.

24. Laminado de vidro tendo uma rigidez aperfeiçoada,caracterizado pelo fato de que consiste essencialmente em, em ordem:(a) uma primeira folha de vidro;(b) uma primeira camada de adesivo de polivinil butiral plastificada;(c) uma primeira camada de folha de politereftalato de etileno;(d) uma camada de elastômero atenuador de som;(e) uma segunda folha de politereftalato de etileno;(f) uma segunda camada de adesivo de polivinil butiral plastificada;(g) uma segunda folha de vidro,em que pelo menos uma camada de adesivo de polivinil butiral plastificadotem uma temperatura de transição de vidro maior do que 35°C.

25. Laminado de vidro tendo uma rigidez aperfeiçoada,caracterizado pelo fato de que compreende pelo menos uma camada de umcompósito de polivinil butiral plastificado que consiste em uma camada depolivinil butiral plastificada tendo uma temperatura de transição de vidro de-33°C e uma camada de polivinil butiral plastificada tendo uma temperaturade transição de vidro de 35°C ou maior.

26. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 25,caracterizado pelo fato de que compreende duas ou mais camadas do ditocompósito de polivinil butiral plastificado.

27. Laminado de vidro de acordo com a reivindicação 25,caracterizado pelo fato de que compreende ainda uma camada depolitereftalato de etileno estirada no sentido biaxial.