WO2021003544A1 - Caixa de terminação e derivação óptica - Google Patents

Abstract

A caixa compreende uma base (10) articulando uma tampa (20) e uma bandeja (40) carregando meios de emenda e de divisão fibras (AF, EF) e adaptadores de saída (AS). Uma abertura lateral (13) da base (10) é fechada por um batoque de vedação (30) e a bandeja (40) incorpora, em uma face anterior (42), um elemento de ancoragem lateral (45) provido de recortes de ancoragem (45b) e sendo assentável sobre o batoque de vedação (30). O elemento de ancoragem lateral (45) recebe um elemento de vedação (50) com rasgos anteriores (51) para receberem um cabo terminal (CT). A tampa (20) tem uma borda posterior (22a) com uma extensão assentada contra o elemento de vedação (50) e com outra extensão forçando um cabo terminal (CT) para dentro de um recorte de ancoragem (45b).

Description

"CAIXA DE TERMINAÇÃO E DERIVAÇÃO ÓPTICA"

Campo da invenção

[001] A presente invenção refere-se a uma caixa de terminação e derivação (emenda) de cabos ópticos, a ser aplicada a redes aéreas de fibras ópticas denominadas FTTH ("fiber to the home") , para proteger uma emenda óptica ("splitter") entre uma fibra óptica de um cabo de distribuição multifibra recebido na caixa e múltiplos cabos ópticos de terminação (cabos "drop"), geralmente na forma de cabos compactos ("low friction"), e/ou emendas ópticas por fusão entre uma ou mais fibras ópticas do cabo de distribuição e um respectivo cabo óptico de derivação (cabo óptico multifibra de continuação) .

Antecedentes da invenção

[002] As redes de fibra óptica requerem a provisão de pontos de emenda e pontos terminais, de ativação de usuário, os quais são protegidos por caixas de terminação e de derivação, geralmente instaladas de modo externo, aéreo e fixadas na cordoalha, em um poste ou na fachada de uma edificação .

[003] Em um ponto de emenda, por exemplo, uma ou mais fibras de um cabo de distribuição, recebido em uma caixa de terminação/derivação, são emendadas, por fusão, a respectivas fibras de um cabo de derivação que sai da referida caixa para alcançar um novo ponto de emenda ou um ponto terminal de ativação de usuário.

[004] Entretanto, em um ponto de ativação de usuário, uma das fibras do cabo óptico de derivação, que chega a uma caixa de terminação aérea, é submetida a um "splitter" para prover cabos de terminação dirigidos a usuários finais da rede. As fibras do cabo óptico de derivação, que chegam a uma caixa de terminação, mas que não são conectadas a um respectivo cabo de terminação (cabo "drop") , podem passar pela caixa, inalteradas ou emendadas a uma nova extensão de cabo de continuação, para prosseguirem em direção a um novo ponto de emenda ou de ativação de usuário.

[005] Essas caixas de terminação devem ser construídas para receber pelo menos um cabo de distribuição multifibras, e para liberar a sa da de um ou mais cabos de derivação e ainda de uma pluralidade de cabos compactos de terminação ("drop"), requerendo acomodação interna para emendas por fusão em "splitter" e para cabos de derivação.

[006] Um problema dessas caixas resulta dos riscos de danos aos cabos terminais compactos, nelas já instalados, por ocasião das operações de manutenção da rede óptica, quando o instalador necessita movimentar os elementos internos de acomodação de fibras na caixa, provocando, com frequência, um indevido dobramento dos cabos ópticos compactos de terminação e até mesmo danificando os adaptadores de conexão desses cabos de terminação, os quais necessitam ser desconectados dos adaptadores para que o instalador tenha acesso às áreas de fusão das fibras.

[007] Para reduzir esses riscos, têm sido propostas caixas de terminação com os elementos internos, de acomodação dos cabos compactos de terminação, fisicamente separados dos elementos internos de acomodação dos cabos de derivação multifibras, considerando que os instaladores de cabos de derivação multifibra são responsáveis pelas operações de fusão das fibras, enquanto que os instaladores de cabos de terminação compactos são responsáveis pelas operações de conexão desses cabos aos respectivos adaptadores providos no interior da caixa e conectados ao "splitter".

[008] Com a separação fisica dos referidos elementos de acomodação, cada instalador tem sua respectiva área de trabalho separada da área de trabalho do outro, reduzindo a possibilidade de uma equipe danificar o trabalho da outra.

[009] Apesar de minimizar os riscos de danos acima citados e de reduzir o número dos custosos chamados/atendimentos para manutenção da rede de cabos de derivação multifibra ou de cabos de terminação compactos, essa conhecida solução de separação fisica dos elementos de acomodação de cabos é complexa e onerosa.

[010] Ainda outra deficiência das conhecidas caixas de terminação e de derivação está relacionada às soluções de vedação nelas empregadas, as quais têm seu grau de estanqueidade elevado em conjunto com sua complexidade construtiva e com consequentes custos de produção. Em algumas soluções, a simplificação construtiva conduz a deficiências no grau de estanqueidade dos anéis de vedação (grommets) nas entradas e sardas dos cabos, permitindo a entrada de umidade e de insetos no interior da caixa. Em outras soluções, o aumento no grau de estanqueidade é obtido com elevada complexidade construtiva e custos de produção indesejáveis.

[011] As caixas de terminação conhecidas apresentam ainda mais um inconveniente que resulta do fato de permitirem que a tampa seja fechada mesmo que o instalador não tenha ancorado o cabo terminal compacto (cabo "drop") de modo correto, permitindo que, nesse caso, o cabo compacto e, consequentemente, a rede de transmissão de dados fiquem susceptiveis a movimentações indesejáveis e mesmo inaceitáveis pelas normas vigentes.

[012] Exemplos de caixas de terminação do tipo aqui considerado podem ser encontrados nos documentos US 6.226.434, e US 9.310579.

[013] Em razão dos inconvenientes acima mencionados, foi proposta, pela ora depositante, em seu pedido de patente BR 10 2018 005815-0, uma caixa de terminação e derivação para redes de acesso óptico, de instalação aérea, apresentando uma construção relativamente simples, com reduzido número de peças, de fácil e seguro manuseio dos elementos de emenda de fibras pela respectiva equipe de instaladores, sem interferência nos elementos de conexão de cabos de terminação a serem manuseados por outra equipe de instaladores, sendo ainda referida caixa dotada de elevado grau de estanqueidade e de sistema de vedação duplo, atuando nos cabos de distribuição, nos cabos de derivação (continuação) e nos cabos de terminação e permitindo conter grandes jatos de água em um primeiro estágio e ainda goticulas e pequenos insetos em um segundo estágio, com drenagem entre os dois estágios.

[014] Ocorre que a referida caixa, objeto do pedido de patente BR 10 2018 005815-0, é projetada para ser montada apenas em uma posição horizontal, com as aberturas de entrada e de sa da dos cabos posicionadas nas laterais opostas de uma base da caixa, em cuja borda horizontal inferior é articulada uma tampa. Essa construção anterior não permite a montagem da caixa em uma posição vertical.

[015] Outro aspecto particular da construção da referida caixa anterior da mesma requerente diz respeito ao elevado número de elementos de vedação em elastômero, de construção relativamente complexa e onerosa, para prover a estanqueidade, individual e em nivel duplo, da passagem de cada cabo de distribuição ou de derivação (continuação) através da respectiva abertura lateral da caixa e ainda de um par de elementos de vedação para a sa da dos cabos de terminação ("drop") em cada uma das laterais da caixa óptica. Sumário da invenção

[016] Tendo em vista os aspectos acima discutidos, a presente invenção tem, por objetivo, a provisão de uma caixa de terminação e de derivação para redes de acesso óptico, de instalação aérea e apresentando construção simples, versátil e de custo substancialmente inferior ao das caixas congéneres, com reduzido número de elementos de vedação para a obtenção de um desejado grau de estanqueidade e permitindo sua instalação na posição horizontal ou vertical na cordoalha ou na parede de uma edificação ou ainda na posição vertical, diretamente contra um poste, garantindo ainda um fácil e seguro manuseio dos elementos de emenda de fibras pela respectiva equipe de instaladores, sem interferência nos elementos de conexão de cabos de terminação a serem manuseados por outra equipe de instaladores, independentemente da posição de instalação da caixa.

[017] Ainda outro objetivo da invenção é o de prover uma caixa de terminação e de derivação óptica de instalação aérea, conforme acima mencionado e que garanta a ancoragem correta dos cabos de terminação (cabos "drop") quando do fechamento da tampa.

[018] A caixa de derivação e terminação em questão é do tipo que compreende: uma base tendo uma parede de fundo e uma borda anterior definida por paredes periféricas; uma tampa tendo uma parede de topo e uma borda posterior definida por paredes periféricas e sendo deslocável entre uma posição fechada, assentada e travada contra a base, e uma posição aberta; e uma bandeja articulada à base e tendo uma face posterior carregando meios de acomodação de extensões de fibra e de emenda e divisão de fibras ( " splitters " ) , e uma face anterior carregando adaptadores de sa da conectados a extensões de fibra e a respectivos conectores de um cabo terminal, sendo a bandeja angularmente deslocável entre uma primeira posição, com sua face posterior assentada na base, e uma segunda posição com sua face posterior exposta ao instalador .

[019] De acordo com a invenção, uma parede periférica da base, não articulada á tampa, é provida de uma única abertura lateral, definindo uma extensão rebaixada da borda anterior da base e tendo sua seção transversal, não ocupada por um cabo óptico, fechada por um batoque de vedação em elastômero e apresentando uma região anterior rebaixada.

[020] A bandeja incorpora, em sua face anterior e em peça única, um elemento de ancoragem lateral, em forma de canaleta, tendo bordas anteriores providas de recortes de ancoragem e bordas posteriores assentadas sobre o batoque de vedação, no interior da região anterior rebaixada, quando a bandeja é levada à primeira posição assentada na base, o elemento de ancoragem lateral recebendo, pelo seu lado anterior, o encaixe de um elemento de vedação, em elastômero e provido de rasgos anteriores alinhados com os recortes de ancoragem do elemento de ancoragem lateral, cada rasgo anterior e cada par de recortes de ancoragem, alinhados entre si, recebendo o encaixe justo de um cabo terminal e sendo uma extensão de borda posterior de uma parede periférica da tampa, assentada contra o elemento de vedação, de modo a comprimir, esse último, em torno de um respectivo cabo terminal, dita parede periférica da tampa apresentando outra extensão de borda posterior, mais interna e forçando dito cabo terminal para dentro do confrontante recorte de ancoragem, quando do fechamento da tampa.

[021] A construção acima resumida é simples, versátil e de custo reduzido, podendo ser instalada horizontal ou verticalmente, garantindo ainda um fácil e seguro manuseio dos elementos de emenda de fibras por deferentes equipes de instaladores e garantindo a ancoragem correta dos cabos de terminação (cabos "drop") quando do fechamento da tampa.

Breve descrição dos desenhos

[022] A seguir, a invenção será descrita com base nos desenhos em anexo, dados a titulo de exemplo de uma concretização da invenção e nos quais:

[023] A figura 1 representa uma vista em perspectiva da caixa de terminação e derivação da invenção, com sua tampa em uma condição fechada sobre a base e com a abertura lateral dessa última alojando um batoque de vedação provido de dois pares de furos transversais para passagem justa e vedada de um correspondente cabo de distribuição ou de derivação;

[024] A figura 2 representa uma vista em perspectiva da caixa da figura 1, quando vista pelo lado do fundo da base que está provida de um berço côncavo para fixação da caixa, na posição vertical, em um poste;

[025] A figura 3 representa uma vista em perspectiva da caixa das figuras 1 e 2 em uma condição de montagem horizontal, por exemplo, em uma cordoalha, estando a tampa na condição aberta e a bandeja assentada na base e tendo sua face anterior carregando, em uma lateral oposta àquela da abertura lateral da base, dois conjuntos superpostos de oito adaptadores angularmente escamoteáveis, para conexão de cabos de terminação (cabos drop");

[026] A figura 4 representa uma vista em perspectiva da caixa da figura 3, com a tampa na condição aberta e a bandeja deslocada angularmente para uma posição na qual expõe, ao instalador, sua face posterior carregando meios de acomodação de extensões de fibra e de emenda e divisão de fibras ( "splitters " ) e de um cabo de terminação;

[027] A figura 5 representa uma vista em perspectiva explodida de um primeiro grupo dos componentes da caixa de terminação e derivação, associados à base e à tampa;

[028] A figura 5A representa uma vista em perspectiva explodida de um segundo grupo dos componentes da caixa de terminação e derivação, associados à bandeja;

[029] A figura 6 representa uma vista em planta da face posterior da bandeja;

[030] A figura 7 representa uma vista em corte transversal da caixa de terminação na condição fechada;

[031] A figura 8 representa uma vista em corte longitudinal parcial e ampliado da caixa de terminação e derivação, na condição fechada e ilustrando o batoque de vedação atuando em um cabo de distribuição ou de derivação e ainda o elemento de ancoragem atuando sobre um cabo de terminação .

Descrição da invenção

[032] Conforme ilustrado nos desenhos e acima mencionado, a caixa de terminação e derivação óptica em questão compreende uma base 10 e uma tampa 20 articulada à base 10, ambas em material não condutor elétrico, com a base 10 incorporando, em peça única, uma parede de fundo 11 (figuras 2, 4 e 5) e paredes periféricas 12 e que definem pelo menos uma borda anterior 12a, preferivelmente múltiplas bordas anteriores 12a, que definem, entre si, uma calha 12b. Uma das paredes periféricas 12, não articulada à tampa 20, é provida de uma única abertura lateral 13 (figura 5), definindo uma extensão rebaixada da borda anterior 12a da base 10, para passagem de cabos ópticos multifibra CO, que podem ser definidos por um cabo de distribuição multifibra ou por um ou mais cabos de derivação multifibra.

[033] A seção transversal da abertura lateral 13, não ocupada por um cabo óptico multifibra CO, passante por dita abertura, é fechada por um batoque de vedação 30, em elastômero, encaixado em dita abertura lateral 13 e apresentando uma região anterior rebaixada 31, cuja função será descrita mais adiante.

[034] De acordo com a construção ilustrada, o batoque de vedação 30 é mediana e posteriormente provido de uma ranhura 32 (figura 8) na qual é encaixada uma nervura 15 incorporada, longitudinal e medianamente, ao longo de pelo menos parte da extensão rebaixada da borda anterior 12a da base 10, que define a abertura lateral 13. Com isso, o batoque de vedação 30 fica solidamente retido na borda anterior 12a da base 10.

[035] De acordo com a invenção, o batoque de vedação 30 é provido de furos transversais 33, 34 apresentando um ou mais padrões diametrais, sendo que os furos transversais 33,34, de padrões diferentes no exemplo ilustrado, apresentam um dos extremos fechado por uma respectiva porção de parede lateral rompivel 35 do batoque de vedação 30 (figura 7) . Assim, basta que referida porção de parede lateral rompivel 35 seja facilmente retirada, para permitir a passagem de um cabo óptico multifibra CO através do respectivo furo transversal 33, 34, para entrar na caixa ou dela sair.

[036] Para garantir um adequado grau de estanqueidade entre o batoque de vedação 30 e cada cabo óptico multifibra CO, passante pelo batoque de vedação 30, cada furo transversal 33, 34 apresenta pelo menos parte de sua extensão tendo um diâmetro inferior ao cabo óptico multifibra CO.

[037] A tampa 20 tem uma parede de topo 21 e paredes periféricas 22 definindo pelo menos uma e preferivelmente múltiplas bordas posteriores 22a, as quais definem entre si, uma calha de tampa 22b, sendo a tampa 20 articulada à base 10, preferivelmente em uma parede periférica 12 dessa última, desprovida da abertura lateral 13, para ser deslocável entre uma posição aberta (figuras 3 e 4), com sua borda posterior 22a afastada da borda anterior 12a da base 10, para permitir o acesso ao interior da caixa por parte do operador/instalador da rede de fibras ópticas, e uma posição fechada (figuras 1, 2, 7 e 8), travada na base 10 e na qual as bordas anterior e posterior 12, 22a, da base 10 e da tampa 20, na região desprovida da abertura lateral 13, são assentadas entre si e, preferivelmente, encaixadas entre si formando um labirinto de vedação.

[038] Na construção ilustrada, a borda posterior 22a da tampa 20 apresenta a forma de uma pequena canaleta em cujo interior é encaixada uma gaxeta de vedação 24 (figuras 3, 4, 7 e 8), em forma de cordão de material elastômero para prover estanqueidade na região de assentamento entre a base 10 e a tampa 20. [039] A caixa de terminação óptica compreende ainda uma bandeja 40 tendo uma borda articulada à base 10 e apresentando uma face posterior 41 e uma face anterior 42, sendo a bandeja 40 angularmente deslocável entre uma primeira posição, com sua face posterior 41 assentada na base 10, acima da abertura lateral 13 e expondo a face anterior 42 ao instalador de cabo óptico multifibras CO, e uma segunda posição na qual expõe a face posterior 41 ao instalador de cabos terminais CT .

[040] A bandeja 40 incorpora, em sua face anterior 42 e em peça única, um elemento de ancoragem lateral 45 em forma de canaleta tendo bordas anteriores 45a providas de recortes de ancoragem 45b e bordas posteriores 45c assentadas sobreo batoque de vedação 30 no interior da região anterior rebaixada 31 desse último quando a bandeja 40 é levada para a primeira posição assentada na base 10.

O elemento de ancoragem lateral 45 recebe o encaixe de um elemento de vedação 50 em elastômero e provido de rasgos anteriores 51 alinhados com os recortes de ancoragem 45b do elemento de ancoragem lateral 45. Os rasgos anteriores 51 se estendem desde uma face lateral do elemento de vedação 50, voltada para fora de caixa, até uma parede lateral 52, oposta e rompivel e que fecha o adjacente extremo do conjunto de rasgos anteriores 51. Quando do encaixe de um cabo terminal CT em um dos referidos rasgos anteriores 51, a respectiva porção da parede lateral oposta 52 é rompida e retirada. Essa disposição garante a vedação dos rasgos anteriores não utilizados .

[041] Com a construção acima, cada rasgo anterior 51 do elemento de vedação 50 e cada par de recortes de ancoragem 45b, alinhados entre si recebe o encaixe justo de um cabo terminal CT, promovendo uma adequada retenção axial desse último e ainda uma adequada estanqueidade entre cada cabo terminal no elemento de vedação 50.

[042] Na construção ilustrada, uma extensão de borda posterior 22a de uma parede periférica 22 da tampa 20 é assentada contra o elemento de vedação 50, comprimindo esse último em torno de um respectivo cabo terminal CT, sendo que a parede periférica 22 da tampa 20 apresenta ainda outra extensão de borda posterior 22a, mais interna e forçando o dito cabo terminal CT para dentro do confrontante recorte de ancoragem 45b, quando do fechamento da tampa 20. Essa construção garante a ancoragem correta dos cabos de terminação CT quando do fechamento da tampa.

[043] A bandeja 40 incorpora, em sua face posterior 41, meios de acomodação de extensões de fibras AF, meios de emenda de fibra EF, um elemento divisor ("splitter") de fibra SF e conectores C recebendo fibras ópticas FO divididas de uma fibra derivada de um cabo óptico multifibra CO. A face anterior 42 da bandeja 40 carrega adaptadores de sarda AS, angularmente escamoteáveis, para receberem, cada um, o encaixe de um respectivo conector C de um cabo terminal CT .

[044] Com a provisão de uma única bandeja 40 articulada à base 10, é possivel a uma equipe de instalação realizar emendas por fusão e ainda divisões de uma fibra óptica utilizando a face posterior 41 da bandeja 40 que poderá definir uma espécie de mesa horizontal, quando da montagem da caixa em uma cordoalha ou em uma edificação, com a articulação da tampa disposta na horizontal. Entretanto, quando da montagem da caixa com o eixo de articulação da tampa em uma posição vertical, a face posterior 41 da bandeja permanece em um plano vertical quando a bandeja é deslocada para sua segunda posição ilustrada na figura 4. Nesse caso, a equipe de emendas ou divisões ópticas pode simplesmente deslocar a bandeja 40 para sua segunda posição e trabalhar na face posterior 41, sem riscos de produzir danos nas conexões dos cabos terminais CT dispostos sobre a face anterior 42 da bandeja 40.

[045] Para facilitar o trabalho na face posterior 41 da bandeja 40 quando a caixa é instalada na vertical, a base 10 incorpora, na região de sua parede periférica 12 de articulação da tampa 20, um par de meios de engate 16

(figuras 4, 5 e 8) nos quais são articulados, de modo removivel por deformação elástica, um correspondente par de abas de articulação 46 (figuras 5A e 6) incorporadas em uma borda da bandeja 40 adjacente ao eixo de articulação da tampa 20. Com isso, é possivel ao operador/instalador, destacar a bandeja 40 da base 10, para trabalhar sobre uma ou outra face da bandeja 40 sobre uma plataforma de trabalho montada, de modo elevado, junto a uma cordoalha, a uma parede de edificação ou ainda a um poste. Essa caracteristica é particularmente útil quando a caixa é montada na vertical.

[046] Conforme ilustrado nas figuras 1, 2 3, e 4, a parede de fundo 11 da base 10 é usualmente disposta em um plano de montagem vertical para permanecer montada em uma cordoalha (não ilustrada) por meio de ganchos de suspensão

18, removivelmente fixados à base 10 e que podem tomar diferentes construções, como aquela ilustrada exemplificativamente .

[047] Entretanto, os ganchos de suspensão 18 podem ser suprimidos quando a caixa tem a face externa da parede de fundo 11 da base 10 fixada, diretamente contra uma parede de edificação, com eixo de articulação na vertical ou na horizontal, por meio, por exemplo, de parafusos (não ilustrados) passantes através de abas laterais 17 incorporadas lateral e externamente à base 10, ou ainda contra um poste com o eixo de articulação da tampa 20 disposto verticalmente.

[048] Quando da montagem da caixa em um poste, é provido um berço côncavo 60 ilustrado nas figuras 2, 7 e que é externa e removivelmente fixado à parede de fundo 11, da base 10, por parafusos 61, fixáveis em alojamentos estanques providos na referida parede de fundo 11, ou por outros meios de fixação desmontáveis adequados, sendo esse berço côncavo 60 provido de pares de aberturas laterais 62, oposta duas a duas, para a passagem de cintas (não ilustradas) para amarração da caixa a um poste.

[049] Particularmente quando da montagem da caixa com o eixo de articulação da tampa 20 na horizontal, a bandeja 40 pode ser estabilizada em sua segunda posição por meio do seu assentamento parcial contra uma região de parede periférica 22 da tampa 20, adjacente à sua articulação à base 10, estando a tampa 20 em uma posição aberta coplanar à base 10 e pendente dessa última.

[050] Na configuração exemplificativa ilustrada, a bandeja 40 tem sua face posterior 41 coberta por uma pelicula 70, em material polimérico flexivel, para proteção das fusões de fibras ópticas, sendo que na face anterior 42 da bandeja 40 é montada uma tampa complementar 47 cobrindo parcialmente os adaptadores de sa da AS e uma região de reserva de extensões de fibra óptica derivadas do divisor de fibra SF ("pig tails") e conectadas aos adaptadores de saida AS. Entre a face anterior 42 da bandeja 40 e a tampa 20 é provida uma cinta de vedação 80, em elastômero, flexivel ou não, para proteção das conexões dos conectores dos cabos terminais CT aos respectivos adaptadores de saida AS, conforme ilustrado na figura 5.

[051] Na construção ilustrada, a base 10 incorpora, internamente, uma lingueta de trava 19, elasticamente deformável de uma posição operante, na qual trava a bandeja 40 em sua primeira posição assentada na base 10, para uma posição inoperante, na qual libera o deslocamento angular da bandeja 40 da primeira posição para a segunda posição.

[052] Em uma construção particular da invenção, a tampa 20 é travada na base 10 por uma trava T carregada por uma parede periférica 12 da base 10, oposta àquela de articulação da tampa 20 à base 10 e deslocável entre uma posição aberta e uma posição fechada, na qual trava, entre si, confrontantes paredes periféricas 12 da base 10 e da tampa 20. Deve ser entendido que a trava T pode ser também montada articuladamente a uma parede periférica 22 da tampa 20, para atuar contra a base 10, quando do fechamento da caixa de terminação óptica.

[053] Apesar de ter sido aqui ilustrada apenas uma configuração da caixa de terminação e derivação óptica em questão, deve ser entendido que poderão ser feitas alterações de forma e de disposição dos componentes, sem que se fuja do conceito construtivo definido nas reivindicações que acompanham o presente relatório.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Caixa de terminação e derivação óptica, compreendendo: uma base (10) tendo uma parede de fundo (11) e uma borda anterior (12a) definida por paredes periféricas (12); uma tampa () tendo uma parede de topo (21) e uma borda posterior (22a) definida por paredes periféricas (22) e sendo deslocável entre uma posição fechada, assentada e travada contra a base (10), e uma posição aberta; e uma bandeja (40) articulada à base e tendo uma face posterior (41) carregando meios de acomodação de extensões de fibra (AF) e de emenda e divisão de fibras (SF) ( " splitters " ) , e uma face anterior (42) carregando adaptadores de sa da (AS) , conectados a extensões de fibra (EF) e a respectivos conectores (C) de um cabo terminal (CT) , sendo a bandeja (40) angularmente deslocável entre uma primeira posição, com sua face posterior assentada na base (10), e uma segunda posição com sua face posterior (41) exposta ao instalador, sendo a caixa caracterizada pelo fato de uma parede periférica (12) da base (10), não articulada à tampa (20), ser provida de uma única abertura lateral (13), definindo uma extensão rebaixada da borda anterior (12a) da base (10) e tendo sua seção transversal, não ocupada por um cabo óptico (CO) , fechada por um batoque de vedação (30) em elastômero e apresentando uma região anterior rebaixada (31), sendo que a bandeja (40) incorpora, em sua face anterior (42) e em peça única, um elemento de ancoragem lateral (45), em forma de canaleta, tendo bordas anteriores (45a) providas de recortes de ancoragem (45b) e bordas posteriores (45c) assentadas sobre o batoque de vedação (30), no interior da região anterior rebaixada (31), quando a bandeja (40) é levada à primeira posição assentada na base (10), o elemento de ancoragem lateral (45) recebendo o encaixe de um elemento de vedação (50), em elastômero e provido de rasgos anteriores (51) alinhados com os recortes de ancoragem (45b) do elemento de ancoragem lateral (45), cada rasgo anterior (51) e cada par de recortes de ancoragem (45b), alinhados entre si, recebendo o encaixe justo de um cabo terminal (CT) e sendo uma extensão de borda posterior de uma parede periférica da tampa (20), assentada contra o elemento de vedação (50), comprimindo esse último em torno de um respectivo cabo terminal (CT) , dita parede periférica da tampa (20) apresentando outra extensão de borda posterior (22a) , mais interna e forçando dito cabo terminal (CT) para dentro do confrontante recorte de ancoragem (45b), quando do fechamento da tampa (20) .

2. Caixa, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de o batoque de vedação (30) ser mediana e posteriormente provido de uma ranhura (32) na qual é encaixada uma nervura (15) incorporada, longitudinal e medianamente, na extensão rebaixada da borda anterior (12a) da base (10), que define a abertura lateral (13) .

3. Caixa, de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo fato de o batoque de vedação (30) ser provido de furos transversais (33,34), presentando um ou mais padrões diametrais e tendo um dos extremos originalmente fechado por respectiva porção de parede lateral rompivel (35) do batoque de vedação (30) .

4. Caixa, de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 ou 3, caracterizada pelo fato de cada furo transversal (33, 34) do batoque de vedação (30) apresentar pelo menos parte de sua extensão tendo um diâmetro inferior ao do cabo óptico multifibra (CO) a ser passado através de cada respectivo furo transversal (33,34).

5. Caixa, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a

4, caracterizada pelo fato de os rasgos anteriores (51) do elemento de vedação (50) serem estendidos desde uma face lateral desse último, voltada para fora de caixa, até uma parede lateral (52), oposta e rompivel e que fecha o adjacente extremo do conjunto de rasgos anteriores (51) .

6. Caixa, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a

5, caracterizada pelo fato de a base (10) incorporar, na região de sua parede periférica (12) de articulação da tampa (20), um par de meios de engate (16) nos quais são articulados, de modo removivel e por deformação elástica, um correspondente par de abas de articulação (46) incorporadas em uma borda da bandeja (40), adjacente ao eixo de articulação da tampa (20) .

7. Caixa, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a

6, caracterizada pelo fato de ser montada em uma cordoalha, em uma posição com o eixo de articulação da tampa (20) na horizontal, por meio de um par de ganchos de suspensão (18), removivelmente fixados à base (10) .

8. Caixa, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de compreender ainda um berço côncavo (60) externa e removivelmente fixado à parede de fundo (11) da base (10) e provido de pares de aberturas laterais (62), oposta duas a duas, para a passagem de cintas para amarração da caixa a um poste.

9. Caixa, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de a bandeja (40) ter sua face posterior (41) coberta por uma pelicula (70), em material polimérico flexível, protegendo as fusões de fibras ópticas, sendo que na face anterior (42) da bandeja (40) é montada uma tampa complementar (47) cobrindo parcialmente os adaptadores de saída (AS) e uma região de reserva de extensões de fibra óptica derivadas do divisor de fibra (SF) ("pig tails") e conectadas aos adaptadores de saída (AS)

10. Caixa, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a

9, caracterizada pelo fato de ser provida uma cinta de vedação (80) em elastômero, disposta entre a face anterior (42) da bandeja (40) e a tampa (20), cobrindo as conexões dos conectores dos cabos terminais (CT) aos respectivos adaptadores de saída (AS) .

11. Caixa, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a

10, caracterizada pelo fato de a base (10) incorporar, internamente, uma lingueta de trava (19), elasticamente deformável de uma posição operante, na qual trava a bandeja (40) em sua primeira posição assentada na base (10), para uma posição inoperante, na qual libera o deslocamento angular da bandeja (40) da primeira posição para a segunda posição.

12. Caixa, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a

11, caracterizada pelo fato de ser provida de uma trava (T) carregada por uma parede periférica (12) da base (10), oposta àquela de articulação da tampa (20) à base (10) e deslocável entre uma posição aberta e uma posição fechada, na qual trava, entre si, confrontantes paredes periféricas (12,22) da base (10) e da tampa (20) .