BR102013009448A2 - Caixa de emenda aérea para cabos de fibra óptica - Google Patents
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Abstract
CAIXA DE EMENDA AÉREA PARA CABOS DE FIBRA ÓPTICA A caixa compreende: uma base (10) cuja parede periférica (11) é provida de janelas inferiores (12) e superiores (14) e de um flange externo (13) articulando uma tampa (20) provida de um flange circundante (23) ; uma cinta (40) a ser encaixada sobre ditos flanges (13,23), quando assentados um contra o outro; uma alça anelar (50), tendo um extremo fechado (51) , articulado em um primeiro extremo (41) da cinta (40) e um extremo oposto bipartido (52) e deslocável entre uma posição inoperante e uma posição operante na qual é assentada contra a base (10) e alinhada com as janelas superiores (14); um fecho (60) montado na cinta (40) para pressionar a alça anelar (50) contra a base (10); e um elemento de vedação (70) fixado contra a parede periférica (11) da base (10) e provido de aberturas passantes (71) de cabo óptico (CO), alinhados com respectivas janelas inferiores (12) da base (10)
Description
"CAIXA DE EMENDA AÉREA PATRA CABOS DE FIBRA ÓPTICA" Campo da invenção A presente invenção pertence ao campo de telecomunicações por fibra óptica e, mais particularmente, refere-se a uma caixa aérea de emenda ou de terminação de cabos ópticos, que inclui diversos novos componentes para facilitar a instalação e o manuseio das fibras ópticas em seu interior, ao mesmo tempo em que apresenta uma arquitetura capaz de tornar suas dimensões externas bastante reduzidas.
Histórico da Invenção Os sistemas de telecomunicação de fibra óptica empregando cabos ópticos e equipamentos eletrônicos são largamente utilizados na indústria de telecomunicações, para transmissão de grandes volumes de dados e sinais de voz a longas distâncias e praticamente sem geração de ruídos. Pontos de emenda e pontos terminais, de ativação de usuário, são requeridos para tais sistemas.
Em um ponto de emenda, por exemplo, todas as fibras em uma extremidade de um determinado cabo são emendadas às fibras correspondentes de uma nova extensão de cabo, para dar uma continuidade ao cabo óptico, necessária para alcançar um novo ponto de emenda ou um ponto terminal de ativação de usuário.
Entretanto, em um ponto de ativação de usuário, as fibras do cabo óptico, que chegam a uma caixa terminal aérea, podem ser total ou parcialmente conectadas aos cabos "drop", os quais se destinam ao transporte do sinal óptico para os usuários finais da rede. As fibras do cabo óptico, que não são conectadas a um respectivo cabo "drop", podem passar pela caixa, inalteradas ou emendadas a uma nova extensão de cabo, para prosseguirem em direção a um novo ponto de emenda ou de ativação de usuário.
Em ambos os pontos, de emenda ou de ativação de usuário, as fibras ópticas são expostas pela remoção de determinado comprimento de capa de proteção dos cabos ópticos, para serem adequadamente emendadas a respectivas extensões de cabo múltiplo ou de cabo "drop*" e protegidas no interior de uma caixa de emenda ou terminal de ativação de usuário. A caixa de emenda pode ser construída para atender determinado ponto de emenda, podendo adquirir dimensões mais generosas para acomodar uma quantidade maior de fibras ópticas, no caso de pontos de emenda com uma contagem elevada de fibras ópticas, ou ser especialmente projetada para operar, total ou parcialmente, como caixa terminal de ativação de usuários.
Uma caixa terminal de ativação de usuário, comumente chamada apenas de caixa terminal, apresenta, normalmente, diversas características que se constituem em funcionalidades para facilitar o trabalho de ativação de cada usuário final da rede óptica, abrangido pela caixa, pois tal trabalho é realizado em um número de vezes que varia de acordo com a demanda de clientes, até chegar a um total de 8 ou 16, dependendo também da configuração dos acessórios ópticos utilizados. Como cada ativação pode demandar bastante tempo e possibilitar a ocorrência de dano a outras conexões já anteriormente realizadas no interior da caixa terminal óptica, é desejável que o produto tenha uma arquitetura que facilite o trabalho a ser realizado e que garanta a segurança do trabalho já feito. Muitas caixas de emenda genéricas e flexíveis, que podem ser utilizadas tanto em pontos de emenda como em pontos de ativação de usuário, não permitem uma efetiva agilização e uma desejável segurança dos trabalhos de emenda de cabos de extensão e de cabos "drop" de ativação de usuário.
As caixas conhecidas apresentam uma estrutura de entrada de cabos mais trabalhosa, para garantir um grau mais elevado de proteção e uma arquitetura de organização de fibras simplificada em ambiente único, para grande contagem de fibras ópticas, o que afeta a segurança das emendas já efetivadas quando da realização das conexões aos cabos "drop" exigidos em função da demanda a ser atendida por uma determinada caixa com função pelo menos parcialmente terminal.
Com a popularização dos serviços de fibra óptica chegando à casa do usuário (tipos de rede denominados FTTx) e o potencial de clientes assinantes de tais serviços, diversas empresas têm se preparado para a nova realidade desse nicho de mercado, e estudos sobre como atender um número muito grande de clientes têm revelado a necessidade de diminuição drástica do tempo gasto em cada ativação de usuário, uma vez que as dificuldades operacionais encontradas são muito grandes e às quais se somam fatores problemáticos, tais como escassez de mão de obra capacitada para o trabalho e falta de equipamentos apropriados para instalações mais complexas. A dificuldade relacionada à mão-de-obra também condena casos em que retrabalhos são necessários ou rotineiros, dai o fato de ser imprescindível manter a segurança das conexões já realizadas.
Pelos fatores acima citados, passam a ser desejáveis, e até mesmo exigidas, soluções técnicas para ativação de usuários-clientes, que possibilitem uma instalação rápida, intuitiva e segura, capaz de diminuir a probabilidade de retrabalho e manutenção em uma conexão já previamente realizada em uma caixa da qual serão posteriormente derivados cabos "drop" de ativação de usuário.
Os referidos fatores colocam de lado modelos mais genéricos, uma vez que estes apresentam uma arquitetura interna muito simples e propensa a gerar problemas nas conexões já previamente realizadas, quando o interior da caixa é acessado por diversas vezes, por exemplo, para a conexão de cabos "drop". As caixas genéricas apresentam, como outro fator limitante para sua aplicação em pontos de ativação de usuário, um grau de proteção contra intempéries, também genérico, que muitas vezes chega a ser redundante em redes aéreas e acaba atrapalhando a ativação, pois torna a abertura da caixa e a utilização das entradas dos cabos mais trabalhosa para favorecer uma vedação mais confiável.
Para a maioria das aplicações, o tamanho das caixas terminais deve ser o menor possível, devido ao espaço disponível nas redes de telecomunicações presentes em grandes centros urbanos e que estão normalmente congestionadas com outros produtos de redes ópticas e de redes metálicas, alguns produtos ativos e outros já inativos, porém ainda alocados de forma a 'ocupar espaço no poste ou na cordoalha. O tamanho diminuto também é importante para casos especiais em que o espaço no poste só é cedido para produtos de dimensões bastante compactas.
Do ponto de vista de engenharia, um produto menor também apresenta um custo menor, o que o torna mais atrativo para o mercado, bastante focado em preço devido ao elevado investimento que projetos de rede óptica ainda demandam.
Sumário da invenção Tendo em vista os aspectos acima discutidos, a presente invenção tem, por objetivo, a provisão de uma caixa de emenda aérea, para cabos de fibra óptica, a ser instalada em poste ou cordoalha, apresentando, em função da arquitetura de seus componentes, uma substancial redução em suas dimensões externas, uma maior facilidade de abertura, de fechamento e de entrada e acomodação dos cabos ópticos e sendo capaz de minimizar o tempo de ativação de usuários. É ainda um objetivo adicional da invenção a provisão de uma caixa de emenda aérea, tal como acima definida e capaz de proteger, de forma eficaz, as emendas ou conexões já previamente realizadas em seu interior.
De acordo com a invenção, a caixa de emenda da invenção compreende, em material não condutor elétrico: uma base tendo uma parede periférica provida de um par de janelas inferiores e de janelas superiores e incorporando um flange externo, geralmente interrompido na região da parede periférica provida do par de janelas inferiores; uma tampa tendo uma saia periférica que incorpora, externamente, um flange circundante; e uma articulação conectando a tampa à base em uma região oposta àquela na qual são providas as janelas inferiores e superiores, para permitir o deslocamento angular da tampa entre uma posição fechada, com os flanges circundante e externo assentados um contra o outro, e pelo menos uma posição aberta em relação à„ base.
Para garantir o fechamento estanque da caixa de emenda, são ainda providos: uma cinta com seção em "U", a ser encaixada, de modo justo, por sobre os flanges, externo e circundante, quando assentados um contra o outro, dita cinta tendo um primeiro e um segundo extremo posicionados em lados opostos das janelas superiores; uma alça anelar, tendo um extremo fechado, articulado no primeiro extremo da cinta, e um extremo oposto bipartido, sendo a alça angularmente deslocável entre uma posição inoperante, afastada das janelas superiores, e uma posição operante assentada contra a base e alinhada com as janelas superiores; e um fecho montado em uma das partes de cinta e de alça anelar, para travar, liberavelmente, a alça anelar contra a base. A bandeja compreende ainda pelo menos um elemento de vedação provido de pelo menos uma abertura passante alinhada com uma respectiva janela inferior da base, para permitir a passagem estanque de um cabo óptico. A construção proposta pela invenção permite que uma caixa de emenda, de reduzidas dimensões, possa conter um elevado número de emendas de cabos de fibras ópticas e de conexões de cabos "drop", organizados de forma prática, com as regiões de emendas e de conexões facilmente acessáveis por operações de abertura e fechamento extremamente simples da caixa.
As caixas podem articular ainda, no interior da base, uma bandeja de conectores provida de conectores dispostos de modo a simplificar, consideravelmente, as operações de conexão dos cabos "drop" com a caixa já instalada em um poste ou em uma cordoalha. Pode ser ainda provida, por baixo da bandeja de conectores, uma bandeja de emendas provida de meios para facilitar a acomodação dos cabos ópticos e de suas emendas ou derivações para os conectores para os cabos "drop".
Breve descrição dos desenhos A seguir, a invenção será descrita com base nos desenhos em anexo, dados a titulo de exemplo de uma concretização da invenção e nos quais: A figura 1 representa uma vista em perspectiva da caixa de emenda da invenção, com sua porção de tampa na condição fechada sobre a base, mas ainda não provida do conjunto de travamento definido pela cinta, pela alça anelar e pelo fecho; A figura 2 representa uma vista em perspectiva do conjunto formado pela cinta, pela alça anelar e pelo fecho, com a alça anelar na condição inoperante e com o fecho na posição destravada e desengatado em relação à alça anelar;
As figuras 3A, 3B e 3C representam vistas em planta da caixa de emenda com o dispositivo de trava em uma condição de inicio de montagem na caixa, em uma condição de final de montagem e em uma condição de travamento final, respectivamente; A figura 4 representa uma vista em corte longitudinal da caixa já fechada e travada, dito corte tendo sido tomado segundo a linha IV-IV na figura 3C; A figura 4A representa uma vista parcial e semelhante àquela da figura 4, porém ilustrando a porção de tampa da caixa de emenda na condição aberta sobre a base; A figura 5 representa uma vista em corte transversal da caixa já fechada e travada, dito corte tendo sido tomado segundo a linha V-V na figura 3C; A figura 6 representa uma vista em perspectiva da caixa de emenda na condição fechada e travada, ilustrando ainda um par de cabos ópticos passando através de respectivos furos de saida do elemento de vedação já fixado à parede periférica da base e uma pluralidade de cabos "drop" passantes pelas janelas superiores da base; A figura 7 representa uma vista em perspectiva de um elemento de vedação construído em peça única e apresentando duas aberturas passantes; e A figura 8 representa uma vista em perspectiva de um elemento pressionador construído em duas peças que se complementam' para pressionar o elemento de vedação centra a base.
Descrição detalhada da invenção Conforme ilustrado nos desenhos, a caixa de emenda aérea em questão compreende uma base 10 e uma tampa 20, ambas em material não condutor elétrico, com a base 10 incorporando, em peça única, uma parede periférica 11 que é provida de um par de janelas inferiores 12 (ver figura 4) para passagem de respectivos cabos ópticos CO e de uma pluralidade de janelas superiores 14 abertas para uma borda superior da parede periférica 11 da base 10, e através das quais podem ser facilmente retirados e colocados diferentes cabos "drop" CD.
Na construção ilustrada, as janelas inferiores 12 são formadas no interior de um alojamento 12a formado externamente à base 10 e no interior de uma aba periférica 12b que se projeta para fora da parede periférica 11 da base 10. A parede periférica 11 incorpora um flange externo 13, geralmente interrompido na região da parede periférica 11 provida do par de janelas inferiores 12 (ver figura 6). A tampa 20 incorpora uma saia periférica 21 que também incorpora, externamente, um flange circundante 23 e que é conectado à base 10, em uma região oposta àquela das janelas inferiores 12 e superiores 14, por uma articulação 30 que permite à tampa 20 ser angularmente deslocada entre uma posição fechada, com os flanges, circundante 23 e externo 13, assentados um contra o outro, e pelo menos uma posição aberta em relação à base 10 e na qual permite o acesso ao interior da caixa por parte do operador de emendas e conexões.
Na construção ilustrada, a articulação 30 da tampa 20 à base 10 é definida em respectivas porções confrontantes dos flanges, circundante 23 da tampa 20 e externo 13 da base 10. A caixa de emenda aérea em questão apresenta um sistema de fechamento compreendendo quatro partes principais, formadas em material não condutor elétrico, geralmente plástico, que servem para realizar o fechamento da caixa de forma muito simples e prática, não exigindo, do instalador, nenhum esforço indesejável e nenhuma ferramenta especial.
De acordo com a invenção, o sistema de fechamento inclui uma cinta 40, com seção transversal em "U" deitado, a ser encaixada, de modo justo, por sobre os dois flanges, externo 13 e circundante 23, quando assentados um contra o outro, por ocasião do fechamento da tampa 20 contra a base 10.
Na configuração ilustrada, a base 10 e a tampa 20 apresentam um contorno substancialmente retangular, com a cinta 40 apresentando um contorno em "U" envolvendo três arestas da caixa de emenda e tendo um primeiro extremo 41 e um segundo extremo 42, posicionados em lados opostos das janelas superiores 14 de passagem dos cabos "drop" CD. 0 sistema de fechamento inclui ainda uma alça anelar 50, tendo um extremo fechado 51, articulado no primeiro extremo 41 da cinta 40, e um extremo oposto bipartido 52. A alça anelar 50 pode ser assim angularmente deslocada entre uma posição inoperante, afastada das janelas superiores 14, e uma posição operante assentada contra a base 10 e alinhada com as referidas janelas superiores 14 .
Para prover o travamento no fechamento da caixa, é provido ainda um fecho 60 que pode ser montado na cinta 40 ou na alça anelar 50, para ser deslocado entre uma posição destravada, na qual pode ser engatado e desengatado em relação à outra de ditas partes, e uma posição travada, engatado com a dita outra parte e na qual pressiona a alça anelar 50 contra a base 10. A cinta de fechamento pode ser aberta em três passos simples, conforme pode ser observado pelas figuras 3A, 3B e 3C. Também é capaz de prover proteção extra contra entrada de água quando a caixa está instalada na vertical, geralmente com as janelas inferiores 12 e superiores 14 voltadas para baixo ou mesmo para um dos lados, garantindo pressionamento suficiente nas borrachas de vedação (não ilustradas), para que a caixa fique adequadamente vedada em ambientes aéreos (não-submersos). 0 sistema de fechamento foi adaptado para uma caixa de reduzidas dimensões, com tampa 20 basculante (tampa não completamente removível, que gira ao redor de um eixo de articulação fixo em uma região da caixa oposta àquela na qual são providas as janelas inferiores 12 e superiores 14) . A referida adaptação inclui a divisão da alça anelar 50 em duas partes, na região de seu extremo oposto bipartido 52, para permitir que os cabos "drop" CD possam ser facilmente introduzidos no interior da alça anelar 50, quando de sua instalação na caixa de emenda. Os cabos "drop" CD podem ser inseridos ou retirados do interior da alça anelar 50, pela abertura resultante da bipartição do seu extremo oposto 52.
Para que a cinta 40 não caia durante as operações de abertura e fechamento da caixa, é provido um cordão 45, geralmente de material sintético, que prende a cinta 40 à base 10, conforme observado nas Figuras 3A, 3B e 3C. Conforme ilustrado, o fecho 60 pode compreender uma alavanca 61 articulada na região do segundo extremo 42 da cinta 40 e que articula, medianamente, um extremo de um braço de trava 62 tendo um extremo livre 62a a ser engatado ao extremo oposto bipartido 52 da alça anelar 50, de modo a pressionar este último contra o dito segundo extremo 42 da cinta 40 quando a alavanca 61 é deslocada para uma posição de travamento ilustrada na figura 3C.
Como pode ser notado, a tampa 20 abre, para cima, por meio da articulação 30, tornando o interior da caixa acessível ao operador. Para que a tampa 20 fique aberta sem fechar acidentalmente e causar qualquer dano ao trabalho sendo executado, é provida uma haste metálica 25, com cantos arredondados e furos 26 em uma das extremidades, aqui denominada extremidade livre, os quais podem ser utilizados para apoio em uma protuberância 15 da base 10. Apenas um furo é utilizado por vez, sendo que a pluralidade de furos 26 permite que a tampa 20 fique aberta em ângulos diferentes, característica esta muito útil, considerando que a caixa deve ser instalada em postes, os quais podem estar ocupados com outros elementos que dificultam a abertura da caixa. A caixa de emenda em questão compreende ainda pelo menos um elemento de vedação 70, obtido em material polimérico, geralmente borracha e de formato oblongo e provido de pelo menos uma abertura passante 71 para a passagem de um respectivo cabo óptico CO. Na construção ilustrada, ver particularmente as figuras 7 e 8, é provido um elemento de vedação 70 ("grommet" duplo) em peça única, de formato oblongo alongado, e apresentando um par de aberturas passantes 71 e que é projetado para ser encaixado no interior do alojamento 12a da base 10, ficando com suas aberturas passantes 71 alinhadas com as janelas inferiores 12 da base 10, para permitir a passagem justa de um cabo óptico CO através de cada conjunto de abertura passante 71 e janela inferior 12. Para facilitar a adaptação do elemento de vedação 70 em torno dos cabos ópticos CO, cada uma das aberturas passantes 71 é radialmente conectada ao exterior do elemento de vedação 70 por um respectivo rasgo 72.
Para garantir uma segura estanqueidade na entrada do par de cabos ópticos CO no interior da base 10, é provido ainda um elemento pressionador 74, preferivelmente construído em material rígido não condutor elétrico, por exemplo, um polímero e formado em duas partes simétricas 74a, 74b, assentadas e travadas, uma contra a outra ao longo de uma linha de junção que secciona o eixo geométrico das duas janelas inferiores 12. As duas partes simétricas 74a, 74b do elemento pressionador 74 definem, em conjunto, um formato provido de dois furos 74c alinhados com as aberturas passantes 71 do elemento de vedação 70 e com as janelas inferiores 12 da base 10.
Cada uma das duas partes simétricas 74a, 74b do elemento pressionador 74 tem sua região periférica externa assentada contra uma borda anterior da aba periférica 12b do alojamento 12a da base 10. Cada uma das duas partes simétricas 74a, 74b, incorpora, em uma das extremidades, uma orelha perfurada 75, para permitir a passagem de um parafuso 76 de fixação e aperto do elemento pressionador 74 contra a parede periférica 11 da base 10.
Cada uma das partes simétricas 74a, 74b do elemento pressionador 74 incorpora, em uma face interna, uma sapata 77 em alto relevo e disposta ao longo da linha de junção entre as duas partes, de modo a pressionar o elemento de vedação 70 contra a porção de parede periférica 11 da base 10 que define o fundo do alojamento 12a, permitindo que o elemento de vedação 70 seja forçado a deformar-se elasticamente em expansão, sendo pressionado em torno de cada um dos cabos ópticos CO, permitindo que se obtenha uma adequada vedação desta região de entrada e de saída de cabos ópticos CO. Conforme já acima mencionado, os cabos "drop" CD são retirados da caixa de emenda através das janelas superiores 14, as quais, conforme ilustrado nas figuras 1 e 6, recebem, em seu interior, o encaixe justo de passa-cabos 100 ("grommets"), em material polimérico, por exemplo, borracha, cada um de ditos passa-cabos 100 sendo provido de orifícios passantes 101, associados a rasgos superiores (não ilustrados), que permitem que os orificios passantes 101 sejam abertos superiormente para fora dos respectivos passa-cabos 100, para a passagem estanque de respectivos cabos "drop" CD. Os orificios passantes 101 são abertos para o alojamento superior AS da caixa de emenda. A alça anelar 50 é configurada para que as janelas superiores 14 tenham seu contorno contido dentro do contorno interno da alça anelar 50, quando esta é levada a sua posição operante.
Na construção preferida e ilustrada, os furos 74c do elemento pressionador 74 são formados por respectivas porções de furo definidas, cada uma, em uma das duas partes simétricas 74a, 74b do elemento pressionador 74.
Os furos 74c do elemento pressionador 74 são dispostos segundo dois alinhamentos afastados entre si na direção da largura da caixa de emendas, enquanto as janelas superiores 14 são posicionadas em um nível superior e abertas para a borda superior da parede periférica 11. Esta disposição permite uma distribuição mais adequada dos cabos ópticos CO, de suas emendas e dos cabos "drop" CD no interior da caixa de emenda.
Em uma forma construtiva, a base 10 articula, em seu interior, uma bandeja de conectores 80 tendo uma face anterior 80a voltada para a tampa 20 e uma face posterior 80b voltada para o interior da base 10. A bandeja de conectores 80 carrega uma pluralidade de conectores 81, cada um apresentando um terminal de entrada 81a, disposto na face posterior 80b, para receber uma fibra óptica FO derivada do cabo óptico CO, e um terminal de saída 81b, disposto na face anterior 80a, para receber o encaixe de um respectivo cabo "drop" CD a ser derivado da caixa e enviado a um usuário.
Conforme ilustrado, os conectores 81 são posicionados inclinados em relação à bandeja de conectores 80, com os terminais de saída 81b voltados para as janelas superiores 14 e para a tampa 20.
Assim, a invenção apresenta um módulo intercambiável, definido pela bandeja de conectores 80, a qual pode ser montada na base 10 para possibilitar uma modalidade de instalação na qual são utilizados conectores ópticos 81 ao invés de emendas para realizar a ativação dos clientes-usuários. Na forma construtiva ilustrada, a bandeja de conectores 80 articula uma pequena placa 82, carregando, em respectivos alojamentos vazados, um conjunto de conectores ópticos 81, os quais ficam posicionados atrás e acima de um mesmo conjunto de conectores ópticos 81. Preferivelmente, os dois conjuntos de conectores ópticos 81 têm uma capacidade máxima de 16 adaptadores ópticos do tipo SC. Conforme já mencionado, os conectores ópticos 81 ficam dispostos de forma inclinada, propiciando economia de espaço interno e facilidade de acesso pelo operador, o qual é ainda mais facilitado pela possibilidade de movimentação angular da placa 82 em relação à bandeja de conectores 80 e ao outro conjunto de conectores ópticos 81. A bandeja de conectores 80 permite que o instalador realize a ativação de cada usuário por meio da simples abertura da tampa 20 e do simples encaixe, a um respectivo conector óptico 81, de um cabo "drop'" CD, que pode ser definido por um cabo de fibra óptica não dividido e direcionado a um usuário especifico.
Nessas operações de conexão de cabos "drop" CD a cada respectivo conector 81, o instalador não precisa acessar a região da caixa definida entre a bandeja de conectores 80 e o fundo da base 10, região esta que contém acessórios ópticos importantes que não devem sofrer distúrbios após sua instalação e acomodação. A face posterior 80b da bandeja de conectores 80 incorpora alojamentos 83, para acomodação e organização de fibras ópticas FO, limitando a curvatura de ditas fibras ópticas, e ranhuras (não ilustradas) que possibilitam o encaixe de emendas ou de divisores ópticos, dependendo das características da instalação a ser servida pela caixa de emenda. A bandeja de conectores 80 funciona como uma espécie de cobertura para a região posterior, protegendo o conteúdo mais frágil das emendas, divisões e conexões ópticas e definindo a superfície que ficará à mostra para o instalador responsável pela ativação do cliente final por meio de um respectivo cabo "drop" CD que pode ser definido por uma fibra óptica. A caixa de emenda em questão 80 consegue realizar, pelo acima exposto, a acomodação de diversos componentes e acessórios ópticos em uma estrutura formada por poucas peças e de forma bastante compacta. A base 10 pode articular ainda, em seu interior, uma bandeja de emendas 90 tendo uma face anterior 90a, voltada para a bandeja de conectores 80 e carregando meios de acomodação 92 para as fibras ópticas FO, e uma face posterior 90b voltada para o interior da base 10. A bandeja de emendas 90 permite a acomodação das emendas e a organização das fibras ópticas FO dentro da caixa de emenda. A bandeja de emendas 90 é projetada para aproveitar ao máximo as características técnicas da caixa de emenda, apresentando um formato que preenche completamente a área disponível, maximizando a superfície para alojar as fibras ópticas FO, ao mesmo tempo em que permite a entrada cruzada de elementos ópticos em seu interior, fazendo com que uma bandeja possa ser basculada em relação à outra, sem causar curvaturas acentuadas nas fibras ópticas FO. A bandeja de emendas 90 da referida invenção, além de proteger elementos ópticos que se encontram sob sua face posterior 90b e que não devem ser acessados após sua instalação, também apresenta um conjunto de peças de borracha 94 que permitem a acomodação de até 16 emendas e um sistema de fixação que permite que uma bandeja de conectores 80 seja montada sobre uma bandeja de emendas 90, sem causar um aumento na ocupação de espaço nos outros sentidos. Uma característica não observada em outras bandejas de emendas 90 é a disposição dos ganchos para realização de rotação das bandejas que, neste caso, são providos nas extremidades laterais inferiores. Essa característica permite um melhor aproveitamento de espaço, deixando a região central livre de impedimentos para encaminhamento das fibras ópticas. Como resultado, mais fibras ópticas podem ser fixadas na região inferior da base 10.
Para realizar o gerenciamento do espaço interno ocupado pelos diferentes cabos dentro da caixa, os cabos "drop" CD internos e os cabos ópticos CO externos são separados em planos diferentes, ficando os cabos ópticos CO principais em um plano inferior, em um alojamento de fundo AF definido entre a face posterior 90b da bandeja de emendas 90 e o fundo da base 10 e para o interior do qual são abertas as janelas inferiores 12 da base 10, e com cada uma das quais são alinhadas as aberturas passantes 71 do elemento de vedação 70 e ainda alinhados os furos 74c do elemento pressionador 74.
Cada tubo óptico TO, separado do cabo óptico CO que chega na caixa de emenda, tem suas fibras ópticas FO conectadas, por respectivas emendas (não ilustradas) a respectivas extensões ópticas EO, instaladas em um alojamento intermediário AI, definido entre a bandeja de conectores 80 e a bandeja de emendas 90, e providas de um conector extremo a ser acoplado ao terminal de entrada 81a de um respectivo conector óptico 81.
Os cabos "drop" CD podem ser então dispostos em um plano superior, obedecendo à lógica da ordem de montagem da caixa, uma vez que os cabos "drop" CD são instalados por último, devendo então ficar em um plano mais acessível, ou seja, em um alojamento superior AS, definido entre a face anterior 80a da bandeja de conectores 80 e a tampa 20 e para o interior do qual são abertos os orifícios passantes 101 dos passa-cabos 100 encaixados nas janelas superiores 14.
Como pode ser observado pela descrição acima e pelos desenhos, as bandejas de conectores 80 e de emendas 90 têm seus eixos geométricos de articulação dispostos no interior da base 10 e paralelos ao eixo de articulação da tampa 20 à base 10.
Essa organização espacial faz com que se consiga um produto com largura reduzida, sem comprometer o espaçamento entre as entradas dos cabos "drop", espaçamento este importante, pois separa um cabo do outro, diminuindo as chances de uma nova ativação comprometer outra já realizada. Essa separação entre planos e entre os cabos "drop" CD pode ser obtida de diversas maneiras. A caixa de emenda em questão pode receber, na parte externa de sua parede de fundo, uma ferragem adequada F configurada para permitir uma fácil instalação em postes ou mesmo em cordoalhas.
Apesar de ter sido aqui ilustrada apenas uma configuração da caixa de emenda aérea em questão, deve ser entendido que poderão ser feitas alterações de forma e de disposição dos componentes, sem que se fuja do conceito construtivo definido nas reivindicações que acompanham o presente relatório.
Claims (16)
1. Caixa de emenda aérea para cabos de fibra óptica, caracterizada pelo fato de compreender: uma base (10) tendo uma parede periférica (11) provida de janelas inferiores (12) e de janelas superiores (14) e incorporando um flange externo (13); uma tampa (20) incorporando um flange circundante (23) e sendo articulada à base (10), em uma região oposta às janelas inferiores (12) e superiores (14), por uma articulação (30), para ser deslocada entre uma posição fechada, com os flanges circundante (23) e externo (13) assentados um contra o outro, e pelo menos uma posição aberta; uma cinta (40) com seção em "U", a ser encaixada por sobre os flanges, externo (13) e circundante (23), com a tampa (20) fechada, e tendo um primeiro extremo (41) e um segundo extremo (42), posicionados em lados opostos das janelas superiores (14); uma alça anelar (50), tendo um extremo fechado (51), articulado no primeiro extremo (41) da cinta (40), e um extremo oposto bipartido (52), sendo a alça anelar (50) deslocável entre uma posição inoperante, afastada das janelas superiores (14), e uma posição operante assentada contra a base (10); um fecho (60) montado em uma das partes de cinta (40) e de alça anelar (50) para travar, liberavelmente, a alça anelar (50) contra a base (10); e pelo menos um elemento de vedação (70), provido de pelo menos uma abertura passante (71) alinhada com uma respectiva janela inferior (12) da base (10), para permitir a passagem estanque de um cabo óptico (CO).
2. Caixa de emenda, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de as janelas superiores (14) terem seu contorno contido dentro do contorno interno da alça anelar (50) , quando esta é levada a sua posição operante.
3. Caixa de emenda, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizada pelo fato de o fecho (60) ser deslocável entre uma posição destravada, na qual pode ser engatado e desengatado em relação à outra de ditas partes de cinta (40) e de alça anelar (50), e uma posição travada, engatado com a dita outra parte e na qual pressiona.a alça anelar (50) contra a base (10).
4. Caixa de emenda, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1, 2 ou 3, caracterizada pelo fato de a abertura passante (71) ser radialmente conectada ao exterior do respectivo elemento de vedação (70) por um rasgo (72 ) .,
5. Caixa de emenda, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de compreender ainda um elemento pressionador (74) formado em duas partes (74a, 74b), assentadas e travadas, uma contra a outra, ao longo de uma linha de junção que secciona o eixo geométrico das janelas inferiores (12) e definindo, em conjunto, furos (74c) alinhados, cada um, com uma respectiva abertura passante (71) do elemento de vedação (70) e com uma respectiva janela inferior (12) da base (10), dito elemento pressionador (74) incorporando, em cada extremidade, uma orelha perfurada (75) para passagem de um parafuso (7 6) de fixação e aperto do elemento pressionador (74) contra a parede periférica (11) da base (10).
6. Caixa de emenda, de acordo com a reivindicação 5, caracterizada pelo fato de cada uma das duas partes simétricas (74a, 74b) do elemento pressionador (74) incorporar, em uma face interna, uma sapata (77) em alto relevo e disposta ao longo da linha de junção entre as duas partes, de modo a pressionar o elemento de vedação (70) contra a porção de parede periférica (11) da base (10) e em torno de cada respectivo cabo óptico (CO), quando do aperto dos parafusos (76).
7. Caixa de emenda, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo fato de as janelas inferiores (12) serem formadas no interior de um alojamento (12a) formado externamente à base (10) e no interior de uma aba periférica (12b) que se projeta para fora da parede periférica (11) da base (10), sendo o elemento de vedação (70) disposto no interior do alojamento (12a) e sendo que cada uma das duas partes (74a, 74b) do elemento pressionador (74) tem uma região periférica externa assentada contra a aba periférica (12b) do alojamento (12a).
8. Caixa de emenda, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 7, caracterizada pelo fato de a base (10) articular, em seu interior, uma bandeja de conectores (80) tendo uma face anterior (80a) voltada para a tampa (20) e uma face posterior (80b) voltada para o interior da base (10), dita bandeja de conectores (80) carregando uma pluralidade de conectores (81), cada um apresentando um terminal de entrada (81a) na face posterior (80b), para receber uma fibra óptica (FO) derivada do cabo óptico (CO) , e um terminal de saida (81b) na face anterior (80a), para receber o encaixe de um respectivo cabo "drop" (CD).
9. Caixa de emenda, de acordo com a reivindicação 8, caracterizada pelo fato de os conectores (81) serem posicionados inclinados em relação à bandeja de conectores (80), com os terminais de saida (81b) voltados para as janelas superiores (14) e para a tampa (20).
10. Caixa de emenda, de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 ou 9, caracterizada pelo fato de a base (10) articular ainda, em seu interior, uma bandeja de emendas (90) tendo uma face anterior (90a), voltada para a bandeja de conectores (80) e carregando meios de acomodação (92) para as fibras ópticas (FO) e uma face posterior (90b) voltada para o interior da base (10).
11. Caixa de emenda, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de a bandeja de emendas (90) ter sua face posterior (90b) definindo, com a base (10), um alojamento de fundo (AF) , para o interior do qual são abertas as aberturas passantes (71) do elemento de vedação (70) e as janelas inferiores (12) da base (10), sendo que a face anterior (90a) da bandeja de emendas (90) define, com a face posterior (80b) da bandeja de conectores (80), um alojamento intermediário (AI), no interior do qual são dispostas extensões de fibra óptica (EO) conectadas, cada uma, a um terminal de entrada (81a) de um respectivo conector óptico (81).
12. Caixa de emenda, de acordo com qualquer uma das reivindicações 10 ou 11, caracterizada pelo fato de compreender um alojamento superior (AS), definido entre a face anterior (80a) da bandeja de conectores (80) e a tampa (20) e para o interior do qual são abertas as janelas superiores (14) da base (10).
13. Caixa de emenda, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo fato de as janelas superiores (14) receberem, em seu interior, o encaixe justo de passa- cabos (100), cada um dos quais sendo provido de orifícios passantes (101) abertos superiormente para fora dos passa-cabos -(*100), para a passagem estanque de respectivos cabos "drop" (CD) , ditos orifícios passantes (101) sendo abertos para o alojamento superior (AS) da caixa de emenda.
14. Caixa de emenda, de acordo com qualquer uma das reivindicações 10, 11, 12 ou 13, caracterizada pelo fato de as bandejas de conectores (80) e de emendas (90) terem seus eixos geométricos de articulação dispostos no interior da base (10) e paralelos ao eixo de articulação da tampa (20) à base (10) .
15. Caixa de emenda, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizada pelo fato de o fecho (60) compreender uma alavanca (61) articulada na região do segundo extremo (42) da cinta (40) e que articula, medianamente, um extremo de um braço de trava (62) tendo um extremo livre (62a) a ser engatado ao extremo oposto bipartido (52) da alça anelar (50), de modo a pressionar este último contra o dito segundo extremo (42) da cinta (40) quando a alavanca (61) é deslocada para uma posição de travamento.
16. Caixa de emenda, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizada pelo fato de a articulação (30) da tampa (20) à base (10) ser definida em respectivas porções confrontantes dos flanges, externo (13) da base (10) e circundante (23) da tampa (20).
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