PT94936A - Processo para a preparacao de uma formula nutrituva hipo-alergenica contendo uma proteina de musculo - Google Patents

Processo para a preparacao de uma formula nutrituva hipo-alergenica contendo uma proteina de musculo Download PDF

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Description

í *
SWORDFISH INTERNATIONAL LIMITED "PROCESSO PARA A PREPARAÇAO DE DMA FÓRMULA NUTRITIVA HIPO--ALERGÉNICA CONTENDO UMA PROTEÍNA DE MÚSCULO"
Esta invenção refere-se a tuna fórmula nutricional hipo--alergénica semelhante às que podem ser usadas para crianças recém-nascidas e outras pessoas com alergias e/ou problemas do foro digestivo. A incidência da alergia na população pediátrica pode atingir valores tão altos como 38%, de acordo com certos estudos. A incidência da alergia i mais elevada nas primeiras idades e na infância e tende a diminuir com a idade. 0 leite de vaca é o alergénio mais frequente, afectando aproximadamente 71 da população pediátrica em geral e chegando a ser o alergénio activo em 30% das crianças com alergias. Em geral, quando um doente apresenta uma alergia ao leite de vaca, prescreve-se uma fórmula feita à base de soja. E, no entanto, a alergia â soja ocorre em 10 a 30% das crianças que são alérgicas ao leite de vaca. Há também uma intensa reacção cruzada de alergia entre o leite de cabra e o leite de vaca. 0 leite de cabra não é em geral recomendado, em qualquer caso, para crianças com menos de 6 meses de idade. -1- Há já fórmulas hipo-alergénicas especiais que se encontram â venda e que são constituídas, basicamente, por hidrolisados de proteína, mas podem- com frequência ser bastante caras e de gosto pouco agradável - as crianças recém-nascidas frequentemente recusam-se a tomá-las.
Um exemplo deste tipo de fórmulas pode ser encontrado na patente de invenção norte-americana N2. 4.670.268, que explica que os hidrolisados de proteína, que incluem pequenos fragmentos de peptidos e/ou aminoácidos livres, são, ao que se demonstrou, muito menos imunogénicos ou alergénicos do que as proteínas intactas. A imunogenicidade da fórmula depende, ao que foi apurado, largamente da intensidade da hidrólise do hidrolisado de proteína seleccionado, e a patente recomenk que o hidcolisacb de proteína deve ser objecto duma hidrólise intensa de modo a que liberte peptidos muito curtos e aminoácidos livres.
Tal como se faz notar na patente de invenção norte-americana N9. 4.670.268, no entanto, os hidrolisados de proteínas intensamente digeridos e hipo-imunogénicos têm a característica indesejável de perderem a capacidade de emulsionar as gorduras, formando emulsões fisicamente estáveis que não se separam durante o período de armazenagem. Os aminoácidos livres, por outro lado, sofrem uma reacção do tipo Maillard em que são envolvidos os grupos carbonilo dos açucares redutores, do que resulta a formação de uma cor acastanhada indesejável, especial- -3-
mente quando hã temperaturas elevadas como as que se verificam durante a esterilização.
Em comum com a patente de invenção norte-americana N°. 4.414.238, a que se faz referência na patente de invenção norte--americana N9. 4.670.268, o uso de um hidrolisado de amino com o equivalente em desxtrose baixo, é particularmente recomendável para que se minimizem as reacções de tipo Maillard e a formação da cor acastanhada, e também se recomenda a inclusão de amido modificado pelo anidrido de octenil succínico de modo a formar-se uma emulsão estável. A patente de invenção norte-americana N9. 4.670.268 recomenda que se proceda a uma suplementação adicional da fonte de proteínas hidrolisadas com diversos aminoácidos livres, de modo a que se consiga obter um conteúdo nutricionalmente harmónico quanto aos aminoácidos presentes.
As fórmulas de ambas as patentes de invenção norte-americanas NQs. 4.670.268 e 4.414.238 sao primariamente destinadas a ser fornecidas sob a forma líquida e pronta a ser usada, se bem que a patente de invenção norte-americana NQ. 4.670.268 mencione a possibilidade de se proceder a uma concentração e de se fornecer o produto sob a forma de pó para a sua reconstituição ulterior por adição de água, antes da sua ingestão. -4- /
Se bem que se tenham levantado dúvidas quanto ao uso do anidrido de octenil succínico, provavelmente os problemas principais com as fórmulas que foram objecto de descrição nas patentes de invenção norte-americanas NQs. 4.414.238 e 4.670.268 têm a ver com o facto de elas serem muito onerosas e não muito agradáveis ao paladar. A presente invenção proporciona uma nova fórmula nutricional hipo-alergénica que não tem as desvantagens supre-citadas. A presente invenção faculta uma fórmula nutricional hipo-alergénica que compreende um pó homogénio de tal finura que formará uma suspensão em água assemelhando-se ao leite, que terá uma estabilidade aceitável, se manterá fresca durante 24 horas e não bloqueará uma tetina de alimentação padrão, incluindo ou compreendendo na sua composição preteína muscular seleccionada pela sua baixa alergenicidade como única fonte ou subs-tancialmente o único conteúdo proteico em conjunto com aditivos lípidos e de hidratos de carbono, e conteúdos vitamínicos e minerais, todos em proporções tais que constituam um alimento nutricionalmente bem constituído.
Graças à selecção da proteína muscular para tirar vantagem da sua baixa alergenicidade, a hidrólise torna-se desnecessária e, na melhor maneira de proceder que corresponde à presente invenção de que se fará uma descrição com maior particularização -5-
a partir de agora, a proteína não deverá ser hidrolisada de maneira nenhuma, apesar de não estar excluída a possibilidade de se utilizar músculo hidrolisado como forma de se obterem proteínas.
As proteínas podem ser derivadas de músculo de mamíferos que podem ser por sua vez obtidos da carne de animais domésticos tais como o carneiro ou de animais de caça, como por exemplo animais selvagens, marsupiais, aves (como por exemplo o perú ou a galinha, cujos peitos podem ser aproveitados) ou outras aves tais como as aves selvagens ou as aves marinhas e possivelmente também a partir de peixes ou de répteis. Apesar dos dados que se têm sobre a alergenicidade dos mais vulgares tipos de carne e de peixe, seria obviamente necessário, antes de se utilizarem algumas das fontes mais exóticas referidas, levar a cabo ensaios clínicos para estabelecer as respectivas alergenicidades.
Neste ponto é conveniente notar que alguns doentes exibem intolerâncias alimentares - para os propósitos vertentes nesta invenção, tanto isto como a alergia podem ser consideradas doenças equivalentes, na medida em que muito provavelmente elas estão ligadas com o mesmo alimento ou com alimentos semelhantes. A fórmula da presente invenção é igualmente eficaz para qualquer dos dois casos citados. Há também que notar, por outro lado, que, de maneira nenhuma se pode reivindicar que as alergias e as intolerâncias alimentares são já objecto de perfeita compreensão e pode muito bem suceder que a incidência de intolerâncias e de reacções alérgicas a um alimento particular seja diferente em diferentes grupos de pessoas - sendo de notar que parece haver um factor hereditário em tais fenómenos. 0 que parece ser duma maneira geral verdade, todavia, é que a proteína pura de origem muscular (o que equivale a não haver inclusões de qualquer fragmento de pele, gordura, osso ou tecidos moles de outro tipo) tem uma alergenicidade muito mais baixa do que os produtos derivados do leite ou da soja e alguns músculos, em particular a carne derivada do peito do perú, dá na verdade origem a uma muito baixa incidência de reacções alérgicas e de intolerâncias.
Enquanto a carne derivada do peito do perú, nessa medida, e pelo facto de que ela é (ou se pode providenciar para que o seja) abundante e barata, seria o objecto da escolha preferencial em muitos países, em outros países a escolha pode ser diferente.
Dado que há a possibilidade de escolhas razoáveis de fontes de proteína muscular convenientes com baixa alergenicidade que se revelam ser viáveis quanto a factores económicos, seria perfeitamente possível que se tornassem acessíveis e realizáveis duas ou mais fórmulas diferentes, por exemplo de peru e/ou galinha, carneiro, de tal modo que quase praticamente ninguém poderia ser alérgico a todas elas, e a maior parte das pessoas não seria mesmo alérgica a nenhuma delas. Há que notar aqui que a patente de invenção norte-americana N2. 4.670.268 já acima referida se refere a hidrolisados de proteína animal como sendo adequados para a inclusão na fórmula nela descrita e revelada, mas que essa patente não sugere que a proteína derivada do músculo seria adequada sem uma prévia hidrólise. A patente de invenção norte-americana N2. 1.557.053 revela que se pode elaborar um produto alimentar finamente dividido com base em carne de origem animal que pode ser misturado com água de modo a elaborar um alimento para recém-nascidos. A única fonte de "carne" revelada nessa patente , todavia, é o fígado de animais, e na verdade aquela patente não se refere de maneira nenhuma a alergias ou a intolerâncias alimentares, nem se preocupa com elas, sugerindo até que o pó em causa pode ser objecto de mistura com o leite. 0 único outro produto disponível de que o subscritor desta patente tem conhecimento, é um alimento para recém-nascidos feito à base de carne de galinha que não se apresenta sob a forma de pó para a reconstituição e que não é adequado para a alimentação de recém-nascidos. -8-
Usando a carne de peito de peru aqui apresentada como preferida não há qualquer problema no que respeita a gosto ou às características organolépticas. Se, por qualquer razão, se desejar recorrer a carne com um gosto intenso, tal como por exemplo os bifes de peixe ou uma carne de animais selvagens como sucede com a caça, é possível por métodos que já são conhecidos na indústria de tratamento de alimentos, que se reduzam ou eliminem os gostos, de tal modo a que não venha a haver qualquer barreira, no que diz respeito a esses factores, ao uso de qualquer fonte de proteínas derivadas de músculos actualmente disponíveis.
Os restantes ingredientes já são objecto de uso em outros produtos alimentares. A sua selecção, e as quantidades relativas segundo as quais eles são usados deveriam, todavia, ser tais que a dieta resultante se revele ser nutricionalmente bem equilibrada, querendo essa frase dizer que dum modo geral quer significar que a dieta terá, quando dada em quantidade suficiente, a capacidade de conter e fornecer todos os elementos necessários para o sustento e o normal desenvolvimento do doente quando ela for usada como fonte única da sua nutrição.
Deste modo, a escolha do lípido é vasta, mas o óleo de girassol e o óleo de côco são particularmente de recomendar sob o ponto de vista nutricional. Um tipo de hidrato de carbono altamente recomendável é a glicose e/ou os amidos modificados de -9-
milho ou de milho doce, sendo também recomendável que se inclua lecitina.
Com o intuito de que a fórmula venha a conter uma quantidade adequada das diferentes vitamina, podem estas vir a ser adicionadas à fórmula, como por exemplo as vitaminas A, B^, B2, B^, B-^, D, E e Kp o ácido nicotínico, a biotina, o ácido fólico, o ácido pantoténico, de modo a que se consigam níveis suficientes, mesmo no caso de o resto dos ingredientes não fornecer essas quantidades. Por outro lado e do mesmo modo, certos minerais tais como o cloreto de magnésio, os sulfatos ferroso, cúprico, de manganês e de zinco, o carbonato de potássio, o citrato de sódio, o iodato de potássio, o fosfato de cálcio e o carbonato de cálcio poderão ser acrescentados de acordo com as necessidades. A presente invenção também envolve e compreende um método para se fazer a fórmula nutricional hipoalergénica a partir de músculo crú que seja finamente desfiado e cozido em água. 0 músculo crú pode ser fragmentado directamente a partir dum estado de congelação. A fragmentação pode ser levada a cabo em etapas - o músculo pode primeiro ser cortado em fragmentos de tamanho conveniente, digamos por exemplo cubos de 5 cm ou mais pequenos, e então, com lecitina, gorduras e vitaminas lipo-solú-veis e minerais já adicionados, a que se acrescentam vitaminas lipo- -10- / ί -solúveis se isso se desejar, fragmentado num misturador de tris lâminas. 0 músculo assim fragmentado poderá então ser sujeito a uma fragmentação mais completa com um aparelho fragmentador que procede a microcortes com uma cabeça de 200 lâminas. 0 músculo crú deve ser preferencialmente levado a uma temperatura de cerca de -3°C antes de ser cortado em blocos e deverá ser aquecido durante as fases de fragmentação sucessivas. 0 produto da fase de fragmentação final è então cozido em água, após o que as vitaminas solúveis em água serão acrescentadas, ao mesmo tempo que quaisquer vitaminas solúveis em lípidos que se mostrem ser necessárias. A massa é então tratada num moinho de colóides, após o que é objecto de secagem até que se transformem em pó, por exemplo, por jacto em coluna de ar quente, sendo esse pó o produto acabado, pronto para ser embalado, que é de preferência tratado sob fluxo de azoto, de acordo com o método que seja apropriado a tal fim.
Claramente, o processo de manufactura deveria em todas as suas fases ser levado a cabo de acordo com os processos apropriados para a produção de tais produtos alimentares, tendo-se sempre o respeito que ê devido quanto â pureza dos ingredientes, a frescura da carne ou de outras fontes de proteínas de origem muscular, a temperatura de cozedura ou manipulação culinária e a duração e o tratamento e os tempos de -11-
espera de modo a que se minimize a carga em bactérias do produto final.
Uma materialização da fórmula e um método para a sua preparação vão agora ser objecto de descrição mais partícula rizada no exemplo que se segue.
FORMULAÇÃO
Componente Massa (conteúdo por 100 ml de produto final)
Fonte de Proteína :
Peitos de peru, sem ossos, sem pele 7,803 - 8,624 g Gordura : Cleo de girassol 0,400 - 1,925 g õleo de côco 1,575 - 3,100 g Hidratos de carbono : 7,200 g Lecitina (Central 3FSB) 0,500 g Vitaminas 0,008 g Minerais 0,502 g Vitaminas (específicas) : Lipossolúveis : Vitamina A 200,01 U Vitamina D 40,01 U Vitamina E Vitamina 1,5 mg 10,0 g
Massa
Componente (conteúdo por 100 ml de produto final)
Hidrossolúveis :
Vitamina C 5,5 mg Vitamina B-^ 67,0 Cr O Vitamina B^ 100,0 g Ácido Nicotínico 0,9 g Biotina 3,5 g Ácido Fólico 5,0 g Ácido Pantoténico 300,0 g Vitamina Bg 42,0 g Vitamina B-^ 0,2 g Minerais (específicos) : Cloreto de magnésio 108,70 mg Sulfato ferroso 5,75 mg Sulfato cúprico 0,90 mg Sulfato de manganês 0,08 mg Sulfato de zinco 1,52 mg Carbonato de potássio 74,00 mg Citrato de sódio 69,00 mg Iodato de potássio 0,00785 Fosfato de cálcio 222,40 mg Carbonato de cálcio 20,50 mg -13-
MÉTODO A proteína, sob a forma de peitos de peru sem ossos, crus, congelados, e sem pele, e levada a uma temperatura de cerca de -3°C - mantendo o produto congelado inicialmente minimiza as sobrecargas microbiolégicas durante o tratamento. A carne congelada é cortada em cubos de 5 cm ou peças mais pequenas por algum dos meios mecânicos mais convenientes, e colocada num misturador (um misturador de marca Scharfin ou num equipamento similar com três lâminas) e fragmentada â velocidade mais alta que no aparelho se encontra disponível. A lecitina, as gorduras misturadas com minerais e hidratos de carbono são adicionados por esta ordem. As vitaminas lipossolúveis podem ser adicionadas com a gordura, mas então será necessário compensar quaisquer perdas que possam vir a ocorrer durante o resto do tratamento. Esta fragmentação da carne continua durante mais 20 minutos, durante os quais a temperatura irá subindo, devendo no entanto ser mantida abaixo de 30°G. A mistura resultante desta primeira fase de fragmentação é uma massa homogénea que ainda contém fibras e com tamanho de partículas que não é suficientemente pequeno para que constitua um produto diluído de forma estável. A mistura é então passada através de uma segunda fase de redução de tamanho, num Comitrol Urschel (Modelo 1700), ou uma -14-
mãquina de fragmentação semelhante com uma cabeça que procede a microcortes com 200 lâminas. A temperatura durante esta fase será de cerca de 25°C ou menos após 20 minutos de operação.
Acrescenta-se então água para diluir a mistura de modo a que contenha aproximadamente 50% de sólidos, ou o que quer que seja exigido pelo equipamento de secagem por jacto em coluna de ar quente que venha a ser usado mais tarde no processo. A mistura é então transferida para um recipiente culinário preferencialmente fechado que tenha uma parede dupla, e seja aquecido a vapor no qual ela será cozida durante pelo menos 35 minutos mas durante não mais do que 60 minutos a 96°C, ou à temperatura do ponto de ebulição da mistura ã pressão atmosférica vigente. A mistura será objecto de agitação contínua e retirada das paredes do recipiente culinário para evitar que venha a queimar-se.
As vitaminas hidrossolúveis, e quaisquer vitaminas lipos-solúveis que não tenham sido objecto de adição previamente são então adicionadas cerca de 5 minutos antes do fim do processo de preparação culinária (cozedura), e misturadas de forma completa em toda a mistura de modo a que se assegure uma dispersão uniforme. Uma vez mais, há que tomar as providências necessárias para que se venham a compensar quaisquer perdas que venham a ocorrer durante o resto do processo ulterior - isto quer dizer, -15-
como é evidente, que venha a ser levada a cabo durante a avaliação por análise dos lotes teste e pelo ajuste das quantidades acrescentadas aos lotes subsequentes. Deveria haver, em todos os processos desta natureza aqui descritos, um controle constante das matérias primas e do produto em todas as fases, de modo a que se possa assegurar a pureza, a qualidade e a conformidade quanto às especificações.
Depois do processo de tratamento culinário, a mistura é submetida a uma redução de tamanho ulterior de maneira a submete-la a um tratamento que a leve a uma massa homogénea - a mistura tende a coagular durante o processo culinário. Esta redução de tratamento ulterior é levada a cabo num moinho coloidal tal como o tipo JV10 da PUC Vikosator ou numa máquina Urschel Comitrol. A temperatura da mistura nesta fase é de 70°a 80°C. A mistura nesta fase pode ser transferida para um recipiente que a contenha mas a sua temperatura deverá ser mantida a 70°C - 80°C. A mistura passa então através de um processo de secagem por jacto lançado sobre uma coluna de ar quente durante o qual as condições são mantidas de maneira a que delas resultem um produto seco. Quando se utilizou numa fase de escala piloto um secador por jacto sobre ar quente acoplado com um atomisador Niro, verificou-se que as seguintes condições eram apropriadas : -16- / ·>
Temperatura do ar-na sua admissão 180°C
Temperatura do ar no seu tubo de exaustão 80-85°C
Temperatura da mistura na admissão 60°C
Temperatura do produto à saída 48°-52°C
Conteúdo em sólidos na admissão cerca de 50%
Conteúdo em unidade do produto à saída 1-3% 0 produto pode então ser apropriadamente embalado segundo as necessidades do mercado, por exemplo em latas metálicas hermetica mente seladas, contendo uma pequena colher ou medida que sirva para medir as quantidades necessárias para que se reconstitua o alimento líquido com a consistência correcta. Por outro lado, o produto pode, com a embalagem adequada, ser vendido sob a forma de líquido já preparado para consumo imediato.
As amostras feitas de acordo com o exemplo supracitado tinham análises microbiológicas com resultados muito aceitáveis. A produção comercial necessitaria apenas que o método acima descrito no exemplo fosse apropriadamente tratado por um processo de passagem à escala industrial.
Enquanto o Exemplo é ilustrativo do método de preparação de uma fórmula hipoalergénica muito satisfatória que é bem equilibrada sob o ponto de vista nutricional, há no entanto que se observar que se podem fazer substituições e adições na perspe- ctiva e no campo da invenção tal como se definem nas reivindicações anexas no fim. Já foi mencionado que outros músculos hipoalergénicos adequados podem servir para substituir total ou parcialmente a carne do peito de perú. Certos frutos e certos vegetais têm alerginicidades muito baixas ou mesmo nenhuma e podem ser utilizados se desejado. 0 arroz tem uma alerginicidade muito baixa e é muito bem tolerado, e pode também ser utilizado em quantidades adequadas.
De igual importância em relação ao que a fórmula contém, como é óbvio, há que referir o que ela não contêm - claramente, todos os alergénios notórios que deveriam ser evitados como, por exemplo, o glúten e os produtos que contêm glúten e o trigo que contêm glúten, e os seus produtos, os ovos de galinha e os produtos deles derivados, o leite de vaca e os seus derivados, como é óbvio, e a proteína de soja. 0 leite de cabra e os seus derivados deveriam normalmente ser evitados para produtos alimentares destinados a crianças com menos de 6 meses de idade. Os açúcares como a sacarose e a lactose deveriam ser evitados em certas circunstâncias. Falando de um modo geral, deveria não haver a menor necessidade de acrescentar corantes, conservantes e produtos que modifiquem o gosto, quer sejam de natureza artificial quer sejam naturais, ou estabilizadores ou emulsio-nantes, também não havendo qualquer necessidade de ácidos -18-
aminados livres ou peptidos se bem que nada possa ser objecto de exclusão necessária se for dotado de uma alergenicidade suficientemente baixa, sendo no entanto provavelmente ideal que se mantenha a lista dos ingredientes tão curta quanto possível, dado que cada ingrediente individual que venha a ser acrescentado ao qual algumas crianças mesmo em pequeno numero sejam alérgicas ou intolerantes aumentará a alergenicidade global do produto, devendo ser notado que diferentes crianças serão alérgicas a diferentes substancias e portanto a alergenicidade do produto tenderá para a soma das alergenicidades dos seus constituintes, e não tenderá a ser apenas a alergenicidade do mais alergénico dos seus componentes. A fórmula hipoalergénica desta invenção pode ser usada, especialmente formulada se necessário for para constituir alimentos nutricionalmente bem equilibrados para diferentes idades ou tipos de doente, para fins diferentes dos da alimentação infantil. Deste modo, a fórmula pode ser destinada a que se prepare um alimento total ou um suplemento alimentar, e pode ser utilizada para todas as idades de doentes com alergia alimentar ou intolerância alimentar e especialmente como uma dieta hipoalergénica durante a qual os diferentes alimentos são introduzidos um a um de modo a que se faça um teste quanto ã reacção alérgica. -19- ί
V A formula pode ser utilizada em casos de cólicas, diarreia crónica, intolerância à lactose, sensibilidade ao glúten, diarreia com fermentação exagerada, malabsorção de certos constituintes alimentares, malnutrição, e malnutrição com carência de proteínas e calorias tal como ela ocorre no MKwashi-orkor", no marasmo, etc. e na galactosemia. Pode ser utilizada durante a alimentação por tubo e em casos geriátricos, e noutras situações de que se lembrarão sem dúvida todos aqueles que se encontram familiarizados com este campo.

Claims (22)

  1. -20- / R E X V INDXCAgÕ E S 1.- Processo para a preparação de uma fórmula nutritiva hipo-alerginica constituída por um pó homogéneo de finura tal que formará uma suspensão aquosa semelhante a leite que terá estabilidade aceitável, se manterá fresca durante 24 horas e não bloqueará uma tetina de alimentação padrão, constituído por uma proteína de um músculo seleccionado pela sua baixa alerginicidade como único ou substancialmente único conteúdo proteico em conjunto com aditivos hípidicos e hidratos de carbono, e um conteúdo mineral e vitamínico, tudo em tais proporções tais que constituirá um alimento equilibrado nutricionalmente, caracterizado pelo facto de se triturar finamente e co2er em água um músculo cru. -21- -21-
  2. 2. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracte- rizado pelo facto de pelo menos uma parte da proteina não ser hi-drolisada.
  3. 3. - Processo de acordo com as reivindicações 1 ou 2, ca-racterizado pelo facto de as proteínas serem constituídas por proteínas de músculo de mamífero.
  4. 4. - Processo de acordo com a reivindicação 3, caracte- rizado pelo facto de a proteína ser constituída por proteína de músculo de cordeiro.
  5. 5. - Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo facto de a proteína ser constituída por proteína de músculo de aves.
  6. 6. - Processo de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo facto de a proteína ser constituída por proteína de músculo de peito de perú.
  7. 7. - Processo da acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 6, caracterizado pelo facto de a proteína ser constituída por proteína de músculo de peixe. 2.- Processo de acordo com uma qualquer das reivindica-
    ções 1 a 7, caracterizado pelo facto de a proteína ser constituída por proteína de músculo de répteis.
  8. 9.- Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 8, caracterizado pelo facto de se remover qualquer sabor forte característico (por ex. de peixe) inadequado a um substituto do leite.
  9. 10.- Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1a 9. caracterizado pelo facto de o lípido ser seleccionado entre óleo de girassol, óleo de cereais, óleo de milho, óleo de caroço de palma, óleo de coco e nata do leite e suas misturas.
  10. 11.- Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 10, caracterizado pelo facto de o hidrato de carbono ser seleccionado de entre cana de açúcar, glicose obtida a partir de cana de açúcar, amido de cereal modificado,amido de milho modificado e suas misturas.
  11. 12.- Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 11, caracterizado pelo facto de a fórmula incorporar lecitina.
  12. 13.- Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 12, caracterizado pelo facto de as vitaminas adiciona- -23- -23-
    das serem seleccionadas de entre o grupo constituído por vitaminas A, , B2/ Bg, B-J2' D/ e e K-j / ácido nicotínico, biotina, ácido fõlico e ácido pantoténico.
  13. 14. - Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 a 13, caracterizado pelo facto de o mineral adicionado ser seleccionado de entre o grupo constituído por cloreto de magnésio, sulfatos ferroso, cúprico, de zinco e de manganês, carbonato de potássio, citrato de sódio,iodeto de potássio, fosfato de cálcio e carbonato de cálcio.
  14. 15. - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de o músculo cru ser triturado directamente a partir da fase congelada.
  15. 16. - Processo de acordo com as reivindicações 1 ou 15, caracterizado pelo facto de se efectuar a trituração por fases.
  16. 17. - Processo de acordo com as reivindicações 1, 16 e 17, caracterizado pelo facto de se adicionar pelo menos ura aditivo selecionado a partir do grupo constituído por lecitina, gorduras, minerais, vitaminas solúveis em gorduras e hidratos de carbono antes de se completar a trituração.
  17. 18.- Processo de acordo com as reivindicações 1 e 15 a -24- * t! 17, caracterizado pelo facto de se adicionar pelo menos um aditivo seleccionado de entre o grupo constituído por vitaminas solúveis em gorduras e vitaminas solúveis em água próximo do final da fase de cozedura.
  18. 19. - Processo de acordo com as reivindicações 1 e 15 a 18, caracterizado pelo facto de se processar a massa cozida em um moinho coloidal.
  19. 20. - Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 e 15 a 19, caracterizado pelo facto de a massa cozida ser seca até se obter um pó.
  20. 21. - Processo de acordo com a reivindicação 20 caracterizado pelo facto de a massa cozida ser seca por nebulização.
  21. 22. - Processo de acordo com as reivindicações 1 e 15 a 21, caracterizado pelo facto de se embalar o produto sob jacto de azoto.
  22. 23.- Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações 1 e 15 a 21, caracterizado peio facto de se preparar o produto e embalar depois sob a forma de um alimento líquido diluído ou pronto a utilizar.
PT94936A 1989-08-08 1990-08-07 Processo para a preparacao de uma formula nutrituva hipo-alergenica contendo uma proteina de musculo PT94936A (pt)

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ZA896032 1989-08-08

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