PT94501A - Papel de seguranca e seu processo de fabrico - Google Patents

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PT94501A
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Inventor
Juan Teodoro Vidal
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Fab Nacional De Moneda Y Timbr
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Description

- 2 - - 2 -
A O presente invento diz respeito a um processo de obtenção de um papel de segurança e de documentos de valor que incorporam um fio ou marca de segurança»
Diz igualmente respeito aos documentos confeccionados com o mencionado papel e aos processos de fabrico tanto do fio ou marca de segurança como do próprio papel» É pá conhecido nos papeis de segurança e nos documentos de valor e? em particular? nas notas de Banco? o uso de bandas ? lâminas ou fios de um material plástico ou de outra natureza? chamados fios de segurança? em inglês? "security threads”? com a finalidade de se constituírem em "elementos de segurança" e impedir? ou? pelo menos? dificultar a falsificação dos documentos»
Os fios de segurança têm umas caraoterísticas físicas pre-de-terminadas e são introduzidos no papel durante a fase de formação da folha de tal modo que ficam rodeados de fibras celulósicas.
Qualquer tentativa de extraí-lo da massa do papel repercute--se numa ruptura do papel ou do fio tornando-se? deste modo? evidente que se tentou uma manipulação do documento? que o torna inválido ao deirá-lo com sinais de violação» - 3 CL·*,
Mesmo no caso de se conseguir a extracção parcial do fio dê segurança do interior do papel ? não será de forma alguma possível a sua introdução em qualquer outro papel para poder dar a sensação de tratar-se de um papel autêntico,,
Com efeito? só na máquina do papel e durante a fase de formação da folha poderá ser introduzido de forma regular o fio de segurança no interior da massa da folha»
Deste modo? a presença de um fio de segurança é? juntamente com outros elementos de segurança? uma garantia de autenticidade de um documento? uma vez que autentica a originalidade e legitima a procedência do papel usado na impressão do documento*
Sem dúvida que os falsificadores têm usado diferentes meios para dar aparência de autênticos a documentos que não possuem fio de segurança? tornando? assim necessário o aperfeiçoamento dos inventos já conhecidos da situação da técnica.
Desde que apareceram no mundo os documentos de valor? o modelo primitivo do fio de segurança tem sido aperfeiçoado e? em grande medida? para impedir as técnicas de falsificação que paralelamente têm sido intentadas» - 4 .>
Deste modo conseguiu melhor as:-se* por. um lado* â sua adequada identificação - pelo público . er por outro* desenvolveram-se novos préstimos no que concerne a facilitar a utilização do documento em máquinas automáticas de selecção* de difícil manipulação pelos fa1sificadores,
Entre outros meios usados., procurou facilitar-se o reconhecimento do fio mediante a inclusão de te^fcqs mieroimpressos num filme plástico de que se extraem os fios* que podem fazer alguma alusão* por exemplo* ao Dais de emissão* ao valor nominal do documento* ou à data de emissão e que é fácil reconhecer e ler com a ajuda de uma pequena lupa* ou mediante a inclusão de pigmentos luminescentes (fluores-centes à luz ultra-violeta com mudança ou não da sua cor à luz do dia) que são facilmente detectaveis com a ajuda de uma lanterna de bolso de luz ultra-violeta.
Deste modo* pode facilmente controlar-se nos negócios a presença de um documento falso.-
Por outro lado* para que o público reconheça mais facilmente o fio de segurança* foram desenvolvidos processos que facilitam a sua aparição na superfície de papel em intervalos regulares quer modifiçando a sua natureza mais ou menos porosa quer actuand© sobre a tela formadora da folha na “* 5 ”·
máquina do papel e fazendo coincidir o fio de segurança numa zona de marcas de água alternantes de: modo a forçarem o fio a aparecer com a mesma- periodicidade na superfície do papel,,
Esta espécie de desenvolvimentos que expõem o fio à visão directa, permitem usar efeitos de interferência . óptica, tais como a iridiscência ou os Hologramas? ou.ainda, reforçar os já clássicos da. microimpreãsSò . e . da luminescência ? de forma a tornarem·-'se iaais patentes ao público e mais difíceis de reproduzir por técnicas .gráficas? mesmo as técnicas de £o%p0opx&rt 13,as mesmo assim? não tem sido possível evitar totalmente as falsificações,
Entre os desenvolvimentos que? pelo contrário? facilitam a utilização e selecçãó automática dos documentos e que slo menos susceptíveis de manipulações por parte dos falsifi-cadores ? estão os que usam meios físicos de detecção F tipo fotómetro? os de tipo magnético ?etce
No primeiro caso podem englobar-se um grande número de possibilidades mais ou menos simples, .
As mais sofisticadas incluem as que utilizam a técnica de
impregnar ou lacar 0 filme quer logo ao cortar, dará brilho ao fio de segurança? com um material à base âe terras raras que, em determinadas condições de excitação luminosa·, emite' radiações infra-vermelhas. de intensidades facilmente detec-taveis numa banda estreita do espectro ,
Para assegurar que não se produzirão influências estranhas durante a selecção do documento, melhorou-se este processo com a inclusão de substâncias de disfarce que se adicionam à pasta fibrosa com que se fabrica o papel# com as quais se restringem as bandas do espectro desde aquelas em que se pode observar emissão infra-verraelha atá às que são próprias do material formado por terras raras, A mesma espécie de produtos se pode utilizar sob a forma de tintas# se bera que# neste caso não contribuam de forma a garantir a procedência legítima do papel de segurança e façam com que o documento resultante tenha uma protecção contra a. falsificação menos, eficaz.
Este tipo de processos tem o inconveniente de um custo elevado dos produtos utilizados nas laças dos fios e dos sensores optico-electrónicos *
Outros princípios físicos utilizados podem ser semelhantes aos que se utilizam para gravar e também recuperar informação CL·^
- 7 ~ numa banda magnética de base plástica como fazem os magneto-fones e aparelhos de tecnologia similar.
Também cabe dizer que existe a possibilidade de manipulação do conteúdo - da informação gravada · na banda magnética com equipamentos informáticos adequados ? cada vez mais ao alcance 0 objecto da presente invenção é desenvolver - um fio de segurança? o papel e os documentos produzidos que o incluem? que seja suseeptível de incluir informação para a sua detec-ção e identificação por meio - de máquinas automáticas? com tecnologia de vanguarda e de modo a dificultar as falsificações por falsificadores individuais (mais dificeis de de-tecfcar do que as -que são efectuadas com técnicas mais complicadas que dão origem a uma maior necessidade de equipamentos por parte do falsificador)? capaz de substituir e melhorar os sistemas existentes no que se refere à proteeção contra a falsificação? mais simples para efeitos do sensor e com custos mais diminuídos. A sua finalidade será o uso não sé em notas de banco? mas possivelmente noutros documentos? tais como? cartões de identificação? passaportes? etc. 0 desenvolvimento baseie-se num material metálico especial
cuja tecnologia se descreve a seguir:
Base do materiais
Trata-se de uma liga de material metálico magnético (Fe/Co , Mi/B, Ni/P) que sofre um tratamento téjrmico consistente num arrefecimento brusco a partir de tuna temperatura inicial compreendida entre os 800 e ©s 1500°C, de preferência, entre 1000 e 12500c», até uma temperatura final compreendida entre -180 e -22500, preferência, -190 a :-215p€, dando origem a um sólido amorfo sem a estrutura cristalina metálica normal. O sólido pode obter-se sob a forma de banda muito fina, como uma cinta com secção rectangular similar aos actuais fios de segurança com uma espessura mínima de 10 microns, dependendo da liga, ou também sob a forma de fio de secção circular, alterando. para tal o sistema de arrefecimento do material depois da fase de fusão, em que o mínimo diâmetro a obter será então da ordem dos 5 microns»
Posteriormente, poderá submeter-se o material a uma operação do tipo térmico entre 150 e 500°c, de preferência, entre 200 e 30Q°C, que modifica os seus ciclos de histerese magnética de forma que, para cada liga, e para cada tratamento recebido se obtenham tans sons distintos e reconhecíveis 9 - CLs*. por um sensor adequado em presença de em campo magnético.
No total, poderão faser-se mais de uma centena de variantes ou códigos distintos pela variação da composição? do tratamento térmico e da forma (quantidade de massaK com possibilidade de ampliação futura com o emprego de sensores mais finos ou por outras técnicas. O sensor é composto? na sua essência? por cluas bobines? um emissor que cria um campo sinusoidal perfeito para que não haja nenhuma influência dos materiais nos sons? e um receptor. Só temperaturas superiores a 200°c poderiam modificar o código, A leitura é muito fraca (-120 db). O sistema é dotado de filtros “passa-banda*’ de 5-6 Hs da amplitude de banda e de software para distinguir a banda das demais.
Como o tamanho do fio ou o seu número (quantidade de massa) também é factor a ter em conta na leitura? o sensor seria capas de distinguir pela amplitude da medida a quantidade aprosdmada de fios e em consequência de notas presentes. - 10 -
Uma particularidade muito importante do sistema á que * nem sequer metendo as notas dentro de um recipiente (por exemplo uma-mala) se perderia a possibilidade de detecçá© semi-quan-titativa* o que tornaria o presente invento especialmente eficaz para controlar o tráfico de divisas e para tratar problemas de controle de presenças.
Provas realizadas pela incorporação industrial de espécies diferentes de fios identificadores incorporados no papei das notas de Banco ©sua posterior impressão.
Foram realizadas provas de impressão de distintas espécies de fios identificadores incorporados no papel das notas que levam às seguintes conclusões % « Os fios metálicos que se introduziram directamente sem alterar a sua. estrutura (tal como se produzem no forno em forma de bandas ou fios cilíndricos) na massa do papel* em ocasiões e em função da sua espessura e suas caracterís-ticas de ductibilidade e de maleabilidade? encontravam-se fracoionados era intervalos irregulares e ainda que bem.introduzidos na massa . da papel notavam-se exteriormente como se não estivessem assentes de forma uniforme* sendo a hipótese mais consistente a de que o fio metálico não é capaz de seguir sempre as contraoções e dilatações que se produzem durante o processo de secagem paralelaffiente ao papel por - u - ser menos dilatáveis tendo chegado a fraccionar-se para aliviar as tensões resultantes,
Pelo contrário y os fios metálicos identificáveis em forma de entrançado fabricados com- base num material- plástico convencionaly como o utilizado- noutros fios de segurança mais primitivos, comportam-se' perfeitamente sem sofrerem as rupturas descritas e o resultado de impressão do papel fabricado com eles é cor reato escepto nos casos em que a espessura completa do entrançado superava os 100 microns ? sendo esta uma limitação no desenho.
Este é um problema importante a considerar posto que qualquer fraetura modifica a resposta medível do material.
Porém os fios tratados por um sistema de pre-fragmentaçS© não apresentam a dificuldade acima exposta com referência às rupturas em intervalos irregulares , uma vez que neste caso se predetermina à vontade o comprimento dos fragmentos resultantes; podendo além disso tirar vantagens da obtenção de fragmentos de comprimentos adequados para conseguir misturas de sinais que tornam mais complicado ao falsificador a reprodução por qualquer processo.
Outra alternativa para o presente invento 4 a preparação de um material em forma dq partículas sólidas f com as quais ** 12
há a pos s ibiliâade de fabricar-uma laca ou tinta para incorporar o filme plástico (com o qual se fariam os fios) ou simplesmente umas tintas de impressão para aplicar na superfície do papel constituindo marcas de segurança*
Mo que concerne aos sensores} cabem, no âmbito da presente invenção as seguintes- possibilidades 2 - Máquinas- automáticas de revisão- para o Banco. Emissor - Caíras automáticas ~ Sensor manual para o comércio (quiosques? lojas? borabas de gasolina? etc,) todos eles com as mesmas características básicas ainda que adaptados às necessidades de cada utilizador· 0 presente invento pode ser object© de diversas modificações sem se sair do seu âmbito f uma vez que a forma de execução que foi descrita ê apenas um exemplo preferencial de execução»

Claims (3)

  1. -13* αλ~Λ^
    REívstr&x-cAÇ&BS 1δ«- Papel de segurança e seu processo de fabrico, que inclui' um fio ou marca de segurança identificativo em metal,, o papel e os documentos que o incluem e bem assim os processos para'assegurar a inclusão do fio de segurança no papel na fase de formação da folha ou da marca ou impressão de segurança na' fase de impressão do documento, d a r a e t a r i a a á o ' por o metal usado no mencionado fio ser uma liga de material magnético (com base em fe/Co, Hi/B, $íi/P entre outros elementos químicos) submetido a um tratamento térmico consistente num arrefecimento brusco de uma temperatura inicial compreendida entre os 000 e 1500°cf de preferência entre 1000 e 1250°cp até uma temperatura final compreendida entre --180 e -221¾¾ de preferência entre -190 e -215¾ dando origem a um composto sólido amorfo sem a estrutura cristalina metálica normal»
  2. 22,- Papel de segurança e seu processo de fabrico, de acordo com a reivindicação 1, caraeterisado por o material metálico ser em forma de tira ou fio muito fino ou fita de secção rectangular ou circular» 3*.« Papel de segurança e seu processo de fabrico, de acordo com as reivindicações 1 e Z, eancter iulo
    por a secção do fio obtido ter dimensões na ordem dos 10 a 50 p (microns) no caso de secção reetangular e da ordem de 5 ~ 20 p (microns) no caso de secção circular, 4fl.- Papel de segurança e seu processo- de fabricaf de acordo com- a reivindicação lf caracterisado - por ô material' metálico ser obtido a partir de pigmentos utilizados sob forma de verniz ou tinta de impressão com tamanho de partículas da ordem de 5 -. 20 ji (mi-crons·). Bô,™ Papel de segurança e seu processo de fabrico*. de acordo com as reivindicações 1 a 4f earacteri g a d o por o material metálico ser sujeito a um tratamento térmico de 150 a 500°Cf de preferência * entre 200 e 300°C com o objecfcivo de alterar as suas histereses harmónicas num campo magnético sinusoide!, com a possibilidade de criar múltiplas marcas ou códigos distintos,, em conjunção com as variações na composição do material e as dimensões das partículas individuais obtidas (fios ou pigmentos}» 6so~ Papel de segurança e seu processo de fabrica* de acordo com as reivindicações 1 a: $F c a r a õ -t e r i % a d o- por o fio de segurança, ser preparado- pré™ fragmentado *
    ~ u ~ descarnado ou revestido com uma camada plástica à semelhança da produção de cabos oléetricos simples ê& modo a facilitar o seu desprendimento em espaços pré~fixados durante a fase. de secagem da folha de .papel?- evitando as tensões internas da estrutura da folha. ?a*~ Papel de segurança e seu- processo de fabrico? de acordo com as· reivindicações 1 a 6? .c a r a c· t e r .i s a d o por o .fio de segurança ser preparado em forma de trança ou enrolamento em espiral com: uma ou. várias, camadas de material plástico ou sintético de modo a facilitar o seu estiramento durante a fase de. secagem da folha de papel. 8a, ~ Papel de segurança e seu processo de fabrico? de acordo com as reivindicações l a 7, e a -r a a t e r i s a d o por o fio ser incorporado do modo tradicional da introdução dos fios de segurançaF na folha de papel durante a sua formação. W," Papel de segurança e seu processo de fabrico? de acordo com as reivindicações 1 a 8? car ae-terl laáô por a incorporação dos pigmentos? vernises ou tintas ser obtida na superfície do papel durante o processo de impressão do documento.
  3. 102.- Papel de segurança e seu processo de fabrico* de acordo eoiti as reivindicações 1 a 9P caraeter i zado por o fio ser reconhecido com a ajuda de ma sensor formado éssencialmente por duas bobines s ama emissora do campo magnético e outra analisadora, incorporando em cada caso os circuitos necessários para o reconhecimento dos sinais tanto no caso dos sensores de tamanho pequeno para uso particular e comercialt como no caso dos sensores a utilizar pelos Bancos emissores e organismos oficiais, LISBOA, M dô JUNHO de 1990
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