PT94234A - Processo para a preparacao de um gel de poliacrilato de sodio - Google Patents

Description

ACQUA LIDER, S.L. "PROCESSO PARA A PREPARAÇÃO DE UM GEL DE PPLIACRILATO DE SODIO"

DOMÍNIO TÉCNICO DA INVENÇÃO A presente invenção situa-se no domínio técnico da preparação de geles de poliacrilato de sódio, aplicáveis especialmente para a extinção de fogos e como meios para fornecer humidade em utilizações agrícolas.

TÉCNICA ANTERIOR O poliacrilato de sódio utilizado como base do gel da presente invenção é um produto conhecido que possui as seguintes características físicas:

Aspecto: Pó branco

Dimensões: Aspersão microgranular

Teor de humidade: 7% do seu peso

Odor: Não perceptível pH: 7+3 (sol. a 1% em água)

Solubilidade: Solúvel em água. Insolúvel em dis

Degradação: solventes orgânicos Por exposição prolongada â luz so- -2- íi ·'

Estabilidade: Estável, na ausência de humidade

Capacidade de Absorção: Próxima de 800 unidades em peso, em água destilada (dependendo do fabricante)

Peso específico: Aprox. 0,5 Kg/litro

Efeitos nocivos: Desconhecidos. Inofensivo ao tacto ou por deglutição

DESCRIÇÃO DA PRESENTE INVENÇÃO E SEUS ASPECTOS 0 processo da presente invenção caracteriza-se pelo facto de se tratar o poliacrilato de sódio com água numa proporção variável entre 1 e 10 g/litro de água atê se formarem esta-velmente pequenos núcleos saturados de água, com o aspecto de uma gelatina semelhante a sabão, observando-se este fenómeno no intervalo de tempo compreendido entre 1 e 300 segundos. 0 processo efectua-se a uma temperatura compreendida aproximadamente entre 10 e 40°C.

Utiliza-se preferencialmente o poliacrilato de sódio numa proporção de 3g/litro, embora a proporção dependa da qualidade da água uma vez que é necessária uma concentração superior com água clorada. A temperatura normal para a realizaçõa do processo é da ordem dos 18°C. OBSERVAÇÕES E EXPERIENCIA5 1) 0bservou-se que, hidratando o produto com uma proporção adequada de água, de tal modo que possa ser impulsionado por uma bomba hidráulica, idêntica^s utilizadas para a re- -3 moção de água, a gelatina que é aspergida através do bocal permanece "impregnada" e evita a perda de água por evaporação.

No caso de se aproximar uma fonte de calor desta gelatina, a água permanece, não se evapora. 2) Colocando o produto numa placa quente sob acção di-recta do calor, leva mais do que 25 minutos para regressar ao seu estado inicial pulverizado. 3) Efectuou-se a experiência seguinte:

Fez-se a combustão de diversos materiais combustíveis: borracha, madeira, fibras têxteis, galhos cortados e erva seca, etc. e efectuou-se uma tentativa para extinguir esta fonte de calor utilizando água, pela via normal. Como resultado verificou-se a existência de evaporação, dispersão e salpicos tornando-se realmente dispendioso extinguir o fogo. De um modo i-dêntico, fez-se uma tentativa para extinguir o fogo com o produto hidratado da presente invenção, fazendo a aspersão desse produto sobre aquela fonte de combustão, tendo-se observado um resultado profícuo: utilizou-se 1/4 do volume de água, menos tempo, menos mão-de-obra e o resultado foi imediato, uma vez que o gel cai sobre a fonte de combustão "abafando-a" e cortando-lhe o fornecimento de oxigénio pelo que a combustão é imediatamente refreada. Não se observa dispersão ou evaporação uma vez que o produto possui um ponto de ebulição muito superior a 100°C. 4) Efectuou-se uma experiência idêntica numa montanha aberta (área controlada): 4-

Impregnou-se com água uma faixa em torno de uma cintura de fogo no sentido de impedir o seu avanço. Quando o fogo se aproximou e queimou o mato perto da zona assim preparada, a água evaporou-se e o fogo avançou sem que houvesse outra alternativa.

Por outro lado, fez-se uma marca na cintura de fogo com o gel da presente invenção e o fogo deixou da avançar irremis-sivelmente, permanecendo extinto naquela zona. As plantas e arbustos detinham uma cobertura de gelatina que evitava a evaporação da água e evitava consequentemente a sua combustão. 0 produto da presente invenção pode ser utilizado introduzindo-o em recepientesfechados contendo ar ou gases comprimidos, tais como o dióxido de carbono, no sentido de ser aplicado a extintores e dispoisitivos semelhantes.

Qutro processo de aplicação, idêntico ao das espumas sintéticas utilizadas pelos fabricantes de extintores, consiste em utilizar uma massa misturada que é ligada por agulhetas à mangueira prinicipal através da qual se lança a água a partir de uma boca de incêndio.

OUTRAS UTILIZAÇÕES DIRECTAS OU INDIRECTAS

Os novos edifícios públicos e grandes armazéns possuem sistemas de irrigação para extinção das fontes de calor. Estes elementos auxiliares funcionam aspergindo e espalhando água. 0 seu funcionamento nem sempre é eficaz e a requerente sugere que, no caso de esses mesmos elementos poderem lançar gelatina no local onde -5 o fogo teve inicio, a eficácia desses aparelhos será consideravelmente aumentada.

Por outro lado, o isolamento dos materiais e das fibras de revestimento, incluindo o produto que entra na sua composição no processo de fabrico, ao entrar em contacto com a água, proporcionará uma zona húmida resistente ao fogo sobre as carpetes, fibra de vidro, cortiça, madeira, etc.

Claims (1)

1. -6- REIVINDICAÇÃO Processo para a preparação de um gel de poliacrilato de sódio, caracterizado pelo facto de se tratar poliacrilato de sódio com água numa proporção compreendida entre 1 e 10 g/1 de água durante um intervalo de tempo compreendido entre 1 e 300 segundos e a uma temperatura compreendida entre 10 e 40°C para se obter o gel. Lisboa, 01 de Junho de 1990