PT939733E - Embalagem para produtos a granel - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "EMBALAGEM PARA PRODUTOS A GRANEL" O presente invento diz respeito a uma embalagem para produtos a granel, como, por exemplo, produtos líquidos ou produtos granulados finos passíveis de serem pulverizados, embalagem essa que é constituída não só por um corpo oco de plástico interior, que é moldado por sopro e que tem um feitio poligonal, no qual é introduzido o produto a embalar, mas também por um invólucro, feito de cartão e semelhante a uma manga, que envolve o corpo oco de plástico, e que está fixado ao referido corpo oco de plástico por meio de uma união positiva, para o que o corpo oco de plástico dispõe de, pelo menos, uma reentrância lateral numa das suas arestas exteriores, numa zona de canto, reentrância essa que corresponde a uma zona poligonal do invólucro de cartão, a qual, durante a montagem, pode ser dobrada para dentro para servir de elemento de fixação; a referida zona poligonal está posicionada de modo a ficar simétrica em relação a uma linha de dobragem de canto do invólucro; esta zona está ligada ao invólucro por meio de, pelo menos, uma linha estampada, essencialmente disposta na transversal em relação à linha de dobragem de canto, e ainda por meio de, pelo menos, duas linhas de dobragem, dispostas uma em relação à outra de modo a formarem um "V". Há já vários anos que uma embalagem deste tipo, produzida pela demandante, tem vindo a ser utilizada para vários fins, tendo obtido um êxito considerável na sua utilização prática. Esta embalagem, já sobejamente conhecida, corresponde essencialmente às várias embalagens deste tipo, e nomeadamente, por exemplo, à embalagem que se encontra descrita na patente DE 39 21 258 C2 da demandante. A embalagem que se encontra à venda no mercado, relativamente à embalagem objecto da reivindicação de patente anteriormente referida, foi submetida a aperfeiçoamentos de modo a que, por um lado, a pelo menos uma reentrância de que o corpo oco de plástico dispõe tenha sensivelmente o feitio de uma meia-gota e, pelo outro, de modo a que a zona do invólucro de cartão passível de ser dobrada para dentro tenha o feitio 2

correspondente ao de um triângulo equilátero, do qual dois lados, dispostos de modo a formarem um "V", est3o simetricamente dispostos em relação a uma linha dc dobragem de canto do invólucro e estão unidos ao dito invólucro por meio de linhas de dobragem, enquanto que o terceiro lado dessa zona triangular está disposta transversalmente em relação a esta linha de dobragem de canto do invólucro e, além disso, está em contacto com o invólucro por meio dc uma linha estampada. Basta simplesmente exercer uma pressão sobre esta zona do invólucro para que ela se dobre para dentro, para o interior da reentrância correspondente de que o corpo oco de plástico dispõe, pelo que, desta forma, o invólucro fixa fixado ao corpo oco (vide a patente com a referência DE-A-4 445 213).

Se, na solução adoptada até à presente data, a zona ou o triângulo passível de ser dobrado para dentro, for dobrado para o interior da reentrância de que o corpo oco de plástico dispõe, as duas metades do lado até aqui horizontal desta zona passam a apresentar uma inclinação de cerca de 60° em relação à aresta perpendicular do canto do invólucro. Na prática constatou-se, porém, que se pode dar o caso de o corpo oco de plástico se poder deslocar e soltar-se do invólucro. Isto fica-se a dever ao facto de, quando é exercida uma pressão, ou seja, quando se regista uma deslocação do corpo oco de plástico no interior do invólucro de cartão, as arestas inclinadas da zona do invólucro que estão em contacto com a reentrância demonstram uma tendência para se desviar para fora, de modo a que passa a existir uma folga entre o corpo oco de plástico e o invólucro, o que, em última análise, pode acabar por fazer com que o corpo oco de plástico possa escorregar para fora do invólucro.

Assim, e em face do exposto anteriormente, o presente invento tem por objectivo aperfeiçoar uma embalagem similar à que é descrita aqui, de modo a que, sem necessidade de grandes esforços de produção e de montagem, se consiga obter uma fixação mais segura entre o corpo oco de plástico e o invólucro, sem que se corra o risco de o corpo oco de plástico escorregar para fora do invólucro de plástico.

Trata-se de um objectivo que é satisfeito através de uma embalagem semelhante à que é descrita no início da presente reivindicação de patente e, nomeadamente, através de o 3 facto de a zona poligonal do invólucro ser concebida de modo a ter o feitio de um quadrilátero, sendo que as duas linhas de dobragem em forma de "V" se transformam em dois segmentos de linha prensadas que terminam em ponta e sendo que a reentrância com um feitio angular está limitada por superfícies planas de forma a se ajustar a esta zona do invólucro.

Quando comparada com a embalagem já nossa conhecida, na qual a zona do invólucro que está dobrada para dentro só entra em contacto de forma pontual com a reentrância com o feitio de uma gota existente nessa região, através do aperfeiçoamento introduzido de acordo com o presente invento consegue-se que a zona do invólucro que é dobrada para dentro fique em contacto com a reentrância com o feitio de um quadrilátero seja através da sua superfície, seja de forma linear, de modo a que toda a aresta de pressão aberta da zona do invólucro fique em contacto com a superfície da cavidade da reentrância de que o corpo oco dispõe. Nestas circunstâncias, quando os segmentos das linhas prensadas que terminam em ponta estão dobradas para dentro, eles ficam aproximadamente posicionados segundo uma linha horizontal, ficando em contacto, com toda a precisão, com a superfície plana correspondente da reentrância, de modo a que, desta forma, a união linear positiva fique apta a suportar forças de compressão consideravelmente superiores. Fica desta forma assegurada uma fixação segura entre o corpo oco de plástico e o invólucro. Esta solução não implica qualquer aumento do esforço de produção ou de montagem da embalagem, na medida em que só se toma necessário alterar ligeiramente o feitio da reentrância durante o processo de moldagem por sopro, por um lado, e modificar também ligeiramente a estampagem da peça em bruto de cartão, pelo outro.

Segundo um outro aperfeiçoamento, também ele considerado vantajoso, o corpo oco deverá dispor de, pelo menos, duas reentrâncias angulares com orientações diferentes, sendo que, nesse caso, e como é óbvio, o próprio invólucro disporá também de duas zonas passíveis de serem dobradas para dentro. Graças a esta concepção obtém-se uma fixação ainda mais segura do corpo oco de plástico e do revestimento de protecção. 4

Neste caso torna-se realmente vantajoso as reentrâncias angulares serem produzidas de modo a ficarem sempre orientadas na direcção seja da extremidade superior ou inferior do corpo oco.

Segue-se uma descrição exemplificativa e mais detalhada do presente invento com base no desenho que dele é apresentado. Assim sendo, este desenho mostra: na figura 1 uma embalagem concebida de acordo com o presente invento, vista de lado nas figuras 2a a 2c várias representações ampliadas, vistas de várias perspectivas, de uma reentrância do corpo oco de plástico e de uma zona correspondente do invólucro, zona essa passível de ser dobrada para dentro, de uma embalagem produzida de acordo com a tecnologia actualmente existente, nas figuras 3a a 3c diversas representações, que, a exemplo do que sucede no caso das figuras 2a a 2c, são apresentadas em ampliação e vistas de várias perspectivas, do modelo equivalente de uma embalagem concebida de acordo com o presente invento, nas figuras 4a a 4b a zona do invólucro passível de ser dobrada para dentro tanto quando está em posição plana como quando está metida para dentro, de uma embalagem produzida de acordo com a tecnologia actualmente existente, nas figuras 5a a 5b a mesma zona do invólucro passível de ser dobrada para dentro, neste caso de embalagem concebida de acordo com o presente invento. 5

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No exemplo aqui patente, a embalagem, geralmente identificada pela referência 1, é constituída por um corpo oco de plástico 2 de secção transversal cssencialmcnte quadrangular e por um invólucro 3, semelhante a uma manga, feito de cartão, que envolve o corpo oco de plástico 2 de modo a assegurar uma união positiva com o mesmo. No exemplo de execução aqui apresentado, o corpo oco de plástico 2 dispõe de um ressalto de apoio 4 superior, contra o qual está encostada a margem superior 3a do invólucro. No entanto, o facto de esta margem superior 3a do invólucro ficar encostada a um ressalto de apoio 4 do corpo oco de plástico 2 não se reveste de qualquer importância para o presente invento, sendo que o referido ressalto de apoio 4 pode perfeitamente ser suprimido. O corpo oco de plástico 2, moldado por sopro, apresenta uma abertura de saída do produto na sua parte superior, abertura essa que pode ser coberta por uma tampa 5. O ideal será o corpo oco de plástico 2 apresentar, ao longo de toda a sua altura, numa zona de canto, duas reentrâncias 6 e 7, cuja concepção será descrita com maior exactidão mais adiante. Uma zona poligonal, passível de ser dobrada para dentre 8 e 9, do invólucro 3 pode ser metida para dentro de cada uma destas reentrâncias 6 e 7, durante a montagem, para efeitos de fixação. Também estas zonas 8 e 9 serão objecto de descrição mais aprofundada mais adiante.

Como se pode ver claramente através das figuras 2a a 2c, das quais na figura 2b é apresentado um corte segundo as linhas A-B da figura 2a e na figura 2c é apresentado um corte de acordo com a linha C-D da figura 2a, a reentrância 6 do corpo oco de plástico 2 foi concebida de modo a apresentar o feitio de uma meia-gota. Este feitio pode ser constatado com mais clareza através da figura 2c. A zona passível de ser dobrada para dentro 8 correspondente do invólucro 3 de uma embalagem produzida de acordo com a tecnologia actualmente existente está representada nas figuras 4a e 4b. Esta zona passível de ser dobrada para dentro 8, e de acordo com a tecnologia actualmente existente, é concebida de modo a ter o feitio de um triângulo equilátero, disposto de modo a estar simétrico em relação a uma linha de dobragem de canto 10 do invólucro, e, nomeadamente, de modo a que a zona 8 esteja ligada às restantes zonas do invólucro 3 por meio de duas linhas de dobragem 1 la e 1 lb, dispostas uma em relação à β

ν'- * .· ... Λ • «... '* - V·’ outra de modo a formarem um "V", enquanto que as extremidades das linhas de dobragem 11a e 11b se transformam numa linha estampada 11c, disposta transversalmente em relação à linha de dobragem de canto 10.

No caso de uma embalagem deste tipo, concebida de acordo com a tecnologia actual mais recente, depois de o corpo oco de plástico 2 scr introduzido no invólucro 3, aquando da montagem da embalagem 1, a zona 8 do invólucro é premida ou rodada para dentro da reentrância 6, o que faz com que a zona 8 fique em contacto com a reentrância 6 da forma que é apresentada nas figuras 2a a 2c. Como se pode ver, a zona 8 do invólucro 3 só entra em contacto com a reentrância 6 em forma de gota apenas em dois pontos a margem, pontos esses que estão identificados pela referência 12. A embalagem concebida de acordo com o presente invento, por sua vez, diferencia-se da embalagem acima referida através da concepção tanto das zonas 8 ou 9 do invólucro 2 como das reentrância 6 ou 7 do corpo oco de plástico 2, como, aliás, se pode ver seja através das figuras 3a a 3c, seja através das figuras 5a a 5b.

Como se pode verificar da melhor forma possível através da figura 3c, na qual é mostrado um corte através da linha G-H da figura 3a, enquanto, por sua vez, a figura 3b mostra um corte segundo a linha E-F da figura 3a, as reentrâncias 6 ou 7 da embalagem concebida de acordo com o presente invento têm um feitio quadrangular, com superfícies das paredes 6a planas, de modo a que praticamente toda a superfície da zona 8 do invólucro 3, passível de ser metida para dentro, pode ser encaixada nesta reentrância 6.

Para tal, a zona 8 ou 9 do invólucro 3 foi concebida de modo a ter uma secção quadrangular, como, aliás, se pode ver da melhor forma possível através das figuras 5a e 5b. As linhas de dobragem 11a e 11b, dispostas uma em relação à outra de modo a formarem um "V" e dispostas simetricamente em relação à linha de dobragem de canto 10, em vez de se transformarem numa única linha prensada, como sucede no caso da embalagem produzida de acordo coma tecnologia mais recente, prolongam-se em dois segmentos de linhas prensadas lld e lie, que terminam em ponta e que, quando esta zona está metida para dentro (figura 5b) formam, no seu conjunto, uma aresta 7 7

essencialmente plana, que se ajusta de forma essencialmente linear a parede 6a correspondente da reentrância 6, o que na figura 3c é indicado atravcs da referencia 13.

Como se pode verificar, e no caso da embalagem concebida de acordo com o presente invento, obtém-se deste modo uma concepção na qual cada uma das reentrâncias 6 ou 7 do corpo oco de plástico 2 se ajusta com precisão ao feitio da zona correspondente 8 ou 9 do invólucro 3, sendo que, de modo especial, cada uma das arestas livres (linhas prensadas lide 1 le) da zona 8 ou 9 do invólucro 2 está em contacto, de forma linear, com a correspondente superfície 6a da reentrância 6 ou 7. Graças a esta disposição, em que as formas se ajustam uma à outra, assegura-se uma fixação exacta do invólucro 3 ao corpo oco de plástico 2.

Como se toma claro através de uma análise da figura 1, e com vista a melhorar ainda mais a fixação do revestimento de protecção 3 ao corpo oco 2, foram dispostos em toda a altura 2 deste corpo oco reentrâncias 6 ou 7 a que correspondem zonas 8 e 9 do invólucro 3. Neste caso, tanto as reentrâncias 6 e 7 como as zonas 8 e 9 foram sempre concebidas de forma semelhante, sendo no entanto vantajoso estarem orientadas em direcções opostas, a fim de, desta forma, aumentarem o efeito de fixação. Neste caso toma-se especialmente vantajoso as reentrâncias 6 e 7 angulares serem sempre produzidas de modo a estarem orientados na direcção da extremidade superior ou inferior do corpo oco.

Naturalmente que o invento não se limita aos exemplos de execução aqui apresentados. Podem ser introduzidos outros aperfeiçoamentos, sempre fiéis aos espírito da reivindicação de patente. Assim, por exemplo, o ressalto de apoio 4 de que o corpo oco 2 dispõe pode ser simplesmente suprimido, sempre que tenham sido previstas duas reentrâncias 6 e 7 orientadas em sentidos opostos e outros dispositivos semelhantes a estes.

Lisboa 2 7 MAR. 2001

Claims (3)

1 υ REIVINDICAÇÕES 1. Embalagem para produtos a granel, como, por exemplo, produtos líquidos ou produtos granulados finos passíveis de serem pulverizados, constituída por um corpo oco de plástico (2), poligonal, moldado por sopro, destinado a receber o produto a ser embalado, e ainda por um invólucro (3) de cartão, com o feitio de uma manga, que envolve o corpo oco de plástico e que está fixado a este corpo oco de plástico por meio de uma união positiva, para o que o corpo oco de plástico dispõe de, pelo menos, uma reentrância do lado da margem exterior, numa zona de canto, à qual corresponde a uma zona (8) poligonal do invólucro (3) de cartão, passível de ser dobrada para dentro durante a montagem, que está disposta de forma simétrica em relação a uma linha de dobragem de canto do invólucro e que está ligada ao invólucro por meio de uma linha prensada (11 d, lie), essencialmente transversal à linha de dobragem de canto, e ainda por meio de, pelo menos, duas linhas de dobragem (11a, 11b), dispostas uma em relação à outra de modo a formarem um "V", caracterizada pelo facto de a zona (8) poligonal do invólucro (3) ter um feitio quadrangular, sendo que as linhas de dobragem (11a e lb) que formam um "V" se transformam em dois segmentos de linhas prensadas que terminam em ponta (lide 1 le) e sendo que a reentrância (6) de feitio angular está limitada por superfícies (6a) planas de forma a se ajustar a esta zona (8) do invólucro (3).

2. Embalagem de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo facto de terem sido previstas, pelo menos, duas reentrâncias (6 e 7) angulares com orientações em sentidos opostos.

3. Embalagem de acordo com a reivindicação 2, caracterizada pelo facto de as reentrâncias (6 e 7) angulares terem sempre sido produzidas de forma a estarem orientadas na direcção da extremidade superior ou inferior do corpo oco.