PT91462A

PT91462A - Cabeca de contacto para granada de fumo

Info

Publication number: PT91462A
Application number: PT91462A
Authority: PT
Inventors: Willi Lubbers
Original assignee: Nico Pyrotechnik
Priority date: 1988-08-16
Filing date: 1989-08-16
Publication date: 1990-03-08
Also published as: DE3827784A1; FI893715A0; NO893060L; DK400589A; DK400589D0; EP0362522A1; FI893715A; NO893060D0; YU159789A

Description

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69 708 12057 POR MEMGRIA descritiva 0 presente invento refere-se a uma cabeça de contacto para uma granada de fumo de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1. A patente alemã publicada e deixada em aberto 3 501 468 descreve tal cabeça de contacto em conjunto com uma granada de fu mo. As granadas de fumo são principalmente usadas para auto-defe sa de veículos, em particular de tanques de combate. As granadas de fumo são disparadas de projectores em forma de taça montados no tanque por forma a produzirem fumo a alguma distância do velcu lo a ser protegido, para permitir, por exemplo, uma mudança de pc> sição a coberto desta cortina de fumo. A cabeça de contacto da cortina de fumo contém uma câma ra de carga propulsora feita de aço para receber uma carga propul sora, preferivelmente nitroglicerina pulverizada ou nitrocelulose. Depois da detonação desta carga propulsora pelos anéis de contacto e uma carga detonadora com por exemplo uma espoleta de ponte, a carga propulsora consome-se e o agente propulsor circula através da abertura de escape para o projector, de tal modo que se de, senvolve uma pressão no mesmo, que finalmente expele a granada de fumo. Além disso, uma carga com retardo é detonada com a ajuda dos gases da carga propulsora, e está localizada numa ramificação canal a partir da câmara da carga propulsora. Esta carga com retardo serve depois disso para detonar um sal produtor de fumo na granada de fumo.

Na granada de fumo conhecida, a câmara de aço da carga propulsora está inserida no centro da cabeça de contacto e tem no seu fundo uma pluralidade de aberturas de escape distribuída ao longo da periferia e apontados obliquamente para baixo, através dos quais o propulsor entra no projector de modo rápido. 0 dime.n sionamento apropriado destes orifícios de escape obriga pressão do gás a ser gerada dentro do projector debaixo da granada de fumo durante o processo completo de disparo, de tal forma que a gra. nada é constantemente acelerada dentro do projector. -3-

69 708 12057 POR ✓ E desenvolvida alta pressão da ordem de mais ou menos 1000 bar na câmara da carga propulsora durante a queima da carga propulsora, e deve ser absorvida pelo invólucro de aço da câmara da carga propulsora. Aqui o ponto crítico é a condução da linha eláctrica através da parede de aço entre os anéis de contacto e a carga detonadora, A condução destas linhas eléctricas prejudica adicionalmente a subida da cabeça de contacto, pois estas linhas podem ser ligadas aos anéis de contacto só depois da câmara da carga propulsora central ter sido inserida. A pressão interna na câmara da carga propulsora durante o consumo da carga propulsora também conduza picos de pressão deri tro do projector que são inicialmente relativamente altos, de tal modo que é dada uma aceleração inicial muito elevada à granada de fumo, logo de seguida a aceleração diminui relativamente depressa até que a granada seja expelida do projector. 0 invento está baseado no problema de se obter uma cabe ça de contacto para granada de fumo que tenha uma construção simples, que possa ser facilmente montada na granada e que reduza os picos de pressão dentro da câmara da carga propulsora e dentro do projector, de tal modo que a granada de fumo seja uniformemente acelerada dentro do projector de fumo e são obtidos elevados raios de acção de disparo.

Este problema é resolvido de acordo com o invento pelas características indicadas na parte caracterizante da reivindicação 1.

Assim, a câmara da carga propulsora está dividida num espaço receptor para a carga propulsora e num espaço de gás que estão separados por um êmbolo mantido num ponto de rotura predeter minado. 0 orifício ramifica-se a partir do espaço de gás. Quando a carga propulsora é detonada, desenvolve-se uma pressão de gás no espaço receptor e, a um certo valor, rompe-se o ponto de ro tura predeterminado de tal modo que o êmbolo é deslocado no espaço de gás e, depois de percorrer uma certa distância, desbloqueia a cavidade. Isto permite que o propulsor se expanda na câmara da carga propulsora, baixando desse modo a pressão total. 0 propulsor circula para fora da abertura de escape origina uma pressão -4-

69 708 12057 POR uniforme no projector, expelindo desse modo a granada de fumo com uma aceleração alta e constante que faz efeito» virtualmente, em todo o comprimento do projector. 0 raio de acção do disparo de uma tal granada de fumo pode ser consideravelmente aumentado em relação às granadas de fumo conhecidas, quase o dobro do valor. Raios de acção de disparo de cerca de 35 a 40 m podem então ser obtidos a somente 10 bar. 0 padrão de pressão do propulsor no projector pode ser mais melhorado e uniformizado, se o Êmbolo tiver um orifício de passagem ligando o espaço receptor e o espaço de gás. Como resul tado, depois da detonação da carga propulsora, o propulsor que circula já atravás do orifício para o espaço de gás antes do predeterminado ponto de rotura se romper. Quando o ponto de rotura rompe e o Êmbolo é movido no espaço de gás pelo propulsor» este comprime o propulsor aí localizado. Depois do Êmbolo ter saído, este gás comprimido pode circular para trás através do orifício através do êmbolo e circula para fora da cavidade dentro do projector.

Com a construção exposta obtém-se uma redução da pressão na câmara da carga propulsora e, ao mesmo tempo um padrão de pressão quase uniforme dentro do projector, durante toda a fase de expulsão. Obtém-se no projector antes disso curvas de pressão niveladas que não excedem a pressão máxima de 13,5 bar geralmente admissível. A câmara da carga propulsora é preferivelmente concebida como uma unidade estrutural de aço recebendo a carga detonadora e inserida lateralmente na cabeça de contacto. Isto simplifica muito também a montagem. Em particular, a ligação das linhas eléctricas conduzindo da carga detonadora para os anéis de contaçi to fica substancialmente simplificada. Isto permite uma produção económica.

Mais concretizaçães do invento podem ser encontradas nas subreivindicaçães. 0 invento será explicado mais detalhadamente na concretização ilustrativa com referência aos desenhos, nod quais: -5-

69 708 12057 POR a Fig. 1 mostra uma secção longitudinal duma granada de fumo do invento que está inserida num projector esboçada; as Figs. 2 e 3 mostram secçães em corte da cabeça de contacto de uma granada de fumo antes e depois da detonação da carga propulsora, respectivamente> a Fig. 4 mostra uma secção em corte esquematizada da ca beça de contacto pela l\J-I\] na Fig. 3; a Fig. 5 mostra o padrão da pressão propulsora no projector ao longo do tempo» as Figs. 6 e 7 mostram cortes transversais duma cabeça de contacto duma granada de fumo de acordo com uma segunda concre tização antes e depois da detonação da carga propulsora, respecti vamente.

Uma granada de fumo 1 tem um recipiente 2 com um sal pro dutor de fumo 3, e uma cabeça de contacto montada sob o recipiente. 0 recipiente 2 está coberto por uma tampa superior 5. A gra nada de fumo ê inserida num projector 6. A tampa 5 é suportada na borda superior do projector . A cabeça de contacto 4, que é cilíndrica como o recipiente 2, tem um invólucro 7, por exemplo, feito de material de plástico, no qual está inserida a câmara da carga propulsora 8 a partir do lado como uma unidade auto-contida, que se prolonga perpendicularmente para o eixo longitudinal da granada de fumo 1 pela quase totalidade do diâmetro da cabeça de contacto 4. A cabeça de contacto 4 tem também nas suas reentrâncias do invólucro o topo do projector 6. 0 invólucro da câmara da carga propulsora 8 ó um cilindro de aço 10 aberto numa extremidade, sendo a extremidade aberta fechada por uma tampa roscada 11. A tampa roscada 11 contém uma carga detonadora 12 cujas linhas de alimentação eléctricas 13 estão ligadas aos anéis de contacto 14, na periferia da cabeça de contacto 4. Entre a tampa roscada 11 e a parede exterior da cabe ça de contacto que recebe os anéis de contacto 14 há um anel sepa rador 15. A zona na câmara da carga propulsora adjacente à tampa roscada 11 está dividida num espaço receptor 16 para uma carga propulsora 17 a num espaço de gás 18, que estão separados por um -6-

69 708 12057 POR êmbolo 19 em forma de taça. A extremidade aberta da parede da taça do êmbolo está aparafusada a uma aba roscada 20 da tampa ro.s cada 11. A parede da taça está enfraquecida a cerca de meia distância para baixo do êmbolo por uma ranhura anular que serve como ponto de rotura predeterminado 21, A própria zona do êmbolo tem um orifício de passagem central 24 que liga o espaço receptor 17 ao espaço de gás 18, A parede exterior do espaço de gás 18 adelgaça-se na zona do seu fundo 25 na direcção deste último, formando desse modo um bisel 26. Um orifício 27, praticado na parede exterior, ramifica-se a partir do espaço de gás, abrindo-se num orifício maior 28 na parede inferior da cabeça de contacto 4 que está fechada por uma selagem 29 facilmente destrutível, por exemplo uma lâmina metálica. Na região da zona do êmbolo 19 há um orifício de passagem de detonação 30 em frente do recipiente 2 da granada de fumo 1 e aberto para um canal 31, contendo a carga de retardo 32 para detonar o sal produtor de fumo 3. Entre o orifício de passagem de detonação 30 e o canal 31 há uma cobertura 33 facilmente destrutível, por exemplo uma lâmina metálica, 0 orifí cio de passagem 17 no êmbolo 19 pode também ser fechado por uma tampa idêntica 34. 0 modo de funcionamento da granada de fumo descrita é como se segue.

Quando a carga detonadora 12 é iniciada através dos anéis de contacto a carga propulsora 17 detona e queima-se conti-nuamente. Depois de um intervalo curto de tempo, a tampa 34 é destruída de tal modo que o propulsor circula para o espaço de gás 18 através do orifício de passagem 17. Quando a pressão atin ge um certo nível, a selagem 29 cobrindo o orifício 28 é também violentamente aberta, de modo que o propulsor já circula dentro do projector. Quando a pressão do propulsor no espaço receptor 16 atinge um nível mais alto uniforme, o ponto de rotura 21 pred_e terminado rompe, accionando desse modo o restante do êmbolo 19 no espaço de gás 18 em direcção ao seu fundo 25. Isto comprime o volume de gás localizado à direita do êmbolo 19 na Fig. 2. 0 êm bolo 19 choca finalmente com o bisel 26 e abranda suavemente. Um pouco anteriormente a cavidade 27 foi desbloqueada, como mostra a -7-

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Fig. 3, de tal modo que o propulsor circula dentro do projector e expele daí a granada de fumo. A detonação através da cavidade 13 foi também desbloqueada de tal modo que, depois da tampa 31 ser destruída, a carga de retardo 32 foi detonada e consumiu-se para detonar um sal produtor de fumo 3. 0 propulsor comprimido pelo êmbolo 19 no espaço de gás 18 circula através da cavidade 24, co mo indicado por uma seta na Fig. 3, e deixa também a câmara da carga propulsora 8 através da cavidade 27. 0 padrão de pressão no projector por baixo da granada de fumo é mostrado na Fig. 5. A pressão aumenta relativamente depressa entre 2 ms a cerca de 10 bar, ficando um pouco neste nível e cai gradualmente depois disso. Se o orifício de passagem 24 estiver no êmbolo, a queda de pressão é mais achatada do que sem o orifício de passagem 24, como está mostrado pela linha quebrada na Fig, 5. A pressão máxima admissível de 13,5 bar dentro do projector não será atingida. Contudo, é obtida uma alta acele ração de expulsão pela pressão que é relativamente constante numa gama ampla, de tal forma que são obtidos raios de acção de disparo de cerca de 35 m.

As Figs, 6 e 7 mostram a câmara da carga propulsora 8 que é de construção similar à mostrada nas Figs. 2 e 3, de forma que é desnecessária descrição mais detalhada. Existem diferenças sõ no que diz respeito à concepção do êmbolo 19 e ao espaço de gás 18 na zona do fundo 25. 0 êmbolo 19' tem na sua periferia uma nervura 41 assente na parede da câmara da carga propulsora 8. As bordas exteriores do topo 25 são arredondadas, formando desse modo uma superfície de encosto 26. Quando o êmbolo 19’ é acelerado em direcção ao fundo 25 depois de um ponto de rotura predetermina do 21 ter rompido, a nervura 41 é deformada de encontro à superfí cie 26’, como mostrado na Fig. 7. A nervura 41, em conjunto com uma superfície de encosto 26', serve para abrandar suavemente o êmbolo 19' quando ele se dirige para a sua posição final mostrada na Fig. 7.

Claims

69 708 12057 POR ~Q~ -REIl/INDICAÇfiES- 1 - Cabeça de contacto para uma granada de fumo, compre, endendo uma câmara de carga propulsora para receber uma carga pro pulsora e uma carga detonadora para esta carga propulsora, anéis de contacto localizados na periferia exterior e ligados electrica mente à carga detonadora, pelo menos, uma abertura de escape sain do da câmara de carga propulsora para o propulsor gerado durante a combustão da carga propulsora, e um canal de detonação saindo também da câmara de carga propulsora, para detonar um sal produtor de fumo de granada de fumo, caracterizada por a câmara de car. ga propulsora (θ) estar dividida num espaço receptor (lô) para a carga propulsora (17) e um espaço de gás (18) que estão separados por um êmbolo (19) montado deslocavelmente na câmara de carga pro pulsora (8) e mantido na sua posição de partida num ponto de rotu ra (2l) predeterminado antes da detonação da carga propulsora (17), e por a abertura de escape (27) se ramificar a partir do espaço de gás (18).
2 - Cabeça de contacto de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por 0 êmbolo (19) ter uma perfuração de passagem (24) ligando o espaço receptor (l6) e o espaço de gás (18).
3 - Cabeça de contacto de acordo com as reivindicaçBes 1 e 2, caracterizada por a câmara de carga propulsora (8) estar concebida como uma unidade independente e adaptada para ser inserida lateralmente na cabeça de contacto (4).
4 - Cabeça de contacto de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por a câmara de carga propulsora (δ) se prolongar para ambos os lados do eixo central da cabeça de contacto (4).
5 - Cabeça de contacto de acordo com qualquer uma das reivindicaçSes anteriores, caracterizada por a câmara de carga pro pulsora (8) ter um alojamento (l0) em forma de pote cujo lado abejr to é fechado por uma tampa (11) na qual está situada a carga deto nadora (12) e através da qual são dirigidos os fios eléctricos (13), que conduzem desde a carga detonadora (12) aos anéis de cori tacto (14) e por o espaço receptor (16) e a carga propulsora (17) estarem adjacentes à tampa (ll). -9- 69 708 12057 POR
6 - Cabeça de contacto de acordo com qualquer de uma das reivindicaçSes anteriores, caracterizada por o êmbolo (l9) que separa o espaço receptor (16) e o espaço de gás (18) ter um desenho em forma de pote e circundar com as suas paredes, pelo menos, parte do espaço receptor (16) para a carga propulsora, assentando o êmbolo (19) através da sua parede lateral contra a parede interior da câmara de carga propulsora (8), e por o ponto de rotura (2l) predeterminado ser proporcionado na zona da parede la teral do êmbolo.
7 - Cabeça de contacto de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por o êmbolo (19) ser mantido com a sua extremidade aberta na câmara da carga propulsora (8) (em 20), e por o ponto de rotura (21) predeterminado ser formado por um enfraquecimento do material na parede lateral do êmbolo (19).
8 - Cabeça de contacto de acordo com qualquer uma das reivindicaçSes anteriores, caracterizada por o espaço de gás (18) na zona (26, 26*) do seu fundo (25) e/ou do êmbolò (19, 19') no seu lado em frente do fundo (25) do espaço de gás (18) serem concebidos de tal forma que o êmbolo (19, 19') abranda na zona do fundo (25) quando ocorre um deslocamento na câmara da carga propulsora (8) produzido pelo propulsor gerado durante a combustão da carga propulsora (l7).
9 - Cabeça de contacto de acordo com a reivindicação 8, caracterizada por o espaço de gás (18) adelgaçar na zona do seu fundo (25) em direcção ao último (bisel 26).
10 - Cabeça de contacto de acordo com as reivindicaçães 8 ou 9, caracterizada por 0 êmbolo (19') ter uma nervura periféri ca deformável (4l) no seu lado em frente do fundo (25) do espaço de gás (18).
11 - Cabeça de contacto de acordo com qualquer uma das reivindicaçSes anteriores, caracterizada por a abertura de escape (27) que se ramifica a partir do espaço de gás (18) estar disposta descentrada na cabeça de contacto (4). 69 708 12057 POR -10-
12 - Cabeça de contacto de acordo com qualquer uma das reiuindicações anteriores, caracterizada por o canal de detonação (30) que se ramifica a partir da cSmara de carga propulsora (8) ser coberto pelo êmbolo (19) na sua posição de partida. Lisboa, ií. em iqgç Por NICO-PYROTECHNIK HANNS-OURGEN DIEDERICHS GmbH & Co. KG