PT89896B

PT89896B - Processo para decapar uma camada de tinta de superficie de um corpo tal como um suporte ou estrutura, e instalacao para a realizacao do processo

Info

Publication number: PT89896B
Application number: PT89896A
Authority: PT
Inventors: Bernasconi Attilio
Original assignee: Sio Soc Perl Ind Del Ossigeno; Beta Ricerche & Sviluppi
Priority date: 1988-03-04
Filing date: 1989-03-03
Publication date: 1994-05-31
Also published as: EP0331582B1; DE68917498T2; AU602285B2; US5064475A; JPH0214778A; EP0331582A3; IT1215993B; EP0331582A2; BR8901007A; PT89896A; DK98489D0; AU3094589A; ES2063150T3; ATE110035T1; IT8819652A0; DE68917498D1; KR890014702A; ZA891591B; NZ228174A; DK98489A

Description

Descrição referente à patente de invenção de SIO, SOCIETA PER L'INDUSTRIA DELL ¹OSSIGENO E DI ALTRI GAS, italiana, industrial e comercial, com sede em Via Capa elastro 69, 20148 Milan, Itália e de BETA RICERCHE SVI1UPPI DI ATTILIO BERNAS CONI C. S.A.S., italiana, industrial e comercial, com sede em Via Cadutti, 6, 28015 ALZATE di M0M0/N0, Itália, (inventor: Bemasconi Attilie, residente na Itália), para PROCES SO PARA DECAPAR UMA CAMADA DE

TINTA DE SUPERFÍCIE DE UM CORPO TAI COMO UM SUPORTE OU ESTRUTURA, E INSTALAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DO PROCESSO.

DESCRIÇÃO

No plano técnico conhece-se o proble ma da decapagem de uma camada de tinta dum objecto, para poder reenvemizá-lo convenientemente ou para retirar a pintura, quando esta for passageira ou inevitável.

Na presente descrição, e para simpli ficação, a técnica para decapar uma camada de tinta dum objecto será definida pelo termo decapagem.

Ro que se refere ao problema, objecto da presente invenção, sabe-se por exemplo, cue após vários ciclos de trabalho, as estruturas das instalações de pintura devido à espessa camada de tinta acumulada que, por um lado comporta uma utilização excessiva de tinta e, por outro lado um desperdício quanto ao consumo de calor na reacção da polimerização no estado da cozedura no forno da referida tinta.

Existem, aliás, outros problemas como os importantes aumentos de peso e o isolamento térmico progressivo das estruturas que tomam todos os métodos de envernizamento electrostático ineficazes. E então necessário substituir as estruturas ou decapar as camadas de verniz que aí estão acumuladas para lhes conferir o seu aspecto de origem graças, nomeadamente, à decapagem.

Vários métodos de decapagem são já conhecidos:

Por exemplo o pedido de patente italiano n9 20915 A/86, é conhecido por decapar as camadas de tin ta que cobrem um suporte partindo estas camadas por arrefecimento a baixas temperaturas com gases líquidos e efectuando, eventualmente, uma acção mecânica correspondente à decapagem definitiva.

Esta técnica de imersão no gás líaui do é relativamente eficaz mas pode apresenrar, muitas vezes, aspectos anti económicos quanto à utilização e ao consumo em grandes quantidades do referido gás e a necessidade de uma acção mecânica prolongada com, por consequência, despesas de instalação e de gestão.

objectivo da presente invenção é propor um processo aperfeiçoado de decapagem das camadas de tinta, permitindo uma diminuição ou mesmo, em certos casos, uma eliminação da quantidade de gás líouido necessária à decapagem ou do tempo de retenção do suporte no gás.

outro objectivo da invenção é redu zir ou, em certos casos, eliminar a acção mecânica propriamen2 te dita de acabamento efectuada por uma decapagem total da camada de tinta.

Para atingir este objectivo e obter outras vantagens definidas mais adiante, a presente invenção propõe um processo para decapar, da superfície de um suporte, uma camada de tinta que aí se formou e endureceu, caracterizada por uma fase de pré-tratamento do suporte antes da formação sobre este da referida camada de tinta a decapar, constituindo este tratamento em aplicar sobre o suporte um revestimento, escolhido entre os seguintes produtos: uma tinta de pré-tratamento à base de resinas vinílicas, e uma tinta à base de resinas de poliuretano.

Para a execução do processo de acordo com a invenção, utiliza-se, de preferência, como revestimen to, uma tinta de pré-tratamento à base de resinas vinílicas.

Tratar-se-á de preferência, de um produto líquido obtido com uma base de tinta vinílica num solvente tal como a acetona, o tolueno, e o xileno, ao qual se poderá acrescentar pó de alumínio metálico (ou outros metais ou não metais, condutores eléctricos) e obter, graças a solven tes clorados e a solventes sintéticos, uma viscosidade óptima.

Este produto será, de preferência, uma composição escolhida entre as seguintes:

tinta vinílica padrão	40-60%
tinta vinílica muito resistente	20-40%
solvente clorado	10-20%
solvente orgânico	5-20%

Este produto pode igualmente conter 1-5% de pó de alumínio ou outros materiais condutores de electricidade que asseguram o contacto eléctrico necessário para um envernizamento electrostáctico.

Este produto é inalterável nos banho,

de desengorduramento alcalino ou de fosfo-desengorduramento ácido, mesmo a uma temperatura de banhos de 70° C e já não os pode poluir. Suporta igualmente temperaturas do ar da ordem de 140°C para um tempo de retenção inferior a 10 minutos, sem alterar as suas próprias caracteristicas fisicoquímicas.

A aplicação do produto pode ser efec tuada por imersão do suporte que se deixa em seguida repousar durante alguns minutos. Pode-se também irrigar o suporte com o auxílio de uma pistola mista a ar e deixá-lo em seguida em repouso durante alguns minutos. Nos dois casos, a viscosidade do produto deve permitir um deposito da mesma espessura, 20 micra aproximadamente (viscosidade de 15-18 segundos sobre um copo Ford n24).

Este produto de pré-tratamento produz, graças à sua base vinílica, uma acção de anti-aderência, permitindo às camadas de tinta não aderir ao suporte. Estas caraeteristicas podem ser melhoradas pelas partículas de pó de alumínio que tomam o pré-tratamento heterogénio, diminuindo as aderências, quer entre o produto e o suporte quer entre as moléculas do produto.

Uma outra caracteristica do produto consiste em libertar, sob o efeito de calor de polimerização na base de cozedura da camada de tinta e graças a uma mistura de solventes, um gaz que, aumentando de volume, forma bolhas, de forma a que a superfície de aderência das camadas de pintura seja sensivelmente diminuída, podendo ir até cerca de 50%.

De acordo com uma outra via de execução do processo de acordo com a invenção, utilizar-se-á, como revestimento, uma tinta de pré-tratamento à base de resinas de poliuretanos.

Tratar-se-á, de preferência, de uma tinta em pó à base de resina de poliuretano aromático, de poli merização rápida, elevado valor tixotrápico (20 minutos x 1602

c);

Esta tinta de pré-tratamento pode

conter 5% de pó de alumínio e outros materiais condutores para assegurar o contacto eléctrico necessário ao envernizamento eiectrostático.

Este produto é inalterável em banhos de desengorduramento alcalino ou fosfo-desengorduramento ácido mesmo a uma temperatura de banhos de 705C e já os não pode poluir. Suporta também temperaturas do ar da ordem dos 2505C, para um tempo de retenção inferior a 10 minutos, sem alterar as suas próprias características fisico-químicas.

Este produto é em geral aplicado com sistema de pulverização electrostática que permitem um deposito de pelo menos 100 micra sobre o suporte bruto (após a polimerização). Este produto á polimerizado pela passagem ao ar a 130-1405C durante 5 minutos.

Este pré-tratamento produz uma camada de separação entre o suporte e a camada de tinta que se for ma em seguida. Com efeito, o produto, pela sua forte tixotropia, tem tendência a liquefazer-se no decurso da polimerização quer dizer que ele tem tendência a comportar-se mais como um termoplástico do que como um termo-endurecedor e assim tornar instável a aderência entre as camadas de tinta acumuladas sucessivamente. Por outro lado, o produto à base de poliuretano aromático liberta, no decurso da polimerização, compostos sobre a forma gasosa.

Estes gases, sob o efeito das camadas de tinta acumuladas sucessivamente sobre o suporte, não podem libertar-se na atmosfera e aumentar de volume sob o efei. to do calor, criando ao nivel da interface, entre o suporte e as camadas de tinta, uma zona porosa composta de células abertas, muito frágeis, tomando a camada de separação ainda mais instável.

Numa outra forma de execução do processo de acordo com a invenção, este comporta, além da fase definida anteriormente, uma fase de pré-tratamento do suporte antes da formação da camada de tinta a decapar.

- 5 Esta outra fase de pré-tratamento é um tratamento do suporte, com um ou vários ácidos, antes da fase pré-tratamento com o revestimento.

Tratando o suporte por imersão num banho ácido (por exemplo uma mistura devácidos fortes), provoca-se uma oxidação de toda a superfície do suporte o que facilita a aderência do revestimento que será aplicado.

Esta fase á sobretudo utilizada pelo suportes que, após numerosos tratamentos de saibramento, apresentam uma superfície irregular e sobre a qual o revestimento aderiria mais dificilmente.

De acordo com uma outra forma de exe cução do processo de acordo com a invenção, este compreende uma fase de reaquecimento do suporte sobre o qual já se formou a camada de tinta a decapar.

No decurso desta fase, apos a passagem num frono, o suporte é colocado numa corrente de ar cuja temperatura está compreendida entre 150 e 250^0 (de preferência entre 200 e 2202C), durante 10 a 30 minutos (20 minutos de preferência).

Esta fase provoca um aumento da quan tidade de gás formado no revestimento da fase de pré-tratamento e a sua carbonização, com formação de cinzas, estes efeitos contribuem para aumentar a instabilidade da camada de tinta a decapar.

processo de acordo com a invenção, após a fase pré-tratamento, com o revestimento, pode conduzir facilmente a fase final de contacto de suporte sobre o qual se formou a camada de tinta a decapar com pelo menos um gás liquefeito, tal como o azoto líquido, de acordo com a técnica descrita nó pedido de patente italiano n? 20915 A/86 anteriormente mencionado.

contacto, entre o suporte e o gás líquido criogénico, produz uma fragilidade com rotura da camada de tinta a decapar que pode conduzir a uma separação total

da referida camada. Se isso não se produz, completar-se-á a separação e a decapagem por uma acção mecânica, tal como a decapagem, por saibramento, a granulação, etc, manual ou automática .

A fase final de imersão no gás líqui do é preferível mas não indispensável.

Em particular, esta acção pode ser evitada logo que o revestimento da fase de pré-tratamento é uma tinta de pré-tratamento à base de resinas vinílicas. Neste caso, uma acção anti-aderente e o aumento do gás de polimerizai ção permitirão obter uma separação quase total da camada a decapar.

Compreender-se-á melhora invenção com o auxílio de um exemplo de realização, dado a título não limitativo:

EXEMPLO

Sobre um suporte especial, destinado a suportar peças a envernizar, procede-se a um pré-tratamento aplicando-lhes um revestimento cuja composição é a seguinte:

50% de tinta vinílica padrão

28% de tinta vinílica muito resistente 2% de pó de alumínio metálico

12% de solvente clorado (l,1,1-tricloretano)

8% de solvente 1,2-dicloropropano, tolueno

100%

Efectua-se a aplicação por imersão do suporte durante alguns minutos, num recipiente contendo a composição anteriormente mencionada.

A presente invenção tem igualmente por objecto uma instalação adequada à realização do processo descrito anteriormente.

à realiza tomática, tratar pa

Por exemplo, uma instalação adequada ção do processo da invenção compreende, na versão auum elevador no qual estão suspensos os suportes a ssando pelas fases operatórias seguintes:

- imersão de um recipiente perfeitamente isolado contendo o fluido criogénico durante o tempo necessário a esta f ase,

- passagem na granuladora com grânulos de calibre de 2-6 mm para decapar,

- secagem ao ar, do vapor de água de condensação sobre os suportes,

- acidificação num recipiente de ácido inoxidável contendo uma solução de ácidos fortes,

- repouso à temperatura ambiente, aplicação do pré-tratamento líquido por imersão e pulverização ou aplicação do pré-tratamento por pulverização electrostática,

- repouso à temperatura ambiente ou polimerização a 130-1402C durante 5 minutos,

- descarga, carga dos suportes.

Para as modalidades de construção, seguir-se-ão as normas de utilização e o emprego dos fluidos criogénicos de acordo com o pedido de patente n2 20915 A/86 citado.

Oe maneira geral, compreende-se que o processo de acordo com a invenção facilita muiro a decapagem de uma camada de tinta ou, de uma maneira geral, de todo o cor po a decapar que se forme sobre o suporte.

A acção de preparação do suporte é tal que reduz consideravelmente o consumo de azoto líquido ou de qualquer outro gás liquefeito apropriado necessário à decapagem, que reduz igualmente o tempo de retenção do suporte no recipiente de gás liquefeito, e, enfim, que reduz o conjunto da acção mecânica necessária à decapagem.

Claims

REIVINDICAÇÕES _ 1& _

Processo para decapar uma camada de tinta, depositada e endurecida sobre a superfície de um suporte, caracterizado por incluir nomeadamente uma fase de pré-tra tamento do referido suporte antes da formação da camada de tin ta a decapar, consistindo o referido tratamento na aplicação, sobre este suporte, de um revestimento escolhido entre os produtos seguintes: uma tinta de pré-tratamento à base de resinas vinílicas, uma tinta de pré-tratamento à base de resinas de poliuretano.

- 2& Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por incluir uma fase de decapagem da referida camada de tinta, realizada com uma fase final de imersão do referido suporte assim pré-tratado num gás liquefeito | escolhido entre os que têm a temperatura de ebulição igual ou inferior a -78°C.

_ 3a _

Processo de acordo com uma das reivindicações 1 ou 2, caracterizado por a referida fase de pré-tratamento do suporte ser precedida por uma fase de tratamento com um ou mais ácidos para oxidar a superfície do referido suporte.

- 4δ Processo de acordo com uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado por incluir uma fase de reaquecimento do referido suporte, após formação e endurecimen

- 10— to da tinta a decapar sendo a referida fase de reaquecimento efectuada, de preferência, a uma temperatura aue pode variar entre 150 e 25O°C.

- 5- Processo de acordo com uma das reivindicações de 1 a 4, caracterizado por incluir as seguintes fases sucessivas.

a) pré-tratamento do suporte por aplicação de um revestimento composto por uma tinta de pré-tratamento à base de resinas vinílicas,

b) formação da camada de tinta sobre o suporte e endurecimento desta por cozimento num forno,

- 6ê Processo de acordo com uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizado por incluir as seguintes fases sucessivas:

a) pré-tratamento do suporte por aplicação do revestimento,

b) formação e endurecimento da camada de tinta,

c) imersão do suporte num gás líquido escolhido entre os que têm a temperatura de ebulição igual ou inferior a -78°C.

- 7a _

Processo de acordo com uma das reivindicações de 1 a 6, caracterizado por incluir as seguintes fases sucessivas:

a) pré-tratamento do suporte com um ou mais ácidos,

b) pre—tratamento do suporte por aplicação do revestimento,

c) formação e endurecimento da camada de tinta,

d) imersão do suporte num gás líquido.

Processo de acordo com uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizado por incluir as seguintes fases sucessivas:

a) pré-tratamento do suporte por aplicação do revestimento,

b) formação e endurecimento da camada de tinta,

c) reaquecimento do suporte.

- 9& Processo de acordo com uma das reivindicações de 1 a 8, caracterizado por incluir as seguintes fases sucessivas:

a) pré-tratamento do suporte com um ou mais ácidos,

b) pré-tratamento do suporte com o revestimento,

c) formação e endurecimento da camada de tinta,

d) reaquecimento do suporte,

e) imersão do suporte num gás liquefeito.

- 10& Processo de acordo com uma das reivindicações de 1 a 9, caracterizado por incluir uma fase final de decapagem mecânica da camada de tinta.

- llâ Processo de acordo com uma das reivindicações de 1 a 10, caracterizado por o revestimento adequado ao pré-tratamento do suporte ser escolhido entre as tintas de pré-tratamento a base de resinas vinílicas, e/ou as tin tas de pré-tratamento à base de poliuretano.

Processo de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por a tinta de pré-tratamento se dissolver num ou vários solventes.

- 139 Processo de acordo com uma das reivindicações de 1 a 10, caracterizado por a composição incluir um produto de acordo com a reivindicação 11 ou 12, e um produto condutor de electricidade.

- 149 Processo de acordo ção 13, caracterizado por o referido produto posto por alumínio em pó.

com a reivindica, condutor ser com- 15§ Processo de vindicações de 11 a 14, caracterizado mento ser constituída por uma mistura e de tinta vinílica muito resistente.

acordo com uma das reipor a tinta de pré-trata de tinta vinílica padrão

--16& Processo de acordo com a reivindicação 15, caracterizado por o produto por incluir, 50% de tinta vinílica padrão, 28% de tinta vinílica muito resistente, 2% de alumínio em po, 12% de solvente clorado, 8% de 1,2—dicloropropano ou de tolueno.

- 17â Instalação para a execução do proces

- 13 so de acordo com uma ou mais das reivindicações de 1 a 10, caracterizada por incluir: uma granuladora, uma estação de secagem ao ar do vapor de água de condensação sobre os suportes, um recipiente contendo uma solução de ácidos fortes, uma estação de aplicação de revestimento por imersão ou aplicação por pluverização electrostática, uma estação de descarga-carga dos suportes.

As requerentes declaram que o prime_i ro pedido desta patente foi apresentado na Itália em 4 de Março de 1988, sob o n2 19652 A/88.