PT872172E

PT872172E - Processo de fabrico de um tubo de irrigacao gota a gota e goteira utilizada neste tubo

Info

Publication number: PT872172E
Application number: PT98106765T
Authority: PT
Inventors: Bruno Buluschek
Original assignee: Swisscab Sa
Priority date: 1997-04-18
Filing date: 1998-04-14
Publication date: 2001-05-31
Also published as: CN1200325A; DE69800409D1; US6179949B1; CN1081530C; AU6194598A; IL124071A; ES2153221T3; ATE197749T1; DE69800409T2; AU731773B2

Description

DESCRIÇÃO "PROCESSO DE FABRICO DE UM TUBO DE IRRIGAÇÃO GOTA A GOTA E GOTEIRA UTILIZADA NESTE TUBO" A presente invenção refere-se ao fabrico de tubos de irrigação gota a gota.

Como é do conhecimento geral, tais tubos possuem a distâncias regulares, pequenos furos pelos quais a água pode escoar para o solo com um ligeiro débito. Este débito é fixado por limitadores de débito chamados "goteiras" montados no interior do tubo na direcção dos furos e que apresentam a forma de um pequeno bloco unido à superfície interior do tubo. A limitação do débito é assegurada por um labirinto formado no bloco. Uma descrição de uma tal "goteira" pode ser encontrada no pedido de patente EP 0 715 926 depositado pela requerente do pedido da presente invenção. É conhecido um processo de fabrico de tubos de irrigação gota a gota através da patente Norte-americana No. 5 324 379. Este processo consiste em conduzir as goteiras para o interior do tubo enquanto este é conformado numa extrusora ou numa instalação de extrusão, sendo as goteiras unidas à parede interior do tubo por meio de soldadura térmica, enquanto este está ainda quente à saída da extrusora. Para isso, as goteiras são introduzidas no tubo em conformação sendo puxadas por um fio com o qual se tornam solidárias lonqitudinalmente em pontos separados uns dos outros por uma distância igual à distância que vai separá-las no tubo uma vez acabado. A patente US citada prevê várias variantes para solidarizar as goteiras com o tubo. Uma das variantes, representada nas figuras 9 â 14 do documento, consiste em fazer nós no fio e dotar cada goteira com uma base de 1

condução fendida que se estende transversalmente à direcção de progressão da goteira na instalação. Por detrás destas bases, os nós do fio podem ser bloqueados para que uma dada goteira possa ser conduzida por aquela que a precede e que já foi tornada solidária com o tubo na fieira da extrusora. São feitos nós no fio numa zona de formação de nós na qual é tomado um pedaço do fio para criar cada nó, estando esta zona situada a montante de uma zona de distribuição das goteiras.

Este método apresenta um inconveniente grave que reside no facto dele poder ser apenas intermitente, quer dizer que para formar os nós, é necessário de cada vez parar o fio. Isto tem uma influência directa sobre a velocidade global de fabrico do tubo. As outras variantes descritas nesta patente americana e que permitem solidarizar as goteiras com o fio apresentam todas o mesmo inconveniente, encarando mesmo o autor do documento a possibilidade de preparar previamente fios munidos de goteiras e enrolá-los em bobines de reserva. Para além do risco de ver o fio e as goteiras entrelaçados durante o desenrolamento da bobine, tem de se parar periodicamente o processo de fabrico para substituir uma bobine vazia por uma bobine carregada com um fio com goteiras, operação que não é mais satisfatória do que as outras variantes descritas. A invenção tem pois por objectivo proporcionar um processo de fabrico de tubos de irrigação gota a gota sem os inconvenientes acima citados e que permitem evitar todas as operações intermitentes no decurso do processo de fabrico de um tubo de irrigação. A invenção tem portanto por objectivo um processo tal como definido nas reivindicações 1, 12 e 14 assim como uma goteira tal como definida na reivindicação 16. 2

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Resulta das características deste processo que as goteiras são tornadas solidárias com o fio no decurso de uma operação que pode ser feita enquanto as goteiras progridem em continuo para a extrusora. Esta operação pode ser feita à mesma velocidade que o tubo é produzido, sendo o fio igualmente conduzido a esta mesma velocidade.

Outras caracteristicas e vantagens da invenção aparecerão no decurso da descrição que se segue, apresentada unicamente a titulo de exemplo e elaborada com referência aos desenhos anexos nos quais: - a figura 1 é uma vista em perspectiva de um troço de tubo de irrigação gota a gota de acordo com a invenção; - a figura 2 é igualmente uma vista em perspectiva, a uma maior escala, de uma goteira utilizada no tubo de irrigação de acordo com a invenção; - as figuras 3A e 3B representam vistas esquemáticas parciais e em alçado, de uma instalação que permite realizar o processo de fabrico de um tubo de irrigação de acordo com a invenção; - a figura 4 é uma vista em corte transversal e a grande escala, efectuado segundo a linha IV-IV da figura 3A; - a figura 5 é uma vista em corte transversal efectuado segundo a linha V-V da figura 3B à mesma escala desta; - a figura 6 representa uma variante da realização de uma zona de espera que permite realizar o processo da invenção; e - a figura 7 é uma variante da realização da instalação que permite a realização do processo da invenção. 3

V"·' A figura 1 mostra um tubo de rega ou de irrigação 1, de material plástico, por exemplo de polietileno, que apresenta, regularmente, furos 2 pelos quais a água pode escoar com um pequeno débito para regar os vegetais 3. São fixadas goteiras 4 no interior do tubo 1 na direcção de cada furo 2, sendo a sua estrutura mais claramente vista na figura 2.

Cada goteira 4 tem a forma geral de um pequeno bloco oco alongado de material plástico de forma geral paralelepipédica cuja superfície 5, destinada a ser contígua à parede do tubo 1, é curvada para se encaixar nesta parede quando a goteira 4 é posicionada. É formada nesta superfície 5 uma câmara de recolha 6 que comunica com um furo 2 do tubo 1 e com passagens 7 que desembocam numa cavidade 8 (visível somente na figura 4) delimitada pelo bloco da goteira 4. Nesta superfície 5 são igualmente cavados canais que formam um labirinto 7a e 7b que ligam a câmara de recolha 6 às passagens 7. São fixadas no tubo acabado, as goteiras 4, de preferência por soldadura térmica, em toda a sua superfície 5 na face interna do tubo 1. A câmara de recolha 6 desemboca então no furo 2 por onde a água se pode escoar com um débito determinado por construção através do labirinto formado pelos canais 7a e 7b.

De acordo com a invenção, cada goteira 4 apresenta dois entalhes 9 previstos em bases formadas, no exemplo, pelas paredes de extremidade respectivas que delimitam a cavidade 8 na goteira 4. Cada entalhe 9 é aberto para o interior do tubo 1 quando a goteira 4 é nele montada. Será visto em seguida que a largura deste entalhe 9 é definida com cuidado para cumprir uma das funções essenciais da invenção. É de notar que, de acordo com uma variante, o corpo da goteira 4 poderia apresentar somente um entalhe 9 ou, eventualmente, mais de dois entalhes repartidos ao longo do comprimento das paredes ou suportes transversais que atravessam a cavidade 8. 4

Deve notar-se na figura 1 que o comprimento de cada goteira 4 6 designado por 1, enquanto que o passo pelo qual as goteiras 4 se repetem no sentido longitudinal do tubo 1 é indicado por d.

Vai em seguida descrever-se o processo e a instalação que permitem fabricar um tubo tal como o que é representado nas figuras 1 e 2.

As goteiras 4 da forma representada na figura 2 e fabricadas previamente, são conduzidas para 10 (figura 3A), por exemplo a partir de uma placa vibratória bem conhecida (não representada nos desenhos). Posicionadas longitudinalmente, elas seguem um trajecto· rectilineo sucedendo-se e estando em contacto umas com as outras. Elas são assim introduzidas numa primeira zona de transporte ou lagarta 11. Esta lagarta 11 compreende uma correia sem fim superior 12a e uma correia sem fim inferior 12b cujos ramos inferior e superior respectivos são paralelos e mantidos afastados um do outro de uma distância ligeiramente inferior à espessura de uma goteira 4. Dado que as correias 12a e 12b são por consequência actuadas de modo a que os seus ramos respectivos inferior e superior se desloquem no sentido das setas Fa e Fb, as goteiras 4 são conduzidas longitudinalmente (ver a parte esquerda da figura 3A). A lagarta 11 destina-se a imprimir às goteiras 4 uma velocidade de progressão pré--determinada que é de preferência fixada pela relação seguinte:

Vchii = Vi*l/d

Na qual:

Vchll Vi 1, d velocidade de avanço da lagarta 11, Velocidade de fabrico do tubo 1, valores das distâncias acima indicadas 5

A primeira lagarta 11 é seguida de um guia de transferência 13 formado por um bloco no qual existe uma passagem 14 com uma secção rectangular transversal sensivelmente igual à secção transversal de uma goteira 4. 0 guia 13 é seguido de uma zona de solidarização 15 das goteiras 4 sobre um fio 16. Esta zona 15, chamada de ora em diante de segunda lagarta, compreende três correias sem fim 15a, 15b e 15c (ver também a figura 4), a saber uma correia superior 15a e duas correias inferiores 15b e 15c, sendo estas últimas colocadas lado a lado por baixo da correia superior 15a e tendo cada uma delas uma largura um pouco inferior à largura desta última. A correia superior 15a é actuada no sentido da seta Fc e as correias inferiores 15b e 15c são actuadas no sentido da seta Fd. 0 ramo inferior da correia 15a está situado a certa distância dos ramos superiores das correias inferiores 15b e 15c, de modo a criar um intervalo entre eles cuja altura é um pouco inferior à espessura de uma goteira 4. 0 comprimento activo da segunda lagarta 15 é de preferência aproximadamente igual à soma do comprimento 1 e da distância d tal como acima definidos. 0 fio 16 é desenrolado de uma bobine 17 no sentido da seta Fe. Pode ter um diâmetro de 0,5 mm por exemplo, e ser feito de um material plástico tal como o polietileno ou o polipropileno. A zona de solidarização ou segunda lagarta 15 compreende igualmente uma roda de inserção 18 montada em rotação no sentido da seta Ff à volta de um eixo 19 transversal à direcção de progressão das goteiras 4. Esta roda 18 é formada por um disco 20 (figura 4) apresentando um bordo adelgaçado 21 que é conformado de modo a apresentar uma concavidade circular 22 com um raio correspondente sensivelmente ao raio 6

V

da secção do fio 16. A espessura do bordo 21 é de preferência de 0,4 mm. A roda de inserção 18 é colocada relativamente à segunda lagarta 15 de modo a que a sua parte periférica rode entre as correias inferiores 15b e 15c, e que a concavidade 22 esteja situada acima do plano formado pelos ramos superiores destas correias. Além disso, os entalhes 9 formados nas paredes de extremidade das goteiras 4 têm uma largura que é superior ao diâmetro do fio 16. Assim, de acordo com um aspecto essencial da invenção, o fio 16, ao passar sobre a roda de inserção 18, é inserido nos entalhes 9 de cada goteira 4 que passa entre as correias 15a, 15b e 15c, o que se vê claramente na figura 4. Esta inserção provoca a introdução do fio 16 nestes entalhes 9 e assim a solidarização entre o fio 16 e a goteira 4. Deve notar-se que para facilitar a inserção, o entalhe 9 se alarga na direcção da roda 18. A segunda lagarta 15 é seguida de uma zona de colocação em espera 23 cuja primeira parte aparece na figura 3A, e uma segunda parte na figura 3B. Esta zona de colocação em espera 23 é essencialmente formada por uma régua 24 disposta longitudinalmente na direcção de avanço das goteiras 4. Ela apresenta em todo o seu comprimento uma ranhura longitudinal 25 com secção em forma de T invertido cuja placa transversal tem sensivelmente a mesma secção que uma goteira 4. Por baixo da régua 24, a ranhura 25 desemboca num volume delimitado por uma caixa 26 na qual é mantida uma depressão por aspiração (não representada) . Por cima da régua 24, a ranhura 25 comunica com a atmosfera através dos orifícios 27 dispostos regulamente a fim de assegurarem uma passagem de ar através da caixa 26. Na extremidade a jusante da régua 24, a ranhura 25 abre-se para cima através de uma abertura 28 de maior dimensão para deixar passar uma escova 29 suspensa por cima da régua 24 de modo a obstruir a ranhura 25. Assim, a escova 29 faz de freio da passagem para jusante das goteiras 4 a 7

qual é impedida pela escova 29 que apenas cede quando é exercida uma tracçâo suficiente sobre estas.

De acordo com um outro aspecto essencial da invenção, a zona de colocação em espera 23 permite formar uma fila de espera 30 constituída por um número pré-determinado de goteiras 4 que, sendo paradas pelo freio ou escova 29, se acumulam umas atrás das outras na régua 24, enquanto que o fio 16 forma aros 16a como representado nas figuras 3A, 3B e 5. A zona de colocação em espera 23 compreende igualmente uma sonda 31 capaz de, através de uma outra abertura 32 fazendo comunicar a ranhura 25 com o ar livre, detectar a presença de uma goteira 4 neste local e de contar o número de goteiras 4 que se encontram na zona de colocação em espera 23. A sonda 31 é ligada a um dispositivo de comando 33 destinado a regular, em função do número de goteiras 4 que se encontram na zona de espera 23, a velocidade de um motor de actuação 34 das correias 15a, 15b e 15c e da roda de inserção 18 na zona de solidarização 15. O acoplamento mecânico entre o motor 34 e as correias 15a, 15b e 15c está representado a traços mistos na figura 3A. A velocidade de passagem das goteiras 4 na zona de solidarização 15 é ajustada a um valor VD igual à velocidade V2 de extrusão do tubo 1 aumentada ou diminuída de um valor de correcção variável C em função do sinal fornecido pela sonda 31. Além disso, o comprimento das correias 15a, 15b e 15c é escolhido de modo a ser sensivelmente igual ao valor d+1 (ver figura 1). Estas disposições permitem manter sempre um número determinado de goteiras 4 na fila da espera 30. A instalação de acordo com a invenção compreende igualmente uma zona de extrusão 35. Esta zona compreende uma cabeça de extrusão 36 que recebe material plástico fundido numa câmara de fusão (não representada), e fornece uma forma 8

/ intermédia de tubo 37 a uma fieira ou calibrador 38. Dai o tubo 1 conformado pa33a numa zona do arrefecimento 39, depois numa zona de tiragem regulada e numa zona de perfuração (não representadas). Nesta última, o tubo 1 arrefecido é furado regularmente na direcção das câmaras de recolha 6 das goteiras 4. Sendo estas três zonas de instalação bem conhecidas pelos especialistas, elas não são aqui descritas em pormenor. A cabeça de extrusão 36 é atravessada por uma passagem 40 através da qual se estende uma placa 41 de suporte das goteiras 4. De igual modo, a fieira 38 apresenta uma passagem central 40 na qual se estende a parte a jusante da placa 41. Esta destina-se em primeiro lugar a permitir a transferência das goteiras 4 para a fieira 37 e, nesta, a assegurar uma pressão de aplicação das goteiras 4 contra a parede interna de forma intermédia do tubo 1, garantindo esta pressão uma boa soldadura térmica das goteiras 4 à parede do tubo 1.

De acordo com um outro aspecto importante da invenção, a placa 41 está equipada com uma terceira lagarta 43 constituída por uma correia sem fim 4 4 cujo ramo superior passa numa ranhura longitudinal 45 da placa 41, de modo a que a sua superfície superior fique à face da superfície superior desta. A correia sem fim 44 passa igualmente num dispositivo motor 46 e sobre calhas de passagem 47, 48 e 49, enquanto o ramo inferior passa numa ranhura 50 praticada na superfície inferior da placa 41. O dispositivo motor 46 está disposto de forma a pôr em movimento a terceira lagarta 43 à velocidade V2 de extrusão do tubo 1. A terceira lagarta 43 proporciona uma vantagem particular, sobretudo quando a parede do tubo 1 apresenta uma espessura relativamente baixa. Com efeito, a terceira lagarta 43 tem a função de reduzir consideravelmente o atrito sofrido pelas goteiras 4 devido ao seu deslizamento sobre a placa 41, quando elas passam na zona do calibrador 38 onde são fixadas - 9 - "7 Γ'

sobre ο tubo 1. Isto é importante na medida em que o tubo 1 deve transmitir a força de tracção às goteiras 4 e ao fio 16 permitindo a sua marcha após a fila de espera 30, podendo a pressão à qual as goteiras 4 são levadas a aderir a quente à parede do tubo 1 ser relativamente importante.

Em resumo, constata-se que, graças ao processo de acordo com a invenção, o fabrico do tubo de irrigação pode decorrer sem qualquer descontinuidade, sobretudo sem aceleração, nem desaceleração inoportunas dos elementos em movimento da instalação e do tubo em conformação.

Deve notar-se que de acordo com uma variante da realização da instalação, a zona de colocação em espera 23 pode ser substituída por um dispositivo articulado 60 tal como o representado na figura 6. Este dispositivo articulado 60 compreende classicamente duas roldanas fixas 62 e 63 entre as quais é intercalada uma roldana móvel 64 ligada a uma primeira extremidade de um braço 65 articulado pela sua segunda extremidade sobre uma bancada B. O braço 65 é chamado a afastar as roldanas fixas graças a meios de tracção 66 constituídos por uma mola. Estes meios de tracção 66 podem igualmente ser constituídos por um contrapeso fixo em relação ao eixo de articulação do braço 65 sobre uma parte oposta à que conduz a parte móvel 64. 0 fio 16 que conduz as goteiras 4 provenientes da segunda lagarta 15 é portanto desviado pela roldana fixa 62 que contorna a roldana móvel 64, e é de novo desviado para a zona de extrusão 36 pela segunda roldana fixa 63. 0 dispositivo articulado 60 está associado a primeiros meios de guiar 68 fixos sobre a bancada B, e a segundos meios de condução 69 móveis, solidários com o braço 65. Os meios de guiar fixos 68 estão dispostos entre a primeira roldana fixa 62 e a roldana móvel 64, enquanto que os meios de guiar móveis 69 estão dispostos entre a roldana móvel 64 e a segunda roldana fixa 63. Estes meios de guiar 68, 69 são essenciais para impedir 10 qualquer rotação das goteiras 4 sobre si mesmas antes da entrada na zona de extrusão. Graças a este dispositivo articulado 60, a velocidade de passagem das goteiras 4 pode ser assim ajustada em função da velocidade de extrusão.

Representou-se na figura 7 uma outra variante de realização da instalação na qual os mesmos elementos que foram descritos relativamente às figuras anteriores são designados pelas mesmas referências numéricas.

De acordo com esta variante, a zona de colocação em espera 23 foi omitida e substituída por uma ranhura longitudinal semelhante à ranhura 25 descrita nas figuras 3A e 3B. A lagarta 15 foi além disso encurtada de modo a que pelo menos uma única goteira 4 seja de cada vez conduzida pelas correias 15a e 15b. Tipicamente, o comprimento activo da lagarta 15 é igual a três vezes o comprimento de uma goteira 4. Nesta variante, o fio 16 é retirado da bobine 17 sem tensão por exemplo por desenfiamento. 0 fio 16 que contém as goteiras 4 é portanto apenas conduzido pelo tubo que acaba de ser conformado ao qual as goteiras são fixadas. Isto torna-se possível na medida em que o fio é retirado sem tensão da bobine 17, as goteiras têm um peso muito baixo e o coeficiente de atrito das goteiras na ranhura 25 é muito baixo. Assim, após a ligação do fio à goteira, esta última é conduzida pela lagarta 15 a uma velocidade V sensivelmente superior a VI ou V2. Como V é superior a VI ou V2, é criado no fio uma pequena zona frouxa entre a lagarta 15 e a zona de extrusão. Logo que a goteira que é fixada no fio sai da lagarta 15, o fio que contém as goteiras 4 apenas é conduzido pelo tubo à velocidade V2. A lagarta 15 conduz portanto apenas a goteira 4 antes e após a sua fixação sobre o fio, mas nunca apenas o fio.

Lisboa, 16 de Fevereiro de 2001

__XAGENT^OFICIAL DA PROPRJEDADE INDUSTRIAL 11

Claims

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REIVINDICAÇÕES Processo de fabrico de um tubo de irrigação gota a gota (1), que consiste em: - fabricar goteiras (4), - tornar as referidas goteiras (4) solidárias longitudinalmente com um fio (16) posicionando-as regularmente ao longo deste, - introduzir o referido fio (16) no interior do referido tubo (1) quando este é conformado numa extrusora ou zona de extrusão (36, 38) de modo a ai conduzir as goteiras (4) umas após outras, - fixar a quente as referidas goteiras (4) à parede interior do tubo (1) à medida da sua conformação, permitindo a solidarização fazer progredir o fio (16) e as goteiras ao mesmo tempo que o tubo (1), e - arrefecer o referido tubo (1) e perfurar este na direcção de cada goteira (4) para o fazer comunicar com o exterior, - sendo o referido processo caracterizado por consistir igualmente em: - dotar as referidas goteiras (4) com meios de fixação (9) durante o seu fabrico, e - inserir o referido fio (16) nos referidos meios de fixação (9) a fim de obter a solidarização das goteiras (4) ao referido fio (16) antes da sua introdução no referido tubo (1).
2. Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por os referidos meios de fixação (9) compreenderem pelo menos uma base, saída da conformação com o corpo da goteira (4) do lado deste corpo oposto à parede (5) pela qual este aderirá ao referido tubo (1) e transversalmente à direcção de progressão do referido fio (16), durante a 1 07

conformação do referido tubo (1), sendo a referida base provida com um entalhe (9) cuja largura é inferior ao diâmetro do referido fio (16) .
3. Processo de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por a largura do referido entalhe (9) ser fixada sensivelmente a 0,8 vezes o diâmetro do referido fio.
4. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 2 e 3, caracterizado por consistir igualmente em: - conduzir as referidas goteiras (4) em sucessão numa primeira lagarta (15) que compreende uma correia superior (15a) e duas correias inferiores (15b, 15c) animadas de movimentos conjugados, sendo as referidas correias inferiores (15b, 15c) colocadas lado a lado por baixo da correia superior (15a) e sendo as referidas goteiras (4) inseridas no intervalo existente entre estas correias, - desenrolar o referido fio de uma bobine (17) fazendo-o passar por uma parte da periferia de uma roda de inserção (18) cujo bordo periférico (21) é côncavo na parte (22) e que entra no referido intervalo existente entre as duas correias inferiores e que está animado de um movimento de rotação coordenado com os movimentos das referidas correias (15a, 15b, 15c), - progredindo as referidas goteiras (4) no intervalo e sendo posicionadas de modo a que o referido entalhe (9) esteja sobre o referido bordo periférico (21) de tal maneira que o referido fio (16) seja fixado no entalhe de cada goteira quando esta passa por cima da referida roda (18).
5. Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por sendo 1 o comprimento de cada goteira (4) e d o passo com o qual as referidas goteiras se repetem no sentido 2

longitudinal do tubo (1), o comprimento da referida primeira lagarta (15) ser sensivelmente igual a 1+d.
6. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, caracterizado por consistir igualmente em formar uma fila de espera (30) constituída por um número pré-determinado de goteiras (4), após a sua solidarização ao referido fio (16) e antes da sua introdução no referido tubo (1).
7. Processo de acordo com as reivindicações 4 e 6 tomadas em conjunto, caracterizado por consistir igualmente em: - controlar o número de goteiras (4) colocadas na referida fila de espera (30); e - fazer variar a velocidade da progressão das goteiras (4) na referida primeira lagarta (15) e a do mencionado fio (16) sobre a referida roda (18) em função deste número.
8. Processo de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a referida velocidade de progressão ser igual à velocidade de extrusão do referido tubo (1) diminuída ou aumentada de um factor de correcção definido em função do referido número de goteiras na fila de espera (30).
9. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 5 a 8, caracterizado por consistir igualmente em: - introduzir as referidas goteiras (4) na referida primeira lagarta (15) a uma velocidade sensivelmente igual a V=Vi*l/d, sendo Vi a velocidade de progressão com a qual o referido tubo (1) sofre a referida operação de arrefecimento.
10. Processo de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 9, caracterizado por consistir igualmente em: - fazer progredir as referidas goteiras (4) na referida extrusora (36, 38) sobre uma segunda lagarta (43) que 3

atravessa longitudinalmente esta e se estende sensivelmente entre a entrada desta extrusora e um ponto onde as goteiras (4) aderem à parede interior do referido tubo (1); e fazer progredir a referida lagarta (43) a uma velocidade sensivelmente igual à velocidade de extrusão do referido tubo (1).
11. Processo de acordo com a reivindicação 10, caracterizado por consistir igualmente em pressionar as referidas goteiras (4) contra a referida parede a uma distância pré-determinada com a ajuda da referida segunda lagarta (43) .
12. Processo de fabrico de um tubo de irrigação gota a gota que consiste em: - fabricar goteiras (4), - tornar as referidas goteiras (4) solidárias longitudinalmente com um fio (16) posicionando-as regularmente ao longo deste, - introduzir o referido fio (16) no interior do referido tubo (1) durante a conformação deste numa extrusora (36, 38) de modo a nele posicionar as goteiras umas atrás das outras, - fixar a quente as referidas goteiras (4) na parede interior do tubo (1) à medida da sua conformação, permitindo a solidarização fazer progredir o fio e as goteiras ao mesmo tempo que o tubo, e - arrefecer o referido tubo (1) e perfurar este na direcção de cada goteira (4) para o fazer comunicar com o exterior, caracterizado por consistir em: - fazer progredir as referidas goteiras (4) na referida extrusora (36, 38) sobre uma lagarta (43) que atravessa longitudinalmente esta e se estende sensivelmente entre a entrada desta extrusora e um ponto onde as referidas 4

goteiras (4) aderem à parede interior do referido tubo (D; e - fazer progredir a referida lagarta (43) a uma velocidade sensivelmente igual à velocidade de extrusão do referido tubo (1).
13. Processo de acordo com a reivindicação 12, caracterizado por consistir igualmente em pressionar as referidas goteiras (4) contra a referida parede a uma distância pré-determinada com a ajuda da referida segunda lagarta (43). ·
14. Processo de fabrico de um tubo de irrigação gota a gota que consiste em: - fabricar goteiras (4), - tornar as referidas goteiras (4) solidárias longitudinalmente com um fio (16) posicionando-as regularmente ao longo deste, - introduzir o referido fio (16) no interior do referido tubo (1) durante a conformação deste numa extrusora (36, 38) de modo a nele posicionar as goteiras umas atrás das outras, - fixar a quente as referidas goteiras (4) à parede interior do tubo (1) à medida da sua conformação, permitindo a solidarização fazer progredir o fio (16) e as goteiras (4) ao mesmo tempo que o tubo, e - arrefecer o referido tubo (1) e perfurar este na direcção de cada goteira (4) para a fazer comunicar com o exterior, caracterizado por consistir igualmente em: - formar uma fila de espera (30) constituída por um número pré-determinado de goteiras (4) após a sua solidarização com o referido fio (16) e antes da sua introdução no referido tubo (1).
15. Processo de acordo com a reivindicação 14, caracterizado por consistir igualmente em: 5

- controlar o número de goteiras (4) colocadas na referida fila de espera (30); e - fazer variar a velocidade de entrada das goteiras (4) na referida fila de espera (30) em função deste número.
16. Goteira para um tubo de irrigação gota a gota (1) fabricado pelo processo tal como definido em qualquer das reivindicações 1 a 13, caracterizado por esta compreender um corpo oco de forma sensivelmente paralelepipédica e com meios (6, 7) formados neste corpo para obter uma passagem na qual a água se possa escoar com um baixo débito pré-determinado, caracterizada por apresentar igualmente meios de fixação (9) para um fio (16) ao qual se pode tornar solidária para permitir a sua progressão durante o fabrico do tubo.

Goteira de acordo com a reivindicação 16, caracterizada por os referidos meios de fixação (9) compreenderem pelo menos uma base, saida da conformação com o corpo da goteira (4) do lado deste corpo oposto à parede (5) pela qual ela aderirá ao referido tubo (1) e transversalmente à direcção de progressão do referido fio (16) durante a conformação do referido tubo (1), sendo a referida base provida de um entalhe (9) cuja largura é inferior ao diâmetro do referido fio (16).
18. Goteira de acordo com a reivindicação 17, caracterizada por a largura do referido entalhe (9) ser sensivelmente de 0,8 vezes o diâmetro do referido fio (16).
19. Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado por d ser o passo com o qual as referidas goteiras se repetem no sentido longitudinal do tubo (1), por o comprimento da referida primeira lagarta (15) ser inferior a d e por a bobine (17) ser desenrolada pelo movimento em fila. 6
20. Processo de acordo com a reivindicação 19, caracterizado por a progressão do fio (16), quando nenhuma goteira (4) se encontra presente primeira na lagarta (15), ser assegurada pela tracção exercida no fio pelo tubo através das goteiras que nele estão fixadas.

Lisooa, 16 de Fevereiro de 2001 ^AGENTE OFICIAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL 7