PT868181E

PT868181E - Utilizacao de alfa,alfa-difenilacetato de 4-(n-metil-piperidilo) como anti-espamodico analgesico

Info

Publication number: PT868181E
Application number: PT96943125T
Authority: PT
Inventors: Eckhart Pein; Helmut Ritter; Reinhard Laven
Original assignee: Eckhart Pein; Helmut Ritter; Reinhard Laven
Priority date: 1995-12-20
Filing date: 1996-12-14
Publication date: 2000-09-29
Also published as: WO1997022343A1; EP0868181B1; GR3033680T3; DK0868181T3; ES2148828T3; AU1195497A; US5897875A; DE59605367D1; JP2000502094A; ATE193445T1; DE19681129D2; EP0868181A1

Description

DESCRIÇÃO “UTILIZAÇÃO DE α,α-DIFENIL ACET AT O DE 4-(N-METIL--PIPERIDILO) COMO ANTI-ESPAMÓDICO ANALGÉSICO” A presente invenção tem como objectivo proporcionar uma substância que é apropriada para o tratamento de espasmos dolorosos da musculatura lisa na zona da cavidade abdominal, especialmente na cavidade peritonal, como cólicas da vesícula biliar, espasmos do estômago e dos intestinos, cólon inflamado, espasmo do piloro, assim como na cavidade retroperitonal como cólicas renais e cólicas provocadas por pedras nos ureteres.

Os conhecimentos até agora existentes sobre a actividade farmacológica do α,α-difenilacetato de 4-(N-metil-piperidilo), em seguida também designado “éster”, referiam-se principalmente à sua actividade colinolítica, que é já conhecida já desde o do ano de 1943 (J. Am. Chem. Soc. 65 (1943) 262-267). Na memória descritiva da patente alemã 42 05 843 C2 descreveu-se que o α,α-difenilacetato de 4-(N-metil--piperidilo) possui uma intensa acção espasmolítica neurotrópica, no músculo da bexiga que anatómica e fisiologicamente pertence às entranhas da bacia, assim como uma pequena activada colinolítica central.

No ensaio das outras propriedades farmacodinâmicas do α,α-difenilacetato de 4-(N-metil-piperidilo) verificou-se surpreendente e inesperadamente uma acção espasmolítica musculotrópica excelente sobre os órgãos da cavidade abdominal (“Cavitas abdominalis”) assim como excelentes propriedades analgésicas do composto. A invenção refere-se portanto à utilização de α,α-difenilacetato de 4-(N-metil- 2 -piperidilo) ou dos seus sais de ácidos orgânicos ou inorgânicos fxsiologicamente aceitáveis para a preparação de medicamentos para a terapia de estados de cólicas musculares dolorosas na zona da cavidade abdominal, especialmente de estados de cólicas na zona da cavidade peritonal como espasmo do piloro, cólica da bexiga, espasmos do estômago e dos intestinos, cólon inflamado assim como no espaço retroperitonal como cólicas de rins e cólicas provocadas por pedras nos ureteres. A utilização pode realizar-se na medicina humana e na medicina veterinária.

Exemplos de ácidos fisiologicamente aceitáveis utilizáveis são os ácidos orgânicos e inorgânicos usualmente utilizados na farmacologia tais como ácido clorídrico, ácido sulfurico, ácido fosfórico ou ácido carboxílico e ácidos dicarboxílicos. São exemplos de ácidos orgânicos apropriados ácido acético, ácidos gordos como ácido esteárico, ácido láurico, ácido oleico ou ácido palmítico, ácido glicólico, ácido láctico, ácido pirúvico, ácido malónico, ácido succínico, ácido fumárico, ácido málico, ácido tartánco, ácido cítrico, ácido ciclâmico, ácido ascórbico, ácido benzóico, ácido 4-hidroxibenzóico, ácido succínico, ácido salicílico, ácido mandélico; são também apropriados ácidos sulfónicos como ácido metanossulfónico, ácido etanossulfónico e ácido hidroximetanossulfónico. Os sais podem-se formar de acordo com a maneira de proceder usual.

Na Figura 1 está representada a acção espasmolítica musculotrópica do éster sobre a Taenia coli isolada da cobaia em comparação com a papaverina. Como espasmódico serviu cloreto de bário com uma concentração da solução do banho igual a 0,2 mg/ml. Está representada a acção da dose necessária para a espasmólise relativa. O valor de EC50 do éster foi igual a 12,6 pg/ml e atingiu a intensidade de acção da papaverina.

Foi especialmente inesperado e surpreendente o facto de que ο α,α--difenilacetato de 4-(N-metil-piperidilo) também possui uma intensa componente de acçao analgésica. Na Figura 3 é representada à acção do éster em comparação com a substância de referência Tramadol. A determinação da actividade analgésica do éster realiza-se com o auxilio da técnica da chapa quente (“hot plate”) usual. O éster mostrou, por aplicação subcutânea em ratos (20-25 g de peso corporal), uma acção analgésica dependente da dose que correspondeu à do Tramadol na sua intensidade de acção.

Os efeitos farmacodinâmicos surpreendentes e inesperados do α,α--difemlacetato de 4-(N-metil-piperidilo) caractenzam esta substância como um espasmolítico que possibilita um tratamento eficaz de estados de doença na zona da cavidade abdominal que se caracterizam por estados de cólicas musculares dolorosos (cólicas da vesícula biliar, espasmos do estômago e dos intestinos, inflamação do cólon, espasmos do piloro, cólicas renais e dos ureteres, tenesmos dolorosos por irradiação na zona abdominal e retroperitonal).

Na Figura 2 está representado o efeito analgésico do éster em comparação com Tramadol no ensaio da placa quente (“hot plate”) depois da aplicação subcutânea no rato. O carácter vantajoso do éter reside na circunstância de que a mencionada substância reúne em si a qualidade de acção de um analgésico com a de um espasmolítico que actua musculotropicamente. 4 O éster utilizado de acordo com a presente invenção pode ser administrado de diversas maneiras, por exemplo oral e parentericamente. Pode por exemplo ser ministrado sob a forma de pós, comprimidos, cápsulas, drageias, supositórios ou em suspensão aquosa ou oleosa. Seguidamente indicam-se alguns exemplos de formulações. O éster utilizado de acordo com a presente invenção pode ser empregado conjuntamente com outras substâncias terapeuticamente activas como antibióticos e agentes calmantes (tranquilizantes).

Exemplos 1. Comprimidos com 200 mg α,α-difenilacetato de 4-(N-metil-piperidilo) celulose microcristalina poli-(N-vinilpirolidona) reticulada transversalmente estearato de magnésio 20 mg 159 mg 20 mg 1 mg 2. Cápsulas com 300 mg α,α-difenilacetato de 4-(N-metil-piperidilo) cera de abelha amarela óleo de semente de soja óleo vegetal invólucro da cápsula 20 mg 10 mg 10 mg 160 mg 100 mg 5 3. Ampolas para inj ecção α,α-difenilacetato de 4-(N-metil-piperidilo) solução fisiológica de NaCl

Lisboa, 2 de Junho de 2000

Claims

1 Reivindicações 1. Utilização de α,α-difenilacetato de 4-(N-metil-piperidilo) para a preparação de medicamentos para o tratamento de estados de cólicas musculares dolorosas na zona da cavidade abdominal.

2. Utilização de acordo com a reivindicação 1 para a preparação de medicamentos para o tratamento de espasmos do piloro, cólicas da vesícula biliar, cólicas renais, cólicas provocadas por pedras nos ureteres, espasmos do estômago e intestinos, inflamação do cólon.

3. Utilização de acordo com a reivindicação 1 ou 2 conjuntamente com pelo menos uma outra substância terapeuticamente activa.

4. Utilização de acordo com a reivindicação 3, em que a outra substância terapeuticamente activa é um antibiótico ou um tranquilizante. Lisboa, 2 de Junho de 2000 O Aaonís Oí-cid c!a Procrbdade Industries

JOSÉ D/£ SAM3P>30> A.O.P.L Rr.c ?9S, r/c-Drt i-iLOÍL/yA 1 RESUMO “UTILIZAÇÃO DE a,a-DIFENILACETATO DE 4-(N-METBL--PIPERIDILO) COMO ANTI-ESPAMÓDICO ANALGÉSICO” Utilização de α,α-difenilacetato de 4-(N-metil-piperidilo) para o tratamento de estados de cólicas musculares dolorosas na zona da cavidade abdominal e para a preparação de medicamentos para o tratamento do estado de cólicas musculares dolorosas na zona da cavidade abdominal. Lisboa, 2 de Junino de 2000

A.O.P.I/ Rua do SftílíTe, 195, r/c-Brt. i2S0 LISBOA