PT86396B - Abertura de janela com vidraca movel para baixo e para cima para autocarros - Google Patents

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Description

A presente invenção refere-se a uma abertura de janela com vidraça móvel para baixo e para cima tendo duas posições de abertura, em particular para autocarros.
As aberturas das janelas de autocarros com vidraça móvel para baixo e para cima do tipo conhecido são geralmente constituídas por um caixilho fixo que envolve uma vidraça móvel e prolongado por uma vidraça fixa inferior; este conjunto é montado numa junta de caixilho destinada a ser fixada na carroçaria do carro.
Na travessa inferior do caixilho fixo está articulada a vidraça móvel para baixo e para cima. Em cada extremidade da vidraça prevê-se uma caixa, que é caixilhada nos quatro lados; cada uma destas caixas compreende um eixo em forma de chapa de suporte numa extremidade, com uma mola e um rolete que se deslocam sobre duas rampas recortadas, previstas em cada extremidade da travessa do caixilho fixo.
A vidraça móvel pode evoluir de uma posição de fecho para uma posição intermédia de abertura e desta para uma posição de abertura total.
Todavia, uma tal abertura de janela apresenta dois inconvenientes principais:
- o primeiro inconveniente reside no facto de as referidas rampas serem salientes para o interior da abertura da janela e constituírem um estorvo para a manobra dos estores
ou das cortinas eventuais;
- o segundo inconveniente reside no facto de estas rampas, estando geralmente colocadas à altura da cabeça dos
passageiros, constituirem zonas agressivas em caso de choques.
A presente invenção tem por objecto uma abertura de janela com vidraça móvel para baixo e para cima que tem uma posição de fecho e duas posições de abertura, isto é, uma posição intermédia de abertura e uma posição de abertura total, em especial para autocarros, que permite remediar os inconve nientes das aberturas de janela conhecidas.
A abertura de janela com vidraça móvel com duas posições de abertura, em especial para autocarros, segundo a presente invenção, é do tipo que compreende um caixilho fixo que envolve uma vidraça móvel para baixo e para cima e prolongado por uma vidraça fixa inferior, estando este conjunto montado numa junta de caixilho destinado a ser fixado em especial na carroçaria do carro; o caixilho fixo compreende na parte inferior uma travessa fixa na qual está articulada a vidraça móvel; esta última compreende um vidro provido de um manipulo de manobra e está selada numa base de apoio do vidro basculan te articulada na travessa fixa.
A originalidade da presente invenção reside no facto de a base inferior do vidro basculante compreender:
- por um lado, um nó longitudinal cilíndrico,
- por outro lado, duas ranhuras longitudinais paralelas ao referido nó e equidistantes deste.
e de a travessa fixa compreender:
- por um lado, uma ranhura longitudinal de articulação na qual está alojado o referido nó,
- por outro lado, uma garganta longitudinal em frente das referidas ranhuras e paralela à referida ranhura de articulação , e de moías de alfinete, associadas aos pares, serem montadas entre esta garganta e uma e a outra ranhura, respectivamente, e exercerem uma pressão sobre a parte inferior da vidraça basculante para levar a mesma, alternadamente:
- para uma posição intermédia de abertura, na qual as duas moías de cada par se encontram numa posição de equilíbrio de um lado e do outro de um plano que passa pela ranhura de articulação e pela garganta,
- para uma posição extrema de fecho ou de abertura total, na qual as duas molas de cada par se encontram de um mesmo lado do referido plano.
Mais particularmente, a travessa fixa é constituída:
- por um lado, por um perfilado em forma de cantoneira que compreende na face interna da sua aba vertical uma ranhura cilíndrica longitudinal de articulação,
- por outro lado, por uma peça que se aplica de maneira fixa no bordo livre da outra aba do perfilado, paralelamente à referida aba vertical, estando a referida peça aplicada provida de uma garganta longitudinal paralela à referida ranhura de articulação;
a extremidade superior da peça aplicada é, além disso, ligeiramente dobrada em cotovelo para o interior e terminada por um batente de amortecimento ao qual vai encostar-se o vidro da vidraça basculante na posição de abertura total.
De acordo com uma forma de realização, as molas são feitas de fio redondo de aço, dobrado em forma de S.
/
Segundo uma variante, as molas são feitas de fio redondo de aço dobrado em S numa das suas extremidades e em forma de S invertido na outra extremidade, sendo a altura do ramo em S igual à do ramo em S invertido e sendo além disso ligeiramente maior do que a distância entre a referida garganta e a ranhura, na posição extrema de fecho ou de abertura total da vidraça móvel.
Segundo uma outra variante, a altura de um dos ramos da mola é menor do que a do outro ramo, mas maior do que a distância entre a dita garganta e a ranhura, na posição intermédia de abertura da vidraça móvel.
De preferência, tua rolo titular está enfiado em torno da porção intermédia da mola ou de um dos ramos do S.
A seguir descreve—se a presente invenção com referência aos desenhos anexos, cujas figuras representam:
A fig. 1, uma vista de lado, em corte vertical, da abertura da janela com vidraça móvel para baixo e para cima para autocarros, segundo a presente invenção, mostrando a vidraça móvel na posição de fecho;
A fig. 2, uma vista de lado em corte, ampliada, da travessa do chassis fixo e do perfilado da base inferior da vidraça basculante, que mostra a vidraça móvel na posição intermédia de abertura;
A fig. 3, uma variante da fig. 2 que mostra a vidraça móvel na posição de abertura total; e
A fig. 4, uma vista de uma mola particular, utilizada segundo a presente invenção.
A abertura de janela de autocarro com vidraça móvel segundo a presente invenção compreende:
- 5 /
J
- um caixilho fixo (1),
- uma porta da janela ou vidraça móvel para baixo e para cima (2) , e
- uma vidraça fixa inferior (3)·
Caixilho fixo caixilho fixo (1) é realizado a partir de um perfilado de alumínio dobrado ou ensamblado com ângulos vivos por soldadura; uma junta de borracha (4) está montada numa ranhura feita para este efeito no perfilado do caixilho fixo para assegurar a estanqueidade quando a vidraça móvel se encosta ao caixilho.
Uma travessa fixa (5), também feita a partir de um perfilado de alumínio, é ensamblada por parafusos ou por soldadura pelas suas extremidades na base inferior do caixilho fixo. Esta travessa em forma de cantoneira compreende, ao longo de todo o comprimento da sua aba vertical (5a), uma ranhura cilíndrica (6) que permite a articulação da vidraça móvel .
Uma peça aplicada (7), feita também a partir de um perfilado de alumínio, está fixada por parafusos no bordo livre da outra aba (5b) da travessa, paralelamente à aba vertical (5a) de modo a constituir um conjunto monobloco. Esta peça aplicada compreende uma garganta longitudinal (8) feita para receber um dos ramos das moías (9,10) em forma de alfinete, cujo outro ramo actua na vidraça basculante, ou para encostar esta vidraça à junta de borracha (4) fixado no caixilho fixo, na posição de fecho, ou para encostar esta vidraça à junta de borracha (11), que serve de amortecedor, alojada numa ranhura (12) feita na extremidade livre (7a), dobrada
- ο / l para ο interior, do perfilado da peça aplicada (7), na posição de abertura total, ou para manter esta vidraça numa posição intermédia de abertura.
Vidraça móvel para baixo e para cima
A vidraça móvel (2) é constituída por uma vidraça (13) de vidro de segurança na qual está fixado um manipulo de manobra (14), estando o conjunto selado por uma junta de borracha de fixação ou por um mastique qualquer, numa ranhura (15) feita numa travessa basculante designada por base do vidro de basculamento (16),feita a partir de um perfilado de alumínio.
Esta última peça compreende:
- por um lado, um nó longitudinal cilíndrico (17) articulado na ranhura cilíndrica (6) da travessa do caixilho fixo,
- por outro lado, duas ranhuras longitudinais (18) e (19) paralelas ao nó (17) e equidistantes do mesmo e feitas na face anterior do perfilado da base ou parte inferior da vidraça (16), em frente da garganta (8) da peça aplicada (7) para receber respectivamente o segundo ramo das molas (9) e (10).
As molas são feitas de fio redondo de aço dobrado em forma de S; um dos ramos do S está alojado na garganta (8) da peça aplicada (7), enquanto o outro ramo do S está enfiado num rolo tubular e vai apoiar-se numa das ranhuras (18,19) do perfilado da base da vidraça (16); estas molas com a mesma ridigez são acopladas duas a duas e são comprimidas entre esta garganta e uma ou outra ranhura, respectivamente.
Segundo uma primeira variante, as molas (9) θ (10)
- 7 / saofeitas de fio de aço redondo, dobrado em forma de S numa das suas extremidades e em forma de S invertido na outra extremidade, sendo a altura do S igual à do S invertido.
Vidraça fixa inferior
A vidraça fixa inferior (3) é de vidro de segurança selado no bordo superior num entalhe (20) solidário com a parte inferior da travessa (5) do caixilho fixo, com o auxílio de uma junta de borracha de fixação ou de um mastique qualquer.
conjunto do caixilho fixo (1) com vidraça móvel (2) e a vidraça fixa inferior (3) está montado num anel de borracha de caixilho (21) que permite a fixação deste conjunto na carroçaria do autocarro da mesma maneira que um pára-brisas.
Em funcionamento, na posição intermédia (B) de abertura da vidraça móvel, representada na fig. 2, o par de molas (9,10) está na posição de compressão máxima e estas molas encontram-se de um lado e do outro do plano (Δ.) que passa pela ranhura de articulação (6) da travessa do caixilho fixo £ ou pelo nó de articulação (1?) da base da vidraça basculante (16)_7 e pela garganta (8) da peça aplicada (7) e a igual distância em relação e este plano; as forças exercidas por estas molas sobre a base de vidraça (16) são iguais e a sua resultante exerce-se segundo o plano (Z\) e anula-se com a força de reacção oposta pelo nó de articulação (17); o sistema encontra-se assim em equilíbrio e a vidraça móvel fica fortemente mantida nesta posição de semi-abertura.
Quando se manobra a vidraça móvel puxando o manipulo (14-) ou empurrando o mesmo, o par de molas (9,10) é deslocado para um só lado do plano (Δ) e a resultante das forças exercidas por estas molas tende a impelir a base da vidraça bas8
costar a vidraça móvel contra o batente (11), na posição de abertura total (C) (fig. 3) ou contra a junta (4) na posição de fecho (A) (fig. 1) conforme se puxa ou se empurra o manipulo (14).
De acordo com uma segunda variante representada na fig. 4, as molas (9) θ (10) são feitas de fio redondo de aço dobrado em forma de S numa das suas extremidades (9a) e em forma de S invertido na outra extremidade (9b) e, além disso, a altura do ramo em S invertido é menor do que a do ramo em
S e é ligeiramente maior do que a distância entre a garganta (8) da peça aplicada e a ranhura (18) ou (19) na posição intermédia de abertura da vidraça móvel; pelo contrário, a altura do ramo em S, que é a mais alta, é ligeiramente maior do que a distância que separa a garganta (8) da peça aplicada e a ranhura (18) ou (19) na posição extrema de fecho total da vidraça móvel. A porção intermédia da mola está além disso enfiada num rolete tubular (22) destinado a facilitar a oscilação da mola dentro da ranhura (18) ou (19) θ a reduzir o desgate da referida ranhura.
Assim, o ramo da mola mais curta não trabalha à compressão senão ao aproximar-se da posição intermédia de abertura da vidraça móvel na qual se apoia no fundo da garganta (8) da peça aplicada para reforçar a pressão exercida pelo ramo mais alto sobre o perfilado da base da vidraça (16) para melhor marcar esta posição; passada esta posição de equilíbrio, ela tenderá a afastar-se do referido fundo e deixa de exercer qualquer acção sobre a referida base da vidraça.
A título de exemplo não limitativo, o ângulo de aber- 9 / t
z tura intermédia da vidraça móvel é de 25° e o seu ângulo de abertura total é de 45°.
-ΙΟΙ.- Abertura de janela com vidraça móvel para baixo e para cima com duas posições de abertura, em particular para autocarros do tipo que compreende um caixilho fixo (1) que envolve uma vidraça móvel para baixo e para cima (2) e prolongada por uma vidraça fixa inferior (3), estando este conjunto montado numa junta de caixilho destinada a ser fixada na carroçaria do autocarro, compreendendo o caixilho fixo (1) na sua parte inferior uma travessa fixa (5) na qual está articulada a vidraça movei, que compreende um vidro (13) provido de um manipulo de manobra (14) e selado numa base da vidraça basculante (16) articulada na travessa fixa, sendo a referida abertura de janela caracterizada por a base da vidraça basculante compreender:
- por um lado , um nó longitudinal cilíndrico (17),
- e, por outro lado, duas ranhuras longitudinais (18,19) paralelas ao referido nó e equidistantes deste, por a travessa fixa compreender:
- por um lado, uma ranhura longitudinal de articulação (6) na qual está alojado o referido nó (17),
- por outro lado, uma garganta longitudinal (8) em frente das referidas ranhuras (18,19) e paralela ã referida ranhura de articulação, e por moías em forma de alfinete, associadas aos pares, estarem montadas entre esta garganta (8) e uma ou a outra das ranhuras (18,19), respectivamente, e exercerem uma pressão na base da vidraça basculante para levar a vidraça basculante,
-11/

Claims (6)

  1. alternadamente:
    - para uma posição intermédia de abertura na qual as duas molas (18,19) de cada par se encontram ruma posição de equilíbrio de um lado e de outro do plano que passa pela ranhura da articulação (6) e pela garganta (8), ou
    - para uma posição extrema de fecho ou de abertura total na qual as duas molas de cada par se encontram de um mesmo lado do referido plano.
  2. 2. - Abertura de janela de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por a travessa fixa (5) ser constituída:
    - por um lado, por um perfilado em forma de cantoneira que compreende, na face interna da sua aba vertical (5a), uma ranhura cilíndrica longitudinal de articulação (6),
    - por outro lado, por uma peça aplicada de maneira fixa no bordo livre da outra aba (5b) do perfilado , paralelamente ã referida aba vertical (5a), estando a referida peça aplicada provida de uma garganta longitudinal (8) paralela ã referida ranhura de articulação, sendo a extremidade superior da peça aplicada dobrada em cotovelo para dentro e terminada por um batente de amortecimento ao qual vai encostar-se o vidro da vidraça basculante na posição de abertura total.
  3. 3. - Abertura de janela de acordo com as reivindicações
    1 ou 2, caracterizada por as molas serem feitas de fio redondo de aço dobrado em forma de S.
  4. 4. - Abertura de janela de acordo com as reivindicações 1 ou 2, caracterizada por as molas serem feitas de fio redondo de
    -12/ de aço dobrado em forma de S numa das extremidades e em forma de
    S invertido na outra extremidade, sendo a altura do ramo em S igual ã do ramo em S invertido e sendo além disso ligeiramente maior do que a distância entre a referida garganta (8) e a ranhura (18) ou (19) na posição extrema de abertura ou de fecho totais da vidraça móvel.
  5. 5. - Abertura de janela de acordo com a reivindicação 4, caracterizada por a altura de um dos ramos da mola ser menor do que a do outro ramo mas maior do qae a distância entre a referida garganta (8) e a ranhura (18) ou (19) na posição intermédia de abertura da vidraça móvel.
  6. 6. - Abertura de janela de acordo com uma das reivindicações
    3 a 5, caracterizada por se enfiar um rolete tubular em torno da porção intermédia da mola ou de um dos braços do S.
    Lisboa, 17 de Dezembro de 1987 O Agente Oficial da Propriedade Industrial
    RESUMO
    Abertura de janela com vidraça móvel para baixo e para cima para autocarros
    A invenção refere-se a uma abertura de janela com vidraça móvel para baixo e para cima, em especial para autocarros, do tipo que compreende um caixilho fixo (1) que envolve uma vidraça (2) móvel para baixo e para cima e prolongada por uma vidraça fixa inferior (3).
    A parte inferior da vidraça basculante móvel para baixo e para cima compreende:
    - por um lado, um nó longitudinal cilíndrico (17) e
    - por outro lado, duas ranhuras longitudinais (18,19) paralelas ao referido nó e equidistantes deste, a travessa fixa do caixilho fixo compreende:
    - por um lado, um ranhura longitudinal de articulação (6) na qual está alojado o referido nó (17),
    - por outro lado, um garganta longitudinal (8) em frente das referidas ranhuras (18,19) e paralela ã referida ranhura de articulação.
    Molas de alfinete, associadas aos pares, estão montadas entre esta garganta (8) e uma e a outra ranhura (18,19), respectivamente .
    A vantagem da presente invenção reside no facto de a vidraça basculante poder evoluir alternadamente para duas posições ex-14 tremas de facto e de abertura total e para uma posição intermédia de semiabertura.
    Lisboa, 17 de Dezembro de 1987
    O Aaent» da Prorrisdade Industrial
PT8639687A 1986-12-19 1987-12-17 Abertura de janela com vidraca movel para baixo e para cima para autocarros PT86396B (pt)

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Publication Number Publication Date
PT86396A PT86396A (pt) 1989-01-17
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DE (1) DE3772952D1 (pt)
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FR2608527B1 (fr) 1989-04-28
EP0274320A1 (fr) 1988-07-13
ES2026193T3 (es) 1992-04-16
PT86396A (pt) 1989-01-17
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