PT823600E - Recipiente isotermico com reserva de frigorias - Google Patents
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Description
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DESCRICÃO “Recipiente isotérmico com reserva de frigorias” O invento refere-se a recipientes isotérmicos compreendendo, como descrito no documento FR-A-2 721 382, em relação ao qual foi definida a reivindicação 1, um compartimento criogénio disposto na parte superior do recipiente, por cima de um compartimento de conservação, que recebe os produtos que devem ser conservados a temperatura constante.
Presentemente, este compartimento recebe um reservatório, por exemplo, em forma de gaveta montada de modo deslizante em apoios deslizantes e destinado a conter um produto refrigerante, tal como o dióxido de carbono na fase sólida, quer dizer em neve, grânulos ou massa, cuja sublimação liberta gases frios, que compensam as entradas de calor através das juntas entre o recipiente e a sua porta e através do isolamento do recipiente.
Tais reservatórios devem poder assegurar a conservação de produtos frescos a uma temperatura positiva da ordem de +1 a +4°C, mas também a dos produtos congelados com uma temperatura negativa da ordem de -20° C.
Para evitar que os produtos frescos dispostos na proximidade do reservatório sejam congelados pelo ar que se resfria através do seu contacto, cujo interior está a -80°C, é necessário tomar precauções e, no caso de reservatório metálico, como descrito em FR-A-2 626 554, é acrescentado por baixo do reservatório uma placa de protecção de material isolante. Quando o reservatório é feito de material isolante, como está descrito em US 1 998 681 e FR-A-2 721 382, o fundo deste reservatório prolonga-se para além das dimensões do reservatório para formar uma placa de protecção.
Nos recipientes utilizados nos centros de armazenamento e de distribuição de produtos alimentares, tendo em vista a sua distribuição para os postos de venda, é feito cada vez mais a utilização de dióxido de carbono injectado na fase líquida no reservatório, de maneira a formar, neste reservatório e por expansão do líquido, uma quantidade de neve carbónica doseada em função da estação do ano e da duração prevista da conservação.
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Isso implica que ο reservatório resista à força do jacto de gás e da neve e disponha de meios que permitem a evacuação do gás, bem como de meios que retêm a neve, como está descrito em US 1 876 915 e EP-A-591 047.
Trata-se aqui, durante a fase de carregamento do reservatório de fluido criogénio, de evacuar o gás em excesso para fora do reservatório e do recipiente e não, como descrito em FR-A-2 721 382, durante a fase de conservação, de controlar e canalizar o gás formado pela sublimação deste fluido criogénio no reservatório para espalhar as frigorias no compartimento de conservação.
Devido a estas diversas restrições durante o carregamento, os reservatórios actualmente comercializados são pesados e caros, o que apresenta o inconveniente de limitar a aplicação desta técnica de conservação, mesmo tendo em conta a necessidade cada vez maior de satisfazer o regulamentação, que impõe uma conservação a temperatura constante, naquilo que está convencionado chamar-se a cadeia de frio, entre o entreposto e o local de venda dos produtos alimentares frescos ou congelados. A estes inconvenientes é preciso acrescentar os que resultam da injecção do dióxido de carbono em fase líquida no compartimento criogénio. Com efeito, esta injecção gera, para além da neve carbónica, uma forte emissão de gás carbónico, que pode ser nociva para o pessoal que carrega de modo permanente os compartimentos de diversos recipientes. Se este gás poder ser evacuado por um exaustor, a sua saída livre do compartimento é prejudicial ao ambiente de trabalho do pessoal.
Por outro lado, o gás evacuado é pura perda, porque não é recuperado, é misturado com o ar do local, em geral climatizado, o que trás consigo perdas de energia calorífica. O presente invento tem por objecto remediar estes inconvenientes, proporcionando um recipiente isotérmico com compartimento criogénio pouco caro de realizar, de pequena altura, que assegura uma boa difusão das frigorias, resistente à injecção do dióxido de carbono, que pode ser utilizado para a manutenção à temperatura dos produtos frescos e dos produtos congelados e que reduz as emissões de gás carbónico durante o seu carregamento. 3 86 478 ΕΡ Ο 823 600/ΡΤ
De acordo com ο invento, definido nas reivindicações, o reservatório do compartimento criogénio é estanque ao gás carbónico e está dividido interiormente por meios que retêm a neve carbónica e deixam passar o gás: • numa zona de armazenamento da neve carbónica, que comunica por um canal de alimentação com o meio de ligação à fonte de dióxido de carbono na fase líquida, e • uma zona de expansão do gás, que comunica com um canal de aspiração, o qual, disposto na parede frontal do reservatório e a uma distância do canal de aspiração, está munido de meios de ligação a uma conduta de aspiração do gás carbónico.
Com esta disposição, durante o carregamento do reservatório, por injecção de gás carbónico em fase líquida, a estanqueidade do reservatório confina o gás em excesso a este compartimento, o que evita a sua diluição no ar ambiente, assegura a protecção do pessoal e reduz o consumo de energia de ar condicionado no local do pessoal. Este gás que se expande no compartimento é imediatamente evacuado pela conduta de aspiração ligada ao compartimento e pode assim ser novamente recondicionado sem tratamento intermediário. Esta recuperação reduz a poluição e o custo de operação.
Vantajosamente, o reservatório é constituído pelo conjunto do compartimento criogénio e é delimitado pelas paredes do recipiente e, por um lado, por uma parede horizontal e isolante, que separa este compartimento do compartimento de conservação, e cujos bordos, respectivamente, laterais e traseiro, estão engatados em apoios deslizantes, respectivamente, laterais e traseiro do recipiente, para assegurarem o suporte, o isolamento e a estanqueidade ao gás e, por outro lado, por uma parede vertical anterior, a qual, isolante e solidária com a precedente, se encastra num encaixe anterior do recipiente e é atravessada peio canal de alimentação e pelo canal de aspiração, sendo estas duas paredes monolíticas e formando uma gaveta amovível.
Esta disposição permite reduzir as dimensões do compartimento criogénio e, por consequência, aumentar o volume de carregamento do compartimento de conservação.
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Numa forma de execução, a parede horizontal, que constitui o fundo do reservatório suporta um cesto de rede metálica, o qual, guarnecido interiormente por uma camada porosa ao gás, mas não à neve carbónica, está espaçado de todas as paredes vizinhas do recipiente, prolonga-se transversalmente apenas sobre uma parte da dimensão transversal da parede anterior, na zona desta parede atravessada pelo canal de alimentação, para formar o compartimento de expansão do gás em frente do canal de aspiração.
No caso de conservação de produtos frescos a uma temperatura entre 0°C e + 4°C o isolamento e a estanqueidade, assegurados pelo engate nos apoios deslizantes dos bordos da parede horizontal da gaveta, protegem eficazmente os produtos dispostos na câmara de conservação contra a acção dos gases frios, ao mesmo tempo esta parede horizontal limita a acção irradiante e assegura uma difusão suficiente e regular, que permite reduzir, com uma duração de conservação igual, a quantidade necessária de neve carbónica, portanto o custo energético da manutenção da temperatura fresca.
Numa outra forma de execução o reservatório é constituído por uma caixa metálica paralelepipédica, cujo fundo assenta sobre uma parede horizontal e isolante, a qual, separando o compartimento criogénio do compartimento de conservação, está engatada pelos seus bordos, respectivamente, laterais e traseiro, em apoios deslizantes de suporte, de isolamento e de estanqueidade, respectivamente, laterais e traseiro do recipiente, estando esta caixa munida de uma abertura anterior que se encaixa e fixa nas costas de uma parede vertical anterior, com capacidade de isolamento, solidária com a parede horizontal e que se encaixa num encaixe do recipiente, sendo esta parede atravessada pelo canal de alimentação de gás carbónico e pelo canal de aspiração e tendo, no prolongamento deste canal de aspiração, uma bucha cega, a qual, constituída por uma camada porosa aos gases mas não à neve carbónica, se prolonga para a caixa.
Esta disposição apresenta a vantagem de resistir, sem problemas à pressão de injecção, de simplificar a divisão do compartimento criogénio em dois volumes reservados, um à neve carbónica e o outro ao dióxido de carbono, e de facilitar a recuperação do gás em excesso.
Par melhor isolar o compartimento de conservação dos gases frios, provenientes quer do gás carbónico sublimado pela neve, quer do ar arrefecido pela acção irradiante desta neve, a parede horizontal é abraçada por uma junta
86 478 ΕΡ Ο 823 600/ΡΤ 5 estanqueidade ao gás, cujos troços laterais e traseiro cooperam com os fundos dos apoios deslizantes, respectivamente, laterais e traseiro do recipiente e cujo troço dianteiro, saliente da parede anterior vertical, coopera com a parte frontal do recipiente.
Por outro lado e para permitir, a partir de um mesmo reservatório, a conservação de produtos frescos e de produtos congelados, a parte superior do recipiente inclui, lateralmente, de cada lado e na sua parede posterior, dois apoios deslizantes sobrepostos, aptos a receberem os inferiores, os bordos da parede horizontal da gaveta, quando a mesma está na posição de conservação dos produtos frescos, e os superiores, os mesmos bordos, mas quando a gaveta está voltada de 180° com a caixa voltada para baixo.
Outras vantagens serão salientadas na descrição que segue com referência aos desenhos esquemáticos anexos, que representam, a título de exemplo, várias formas de execução do reservatório de acordo com o invento. A FIG. 1 é uma vista parcial em perspectiva explodida que mostra os diferentes elementos que compõem a reserva de frigorias, a FIG. 2 é uma vista parcial em corte transversal, as FIGS. 3 e 4 são vistas parciais em corte longitudinal, a FIG. 5 é uma vista em corte transversal de uma variante de realização do reservatório, a FIG. 6 é uma vista em perspectiva em corte parcial de uma outra forma de execução do reservatório, a FIG. 7 é uma vista em corte longitudinal da caixa da FIG. 6, a FIG. 8 é uma vista em corte transversa! de uma variante de realização deste reservatório, a FIG. 9 é uma vista parcial em perspectiva que mostra uma variante de realização da bucha colocada na caixa,
86 478 ΕΡ Ο 823 600/ΡΤ 6 as FIGS. 10 e 11 são vistas em corte transversal de uma outra forma de execução do recipiente e do reservatório, quando o reservatório está, respectivamente, na posição de conservação de produtos frescos e na posição de conservação de produtos congelados.
Nestes desenhos, a referência numérica 2 indica, de maneira geral, um recipiente isotérmico, que inclui dois apoios deslizantes longitudinais 3, destinados a cooperarem com um reservatório 4 de uma massa frigorífica. As paredes laterais 5a, posterior 5b, o tecto 5c e o fundo 6 do recipiente são compostas de um revestimento interior e de um revestimento exterior, guarnecidos com um isolante. Estes revestimentos podem ser constituídos por um estratificado de vidro e resina ou por uma camada de polietileno, que participa na formação de um invólucro oco, obtido por moldação rotativa ou equivalente. Sobre a sua face dianteira, o recipiente inclui um encaixe 7 para a recepção de uma porta frontal 9, que pode rodar, munida de juntas. O reservatório 4 é composto por uma parede inferior isolante e rectangular 10 e por uma parede anterior 12, a qual, igualmente isolante e rectangular, é perpendicular à anterior, para formar com a mesma uma espécie de gaveta em L. Os bordos longitudinais 13 da parede inferior 10, têm uma espessura que lhes permite deslizar em apoios deslizantes 3 do recipiente, enquanto que o bordo posterior 14, com a mesma espessura, se destina a engatar num apoio deslizante dorsal 8, disposto no recipiente, no mesmo nível dos apoios deslizantes 3. A FIG. 1 mostra que, para certas aplicações, os apoios deslizantes 3 e 8 estão munidos de juntas 15, que limitam as trocas térmicas entre o compartimento criogénio superior A e o compartimento de conservação inferior B e que asseguram a estanqueidade aos gases frios entre estes dois compartimentos.
As paredes 10 e 12, que constituem a gaveta são monolíticas e são constituídas por um invólucro oco de matéria sintética, guarnecido com isolante, invólucro este que pode ser obtido por injecção e sopro, por moldação rotativa ou equivalente.
As FIGS. 1 e 2 mostram que a parede anterior 12 da gaveta se encastra num encaixe 16, feita no fundo do encaixe 7 para a porta.
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Na forma de execução das FIGS. 1 a 4, a parede superior 10 da gaveta 4 suporta um cesto metálico de rede 17, composto por fios metálicos longitudinais 18, soldados sobre as travessas duplas 19. Estas travessas incluem dobras laterais em forma de cotovelo 20, munidas nas sua extremidades de pés de fixação com a forma contrária 22. A FIG. 3 mostra que certas longarinas estão igualmente prolongadas para trás pelas dobras em forma de cotovelo 23, portadoras de pés em forma de cotovelo inverso 24 e para a frente por pés em forma de cotovelo 25. Os diferentes pés 22, 24 e 25 cooperam com parafusos para fixar o cesto 17 sobre a parede inferior 10 e sobre a parede anterior 12 da gaveta.
Este cesto está guarnecido interiormente por uma camada têxtil 26, porosa aos gases mas não porosa à neve carbónica. Esta camada pode ser constituída por um invólucro paralelepipédico, que inclui uma abertura, que comunica com o canal 27 descrito mais à frente.
As dimensões do cesto 17 são tais que, excepto a frente, onde o mesmo está apoiado sobre a parede anterior 12, todas as suas outras faces estão espaçadas de um valor e das paredes 5a, 5b, 5c, mas que, pelo contrário, um dos lados da caixa está espaçado, de uma das paredes laterais 5a do recipiente, de uma distância d maior. Isso permite constituir, no compartimento A, uma zona de armazenamento C de neve carbónica e uma zona de expansão D, cuja utilidade será precisada mais à frente.
Na sua parte que é contígua ao cesto 17, a parede 12 é atravessada por um canal 27 (FIG. 3) munido de meios de ligação à ponteira 28, de uma fonte de dióxido de carbono e, por exemplo, de uma pistola de carregamento. Esta parede 12 inclui, na sua parte que é contígua ao compartimento de expansão D, um canal 29, o qual, de diâmetro maior do que o do canal 27, está munido de meios de ligação 30 a uma conduta 31 de aspiração do gás carbónico. Estes meios de ligação 30 podem igualmente cooperar com uma rolha de obturação, não representada.
Quando a gaveta, que suporta o cesto 17 e a camada 26, está colocada no seu lugar na parte superior do recipiente, a mesma forma um recinto isotérmico uma vez que todas as paredes que envolvem o compartimento A estão guarnecidas com um material isolante. Este conjunto é mantido em posição por meio de parafusos 32 que atravessam, por canais apropriados, a parede posterior 5b do recipiente e que se aparafusam em insertos filetados 33, que desembocam no
86 478 ΕΡ Ο 823 600/ΡΤ 8 bordo posterior da parede 12 e por parafusos 34 que atravessam, por canais apropriados, a parede anterior 12 e que se aparafusam em insertos filetados 35 dispostos na parte anterior do recipiente. Estes diferentes parafusos evitam os deslocamentos da gaveta durante o transporte e por consequência, as fugas de gás frio, e são suficientes para manter a gaveta, apesar das forças de reacção que se exercem sobre a mesma durante a injecção do dióxido de carbono na sua fase líquida por meio da ponteira 28. Durante esta injecção, o dióxido expande-se no interior do cesto 17 e forma-se a neve carbónica, a qual é retida peia camada 26 e acumula-se portanto no interior do cesto. O gás em excesso passa através da camada porosa ao gás 26 e isto, portanto, mais facilmente que o seu escoamento para além desta camada não é travado graças aos espaços e feitos entre a mesma e as paredes do recipiente. O gás vem por isso para o espaço de expansão D onde o mesmo é aspirado pela conduta 31.
No fim do carregamento, a ponteira 28 é desligada, bem como a conduta 31 e o canal 29 é fechado por uma rolha. O reservatório de acordo com o invento é muito menos caro de fabricar do que uma caixa metálica e devido à existência das paredes com capacidade isolantes 10 e 12, acaba com todo o recurso a placas de protecção para dominar a difusão das frigorias, e mais precisamente para controlara emissão de gases frios. A FIG. 5 mostra uma variante de realização deste reservatório, concebida para a conservação de produtos frescos, destinada a permitir também a utilização para a conservação de produtos congelados. Com este fim, a parede horizontal 10 está coberta, pelo menos, na sua parte interna no recipiente, por uma parede metálica 11 e a parede 10 está munida de uma abertura 21, que desemboca na frente. Esta abertura, que está disposta no cesto 17, inclui em cada um dos seus bordos laterais e no seu bordo traseiro, uma ranhura, ou uma nervura, apta a cooperar com uma nervura, ou uma ranhura, disposta nos bordos, respectivamente, laterais e traseiro de um painel isolante amovível 31. Quando este painel é retirado, a parede metálica 11 difunde por irradiação directa para o compartimento de conservação B. Para a conservação de produtos frescos, é suficiente substituir o painel isolante 31 nos apoios desiizantes da abertura 21.
Na descrição que se segue, as partes comuns com a forma de execução precedente levarão as mesmas referências, sendo os elementos novos referenciados a partir de 32.
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Nas formas de execução das FIGS. 6 a 11, o reservatório compreende, como complemento da gaveta, uma caixa metálica paralelepipédica 32, por exemplo em aço inoxidável. Esta caixa está munida de uma abertura frontal 33 pela qual a mesma se encaixa numa saliência 34 que sobressai da face traseira da parede 12, como é mostrado na FIG. 7. A sua ligação com a gaveta é assegurada pelos parafusos 35. A parede inferior 32a da caixa 32 assenta sobre o fundo 10 da gaveta. O seu bordo está munido de uma junta 36, que engata numa ranhura 37, disposta entre a saliência e a face superior do fundo 10. Para resistir à pressão de injecção, as paredes, respectivamente, inferior 32a e superior 32b da caixa, estão ligadas por tirantes 38.
Nesta forma de execução, o canal de aspiração 29 é atravessado por uma bucha 39, a qual é cega numa extremidade e está inserida, pela sua outra extremidade, numa flange 40, ela própria fixa pelos parafusos 42 num encaixe que desemboca na face exterior da parede frontal 12. A bucha 39 é realizada numa camada, a qual, têxtil ou metálica, é porosa aos gases e não à neve carbónica. Esta camada é cilíndrica mas pode também, como mostrado na FIG. 9, ser constituída por um cartucho de filtro metálico 39a, conformado com pregas radiais e que apresenta uma grande superfície de permuta.
Durante a injecção do dióxido de carbono na fase líquida pelo canal 27, o gás, o qual se expande no interior da caixa 32, forma neve carbónica. A sua parte em excesso atravessa a membrana 39 onde a mesma é aspirada pela conduta de aspiração que se liga à flange 40.
Na forma de execução representada, a parede horizontal 10, que constitui o fundo da caixa, é abraçada por uma junta 43, a qual se prolonga portanto sobre os bordos, respectivamente, longitudinais e posterior desta parede, mas também sobre o seu bordo anterior comum à parede frontal 12. Esta junta está disposta numa garganta, a qual posiciona a mesma. A FIG. 7 mostra que, quando a porta frontal 9 está fechada, a mesma entra em contacto com a junta 43 e que assim a totalidade do compartimento A fica separada do compartimento de conservação B por uma barreira estanque.
Numa forma de execução preferida, a junta 43 é constituída por um toro insuflável de ar, cuja válvula 44 está disposta, como mostrado na FIG. 6, numa
86 478 ΕΡ Ο 823 600/ΡΤ 10 cava 45 que desemboca na face anterior da parede frontal 12. Assim, após colocação no lugar da gaveta no compartimento criogénio superior A, o operador enche a junta 43 por meio de um fluído tal como ar comprimido. Graças a este enchimento, a junta fica em contacto com o fundo das ranhuras, que constituem os apoios deslizantes 3 e 8 e assegura uma estanqueidade perfeita, quaisquer que sejam as variações dimensionais destas ranhuras e da gaveta. Uma outra vantagem desta junta é que a mesma assegura o bloqueamento em translação da gaveta em relação ao recipiente. É evidente que, para retirar a gaveta, é preciso em primeiro lugar proceder ao esvaziamento da junta, intervindo na válvula 44. A FIG. 8 mostra uma outra forma de execução do reservatório da FIG. 6, que permite a um recipiente actual equipado de um único nível de apoios deslizantes 3 e 8 poder utilizar a mesma gaveta para assegurar a conservação dos produtos frescos e a conservação dos produtos congelados. O fundo 10 da gaveta é atravessado por uma abertura 46, que desemboca na parte dianteira e dando-lhe a forma de um quadro em U. Os bordos internos deste quadro estão munidos de apoios deslizantes 47 de guia e de isolamento, formados por nervuras ou por ranhuras, aptos a cooperarem com ranhuras ou nervuras, dispostas nos bordos correspondentes de um painel amovível e isolante 48.
Quando o painel 48 é posto no lugar na abertura 46, a caixa é semelhante à que foi descrita anteriormente, quer dizer a mesma inclui um fundo isolante, o qual limita a difusão do frio na direcção do compartimento de conservação B. Quando o mesmo recipiente deve ser utilizado para a conservação de produtos congelados, o painel 48 é retirado. Nestas condições, a transmissão do frio faz-se directamente desde a parede inferior do reservatório metálico 32 na direcção do compartimento B.
As FIGS. 10 e 11 mostram a aplicação do reservatório descrita com referência às FIGS. 6 e 7 de um recipiente 2a equipado, além do mais, com apoios deslizantes inferiores, respectivamente longitudinal 3 e dorsal 8, de apoios deslizantes superiores 3a e 8a.
Assim, como mostrado na FIG. 10, para a conservação dos produtos frescos, o reservatório está disposto como na forma de execução representada nas FIGS. 6 e 7, quer dizer com a caixa 32 por cima do fundo 10 da gaveta. Pelo contrário, para a conservação dos alimentos congelados, como mostrado na FIG. 11, o conjunto é voltado e a parede horizontal 10 da gaveta é disposta nos apoios deslizantes 3 a, 11 86 478 ΕΡ Ο 823 600/ΡΤ 8a, com a caixa 32 por debaixo da mesma. Nestas condições, a junta 43 não está necessariamente cheia de ar.
Este dispositivo simples permite modificar muito rapidamente as condições de conservação de um recipiente com reservatório criogénio.
Nas suas diversas formas de execução, o reservatório criogénio de acordo com o invento apresenta as vantagens seguintes: - com as mesmas dimensões do que os reservatórios actuais, permite aumentar o volume disponível para o armazenamento da neve carbónica, - adapta-se aos recipientes existentes e é amovível e interpermutável, - graças à sua estanqueidade, o mesmo permite recuperar o gás carbónico em excesso, sem que o mesmo se possa misturar com o ar ambiente, o que permite a reciclagem deste gás e reduz o consumo de ar fresco nos locais climatizados, - o gás recuperado pode também ser utilizado para arrefecer a linha de alimentação de gás líquido, o que permite melhorar a quantidade de neve produzida e o rendimento por quilograma de gás líquido, - a divisão do reservatório estanque por uma camada porosa ao gás, mas que retém a neve, evita que as partículas de neve sejam levadas peio gás e melhora, na ordem de 20 a 30%, a quantidade de neve produzida, portanto o rendimento geral da recarga em frigorias, - o reservatório estanque e a aspiração preservam o operador e o ambiente, reduzindo as emissões de gás carbónico durante o enchimento da caixa, - o reservatório resiste à pressão de injecção da ordem de 20 bar e pode ser recarregado indefinidamente, e - o mesmo assegura uma excelente difusão do frio, o qual é regular e não altera os produtos frescos, disposto no compartimento de conservação.
Lisboa, 19· JUN. 2001
Por OLIVO
Claims (10)
- 86 478 ΕΡ Ο 823 600/ΡΤ 1/3 REIVINDICAÇÕES 1 - Recipiente isotérmico (2) com um compartimento criogénio (A) disposto por cima de um compartimento (B) de conservação de produtos frescos ou congelados, recebendo o referido compartimento criogénio (A) uma massa criogénia, a qual é armazenada num reservatório (4) montado de maneira a deslizar nos apoios deslizantes horizontais (3) do recipiente, estando o reservatório munido de meios de ligação a uma fonte de dióxido de carbono na sua fase líquida e de meios (26, 39) que retêm a neve carbónica, mas que deixam passar o gás, caracterizado por o reservatório (4) do compartimento criogénio (A) ser estanque aos gases carbónico e estar dividido interiormente pelos meios (26, 39), que retêm a neve carbónica e deixam passar o gás: • numa zona (C) de armazenamento da neve carbónica, que comunica por um canal de alimentação (27) com o meio de ligação à fonte de dióxido de carbono na fase líquida, e • uma zona (D) de expansão do gás, que comunica com um canal de aspiração (29), o qual, disposto na parede frontal (12) do reservatório e a uma distância do canal de aspiração (27), está munido de meios (30) de ligação a uma conduta (31) de aspiração do gás carbónico.
- 2 - Recipiente de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por o reservatório (4) ser constituído pelo conjunto do compartimento criogénio (A) e estar delimitado pelas paredes do recipiente e, por um lado, por uma parede (10), horizontal e isolante, que separa este compartimento (A) do compartimento (B) de conservação, e cujos bordos, respectivamente, laterais e traseiro, estão engatados em apoios deslizantes, respectivamente, laterais (3) e traseiro (8) do recipiente (2), para assegurarem o suporte, o isolamento e a estanqueidade ao gás e, por outro lado, por uma parede vertical anterior (12), a qual, isolante e solidária com a precedente, se encastra num encaixe anterior (16) do recipiente e é atravessada pelo canal de alimentação (27) e pelo canal de aspiração (29), sendo estas duas paredes monolíticas e formando uma gaveta amovível.
- 3 - Recipiente de acordo com o conjunto das reivindicações 1 e 2, caracterizado por a parede horizontal (10), que constitui o fundo do reservatório (4) suporta um cesto de rede metálica (17) o qual, guarnecido interiormente com uma camada (19) porosa ao gás, mas não à neve, está espaçado de todas as paredes86 478 ΕΡ Ο 823 600/ΡΤ 2/3 vizinhas do recipiente, se prolongar transversalmente apenas sobre uma parte da dimensão transversal da parede anterior (12), na zona desta parede atravessada pelo canal de alimentação (27), para formar o compartimento (D) de expansão do gás em frente do canal de aspiração (29).
- 4 - Recipiente de acordo com o conjunto das reivindicações 1 a 3, caracterizado por a parede horizontal (10) estar coberta por uma parede metálica (11) e estar munida, na sua parte disposta no cesto (17), de uma abertura (21), que desemboca sobre a frente e cujos bordos internos, respectivamente, laterais e traseiro, estão munidos de apoios deslizantes de guia e de isolamento, aptos a cooperarem com meios complementares, dispostos sobre os bordos, respectivamente, laterais e traseiro de um painel isolante e que se pode mover (31).
- 5 - Recipiente de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por o reservatório ser constituído por uma caixa metálica paralelepipédico (32), a qual, assentando pelo seu fundo sobre a parede horizontal e isolante (10), está munido de uma abertura anterior (33), pela quai o mesmo é encaixado e fixo sobre as costas da parede verticai anterior (12), tendo esta parede (12), no prolongamento do canal de aspiração (29), uma bucha cega (39) constituído por uma camada porosa ao gás mas não à neve carbónica, e que se prolonga para a caixa.
- 6 - Recipiente de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por a bucha (39) ser solidária com uma flange (40) de fixação e de ligação à conduta de aspiração (29), estando esta flange encaixada e fixa de maneira desmontável num alojamento de inserção, que desemboca da face frontal da parede anterior e que comunica com o canal de aspiração (29), atravessado pela bucha (39).
- 7 - Recipiente de acordo com a reivindicação 5, caracterizado por a parede horizontal (10) incluir na caixa (32), uma abertura (46) que desemboca à frente e cujos bordos internos, respectivamente, laterais e traseiro, estão munidos de apoios deslizantes (47) de guia e de isolamento, aptos a cooperarem com os meios complementares dispostos nos bordos, respectivamente, laterais e traseiro, de um painel isolante e amovível (48).
- 8 - Recipiente de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 7, caracterizado por a parede horizontal (10) ser abraçada por uma junta (43) de estanqueídade aos gases, cujos troços laterais e traseiro cooperam com os fundos dos apoios deslizantes, respectivamente laterais (3) e traseiro (8) do recipiente (2) e 86 478 ΕΡ Ο 823 600/ΡΤ 3/3 cujo troço dianteiro, saliente da parede anterior vertical (12) coopera com a porta frontal (9) do recipiente.
- 9 - Recipiente de acordo com a reivindicação 8, caracterizado por a junta (43) ser constituída por um toro insuflável com um fluido com pressão, por intermédio de uma válvula (44) que está alojada numa cava (45), que atravessa a face frontal da parede vertical anterior (12).
- 10 - Recipiente de acordo com qualquer uma das reivindicações 2 a 9, caracterizado por a parte superior (2a) do recipiente incluir, lateralmente de cada lado e na sua parede posterior, dois apoios deslizantes superpostos, aptos a receberem os inferiores (3 e 8), os bordos da parede horizontal (10) da gaveta, quando a mesma está na posição de conservação de produtos frescos, e os superiores (3a, 8a), os mesmos bordos, mas quando a gaveta está voltada de 180° com a caixa (32) voltada para baixo. Lisboa, j9. jun. 2001 Por OLIVO - O AGENTE OFICIALEng.° ANTÓNIO JOÂO DA CUNHA FERREIRA Ag. Of. Pr. Ind. Rua das Flores, 74-4.° 1200-195 LISBOA
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