PT810868E - Utilizacao de piperina como aumentador de absorcao gastrointestinal - Google Patents
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Description
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DESCRICÃO “Utilização de piperina como aumentador de absorção gastrointestinal”
Antecedentes do invento 1. Campo do invento
Este invento refere-se ao aumento da absorção gastrointestinal e da massa magra corporal, respectivamente. O aumento de cinquenta por cento na esperança de vida dos americanos desde 1930 até 1980 pode, em parte, ser atribuído à melhoria na nutrição nos Estados Unidos da América durante esse período. No entanto, a situação actual mantém-se longe da ideal, uma vez que seis em dez das principais causas de morte nesse país, incluindo ataque cardíaco, cancro, cirrose hepática, e diabetes, estão relacionadas com a dieta. Toma-se cada vez mais óbvio que muitas dessas doenças podiam ser evitadas com uma dieta bem equilibrada e com um suplemento nutricional eficiente com determinadas vitaminas e minerais. O problema é particularmente grave em americanos mais idosos. Aproximadamente 30 por cento dos americanos mais idosos não obtêm as necessidades dietéticas de todos os nutrientes essenciais. Reconhece-se bem os riscos de interacções alimentos-droga na depleção de nutrientes essenciais. E inevitável que a idade avançada apele a uma maior utilização de medicamentos. Por exemplo, a utilização de determinados antibióticos diminui a absorção de cálcio e ferro, enquanto que a terapia com quelação de EDTA diminui a absorção de zinco, ferro, cobre e magnésio.
Além disso, muitos alimentos que aumentam o risco de cancro e de doenças cardiovasculares têm de ser eliminados da dieta, o que posteriormente esgota as fontes de nutrientes essenciais. Por exemplo, fontes excelentes de vitamina B e de vitamina D, tais como a came vermelha, o fígado, a gema de ovo, o queijo e os produtos lácteos, são frequentemente limitados devido ao seu elevado teor em colesterol.
Um menu limitado causa também uma depleção de aminoácidos essenciais, tal como o triptofano, que é um importante percursor de neurotransmissores, e pode desempenhar funções na prevenção da deterioração do cérebro com a idade. 87 060
ΕΡ 0 810 868/PT 2 A disponibilidade de nutrientes essenciais é ainda comprometida pela pobre absorção gastrointestinal. A forma tradicional de compensar o insuficiente fornecimento de nutrientes, a insuficiente absorção gastrointestinal e a insuficiente utilização metabólica dos nutrientes essenciais é administrar grandes doses de materiais de compensação, tais como suplementos de vitaminas e minerais. O presente invento proporciona uma alternativa para melhorar o estado nutricional, aumentando a biodisponibilidade de vários materiais nutricionais. A biodisponibilidade dos nutrientes é também relevante para a saúde animal, assim como para a saúde humana. Deste modo, a utilização do invento destina-se também a ser implementada em prática veterinária. 2. Descricão da arte relacionada
Os documentos descrevendo a medicina “ayurveda”, que datam do período entre o século sete a.C. e o século seis d.C., descrevem “trikatu”. “Trikatu” é uma palavra em sânscrito que significa três acres, e que se refere a uma combinação de pimenta negra (Piper nigrum Linn.), malagueta (Piper longum Linn.) e gengibre (Zingiber officinale Rose.). Na medicina “ayurveda” tradicional, essas drogas são componentes essenciais de muitas prescrições de formulações utilizadas para uma vasta gama de doenças. Provas experimentais mostram que a utilização de “trikatu”, e dos seus constituintes, tanto individualmente como também colectivamente, aumenta a biodisponibilidade de um número de drogas. Nesses estudos, efectuados em animais assim como em voluntários humanos, notou-se que o componente activo responsável pelo aumento na biodisponibilidade de várias drogas era a piperina. A piperina, ou as misturas que contêm piperina, mostraram aumentar a biodisponibilidade, os níveis no sangue e a eficácia de um número de drogas incluindo componentes de folhas de “vasaka” (Bose, K.G., (1928), Pharmacopeia índia, Bose Laboratories, Calcutta), vasicina (Atai et al., Journal of Ethnopharmacology. 4, 229-233 (1981)), esparteína (Atai et al., ibid.), sulfadiazina (Atai et al., ibid.), rifampicina (Zutshi, U. et al. (1984) Journal of the Association of Phvsicians of índia. 33, 223-224), fenitoína (Bano et al., Planta Medica, 1987, pp. 568-569), pentobarbitona (Majumdar, A. N., et al. (1990), Indian Journal of Experimental Bioloev, 28, 486-487), teofilina (Bano et al., Eur. J. Clin. Pharmacol. (1991) 41:615-617) c propranolol {ibid.).
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Estudou-se o efeito da piperina na biodisponibilidade do propranolol. A administração crónica oral do agente anti-hipertensivo propranolol toma-se frequentemente difícil devido ao facto de não se atingirem ou manterem os níveis terapêuticos estáveis desta droga. Além disso, é necessário administrar grandes doses para ser eficaz e isso causa frequentemente efeitos secundários. A piperina mostrou aumentar a biodisponibilidade desta droga. O propranolol administrado com piperina apresenta um aumento significativo nos níveis plasmáticos desta droga, provavelmente devido a diminuição no metabolismo pelo fígado.
Obtiveram-se resultados semelhantes com piperina e vasicina, teofilina, e fenitoína. Adicionou-se também piperina em formulações com várias drogas para o tratamento de tuberculose e leprose. Testou-se uma formulação contendo rifampicina, pirazinamida e isoniazida em voluntários humanos (Patente Indiana N.° 1232/ DEL/ 89). Para a maioria das drogas, os níveis em relação à concentração do pico da droga na presença de piperina foram mais elevados. É clara a aplicabilidade destes resultados na planificação de formulações anti-tuberculose e anti-leprose, que presentemente são de custos proibitivos nos países em desenvolvimento. O aumento da biodisponibilidade ajuda a baixar os níveis de dosagem e encurtam a duração do tratamento.
Em resumo, todos estes exemplos ilustram claramente o papel da piperina como um elevador da biodisponibilidade de drogas. A combinação de piperina com as drogas testadas é eficaz, principalmente devido à concentração plasmática mais elevada e a uma permanência mais longa das drogas no corpo. A dose reduzida de drogas altamente tóxicas e a sua maior eficácia é obviamente desejável. A dose bioaumentadora eficaz de piperina para os compostos da droga varia, mas os estudos anteriores da arte indicam que se pode encarar uma dose de aproximadamente 10% (p/p) da droga activa como uma dose bioaumentadora apropriada à maioria das drogas.
Existem duas explicações plausíveis do papel que a piperina pode desempenhar na biodisponibilidade da droga: a) mecanismos não específicos que promovem a rápida absorção de drogas e nutrientes, e.g. maior fornecimento de sangue ao tracto gastrointestinal, diminuição da secreção de ácido clorídrico que previne o colapso de muitas drogas, maior teor emulsionante do intestino, mais enzimas como a gama-glutamiltranspeptidase que participa no transporta activo e passivo de nutrientes para as células intestinais, e b) mecanismos não específicos que inibem as enzimas que participam na biotransformação de drogas, evitando a sua inactivação e eliminação.
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Ver: Annamalai, A. R., Manavalan, R. (1990), “Effects of “Trikatu” and its individual components and piperine on gastrointestinal tracts: Trikatu - a bioavailable enhancer. Ind. Drugs 27 (12); pp.595-604; Johri, R. K. ct al. (1992), “Pipcrinc-mediated changes in the permeability of rat intestinal epithelial cells”, Bioch. Pharmacol. 43; pp. 1401-1407; Atai, C. K. et al. (1985), “Biochemical basis of enhanced drug availability by piperine: Evidence that piperine is a potent inhibitor of drug metabolism”, J. Pharmacol. Exp. Therap. 232; pp. 258-262; e Singh, J. et al. (1986), “Piperine-mediated inhibition of glucuronidation activity in intestine: evidence that piperine lowers the endogenous UDP-glucuronic acid content”, J. Pharmacol. Exp. Therap. 2236; pp. 448-493. A maioria das drogas co-administradas com piperina é provavelmente mais biodisponível como resultado de ambos os mecanismos, i.e. da maior absorção a partir do intestino e do abrandamento da biotranformação, inactivação e eliminação do sistema. O último mecanismo é provavelmente o mais importante na manutenção dos elevados níveis sanguíneos da droga, e a tomá-la mais biodisponível para o tecido. Embora uma rápida absorção para a corrente sanguínea possa contribuir para os maiores níveis sanguíneos da droga, é a inibição das enzimas biotransformadoras de droga com piperina que faz com que uma droga permaneça no corpo durante mais tempo, em quantidades mais elevadas, o que a toma mais eficaz.
Com base nos dados da literatura disponível, parece que a piperina numa dose diária de pelo menos 20 mg por pessoa opera através da inibição de enzimas que, caso contrário biotransformariam e acelerariam a eliminação de muitas drogas (Zutshi, U. et al. (1989), “A process for the preparation of pharmaceutical combination with enhanced activity for treatment of tuberculosis and leprosy”, Patente Indiana N.° 1231/Del/89; Zutshi et al. (1984), “Influence of piperine on rifampicin blood leveis in patients of pulmonary tuberculosis”, J. Assoe. Phvs. Ind. 33; pp. 223-224; Ban, C. K. et al. (1991), “The effect of piperine on the bioavailability and pharmacokinetics of propranolol and theophylline in healthy volunteers”, Euronean J. Clin. Pharm. 41; pp. 615-618 e Bano, G. et al. (1978), “The effect of piperine on the pharmacokinetics of phenytoin in healthy volunteers”, Planta Medica 53; pp. 568-570).
Curiosamente, a dose de piperina que inibe as enzimas biotransformadoras opera indiferente ao facto de ser ou não administrada em concorrência com a droga. Este ponto pode ser ilustrado por experiências com teofilina e fenitoína, nas quais se administrou 20 mg de piperina durante sete dias antes da administração quer de uma ou de outra droga [Ban, C. K. et al. (1991), “The effect of piperine on the bioavailability and pharmacokinetics of propranolol and theophylline in healthy volunteers”, European J. Clin. Phaim. 41; pp. 615-618 e Bano, G. et al. (1978), “The effect of piperine on the pharmacokinetics of
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5 phenytoin in healthy volunteers”, Planta Medica 53; pp. 568-570], Uma vez que o regime resultou em níveis sanguíneos mais elevados das drogas administradas, e prolongou dramaticamente o tempo de eliminação, a explicação plausível é que a administração anterior de piperina inibiu as enzimas biotransformadoras da droga. De facto, isto parece ser a única explicação para a maior biodisponibilidade, visto que a piperina administrada separadamente da droga não podia possivelmente afectar os eventos gastrointestinais conduzindo à sua rápida absorção.
Uma outra observação interessante é que as doses de piperina inferiores à que è considerada eficaz na inibição das enzimas biotransformadoras, podem ainda ser suficientes para aumentar a rápida absorção de uma droga a partir do intestino. Este fenómeno pode ser ilustrado pela co-administração de piperina com a droga anti-hipertensiva propranolol (Zutshi, U. et al. (1989), “A process for the preparation of pharmaceutical combination with enhanced activity for treatment of tuberculosis and leprosy”, Patente Indiana N.° 1231/Del/89). O propranolol quando administrado com piperina mostrou uma diminuição significativa nos níveis no sangue. A concentração sanguínea máxima da droga aumentou para o dobro com a piperina. De forma importante, apesar de melhorar dramaticamente a biodisponibilidade do propranolol, a piperina, quando utilizada numa dose de 3 mg, não afectou a velocidade de eliminação da droga.
Numa concepção experimental diferente dos estudos anteriores, testou-se a droga anti-asmática teofilina e a droga anti-epilética fenitoína (Ban, C. K. et al. (1991), “The effect of piperine on the bioavailability and pharmacokinetics of propranolol and theophylline in healthy volunteers”, European J. Clin. Pharm. 41: pp. 615-618 e Bano, G. et al. (1978), “The effect of piperine on the pharmacokinetics of phenytoin in healthy volunteers”, Planta Medica 53; pp. 568-570). O estudo foi efectuado em seis voluntários saudáveis. Os participantes foram previamente tratados com 20 mg de piperina, diariamente, durante sete dias antes de receberem 150 mg de teofilina ou 300 mg de fenitoína. A concentração máxima de teofilina foi 1,5 vezes superior nos indivíduos previamente tratados com piperina. De forma importante, a velocidade de eliminação da droga foi significativamente retardada com o pré tratamento de piperina. A concentração de fenitoína no sangue aumentou mais rapidamente no grupo tratado previamente com piperina do que no grupo que recebeu apenas a droga. O grupo tratado previamente atingiu a concentração máxima da droga em menos tempo e em concentrações 6 87 060
ΗΡ 0 810 868 /PT signifícativamente superiores. O pré tratamento com piperina resultou na eliminação signifícativamente mais lenta da droga. A arte anterior discutida acima ilustra claramente o papel da piperina como elevador da biodisponibilidade, e a importância da sua dose eficaz no mecanismo global de maior biodisponibilidade.
No caso de propranolol, a co-administração com apenas 3 mg de piperina resultou na duplicação dos seus níveis sanguíneos, mas sem diminuir a velocidade de eliminação da droga. Deste modo, pode-se inferir que, numa dose pequena, a piperina pode não inibir as enzimas biotransformadoras ou afectar a velocidade de eliminação de uma droga. Sem dúvida, pode operar através do aumento dos acontecimentos gastrointestinais conduzindo a mecanismos de rápida absorção.
Sumário do invento O sujeito tema do presente invento é a utilização de piperina sintética ou de um extracto contendo piperina para o fabrico de uma composição para aumentar a absorção gastrointestinal de nutrientes de acordo com a reivindicação 1, e para aumentar a massa magra do corpo, de acordo com a reivindicação 4. As reivindicações dependentes 2, 3 e de 5 a 8 referem-se às suas concretizações preferidas.
As preparações produzidas de acordo com a utilização do presente invento melhora a biodisponibilidade de compostos nutritivos. As composições produzidas de acordo com a utilização do presente invento aumentam a absorção gastrointestinal, melhoram a passagem através de determinadas barreiras biológicas tais como o revestimento respiratório, o revestimento urinário, barreiras hematoencefálica e pele, e a utilização sistémica de determinados nutrientes e compostos biológicos.
As composições produzidas de acordo com a utilização do presente invento contêm, como componente essencial, a piperina. Este composto pode ser obtido como um extracto a partir do fruto de Piper nigrum compreendendo pelo menos 98% de piperina. Em alternativa, as composições podem ser preparadas a partir de um extracto do fruto de Piper Inngum. Também se pode utilizar, no presente invento, piperina produzida sinteticamente. As composições utilizadas de acordo com o presente invento podem também conter extractos de raízes de Zingiber officinale, com os componentes activos 6-gingerol e 6-shogoal. As composições podem ser formuladas com extracto de fruto de Piper negrum, extracto de fruto 7 87 060
tPO 810 868/PT de Piper longum, e extracto de frutos de Zingiber qfficinale combinados numa qualquer razão em peso. As razões em peso preferidas incluem 2:2:1,1:1:1,2:1:1 e 1:2:1.
Como suplemento diário tomado com um nutriente ou nutrientes, por um adulto medianamente saudável, a piperina é eficaz e segura numa vasta gama de doses. Uma gama preferida de doses de piperina eficazes para utilização oral para elevar a absorção gastrointestinal de nutrientes é de 0,0004-0,15 mg/kg/dia. A dose de piperina recomendada para utilização oral, para um indivíduo saudável, é aproximadamente 5 mg/pessoa/dia. A dose recomendada em casos de deficiências nutricionais clinicamente diagnosticadas é de até 15 mg/pessoa/dia, em doses divididas, i.e. 5 mg de seis em seis horas (de manhã, à tarde e à noite). Quando utilizada como preparação para utilização tópica ou parentérica para melhorar a passagem através de barreiras biológicas, as composições produzidas de acordo com a utilização do presente invento contêm, como componente essencial, 0,00004-0,015 mg/kg de peso corporal de piperina. Os materiais nutricionais são utilizados em quantidades eficazes do ponto de vista nutricional. A pimenta negra contem aproximadamente 5-9% de piperina e está listada pelo FDA como uma erva que é geralmente considerada segura (GRAS) para a sua intencional utilização como especiaria, tempero, ou aromatizante. A dose de piperina bioaumentadora utilizada no presente invento é um máximo de aproximadamente 15 mg/pessoa/dia, ou não superior a 20 mg/dia em doses divididas, o que corresponde a porções de alguns milhares até 40.000 vezes menores do que a dose LD50 de piperina, conforme 0 estabelecido em várias experiências em roedores. O componente activo do presente invento pode ser preparado por um processo que produz piperina de uma pureza superior a 98%.
Breve descrição dos desenhos A Figura 1 mostra as variações médias de β-caroteno no soro durante 0 ensaio de piperina. A Figura 2 mostra as comparações de AUC da biodisponibilidade de β-caroteno do dia 14. A Figura 3 mostra a comparação de percentagens dos dados de AUC de β-caroteno.
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Descrição das concretizações preferidas O presente invento refere-se a preparações para melhorar a biodisponibilidade de vários componentes nutricionais. As composições preparadas de acordo com a utilização do presente invento aumentam a absorção gastrointestinal, aumentam a passagem através de barreiras biológicas, tais como o revestimento respiratório, o revestimento urinário, barreira hematoencefálica e pele, e a utilização sistémica de determinados nutrientes e compostos biológicos.
As composições produzidas de acordo com a utilização do invento actuam também aumentando a termogénese. Acredita-se que este mecanismo é despontado por activação de termo-receptores e libertação de catecolaminas e/ou acção directa como agonista do beta 1,2,3-adrenoceptor. A secreção de catecolaminas pode também ser mediada por ATP via um receptor purinérgico do tipo P2, e através de uma estimulação directa ou indirecta pelas composições produzidas de acordo com a utilização do invento de sistemas dopaminérgicos e serotinérgicos.
Sabe-se que a estimulação de beta-3-adrenoceptores resulta num aumento de termogénese, numa diminuição da quantidade de tecido branco adiposo sem que a admissão de alimentos seja afectada, em maiores níveis de receptores de insulina, e em menores níveis de insulina no soro e de glicose no sangue. O presente invento pode possuir efeitos anti-obesidade e anti-diabéticos, que por si só contribuem para o mecanismo de termogénese e para um aumento na massa magra corporal.
Os efeitos anti-obesidade e anti-diabéticos do presente invento podem ser potenciados pela utilização de composições produzidas de acordo com a utilização do invento em combinação com vanádio, na forma de sais orgânicos e inorgânicos de vanádio, tanto sintéticos como ocorrendo naturalmente. O efeito termogénico do invento pode também ser mediado por um aumento na actividade da peroxidase da tiróide, uma enzima importante na síntese de hormonas da tiróide, um aumento nos níveis plasmáticos de tri-iodotironina (T3) e tiroxina (T4) com aumento simultâneo na admissão de oxigénio no tecido e aumento na termogénese.
Os efeitos tirogénico e termogénico do presente invento podem ser potenciados pela utilização de composições do invento em combinação com suplementos de L-selenometionina e iodo. 9
9 87 060 ΕΡ 0 810 868/PT r
Os percursos metabólicos para um nutriente e uma droga são diferentes pelo facto de um nutriente manter o metabolismo básico, e funções fisiológicas do organismo, enquanto que uma droga é utilizada como um adjunto do metabolismo básico, para restabelecer a homeostasia das funções fisiológicas. Esta distinção permite que se entenda o diferente mecanismo de biodisponibilidade do presente invento. Um mecanismo, como o descrito pela arte anterior, é aplicável principalmente para manter os níveis terapêuticos de uma droga, no organismo. O outro, como o descrito pelos presentes inventores, é aplicável para aumentar a absorção de nutrientes e aumentar a sua utilização metabólica. O invento destina-se, principalmente, mas não exclusivamente, a aumentar a absorção gastrointestinal de nutrientes e compostos botânicos. Isto, no geral, eleva a passagem de nutrientes e compostos botânicos através de barreiras biológicas tais como, mas não se limitando, ao epitélio gastrointestinal, revestimento respiratório, revestimento genito-urinário, barreira hematoencefálica e pele.
Embora não se deseje ficar limitado a qualquer mecanismo de acção, acredita-se que o mecanismo básico do invento é duplo: afectando vários mecanismos de transporte activo e passivo como se descreve pormenorizadamente abaixo; e causando o aumento das exigências de substrato devido ao maior metabolismo a nível celular. Este último mecanismo é despoletado quando as composições produzidas de acordo com a utilização do invento afectam a termo-regulação do corpo, actuando directa ou indirectamente através da activação de termo-receptores, que resulta na maior termogénese, ou produção e libertação de energia calorífica metabólica. Afectando os termo-receptores, particularmente os na pele e mucosas, o invento previne o estímulo nociceptivo térmico e não térmico transportado para as células do como dorsal da medula espinal, e actua como uma anestesia local ou geral, aumentando o limiar para o estímulo nociceptivo.
As composições produzidas de acordo com a utilização do presente invento podem também ser utilizadas para afectar os termo-receptores e evitar que os estímulos nocivos térmicos e não térmicos sejam transportados para as células do como dorsal, que exercem influências analgésicas locais e gerais. Além disso, a piperina pode potenciar os efeitos analgésicos que se acreditam ser causados pelo aumento da absorção do analgésico com que esta é administrada, e adicionalmente, por proporcionar nm mecanismo aditivo ou sinergético de acção analgésica.
As composições produzidas de acordo com a utilização do presente invento melhoram a absorção gastrointestinal e a utilização sistémica dos nutrientes e suplementos nutricionais. As concretizações preferidas elevam a concentração plasmática máxima em
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ΕΡ 0 810 868 /PT 10 20-80% acima da concentração plasmática que resulta quando se toma apenas um suplemento regular.
As composições produzidas de acordo com a utilização do presente invento para melhorar a absorção gastrointestinal e a utilização sistémica, podem ser efectuadas com qualquer nutriente, composto biológico, ou suplemento nutricional. Os compostos biológicos particularmente preferidos incluem boswelina, curcumina, capsaicina, ashwagandha, ginkgo biloba, e acomtina.
As composições produzidas em conformidade com a utilização do presente invento para melhorar a absorção gastrointestinal e a utilização sistémica, podem também incluir vitaminas solúveis em água e vitaminas solúveis em gorduras. As vitaminas solúveis em água preferidas incluem a vitamina Bl, vitamina B2, niacinamida, B6, B12, ácido fólico e vitamina C. Acredita-se que a absorção de vitaminas solúveis em água funciona prevenindo a alteração dos canais hidrófilos de proteína-3-tetramero dos agentes desnaturantes presentes em alimentos, que facilitam a absorção gastrointestinal de vitaminas solúveis em água. Além disso, acredita-se que a capacidade da piperina aumentar a absorção gastrointestinal de vitamina B12 ocorre por estímulo da síntese e secreção de um factor intrínseco, uma glicoproteína segregada pelas células parietais gástricas, que facilita o transporte da vitamina B12 através da membrana celular. As composições produzidas em conformidade com a utilização do presente invento usada para melhorar a absorção gastrointestinal pode também conter vitaminas solúveis em gordura.
As vitaminas solúveis em gorduras preferidas são as vitaminas A, vitamina D, vitamina E, e vitamina K. Além disso, acredita-se que os carotenos tais como o alfa-caroteno, o beta-caroteno e o transbeta-caroteno estejam sujeitos a uma maior absorção devido a um mecanismo colagogósico que aumenta os sais biliares do duodeno para emulsionar vitaminas solúveis em gorduras, e facilitar a absorção intracelular por via de um sistema misto de micelas.
As composições produzidas em conformidade com a utilização do invento incluem aminoácidos, em particular os aminoácidos essenciais lisina, isoleucina, leucina, treonina, valina, triptofano, fenilalanina, e metionina. Acredita-se que os aminoácidos estejam sujeitos a uma maior absorção gastrointestinal através do aumento do ciclo gama-glutamílico que facilita o transporte de aminoácidos através da membrana.
Muitos antibióticos diminuem a absorção de certos minerais metálicos e não-mctálicos. Para compensar essas perdas, as composições produzidas cm conformidade com a
87 060
ΕΡ 0 810 868/PT 11 utilização do presente invento podem incluir minerais essenciais tais como iodo, cálcio, ferro, zinco, cobre, magnésio e potássio. Outros metais tais como o vanádio, o crómio, o sclénio e o manganês podem também ser incluídos em composições produzidas de acordo com a utilização do presente invento. Toma-se óbvio que as composições produzidas em conformidade com a utilização do presente invento facilitam a absorção gastrointestinal desses compostos metálicos principalmente elevando o transporte activo desses compostos através da membrana. Além disso, as composições produzidas de acordo com a utilização do presente invento podem prevenir a absorção gastrointestinal de certos metais pesados perigosos tais como chumbo, mercúrio, e cádmio, e prevenir a interferência sistémica dos metais pesados com as funções enzimáticas. As composições produzidas de acordo com a utilização do invento podem formar sais insolúveis com cloreto de mercúrio, cloreto de chumbo e cloreto de cádmio e também proteger os grupos sulfidrilo de enzimas de reagirem com metais pesados.
As composições produzidas de acordo com a utilização do presente invento podem também incluir anti-oxidantes. Os anti-oxidantes preferidos incluem a vitamina A, a vitamina C, a vitamina E, o alfa-caroteno, transbeta-caroteno, betacriptoxantina, licopeno, luteína/zeaxantina, complexo de bioflavonal da casca de pinheiro, germânio, selénio, e zinco. Acredita-se que o aumento da actividade anti-oxidante ocorra através de uma elevada disponibilidade sistémica dos compostos anti-oxidantes, através da inibição da peroxidação de lípidos e formação de radicais livres. As composições produzidas em conformidade com a utilização do presente invento preferidas podem incluir uma variedade de qualquer um dos componentes acima, que são particularmente necessários numa determinada população.
Muitos dos nutrientes, compostos biológicos e suplementos nutricionais que podem ser incluídos nas composições produzidas em conformidade com a utilização do presente invento estão comercialmente disponíveis. Em particular, estão comercialmente disponíveis vitaminas, minerais, aminoácídos e anti-oxidantes. Os compostos herbáceos são geralmente usados na forma de pó que é um extracto seco de etanol de uma determinada planta. Por exemplo, o ácido boswélico provém de um extracto de etanol de raízes de Boswellia serrata. Os ginsenósidos provêm de um extracto de etanol de raízes de Ginseng. Os withanalóides provêm de um extracto de etanol de planta Whitania somnifera. Os flavinóides de Gingko provêm de um extracto de etanol de planta Gingko biloba. Os curcuminóides provêm de extracto de etanol de planta Cucuma longa. O picnogenol provem de um extracto de etanol de casca de Pinus pinaseter. As proantocianidinas provêm de um extracto de etanol de casca de pinheiro. Alguns dos compostos herbáceos estão também comercialmente disponíveis a partir de uma variedade de fontes. A piperina no invento pode ser produzida pelo novo método de isolamento de piperina apresentado no Exemplo 14, a seguir, O composto obtido
12 87 060 ΕΡ 0 810 868 / PT por este modo possui a marca comercial Bioperine®. Em alternativa, a piperina pode ser proporcionada pelos métodos da arte anterior ou produzida sinteticamente. Os exemplos que se seguem demonstram algumas das concretizações preferidas do presente invento.
Exemplos Formulações nutricionais Cápsulas/ comprimidos de vitamina A
Exemplo 11 Formulação: comprimidos/cápsulas/geles macios de vitamina A Vitamina A (Palmitato) Piperina 10000 IU 4 mg
Exemplo 21 Formulação: comprimidos/cápsulas/geles macios de vitamina A & D Vitamina A (Palmitato) 10000 IU Vitamina D (Calciferol) 400 UI Piperina 4 mg
Exemplo 3) Formulação: cápsulas/geles macios de betacaroteno Betacaroteno Piperina 15 mg 4 mg
Exemplo 41 Formulação: cápsulas de curcumina Curcumina (mínimo 95% de curcuminóides) Piperina Exemplo 51 Formulação: cápsulas de boswelina Extracto de Boswellia serrata (mín. 65% de ácido boswélico) Piperina 500 mg 5 mg 320 mg 3 mg
13 S7 060 EP 0 810 868/PT
Exemplo 6) Comprimidos/cápsulas herbáceas Fórmula A Raiz de valeriana Camomila (flor) Flor da paixão Pó de raiz de ginseng Escutelária Folhas de urtiga Piperina 100 mg 100 mg 25 mg 50 mg 25 mg 25 mg 3 mg Fórmula B Folhas de Buchu Folhas de Uva ursi Sementes de aipo Bagas de zimbro Folhas de salsa Seda de milho Piperina 100 mg 25 mg 25 mg 50 mg 50 mg 50 mg 4 mg Fórmula C Raiz de Echinacea Raiz de astrágalo Folhas de salsa Bagas de Schizandra Cogumelo Shiitake Piperina 100 mg 100 mg 50 mg 100 mg 25 mg 5 mg Fórmula D Extracto de Ginseng (5% de ginsenósidos) 500 mg Piperina 5 mg Fórmula E Extracto de Ginseng 250 mg Extracto de Ashwagandha (1 % de withanalóides) 250 mg Piperina 5 mg 14 87 060
ΕΡ 0 810 868/PT
Fórmula F
Extracto de Gingko biloba (24% de ginkoflavinóides) 240 mg Piperina 3 mg Fórmula G Extracto de Boswellia serrata 320 mg Curcumina 200 mg Piperina 5 mg Fórmula H Extracto de Boswellia serrata 320 mg Capsaicina 3 mg Piperina 4 mg Exenmlo 7) Comprimidos/ cápsulas de anti-oxidante Fórmula A Vitamina C 250 mg Vitamina E 100 IU Vitamina A (Beta-caroteno) íoooo ru Selénio (de L-selenometionina) 50 pg Crómio (Picolinato de crómio) 50 pg Piperina 4 mg Fórmula B Picnogenol 30 mg Piperina 3 mg Fórmula C Extracto de casca de pinheiro 15 mg Curcumina 15 mg Piperina 3 mg Fórmula D (gel macio) Coenzima Qio 15 mg Piperina 3 mg
87 060 ΕΡ 0 810 868/PT 15 Fórmula E - Bebida alcoólica de bebida anti-oxidante Vitamina C 200 mg Betacaroteno 15 mg Vitamina E íoo ru Zinco (monometionina) 15 mg Selénio (de L-selenometionina) 50 pg Complexo de bioflavanóide de citrus 50 mg Quercetina 25 mg Rutina 25 mg Hesperidina (Citrus) 20 mg Picnogenol 5 mg Piperina 2,5 mg
Exemplo 81 200 mg 100 mg 2,5 mg 200 mg 125 mg 75 mg 60 mg 25 mg 25 mg 400 pg 200 pg 100 pg 4 mg
Formulação de Aminoácido L-taurino L-camicina Piperina
Exemplo 9)
Complexo de Vitamina B Ácido pantoténico (Vitamina B5) Niacinamida (Vitamina B5) Piridoxina HC1 (Vitamina B6) Tiamina (Vitamina Bl)
Riboflavina (Vitamina B2) Ácido Para-aminobenzóico (PABA) Ácido fólico
Cobalamina (Vitamina B12)
Biotina
Piperina
Exemplo 10) Multi-Vitamina
Vitamina A 5000ru Vitamina Bl 1,5 mg Vitamina B2 1,7 mg Vitamina B6 2,0 mg
87 060
ΕΡ 0 810 868/PT 16
Niacinamida 20 mg Vitamina E 30IU Vitamina B12 6 mg Ácido pantoténico 10 pg Vitamina D 400 IU Vitamina C 100 mg Ácido fólico 400 pg Biotina 30 pg Cálcio 200 mg Magnésio 400 mg Ferro 18 mg Iodo (Kelp) 150 pg Cobre 2 mg Manganês 2,5 mg Potássio 40 mg Crómio 25 mg Selénio 25 mg Vitamina Kl 25 mg Piperina 5 mg
Exemplo 1D Acido hidroxicítrico
Citrin® (sal de cálcio do ácido hidroxicítrico) 500 mg
Piperína 5 mg
Exemplo 12
Biodisponibilidade do beta-caroteno O que se segue é um exemplo da utilização de piperina em absorção de nutrientes. Avaliou-se piperina conhecida pela marca Bioperine® consistindo em 98% de piperina num ensaio de biodisponibilidade de nutrientes. O objectivo do estudo foi comparar o beta-caroteno em voluntários humanos a receber a fórmula, com e sem Bioperine®. Doze voluntários saudáveis, do sexo masculino, nào fumadores, abstémios de álcool, não tomando complementos nutricionais ou drogas de prescrição durante o período do estudo de recombinação, receberam suplemento de beta-caroteno com e sem Bioperine® durante um período de 14 dias.
Quadro 1: Formulações só com beta-caroteno e com Bioperine® usadas no estudo cruzado, de dupla ocultação, de 14 dias
Testaram-se as seguintes formulações de beta-caroteno: Formulação A Formulação B Beta-caroteno 15 mg 15 mg Metilcelulose 480 mg 480 mg Bioperine® Nenhum 5 mg
Os resultados deste estudo demonstram que, após os 14 dias de suplemento, se verificou que os voluntários do grupo de controlo, a receber a formulação A, tinham um aumento nos níveis sanguíneos de beta-caroteno significativamente menor do que os do grupo a receber a formulação B com Bioperine®. O grupo a receber Bioperine® teve um aumento quase duplo nos níveis sanguíneos de beta-caroteno quando comparado ao grupo a receber apenas beta-caroteno.
Quadro 2: Níveis sanguíneos de beta-caroteno após o suplemento de 14 dias de apenas • ® beta-caroteno ou beta-caroteno com Bioperine
Parâmetros farmacocinéticos para o beta-caroteno: Concentração máxima no plasma ug/dl AUC* Ug/dl/dia Formulação A 47.2 + 6,4 272.0 + 47,6 Formulação B 65,8 + 9,7** 435,2 + 74,2** * área sob o beta-caroteno do plasma durante o suplemento de 14 dias. ** muito significativo (p<0.001). O mecanismo provável do efeito da piperina na biodisponibilidade de beta-caroteno é o seu efeito nos eventos gastrointestinais que levam a uma maior absorção deste nutriente e muito provavelmente de outros nutrientes, também.
Uma dose de 5 mg de piperina, e até 15 mg, muito provavelmente não interferiria com o metabolismo da maioria das drogas, como previamente se discutiu. De facto, esta dose quando utilizada com beta-caroteno não afecta o passo metabólico deste nutriente no corpo, conforme o medido pelos níveis sanguíneos de retinol que permanecem inalterados ao longo do teste (ver abaixo). O retinol, ou vitamina A, é um produto de conversão metabólica de beta-caroteno, e os seus níveis sanguíneos seriam muito provavelmente afectados por inibição/estimulação enzimática com piperina. É uma importante observação o facto da piperina não aumentar a conversão de beta-caroteno em vitamina A, uma vez que se conhecem bem os efeitos tóxicos devidos a uma sobredosagem de vitamina A. O benefício dos elevados níveis sanguíneos de beta-caroteno sem perigo de toxicidade cdiii vitamina A
87 060
ΕΡ 0 810 868 /PT 18 traduz-se no aumento seguro e eficaz da protecção anti-oxidante proporcionados pelo beta-caroteno.
Quadro 3: Valores de vitamina A (retinol) antes do tratamento e após 14 dias de suplemento com Bioperine®
Formulações Antes do tratamento Dia 14 (ug/dl) (ug/dl) Ã 66,0+11,5 65,1 + 10,2*..... B 65,2 + 11,9 65,0 + 10,6* * a diferença não é estatisticamente significativa.
Uma evidência adicional do teste com suplemento de 14 dias de beta-caroteno a 12 voluntários saudáveis mostra que a piperina não afecta a absorção, o metabolismo e a eliminação de nutrientes que não sejam fornecidos no suplemento, mas pelo contrário, consumidos numa alimentação diária. Por exemplo, os níveis sanguíneos de vitamina C solúvel em água e vitamina E solúvel em lípidos, que não se forneceram em suplemento, não foram afectados conforme se avaliou antes do estudo e após o término de 14 dias de suplemento de beta-caroteno com piperina.
Quadro 4: Comparação de níveis sanguíneos de vitamina C antes e após 14 dias de suplemento com beta-caroteno ou beta-caroteno com Bioperine®
Formulações Antes do tratamento Dia 14 (ug/dl) (ug/dl) A 0,62 + 0,13 0,64 + 0,10* B 0,66 + 0,12 0,65 + 0,11* * a diferença não é estatisticamente significativa.
Quadro 5: Comparação de níveis sanguíneos de vitamina E antes e após 14 dias de suplemento com beta-caroteno ou beta-caroteno com Bioperine®
Formulações Antes do tratamento Dia 14 (ug/dl) (ug/dl) A 0,80 + 0,18 0,84 + 0,15* B 0,83 i 0,16 0,84 + 0,16* * a diferença não é estatisticamente significativa. A falta aparente de qualquer efeito inibitório de piperina no metabolismo humano a pequenas doses é uma observação importante. Isto é particularmente assim porque muitos daqueles que possam necessitar de piperina co-administrada com um nutriente como certas 87 060 «#*
ΕΡ 0 810 868/PT vitaminas, pode também ser num regime de drogas que não pode ser alterado. Com base na literatura disponível, uma dose de piperina inferior a 20 mg por dia por pessoa não devia afectar n metabolismo da maioria, se não de todos, os xenobióticos tais como as drogas discutidas acima.
Exemplo 13 Toxicidade A pimenta negra, que contém aproximadamente 5-9% de piperina, está listada pela FDA como uma erva geralmente reconhecida como segura (GRAS) para a sua utilização pretendida como uma especiaria, tempero e aromatizante (21 CFR 100.0, 182.10, 182.20). Com base na importação de pimenta negra, estima-se que o consumo médio de pimenta negra nos Estados Unidos é cerca de 359 mg/pessoa/dia *. Esta quantidade de pimenta bruta traduz-se em 18,0-32,3 mg de piperina/ pessoa/ dia [Quadro 6].
Quadro 6: Consumo humano médio estimado de pimenta negra/piperina * mg/pessoa mg/kg ** Pimenta negra diária 359 6,0 Piperina diária 18,0-32,3 0,3 - 0,54 * dados baseados na tese de doutoramento de Shore Scott Kindell, Drexel University, 1984. ** peso médio de uma pessoa estimado em 60 kg.
Em conformidade com outras fontes, o consumo humano diário de pimenta negra constitui 0,02% da dieta, o que corresponde a 2 mg de pimenta em pó/kg/dia (Bhat, G.B. Chandrasekhara, N. (1986), “Lack of adverse effect of piperine, pepper or pepper oleoresin on weanling rats”, J, Food Safety. 7; pp. 215-223). Com base nesta tese, alimentou-se pimenta negra, e os seus componentes oleoresina contendo 40% de piperina, e piperina pura a ratos, em doses calculadas como 5 a 20 vezes a ingestão média diária para os humanos. Esta particular dieta com pimenta e com os seus componentes não afectou a ingestão de alimentos, o padrão de crescimento dos animais alimentados, os pesos dos órgãos, e não produziu quaisquer sintomas clínicos. A comparação dos resultados dos testes químicos ao sangue dos animais tratados e não tratados não mostrou alterações no RBC, WBC, na contagem diferencial, níveis de hemoglobina, total de proteínas no sangue, albuminas, globulinas, glicose, colesterol e níveis de aminotransferases e fosfatases no soro.
Os estudos de toxicidade aguda, sub-aguda e crónica de piperina em animais de laboratório indicam que a piperina, utilizada numa gama larga de doses, não causa qualquer anomalia no padrão geral de crescimento, razão de peso de órgãos em relação ao corpo, sintomatologia clínica e dados de química sanguínea (Johri, R.K., Zutshi, U. (1992), “An 87 ι ΕΡ
Ay PP- é c me est rei; uti
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Rat Rat Rat Rat Rat pre (PI 26 loi SÍ£ qu po qu ve an rat pn Pi] ac
(L m; (C
jfiO 1 810 868 /PT irvedic formulation “Trikatu” and its constituents”. Journal of Ethnopharmacology. 37; 85-91). A dose de piperina considerada como bioaumentadora de absorção de nutrientes insiderada 0,0004-0,15 mg dc piperina/kg/peso dc corpo. Essa c muitos milhares de vezes mor do que a dose LD>o (dose tóxica para 50% dos animais testados) de piperina sbelecida cm ratinhos e ratos [Quadro 7], Os dados LD50 indicam um índice terapêutico ítivamente elevado para a piperina, 0 que significa um elevado grau de segurança na Ização nutricional de piperina.
Quadro 7: Dose LD50 de piperina estabelecida em roedores (John. R.K.. Zutshi. 1/. (1992), "An Avurvedic forniu lanou "Tríkaiu " and its constituents'. Journal of íopharmacologv. 37; pp. 85-91 o Plvachaturawat. P. et ai ( 1993). "Acate and sub-acute toxicity of piperine in mtce, rats and hamsters". Toxicoloav Lcllers. 16: pp. 351-359)
Animal experimental f D.o mg/kg de peso corporal nhos 1638.6 nhos 330.0 rs desmamados 585.0
Utilizaram-se tradicionalmente as espécies Piper para induzir o aborto. A priedade anti-fertilidade referida da piperina foi investigada em animais laboratoriais /achaturawat, P. et «/.(1982), "Post-coital antifertility ctfect of piperine”, Contraception. pp. 625-633 and Kholkute. S.E. et al.( 1979). '‘Antifertility activity of the fruits of Piper gum in femalc rats”. Indian .1. Exn. Biof. 17; 289-290). A piperina inibiu lificativamente a gravidez em ratinhos quando administrada quer pela via intraperitoneal *r pela via oral de administração a uma dose de 12,5 mg, kg de peso corporal, duas vezes | dia. A piperina foi eficaz tanto nos períodos dc pré- e pós-implementação. No entanto, indo utilizada numa dose dc 5 mg/kg de peso corporal/dia, que é aproximadamente 70 les maior do que a dose bioaumentadora. a piperina não apresentou nenhuma actividade Ífertilidade nos ratinhos. A dose de piperina que inibe significativamente a gravidez em Jtos não interferiu com o ciclo de estrogénio, não mostrou efeito uterotropico, e não ,uziu toxicidade clinicamente noticiável. O mecanismo de acção anti-fertilidade da rina não é conhecido ao presente, mas não opera através de um mecanismo hormonal ou /idade uterotonica. I Os extractos de pimenta negra mostraram possuir actividade inibitória tumoral Íder. J.W. et al. (1969), “Tumor ínhibitorv plants”, Aust J. Chem.. 22; pp 1531-1538), ; um relatório aponta para uma possibilidade de eleito carcinogénico da pimenta negra sncon, J.M. et al (1979), “Black pepper: Evidcnce of carcinogencity”, Nutrition and
87 060 ΕΡ0 810 868/PT 21
4 Câncer. 1; ρρ. 22-26). Neste estudo aplicou-se topicamente a ratinhos de três meses um extracto de etanol de pimenta negra numa dose calculada como 400 a 700 vezes maior do que a dose de piperina farmacologicamente eficaz. Este tratamento resultou no aumento significativo na ocorrência de tumor em ratinhos. Os autores deste relatório discutem vários químicos que são conhecidos componentes em extractos de pimenta negra como possíveis culpados. Safarolo, taninos e terpenóides como d-limoneno, 1-pineno, linalool e felandreno são especificamente mencionados como potenciais carcinogénios, cocarcinogénios, ou promotores de tumor. A piperina não foi directamente implicada pelo relatório como um possível composto tumorigénico, mas porque contém a estrutura metilendioxibenzeno em comum com safarolo, chavícina, piperitina e miristicina pode ser problemática. No entanto, os testes que se relacionavam com o metabolismo de safarolo e de piperina mostraram que apesar da parecença química, a piperina e o safarolo são metabolizados de forma diferente, dando origem a diferentes tipos de produtos (Ionnoids, C. et al. (1981), “Safarole: Its metabolism, carcinogenicity and interactions with cytochrome P-450”, Food and Cosmetics Toxicolosv. 19; pp. 657-666 e Bhat, B.G., Chandrasekhara, N. (1987), “Metabolic Disposition of Piperine in the rat”, Toxicolosv. 44: pp. 99-106). A piperina e o safarolo interagem de forma diferente com os microssomas hepáticos de rato, e essas diferenças podem ser atribuídas às dissemelhanças estruturais nas cadeias laterais desses dois compostos (Wrba, H. et al. (1992) “Carcinogenicity testing of some constituents of black pepper (Piper nigrum)”, 44(2); pp. 61-65). Por exemplo, o teor de citocromo P-450 dos microssomas hepáticos diminuiu em aproximadamente 20% devido ao tratamento de ratos com piperina, ao passo que o pré-tratamento de safarolo aumentou o teor de citocromo P-450 em cerca de 50%.
Num teste separado, ratinhos pré-desmamados injectados com safarolo, ácido tânico ou metilcolantreno, um carcinogénio de referência, desenvolveram tumores. O safarolo e o ácido tânico mostraram ser fracos carcinogénios quando comparados com o metilcolantreno. A alimentação de d-limoneno aos ratinhos que foram injectados com qualquer umas das três substâncias acima reduziu a sua actividade carcinogénica. Alimentar piperina aos ratinhos a receber os três compostos não modificou a sua actividade carcinogénica (Wrba, H. et al. (1992) “Carcinogenicity testing of some constituents of black pepper (Piper nigrum)”, 44(2); pp. 61-65).
Devido à sua interacção com enzimas metabolizadoras de xenobióticos, a piperina pode potencialmente inibir a destoxificação de alguns compostos tóxicos. Para investigar esta possibilidade estudou-se in vitro a influência da piperina em várias enzimas que se relacionam infimamente com o sistema de metabolismo e destoxificação de um composto tóxico como o benzo(a)pireno (Chu, C.Y. et al. (1994), “Modulatory effect of piperine on
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ΕΡ 0 810 868 /PT benzopyrene-induced cytotoxicity and DNA adduct formation in V-79 lung fibroblasts”, Food and Chem. Toxicol.. 32 (4); pp. 373-377). Este estudo mostrou que a piperina elevava signifícativamente in vitro a citotoxicidade do benzo(a)pireno. Os resultados deste estudo são negados, no entanto, por outro relatório que indica que a piperina pode de facto inibir a activação de benzo(a)pireno diminuindo a produção de óxido de benzo(a)pireno, diminuindo assim a citotoxicidade do benzo(a)pireno (Atai, C.K. et al. (1985), “Biochemical basis of enhanced drug bioavialability by piperine: evidence that piperine is a potent inhibitor of drug metabolism”, J. Pharmacol. Exd. Therao.· 232; pp. 258-262).
Num artigo de revista (Journal of Ethnopharmacology, vol. 37, pp. 85-91, 1992) Johri e Zutschi resumem os efeitos da piperina na biodisponibilidade de determinadas drogas. A alteração das oxidases hepáticas de função mista pode potencialmente conduzir a efeito hepatotóxico. Analisou-se a piperina para a potencial hepatotoxicidade em ratos (Dalvi, R.R., Dalvi, P.S. (1991) “Differences in the effect of piperine and piperonyl butoxide on hepatic drug metabolizing enzymes in rats”, Drug Metabl. Drug Interact. 9(1); pp. 23-30). Administrou-se intra-gastricamente piperina aos animais em doses de 100 mg e 800 mg/kg, e intra-peritonealmente em doses de 10 mg/kg e 100 mg/kg. Nenhum dos regimes de tratamento alterou signifícativamente as seguintes enzimas hepáticas indicativas de dano hepático: sorbitol-desidrogenase do soro (SDH), alanina-aminotransferase (ALT), aspartato-aminotransferase (AST) e isocitrato-desidrogenase (ICD).
Num estudo separado verificou-se que a piperina possui uma acção hepatoprotectora em ratinhos tratados com tetra-hidroperóxido de hepatotoxinas e tetracloreto de carbono potentes (Koul, I.B., Kapil, A. (1993), “Evaluation of the liver protective potential of piperine, an active principie of black and long peppers”, Planta Med.. 59(5); pp. 413-417). Este efeito protector, demonstrado por testes in vivo e in vitro, foi explicado pela diminuição, mediada por piperina, da peroxidação de lípidos, e pela redução de danos hepatocelulares, como se mede pela reduzida dispersão enzimática de glutamato-piruvato-transaminase e fosfatase alcalina. A piperina preveniu também a depleção de glutationa reduzida e do total de tióis no fígado. A glutationa reduzida é uma das biomoléculas mais importantes na prntecção contra citotoxicidade induzida quimicamente, e pode eliminar os compostos tóxicos por conjugação. O efeito da piperina na peroxidação de lípidos e nas enzimas hepáticas foi confirmado em outros estudos, que mostram que a piperina inibe a formação de peróxido de lípidos e anula os níveis elevados de fosfatase ácida em ratos injectados com carragenina - 23 87 060 ΕΡ Ο 810 868/PT um composto que se sabe estimular a formação de peróxido hepático (Dhuley, J.N. et al. (1993), “Inhibition of lipid peroxidation by piperine during experimental inflammation in rats”, Ind. J. Exp. Biol. 31; pp. 443-445). A saída de peróxido hepático é aumentada como resultado de dano de lisossomas, provavelmente provocado indirectamente pela acção inflamatória de carragenina, com subsequentes níveis elevados de peroxidação de lípidos hepática e fosfatase ácida. A reacção de nitrogenação de piperina é preocupante, uma vez que a nitrogenação endógena podia ocorrer no estômago humano a partir da piperina e dos nitritos ingeridos (Wakabayashi, K. et al. (1989), “Mutagens and carcinogens produced by the reaction of environmental aromatic compounds with nitrite”, Canc. Surv.. 8(2); pp. 385-399). Esta combinação pode conduzir a produtos potencialmente mutagénicos. Os nitritos podem ser ingeridos através do consumo de alimentos curados, tais como came e, em particular, bacon. Todavia, os dados de investigação indicam uma remota possibilidade de qualquer potencial reacção de nitrogenação de piperina, pelas seguintes razões: * o consumo médio de pimenta para fins culinários e dose proposta de piperina para efeitos farmacológicos estão bem abaixo das doses de piperina necessárias para que ocorra uma significativa reacção de nitrogenação; * uma série de constituintes alimentares, tais como ácido ascórbico, tocoferóis, fenólicos e flavanóides vegetais exercem efeito protectivo contra a formação de derivados nitro. Assim, a formação de compostos nitro com piperina, se alguns, seria um facto competitivo e multi-factorial; * o estudo recente indica que devido à tomada de consciência de efeitos perniciosos na saúde das nitrosaminas voláteis, nota-se uma tendência para diminuir continuamente os níveis de nitrosaminas voláteis em todos os tipos de alimentos, com a excepção do bacon frito.
As doses de piperina, recomendadas para o aumento da biodisponibilidade são relativamente baixas quando comparadas com as doses tóxicas, e traduz-se numa dose de piperina pura numa gama de 2,5 a 5 mg por dose. Essa dose iguala uma dose diária média de 0,04-0,25* mg de piperina/kg de peso do corpo [Quadro 8]. 24 87 060
ΕΡ 0 810 868/PT
Quadro 8: Consumo humano médio de piperina como composto bioelevador mg/pessoa mg/kg** Bioperine® diário 2,5-15* 0,04-0,25 Bioperine® mensal 75-450 1,25-7,5 Bioperine® anual 900-5400 —:-r— 1 .—. irr ":—?sr 15-900 * dose diária calculada com base na dose estimada de Bioperine’ mais baixa e mais elevada utilizada diariamente, 1-3 vezes, como complemento bioelevador. ** peso médio de uma pessoa csliinado cm 60 kg.
Exemplo 14
Preparação obtida num único processo de fabrico.
Utiliza-se oleorresina de pimenta negra ou oleorresina de malagueta comercialmente disponíveis como fonte de piperina. Pode também utilizar-se pimenta negra ou malagueta moída.
Adiciona-se a uma mistura de butanol e hexano (35 litros), 35 kg de oleorresina de pimenta negra e aquece-se até 40°C. Depois, arrefece-se e filtra-se a mistura.
Lava-se o precipitado com mistura de butanol/hexano para obter piperina em bruto.
Dissolve-se a piperina em bruto em metanol a 60°C e trata-se com alumina e carvão por agitação. Depois, filtra-se e concentra-se sob vácuo para se obter um pó.
Bioperine®. O material assim preparado tem as seguintes especificações: Cor: pó cristalino amarelo pálido.
Gama de fusão: 128 graus - 131 graus Celsius.
Ensaio: piperina 98% pura no mínimo (por HPCL).
Lisboa, i2. iM
Por SABINS A CORPORATION - O AGENTE OFICIAL -
Claims (8)
- 87 060 ΕΡ 0 810 868/PT 1/2 REIVINDICAÇÕES 1. Utilização de pipcrina sintética ou dc um cxtracto contendo piperina para a produção de uma composição para aumentar a absorção gastrointestinal de nutrientes num indivíduo a uma dose não superior a 0,15 mg/kg de peso corporal do referido indivíduo.
- 2. Utilização de acordo com a reivindicação 1, onde a referida dose é de 0,0004 a 0,15 mg/kg de peso corporal, para administração oral.
- 3. Utilização de acordo com a reivindicação 1, onde a referida dose é de 0,00004 a 0,015 mg/kg de peso corporal, para administração parentérica.
- 4. Utilização de piperina sintética ou de um extracto contendo piperina para a produção de uma composição para aumentar a massa corporal magra num indivíduo.
- 5. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, onde o referido extracto contendo piperina compreende pelo menos um membro seleccionado a partir do grupo que consiste num extracto de pimenta negra e um extracto de malagueta.
- 6. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, onde o referido indivíduo é um ser humano.
- 7. Utilização de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, onde a referida composição compreende pelo menos um material adicional seleccionado a partir do grupo que consiste em extractos herbáceos, vitaminas solúveis em água, vitaminas solúveis em gorduras, aminoácidos e anti-oxidantes.
- 8. Utilização de acordo com a reivindicação 7, onde os referidos extractos herbáceos são seleccionados no grupo que consiste num extracto de raízes de Zingiber officinale, extracto de ginseng, curcumina, boswelina, ashwagandha, ginko biloba, capsaicina e aconitina; as referidas vitaminas hidro-solúveis são seleccionadas no grupo que consiste em vitamina Bl, vitamina B2, niacinamida, vitamina B6, vitamina B12, ácido fólico e vitamina C; as referidas vitaminas lipossolúveis são seleccionadas no grupo que consiste em vitamina A, vitamina D, vitamina E e vitamina K; os referidos anti-oxidantes são seleccionados no grupo que consiste em vitamina A, vitamina C, vitamina E, alfa-caroteno, trans-beta-caroteno, beta-criptoxantina, licopeno, luteína/zeaxantina. complexo bioflavonal de casca de pinheiro, germânio, selénio, e zinco; os referidos aminoácidos são seleccionados no grupo que consiste em lisma, isoleucma, leucina, treonina. valina, triptofano, fenilalanina, 87 060 ΕΡ 0 810 868/PT 2/2 metionina e L-selenometionina; e os referidos minerais são seleccionados no grupo que consiste em cálcio, ferro, zinco, vanádio, selénio, crómio, iodo, potássio, manganês, cobre e magnésio. Lisboa, 12. B!. 2021 Por SABINSA CORPORATION - O AGENTE OFICIAL -
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