PT7614U - Dispositivo de uniao de tubos com garras de retencao basculantes dispositivo de uniao de tubos com garras de retencao basculantes - Google Patents

Description

2

~ίΐ^-'\ϋώϋ Ο presente pedido de modelo de utilidade refere-se a um dispositivo de união de tubos com garras de retenção basculantes, especialmente aplicável no acoplamentc de tubos feitos de qualquer material, incluindo os materiais metali cos.

Conhecem-se actualmente diversos dispositivos de acoplamento ou união de tubos, constituídos fundamentalmente por dois ou mais elementos concêntricos que se enroscam um no ou nos outros , os quais, uma vez apertados, conseguem realizar a retenção do extremo do corpo tubular que se pretende ligar. A realização deste tipo de dispositi^ vos, alem de não oferecer normalmente uma garantia suficiente pelo que diz respeito a retenção do extremo liso do tubo a ligar, apresenta algumas deficiências pelo que se refere ã realização da união propriamente dita. :o 0 dispositivo, objecto do presente pedido de modelo de utilidade, distingue-se dos ja conhecidos, tan pela simplicidade da sua construção, como pela facilidade e eficiência com que se pode executar a união dos tubos. A retenção fica assegurada por meio de garras basculantes, unidas periféricamente ã parte anterior do corpo interior, mediante charneiras. Estas garras têm tendência a abrir-se por si mesmas mas fecham-se gradualmente ao enroscar as peças. Além disso, tais garras basculantes podem também estar dotadas de uma blindagem antideslizante que assegura a rete ção do extremo do tubo que se quer ligar ainda que este seja de um material de grande rigidez, incluindo os materiais metálicos.

De acordo com o indicado, a nova realização proposta tem como"caracteristica. própria o facto de que, sendo o dispositivo de união constituído por duas peças básicas concêntricas que enroscam uma na outra, alem da usual junta tÕrica de vedação estanque, a peça que constitui

o corpo interior apresenta frontalmente umas garras basculaji tes periféricas, cujo número e variável, garras essas que dependem do referido corpo interior, sendo feitas de preferência por meio de uma operação de moldação de materiais termoplásticos. As garras periféricas estão ligadas ao corpo interior da união mediante uma charneira formada por um estreitamento do proprio material, com a possibilidade de inclinar-se, abrindo-se ou fechando-se em frente da boca de entrada do corpo interior da união mas com uma tendência constante para abrir a fim de facilitar a entrada do extremo do tubo a ligar.

Estas garras que têm tendência para abrir ficarão alojadas dentro do corpo exterior da união de tal forma que, ao enroscar este corpo exterior, as garras se fecham gradualmente ao desenroscar o referido corpo, se abren relativamente devido a sua tendência constante para se separar entre si, efeito de abertura este em que poderá participar a junta torica elástica, associada as garras.

Outra caracteristica a destacar> relacionada com a anterior,' e a que se refere a operação de enroscar as duas peças concêntricas fundamentais, operação que, em principio, implicara a superação de um ressalto anular de retenção, de que está provido o corpo interior. Este ressalto facilitará a referida superação inicial, servindo depois de espera para marcar os limites adequados as operações de enroscar e de desenroscar. Deste modo, desenroscando os tubos até que a espera actue, sem que as duas peças do dispositivo se separarem, pode-se conseguir uma fácil introdução do extremo do tubo que deve ser unido, o qual será recebido pelas garras de retenção numa posição adequadamente aberta. Por outro lado, enroscando depois até que a espera oposta actue igualmente, obter-se-a uma retenção segura devido a acção das garras sobre o extremo do tubo que se quer ligar.

\λ

Para garantir esta retenção, as garras bas-culantes, que normalmente serão feitas de material termoplãs_ tico moldado, poderão ser dotados de uma blindagem antides-lizante constituída por umas peças metálicas sobrepostas, ajustadas aos dentes da garra. Estas peças possuem rebordos vivos de retenção que actuarão sobre o tubo a ligar, impedin do o seu deslizamento enquanto se mantiver o enroscamento ajustado do dispositivo.

Nos desenhos anexos, ilustra-se, a título de exemplo não limitativo, uma forma de realização do novo dispositivo de £acpplamento, em que se pode ver: na Fig. 1, um corte do corpo interior e de uma das garras basculantes, unida ao referido corpo por uma charneira; na Fig. 2, um corte da parte da frente do corpo interior com as garras fechadas por ajustamento do corpo exterior do acoplamento; na Fig. 3, um corte da zona de retenção recíproca das duas partes do dispositivo; e nas Figs. 4 e 5, diversas representações da blindagem antideslizante que se pode ligar com as garras basculantes.

Como mostram os mencionados desenhos, o corpo interior 1 do acoplamento prolonga-se para a frente por meio de garras de retenção 2 que possuem interiormente dentes de retenção. Estas garras 2 estão ligadas perifericamen-te ao corpo interior 1 por meio de charneiras 4, criadas pel ) estreitamento do próprio material do conjunto da peça unitária, neste caso, com possibilidade de movimento basculante, tal como indica a seta dupla mas com uma tendência constante para se efectuar a separação ou a abertura em relação ao eixo longitudinal do corpo interior 1.

Este corpo interior possui exteriormente uma parte roscada 5, seguida de um ressalto anular periférico 6, concebido de tal forma que pode ser ultrapassado inicialment* 5 . r·'·’

com um pequeno esforço, devido a relativa elasticidade do material.

Independentemente das características particulares descritas, o referido corpo interior 1 possui uma es^ pera de penetração 7 que limita o avanço do tubo introduzido que se quer unir, o qual ficara rodeado pela habitual junta torica de vedação 8, retida pelas garras basculantes 2, quaji do se fecham. A posição de máximo fecho destas garras de retenção 2 está representada na Fig. 2, onde estas estão representadas rodeadas pelo corpo exterior 9, cuja penetração por enrosca-mento na zona 5 do corpo interior 1 provocará o fecho gradual das garras basculantes 2, devido ao deslizamento de estrangulamento do perfil cÕnico interno 10 do corpo exterio" 9. Uma vez fechadas as garras basculantes de retenção 2, a junta de vedação estanque 8 ficara aprisionada na sua posição activa. A retenção do corpo exterior 9 sobre o corpo interior 1 está- representada esquematicamente na Fig. 3, na qual se pode observar, em corte, o extremo posterior do corpo exterior 9 com a sua cavidade interior circular 11 limitada por duas paredes rectas 12, que servem como espera que se cria em relação ao ressalto anular periférico 6 do corpo interior 1. Graças a inclinação do bordo externo 13 do corpo exterior 9, ao efectuar-se o enroscamento inicial este corpo exterior 9 sobre a parte roscada 5 do corpo interior 1, forçar-se-a o obstáculo criado pelo ressalto anular 6, devido também a inclinação deste. No entanto, uma vez ultra^ passado o obstáculo inicial e uma vez que o ressalto de retenção 6 esteja situado no interior da cavidade 11, as paredes interiores rectas 12 desta cavidade actuarão como esperas em relação ao deslocamento do corpo exterior 9, quan do este se enrosca e se desenrosca na zona exterior 5 do 6

t corpo interior 1. Desta forma, ao desenroscar-se até se atingir a espera, as garras de retenção 2 abrir-se-ão para receber ou soltar o extremo do tubo que se pretende ligar e, inversamente, ao enroscar ao máximo até se atingir a espera opostt, as garras 2 fechar-se-ão, retendo eventual mente o extremo do tubo que previamente se tenha introduzido no dispositivo de união.

Deste modo, sem necessidade de mais nenhuma manipulação, poderá acoplar-se ou desacoplar-se o extremo do tubo correspondente. com muita facilidade e eficiência e sem haver o perigo de enroscamentosdeficientes, nem de penetração de sujidade ou de corpos estranhos, etc., como acontece com frequência no caso dos outros dispositivos dí união de tubos. i

Finalmente, para assegurar o poder de retenção das garras basculantes de retenção 2, estas poderão possuir uma blindagem especial, tal como se indica nas Figuras 4 e 5. „.Esta blindagem é constituída por uma peça metálica com a forma de pinça ou de mola que se coloca, por autoretenção, sobre os dentes de retenção 3 dessas garras 2, ou com a forma de pinça anterior 14 ou com a forma de abraçadeira transversal 16. Como estas blindagens têm umas pregas 17 que se ajustam sobre os dentes 3 das garras 2, o rebordo 18 destas pregas da peça metálica reforçará a capacidade de retenção própria da garra, normalmente de material menos rígido, como, por exemplo plástico. Se, além disto, os rebordos possuirem uma aresta viva 19, o efeito de retenção sera tão intenso que pode ate assegurar o acoplamento de extremos de tubos metálicos. A auto-retenção da blindagem realiza-se graças a sua própria configuração, ajustada ã forma da garra 2 7

*— que deve recobrir, e especialmente devido aos dentes 3 da garra, sem que esse facto prejudique a possibilidade de exis. tência de remates 20 que se podem pregar no próprio material da garra 2 ou de ressaltos de fixação£1.

Tudo o que acima se descreve e se refere, poderá variar quanto aos pormenores de realização à utilização alternativa de umas ou outras soluções ou à substituição de uns meios determinados por outros equivalentes e são possíveis todas as modificações que não alterem, na sua essência, o dispositivo que se reivindica.

Claims (4)

1. REIVINDICAÇÕES 1- - Dispositivo de união de tubos, com garras de retenção basculantes, caracterizado pelo facto de compreender fundamentalmente duas peças cilíndricas concêntricas, das quais a interior se prolonga anteriormente por meio de garras de retenção dotadas no seu lado interno de dentes de retenção, sendo as referidas garras unidas ao corpo cilíndrico de que fazem parte, por meio de charneiras criadas pelo estreitamento do próprio material de que são feitas, e tendo a possibilidade de movimento basculante, mas sempre com tendência a abrir em relação ao eixo longitudinal do corpo cilíndrico de que fazem parte.
2. 2- - Dispositivo de união de tubos, com garras de retenção basculantes, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de possuir uma peça cilíndrica interior, da qual dependem as garras anteriores basculantes e outra peça sobreposta, ã esta, também cilíndrica, com uma parte posterior roscada interiormente e outra parte anterior lisa internamente, com uma configuração geralmente troncoco-nica, que rodeia o conjunto das garras basculantes, graduand) o fecho ao deslizar sobre as mesmas com um atrito que serã constante, dada a tendência para abrir que as respectivas charneiras proporcionam ãs garras.
3. 3- - Dispositivo de união de tubos com garras de retenção basculantes de acordo com as reivindicações ante riores, caracterizado pelo facto de a peça cilíndrica interior, da qual dependem as garras basculantes, possuir um ressalto anular situado depois da zona roscada, ressalto esse que se aloja dentro de uma cavidade da peça cilíndrica ext£ rior, limitada por paredes que fazem de espera em relação ao referido ressalto anular, nas posições máximas de enros- 9 camento e desenroscamento da peça exterior sobre a interior, as quais determinam o máximo fecho ou a máxima abertura das garras basculantes, na sua função de retenção ou de libertação do elemento tubular sujeito ao acoplamento.
4. 4- - Dispositivo de união de tubos, com garras de retenção basculantes, de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto de possuir uma blindagem metálica de recobrimento sobre os dentes de retenção das garras basculantes, blindagem essa que possui umas pregas ajustadas aos referidos dentes, sendo o bordo exterior de estas pregas que assegurarãa sujeição do elemento tubular, objecto do acoplamento, aumentando assim o poder de retenção das garras em caso de ser necessário. Lisboa, 31 de Julho de 1984 0 Agente Oficial da Propriedade Industrial