PT682514E - Utilizacao de anestesicos topicos para o fabrico de um medicamento para o tratamento da asma bronquial - Google Patents

Utilizacao de anestesicos topicos para o fabrico de um medicamento para o tratamento da asma bronquial Download PDF

Info

Publication number
PT682514E
PT682514E PT94907887T PT94907887T PT682514E PT 682514 E PT682514 E PT 682514E PT 94907887 T PT94907887 T PT 94907887T PT 94907887 T PT94907887 T PT 94907887T PT 682514 E PT682514 E PT 682514E
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
use according
topical anesthetic
pharmaceutically acceptable
acceptable salt
lidocaine
Prior art date
Application number
PT94907887T
Other languages
English (en)
Inventor
Gerald J Gleich
Tsukasa Ohnishi
Loren W Hunt
Original Assignee
Mayo Foundation
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Mayo Foundation filed Critical Mayo Foundation
Publication of PT682514E publication Critical patent/PT682514E/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/33Heterocyclic compounds
    • A61K31/395Heterocyclic compounds having nitrogen as a ring hetero atom, e.g. guanethidine or rifamycins
    • A61K31/435Heterocyclic compounds having nitrogen as a ring hetero atom, e.g. guanethidine or rifamycins having six-membered rings with one nitrogen as the only ring hetero atom
    • A61K31/44Non condensed pyridines; Hydrogenated derivatives thereof
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/16Amides, e.g. hydroxamic acids
    • A61K31/165Amides, e.g. hydroxamic acids having aromatic rings, e.g. colchicine, atenolol, progabide
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/16Amides, e.g. hydroxamic acids
    • A61K31/165Amides, e.g. hydroxamic acids having aromatic rings, e.g. colchicine, atenolol, progabide
    • A61K31/167Amides, e.g. hydroxamic acids having aromatic rings, e.g. colchicine, atenolol, progabide having the nitrogen of a carboxamide group directly attached to the aromatic ring, e.g. lidocaine, paracetamol
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/21Esters, e.g. nitroglycerine, selenocyanates
    • A61K31/215Esters, e.g. nitroglycerine, selenocyanates of carboxylic acids
    • A61K31/235Esters, e.g. nitroglycerine, selenocyanates of carboxylic acids having an aromatic ring attached to a carboxyl group
    • A61K31/24Esters, e.g. nitroglycerine, selenocyanates of carboxylic acids having an aromatic ring attached to a carboxyl group having an amino or nitro group
    • A61K31/245Amino benzoic acid types, e.g. procaine, novocaine
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K31/00Medicinal preparations containing organic active ingredients
    • A61K31/33Heterocyclic compounds
    • A61K31/395Heterocyclic compounds having nitrogen as a ring hetero atom, e.g. guanethidine or rifamycins
    • A61K31/435Heterocyclic compounds having nitrogen as a ring hetero atom, e.g. guanethidine or rifamycins having six-membered rings with one nitrogen as the only ring hetero atom
    • A61K31/44Non condensed pyridines; Hydrogenated derivatives thereof
    • A61K31/445Non condensed piperidines, e.g. piperocaine
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P11/00Drugs for disorders of the respiratory system
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P11/00Drugs for disorders of the respiratory system
    • A61P11/02Nasal agents, e.g. decongestants
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P11/00Drugs for disorders of the respiratory system
    • A61P11/06Antiasthmatics
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P17/00Drugs for dermatological disorders
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P25/00Drugs for disorders of the nervous system
    • A61P25/02Drugs for disorders of the nervous system for peripheral neuropathies
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P25/00Drugs for disorders of the nervous system
    • A61P25/30Drugs for disorders of the nervous system for treating abuse or dependence
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P27/00Drugs for disorders of the senses
    • A61P27/02Ophthalmic agents
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P27/00Drugs for disorders of the senses
    • A61P27/02Ophthalmic agents
    • A61P27/14Decongestants or antiallergics
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P43/00Drugs for specific purposes, not provided for in groups A61P1/00-A61P41/00

Landscapes

  • Health & Medical Sciences (AREA)
  • Life Sciences & Earth Sciences (AREA)
  • Veterinary Medicine (AREA)
  • Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Public Health (AREA)
  • Medicinal Chemistry (AREA)
  • General Health & Medical Sciences (AREA)
  • Animal Behavior & Ethology (AREA)
  • Pharmacology & Pharmacy (AREA)
  • Epidemiology (AREA)
  • General Chemical & Material Sciences (AREA)
  • Organic Chemistry (AREA)
  • Nuclear Medicine, Radiotherapy & Molecular Imaging (AREA)
  • Chemical Kinetics & Catalysis (AREA)
  • Bioinformatics & Cheminformatics (AREA)
  • Engineering & Computer Science (AREA)
  • Pulmonology (AREA)
  • Emergency Medicine (AREA)
  • Biomedical Technology (AREA)
  • Neurology (AREA)
  • Neurosurgery (AREA)
  • Ophthalmology & Optometry (AREA)
  • Pain & Pain Management (AREA)
  • Psychiatry (AREA)
  • Dermatology (AREA)
  • Otolaryngology (AREA)
  • Addiction (AREA)
  • Acyclic And Carbocyclic Compounds In Medicinal Compositions (AREA)
  • Pharmaceuticals Containing Other Organic And Inorganic Compounds (AREA)
  • Steroid Compounds (AREA)
  • Hydrogenated Pyridines (AREA)
  • Medicinal Preparation (AREA)
  • Medicines That Contain Protein Lipid Enzymes And Other Medicines (AREA)

Description

C\ /' • f
DESCRIÇÃO "UTILIZAÇÃO DE ANESTÉSICOS TÓPICOS PARA O FABRICO DE UM MEDICAMENTO PARA O TRATAMENTO DA ASMA BRONQUIAL"
Antecedentes da Invenção
Durante muitos anos, a asma bronquial foi encarada como uma anormalidade do músculo liso respiratório no qual os individuos afligidos passam pelo estabelecimento de espasmas bronquiais como uma consequência da sobrerreactividade do músculo liso bronquial. Mais tarde, pensou-se que o mastócito bronquial desempenhava um papel critico na estimulação do músculo liso bronquial através da produção de leucotrieno C4 (a substância de reacção lenta de anafilaxia) e histamina, que provocam constrição. Contudo, ao longo dos últimos anos, ocorreu uma alteração dramática no pensamento em relação á patofisiologia da asma bronquial e tornou-se suspeito o envolvimento de leucócitos eosinofilicos, ou "eosinófilos", na inflamação das vias respiratórias.
Os eosinófilos são um tipo de leucócitos contendo grânulos citoplasmáticos que coram fortemente com corantes acidicos. Os eosinófilos têm sido associados à asma bronquial desde o inicio deste século e encontram-se caracteristicamente em grande número no pulmão de doentes a morrer de asma {A.G. Ellis et ai., J. Med. Sei., 136, 407 (1908)). Em meados dos anos 70, demonstrou-se que a severidade da asma bronquial pode estar relacionada com o número de eosinófilos no sangue periférico dos doentes (B.R. Horn et al., N. Engl. J. Med., 292 1152 (1975)). Também por volta desta altura, estudos sobre eosinófilos demonstraram a presença de proteínas granulares básicas (catiónicas). Uma das principais proteínas associadas a grânulos de eosinófilos, a proteína básica principal (MBP), foi assim denominada porque, em cobaias, constitui mais de 50% da proteína granular, é fortemente básica (rica em arginina), e é de natureza proteica (G.J. Glelcli, J. Exp. Med., 138, 1459 (1973); T.L. Wasmoen et 1 « al., J. Biol. Chem., 263 12559 (1988)). A MBP é tóxica para vermes (helmintes) e células de mamíferos, e provoca lesões no epitélio respiratório bronquial (G.J. Gleich et al., Adv. Immunol., 39, 177 (1986)). Por exemplo, a aplicação directa de MBP ao epitélio respiratório em concentrações tão baixas quanto 10 μg/mL (7,1 x 10'7) provoca cicliostase e lesão epitelial. Esta lesão consiste no descame de células epiteliais para o lúmen do tracto respiratório, bem como na destruição alargada das células epiteliais. Os efeitos da MBP estão relacionados com a dose e doses mais elevadas provocam lesão mais rapidamente e numa extensão maior do que doses mais baixas (E. Frigas et al., Lab. Invest., 42, 35 (1980)). Estes efeitos são provocados tanto por MBP de eosinófilos de cobaias como de eosinófilos humanos, e têm impacto tanto nos tecidos respiratórios de cobaias como de humanos (G.J. Gleich et al., J. Immunol., 123 2925 (1979)).
As verificações de que a MBP provoca ciliostase, descamação de células epiteliais respiratórias e lesão das células epiteliais respiratórias são sugestivas das alterações patológicas observadas em asma bronquial. Na asma bronquial, um exsudado de eosinófilos, células epiteliais bronquiais normais e em degeneração, e aglomerados de células epiteliais, referidos como corpos de Creola, estão presentes no lúmen bronquial. Na mucosa e na submucosa bronquiais observam-se separação e perda de células ciliadas, e infiltração de eosinófilos. Assim, os efeitos do grânulo de eosinófilo in vitro são semelhantes à característica patogénica de asma bronquial (M.S. Dunnill, J. Clin. Path., 13, 27 (1960)).
Devido a esta constatação, os níveis de MBP na expectoração de doentes com asma bronquial foram medidos para determinar se eram elevados e até que grau. Os níveis de MBP nas amostras de expectoração de 206 doentes com várias doenças respiratórias foram medidos por radioimunoensaio. Em 165 destes doentes a MBP não foi mensurável ou as concentrações de MBP foram menores do que 0,1 μς/ιώ. Nestes 165 doentes apenas um doente possuía o 2 diagnóstico de asma. Entre 41 doentes com concentrações de MBP na expectoração maiores do que 0,1 μς/nL, 28 foram diagnosticados como possuindo asma, e nos 13 doentes restantes, 6 possuíam doença do pulmão obstruído, que se confunde frequentemente com asma. Em 15 doentes hospitalizados para o tratamento da asma, os níveis de MBP na expectoração variam entre 0,5 (0,04xl0"6 M) a 93 μg/mL (6,6xl0'e M) (média geométrica de 7,1 μg/mL, 0,51xl0“6 M) . Além disso, os níveis de MBP na expectoração nestes 15 doentes diminuiu durante a terapia com glucocorticoides (E. Frigas et al.r Mayo Clinic Proc., 56, 345 (1981)). Estes resultados indicam que os níveis de MBP no intervalo tóxico estavam presentes na expectoração de doentes com asma, que os níveis de MBP na expectoração eram mais elevados em doentes com doença aguda, e que os níveis de MBP na expectoração diminuem após terapia com esteróides. A possibilidade de a MBP provocar lesões directamente no epitélio bronquial foi testada utilizando a localização por imunofluorescência de MBP em tecidos do pulmão de doentes a morrer com asma (W. Filley et ai., 2 11 (1982)). Estes resultados demonstram que os doentes a morrer com asma possuem as características patológicas clássicas da asma bronquial com um zona de membrana basal mais espessa, hiperplasia de célula em taça, e infiltrações inflamatórias peribronquiais com eosinófilos na lamina própria. O exame destas mesmas secções através de imunofluorescência para localizar a MBP revelaram deposição de MBP no epitélio bronquial lesionado. Estes resultados demonstram que a MBP foi libertada a partir do eosinófilo e está presente em tecidos no sítio da lesão.
Estudos subsequentes alargaram estas observações demonstrando que não apenas a MBP, mas duas das outras proteínas de grânulo de eosinófilo catiónicas, nomeadamente peroxidase de eosinófilo (EPO) e proteína catiónica de eosinófilo (ECP), possuem a capacidade de danificar o epitélio bronquial (S. Motojima et al., Aiu. Rev. Respir. Dia., 139, 801 (1989)). As 3
análises do efeito da MBP no epitélio respiratório demonstrou que embora a MBP tenha reduzido a frequência de batimento ciliar, o seu efeito predominante foi o de reduzir o número de células ciliadas em batimento. O efeito da MBP em provocar a cessação de batimento ciliar foi observado em células do epitélio respiratório no próprio epitélio bem como em axonemas (os elementos contrácteis dos cílios)(A.T. Hastie et al., Am. Rev. Resp. Dis., 135, 845 (1987)).
Uma das anormalidades sinal na asma bronquial é a hiperreactividade bronquial. A hiperreactividade bronquial manifesta-se nos doentes através de uma irritabilidade acentuada do tractos respiratório a estímulos não específicos incluindo ar frio, poeira e, no laboratório, à inalação de metacolina. Esta hiperreactividade é um critério de diagnóstico para a asma (N.J. Gross et al., em Allergy, Principies and Practice Vol L, E. Middleton, Jr. et al., eds. (1988) na página 790). As análises da MBP em secreções pulmonares de doentes com asma (obtidas através da lavagem dos brônquios e dos alvéolos) demonstraram que os níveis de MBP nos fluidos pulmonares estão correlacionados com hiperreactividade (A.J. Wardlaw et al., Am. Rev. Resp. Dis., 137, 62 (1988)). Em macacos cinomólogos, a provocação de inflamação rica em eosinófilos está associada a um aumento da hiperreactividade bronquial e com a presença de MBP em secreções pulmonares, ambos os números de eosinófilos e da concentração de MBP estavam significativamente correlacionados com hiperreactividade bronquial a metacolina (R.H. Gundel et al., J. Appl. Physiol., 68 779 (1900)).
Ao nível molecular, a proliferação e diferenciação de eosinófilos foram reguladas por várias citoquinas, tais como IL-3, IL-5 e GM-CSF. Ver D.S. Silberstein et al., Hematol. Oncol. Clin. North Am., 3 511 (1989). Foi demonstrado por T. Valerius et al., J. Immunol, 145, 2950 (1990) que estas citoquinas, bem como a lFN-γ demonstraram prolongar a sobrevivência de eosinófilos in vitro, e aumentam a função dos eosinófilos (M.E. 4 r\ i \
Rothenberg et al., J. Clin. Invest., 81 1986 (1988); T. Fujisawa et al., J. Immunol, 144, 642 (1990); D.S. Silberstein et al., J. Immunol. , 137, 3290 (1986) ) i . Além disso, a IL-5 despoleta os eosinófilos para respostas de locomoção aumentada em relação a agentes quimiotácticos, tais como o factor de activação de plaquetas, leucotrieno B4, e IL-8 (R. Sehmi et al., Blood, 79, 2952 (1992)). Informação recente indica também que a IL-5 está presente no pulmão após reacções alérgicas pulmonares tardias induzidas por alergénico (J.B. Sedgwick et al., Am. Rev. Resp. Dis., 144, 1274 (1991) e ARNm para IL-5 se expressa no epitélio bronquial de doentes com asma (Q. Hamid et al., J. Clin. Invest., 87, 1541 (1991)). Estas observações sugerem que a inflamação associada a asma esteja criticamente dependente da presença de citoquinas, especialmente IL-5, e dados recentes que demonstram que os anticorpos contra IL-5 bloqueiam tanto a eosinofilia induzida pelo antigénio como a hiperreactividade induzida pelo antigénio apoiam esta sugestão (P.J. Mauser et al., Am. Rev. Resp. Dis., 145, A859 (1992)).
Os glucocorticoides são a classe de fármacos mais úteis para o tratamento de muitas desordens relacionadas com eosinófilos, incluindo asma bronquial (R.P. Schleimer et al., Am Rev. Respir. Dis., 141, 559 (1990)). Eles produzem eosinopenia em pessoas normais, diminuem os eosinófilos em circulação em doentes com eosinofilia, e reduzem o influxo de eosinófilos nos sítios inflamatórios (J.H. Butterfield et al., em
Antiinflammatory Steroid Action: Basic and Clinicai Aspects, R.P. Schleimer et al., eds. Academic Press, Inc. (1989) na p. 151. O mecanismo destes efeitos é ainda incerto. Lamas et al., em J. Immunol., 142, 3978 (1989) e J. Allergy Clin. Immunol. , 85, 282 (1990) relataram que os sobrenadantes de células endoteliais vasculares humanas cultivadas com glucocorticoides reduziram a actividade de aumento da sobrevivência de eosinófilos in vitro.
Recentemente, N. Wallen et al., J. Immunol., 147, 3940 5
(1991) relataram a inibição dependente da dose de sobrevivência mediada por IL-5 através de dexametasona, metilprednisolona e hidrocortisona, e a inibição da sobrevivência de eosinófilos mediada por IL-3, GM-CSF-, e IFN-γ através de dexametasona. A dexametasona produziu um aumento dependente da dose na EC50 para aumento da viabilidade mediado por IL-5. As potências inibitórias relativas de viabilidade de eosinófilos dos glucocorticoides testados estavam de acordo com potências anti-inflamatórias anteriormente descritas e com as afinidades para o receptor de glucocorticoide: dexametasona > metilprednisolona > hidrocortisona .
Contudo, para muitos doentes com asma, os glucocorticoides são a principal terapia e estes doentes podem necessitar de terapia com glucocorticoides durante períodos de tempo longos, p. ex., meses a anos. De facto, a doença pode ser caracterizada como de toxicidade de glucocorticoide crónica, no sentido em que a toxicidade destes esteróides podem provocar morbidez severa ou mesmo a mortalidade nos doentes. Além disso, a cessação da terapia com glucocorticoides leva a sintomas de remoção, tais como mau estar e dores musculares. Contudo, presentemente os glucocorticoides são a única terapia eficaz para asma severa e são prescritos a longo termo apesar da sua toxicidade. A informação discutida acima refere-se a asma bronquial e ao papel de proteínas de eosinófilo tóxicas exemplificadas por MBP na patofisiologia da asma bronquial. Existe evidência de que estas proteínas tóxicas também contribuem para a patogénese de doenças associadas a infiltração de eosinófilos no tracto respiratório superior. Por exemplo, G.H. Ayars et al. em Am. Rev. Resp. Dis.f 140, 125 (1989), relataram que a MBP é tóxica para o epitélio respiratório do nariz, e R. Bascom et al., em J. Allergy Clin. Immunol., 84, 338 (1989) verificaram que concentrações elevadas de MBP estão presentes nos fluidos nasais após febre dos fenos em condições experimentais. Como relatado por S.L. Harlin et al. , J. Allergy Clin. Immunol. , 81, 867 6
(1988), a MBP deposita-se no epitélio respiratório das vias respiratórias superiores em associação com a lesão do epitélio. Por isso, as proteínas granulares de eosinófilo tóxicas podem provocar doença das vias respiratórias superiores do mesmo modo que provavelmente o farão nas vias respiratórias inferiores no caso de asma bronquial.
Finalmente, I.J. Udell et al., em Am. J. Ophthamol., 92, 824 (1981) relataram que a MBP é elevada nas lágrimas de doentes com conjuntivite Primaveril, uma forma de inflamação alérgica do olho, e S.D. Trocme et ai., em Am. J. Ophthamol., 108, 57 (1989) verificaram que a MBP se deposita na conjuntiva inflamada destes doentes. Assim, existe evidência de que a MBP possa actuar como uma toxina para a conjuntiva.
Por isso, existe a necessidade de métodos terapêuticos melhorados para tratar doenças de hipersensibilidade, tais como a asma bronquial, que são provocadas por, ou agravadas por, eosinófilos ou as proteínas tóxicas libertadas pelos eosinófilos.
Sumário da Invenção A presente invenção proporciona a utilização de um anestésico tópico de acordo com as presentes reivindicações. Crê-se que os anestésicos tópicos úteis na presente invenção actuem directa ou indirectamente de modo a prevenir a acumulação e activação de eosinófilos. Crê-se que os anestésicos tópicos ou sais destes actuem como contrariando os efeitos das citoquinas activas de eosinófilos, tais como IL-5, em eosinófilos residentes nos pulmões do humano.
Uma realização preferida é dirigida a uma terapia para asma bronquial, inflamação intranasal associada a eosinófilos, incluindo pólipos nasais, inflamação da sinusite paranasal e rinite alérgica, e inflamação do olho associada a eosinófilo, tal como conjuntivite Primaveril e alérgica. A presente utilização envolve contrariar ou prevenir as sintomatologias 7
provocadas por eosinófilos no sítio de inflamação através da administração local de quantidades eficazes de um ou mais anestésicos ao humano afligido ou susceptível. Por exemplo, a presente invenção proporciona uma terapia para asma bronquial e para as outras doenças de hipersensibilidade do tracto respiratório, através da administração, por lnalaçao ou insuflação, de um anestésico tópico, tal como lidocaína, bupiracaína, etidocaína, tetracaína e afins. 0 anestésico tópico, por sua vez, é capaz de inibir a actividade .de citoquinas activas de eosinófilos, tais como IL-5, e assim limitando os efeitos negativos de eosinófilos no epitélio respiratório ou outros tecidos. A administração tópica de uma anestésico tópico, p. ex., em gotas para o nariz ou gotas para os olhos, pode aliviar os sintomas de condições devidas a inflamação associada a eosinófilos das passagens nasais ou do olho, tal como renite alérgica ou conjuntivite alérgica.
Assim, a presente invenção também proporciona um "kit" compreendendo empacotar o material e uma pluralidade de formas de dosagem unitária de um anestésico típico contido no referido material de empacotamento, como dentro de um inalador, nebulizador ou inalador de dose medida, ou dissolvido num veículo líquido e contido numa garrafa, estando a referida garrafa opcionalmente equipara com uma tampa compreendendo um meio de dosagem ou de dispersão. 0 referido material de empacotamento também compreende meios de instruções, e por isso ligado ao próprio, instruindo que um ou mais, p. ex. cerca de 1-4, das referidas formas de dosagem sejam administradas a um doente humano de modo a tratar a asma branquial ou uma ou mais das outras condições de hipersensibilidade discutidas acima, os referidos meios de instrução podem ser um rótulo impresso ou uma inserção na embalagem, uma cassete audio, uma cassete de vídeo ou um disco magnético. A presente invenção baseia-se na verificação de que amostras fluidas de lavagem broncoalveolares (BAL) obtidas a 8
7 L---> ♦ \ partir de um número de doentes asma sintomática foram capazes de diminuir a viabilidade de eosinófilos, abaixo dos níveis encontrados num fluido de controlo. Este facto foi surpreendente em relação à expectativa de estes fluidos conterem níveis elevados de citoquinas associadas a eosinófilos, tais como IL-5. 0 factor de inibição foi identificado como sendo a lidocaína, que é empregue largamente como um anestésico tópico em fluidos BAL. Como discutido abaixo, a lidocaína per se foi capaz de inibir citoquinas activas de eosinófilos a concentrações equivalentes às presentes nos fluidos BAL. Além disso, esta actividade foi confirmada para um número de outros anestésicos tópicos tanto da classe do benzoato como da de carboxamida. Também se verificou que a administração da lidocaína por inalação permite a doentes com asma bronquial reduzir a sua dependência em prednisona, indicando que a lidocaína pode funcionar como um agente mimético de glucocorticoides neste contexto.
Breve descrição das Figuras A Figura 1 é uma descrição gráfica do decurso do tempo do efeito da inibição da viabilidade de eosinófilos pela lidocaína. 0 meio de cultura foi suplementado com interleuquina 5 humana recombinante (rhIL-5) , a 10 pg/mL, e os efeitos na viabilidade de eosinófilos pela lidocaína (0,25 mg/mL)(-), ou meio de controlo (Hybri-Care®) (American Type Culture Collection, Rockville, MD) contendo gentamicina, a 50 μg/mL e soro de vitelo definido a 10% (Hyclone Laboratories, Logan, UT) (o) foram testados para comparar viabilidades aos dois e quatro dias. A Figura 2 é uma descrição gráfica do efeito da lidocaína na sobrevivência de eosinófilos mediada por citoquina. A lidocaína (0,25 mg/mL) (-) ou o meio de controlo (o) foi cultivado com eosinófilos (2,5 x lOVpoço) e citoquinas (rhIL-3 e rhIL-5), a 10 e 100 pg/mL, rgGM-CSF, a 2 e 20 pg/mL, rhlFNy, a 1 e 10 U/jiiL, em meio Hybri-Care, o volume total foi de 200 ^iL (rh 9 / = humano recombinante, GM-CSF = factor de estimulação de colónias de granulócito-macrófago, IFN-y= interferão gama). Após quatro dias de cultura foram determinadas as viabilidades de eosinófilos. A Figura 3 é uma descrição gráfica do regime de fármaco do Doente A em relação a triamcinolona (Painel A) , lidocaina (Painel B) e prednisona (Painel C). A Figura 4 é uma descrição gráfica do regime de fármaco do Doente B em relação a budesonida (Painel A), lidocaina (Painel B) e prednisona (Painel C).
Descrição Detalhada da Invenção Anestésicos Tópicos
Os anestésicos tópicos, crê-se que todos eles sejam úteis na presente invenção, são uma classe de fármacos reconhecida na técnica que interrompe temporariamente as transmissões nervosas em mamíferos. Eles pode ser agrupados de um modo geral em duas classificações químicas estruturalmente; as N-arilamidas ou carboxamidas, tais como lidocaina; e os aminoalquilbenzoatos, tais como procaína, benoxinato e proparacaína. As N-arilamidas preferidas compreendem as N-arilamidas(C7-C22) de ácidos carboxílicos (C1-C5) substituídos em amino, p. ex. N-[(mono- ou di-alquil (C1-C4))fenil] amidas ou ácidos carboxílicos (C1-C5) alifáticos, cujos ácidos são preferencialmente substituídos com a parte (R) (R1)N- em que R e R1 são cada um alquilo (C1-C5) . Por exemplo, um ácido carboxílico preferido pode possuir a fórmula geral (R) (R1)N(X)C02H em que R e R1 são como definido acima e X é um grupo alquileno (C1-C5) de cadeia simples ou ramificada tal como 1,1-etileno, 1,2-etileno, metileno, 2,2-propileno, 1-3-propileno, e afins. Outra classe preferida de N-arilamidas são as N-[(mono- ou di-alquil (C1-C4)) fenil]amidas ou ácidos carboxílicos heterocicloalifáticos de 5- ou 6- membros, cujos ácidos compreendem um ou dois átomos de N [alquil (C1-C4) substituídos], i.c., ácido N-butilpiperidina-2-carboxí1ico. 10
Os aminoalquilbenzoatos incluem ésteres entre ácidos benzóicos e álcoois da fórmula geral (R4) (R5) N (X) OH, em que X é como definido acima, R4 é H ou alquilo (C1-C4) , R5 é alquilo (Ci~ C4) ou R4 e R5 tomados em conjunto são um anel heterocicloalifático de 5- ou de 6- membros, opcionalmente substituído por alquilo (C1-C3) ou compreendendo um átomo O- ou N- adicional em anel. A parte de ácido benzóico pode ser a parte (R2) (R3)ArC02H em que Ar é um radical aromático -C6H3- ou "fenileno" e (fenileno) e cada R2 e R3 é H, halo, preferencialmente Cl, (R5) (H)N-, H2N- ou alcoxilo (C1-C5) .
Os anestésicos tópicos úteis incluem lidocaína ( (2-dietilamino)-N-(2,6-dimetilfenil)acetamida)(ver Lofgren et al. (Patente E.U.A. N° 2 441 498), May & Baker (Patente Britânica N° 706409) e J.F. Macfarlane & Co. (Patente Britânica N°. 758 224)); bupivacaína (1-butil-N-(2,6-dimetilfenil)-2-piperidenocarboxiamida) (ver Thuresson et al., (Patente E.U.A. N° 2 955 111) e Fármaco Sterling (Patentes Britânicas Nos. 1 166 802 e 1 180 712)); mepivacaína (2-piperidenocarboxiamida, N-(2,6-dimetilfenil)-1-metil), cloroprocaína (ácido 4-amino-2-clorobenzóico e éster 2-(dietilamino)etílico); procaína (éster 2-(dietilamino)etílico de ácido 4-aminobenzóico); etidocaína (N-(2,6-dimetilfenil)-2-(etilpropilamino)butanamida; ver Astra (Patente Alemã N° 2162744)); tetracaína (éster 2-(dimetilaminoetílico) de ácido 4-(butilamino)benzóico; ver Shupe (Patente E.U.A. N°. 3 272 700)); benoxinato (éster 2-(dietilamino)etílico de ácido 4-amino-3-butoxibenzóico (Patente R.U. N° 654 484)); proparacaína (éster 2-(dietilamino)etílico de ácido 3-amino-4-propoxibenzóico); dibucaína (3-butoxi-N-[2-(dietilamino)etil]-4-quinolinocarboxiamida; Miescher (Patente E.U.A. N° 1 825 623)); diclonina (1-(4-butoxifenil)-3-(1-piperidinil-l-propanona)); isobucaína (1-propanol, 2-metil-2-[(2-metilpropil)amino]benzoato; meprilcaína ([(2-metil)-(2-propilamino)propil]benzoato); piperocaína ((2-metil-piperidin-l-ilpropil(benzoato)); prilocaína (N-(2-metilfenil)-2- 11 (propilamino)propanamida); propoxicaína (2-(dietilamino)etil-([2'-metil-4'-amino]benzoato)); pirrocaina (1-(pirrolidin-l-il) -N-(2,6-dimetilfenil)acetamida; butacaína (((3- dibutilamino)propil)-(2'-aminobenzoato)); ciclometilcaina (((3-(2'-metilproperidina-l-il))propil)-[4'-ciclohexiloxi-benzoato]); dimetisoquina, diperodon, hexilcaína ((([(2-ciclohexilamino)(1-metil)]etil)(benzoato); proparacaína ({(2-dietil- amino)etil)[(4'-propiloxi-3'-amino)benzoato]); cocaína e os seus análogos (ver, F.I. Carroll et al., J. Med. Chem., 34 2719 (1991); Eur. J. Pharmacol., 184, 329 (1990); e os sais destes farmaceuticamente aceitáveis. Sais preferidos incluem os sais de adição amina de ácidos inorgânicos e orgânicos, p. ex. sais cloridrato, bromidrato, sulfato, oxalato, fumarato, citrato, malato, propionato e fosfato. Os sais cloridrato e sulfato são preferidos para utilização na presente invenção.
Estes anestésicos tópicos e os seus sais são discutidos em detalhe em Remington's Pharmaceutical Sciences, A. Osol, ed, Mack Pub. Co., Easton, PA (16a ed., 1980), e em The Merck Index (11a ed., 1989) .
Administração e Dosagens
Embora seja possível que, para utilização em terapia, os anestésicos tópicos ou sais destes possam ser administrados como os químicos puros secos, como por inalação de um pó fino através de um aparelho insuflador, é preferível apresentar o ingrediente activo como uma formulação farmacêutica compreendendo um ou mais anestésicos tópicos, ou sais destes farmaceuticamente aceitáveis, juntamente com um ou mais veículos destes farmaceuticamente aceitáveis e, opcionalmente, outros ingredientes terapêuticos e/ou profilácticos. 0(s) veículo(s) deve(m) ser "aceitáveis" no sentido de serem compatíveis com os outros ingredientes da formulação e não serem prejudiciais para o seu receptor.
As formulações farmacêuticas incluem as que são adequadas 12 para administração através de inalação ou insuflação ou para administração nasal, intraocular, ou de outro tipo (incluindo bucal e sub-lingual). A formulação pode, quando apropriado, ser convenientemente apresentada em unidades de dosagem discretas e pode ser preparada através de qualquer um dos métodos bem conhecidos na técnica farmacêutica. Todos os métodos incluem o passo de associar o composto activo com veículos líquidos ou veículos sólidos finamente divididos ou ambos.
Para administração ao tracto respiratório superior (nasal) ou inferior através de inalação, os compostos de acordo com a invenção podem convenientemente ser distribuídos a partir de um aparelho insuflador, nebulizador ou uma embalagem pressurizado ou outro meio conveniente de distribuição em sistema de aspersão de aerossóis. As embalagens pressurizadas podem compreender um impulsor adequado tal como diclorofluorometano, triclorofluorometano, dicloroterafluorometano, dióxido de carbono ou outro gás adequado. No caso de um aerossol pressurizado, a unidade de dosagem pode ser determinada proporcionando uma válvula para distribuir uma quantidade doseada.
Alternativamente, para administração por inalação ou insuflação, os compostos de acordo com a invenção podem tomar a forma de uma composição de pó seco, por exemplo, uma mistura de pó do composto e uma base em pó adequada tal como lactose ou amido. A composição em pó pode ser apresentada sob a forma de dosagens unitárias em, por exemplo, cápsulas ou cartuxos ou, p. ex., gelatina ou embalagens em vesícula a partir das quais o pó pode ser administrado com o auxílio de um inalador, insuflador ou um inalador de dose medida.
Para administração nasal, os compostos da invenção podem ser administrados através de gotas para o nariz, um sistema de aspersão de liquido, tal como através de um atomizador em garrafa de plástico ou um inalador de dose medida. Atomizadores típicos são o Mistometer (Wintrop) e o Medihaler (Riker). 13
As gotas, tais como as gotas para os olhos ou para o nariz, podem ser formuladas com uma base aquosa ou não aquosa compreendendo também um ou mais agentes de dispersão, agentes de solubilização ou agentes de suspensão. As aspersões de liquido são convenientemente distribuídas a partir de embalagens pressurizadas. As gotas podem ser distribuídas a partir de um simples frasco com tampa de conta-gotas, ou através de um frasco adaptado para distribuir o conteúdo líquido gota a gota através de uma tampa de concebida com um formato especial.
Para administração tópico ao olho, às membranas nasais ou á pele, os compostos de acordo com a invenção podem ser formulados como unguentos, cremes ou loções, ou como um emplastro transdérmico ou uma inserção intraocular. Os unguentos ou cremes podem, por exemplo, ser formulados com uma base aquosa ou oleosa com a adição de agentes adequados de espessamento e/ou gelificantes. As loções podem ser formuladas com uma base aquosa ou oleosa e geralmente conterão também um ou mais agentes emulsificantes, agentes estabilizadores, agentes de dispersão, agentes de suspensão, agentes de espessamento, ou agentes de coloração.
As formulações adequadas para administração tópica na boca ou garganta incluem pastilhas compreendendo o ingrediente activo numa base aromatizada, normalmente sacarose e acácia ou tragacanto; pastilhas compreendendo o ingrediente activo numa base inerte tal como gelatina e glicerina ou sacarose e acácia; e líquidos de lavagem bocal compreendendo o ingrediente activo num veículo líquido adequado.
Quando desejado, as formulações acima descritas adaptadas para proporcionar a libertação sustentada do ingrediente activo podem ser empregues, p. ex., em combinação com certas matrizes de polímeros hidrofílicos.
As composições farmacêuticas podem também conter outros ingredientes activos tais como agentes antimicrobianos, ou conservantes. 14
Os compostos da invenção podem também ser utilizados em combinação com outros agentes terapêuticos, por exemplo, broncodilatadores ou agentes anti-inflamatórios.
Deve ser ainda entendido que a quantidade de um composto da invenção necessário para a utilização no tratamento variará não apenas com o composto particular seleccionado mas também com a via de administração, a natureza da condição a ser tratada e a idade e condição do doente, e deve ser em última instância do entendimento do médico ou veterinário assistente. Contudo, de um modo geral, uma dose unitária adequada para contrariar a sintomatologia do tracto respiratório distribuirá desde cerca de 0,05 a cerca de 10-15 mg/kg, p. ex., desde cerca de 0,10 a cerca de 5,0 mg/kg de peso corporal por dia. A dose desejada pode convenientemente ser apresentada numa dose única ou como doses divididas administradas a intervalos apropriados, por exemplo, como duas, três, quatro ou mais sub-doses por dia. A própria sub-dose pode ser ainda dividida, p. ex., num número de administrações discretas espaçadas de forma livre; tais como inalações múltiplas a partir de um insuflador ou através da aplicação de uma pluralidade de gotas nos olhos ou no nariz. A invenção será ainda descrita com referência ao seguinte Exemplo detalhado.
Exemplo 1 - Inibição da Sobrevivência da Eosinófilos Mediada por IL-5 pela Licocaína A. Purificação de Eosinófilos
Os eosinófilos foram purificados a partir de sangue periférico humano, como anteriormente descrito por T. Fujisawa et al., J. Immunol., 144, 642 (1990). Em resumo, foi obtido sangue venoso heparinizado (10 U/mL) a partir de voluntários normais ou doentes com asma ou febre dos fenos suaves e foi sedimentado com dextrano a 6% em NaCl a 0,9% (Gentran 15 Λ „ 70) (Travenol Laboratories, Deerfield, IL) numa proporção de 5:1 (v/v) durante 45 minutos a 37°C. O tampão de cobertura foi lavado duas vezes em tampão Pipes (piperazina-N,N' -bis[ácido 2-etanossulfónico] a 25 mM), NaCl a 110 mM, KC1 a 5 mM, NaOH a 25 mM, glucose a 5,4 mM, pH 7,4) com ADNase a 50 U/mL (Sigma Chemical Co. St. Louis, MO). As células foram suspendidas em 2,4 mL de Percoll (Sigma), densidade de 1,070 g/mL, com soro de vitela definido (DCS) a 5%, inactivado por aguecimento (Hyclone Laboratories, Logan, UT) e depositado em camada sobre um gradiente descontinuo de Percoll consistindo nas seguintes densidades (g/mL): 1,080, 1,085, 1,090, 1,100, e 1,120. A osmolaridade do Percoll varia desde 290 a 315 mOsm/kg e o pH é 7,4. As células foram centrifugadas através do gradiente a 1 500 g num rotor de ângulo fixo JA-20 numa centrifuga Beckman J2-21 a 4°C durante 45 minutos. As fracções foram recolhidas e os números de eosinófilos foram determinados utilizando coloração de Randolph. As fracções ricas em eosinófilos foram reunidas, lavadas duas vezes em tampão Pipes com DCS a 1%, e utilizadas imediatamente para experiências. As preparações de eosinófilos foram > 80% puras e > 98% viáveis, como determinado por coloração de Randolph e por exclusão em azul tripano, respectivamente. Não houve contaminação por linfócitos ou monócitos. B. Ensaio de Sobrevivência de Eosinófilos
Os eosinófilos foram cultivados a 37°C e CO2 a 5% em 200 pL de meio Hydri-Care contendo gentamicina e DCS a 10% em placas de cpltura de tecidos de 90 poços de fundo liso, a uma concentração de células de 2,5 x 105/mL ou 1,25 x 105 células/mL. Não foi observada diferença na viabilidade a estas duas concentrações de células. A viabilidade foi determinada ao dia 4 para todas as experiências salvo especificação em contrário. Foram utilizados um hemacitómetro Neubauer (C.A. Hausser & Son; Filadélfia, PA) e microscópio de fluorescência para contar células vivas, coradas 16 de verde com diacetato de fluoresceína (B. Rotman et al., PNAS USA, 55, 134 (1966)), e as células mortas, coradas de vermelho com iodeto de propídio (G.R. Pullen et al., J. Immunol. Methods, 43 87 (1981)). A viabilidade foi calculada através da fórmula: viabilidade, % = (células vivas)/(células vivas + células mortas)) x 100%. Cada experiência foi realizada em duplicado e todos os resultados representam três ou mais experiências. C. Sobrevivência de Eosinófilos mediada por Citoquina e Efeitos de Anestésicos Tópicos
Como relatado por N. Wallen et al., J. Immunol., 147, 3940 (1991), foram determinadas as respostas de sobrevivência de eosinófilos a concentrações crescentes de IL-5, IL-3, GM-CSF e IFN-γ. Para a determinação do efeito de lidocaina e de outros anestésicos tópicos na sobrevivência mediada por citoquina, os eosinófilos foram cultivados na presença de concentrações especificadas de citoquina e de anestésico tópico, e a viabilidade na presença de anestésico de teste foi comparada com a viabilidade em meio apenas enriquecido em citoquina. Os anestésicos foram dissolvidos em NaCl a 0,15 M, armazenados a -20°C, e diluídos em meio imediatamente antes da utilização; assim, foi utilizado NaCl a 0,15 M como um controlo para cada experiência. Foram testados os efeitos dos anestésicos e o veículo de controlo na viabilidade mediada por citoquina. A inibição da viabilidade foi determinada através da fórmula: inibição, % = (Vmed - Van)/Vmed x 100%, em que Vmed = viabilidade em meio enriquecido apenas com citoquina e Van = viabilidade a concentrações especificadas de anestésico e citoquina. A IC50 é a concentração de anestésico que produz inibição de viabilidade em 50%. A alteração na dose-resposta a citoquina na presença de concentrações variadas de lidocaina foi testada e a EC50 para cada concentração de lidocaina foi calculada. A EC50 é a concentração de IL-5 que pruduz um aumento de viabilidade em 17
50%, o aumento de viabilidade em 50% foi determinado subtraindo a linha de base da viabilidade a partir da viabilidade máxima e dividindo a diferença por dois, ou V50 = (Vmax - V min)/2 + V^, em que V,^ = vaibilidade alcançada com concentração de citoquina óptima e Vmin = viabilidade na ausência de citoquina e anestésico. Para determinação do decurso de tempo do efeito do anestésico, o meio foi suplementado com rIL-5, 220 fM, ou 890 fM, e os efeitos de anestésico a 1000 nM, 100 nM, ou controlo foram testados por comparação das viabilidades a 1, 2 e 4 dias na presença ou ausência de anestésico. D. Estatística
Todos os valores são expressos como a média ± SEM e representa três ou mais experiências realizadas em duplicado. O significado das diferenças na viabilidade foi determinado utilizando um teste t de Student de uma cauda. E. Resultados
Como apresentado na Figura I, quando foi utilizado IL-5 a 10 pg/mL na cultura de eosinófilos, não foi observada inibição significativa pela lidocaína até ao dia 4 de incubação. Segundo, como apresentado na Figura 2, a inibição da sobrevivência de eosinófilos produzida pela lidocaína foi superada através de concentrações elevadas de citoquinas, excepto para IFN-γ.
Exemplo 2. Inibição de Eosinófilos por Anestésicos Locais
Para determinar se outros anestésicos locais, particularmente os da classe da carboxamida (lidocaína) ou da classe do benzoato também podem ou não inibir a viabilidade dos eosinófilos in vitro, foi realizado o ensaio do Exemplo l(c). os eosinófilos foram cultivados na presença de IL-5 a 100 pg/mL e lidocaína a 0,1 mM/mL e 0,01 mM/mL e de outros nove anestésicos tópicos, e a viabilidade na presença de anestésico foi comparada com a viabilidade em meio com e sem IL-5. Os resultados deste 18
estudo foram sumarizados na Tabela 1, abaixo.
Tabela I
Eosinófilos Viáveis 11-5 Anestésico Local, 1 mM/mL ao Dia 4 (X ± 100 pg/mL Lidocaina 10 ± 2 100 pg/mL Bupivacaina 0 + 0 100 pg/mL Cloroprocaina 54 ± 13 100 pg/mL Etidocaina 0 ± 0 100 pg/mL Procaina 59 ± 22 100 pg/mL Tetracaina 0 ± 0 100 pg/mL Benoxinato 0 ± 0 100 pg/mL Proparacaina 27 ± 8 100 pg/mL Dibucaina 0 ± 0 100 pg/mL Diclonina 0 ± 0 100 pg/mL Nenhum 78 ± 8 100 pg/mL Nenhum 69 ± 7 Nenhum Nenhum 22 ± 11 Como descrito acima, no ensaio de sobrevim eosinófilos, os eosinófilos são cultivados na ausência e na presença de um factor de estimulação de sobrevivência, tal como interleuquina (IL)-5. Na Tabela 1, a viabilidade de eosinófilos foi aumentada no meio de cultura pela adição de IL-5 a 10 ou a 100 pg/mL. Por exemplo, a sobrevivência de eosinófilos na ausência de qualquer factor de aumento de sobrevivência foi de 22% (78% dos eosinófilos morreram) em quatro dias. Na presença de IL-5, a sobrevivência de eosinófilos foi aumentada para 78% através de IL-5 a 100 pg/mL. Na presença de IL-5 a 100 pg/mL, lidocaina a 1 mM inibiu a sobrevivência de eosinófilos, dc modo a que apenas 10% das células eram viáveis ao dia 4. De forma semelhante, bupivacaina, etidocaina, tetracaina, benoxinato, dibucaina e diclonina inibiram de forma impressionante a sobrevivência de eosinófilos, sugerindo que estes eram tão 19 t. -n \ potentes, se não mais potentes, do que a lidocaina. Adicionalmente, a proparacaina também apresentou actividade de inibição de IL-5 fraca, reduzindo a sobrevivência de eosinófilos dos 78% esperados (na presença de IL-5 a 100 pg/mL) para 27%. Os resultados indicam que numerosos anestésicos tópicos possuem efeitos potentes na sobrevivência de eosinófilos e parecem exibir uma bioactividade que é comparável á exibida pela lidocaina.
Exemplo 3. Tratamento de Asma Bronquial com Lidocaina
Crê-se que os glucocorticoides sejam eficazes para controlar a asma bronquial devido à sua capacidade para interferir com a acumulação e activação indicadas pela citoquina de células inflamatórias, incluindo eosinófilos. Os Exemplos 1-2 indicam que a lidocaina e outros anestésicos tópicos são capazes de mimar a bioactividade de glucocorticoides. Por isso, a lidocaina foi avaliada em relação à sua capacidade para substituir glucocorticoides na terapia de asma bronquial.
A. Doente A O doente A é uma mulher (de 43 anos de idade) apresentando asma bronquial dependente de glucocorticoide crónica, severa. Esta doente iniciou-se com inalação com lidocaina (lidocaina aquosa a 2%, 2 mL por nebulização, quatro vezes por dia) distribuída através de um nebulizador deVilbiss (Modelo #5610D). A nebulização desta concentração de lidocaina não provocou outros efeitos colaterais para além de entorpecimento transiente da cavidade oral e das regiões superiores da faringe e da laringe, e estes foram bem tolerados. 0 doente A iniciou-se com a inalação de lidocaina no início de Setembro de 1992, numa altura em que estava a receber 40 mg de prednisona oralmente por dia, bem como 20 baforadas de asthmacort (triamcinolona) . Durante os quatro meses anteriores a doente tinha recebido terapia com prednisona virtualmente de 20 Γ \ r 7 forma contínua. A dose mais baixa administrada foi de 5 mg por dia durante um período de alguns dias em meados de Junho de 1992. Após essa redução na terapia a doente necessitou de um rápido aumento na quantidade de glucocorticoides para 40 mg diariamente e depois foi realizada uma diminuição gradual de modo a que ela recebeu 40 mg num dia e uma diminuição da prednisona do dia alternado. Como apresentado na Figura 3, a doente atingiu eventualmente uma dose de 20 mg de prednisona num dia e nenhuma prednisona no dia seguinte, mas este regime foi seguido por um aumento brusco e severo de asma, de modo a que durante um período de tempo em Julho ela necessitou de terapia com 80 mg de prednisona por dia. A iniciação da terapia com lidocaína em Setembro último foi associada a uma redução da tosse nocturna da doente e ao alívio da dificuldade de respiração da doente. A terapia anterior com prednisona, embora mantendo a asma sob controlo, não aliviou completamente os sintomas, enquanto que a terapia com lidocaína foi associada com um sentimento de bem estar e alívio de sintomas virtualmente completo. Após iniciação da terapia com lidocaína, a prednisona da doente foi reduzida gradualmente, de modo que em Dezembro de 1992 a doente estava a receber 5 mg dia em dias alternados, uma dose que ela não tinha sido capaz de alcançar senão por muito pouco tempo em Junho de 1992. Em meados de Novembro, ocorreu uma exacerbação de asma após uma infecção do tracto respiratório, que foi tratada adicionando à terapia da doente uma administração de 80 mg de prednisona.
B. Doente B A doente B é uma mulher (de 34 anos de idade), que se iniciou na terapia com lidocaína à volta de Setembro de 1992, como descrito na secção A, acima. Como apresentado na Figura 4, ela foi capaz de reduzir a terapia com prednisona de uma média de 50 mg diária para uma dose de 5 mg diariamente no início de Dezembro de 1992. F.sta redução não foi associada com nenhuns 21 efeitos desaqradáveis, para além daqueles que se podem antever a partir da redução de glucocorticoides em qualquer doente que esteja a receber glucocorticoides durante um período de tempo longo. (A remoção de glucocorticoides provoca um síndroma característico associado ao mau estar e a dores musculares; ambos os doentes A e B sofreram esses sintomas).
Todas as publicações e patentes são aqui incorporadas por referência como se cada publicação individual ou pedido de patente fossem especificamente e individualmente indicadas para serem incorporadas por referência. Especificamente, a literatura e as patentes incorporadas por referência na secção de "Anestésicos Tópicos" são incorporadas para o seu ensino sobre os análogos, sais e derivados dos anestésicos aqui especificamente revelados, que também podem ser utilizados na presente invenção.
Lisboa, 11 de Dezembro de 2001
22

Claims (17)

  1. REIVINDICAÇÕES 1. Utilização de um anestésico tópico no fabrico de um medicamento para o tratamento de humanos afligidos com uma desordem associada a eosinófilos, em que a referida desordem é inflamação intranasal, pólipos nasais, inflamação do sinus paranasal, rinite alérgica, inflamação ocular, conjuntivite Primaveril, conjuntivite alérgica, ou inflamação dérmica.
  2. 2. Utilização de um anestésico tópico no fabrico de um medicamento para tratar humanos afligidos com asma bronquial e sujeitos a terapia crónica com glucocorticoides, sendo o referido medicamento capaz de administração ao tracto respiratório dos referidos humanos através de aspersão ou nebulização e sendo capaz de contrariar os sintomas de asma bronquial e reduzir gradualmente a dependência dos referidos humanos na terapia de glucocorticoides.
  3. 3. Utilização de acordo com a reivindicação 1 ou 2, em que o medicamento é eficaz para contrariar os sintomas da referida doença através da inibição da actividade de citoquinas activas de eosinófilos.
  4. 4. Utilização de acordo com a reivindicação 1, em que o referido medicamento é adaptado para administração ao tracto respiratório do referido humano por aspersão ou nebulização.
  5. 5. Utilização de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 4, em que o referido medicamento compreende um veículo líquido farmaceuticamente aceitável. 1
  6. 6. Utilização de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 5, em que o referido medicamento proporciona o anestésico tópico a uma dose diária de 0,05-15 mg/kg.
  7. 7. Utilização de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, em que o referido anestésico tópico é uma N-arilamida ou um sal deste farmaceuticamente aceitável.
  8. 8. Utilização de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, em que o referido anestésico tópico é um aminoalquil-benzoato ou um sal deste farmaceuticamente aceitável.
  9. 9. Utilização de acordo com a reivindicação 7, em que o referido anestésico tópico é uma N-arilamida (C7-C22) de um ácido carboxilico (C1-C5) amino-substituído ou um sal deste farmaceuticamente aceitável.
  10. 10. Utilização de acordo com a reivindicação 7, em que o referido anestésico tópico é uma N-[(mono- ou di-alquil (Ci-C4))fenil]-amida de um ácido carboxilixo (C1-C5) alifático, em que o referido ácido é substituído por (R) (R')N-, em que R é alquilo (C1-C5) e R' é alquilo (C1-C5) ; ou um sal destes farmaceuticamente aceitável.
  11. 11. Utilização de acordo com a reivindicação 10, em que o referido anestésico tópico é lidocaína, prilocaina, ou etidocaina ou um sal destes farmaceuticamente aceitável.
  12. 12. Utilização de acordo com a reivindicação 11, em que o referido anestésico é lidocaína ou cloridrato de lidocaina.
  13. 13. Utilização de acordo com a reivindicação 8, em que o referido anestésico tópico é um éster entre um ácido carboxilico de fórmula geral: 2 (R2) (R3) ArC02H, em que Ar é C6H3 e cada R2 e R3 é H, halo, H2N-, alcoxilo (Ci-C5) ou (R5) (H)N- em que R5 é alquilo (C1-C4); e um álcool de fórmula geral (R4) (R5)N(X)OH,
    em que X é um alquileno (C1-C5) de cadeia ramificada ou simples, R4 é H ou alquilo (C1-C4) , R5 é alquilo (C1-C4) ou R4 e R5 tomados em conjunto podem ser um anel hetero-cicloalifático de 5- ou 6- membros, opcionalmente substituído por alquilo (C1-C3) ou compreendendo um átomo 0-ou N- adicional em anel, ou um sal destes farmaceuticamente aceitável.
  14. 14. utilização de acordo com a reivindicação 13, em que o referido anestésico tópico é procaína, cloroprocaina, diclonina, tetracaína, benoxinato, proparacaína, meprilcaína, piperocaína ou um sal destes farmaceuticamente aceitável.
  15. 15. Utilização de acordo com qualquer das reivindicações 1 a 6, em que o referido anestésico tópico é bupivacaina, dibucaína ou um sal destes farmaceuticamente aceitável.
  16. 16. Utilização de acordo com a reivindicação 2, em que o referido doente com asma bronquial está cronicamente dependente de terapia de glucocorticoide.
  17. 17. Utilização de acordo com a reivindicação 16, em que o referido glucocorticoide é prednisona. Lisboa, 11 de Dezembro de 2001
    3
PT94907887T 1993-02-02 1994-01-25 Utilizacao de anestesicos topicos para o fabrico de um medicamento para o tratamento da asma bronquial PT682514E (pt)

Applications Claiming Priority (1)

Application Number Priority Date Filing Date Title
US08/012,343 US5510339A (en) 1993-02-02 1993-02-02 Method for the treatment of bronchial asthma by administration of topical anesthetics

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT682514E true PT682514E (pt) 2002-03-28

Family

ID=21754520

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT94907887T PT682514E (pt) 1993-02-02 1994-01-25 Utilizacao de anestesicos topicos para o fabrico de um medicamento para o tratamento da asma bronquial

Country Status (12)

Country Link
US (2) US5510339A (pt)
EP (1) EP0682514B1 (pt)
JP (2) JPH08505157A (pt)
AT (1) ATE205389T1 (pt)
AU (1) AU685777B2 (pt)
CA (1) CA2155200C (pt)
DE (1) DE69428268T2 (pt)
DK (1) DK0682514T3 (pt)
ES (1) ES2164097T3 (pt)
NZ (1) NZ261990A (pt)
PT (1) PT682514E (pt)
WO (1) WO1994017790A1 (pt)

Families Citing this family (51)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US5589156A (en) * 1994-05-02 1996-12-31 Henry; Richard A. Prilocaine and hydrofluourocarbon aerosol preparations
US20020032160A1 (en) * 1995-02-24 2002-03-14 Nyce Jonathan W. Compositions & formulations with an epiandrosterone or a ubiquinone & kits & their use for treatment of asthma symptoms & for reducing adenosine/adenosine receptor levels
US5660835A (en) * 1995-02-24 1997-08-26 East Carolina University Method of treating adenosine depletion
US5928883A (en) * 1996-11-13 1999-07-27 Mayo Foundation For Medical Education Eosinophil granole proteins as indicators of inflammatory bowel disorders
US6071910A (en) * 1996-12-05 2000-06-06 Mayo Foundation For Medical Education And Research Use of agents to treat eosinophil-associated pathologies
US5837713A (en) * 1997-02-26 1998-11-17 Mayo Foundation For Medical Education And Research Treatment of eosinophil-associated pathologies by administration of topical anesthetics and glucocorticoids
US5881720A (en) * 1997-04-29 1999-03-16 The Procter & Gamble Company Method of delivering halotherapy
US6001357A (en) * 1997-08-27 1999-12-14 Shering-Plough Method of enhancing wound healing with anti-IL-5 antibody
US6598603B1 (en) * 1997-12-31 2003-07-29 Astra Aktiebolag Method for treating respiratory diseases
AU3370099A (en) * 1998-03-31 1999-10-18 Mayo Foundation For Medical Education And Research Use of platelet activating factor (paf) inhibitors to inhibit il-5 induced eosinophil activation or degranulation
US6172053B1 (en) 1999-02-24 2001-01-09 Ruben G. Fabunan Injection viral treatment
US6576224B1 (en) 1999-07-06 2003-06-10 Sinuspharma, Inc. Aerosolized anti-infectives, anti-inflammatories, and decongestants for the treatment of sinusitis
WO2001028550A1 (en) * 1999-10-15 2001-04-26 Mayo Foundation For Medical Education And Research Topical anesthetics useful for treating cancer, autoimmune diseases and ischemia
JP2003512321A (ja) * 1999-10-15 2003-04-02 マヨ ファウンデーション フォー メディカル エデュケーション アンド リサーチ PKC−δ活性のモジュレーションによる好酸球関連疾病の治療
CA2292902C (en) * 1999-12-24 2012-12-18 Alain Cadieux Use of calcitonin gene-related peptide in the prevention and alleviation of asthma and related bronchospastic pulmonary diseases
US20020046357A1 (en) * 1999-12-28 2002-04-18 Jiandong Huang Software-based fault tolerant networking using a single LAN
US6846486B1 (en) * 2000-02-24 2005-01-25 Advanced Biotherapy Concepts, Inc. Method of treating allergy by administering an anti-histamine antibody
WO2002000218A2 (en) * 2000-06-23 2002-01-03 Mayo Foundation For Medical Education And Research Methods of treating neutrophil-related diseases with topical anesthetics
USRE44145E1 (en) 2000-07-07 2013-04-09 A.V. Topchiev Institute Of Petrochemical Synthesis Preparation of hydrophilic pressure sensitive adhesives having optimized adhesive properties
US20050113510A1 (en) 2001-05-01 2005-05-26 Feldstein Mikhail M. Method of preparing polymeric adhesive compositions utilizing the mechanism of interaction between the polymer components
US8840918B2 (en) * 2001-05-01 2014-09-23 A. V. Topchiev Institute of Petrochemical Synthesis, Russian Academy of Sciences Hydrogel compositions for tooth whitening
US8206738B2 (en) 2001-05-01 2012-06-26 Corium International, Inc. Hydrogel compositions with an erodible backing member
CA2445086C (en) * 2001-05-01 2008-04-08 A.V. Topchiev Institute Of Petrochemical Synthesis Hydrogel compositions
AU2002316053A1 (en) * 2001-05-01 2002-11-11 A.V. Topchiev Institute Of Petrochemical Synthesis Two-phase, water-absorbent bioadhesive composition
US8541021B2 (en) * 2001-05-01 2013-09-24 A.V. Topchiev Institute Of Petrochemical Synthesis Hydrogel compositions demonstrating phase separation on contact with aqueous media
US20050215727A1 (en) * 2001-05-01 2005-09-29 Corium Water-absorbent adhesive compositions and associated methods of manufacture and use
US20030027833A1 (en) * 2001-05-07 2003-02-06 Cleary Gary W. Compositions and delivery systems for administration of a local anesthetic agent
US20040076671A1 (en) * 2002-10-21 2004-04-22 Aletha Tippett Methods and compositions for topical wound treatment
EP1565210B1 (en) 2002-11-21 2012-01-11 Ira Sanders Clostridial neurotoxin for use in the treatment of nasal congestion
US20050119340A1 (en) * 2003-06-13 2005-06-02 David Anderson Treatment methods with low-dose, longer-acting formulations of local anesthetics and other agents
MX348041B (es) 2003-12-31 2017-05-25 Cydex Pharmaceuticals Inc Formulación inhalante que contiene éter sulfoalquilico-ciclodextri na y un corticosteroide.
US20070020299A1 (en) 2003-12-31 2007-01-25 Pipkin James D Inhalant formulation containing sulfoalkyl ether cyclodextrin and corticosteroid
US20070020298A1 (en) * 2003-12-31 2007-01-25 Pipkin James D Inhalant formulation containing sulfoalkyl ether gamma-cyclodextrin and corticosteroid
AU2005210637B2 (en) 2004-01-30 2010-09-16 A.V. Topchiev Institute Of Petrochemical Synthesis Rapidly dissolving film for delivery of an active agent
DE602004023765D1 (de) * 2004-03-12 2009-12-03 Trinity College Dublin Magnetoresistives medium
WO2005102313A1 (ja) * 2004-04-21 2005-11-03 Kyowa Hakko Kogyo Co., Ltd. 慢性副鼻腔炎の予防および/または治療剤
CA2576158C (en) * 2004-08-05 2020-10-27 Corium International, Inc. Adhesive composition
US20060134008A1 (en) * 2004-12-16 2006-06-22 Daniel Deaver Compositions and methods for pulmonary conditions
US20070197486A1 (en) * 2005-12-20 2007-08-23 Verus Pharmaceuticals, Inc. Methods and systems for the delivery of corticosteroids
US20070178049A1 (en) * 2005-12-20 2007-08-02 Verus Pharmaceuticals, Inc. Systems and methods for the delivery of corticosteroids having an enhanced pharmacokinetic profile
US20070160542A1 (en) * 2005-12-20 2007-07-12 Verus Pharmaceuticals, Inc. Methods and systems for the delivery of corticosteroids having an enhanced pharmacokinetic profile
US20070185066A1 (en) * 2005-12-20 2007-08-09 Verus Pharmaceuticals, Inc. Systems and methods for the delivery of corticosteroids
US20070249572A1 (en) * 2005-12-20 2007-10-25 Verus Pharmaceuticals, Inc. Systems and methods for the delivery of corticosteroids
JP2009526858A (ja) * 2006-02-15 2009-07-23 ティカ レーケメデル アーベー コルチコステロイド溶液を製造する方法
WO2007136707A2 (en) * 2006-05-17 2007-11-29 University Of Utah Research Foundation Methods and compositions related to eosinophil regulation
US20100260744A1 (en) * 2007-07-11 2010-10-14 Medvet Science Pty Ltd. Regulating il-4 and il-13 levels by blocking high affinity binding by il-3, il-5 and gm-csf to their common receptor
EP2387394B1 (en) 2009-01-14 2018-05-02 Corium International, Inc. Transdermal administration of tamsulosin
RU2446839C1 (ru) * 2010-08-13 2012-04-10 Государственное учреждение Московский областной научно-исследовательский клинический институт им. М.Ф. Владимирского (ГУ МОНИКИ им. М.Ф. Владимирского) Способ комплексного лечения больных с воспалительными заболеваниями придаточных пазух носа
US9636425B2 (en) * 2012-09-18 2017-05-02 Focal Point Technologies, Llc Method of dry dye delivery for staining the eye
US9877971B2 (en) * 2015-06-15 2018-01-30 Banner Life Sciences Llc Soft lozenges comprising corticosteroids
US9867834B2 (en) 2015-06-15 2018-01-16 Banner Life Sciences Llc Non-systemic topical compositions comprising corticosteroids

Family Cites Families (5)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
FR3385M (fr) * 1963-12-02 1965-06-21 Sobio Lab Compositions thérapeutiques a base d'ascorbate de procaine.
US4626530A (en) * 1981-06-23 1986-12-02 Schulte Thomas L Treatment of eye inflammation with biphenamine
US4466973A (en) * 1983-02-01 1984-08-21 Thomas Rennie Method of treating nasal and sinus congestion
US4748022A (en) * 1985-03-25 1988-05-31 Busciglio John A Topical composition
US5134166A (en) * 1988-12-02 1992-07-28 Genderm Corporation Method for treating nasal disorders and headaches

Also Published As

Publication number Publication date
DK0682514T3 (da) 2002-01-14
AU6128294A (en) 1994-08-29
ATE205389T1 (de) 2001-09-15
EP0682514A1 (en) 1995-11-22
ES2164097T3 (es) 2002-02-16
JPH08505157A (ja) 1996-06-04
NZ261990A (en) 1997-08-22
JP2001192334A (ja) 2001-07-17
CA2155200C (en) 2006-12-19
US5510339A (en) 1996-04-23
WO1994017790A1 (en) 1994-08-18
DE69428268T2 (de) 2002-06-27
AU685777B2 (en) 1998-01-29
CA2155200A1 (en) 1994-08-18
EP0682514B1 (en) 2001-09-12
DE69428268D1 (de) 2001-10-18
US5631267A (en) 1997-05-20

Similar Documents

Publication Publication Date Title
PT682514E (pt) Utilizacao de anestesicos topicos para o fabrico de um medicamento para o tratamento da asma bronquial
US5837713A (en) Treatment of eosinophil-associated pathologies by administration of topical anesthetics and glucocorticoids
WO1994017790A9 (en) Use of topical anesthetics for the manufacture of a medicament for the treatment of bronchial asthma
CA2466338C (en) New uses for anti-malarial therapeutic agents
US20060100276A1 (en) Method of treating neutrophil-related diseases with topical anesthetics
CH680983A5 (pt)
US20060110449A1 (en) Pharmaceutical composition
AU2002363443A1 (en) New uses for anti-malarial therapeutic agents
US6071910A (en) Use of agents to treat eosinophil-associated pathologies
ZA200806671B (en) Therapeutic compositions for intranasal administration of ketorolac
AU2001271386A1 (en) Methods of treating neutrophil-related diseases with topical anesthetics
CA2811345C (en) Compound composition for inhalation used for treating asthma
JP2003534298A (ja) 咳の新規治療法
JPH0222733B2 (pt)
MXPA06008240A (es) Metodos de tratamiento.
BRPI0616144A2 (pt) composiÇço terapÊutica, uso de uma composiÇço terapÊutica,composiÇço farmacÊutica, e, uma primeira composiÇço terapÊutica compreendendo um composto s-nitrosotiol e uma segunda composiÇço terapÊutica compreendendo um segundo composto que nço o composto s-nitrosotiol
ITMI971789A1 (it) Farmaco attivo nel ridurre la produzione di proteina mcp-1
JPH11510184A (ja) リポ蛋白レベルを低下させるための医薬の製造用スルファミン酸誘導体、アシルスルホンアミドまたはスルホニルカルバメートの使用
WO1999043308A2 (en) Treating pulmonary hypertension through tenascin suppression and elastase inhibition
AU4584702A (en) Treatment of eosinophil-associated pathologies such as bronchial asthma with synergistic combinations of glucocorticoids and a local anesthetics
ITMI971788A1 (it) Farmaco attivo nel ridurre la produzione di proteina mcp-1
KR20050034760A (ko) 선택적 포스포디에스테라제-4 억제제에 의한 비알레르기성비염의 치료방법