PT657490E

PT657490E - Processo de preparacao de um material composito e material resultante

Info

Publication number: PT657490E
Application number: PT94402798T
Authority: PT
Inventors: Patrick Moireau; Timothy Johnson
Original assignee: Saint Gobain Vetrotex
Priority date: 1993-12-09
Filing date: 1994-12-06
Publication date: 2002-02-28
Also published as: DK0657490T3; BR9404914A; KR950017796A; CN1059911C; US5989711A; CN1109408A; TW306927B; CA2137438A1; DE69428094D1; US5972504A; EP0657490A1; DE69428094T2; ES2162848T3; FR2713647B1; EP0657490B1; ATE204888T1; US5789074A; JPH07206479A; FR2713647A1

Description

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DESCRIÇÃO EPÍGRAFE : “PROCESSO DE FABRICAÇÃO DE UM MATERIAL COMPÓSITO E MATERIAL RESULTANTE’’ A presente invenção diz respeito a um processo de fabricação de um material compósito formado de uma matéria orgânica reforçada por fios de vidro. A fabricação de um material compósito deste género foi objecto de numerosas publicações, nomeadamente de pedidos de patente ou de patentes.

De uma maneira geral, os fios de vidro são revestidos, durante a sua fabricação, de uma untagem cuja composição é função da natureza da matéria orgânica que eles irão reforçar. A untagem depositada sobre os filamentos de vidro antes que estes últimos sejam reunidos em pelo menos um fio, deve possuir certas propriedades e conferir ao dito fio diferentes qualidades. A untagem deve em particular ser estável e, conservar uma composição constante, apesar de as forças de corte provocadas em permanência no seio da dita untagem pelos filamentos que a atravessam a velocidades na ordem de várias dezenas de metros por segundo. 1 A untagem deve em seguida proteger os filamentos da abrasão provocada pela fricção inevitável do fio sobre diferentes superfícies. Deve também assegurar a integridade do fio, quer dizer, a ligação dos filamentos que o constituem entre eles. Esta característica é importante porque ela permite não unicamente extrair facilmente um fio de um enrolamento (apresentação muito corrente dos fios de vidro) mas limita também o número de filamentos que friccionam directamente sobre todos os dispositivos de guia do fio. Quando o fio é destinado a reforçar uma matéria orgânica, a untagem deve igualmente facilitar a molhagem dos filamentos que o constituem pela dita matéria. A obtenção de uma boa integridade e aquela de uma boa aptidão na molhagem pela matéria orgânica são pouco compatíveis : com efeito, quanto mais a integridade do fio é grande, mais a ligação entre os filamentos é forte e mais a matéria orgânica penetra dificilmente no seio do fio. Esta dificuldade de impregnação de um fio pela matéria orgânica é ainda mais marcada quando sofre uma torção e é utilizada como reforço sob a forma de um tecido.

Enfim, quando o fio de vidro é destinado a reforçar as matérias orgânicas, a untagem depositada sobre os filamentos deve ser compatível quimicamente com as ditas matérias.

Quase a totalidade das untagens conhecidas são untagens em fase aquosa que se apresentam sob a forma de solução ou, muito mais frequente, sob a forma de suspensão ou de emulsões na água. 2

Previamente à sua associação com uma matéria orgânica, os fios de vidro assim untados devem ser secos para eliminar a água que é inútil até mesmo incómoda. Para se fazer isto, os enrolamentos são submetidos a ciclos de temperaturas geralmente compreendidas entre 110 a 150° C durante durações que podem atingir e ultrapassar 16 horas. Com efeito, a quantidade de água a evaporar é importante porque ela representa, em média, pelo menos 10 a 15 % em peso do enrolamento. Esta operação necessita de instalações particulares e um consumo de energia cujo custo agrava os custos de produção.

Por outro lado, a secagem dos enrolamentos pode por vezes prejudicar a qualidade do fio quando ela provoca uma migração irregular dos componentes da untagem através das espiras dos ditos enrolamentos.

Afim de atenuar estes inconvenientes, é conhecido secar directamente o fio (US-A-3 853 605) ou os filamentos (WO-92/05122) antes da formação do enrolamento. A secagem dos fios durante a operação de fibragem necessita da implantação de dispositivos tais como fomos por baixo de cada fileira. Por outro lado, a eficácia deste modo de secagem é estritamente ligada às condições de fabricação tais como a quantidade de água sobre o fio, a composição da untagem, a velocidade de estiragem, o número e o diâmetro dos filamentos.

Para os raros casos de untagens compostas unicamente de constituintes orgânicos, os fios de vidro revestidos .de tais untagens são sempre submetidos a um tratamento 3 particular antes da sua bobinagem sobre um suporte em rotação. O objectivo deste tratamento é provocar sobre o fio, antes da sua bobinagem, uma modificação da untagem tal que esta última não seja a causa de uma colagem muito importante das espirais do enrolamento entre elas, colagem susceptível de tornar a dobagem do fio difícil senão impossível. Este tratamento consiste, por exemplo, em aquecer a camada de filamentos revestidos da untagem de maneira a eliminar o solvente da dita untagem antes da formação do fio por ligação dos ditos filamentos (US-A-3 425 862), ou a polimerizar a untagem submetendo o fio, sobre pelo menos uma parte da seu trajecto, à acção de radiações ultravioletas (US-A-5 049 407). Aqui ainda, este género de tratamento necessita da implantação de dispositivos em baixo de cada fileira e não evita a procura do melhor compromisso possível entre a integridade do fio e a sua aptidão a ser molhado por uma matéria orgânica.

Um fio integrado, revestido de uma untagem puramente orgânica, pode ser obtido sem para isso ter sido submetido a um tratamento térmico ou outro ; é a untagem por ela mesma que assegura a ligação dos filamentos entre eles. A patente US-A-4 530 860 descreve tais untagens, que compreendem uma percentagem importante de agentes filmogéneos cujo papel essencial é conferir a integridade necessária à manipulação do fio.

As características mecânicas de um material compósito formado de uma matéria orgânica reforçada por fios de vidro dependem da qualidade de aderência dos ditos fios à dita matéria. Esta aderência resulta da aptidão à molhagem dos fios pela matéria, que é função nomeadamente da natureza da untagem, da sua repartição 4 sobre o fio, do estado sob o qual se encontra a untagem para provocar a coesão dos filamentos formando o fio. Ora, estas diferentes variáveis estão estritamente ligadas às condições de fabricação do fio mencionadas precedentemente, que contrariam a obtenção de um fio cuja impregnação por uma matéria orgânica seja a melhor possível. A presente invenção tem por objecto um processo de fabricação de um material compósito formado de uma matéria orgânica reforçada por fios de vidro cuja superfície foi directamente tratada durante a sua fabricação, afim de lhe conferir características favorecendo a sua impregnação pelo dito material. A presente invenção tem também por objecto um processo de fabricação de um material compósito que permite melhorar uma ou várias dessas propriedades mecânicas.

Estes objectivos são atingidos por um processo que consiste em utilizar fios de vidros revestidos de uma untagem constituída de uma solução cujo teor em solvente é inferior a 5 % em peso, a dita solução compreendendo uma mistura de componentes polimerizáveis e/ou reticuláveis por tratamento térmico, os ditos componentes sendo pelo menos 60 % em peso de entre eles componentes cuja massa molecular é inferior a 750, menos de 10 % em peso de agentes filmogéneos e de 0 a 25 % em peso de agentes intermediários, de agentes lubrificantes, de agentes estabilizantes, de aceleradores e/ou de catalisadores de polimerização por tratamento térmico, os ditos agentes e aceleradores sendo eventualmente polimerizáveis e/ou reticuláveis 5 por tratamento térmico, para associar os ditos fios de vidro revestidos da dita untagem não polimerizada e uma matéria orgânica, depois submeter o conjunto a um tratamento térmico e/ou à acção de uma irradiação actínica. O pedido EP-A-0657395, reivindicando a mesma data de prioridade e publicado no mesmo dia, tem por objecto um processo do mesmo tipo após o qual a solução compreende nomeadamente componentes que possuem pelo menos uma função acrílica e/ou metacrílica e/ou vinileter e/ou N-vinilamida e/ou N-vinilactane.

Por untagem, deve entender-se a mistura (aqui a solução) depositada na superfície dos filamentos de vidro contínuos no momento da sua obtenção por estiragem mecânica de filetes de vidro fundido saídos de uma fileira. Estes filamentos são ligados em pelo menos um fio no decurso dessa operação.

Enquanto na técnica anterior é sempre necessário eliminar a untagem depositada sobre o fio, antes de proceder a um segundo tratamento para o tomar apto a uma aplicação particular, assim como ilustra o exemplo 4 do pedido GB-A-1 087 904, uma das vantagens da presente invenção é utilizar um fio que não sofre outro tratamento senão o de o depósito de uma solução na sua superfície durante a sua fabricação.

Na solução assim depositada, a mistura de componentes polimerizáveis e/ou reticuláveis é formada, de preferência, por pelo menos 60 % em peso de entre eles, de componentes cuja massa molecular é inferior a 500. 6

Os componentes formando pelo menos 60 % em peso da mistura são, de preferência, monómeros. O emprego de uma mistura de monómeros, geralmente bastante reactivos, favorece o fenómeno de polimerização. Por outro lado, o emprego de uma mistura de monómeros facilita a difusão de uma parte da untagem na matriz a reforçar e favorece o desenvolvimento da reticulação, o que confere uma boa estabilidade ao polímero obtido. A untagem depositada sobre os filamentos deve apresentar um teor mínimo em componentes polimerizáveis e/ou reticuláveis ; este teor é de preferência pelo menos igual a 70 % em peso. A untagem depositada sobre os filamentos no quadro do processo de acordo com a invenção compreende, geralmente de 75 a 100 % em peso de componentes polimerizáveis e/ou reticuláveis.

Na maioria dos casos a untagem depositada sobre os filamentos é desprovida de solventes, ela pode por vezes compreender uma pequena quantidade ; trata-se então de solventes orgânicos, por vezes necessários na colocação em solução de certos componentes polimerizáveis e/ou reticuláveis, ou da água introduzida na maior parte das vezes por meio de constituintes hidratados ou hidrolisados. A presença desses solventes em quantidade limitada não requer tratamentos particulares para os eliminar. A untagem depositada sobre os filamentos caracteriza-se igualmente pela presença 7 eventual, em fraca quantidade, de agentes filmogéneos. O teor destes últimos, inferior a 10 % em peso, é insuficiente para os fazer desempenhar o papel tradicional de agentes de colagem e conferir ao fio uma qualquer integridade. Este teor é geralmente inferior a 5 % em peso. Em compensação, em fraca quantidade, eles podem facilitar a fibragem para certas velocidades de estiragem e para certos diâmetros dos filamentos estirados. Assim, quando os filamentos são muito finos e as velocidades de estiragem elevadas, a presença de agentes filmogéneos atenua a fricção dos filamentos sobre o dispositivo assegurando o depósito da untagem. Os agentes filmogéneos utilizados no quadro da invenção são, de preferência, os derivados dos silicones e/ou dos siloxanos. A untagem depositada sobre os filamentos pode igualmente compreender agentes intermediários tais como organosilanos ; neste caso o teor em silano na untagem pode atingir 15 % em peso da dita untagem. Estes agentes intermediários não são indispensáveis no quadro da invenção. A untagem depositada sobre os filamentos pode também compreender agentes lubrificantes ; estes agentes são introduzidos na untagem, nomeadamente quando o fio assim untado é destinado a certas aplicações têxteis. Estes agentes são, de preferência, ésteres gordos ou ésteres de glicol. O seu teor ponderai não excede 8 %; para além de 8 % aproximadamente, quando o fio untado está em contacto com uma matéria orgânica, estes agentes lubrificantes podem migrar na dita matéria e arriscam eventualmente desempenhar então um papel de catalisador de oxidação ou de 8 hidrólise. Este fenómeno traduz-se por um envelhecimento acelerado do material compósito realizado ou ser a origem de um defeito de aderência.

Segundo o destino do fio obtido de acordo com a invenção, a untagem poderá eventualmente compreender aceleradores e/ou catalisadores de polimerização por tratamento térmico em proporções relativamente importantes. Um forte teor em aceleradores e/ou catalisadores de polimerização pode prejudicar a estabilidade da untagem ; é a razão por a qual, a ausência de agentes estabilizantes que desempenham o papel de retardadores de polimerização, este teor não excede geralmente 4 % em peso.

Como indicado precedentemente, a untagem pode compreender agentes estabilizantes que desempenham um papel de retardadores de polimerização. Estes agentes são introduzidos na untagem nomeadamente quando é necessário evitar que certos constituintes reagissem espontaneamente entre eles durante a operação de fibragem. Em geral, o seu teor na untagem depositada sobre os filamentos não excede 3 % em peso. A untagem depositada sobre os filamentos reparte-se muito rapidamente sobre toda a sua superfície e forma um verdadeiro filme de protecção para cada um de entre eles. No estado do enrolamento que vem sendo fabricado, o fio que o forma é constituído de filamentos que podem eventualmente escorregar uns sobre os outros, afastar-se uns dos outros. O fio obtido de acordo com a invenção não apresenta uma integridade no sentido normal do termo, é que ele não é constituído de filamentos 9 fixos entre eles graças a uma ligação por colagem provocada por um ou vários constituintes filmogéneos da untagem.

Apesar desta apresentação, o fio de acordo com a invenção é facilmente extraído do seu enrolamento sem ter de recorrer a um tratamento prévio susceptível de assegurar a polimerização da untagem, como é o caso de um fio revestido de uma untagem cujo teor em agentes filmogéneos é relativamente elevado. Esta ausência de integridade do fio, no sentido clássico do termo, é importante na medida em que ela favorecerá a sua impregnação pela matéria orgânica à qual será ulteriormente associado.

Segundo o papel que será desempenhado pelo fio na processo de polimerização da matéria orgânica, este será revestido de uma untagem que compreenderá ou não um ou vários aceleradores e/ou catalisadores de polimerização por tratamento térmico.

Assim, de acordo com a invenção, é possível realizar um material compósito associando um fio revestido de uma untagem desprovida de acelerador e/ou de catalisador de polimerização e uma matéria orgânica compreendendo pelo menos um acelerador e/ou um catalisador de polimerização e/ou um agente de copolimerização. É igualmente possível associar uma matéria orgânica e um fio revestido de uma untagem, a primeira compreendendo pelo menos um acelerador e/ou catalisador de polimerização e/ou um agente de copolimerização, o segundo compreendendo pelo menos um acelerador e/ou catalisador de polimerização. 10

Nesse caso a untagem é por vezes susceptível de evoluir no tempo. Afim de evitar este fenómeno, é então preferível utilizar um fio cuja untagem compreende igualmente um agente estabilizante. A invenção será melhor compreendida e suas vantagens melhor apreciadas graças aos exemplos seguintes. Os fios de vidro descritos mais adiante são formados por estiragem mecânica de filetes de vidro fundido escoando-se dos orifícios de uma fileira segundo um método bem conhecido do técnico da matéria. O vidro utilizado é um alumínio-boro-silicato praticamente desprovido de óxidos alcalinos conhecidos sob o nome de vidro E.

Os filamentos obtidos, de 14 micrómetros de diâmetro, são revestidos de uma untagem conforme a invenção por intermédio de um rolo untador de 40 milímetros de diâmetro girando a 110 rotações por minuto. EXEMPLO 1

Neste exemplo, a untagem depositada sobre os filamentos apresenta a composição ponderai seguinte :

Componentes de massa molecular inferior a 750 (monómeros): • 2 (2-étoxi étoxi) etilacrilato comercializado sob a referência «SR 256» pela

Sociedade CRAY VALLEY 22 % 11 • trietileno glicol divinil éter comercializado sob a referência «DVE 3» pela Sociedade INTERNACIONAL SPECIALITY PRODUCTS 24 % • trimetilolpropano triacrilato etoxilo comercializado sob a referência «SR 454» pela Sociedade CRAY VALLEY 20 %

Componente de massa molecular superior a 750 : • resina acrilato sobre base epoxy aromática produto comercializado sob a referência «PHOTOMER 3016» pela Sociedade AKCROS 20 %

Agente intermediário: aminopropiltrietoxisilano produto comercializado sob a referência «A 1100» pela Sociedade OSI SPECIALITIES S.A. 10 %

Agente lubrificante: • palmitato de isopropilo 4 %

Esta untagem foi depositada com uma viscosidade de aproximadamente 40 cP à temperatura média de 37° C. 12 EXEMPLO 2

Se a untagem depositada sobre os filamentos no quadro deste exemplo compreende os mesmos constituintes que a untagem do exemplo precedente, mas por vezes nas proporções um pouco diferentes, compreende além disso um acelerador de polimerização térmica. A sua composição ponderai é a seguinte :

Monómeros : • «SR 256» 21 % • «DVE 3» 23 % • «SR 454» 20 %

Polímero : • «PHOTOMER 3016» 20%

Agente intermediário: • silano «A 1100» 10%

Agente lubrificante: palmitato de isopropilo 4 %

Acelerador: • peroxibenzoato de terbutilo produto comercializado sob a referência «TRIGONOX C» pela Sociedade AKZO 2 %

Esta untagem foi depositada a uma viscosidade de aproximadamente 50 cP, a uma temperatura na ordem de 25° C.

No quadro dos ensaios correspondentes aos exemplos precedentes, os enrolamentos quase idênticos foram obtidos na saída de um tempo de bobinagem de 20 minutos.

Os fios podem ser facilmente extraídos dos diferentes enrolamentos realizados. Os fios extraídos de um enrolamento realizado no quadro do exemplo 1, apresentam um título médio de 321 tex, a sua perda ao fogo elevando-se a 0,80 %. Os fios extraídos de um enrolamento realizado no quadro do exemplo 2, apresentam um título médio de 330 tex, a sua perda ao fogo elevando-se a 0,75 %.

Afim de mostrar o interesse de reforçar as matérias orgânicas de acordo com a invenção, os enrolamentos de fios revestidos de uma untagem correspondente ao exemplo 2 são tratadas térmicamente, tratamento no decurso do qual eles foram submetidos a uma temperatura de 130° C durante aproximadamente 180 minutos. A polimerização da untagem assim realizada confere a estes fios uma integridade que não apresentam os fios revestidos da untagem do exemplo 1. As composições de 14 untagem dos dois exemplos sendo muito próximas, a diferença essencial entre os dois tipos de fios antes da sua associação com uma matéria orgânica reside na integridade de uns e na ausência de integridade doutros. A partir desses fios, placas de fios paralelos foram realizadas conforme a norma NF 57152. A resina utilizada é a resina epoxy CY205 comercializada sob esta referência pela Sociedade CIBA GEIGY, à qual acrescenta-se 21,5 % em peso de um endurecedor aminado servindo de agente de coopolimerização, igualmente comercializado pela Sociedade CIBA GEIGY sob a referência HT 972.

As propriedades mecânicas apresentadas por estas placas, em flexão e em corte, foram medidas respectivamente segundo as normas ISO 178 e ISO 4585 ; estas propriedades foram medidas antes envelhecimento e após imersão dessas placas na água a 98° C durante 72 horas. Estas propriedades, são comparadas mais adiante àquelas apresentadas pelas placas de fios paralelos realizadas com um fio revestido de uma untagem aquosa compreendendo uma emulsão de resina epoxy, silanos e tensio-activos catiónicos, e seca nas condições normais.

Os resultados obtidos, sobre 8 a 10 provetas para cada tipo de fio, relativos às placas apresentando taxas de vidro em peso idênticas, são as seguintes : 15

Ex. 1 Ex. 2 Referência Tensão de ruptura em flexão (Mpa) Antes envelhecimento 2488 2376 2280 Desvio-padrão σ (Mpa) 47 75 40 Após envelhecimento 1637 1563 1400 Desvio-padrão σ (Mpa) 27 73 20 Tensão de ruptura em corte (Mpa) Antes envelhecimento 74,5 64,0 69,5 Desvio-padrão σ (Mpa) 1,0 1,4 1,0 Após envelhecimento 50,4 32,2 40,0 Desvio-padrão σ (Mpa) 1,1 1,0 0,4

Estes resultados mostram que as peças compósitas realizadas de acordo com a invenção apresentam propriedades superiores àquelas das peças realizadas a partir de um fio revestido de uma untagem quase idêntica, mas polimerizada ; estas propriedades distinguem-se de maneira notável daquelas peças compósitas realizadas a partir de um fio do tipo conhecido.

Nos exemplos precedentes, o material compósito foi obtido realizando a polimerização da matéria orgânica por meio de um tratamento térmico (ver norma NF 57152). A fabricação de acordo com a invenção de um material compósito pode ser também realizada submetendo a matéria orgânica e o fio revestido da untagem não polimerizada à acção de uma irradiação actínica. Por irradiação actínica, deve entender-se as irradiações susceptíveis de penetrar no seio da matéria tais como as irradiações γ ou X ou um feixe de electrões.

Lisboa, 23 de Novembro de 2001

O AGENTE OFICIAL

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Claims

REIVINDICAÇÕES 1a - Processo de fabricação de um material compósito formado pela associação de fios de vidro e de uma matéria orgânica que consiste em utilizar os fios de vidro revestidos de uma untagem constituída de uma solução cujo teor em solvente é inferior a 5 % em peso, a dita solução compreendendo uma mistura de componentes polimerizáveis e/ou reticuláveis por tratamento térmico, os ditos componentes sendo para pelo menos 60 % em peso de entre eles componentes cuja massa molecular é inferior a 750, menos de 10 % em peso de agentes filmogéneos e de 0 a 25 % em peso de agentes intermediários, agentes lubrificantes, agentes estabilizantes, aceleradores e/ou catalisadores de polimerização por tratamento térmico, os ditos agentes e aceleradores sendo eventualmente polimerizáveis e/ou reticuláveis por tratamento térmico, em associar a matéria orgânica e os ditos fios de vidro revestidos da dita untagem não polimerizada, depois em submeter o conjunto a um tratamento térmico e/ou à acção de uma irradiação actínica. 2a - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de os fios de vidro associados à matéria orgânica serem revestidos de uma untagem constituída de uma solução compreendendo uma mistura de componentes polimerizáveis e/ou reticuláveis formada, para pelo menos 60 % em peso de entre eles, de componentes cuja massa molecular é inferior a 500. 3a - Processo de acordo com uma das reivindicações 1 e 2, caracterizado pelo facto 1 de os fios de vidro associados à matéria orgânica serem revestidos de uma untagem constituída de uma solução compreendendo uma mistura de componentes polimerizáveis e/ou reticuláveis formada, para pelo menos 60 % em peso de entre eles, de monómeros. 4a - Processo de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de os fios de vidro associados à matéria orgânica serem revestidos de uma untagem constituída de uma solução que compreende pelo menos 70 % de compósitos polimerizáveis e/ou reticuláveis. I 5a - Processo de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo facto de os fios de vidro associados à matéria orgânica serem revestidos de uma untagem constituída de uma solução que compreende entre 75 e 100 % de compósitos polimerizáveis e/ou reticuláveis. 6a - Processo de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de os fios de vidro associados à matéria orgânica serem revestidos de uma untagem constituída de uma solução desprovida de solvente. 7a - Processo de acordo com uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de os fios associados à matéria orgânica serem revestidos de uma untagem constituída de uma solução que pode compreender até 5 % em peso de agentes filmogéneos escolhidos entre os derivados dos silicones ou siloxanos.
2 f 8a - Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de os fios associados à matéria orgânica serem revestidos de uma untagem constituída de uma solução que pode compreender até 15 % em peso de agentes intermediários sob a forma de organo-silanos. 9a - Processo de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de os fios associados à matéria orgânica serem revestidos de uma untagem constituída de uma solução que pode compreender até 8 % em peso de agentes lubrificantes tais como ésteres gordos ou ésteres de glicol. 10a - Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de os fios associados à matéria orgânica serem revestidos de uma untagem constituída de uma solução que, na ausência de agentes estabilizantes, pode compreender até 4 % em peso de aceleradores de polimerização. 11a - Processo de acordo com uma qualquer das reivindicações precedentes, caracterizado pelo facto de os fios associados à matéria orgânica serem revestidos de uma untagem constituída de uma solução que pode compreender até 3 % em peso de agentes estabilizantes. 12a - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se associar uma matéria orgânica compreendendo pelo menos um acelerador e/ou catalisador de polimerização e/ou agente de polimerização e fios de vidro revestidos 3 de uma untagem constituída de uma solução desprovida de acelerador e/ou catalisador de polimerização. 13a - Processo de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de se

associar uma matéria orgânica compreendendo pelo menos um acelerador e/ou catalisador de polimerização e/ou agente de coopolimerização e os fios de vidro revestidos de uma untagem constituída de uma solução compreendendo pelo menos um acelerador e/ou catalisador de polimerização. 14a - Processo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado pelo facto de a untagem constituída de uma solução depositada sobre os fios de vidro compreender um agentes estabilizante.

Lisboa, 23 de Novembro de 2001 O AGENTE OFICIAL

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