PT3052705T - Conjunto de tampas, dispositivo para estradas e correspondentes utilizações - Google Patents

Conjunto de tampas, dispositivo para estradas e correspondentes utilizações Download PDF

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PT3052705T PT147814768T PT14781476T PT3052705T PT 3052705 T PT3052705 T PT 3052705T PT 147814768 T PT147814768 T PT 147814768T PT 14781476 T PT14781476 T PT 14781476T PT 3052705 T PT3052705 T PT 3052705T
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Royer Jean-Claude
Rotharmel Vincent
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Saint-Gobain Pam
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Description

DESCRIÇÃO "CONJUNTO DE TAMPAS, DISPOSITIVO PARA ESTRADAS E CORRESPONDENTES UTILIZAÇÕES" A presente invenção refere-se a um conjunto de tampas para um dispositivo para estradas, do tipo que compreende uma primeira tampa e uma segunda tampa, a primeira tampa compreende um primeiro lado de ligação e uma primeira banda que se estende ao longo de um primeiro plano de banda e que compreende uma superfície superior, e a segunda tampa compreende um segundo lado de ligação adjacente ao primeiro lado de ligação e uma segunda banda que se estende ao longo de um segundo plano de banda e que compreende uma superfície superior.
Um tal conjunto é conhecido a partir do documento FR2937061. São conhecidos da técnica anterior dispositivos para estradas, tais como câmaras de visita de instalações de telecomunicações, que compreendem um invólucro e duas tampas triangulares.
Num primeiro caso, as tampas não estão ligadas, estão alojadas individualmente no invólucro e devem ser colocadas individualmente na posição aberta a fim de permitir que um operador tenha acesso às instalações subterrâneas cobertas pela câmara de visita. Isso requer a manipulação de duas tampas.
Num sequndo caso, as duas tampas estão ligadas uma à outra por meios de ligação muito "soltos", como dois pernos fixos, que deixam uma grande folga entre as duas tampas. Estes meios de ligação requerem duas chaves de aperto e dois operadores a fim de abrir ou fechar a câmara de visita. Além disso, estes meios de ligação criam dificuldades de levantamento e riscos de encravamento das tampas no invólucro.
Também existem tampas quadriláteras. Na configuração fechada da câmara de visita e pelo facto de estas tampas apresentarem quatro pontos de apoio, elas podem oscilar no invólucro quando os veículos circulam sobre a tampa, o que gera ruído. A invenção tem por objectivo propor um conjunto de tampas que permitem uma manipulação simples e económica da câmara de acesso.
Um outro objectivo da invenção é proporcionar um conjunto de tampas que podem abrir-se segundo diferentes sentidos de abertura.
Um outro objectivo da invenção é proporcionar um conjunto de tampas que não gera ruído de instabilidade aquando da passagem de veículos sobre a câmara de visita.
Um outro objectivo da invenção é o fabrico económico e simples do conjunto de tampas.
Para este efeito, a invenção tem como objecto um conjunto de tampas, tal como indicado acima, caracterizado por o conjunto de tampas compreender meios de ligação que ligam a primeira tampa à segunda tampa ao longo dos primeiro e segundo lados de ligação, por os meios de ligação compreenderem meios de dobradiça que definem um eixo de dobradiça entre a primeira tampa e a segunda tampa ao longo dos primeiro e segundo lados de ligação, e por os meios de ligação compreenderem primeiros meios de encosto adaptados para limitar o ângulo de inclinação da segunda tampa em relação à primeira tampa em torno do eixo de dobradiça a um primeiro ângulo limite e isso num sentido de rotação que dirige as duas superfícies superiores uma para a outra.
De acordo com modelos de realização particulares, o conjunto de acordo com a invenção compreende uma ou mais das seguintes características: - o conjunto de tampas compreende segundos meios de encosto adaptados para limitar o ângulo de inclinação da segunda tampa em relação à primeira tampa em torno do eixo de dobradiça a um segundo ângulo limite e isso num sentido de rotação que dirige as duas superfícies superiores opostas uma contra a outra; - os meios de dobradiça compreendem: duas primeiras saliências dispostas na primeira tampa, dirigidas para a segunda tampa e adaptadas para se oporem a um deslocamento relativo da primeira tampa em relação à segunda tampa perpendicularmente ao primeiro plano de banda e duas segundas saliências dispostas na segundo tampa, dirigidas para a primeira tampa e adaptadas para se oporem ao deslocamento relativo da segunda tampa em relação à primeira tampa perpendicularmente ao segundo plano de banda; - os primeiros meios de encosto compreendem um elemento de encosto que compreende duas superficies de encosto dirigidas uma para outra, nomeadamente um parafuso ou um perno; - os primeiros meios de encosto são reguláveis de tal maneira que o primeiro ângulo limite é regulável; - os primeiros meios de encosto compreendem meios de amortecimento, nomeadamente elementos amortecedores em material plástico; a primeira tampa e a segunda tampa são idênticas, nomeadamente a segundo tampa está rodada 180° em relação à primeira tampa; pelo menos uma tampa, e de preferência a primeira e a segunda tampa, é/são fabricada(s) como uma única peça, nomeadamente em ferro fundido; e cada tampa compreende três, de preferência exactamente três, superfícies de apoio sobre um invólucro. A invenção tem igualmente como objecto um dispositivo para estradas, nomeadamente uma câmara de visita de instalações de telecomunicações, do tipo que compreende um invólucro, caracterizado por o dispositivo para estradas compreender ainda um conjunto de tampas tal como definido acima. A invenção tem igualmente como objecto a utilização de um dispositivo para estradas tal como definido acima, que compreende as seguintes etapas sucessivas: - levantamento da primeira tampa em relação à segunda tampa em rotação em torno do eixo de charneira enquanto a segunda tampa permanece apoiada sobre as superfícies de apoio do invólucro até que a segunda tampa e a primeira tampa formem o primeiro ângulo limite, - levantamento da primeira e da segunda tampa como um único bloco em relação ao invólucro, enquanto a primeira e a segunda tampa estão na configuração em que a segunda tampa e a primeira tampa formam o primeiro ângulo limite. A invenção será melhor compreendida com a leitura da descrição que se segue, dada unicamente a título de exemplo e feita com referência aos desenhos anexos, nos quais: - A figura 1 é uma vista de frente a três quartos de um dispositivo para estradas de acordo com a invenção, na sua configuração aberta; - a figura 2 é uma vista de trás a três quartos do dispositivo para estradsa da figura 1; - a figura 3 é uma vista análoga à da figura 1, estando o conjunto de tampas numa posição elevada em relação ao invólucro; - a figura 4 é uma vista de baixo do conjunto de tampas da figura 1; - a figura 5 é uma vista de baixo em perspectiva do conjunto de tampas da figura 1; - a figura 6 é uma vista em corte segundo a linha VI-VI da figura 4; - a figura 7 é uma vista correspondente à vista da figura 4, das duas tampas do conjunto de tampas, no estado separado; - a figura 8 é uma vista de baixo em perspectiva de uma tampa do dispositivo para estradas da figura 1; - a figura 9 é uma vista de cima em planta do invólucro do dispositivo para estradas da figura 1; e - a figura 10 é uma vista idêntica à da figura 1 de uma variante do dispositivo para estradas de acordo com a invenção. A figura 1 mostra um dispositivo para estradas de acordo com a invenção, designado pela referência geral 2. O dispositivo para estradas 2 é uma câmara de visita de instalações de telecomunicações. Como variante, o dispositivo para estradas 2 é uma câmara de visita a outras instalações subterrâneas, por exemplo, uma câmara de visita para acesso a canalizações de água. 0 dispositivo para estradas 2 compreende um invólucro 4 e um conjunto de tampas 6.
As expressões "superior" e "inferior" serão utilizadas a seguir em relação à orientação habitual do dispositivo para estradas 2, estando o lado "superior" dirigido para o exterior da instalação e estando o lado "inferior" dirigido para o interior da instalação. O invólucro 4 é fabricado como uma só peça, nomeadamente em ferro fundido. Como variante, também pode consistir em várias peças montadas de várias maneiras, por exemplo, por soldadura. O invólucro 4 compreende uma base de invólucro 8, que se estende ao longo de um plano de base P-P, e uma parede de invólucro 10, que se estende perpendicularmente em relação à base de invólucro 8. O plano de invólucro P-P é geralmente dirigido paralelamente ao chão em que o dispositivo para estradas 2 está instalado. O invólucro 4 compreende um primeiro conjunto de superficies de apoio 12, 14, 16 para uma tampa assim como um segundo conjunto de superficies de apoio 18, 20, 22 para uma outra tampa. Cada superfície de apoio 12, 14, 16, 18, 20, 22, 24 estende-se sensivelmente paralelamente ao plano de invólucro P-P. Duas superfícies de apoio 12, 16 do primeiro conjunto de superfícies de apoio são adjacentes a uma das superfícies de apoio 18, 22 do segundo conjunto de superfícies de apoio. As outras duas superfícies de apoio 14 e 20 dos conjuntos de superfícies de apoio estão situadas em cantos opostos do invólucro 4.
Todas as superfícies de apoio são idealmente coplanares. Devido às tolerâncias de fabricação e à procura de uma estabilidade máxima sob tráfego rodoviário intenso, através de um triângulo de sustentação o maior possível, elas podem ser deslocadas uma em relação à outra de um deslocamento máximo determinado, que é, por exemplo, 3 mm. O deslocamento máximo determinado é a distância, medida perpendicularmente ao plano de invólucro P-P, entre as duas superfícies de apoio com a maior distância mútua perpendicular ao plano de invólucro P-P. Este deslocamento pode também ser um deslocamento angular da ordem de alguns graus no máximo, por exemplo, 3 graus, com efeito de estabilização da tampa em direcção ao centro geométrico da câmara de visita. 0 conjunto de tampas 6 compreende uma primeira tampa 40 e uma segunda tampa 42. A primeira tampa 40 e a segunda tampa 42 são fabricadas como uma única peça, nomeadamente em ferro fundido. O conjunto de tampas 6 é deslocável em relação ao invólucro 4 entre uma posição fechada, na qual o conjunto de tampas 6 repousa no invólucro e os planos de banda Tl-Tl e T2-T2 são geralmente paralelos ao plano de invólucro P-P (ver abaixo) , e uma posição aberta, na qual o conjunto de tampas 6 liberta a abertura do invólucro 4 e está disposto fora do invólucro 4.
As primeira 40 e segunda 42 tampas são idênticas. No estado montado do conjunto de tampas 6, a segunda tampa 42 é rodada 180° em relação à primeira tampa 40 em torno de um eixo central de simetria C-C (Figura 6). A primeira tampa 40 compreende uma primeira banda 44 que se estende ao longo de um primeiro plano de banda Tl-Tl (Figura 6) e que compreende uma superfície superior 46 assim como uma superfície inferior 48. A primeira tampa 40 tem sensivelmente a forma de um triângulo rectângulo e delimita três lados 50, 52, 54. Um dos lados 54 é um primeiro lado de ligação que serve para ligar a primeira tampa 40 à segunda tampa 42 adjacente. Neste caso, o primeiro lado de ligação é a hipotenusa do triângulo rectângulo. Cada lado 50, 52, 54 é formado por um canto da primeira banda 44. A primeira tampa 40 compreende três primeiras nervuras de reforço 56, 58, 60. Cada primeira nervura de reforço 56, 58, 60 estende-se ao longo de um dos lados 50, 52, 54 sobre a superfície inferior da primeira banda 44. A nervura de reforço 60 que se estende ao longo do primeiro lado de ligação é uma primeira nervura de ligação. A primeira tampa 40 compreende três primeiras superfícies de apoio 62, 64, 66 da tampa adaptadas para repousarem sobre o primeiro conjunto de superfícies de apoio 12, 14, 16 do invólucro, quando o conjunto de tampas 6 está na posição fechada.
As primeiras três superfícies de apoio 62, 64, 66 da primeira tampa 40 são paralelas umas às outras e paralelas ao primeiro plano de banda Tl-Tl. As primeiras três superfícies de apoio 62, 64, 66 da tampa são idealmente coplanares. Devido às tolerâncias de fabricação ou a uma geometria particular da câmara de visita, podem, contudo, ser deslocadas umas das outras. Este deslocamento é a distância, medida perpendicularmente ao primeiro plano de banda Tl-Tl, entre as duas primeiras superfícies de apoio 62, 64, 66 tampa que têm a maior distância mútua perpendicular ao primeiro plano de banda Tl-Tl. Elas podem também ser deslocadas angularmente de um deslocamento angular máximo determinado, que é, por exemplo, de 3 graus, correspondendo o deslocamento angular ao ângulo real das primeiras superfícies de apoio 62, 64, 66 em relação a um ângulo teórico determinado de construção. A primeira tampa 40 define um primeiro sentido normal SNI, dirigido desde a superfície superior 46 perpendicularmente ao primeiro plano de banda Tl-Tl. Na posição fechada, o primeiro sentido normal SNI é, portanto, dirigido perpendicularmente ao plano de invólucro P-P. Este primeiro sentido normal SNI corresponde a um sentido de levantamento da primeira tampa 40 aquando da sua retirada do invólucro a partir da posição fechada. A segunda tampa 42 compreende uma segunda banda 74 que se estende ao longo de um segundo plano de banda T2-T2 (Figura 6) e que compreende uma superfície superior 76 assim como uma superfície inferior 78. A segunda tampa 42 tem sensivelmente a forma de um triângulo rectângulo e delimita três lados 80, 82, 84. Um dos lados 84 é um segundo lado de ligação que serve para ligar a segunda tampa 42 à primeira tampa 40 adjacente. Neste caso, o segundo lado de ligação é a hipotenusa do triângulo rectângulo. Cada lado 80, 82, 84 é formado por um canto da segunda banda 74. A segunda tampa 42 compreende três segundas nervuras de reforço 86, 88, 90 . Cada segunda nervura de reforço estende-se ao longo de um dos lados 80, 82, 84 sobre a superfície inferior da segunda banda 74. A nervura de reforço 90 que se estende ao longo do segundo lado de ligação é uma segunda nervura de ligação. A segunda tampa 42 compreende igualmente três segundas superfícies de apoio 92, 94, 96 da tampa adaptadoas para repousar sobre o segundo conjunto de superfícies de apoio 18, 20, 22 do invólucro 4, quando o conjunto de tampas 6 está na posição fechada.
As três segundas superfícies de apoio 92, 94, 96 da segunda tampa são paralelas umas às outras e paralelas ao segundo plano de banda T2-T2. As três superfícies de apoio 92, 94, 96 são igualmente idealmente coplanares.
Devido às tolerâncias de fabrico ou a uma geometria particular da câmara de visita, elas podem, contudo, ser deslocadas uma das outras de um determinado deslocamento máximo, que é, por exemplo, 3 mm. O deslocamento máximo determinado é a distância, medida perpendicularmente ao segundo plano de banda T2-T2, entre as duas segundas superfícies de apoio 92, 94, 96 da segunda tampa 42 que têm a maior distância mútua perpendicular ao segundo plano de banda T2- T2. Elas podem também ser deslocadas angularmente de um deslocamento angular máximo determinado, que é, por exemplo, de 3 graus, correspondendo o deslocamento angular ao ângulo real das segundas superfícies de apoio 92, 94, 96 em relação a um ângulo teórico determinado de construção. A segunda tampa 42 define um segundo sentido normal SN2, dirigido desde a superfície superior 76 perpendicularmente ao segundo plano de banda T2-T2. Na posição fechada, o segundo sentido normal SN2 é, pois, dirigido perpendicularmente ao plano de invólucro P-P. Este segundo sentido normal SN2 corresponde a um sentido de lavantamento da segunda tampa 42 aquando da sua retirada do invólucro a partir da posição fechada. 0 conjunto de tampas 6 compreende meios de ligação 100 que ligam a primeira tampa 40 à segunda tampa 42 ao longo dos primeiro 54 e segundo 84 lados de ligação.
Para este efeito, os meios de ligação 100 compreendem meios de dobradiça 102 (Figura 7) que definem um eixo de dobradiça X-X entre as primeira e segunda tampas 40, 42 e isso ao longo dos primeiro 54 e segundo 84 lados de ligação. Os meios de dobradiça 102 estão adaptados para guiar as duas tampas 40, 42 uma em relação à outra em torno do eixo de dobradiça X-X, de preferência, com uma determinada folga radial em relação ao eixo X-X.
Os meios de dobradiça 102 compreendem duas primeiras saliências 104 dispostas na primeira tampa 40, dirigidas para a segunda tampa 42 e adaptadas para se oporem a um deslocamento relativo da primeira tampa 40 em relação à segunda tampa 42 no primeiro sentido normal SNI radialmente em relação ao eixo de dobradiça X-X.
Cada primeira saliência 104 é fabricada como uma só peça com a primeira tampa 40 e é de preferência integral com esta primeira tampa 40, por exemplo, por fundição. Numa variante, cada primeira saliência 104 é solidária com a primeira tampa 40 e fixada a esta tampa 40, por exemplo, por soldadura. Ainda como variante, cada primeira saliência 104 é formada por um elemento separado e fixado de uma maneira amovível à primeira tampa 40, tal como um parafuso, um perno, um grampo, uma chaveta ou qualquer outro elemento que permita ser preso entre as duas tampas 40, 42 enquanto deixa os graus de liberdade necessários para um bom funcionamento.
As primeiras saliências 104 são dispostas sobre a primeira nervura de ligação 60, são adjacentes à primeira superfície inferior 48 e estão, nomeadamente, alinhadas axialmente segundo o eixo de dobradiça X-X. Quando as duas tampas 40, 42 são montadas, as primeiras saliências 104 são aplicadas sobre a segunda superfície inferior 78.
As primeiras saliências 104 são, respectivamente, dispostas a distâncias Dl e D2 do eixo central C-C, medidas ao longo do eixo de dobradiça X-X. As distâncias Dl e D2 diferem uma da outra, pelo menos, da largura L das primeiras saliências 104 medida ao longo do eixo de charneira X-X. As primeiras saliências 104 são assim dispostas de tal modo que, quando a tampa 40 é rodada 180° a partir de uma posição inicial em torno do eixo central de simetria C-C, as primeiras saliências 104 não se sobrepõem às primeiras saliências 104 na posição inicial. A primeira banda 44 está provida de um entalhe 106 no local de cada primeira saliência 104 que liberta completamente cada primeira saliência 104 no primeiro sentido normal SNI.
Os meios de charneira 102 compreendem duas segundas saliências 108 dispostas sobre a segunda tampa 42, dirigidas para a primeira tampa 40 e adaptadas para se oporem a um deslocamento relativo da segunda tampa 42 em relação à primeira tampa 40 no segundo sentido normal SN2 radialmente em relação ao eixo da dobradiça X-X.
Cada segunda saliência 108 é fabricada como uma só peça com a segunda tampa 42 e é de preferência integral com esta segunda tampa 42, por exemplo, por fundição. Numa variante, cada segunda saliência 108 é solidária com a segunda tampa 42 e fixada a esta tampa 42, por exemplo, por soldadura. Ainda como variante, cada segunda saliência 108 é formada por um elemento separado e fixado de uma maneira amovível à segunda tampa 42, tal como um parafuso, um perno, um grampo, uma chaveta ou qualquer outro elemento que permita ser preso entre as duas tampas 40, 42 enquanto deixa os graus de liberdade necessários para um bom funcionamento.
As segundas saliências 108 são dispostas sobre a segunda nervura de ligação 90, são adjacentes à segunda superfície inferior 78 e estão, nomeadamente, alinhadas axialmente segundo o eixo de dobradiça X-X. Quando as duas tampas 40, 42 são montadas, as segundas saliências 108 são aplicadas sobre a primeira superfície inferior 48.
As segundas saliências 108 são, respectivamente, dispostas a distâncias Dl e D2 do eixo central C-C, medidas ao longo do eixo de dobradiça X-X. As distâncias Dl e D2 diferem uma da outra, pelo menos, da largura L das segundas saliências 108 medida ao longo do eixo de charneira X-X. As segundas saliências 108 são assim dispostas de tal modo que, quando a tampa 42 é rodada 180° a partir de uma posição inicial em torno do eixo central de simetria C-C, as segundas saliências 108 não se sobrepõem às segundas saliências 108 na posição inicial. A segunda banda 74 está provida de um entalhe 110 no local de cada segunda saliência 108 que liberta completamente cada segunda saliência 108 no segundo sentido normal SN2. O conjunto de tampas 6 define uma configuração alinhada, na qual o primeiro plano de banda Tl-Tl e o segundo plano de banda T2-T2 são coplanares. O conjunto de tampas 6 define igualmente um ângulo de inclinação que é o ângulo de deslocamento do primeiro plano de banda Tl-Tl em relação ao segundo plano de banda T2-T2 em torno do eixo de dobradiça X-X a partir da configuração alinhada. 0 conjunto de tampas 6 compreende, além disso, os primeiros meios de encosto 112 adaptados para limitar o ângulo de inclinação (Figura 6) da segunda tampa 42 em relação à primeira tampa 40 em torno do eixo de dobradiça XX a um primeiro ângulo limite al e isso num sentido de rotação que dirige as duas superficies superiores 46, 76 uma para outra. O primeiro ângulo limite al é igual ou inferior a 5o e está compreendido entre Io e 5o.
Os primeiros meios de encosto 112 opõem-se pois a uma separação das duas nervuras de ligação 60, 90 para além de uma distância predeterminada perpendicularmente ao eixo de dobradiça X-X. Esta distância predeterminada é, por exemplo, 3 mm.
As primeira e segunda tampas 40, 42 são livres para rodar em torno do eixo de dobradiça X-X entre a configuração alinhada do conjunto de tampas 6 e a configuração na qual a segunda tampa 42 forma, em relação à primeira tampa 40, o primeiro ângulo limite.
Os primeiros meios de encosto 112 compreendem um elemento de encosto 114 que compreende duas superficies de encosto 116, 118 dirigidas uma para a outra. Neste caso, o elemento de encosto 114 é um parafuso que tem uma rosca e uma porca. As duas superficies de encosto 116, 118 aplicam-se sobre as nervuras de ligação 60, 90.
Para este efeito, cada nervura de ligação 60, 90 compreende um orificio de passagem 120 que é atravessado pelo elemento de encosto 114. 0 orificio de passagem 120 está disposto aproximadamente no meio da altura da nervura de ligação 60, 90, portanto, na fibra neutra. Além disso, o orificio de passagem 120 está disposto no meio do comprimento axial do lado de ligação 54, 84.
Os meios de encosto 112 são reguláveis, de tal modo que o primeiro ângulo limite al é regulável. Neste caso, este regulação é obtida deslocando a porca em relação à rosca.
Numa variante, o elemento de encosto 114 pode compreender um perno. Igualmente numa variante, os primeiros meios de encosto 112 compreendem meios de amortecimento tais como elementos amortecedores de material plástico (não representados) dispostos entre o elemento de encosto 114 e as nervuras de ligação 60, 90. O conjunto de tampas 6 também compreende segundos meios de encosto 122 adaptados para limitar o ângulo de inclinação da segunda tampa 42 em relação à primeira tampa 40 em torno do eixo de dobradiça X-X num segundo ângulo limite a2, e isso num sentido de rotação que afasta as duas superficies superiores 46, 76 uma da outra. O segundo ângulo limite é, por exemplo, inferior a 3o.
Os segundos meios de encosto 122 compreendem um primeiro nariz 124 disposto sobre a primeira nervura de ligação 60 da primeira tampa 40 e um segundo nariz 126 disposto sobre a segunda nervura de ligação 90 da segunda tampa 42. O primeiro 124 e o segundo nariz 126 estão dispostos adjacentes ao bordo inferior livre da nervura de ligação 60, 90 correspondente.
As primeira e segunda tampas 40, 42 são livres para rodar em torno do eixo de dobradiça X-X entre a configuração alinhada do conjunto de tampas 6 e a configuração na qual a segunda tampa 42 forma em relação à primeira tampa 4 0 o segundo ângulo limite oí2 . O segundo ângulo limite a2 é, além disso, definido pelos primeiros meios de encosto 112, uma vez que quando o segundo ângulo limite oí2 é atingido, os primeiros meios de encosto 112 opõem-se à separação das duas nervuras de ligação 60, 90 para além do segundo ângulo limite oí2 . O dispositivo para estradas 2 está ainda provido de uma primeira dobradiça 130 adaptada para guiar o conjunto de tampas 6 em torno de um primeiro eixo de basculamento Al-Al em torno do invólucro 4 entre a posição fechada e a posição aberta. A primeira dobradiça 130 compreende uma primeira articulação de invólucro 132 e uma primeira articulação de tampa 134. 0 dispositivo para estradas 2 está ainda provido de uma segunda dobradiça 136 adaptada para guiar o conjunto de tampas 6 em torno de um segundo eixo de basculamento A2-A2 em torno do invólucro 4 entre a posição fechada e a posição aberta. A segunda dobradiça 136 compreende uma primeira articulação de invólucro 138 e uma primeira articulação de tampa 140. O dispositivo para estradas 2 das Figuras 1 a 9 é uma variante não bloqueada. Por conseguinte, o dispositivo para estradas 2 não compreende meios de travamento ou de bloqueio que se oponham ao levantamento do conjunto de tampas 6 em relação ao invólucro 4 ou a um basculamento do conjunto de tampas 6 desde a sua posição fechada para a sua posição aberta. O dispositivo para estradas funciona da seguinte maneira.
Parte-se da configuração fechada.
Nesta configuração, o conjunto de tampas 6 está disposto no invólucro 4 e todas as superficies de apoio das duas tampas 40 e 42 estão aplicadas sobre as superfícies de apoio associadas do invólucro. Em função de eventuais desalinhamentos dos vários apoios das duas tampas sobre o invólucro, o ângulo de inclinação entre as duas tampas 40, 42 está situado entre 0o (configuração alinhada) e o segundo ângulo limite ol2 ou entre 0 o e o primeiro ângulo limite ai.
Aquando da passagem de um veiculo, as duas tampas não oscilam em relação ao invólucro, devido a uma estabilidade de apoio em três pontos.
Para abrir o dispositivo para estradas 2 por basculamento do conjunto de tampas 6 em torno do invólucro, é introduzido um dispositivo de manobra numa abertura para manobrar a primeira tampa 40 e a primeira tampa 40 é levantada em relação ao invólucro e em relação à segunda tampa 42 em torno do eixo de dobradiça X-X até que a primeira tampa 40 e a segunda tampa 42 estejam na configuração na qual a segunda tampa 42 forma, em relação à primeira tampa 40, o primeiro ângulo limite cxl.
Em seguida, continuamos com o levantamento da primeira tampa 40 em relação ao invólucro 4. A primeira tampa 40 e a segunda tampa 42 basculam então como um só bloco em torno do eixo de basculamento A2-A2 até que o conjunto de tampas 6 esteja na posição aberta (ver Figura 2) .
Como variante, também é possível introduzir um dispositivo de manobra numa abertura para abrir a segunda tampa 42 e levantar a segunda tampa 42 em relação ao invólucro e em relação à primeira tampa 40 em torno do eixo de dobradiça X-X, até que a segunda tampa 42 e a primeira tampa 40 estejam na configuração na qual a primeira tampa 40 forma, em relação à segunda tampa 42, o primeiro ângulo limite ai.
Em seguida, continuamos com o levantamento da segunda tampa 42 em relação ao invólucro 4. A segunda tampa 42 e a primeira tampa 40 basculam então como um só bloco em torno do eixo de basculamento Al-Al até que o conjunto de tampas 6 esteja na posição aberta. O conjunto de tampas 6 pode assim ser aberto, à escolha, por articulação em torno de um ou do outro de dois lados opostos do invólucro 4.
Como variante, o dispositivo para estradas 2 pode igualmente ser aberto por dois operadores utilizando dois dispositivos de manobra. Para este efeito, partindo da configuração fechada, um dispositivo de manobra é introduzido em cada abertura para abrir a primeira tampa 40 e a segunda tampa 42. Em seguida levanta-se simultaneamente a primeira tampa 40 segundo o primeiro sentido normal SNI e a segunda tampa 42 segundo o segundo sentido normal SN2. As duas tampas 40, 42 basculam uma em relação à outra até que o primeiro ângulo limite al seja atingido. Em seguida, o conjunto de tampas 6 pode ser retirado como um só bloco do invólucro 4 sensivelmente perpendicularmente em relação ao plano de invólucro P-P.
Na Figura 10 está representada uma variante do dispositivo para estradas 2 de acordo com a invenção. 0 dispositivo para estradas 2 compreende um mecanismo de impulso 150 adaptado para impulsionar o conjunto de tampas 6 para a posição aberta. 0 mecanismo de impulso 150 está provido de uma mola a gás 152 e de uma alavanca 154. A alavanca 154 está fixada à segunda tampa 42. A mola a gás 152 é articulada, por um lado, a uma extremidade da alavanca 154 e, por outro lado, ao invólucro 4. O dispositivo para estradas 2 compreende igualmente uma chaveta de blogueio 160 fixada à segunda tampa 42 e adaptada para opor-se a um levantamento do conjunto de tampas 6, na posição fechada, segundo uma direcção sensivelmente perpendicular ao plano de invólucro P-P. 0 dispositivo para estradas 2 está ainda provido de um ferrolho rotativo 162 disposto sobre a primeira tampa 40 e móvel em rotação entre uma posição de bloqueio, na qual o ferrolho rotativo 162 impede a abertura do conjunto de tampas 6 por articulação em torno do invólucro 4, e uma posição de libertação, na qual o conjunto de tampas 6 pode ser aberto por basculamento em relação ao invólucro 4. A invenção pode compreender geralmente uma ou mais das seguintes caracteristicas suplementares: A ou cada tampa tem uma forma sensivelmente triangular. A tampa compreende uma nervura longitudinal que se estende do lado inferior da tampa. A nervura longitudinal compreende uma abertura de passagem na qual está disposto o primeiro encosto. A abertura de passagem está disposta na fibra neutra da nervura longitudinal, e de preferência a meia altura desta nervura. A ou cada tampa não tem contra rebaixo. A tampa compreende uma junta de articulação com um invólucro. A tampa compreende uma junta de articulação que coopera com a junta de articulação do invólucro.
Lisboa, 12 de outubro de 2017

Claims (11)

REIVINDICAÇÕES
1. Conjunto de tampas (6) para um dispositivo para estradas, do tipo que compreende uma primeira tampa (40) e uma segunda tampa (42), a primeira tampa compreende um primeiro lado de ligação (54) e uma primeira banda (44) que se estende ao longo de um primeiro plano de banda (Tl-Tl) e que compreende uma superfície superior (46), a segunda tampa compreende um segundo lado de ligação (84) adjacente ao primeiro lado de ligação e uma segunda banda (74) que se estende ao longo de um segundo plano de banda (T2-T2) e que compreende uma superfície superior (76) caracterizado por o conjunto de tampas compreender meios de ligação (100) que ligam a primeira tampa à segunda tampa ao longo dos primeiro e segundo lados de ligação, por os meios de ligação compreenderem meios de dobradiça (102) que definem um eixo de dobradiça (X-X) entre a primeira tampa e a segunda tampa ao longo dos primeiro e segundo lados de ligação, e por os meios de ligação (100) compreenderem primeiros meios de encosto (112) adaptados para limitar o ângulo de inclinação ("angle de brisure") da segunda tampa em relação à primeira tampa em torno do eixo de dobradiça (X-X) a um primeiro ângulo limite (al) e isso num sentido de rotação que dirige as duas superfícies superiores (46, 76) uma para a outra.
2. Conjunto de tampas de acordo com a reivindicação 1, em que o conjunto de tampas compreende segundos meios de encosto (122) adaptados para limitar o ângulo de inclinação da segunda tampa em relação à primeira tampa em torno do eixo de dobradiça (X-X) a um segundo ângulo limite (oí2) e isso num sentido de rotação que dirige as duas superficies superiores (46, 76) uma contra a outra.
3. Conjunto de tampas de acordo com uma das reivindicações anteriores, em que os meios de dobradiça (102) compreendem: - duas primeiras saliências (104) dispostas na primeira tampa (40), dirigidas para a segunda tampa e adaptadas para se oporem a um deslocamento relativo da primeira tampa em relação à segunda tampa perpendicularmente ao primeiro plano de banda (Tl-Tl) e - duas segundas saliências (108) dispostas na segunda tampa (42), dirigidas para a primeira tampa e adaptadas para se oporem a um deslocamento relativo da segunda tampa em relação à primeira tampa perpendicularmente ao segundo plano de banda (T2-T2).
4. Conjunto de tampas de acordo com uma das reivindicações anteriores, em que os primeiros meios de encosto (112) compreendem um elemento de encosto (114) que compreende duas superficies de encosto (116, 118) dirigidas uma para a outra, nomeadamente um parafuso ou um perno.
5. Conjunto de tampas de acordo com uma das reivindicações anteriores, em que os primeiros meios de encosto (112) são reguláveis de tal maneira que o primeiro ângulo limite (cxl) é regulável.
6. Conjunto de tampas de acordo com a reivindicação 5, em que os primeiros meios de encosto (112) compreendem meios de amortecimento, nomeadamente elementos amortecedores em material plástico.
7. Conjunto de tampas de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a primeira tampa (40) e a segunda tampa (42) são idênticas, nomeadamente a segunda tampa está rodada 180° em relação à primeira tampa.
8. Conjunto de tampas de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que pelo menos uma tampa, e de preferência a primeira (40) e a segunda tampa (42) , é/são fabricada(s) como uma única peça, nomeadamente em ferro fundido.
9. Conjunto de tampas de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que cada tampa compreende três, de preferência exactamente três, superficies de apoio (62, 64, 66; 92, 94, 96) sobre um invólucro.
10. Dispositivo para estradas, nomeadamente uma câmara de visita de instalações de telecomunicações, do tipo que compreende um invólucro (4), caracterizado por o dispositivo para estradas compreender ainda um conjunto de tampas (6) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores.
11. Utilização de um dispositivo para estradas de acordo com a reivindicação 10, que compreende as seguintes etapas sucessivas: - levantamento da primeira tampa (40) em relação à segunda tampa (42) em rotação em torno do eixo de charneira (X-X) enquanto a segunda tampa permanece apoiada sobre as superficies de apoio (18, 20, 22) do invólucro até que a segunda tampa e a primeira tampa formem o primeiro ângulo limite (al), levantamento da primeira e da segunda tampa como um único bloco em relação ao invólucro, enquanto a primeira e a segunda tampa estão na configuração em que a segunda tampa e a primeira tampa formam o primeiro ângulo limite (al). Lisboa, 12 de outubro de 2017
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