PT2999556T

PT2999556T - Máquina para dobragem de produtos metálicos e correspondente método de dobragem

Info

Publication number: PT2999556T
Application number: PT147333256T
Authority: PT
Inventors: Del Fabro Giorgio
Original assignee: M E P Macch Elettr Piegatrici S P A
Priority date: 2013-05-20
Filing date: 2014-05-20
Publication date: 2017-07-13
Also published as: EP2999556B1; US20160107217A1; CN105377461A; KR102181884B1; US11325173B2; KR20160013097A; EP2999556A1; ES2632250T3; BR112015029173B1; US20190240713A1; CN105377461B; DK2999556T3; BR112015029173A2; HUE035053T2; US10265749B2; WO2014188332A1; ITUD20130066A1; PL2999556T3

Description

DESCRIÇÃO "Máquina para dobragem de produtos metálicos e correspondente método de dobragem

CAMPO DE INVENTO 0 presente invento refere-se a uma máquina e método correspondente para dobragem de produtos metálicos, tais como barras, peças redondas de reforço, barras de secção, tubos ou outros perfis com qualquer forma de secção.

ANTECEDENTES DO INVENTO São conhecidas máquinas de dobragem, para dobragem de produtos metálicos, por exemplo barras, peças redondas de reforço, barras de secção, tubos ou outros perfis com qualquer forma de secção, para moldar estribos ou outros elementos em forma.

Estas máquinas consistem normalmente numa unidade de estiragem principal, por exemplo, com rolos, os quais alimentam os produtos metálicos para uma unidade de dobragem, e uma unidade de corte ou tesoura, interposta entre a unidade de estiragem principal e a unidade de dobragem, a qual corta os produtos metálicos para levar os mesmos para o tamanho correspondente ao desenvolvimento linear dos segmentos a serem formados.

Uma vez que este desenvolvimento linear ou comprimento do produto metálico inicial, quando se trabalha a partir de segmentos de um comprimento predeterminado, não corresponde com frequência, exatamente, ao comprimento do produto metálico cortado ou a um submúltiplo exato do mesmo, um segmento terminal ou resto permanece entre a unidade de estiragem principal e a tesoura, o qual deve ser removido antes de ser iniciado um novo ciclo de trabalho. 0 elemento conformado ainda na máquina já não está agarrado à unidade de estiragem principal e, por conseguinte, já não é possível controlar seu movimento, por exemplo, para reiniciar a dobragem, fazendo com que o produto metálico se mova para trás para a unidade de estiragem.

Além disso, quando os mesmos não caem por si só, os restos devem ser descarregados do eixo da alimentação do produto metálico: isso deve ser feito manualmente ou usando dispositivos de expulsão adequados. A solução manual implica geralmente a necessidade de parar a máquina, remover as possíveis proteções e extrair o segmento, com tempos de paragem óbvios e problemas em termos de segurança para o operador.

Existem também dispositivos de expulsão automáticos, os quais intervêm após o corte, de modo que os restos são descarregados, libertando assim o eixo de trabalho das tesouras e da unidade de estiragem principal. No entanto, estes correm o risco de que os restos descarregados possam interferir com a unidade de dobragem ou outras unidades operacionais, que podem estar presentes na máquina de dobragem, comprometendo seu funcionamento correto e obrigando o operador a intervir em qualquer caso.

Além disso, esta solução não garante a segurança suficiente ao operador, porque os restos são descarregados de maneira descontrolada e podem atingir o operador.

Para além disso, uma vez que a unidade de corte está disposta entre a unidade de estiragem e a unidade de dobragem, logo que as operações de dobragem tiverem sido executadas no produto metálico que está a ser trabalhado, este último deve ser movido pela unidade de estiragem num sentido inverso ao da alimentação normal do produto metálico, para dispor o segmento a ser cortado em correspondência com a unidade de corte. 0 movimento do produto metálico no sentido inverso origina um aumento nos tempos de dobragem e, no caso dos segmentos terminais do produto metálico, nem sempre é possível comandar o movimento dos mesmos pelas razões acima.

Uma outra desvantagem é a quantidade e o comprimento dos restos. Por outras palavras, o descarte do material a ser removido do ciclo de trabalho representa também um custo considerável.

Estas desvantagens podem originar perdas de produtividade, mesmo consideráveis, por exemplo, se o segmento encravar, ou pode levar a lesões do operador, por exemplo, se o segmento passar para uma posição anómala e não segura. 0 documento EP 1 415 734 Al descreve uma máquina de dobragem de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1.

Uma finalidade do presente invento é conseguir uma máquina de dobragem e um método de dobragem correspondente capazes de limitarem a quantidade e o comprimento dos restos a serem descarregados.

Uma outra finalidade do presente invento é reduzir a complexidade de construção e gestão da máquina, reduzindo as partes móveis da mesma. A requerente concebeu, testou e concretizou o presente invento para superar as deficiências do estado da técnica e para obter estas e outras finalidades e vantagens.

Sumário do invento 0 presente invento é definido e caracterizado nas reivindicações independentes, enquanto que as reivindicações dependentes descrevem outras caracteristicas do invento ou variantes da ideia inventiva principal.

De acordo com as finalidades acima, uma máquina para dobragem de produtos metálicos compreende uma unidade de estiragem, configurada para alimentar, pelo menos, um produto metálico ao longo de um eixo da alimentação e para uma unidade de dobragem, e uma unidade de corte, configurada para cortar o produto metálico. A unidade de dobragem está montada numa plataforma de translação numa direção de translação transversal ao eixo da alimentação.

De acordo com um aspeto do presente invento, pelo menos, uma parte da unidade de corte está montada na plataforma de translação. A disposição da unidade de corte na mesma plataforma de translação, na qual está montada a unidade de dobragem evita que a maior parte da unidade de corte esteja completamente disposta entre a unidade de estiramento e a unidade de dobragem. Isto permite mover esta última para mais próximo da outra, reduzindo consideravelmente a distância entre as mesmas. Uma distância reduzida evita que o problema dos restos dos produtos metálicos se encravarem na máquina, requerendo assim a intervenção manual dos operadores. É, por conseguinte, também possível reduzir a sucata de trabalho e evitar possíveis condições perigosas para o operador.

Deve também ser notado que a distância reduzida entre a unidade de estiragem e a unidade de dobragem reduz ao mínimo o comprimento entre o último segmento do produto dobrado acabado e a porção que é cortada.

Em substância, o lado final do produto acabado é muito limitado e pode ser determinado, por exemplo, pelo diâmetro do pino de contraste da unidade de dobragem. A necessidade de mover o produto metálico no sentido oposto ao sentido normal de alimentação é, portanto, limitada ou totalmente eliminada.

De acordo com uma forma possível de concretização do presente invento, a unidade de corte compreende uma parte de corte fixa, montada num componente fixo em relação à plataforma de translação, e uma parte de corte móvel, montada na plataforma de translação. Ao realizar a translação da plataforma de translação, a parte de corte móvel é movida em relação à parte de corte fixa e é feito o corte. Esta solução explora o mesmo movimento previsto para a plataforma de translação executar o corte. Desta maneira, a complexidade de construção da máquina é simplificada, uma vez que são necessários menos componentes de atuação e a complexidade da gestão é simplificada.

Uma forma possível de concretização prevê que o componente de suporte fixo da parte de corte fixa se prolongue para a plataforma de translação sobrepondo-se, pelo menos parcialmente, à mesma. Esta solução permite reduzir ainda mais a distância entre a unidade de estiragem e a unidade de dobragem. 0 presente invento refere-se também a um método para dobragem de produtos metálicos com uma máquina de dobragem como a descrita acima.

BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

Estas e outras características do presente invento tornar-se-ão evidentes a partir da descrição seguinte de algumas formas de concretização, dadas como um exemplo não restritivo com referência aos desenhos juntos, em que: fig. 1 é uma representação esquemática de uma máquina para dobragem de produtos metálicos de acordo com uma primeira forma de concretização; fig. 2 é uma representação esquemática da máquina para dobragem de produtos metálicos da fig. 1, numa primeira condição operacional; fig. 3 é uma representação esquemática da máquina para dobragem de produtos metálicos da fig. 1, numa segunda condição operativa; fig. 4 é uma representação esquemática da máquina para dobragem de produtos metálicos da fig. 1, numa terceira condição operativa; fig. 5 é uma representação esquemática da máquina para dobragem de produtos metálicos da fig. 1, numa quarta condição operacional; fig. 6 é uma representação esquemática em planta de uma máquina para dobragem de produtos metálicos de acordo com uma variante de concretização.

Para facilitar a compreensão, foram utilizados, sempre que possível, os mesmos números de referência para identificar elementos comuns e idênticos nos desenhos. Entende-se que elementos e características de uma forma de concretização podem ser convenientemente incorporados noutras formas de concretização sem clarificações adicionais.

DESCRIÇÃO PORMENORIZADA DE ALGUMAS FORMAS DA CONCRETIZAÇÃO

Com referência à fig. 1 é mostrada esquemática e parcialmente uma máquina de dobragem 10, de acordo com o presente invento, e está configurada para dobrar, pelo menos, um produto metálico, neste caso, duas barras B, para fazer elementos conformados, por exemplo, estribos para a produção de reforços. A máquina 10 de acordo com o invento compreende uma unidade de estiragem 11, por exemplo, do tipo de rolos, configurada para alimentar as barras B ao longo de um eixo da alimentação D e para uma unidade de dobragem 12 disposta a jusante. A unidade de dobragem 12 está montada numa plataforma de translação 13 configurada para realizar a translação num sentido da translação T transversal ao eixo da alimentação D.

Na forma da concretização mostrada nas figs. 1 a 5 o sentido da translação T é substancialmente ortogonal ao eixo da alimentação D.

As implementações do presente invento preveem que o sentido da translação T e o eixo da alimentação D se situam num plano π, o qual corresponde substancialmente ao plano de dobragem das barras B.

Pelo menos, uma parte de uma unidade de corte 14 está montada na plataforma de translação 13 e está disposta adjacente à unidade de dobragem 12 lateralmente em relação ao eixo da alimentação D das barras B. Em formas possíveis da concretização é possível prever que, pelo menos, uma parte da unidade de corte 14 esteja disposta adjacente à unidade de dobragem 12 num sentido que coincide substancialmente com o sentido da translação T. A translação da plataforma de translação 13 no sentido da translação T permite trazer a unidade de dobragem 12 ou a unidade de corte 14 para cooperação seletiva a fim de dobrar ou, respetivamente, cortar as barras B.

Uma primeira forma de concretização do invento prevê que a unidade de corte 14 esteja completamente montada na plataforma de translação 13. As implementações possíveis desta forma de concretização preveem que a unidade de corte 14 esteja provida dos seus próprios componentes de atuação para corte das barras B.

Uma outra forma de concretização prevê que a unidade de corte 14 compreenda uma parte de corte fixa 15, montada num componente fixo 17 da máquina 10, e uma parte de corte móvel 16, montada na plataforma de translação 13. A translação da plataforma de translação 13 no sentido da translação T traz a parte de corte fixa 15 para cooperação com a parte de corte móvel 16 para o corte subsequente das barras B.

Uma forma possível de concretização prevê que o componente fixo 17 esteja fixo a uma armação de suporte 18 ou a parte da mesma da máquina 10.

Em possíveis implementações do invento, o componente fixo 17 prolonga-se a partir da estrutura de suporte 18 para a plataforma de translação 13 sobrepondo-se, pelo menos, parcialmente, a esta última. Esta forma particular de concretização permite dispor a unidade de estiragem 11 na proximidade imediata da unidade de dobragem 12 com a consequente redução da distância entre as mesmas.

Na forma da concretização mostrada na fig. 1, o componente fixo 17 define um corpo de contenção e proteção para a unidade de estiragem 11, disposta a montante. A parte de corte fixa 15 e/ou a parte de corte móvel 16 podem compreender as respetivas lâminas de corte 19a e 19b, e respetivamente, 20a e 20b.

Como mostrado na forma da concretização da fig. 1, a parte de corte fixa 15 pode compreender duas lâminas de corte 19a e 19b dispostas de um lado e a outra em relação às barras B, as quais são feitas para se moverem ao longo do eixo da alimentação D. A parte de corte móvel 16 pode também compreender duas lâminas de corte 20a e 20b dispostas de um lado e de outro do seu corpo de suporte 21. A cooperação entre as lâminas de corte 19a e 20a determina o corte das barras B por meio da translação, num primeiro sentido da plataforma de translação 13. A translação da plataforma de translação 13 num segundo sentido, oposto ao primeiro, determina a cooperação entre as lâminas de corte 19b e 20b. Esta forma de concretização permite executar o corte em tanto num lado como no outro das barras B.

As formas possíveis de concretização do presente invento podem prever que, pelo menos, a parte de corte móvel 16 da unidade de corte 14 podem realizar a translação numa direção ortogonal ao plano definido pela plataforma de translação 13 para trazer a mesma para uma posição ativa a fim de cortar as barras B e, pelo menos, uma posição inativa, retraída do plano definido pela plataforma de translação 13. Para esta finalidade, a parte de corte móvel 16 pode ser montada em guias de deslizamento, localizadas transversalmente ao sentido da translação T e ao eixo da alimentação D e os componentes de atuação podem ser associados à mesma a fim de determinar o seu movimento ao longo das guias. Desta maneira, é possível evitar possíveis condições de interferência entre a unidade de corte 14 e as barras B quando estas são dobradas.

Na forma da concretização mostrada nas figs. 1 a 5, a unidade de dobragem 12 compreende um mandril rotativo 22 substancialmente com a forma de disco e provido na sua periferia com um pino de dobragem 23 de uma forma substancialmente cilíndrica, o qual se prolonga ortogonal em relação ao mandril rotativo 22. A unidade de dobragem 12 compreende também um pino de contraste 24, solidariamente associado ao mandril rotativo 22, na proximidade do seu centro de rotação e em torno do qual as barras B são dobradas.

Os elementos de acionamento estão também associados ao mandril rotativo 22 de uma maneira conhecida e configurados para rodar este último em torno de seu eixo, levando o pino de dobragem 23 em rotação com o mesmo.

As formas possíveis de concretização do invento preveem que a unidade de dobragem 12 esteja associada a dispositivos de translação, não mostrados nos desenhos e configurados para translação desta última em relação ao plano de dobramento π das barras B, tornando a unidade de dobragem 12 retraída em relação ao plano definido pela plataforma de translação 13. A translação da plataforma de translação 13 permite posicionar o pino de contraste 24 substancialmente tangente às barras B, as quais são alimentadas. No caso mostrado da fig. 2 o pino de contraste 24 está posicionado por debaixo das barras B de modo a fazer as dobragens para baixo. De modo semelhante, posicionando o pino de contraste 24 por cima da barra B, é possível fazer as dobragens para cima.

Outras formas de concretização podem também proporcionar outros tipos de unidades de dobragem, por exemplo aparelhos de dobragem com um pino em forma de enxada.

As formas possíveis de concretização, mostradas na fig. 1 preveem, por exemplo, que o pino de contraste 24 tenha uma configuração cilíndrica substancialmente seccionada, isto é, está provido com uma superfície plana 25, que está virada durante a utilização para a unidade de estiragem 11. Esta forma de concretização permite que a unidade de estiragem 11 fique ainda mais próxima da unidade de dobragem 12, reduzindo a distância.

As implementações do invento podem prever que a superfície plana 25 do pino de contraste 24 esteja substancialmente alinhada com a parte de corte fixa 15 da unidade de corte 14 e virada para a mesma, de modo que, durante a translação da plataforma de translação 13, o pino de contraste 24 não interfere com a parte de corte fixa 15 e fica posicionado substancialmente ao mesmo nível que esta última, reduzindo assim a distância entre a unidade de estiragem 11 e a unidade de dobragem 12.

Em formas possíveis da concretização, não mostradas nos desenhos, a máquina 10 pode compreender um componente de guia, configurado para guiar a translação das barras B ao longo do eixo da alimentação D. A plataforma de translação 13 está montada em guias de deslizamento 31 que se desenvolvem num sentido paralelo ao sentido da translação T.

As guias de deslizamento 31 estão montadas num plano de suporte que, na prática, define o plano π no qual são dobradas as barras B.

Os componentes de atuação 32 estão ligados à plataforma de translação 13, configurada para determinar a translação seletiva da plataforma de translação 13 no sentido da translação T.

Os componentes de atuação 32 podem ser escolhidos de um grupo que consiste em atuadores pneumáticos, atuadores de pressão de óleo, atuadores elétricos, tais como macacos de parafuso, mecanismos cinemáticos ou combinações possíveis dos mesmos.

Com referência às figs. 2-5, são descritas algumas formas de concretização de um método para dobragem de barras B de acordo com o presente invento.

Em particular, o método prevê alimentar, pelo menos, uma barra B, neste caso, duas barras B, pela unidade de estiragem 11 ao longo do eixo da alimentação D e em direção à unidade de dobragem 12 (fig. 2). A plataforma de translação 13 está posicionada de modo que o pino de contraste 24 fica localizado substancialmente tangente às barras B, as quais são alimentadas. O pino de dobragem 23 está localizado no lado das barras B de acordo com o qual a dobragem deve ser feita. A rotação do mandril rotativo 22 determina a dobragem das barras B em torno do pino de contraste 24 devido à ação do pino de dobragem 23 (fig. 3).

Por meio de uma sequência coordenada da alimentação das barras B e execução das dobragens, é possível determinar a forma desejada do estribo.

Durante as operações para alimentar e dobrar as barras B, pelo menos, uma parte da unidade de corte 14, neste caso, a parte de corte móvel 16, é mantida na sua posição inativa, retraída em relação à plataforma de translação 13, de modo que as barras B não interferem com a unidade de dobragem 12.

Logo que o estribo esteja definido, está prevista uma operação para cortar as barras B a fim de separar o estribo. A operação de corte prevê realizar a translação da plataforma de translação 13 no sentido da translação T para trazer a unidade de corte 14 para cooperação com as barras B.

Uma primeira forma da concretização prevê que a operação de translação da plataforma de translação 13 determine a atuação da unidade de corte 14. Na forma de concretização mostrada nas figs. 1 e 5, está previsto que a translação da plataforma de translação 13 traga a parte de corte móvel 16 para cooperação com a parte de corte fixa 15.

As formas de concretização do método de acordo com o presente invento podem prever que, durante a translação da plataforma de translação 13, a fim de levar a unidade de corte 14 para cooperação com as barras B a serem cortadas, a unidade de corte 14, ou, pelo menos, uma parte da mesma, passe da sua posição inativa para sua posição ativa e posição saliente, para executar o corte.

Na posição ativa da unidade de corte 14, a parte de corte fixa 15 e a parte de corte móvel 16, ou, pelo menos, uma das mesmas, tem as suas lâminas de corte 19a, 19b salientes a partir da plataforma de translação 13 para uma altura adequada, de modo que as mesmas não cortem ou cortem o estribo feito. Para esta finalidade, algumas soluções podem prever que as lâminas de corte 19a, 19b, 20a, 20b sobressaiam da plataforma de translação 13 a uma altura igual ao diâmetro ou diâmetros das barras B.

Durante as operações de corte, pode estar previsto que a unidade de dobragem 12 seja levada para uma condição retraída em relação à plataforma de translação 13, a fim de permitir a descarga rápida do estribo obtido. Para esta finalidade é possível prever que a plataforma de translação 13 esteja disposta, durante a sua utilização, com o seu plano substancialmente vertical ou subvertical, a fim de descarregar os estribos apenas por efeito da gravidade. A operação de corte não torna necessário mover as barras B no sentido oposto ao da alimentação normal, de modo a levar o estribo produzido para correspondência com a unidade de corte 14. Isso permite reduzir o tempo de ciclo de trabalho das máquinas, proporcionando a vantagem de uma produtividade mais eficiente. É claro que podem ser feitas modificações e/ou adições de partes à máquina para dobragem de produtos metálicos e ao correspondente método de dobragem como descrito até aqui, sem se sair do campo e do âmbito do presente invento.

Noutras formas de concretização, por exemplo, mostradas na fig. 6, está previsto que a parte de corte móvel, indicada aqui pelo número de referência 116, em vez de ser montada sobre um corpo de suporte separado da unidade de dobragem 12, esteja associada a esta última, por exemplo, montada no mandril rotativo 22 no lado do pino de contraste 24. De acordo com uma solução desta forma de concretização, a parte de corte móvel 116 está montada e/ou feita adjacente e próxima do pino de contraste 24 e move-se solidariamente com o mesmo.

Em particular, algumas formas de concretização do invento preveem que a parte de corte móvel 116 defina com a sua lâmina, pelo menos, parte da superfície plana 25. Na forma de concretização, na qual a unidade de corte 12 pode realizar a translação numa direção ortogonal ao eixo da alimentação D e no sentido da translação T, é possível controlar a posição da parte de corte móvel 116 como uma função do diâmetro da barra trabalhada B e evitar o corte do produto conformado. A translação da unidade de dobragem 12 é utilizada para levar a ferramenta para baixo do plano de trabalho, evitando condições de interferência com o produto acabado de fazer e facilitando a descarga deste último.

As implementações da solução mostrada na fig. 5 podem prever que a parte de corte móvel 116 esteja provida de duas lâminas, semelhantes ao que está descrito para as lâminas de corte 20a e 20b, montadas em ambos os lados do pino de contraste 24 e adequadas para cooperar com as lâminas de corte 19a e 19b da parte de corte fixa 15. É também claro que, embora o presente invento tenha sido descrito com referência a alguns exemplos específicos, uma pessoa perita na técnica será capaz certamente de conseguir muitas outras formas equivalentes de máquinas para dobragem de produtos metálicos e aperfeiçoar um método de dobragem, tendo as características como definidas nas reivindicações e, portanto, estando todas contidas no campo de proteção definido pelas mesmas.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1 - Máquina para dobragem de produtos metálicos (B) que compreende uma unidade de estiragem (11), configurada para alimentar, pelo menos, um produto metálico (B) ao longo de um eixo da alimentação (D) e para uma unidade de dobragem (12), e uma unidade de corte (14), configurada para cortar o referido produto metálico (B) , estando a referida unidade de dobragem (12) montada numa plataforma de translação (13) capaz de realizar a translação num sentido do sentido (T) transversal ao referido eixo da alimentação (D) , caracterizada por, pelo menos, uma parte da referida unidade de corte (14) estar montada na referida plataforma de translação (13).
2 - Máquina como na reivindicação 1, caracterizada por, pelo menos, uma parte da referida unidade de corte (14) estar adjacente à referida unidade de dobragem (12) no referido sentido de translação (T).
3 - Máquina como na reivindicação 1 ou 2, caracterizada por a referida unidade de corte (14) compreender uma parte de corte fixa (15), montada num componente (17) fixo em relação à referida plataforma de translação (13), e uma parte de corte móvel (16; 116) montada na plataforma de translação (13).
4 - Máquina como na reivindicação 3, caracterizada por o referido componente fixo (17) se prolongar para a referida plataforma de translação (13) sobrepondo-se, pelo menos, parcialmente à mesma.
5 - Máquina como na reivindicação 3 ou 4, caracterizada por a referida parte de corte fixa (15) compreender duas lâminas de corte (19a, 19b), cada uma das quais está disposta de um lado e do outro em relação ao referido eixo da alimentação (D) e adequada para cooperar, durante a utilização, com as respetivas lâminas de corte (20a, 20b) da referida parte de corte móvel (16; 116).
6 - Máquina como em qualquer reivindicação anterior, caracterizada por a referida unidade de dobragem (12) compreender, pelo menos, um pino de contraste (24), e um pino de dobragem (23), configurado para dobrar o referido produto metálico (B) em torno do referido pino de contraste (24), e por, pelo menos, um pino de contraste (24) tem uma configuração cilíndrica seccionada, de modo a definir uma superfície plana (25) virada para a dita unidade de estiragem (11) durante a utilização.
7 - Máquina como em qualquer reivindicação de 3 a 5 e a reivindicação 6, caracterizada por a referida superfície plana (25) do referido pino de contraste (24) poder ser posicionada substancialmente ao mesmo nível da referida parte de corte fixa (15) durante a translação da referida plataforma de translação (13).
8 - Máquina como em qualquer reivindicação anterior, caracterizada por a referida, pelo menos, uma parte da referida unidade de corte (14) estar montada na referida unidade de dobragem (12).
9 - Máquina como na reivindicação 6 ou 7, e 8, caracterizada por, pelo menos, uma parte da referida unidade de corte (14) estar montada ou ser feita adjacente e próxima do referido pino de contraste (24).
10 - Máquina como em qualquer reivindicação anterior, caracterizada por, pelo menos, uma parte da referida unidade de corte (14) estar configurada para assumir uma posição ativa, para executar o corte do referido produto metálico (B) e uma posição não ativa, retraída do plano definido pela referida plataforma de translação (13).
11 - Método para dobragem de produtos metálicos (B) que compreende a alimentação de, pelo menos, um produto metálico (B) ao longo de um eixo da alimentação (D) para executar, pelo menos, uma operação de dobragem por meio de uma unidade de dobragem (12) montada numa plataforma de translação (13) capaz de realizar a translação num sentido de translação (T) transversal ao referido eixo da alimentação (D) e, pelo menos, uma operação de corte do referido produto metálico (B) por meio de uma unidade de corte (14), caracterizado por a referida operação de corte prever a translação da referida plataforma de translação (13) no referido sentido de translação (T) de modo a trazer, pelo menos, uma parte da referida unidade de corte (14) para cooperação com o referido produto metálico (B) , estando a referida, pelo menos, uma da referida unidade de corte (14) montada na referida plataforma de translação (13) .
12 - Método como na reivindicação 11, caracterizado por a translação da referida plataforma de translação (13) determinar a atuação da referida unidade de corte (14).
13 - Método como na reivindicação 11 ou 12, caracterizado por, durante a translação da referida plataforma de translação (13) , a fim de realizar o corte, estar previsto que uma parte de corte móvel (16; 116), solidária com a referida plataforma de translação (13), coopere com uma parte de corte fixa (15) solidária com um componente (17) fixo em relação à referida plataforma de translação (13).