PT2595960E - Sal e solvatos de um derivado de tetra-hidroisoquinolina - Google Patents
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Description
DESCRIÇÃO "SAL E SOLVATOS DE UM DERIVADO DE TETRA-HIDROISOQUINOLINA"
Pedidos Relacionados
Este pedido reivindica o beneficio do Pedido Provisório U.S. N.° de Série. 61/366,367, apresentado em 21 de julho de 2010.
Campo da Invenção É descrito o ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarbo-xílico na forma substancialmente pura em conjunto com o seu sal de sódio e solvatos. São também descritos métodos de preparação do composto, seu sal de sódio e seus solvatos e composições farmacêuticas que os compreendem.
Antecedentes da Invenção O ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hi-dro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxilico, o qual é um enantiómero do racemato conhecido como PD 126055, é um antagonista do recetor de angiotensina II tipo 2 (AT2) e é descrito na US 5,246, 943 e em Klutchko et al., 1994,
Bioorg. & Med. Chem. Lett., 4:57-62.
Os antagonistas do recetor AT2 foram recentemente identificados como úteis no tratamento da dor, particularmente dor inflamatória (WO 2007/106938) e dor neuro-pática (WO 2006/066361) e o ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinoli-nocarboxilico:
foi identificado como um candidato a fármaco. O composto 1 foi obtido a partir do racemato por recristalização do sal de α-metilbenzilamina (US 5,246,943). No entanto, este método não proporciona quantidades adequadas de Composto 1 com os niveis altos necessários de pureza quimica e enantiomérica necessária para fins farmacêuticos.
Embora o racemato, i.e.: ácido (R,S)-2-(dife nilacetil) -1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxilico, seja um composto cristalino e tenham sido identificadas pelos inventores duas formas cristalinas diferentes, o Composto 1 é um composto amorfo e apesar de esforços significativos, não foi identificada qualquer forma cristalina do composto. Existem dificuldades significativas no desenvolvimento do Composto 1 para fins farmacêuticos incluindo: 1. a forma amorfa é difícil de purificar até níveis necessários para os fins farmacêuticos sem recorrer a métodos de cromatografia dispendiosos e demorados; 2. a forma amorfa de Composto 1 retém solventes residuais que são difíceis de remover até níveis aceitáveis para utilização farmacêutica; e 3. a forma amorfa de Composto 1 tem solubilidade aquosa muito baixa e isto limita a sua biodisponibilidade oral. Há uma necessidade de uma forma de Composto 1 que seja adequada para desenvolvimento farmacêutico, incluindo uma forma que possa ser obtida em grandes quantidades com pureza química e pureza enantiomérica aceitáveis e que possuam solubilidade aquosa aceitável. A presente invenção baseia-se, pelo menos em parte, na constatação de que o sal de sódio do Composto 1 tinha uma propensão para formar solvatos altamente cristalinos que não só permitem que este material seja fabricado com melhor pureza química mas permitem também que a pureza enantiomérica seja melhorada por recristalização no caso de ocorrer alguma epimerização na posição 3 quiral do anel de tetra-hidroisoquinolina durante o processo de fabrico. Foi também determinado que o sal de sódio tem boas caracteristicas de biodisponibilidade oral.
Sumário da Invenção
Num primeiro aspeto é proporcionado o sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxilico e seus solvatos, na forma amorfa, ou na forma de um solvato cristalino, especialmente um etanolato, iso-propanolato ou hidrato. Nalgumas formas de realização, o hidrato é um mono-hidrato, di-hidrato, tri-hidrato, tetra-hidrato, ou um hidrato total ou fracionado em entre um e cinco. Nalgumas formas de realização, o hidrato tem 2 a 5 moléculas de água. É também aqui descrito o ácido (S)-2-(dife-nilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxilico na forma substancialmente pura.
Numa forma de realização particular, o composto tem uma pureza enantiomérica >97% de ee e/ou pureza quimica >96%.
Noutro aspeto da invenção é proporcionada uma composição farmacêutica que compreende o sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxilico, ou um solvato do sal de sódio em conjunto com um veiculo, diluente ou excipiente farmaceuticamente aceitável, em que o sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxilico está na forma amorfa ou na forma de um solvato cristalino.
Nalqumas formas de realização, a composição está numa forma sólida, especialmente para administração oral.
Ainda noutro aspeto da invenção, é proporcionado um método de preparação do sal de sódio do ácido (S)— 2 — (difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmeto-xi)-3-isoquinolinocarboxilico que compreende: (i) tratar o ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxilico com alcóxido de sódio; (ii) formar um solvato de álcool cristalino do sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-meto-xi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxílico resultante; e (iii) recristalizar o solvato que se formou no passo (ii).
Numa forma de realização, o alcóxido de sódio é etóxido de sódio. Numa forma de realização particular o solvato cristalino é o solvato de etanol ou iso-propanol, especialmente o solvato de iso-propanol.
Nalqumas formas de realização, a molécula de solvato do solvato de álcool cristalino que se formou no passo (ii) é trocada por outra molécula de solvato antes, durante ou após o passo (iii) . Numa forma de realização particular, o solvato de álcool cristalino obtido no passo (ii) é um solvato de etanol e a recristalização no passo (iii) é conseguida num solvente que compreende iso-propanol de tal forma que o solvato cristalino obtido no passo (iii) é o solvato de iso-propanol do sal de sódio de Composto 1. Nalgumas formas de realização, a recristalização do passo (iii) é realizada num solvente orgânico não aquoso. 0 método pode compreender ainda o passo de troca do álcool no solvato por moléculas de água para preparar hidratos amorfos ou cristalinos do sal de sódio. 0 método pode compreender ainda o passo de secagem do álcool solvato ou hidrato para proporcionar o sal de sódio amorfo do ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarbo-xílico. Nalgumas formas de realização, a secagem é por liofilização. 0 método pode compreender ainda o passo de acidificação do sal de sódio para proporcionar o ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi) -3-isoquinolinocarboxílico na forma substancialmente pura.
Ainda num outro aspeto, é proporcionado um método de preparação de um solvato de álcool do sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5- (fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxílico que compreende os passos de: (i) acilar o átomo de azoto da isoquinolina do ácido (5)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinoli-nocarboxilico com uma amida cíclica ativada da formula:
em que anel A é um heterociclo contendo azoto de 5 membros; e (ii) tratar o produto do passo (i) com um sal de alcóxido num solvente de tipo álcool.
Nalgumas formas de realização, o heterociclo contendo azoto de 5 membros é pirazole, pirrole, imidazole, 1,2,3-trazole ou 1,2,4-triazole, especialmente pirazole. Nalgumas formas de realização, o sal de alcóxido é etóxido de sódio. Nalgumas formas de realização, o solvente de tipo álcool é etanol.
Breve Descrição dos Desenhos A Figura 1 ilustra o padrão de difração de raios X de pó caracteristico de um sal de sódio cristalino do Composto 2. A Figura 2 ilustra o padrão de difração de raios X de pó caracteristico de um solvato de etanol cristalino do sal de sódio (Composto 4). A Figura 3 ilustra o padrão de difração de raios X de pó caracteristico de um solvato de iso-propanol cristalino do sal de sódio (Composto 5). A Figura 4 ilustra o padrão de difração de raios X de pó caracteristico de um hidrato cristalino do sal de sódio que tem pelo menos três moléculas de água (Composto 6) . A Figura 5 ilustra o padrão de difração de raios X de pó caracteristico de um hidrato cristalino do sal de sódio que tem cerca de duas moléculas de água (Composto 7). A Figura 6 ilustra um espetro de RMN de 13C de estado sólido caracteristico de um sal de sódio amorfo do Composto 2. A Figura 7 ilustra um espetro de RMN de 13C de estado sólido caracteristico de um solvato de etanol cristalino do sal de sódio (Composto 4). A Figura 8 ilustra um espetro de RMN de 13C de estado sólido caracteristico de um solvato de iso-propanol cristalino do sal de sódio (Composto 5). A Figura 9 ilustra um espetro de RMN de 13C de estado sólido caracteristico de um hidrato cristalino do sal de sódio que tem pelo menos três moléculas de água (Composto 6). A Figura 10 ilustra um espetro de RMN de 13C de estado sólido caracteristico de um hidrato cristalino do sal de sódio que tem cerca de duas moléculas de água (Composto 7).
A Figura 11 representa a concentração plasmática média de ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxilico (composto 1) ao longo do tempo após administração oral dos Compostos 1, 2 (sal de sódio amorfo), 6 e 7 a cães. A Figura 11A representa as curvas de concentração plasmática média versus tempo numa escala linear e a Figura 11B representa as curvas de concentração plasmática média versus tempo numa escala logarítmica. A Figura 12A proporciona a Cmax do Composto 1 ácido livre após administração oral dos Compostos 1, 2 (sal de sódio amorfo), 6 e 7 a cães. A Figura 12B proporciona a AUC (0-inf) do Composto 1 ácido livre após administração oral dos Compostos 1, 2 (sal de sódio amorfo), 6 e 7 a cães.
Descrição Detalhada da Invenção 0 sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinoli-nocarboxílico (a seguir referido como Composto 2) tem a fórmula:
Este composto é um antagonista do recetor AT2 com utilizações farmacêuticas no tratamento da dor, especialmente dor inflamatória e neuropática. 0 Composto 1 e a sua mistura racémica foram previamente identificados como um antagonista do recetor AT2. No entanto, verificou-se agora que o sal de sódio (Composto 2) tem vantagens particulares em relação a facilidade de fabrico, pureza e biodisponibilidade oral que não se encontram no ácido livre (Composto 1) ou outros sais.
Embora a forma racémica seja cristalina, o enan-tiómero individual representado pelo Composto 1 não foi isolado numa forma cristalina e, por conseguinte, a purificação a níveis farmaceuticamente aceitáveis é difícil, incluindo a remoção do seu enantiómero (R) (Composto 3) :
Composto 3
Além disso, a epimerização na posição 3 quiral do Composto 1 pode ocorrer nalgumas condições de fabrico e, por conseguinte, a obtenção e conservação do Composto 1 com uma alta pureza enantiomérica pode ser um desafio.
Os presentes inventores determinaram que o sal de sódio, Composto 2, pode ser isolado na forma cristalina como um solvato, particularmente um solvato de álcool. Isto pode ser conseguido diretamente a partir da preparação do Composto 1 e, portanto, a purificação por cristalização é possível e pode ser conseguido uma alta pureza enantiomérica. Além disso, se ocorrer epimerização do centro quiral na posição 3, pode utilizar-se a cristalização para remover o enantiómero indesejado e para melhorar a pureza enantiomérica. Os solvatos podem ser também convertidos entre si e pode ser conseguida a conversão em formas de hidrato com pureza e níveis de solvente residual farmaceuticamente aceitáveis. Estas formas de hidrato incluem formas cristalinas bem como uma forma amorfa, sendo a última preparada por liofilização.
Numa forma de realização particular, o Composto 2 está na forma amorfa. Numa forma de realização desse tipo, a forma amorfa exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido que compreende picos a cerca de 55,2, 109,8, 128,4 e 151,7 ppm. Noutra forma de realização desse tipo, a forma amorfa exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido substancialmente igual ao da Figura 6. Noutra forma de realização, o espetro de RMN de 13C de estado sólido tem picos a cerca de 26,2, 29,8, 39,0, 41,9, 45,7, 55,2, 60,4, 73, 6, 94,4, 109, 8, 121,3, 128,4, 139, 9, 145,0, 151,7, 172,2, 175,7 e 178,8 ppm.
Noutra forma de realização, o Composto 2 está numa forma cristalina. Numa forma de realização desse tipo, a forma cristalina do sal de sódio não solvatado exibe um padrão de XRPD que compreende pelo menos um pico a cerca de 9.6 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD que compreende um pico a cerca de 9, 6 graus 2Θ e compreende pelo menos um pico selecionado do grupo que consiste em cerca de 6,0 e 19.6 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD que compreende um pico a cerca de 9,6 graus 2Θ, pelo menos um pico selecionado do agrupamento que consiste em cerca de 6,0, e 19.6 graus 2Θ, e pelo menos um pico selecionado do grupo que consiste em cerca de 14,0, 17,9, 20,6, 21,8, 23,3 e 23,9 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD substancialmente igual ao da Figura 1. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina não solvatada tem um padrão de difração de raios X com picos a 2Θ = 5,5, 6,0, 6,9, 8,5, 9,6, 11,0, 13,3, 14,0, 16,1, 16,7, 17,9, 18,4, 19,6, 20,6, 21,8, 22,3, 23,3, 23, 9, 25,5, 26, 3 e 27,6.
Nalgumas formas de realização, o solvato é preparado a partir de água ou um solvente alcoólico, especialmente água, etanol ou iso-propanol.
Numa forma de realização, o solvato do sal de sódio é o solvato de etanol (etanolato) (Composto 4):
Numa forma de realização, este composto pode ser isolado numa forma cristalina. Numa forma de realização desse tipo, o solvato de etanol exibe um padrão de difração de raios X de pó ("XRPD") gue compreende um pico a cerca de 14,3 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina do sal de sódio de solvato de etanol exibe um padrão de XRPD gue compreende um pico a cerca de 14,7 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina do sal de sódio de solvato de etanol exibe padrão de XRPD gue compreende um pico pelo menos dois do grupo gue compreende cerca de 14,3, 14,7, 26,9 e 29,7 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD substancialmente igual ao da Figura 2. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina tem um padrão de difração de raios X com picos a 2Θ = 5,5, 6,7, 8,0, 8,7, 9,3, 11,1, 13,4, 14,3, 14,7, 15, 8, 16, 1, 16, 6, 17,4, 17, 8, 18, 8, 20,3, 20, 9, 21,4, 22,2, 22,8, 24,2, 25,4, 26, 9, 27, 6, 28,7, 29, 7, 30,3, 31,3, 32,1, 33,5, 35,7 e 41,0.
Numa forma de realização, o solvato de etanol da forma cristalina do sal de sódio exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido que compreende picos a cerca de 18,4, cerca de 139,7, e cerca de 141,4 ppm. Noutra forma de realização desse tipo, o solvato de etanol da forma cristalina do sal de sódio exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido substancialmente igual ao da Figura 7. Noutra forma de realização, o espetro de RMN de 13C de estado sólido tem picos a cerca de 18,4, 25,9, 28,6, 38,1, 41, 9, 47, 0, 52,0, 54,1, 55, 6, 57,5, 74, 1, 81, 1, 110, 8, 118,5, 126,4, 128,1, 137,6, 139,7, 141,4, 143,9, 151,3, 171,6 e 180,2 ppm.
Noutra forma de realização, o solvato do sal de sódio é o solvato de iso-propanol (iso-propanolato) (Composto 5) :
Este composto pode ser isolado numa forma cristalina. Numa forma de realização desse tipo, o solvato de iso-propanol da forma cristalina do sal de sódio exibe um padrão de XRPD que compreende pelo menos um pico selecionado do grupo que consiste em cerca de 26,0, 26,6, 27.2, 28,3, e 29,3 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD que compreende pelo menos dois picos selecionados do grupo que consiste em cerca de 25,0, 26,0, 26,6, 27,2, 28,3, e 29,3 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD que compreende pelo menos um pico selecionado do agrupamento que consiste em cerca de 26,0, 26,6, 27,2, 28,3, e 29,3 graus 2Θ, e pelo menos um pico selecionado do grupo que consiste em cerca de 10,8, 14,0, 21,1, 21,9, e 22,5 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD substancialmente igual ao da Figura 3. Noutra forma de realização, esta forma cristalina de solvato de iso-propanol tem um padrão de difração de raios X com picos a 2Θ = 5,4, 6,6, 7,9, 8,6, 9,2, 10,8, 13,4, 14,0, 15,9, 16,4, 17.3, 17, 6, 18, 6, 20,0, 20,5, 21,1, 21, 9, 22,5, 23, 0, 24,0, 25, 0, 25,5, 26, 0, 26, 6, 27,2, 28,3 e 29,3.
Numa forma de realização, o solvato de iso-propanol da forma cristalina do sal de sódio exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido que compreende picos a cerca de 63,1 e cerca de 140,7 ppm. Noutra forma de realização desse tipo, o solvato de iso-propanol da forma cristalina do sal de sódio exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido substancialmente igual ao da Figura 8. Noutra forma de realização, o espetro de RMN de 13C de estado sólido tem picos a cerca de 25,1, 28,0, 41,4, 46,8, 48,2, 53,8, 55,8, 56,8, 58,1, 63,1, 74,0, 111,0, 118,7, 126,5, 128,0, 137,7, 140,7, 143,7, 151,4, 171,2, 173,2 e 180,0 ppm.
Noutra forma de realização, o solvato do sal de sódio é o solvato de tri-hidrato (Composto 6) contendo três moléculas de água para cada molécula de Composto 2.
Alguns estudos indicam que o Composto 6 pode ter quatro ou mais moléculas (um hidrato fracionário) de água para cada molécula de Composto 2. Independentemente da quantidade exata de água, o hidrato do Composto 6 pode ser isolado na forma cristalina. Numa forma de realização desse tipo, o hidrato da forma cristalina do sal de sódio possuindo entre três e 5 moléculas de água exibe um padrão de XRPD que compreende um pico a cerca de 15,2 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD que compreende um pico a cerca de 15,2 graus, e pelo menos dois picos selecionados do grupo que consiste em cerca de 4,8, 7,3, 12,0, 12,6, 23,5, e 24,5 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD substancialmente igual ao da Figura 4. Noutra forma de realização, esta forma cristalina de hidrato tem um padrão de difração de raios X com picos a 2Θ = 4,8, 5,5, 7,3, 8,3, 9,9, 12,0, 12,6, 15,2, 16,7, 17,2, 17,9, 19,0, 21,5, 23,5 e 24,5.
Numa forma de realização, o hidrato da forma cristalina do sal de sódio com cerca de 3 a menos de 5 moléculas de água exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido que compreende picos a cerca de 53,7, cerca de 122,9 e cerca de 128,1 ppm. Noutra forma de realização desse tipo, o hidrato da forma cristalina do sal de sódio com cerca de 3 a menos de 5 moléculas de água exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido substancialmente igual ao da Figura 9. Noutra forma de realização, o espetro de RMN de 13C de estado sólido tem picos a cerca de 23,7, 26,2, 28,4, 38,1, 45,5, 47, 6, 53,7, 55,8, 59, 3, 74, 0, 108, 6, 110,5, 120,5, 122,9, 128,1, 130,4, 137,7, 139,8, 143,9, 145,3, 150,9, 152,0, 171,6, 173,3 e 177,3 ppm
Ainda noutra forma de realização, o solvato do sal de sódio é o solvato de di-hidrato (Composto 7) contendo duas moléculas de água para cada molécula de
Composto 2 .
Alguns estudos indicam que o Composto 7 pode ter ligeiramente menos de duas, mas mars do que uma molécula de água (um hidrato fracionário) por cada molécula de Composto 2. Independentemente da quantidade exata de água, o hidrato do Composto 7 pode ser isolado na forma cristalina. Numa forma de realização desse tipo, o hidrato da forma cristalina do sal de sódio com 1-2 moléculas de água exibe um padrão de XRPD que compreende pelo menos um pico a cerca de 19,3 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD que compreende picos a cerca de 19,3 e 18,2 graus 2Θ. Noutra forma de realização desse tipo, a forma cristalina exibe um padrão de XRPD substancialmente igual ao da Figura 5. Noutra forma de realização, esta forma cristalina de hidrato tem um padrão de difração de raios X com picos a 2Θ = 4,8, 5,5, 7,3, 8,2, 12,1, 12,8, 15,8, 16,9, 18,2, 19,3 e 25,6.
Numa forma de realização, o hidrato da forma cristalina do sal de sódio com cerca de 1-2 moléculas de água exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido que compreende picos a cerca de 55,7, cerca de 128,2 e cerca de 151,3 ppm. Noutra forma de realização desse tipo, o hidrato da forma cristalina do sal de sódio com cerca de 1-2 moléculas de água exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido substancialmente igual ao da Figura 10. Noutra forma de realização, o RMN de 13C de estado sólido tem picos a cerca de 25,8, 28,2, 46, 6, 55,7, 73,7, 75, 1, 109, 3, 119, 7, 128,2, 137,8, 139,6, 144,7, 151,3, 172,1 e 178,2 ppm.
Como aqui utilizado, o termo "pureza enantiomé-rica" refere-se à percentagem de enantiómero (S) presente em comparação com o enantiómero (R) indesejado. Por exemplo, uma pureza de 90% tem 90% de enantiómero (S) e 10% de enantiómero (R) e uma pureza de 100% tem apenas enantiómero (S) e nenhum enantiómero (R) . Em formas de realização particulares, a pureza do enantiómero (S) é alta, isto é acima de 80%, especialmente acima de 85%, 87,5%, 90%, 92,5%, 95%, 96%, 97%, 98%, 99% e inclui 100%. A pureza enantiomérica pode ser também reportada como excesso enantiomérico (ee) . O excesso enantiomérico é geralmente exprimido como uma percentagem calculada pela seguinte equação:
em que R e S são as respetivas frações dos enantiómeros de tal forma que R + S = 1. Em formas de realização particulares, o ee do enantiómero (S) é alto, isto é acima de 80%, especialmente acima de 85%, 87,5%, 90%, 92,5%, 95%, 96%, 97%, 98%, 99% e inclui 100%.
Como aqui utilizado, o termo "pureza química" refere-se à percentagem de impurezas presentes no produto. As impurezas podem estar na forma, por exemplo, da presença de solventes indesejados, produtos de degradação ou produtos de oxidação. Em formas de realização particulares, a pureza quimica é alta, isto é acima de 80% do produto é ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxilico, especialmente acima de 85%, 87,5%, 90%, 92,5%, 95%, 96%, 97%, 98%, 99% e inclui 100%. O termo "forma substancialmente pura" refere-se a um produto possuindo uma pureza quimica superior a 96%, especialmente superior a 97%, 98% ou 99% e mais especialmente 100% de pureza quimica e/ou superior a 97% ee, especialmente superior a 98% ou 99% ee e mais especialmente 100% ee.
Como aqui utilizado, o significado do termo "cerca de" depende do contexto no qual é utilizado. Quando utilizado em relação à posição de um pico num padrão de difração de raios X de pó (XRPD), o termo "cerca de" inclui picos dentro de ±0,1 graus 2Θ da posição especificada. Por exemplo, como aqui utilizado, um pico de XRPD a "cerca de 10,0 graus 2Θ" significa que o pico especificado ocorre desde 9,9 a 10,1 graus 2Θ. Quando utilizado em relação à posição de um pico num espetro de RMN de 13C de estado sólido, o termo "cerca de" inclui picos dentro de ±0,2 ppm da posição especificada. Por exemplo, como aqui utilizado, um espetro de RMN de 13C pico a "cerca de 100,0 ppm" significa que o pico especificado ocorre desde 99,8 a 100,2 ppm.
Os métodos de síntese para a preparação do Composto 1 são conhecidos na técnica. A síntese da mistura racémica contendo o Composto 1 e o seu enantiómero (R) Composto 3, seguida de resolução dos enantiómeros utilizando a formação de sal quiral é descrita na US 5,246, 943 e Klutchko et al. , Bioorg. & Med. Chem. Lett., 1994, 4:57-62. 0 sal quiral utilizado para resolução foi a 1- (-)-a-metilbenzilamina. 0 sal de sódio, Composto 2, pode ser obtido tratando o Composto 1 com uma solução aquosa de hidróxido de sódio. No entanto, este método prepara o Composto 2 como um resíduo oleoso ou goma, em vez de um sólido cristalino. As formas cristalinas do sal de sódio não são obtidas a menos que sejam escolhidos sistemas solventes que conduzem à formação de sólidos cristalinos na forma de diferentes solvatos. Por exemplo, o solvato de etanol, Composto 4, pode ser obtido tomando a forma não cristalina de Composto 2 preparada utilizando uma solução aquosa de hidróxido de sódio e tratando-a com etanol ou, mais preferencialmente, tratando o Composto 1 com etóxido de sódio em etanol. De forma semelhante, o solvato de iso-propanol, Composto 5, pode ser preparado tomando a forma não cristalina de Composto 2 preparada utilizando uma solução aquosa de hidróxido de sódio e tratando-a com iso-propanol. 0 composto 5 poderia ser também preparado tratando o Composto 1 com iso-propóxido de sódio em sistemas solventes contendo iso-propanol. 0 composto 2 ou seus solvatos podem ser também obtidos recristalizando um solvato de álcool do Composto 2 num solvente orgânico ou um solvente orgânico aquoso (solvente orgânico com percentagem de água adicionada). Os solvatos cristalinos foram obtidos por recristalização em acetato de etilo (AcOEt)/10% de água, metiletilcetona (MEK), 1-propanol, AcOEt, éter terc-butilico e metilico (TBME) e solventes de tipo hidrocarboneto tais como heptano. A recristalização de acetonitrilo deu uma forma cristalina não solvatada do sal de sódio.
Os hidratos, Compostos 6 e 7, podem ser obtidos por exposição do etanolato ou iso-propanolato cristalino a humidade, especialmente humidade atmosférica. A humidade elevada tal como 70% de humidade relativa, forma-se o hidrato do Composto 6, a humidade moderada tal como 40% de humidade relativa, forma-se o hidrato do Composto 7. Ao secar ou liofilizar as diferentes formas de hidrato, é produzido o sal de sódio amorfo (Composto 2). A forma amorfa do Composto 2 pode ser também preparada por liofilização de um solvato de álcool do Composto 2 em água.
Alternativamente, o Composto 2 pode ser preparado por sintese assimétrica e o sal de sódio isolado como um solvato cristalino no final da sintese. Existem métodos conhecidos na técnica para preparar α-aminoácidos quirais não naturais (por exemplo, Burk et ai., J. Am. Chem. Soc., 1993, 115, 10125-10138) e tais métodos podem ser aplicados à síntese de uma orto-fenilmetiloxi-meta-metoxi-fenil-alanina quiral. Deve ter-se o cuidado de se utilizar condições que sejam suficientemente suaves para permitir a retenção do grupo O-benzilo pendente.
Uma vez preparado, o derivado de fenilalanina quiral pode ser transformado numa 1,2,3,4-tetra-hidro-isoquinolina utilizando a reação de Pictet-Spengler como se mostra no Esquema 1 e descrita na US 5,246,943.
A acilação do átomo de azoto da isoquinolina pode ser conseguida por reação da isoquinolina com ácido 2,2-difeniletanoico que foi ativado para a reação para formar uma ligação amida, por exemplo, cloreto, anidrido ou uma amida ativa ciclica de ácido 2,2-difeniletanoico. Esta reação tem de ser cuidadosamente controlada já que os rendimentos podem ser diminuídos pela formação de produtos secundários diméricos, esterifiçados ou epimerizados. As reações secundárias podem ser evitadas ou reduzidas utilizando condições anidras e proteção do ácido carboxilico durante acilação do azoto da isoquinolina com um cloreto de ácido. Por exemplo, durante a formação da ligação amida utilizando cloreto de ácido 2,2-difeniletanoico, um grupo de proteção facilmente hidrolisado, tal como um grupo trimetilsililo, que é hidrolisado durante o processamento aquoso, pode ser utilizado para prevenir ou reduzir reações secundárias no ácido carboxilico. Os grupos de proteção adequados são conhecidos na técnica e podem ser encontrados em Greene e Wuts, Protective Groups in Organic Synthesis, 3rd Edition, 1999, John Wiley & Sons. A utilização de uma amida ativa ciclica de ácido 2,2-difeniletanoico reduz a necessidade desta proteção temporária do ácido isoquinolinocarboxilico, uma vez que a amida ativa ciclica é mais seletiva para a reação com o azoto da isoquinolina. A amida ativa ciclica pode ser preparada por reação do cloreto do ácido 2,2-difenil-etanoico com um heterociclo contendo azoto de 5 membros. Os exemplos de heterociclos adequados incluem pirazole, pirrole, imidazole, 1,2,3-triazole e 1,2,4-triazole. Um exemplo utilizando pirazole é mostrado no Esquema 2. 0 conhecimento dos diferentes solvatos e formas fisicas do Composto 2 é incorporado no processo sintético global preparando o solvato de etanol do sal de sódio, Composto 4, por exemplo, adicionando etóxido de sódio em etanol ao extrato orgânico após processamento aquoso da reação de acilação e isolando o intermediário cristalino diretamente a partir da mistura reacional como se mostra no Esquema 2.
Por conseguinte, num outro aspeto da invenção é proporcionado um método de preparação de um solvato de álcool do sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)-
1.2.3.4- tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinoli-nocarboxilico que compreende os passos de: (i) acilar o átomo de azoto da isoquinolina do ácido (S)- 1.2.3.4- tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinoli-nocarboxilico com uma amida ciclica ativada da fórmula:
em que o anel A é um heterociclo contendo azoto de 5 membros; e (ii) tratar o produto do passo (i) com um sal de alcóxido num solvente de tipo álcool.
Nalgumas formas de realização, o heterociclo contendo azoto de 5 membros é pirazole, pirrole, imidazole, 1,2,3-triazole ou 1,2,4-triazole. Numa forma de realização, o heterociclo contendo azoto de 5 membros é pirazole. Nalgumas formas de realização, o sal de alcóxido é etóxido de sódio. Nalgumas formas de realização, o solvente de tipo álcool é etanol. Nalgumas formas de realização, é utilizada a combinação de etóxido de sódio e etanol.
Nalgumas formas de realização, o produto do passo (i) é tratado com uma base, tal como uma base de amina, antes do passo (ii). 0 composto 4 pode ser ainda purificado por recristalização em sistemas solventes contendo etanol para proporcionar o composto cristalino 4. Do mesmo modo, se se preparou o Composto 5, ele pode ser purificado por recristalização num sistema solvente de iso-propanol. Os solvatos de álcoois podem ser convertidos por cristalização num sistema solvente contendo álcool diferente. Por exemplo, o Composto 5 pode ser preparado por recristalização a partir de iso-propanol ou misturas de iso-propanol e outro solvente polar tal como acetato de etilo, para dar o solvato de iso-propanol (Composto 5).
Os compostos 4 ou 5 podem ser armazenados, convertidos nas diferentes formas cristalinas dos hidratos do Composto 2 ou dissolvidos em água e liofilizados para proporcionar o Composto 2 amorfo. 0 sal de sódio, Composto 2, pode ser preparado em formas cristalinas ou amorfas adequadas para utilização numa composição farmacêutica, tratando o ácido livre (Composto 1), quer durante a síntese ou após o seu isolamento, com um alcóxido de sódio, formando em seguida um solvato cristalino.
Como aqui utilizado, um "alcóxido" refere-se a um ião preparado pela remoção do átomo de hidrogénio do grupo hidroxilo de um álcool. Os alcóxidos adequados que podem ser utilizados na presente invenção incluem metóxido, etóxido, propóxido, iso-propóxido e butóxido. 0 solvato cristalino do Composto 2 pode ser preparado por tratamento com o alcóxido de sódio utilizando um solvente adequado. Por exemplo, o solvato de etanol do Composto 2 pode ser preparado por tratamento com etóxido de sódio em etanol. 0 solvato de iso-propanol pode ser preparado por tratamento com iso-propóxido de sódio em iso-propanol .
Uma vez isolado o solvato cristalino, ele é recristalizado a partir de um solvente adequado. Pode efetuar-se a recristalização do solvato isolado ou o solvato pode ser convertido noutro solvato antes ou durante a recristalização. Por exemplo, o solvato de etanol pode ser isolado e em seguida a molécula de etanol trocada por uma molécula de iso-propanol para dar o solvato de iso-propanol que é recristalizado. 0 solvato de álcool recristalizado pode ser depois convertido em formas de hidrato através da exposição à humidade atmosférica e/ou seco ou liofilizado para dar o Composto 2 amorfo em alta pureza química e enantiomérica. Nalgumas formas de realização, o solvato de álcool ou hidrato cristalino é dissolvido em água e liofilizado para dar o Composto 2 amorfo em alta pureza quimica e enantiomérica ou na forma substancialmente pura. 0 sal de sódio (Composto 2) pode ser também acidificado para dar o ácido livre (Composto 1) na forma substancialmente pura.
Embora se possa utilizar os compostos da invenção na forma pura, eles são mais adequadamente utilizados numa composição farmacêutica em conjunto com pelo menos um veículo, diluente ou excipiente farmaceuticamente aceitável . 0(s) veículo(s), diluente(s) ou excipiente (s) tem/têm de ser "aceitável(eis)" no sentido de serem compatíveis com os outros ingredientes da composição e não prejudiciais para o seu recetor.
As formulações farmacêuticas incluem aquelas adequadas para administração oral, retal, nasal, tópica (incluindo bucal e sublingual), vaginal ou parentérica (incluindo intramuscular, subcutânea e intravenosa) ou numa forma adequada para administração por inalação ou insuflação. Os compostos da invenção, especialmente o Composto 2, em conjunto com um adjuvante, veiculo, excipiente ou diluente convencional, podem ser assim colocados na forma de composições farmacêuticas e dosagens unitárias das mesmas, e numa tal forma podem ser utilizados como sólidos, tais como comprimidos ou cápsulas cheias, ou liquidos tais como soluções, suspensões, emulsões, elixires ou cápsulas cheias com os mesmos, todas para utilização oral, na forma de supositórios para administração retal; ou na forma de soluções injetáveis estéreis para utilização parentérica (incluindo subcutânea) . Tais composições farmacêuticas e formas de dosagem unitárias das mesmas podem compreender ingredientes convencionais em proporções convencionais, e tais formas de dosagem unitárias podem conter qualquer quantidade eficaz adequada do ingrediente ativo comensurável com a gama de dosagem diária pretendida a ser utilizada. As formulações que contêm dez (10) miligramas ou (25) miligramas de ingrediente ativo ou, mais amplamente, 0,1 a duas centenas (200) de miligramas, por comprimido ou cápsula, são portanto formas de dosagem unitárias representativas adequadas. Os compostos da presente invenção, especialmente o Composto 2, podem ser administrados numa grande variedade de formas de dosagem orais e parentéricas. Numa forma de realização particular, o Composto 2 amorfo é formulado como uma forma de dosagem sólida.
Para preparar as composições farmacêuticas dos compostos da presente invenção, os veículos farmaceu-ticamente aceitáveis podem ser sólidos ou líquidos. Para as formulações líquidas, o sal de sódio e os seus solvatos são utilizados para obter o Composto 2 a um nível de pureza que é adequado para utilização em composições farmacêuticas. As preparações na forma sólida incluem pós, comprimidos, pílulas, cápsulas, hóstias, supositórios e granulados dispersíveis. Um veículo sólido pode ser uma ou mais substâncias que podem atuar também como diluentes, aromatizantes, solubilizantes, lubrificantes, agentes de suspensão, aglutinantes, conservantes, desintegrantes de comprimidos ou um material de encapsulação.
Nos pós, o veículo é um sólido finamente dividido que está numa mistura com o componente ativo finamente dividido.
Nos comprimidos, o componente ativo é misturado com o veículo possuindo a capacidade aglutinante necessária em proporções adequadas e compactado na forma e tamanho desej ados.
Numa forma de realização particular, os pós e comprimidos contêm desde cinco ou dez a cerca de setenta por cento do composto ativo. Os veículos adequados são carbonato de magnésio, estearato de magnésio, ácido esteárico, talco, açúcar, lactose, pectina, dextrina, amido, gelatina, tragacanta, metilcelulose, carboximetilcelulose sódica, celulose microcristalina, dióxido de silício coloidal, uma cera de baixa fusão, manteiga de cacau, e semelhantes. 0 termo "preparação" pretende incluir a formulação do composto ativo com um material de encapsulação como veiculo proporcionando uma cápsula em que o componente ativo, com ou sem veiculos, está rodeado por um veiculo, o qual está. Desse modo, em associação com aquele. De forma semelhante, são incluídas as hóstias e pastilhas. Os comprimidos, pós, cápsulas, pílulas, hóstias e pastilhas podem ser utilizados como formas sólidas adequadas para administração oral.
Para a preparação de supositórios, uma cera de baixa fusão, tal como uma mistura de glicéridos de ácidos gordos ou manteiga de cacau, é primeiro fundida e o componente ativo é ali disperso homogeneamente, tal como por agitação. A mistura homogénea fundida é em seguida vertida para moldes de tamanho conveniente, deixada arrefecer e, desse modo, solidificar.
As formulações adequadas para administração vaginal podem ser apresentadas como pessários, tampões, cremes, geles, pastas, espumas ou formulações para pulverização contendo, além do ingrediente ativo, veículos tais como são conhecidos na técnica como sendo apropriados.
As preparações na forma líquida incluem soluções, suspensões, e emulsões, por exemplo, soluções aquosas ou em água-propileno glicol. Por exemplo, as preparações líquidas para injeção parentérica podem ser formuladas como soluções em solução aquosa de polietileno glicol. 0 agente ativo pode ser formulado para administração parentérica (e.g., por injeção, por exemplo injeção bolus ou infusão continua) e pode ser apresentado na forma de dose unitária em ampolas, seringas pré-cheias, infusão de pequeno volume ou em recipientes multidose com um conservante adicionado. As composições podem tomar formas tais como suspensões, soluções ou emulsões em veiculos oleosos ou aquosos, e podem conter agentes de formulação tais como agentes de suspensão, estabilização e/ou dispersantes. Alternativamente, o ingrediente ativo pode estar na forma de pó, obtido por isolamento assético do sólido estéril ou por liofilização a partir da solução, para reconstituição com um veiculo adequado, e.g., água apirogénica estéril, antes da utilização.
As soluções aquosas adequadas para utilização oral podem ser preparadas dissolvendo o composto ativo em água e adicionando corantes, aromas, estabilizantes e espessantes adequados, consoante desejado.
As suspensões aquosas adequadas para utilização oral podem ser preparadas dispersando o componente ativo finamente dividido em água com um material viscoso, tal como gomas naturais ou sintéticas, resinas, metilcelulose, carboximetilcelulose sódica, ou outros agentes de suspensão bem conhecidos. Nalgumas formas de realização, quando a solubilidade aquosa e/ou biodisponibilidade oral é baixa, por exemplo, com o Composto 1, o composto pode ser formulado numa formulação contendo lípidos, tal como óleo de milho ou formulado como um gel e administrado numa cápsula.
Estão também incluídas as preparações na forma sólida que se destinam a serem convertidas, pouco antes da utilização, em preparações na forma líquida para administração oral. Tais formas líquidas incluem soluções, suspensões, e emulsões. Estas preparações podem conter, além do componente ativo, corantes, aromas, estabilizantes, tampões, edulcorantes artificiais e naturais, dispersantes, espessantes, solubilizantes, e semelhantes.
Para administração tópica na epiderme, os compostos de acordo com a invenção podem ser formulados como pomadas, cremes ou loções, ou como um adesivo transdérmico. As pomadas e cremes, por exemplo, podem ser formuladas com uma base aquosa ou oleosa com a adição de espessantes e/ou gelificantes adequados. As loções podem ser formuladas com uma base aquosa ou oleosa e conterão também, em geral, um ou mais emulsionantes, estabilizantes, dispersantes, agentes de suspensão, espessantes ou corantes.
As formulações adequadas para administração tópica na boca incluem pastilhas que compreendem o agente ativo numa base aromatizada, geralmente sacarose e goma-arábica ou tragacanta; pastilhas que compreendem o ingrediente ativo numa base inerte tal como gelatina e glicerina ou sacarose e goma-arábica; e colutórios que compreendem o ingrediente ativo num veiculo liquido adequado.
As soluções ou suspensões são aplicadas diretamente na cavidade nasal por meios convencionais, por exemplo com um conta-gotas, pipeta ou formulação para pulverização. As formulações podem ser proporcionadas na forma de dose única ou multidose. No último caso de um conta-gotas ou pipeta, isto pode ser conseguido através da administração pelo doente de um volume de solução ou suspensão predeterminado, apropriado. No caso de uma formulação para pulverização, isto pode ser conseguido, por exemplo, por meio de uma bomba atomizadora doseadora. Para melhorar a administração e retenção nasal, o composto de acordo com a invenção pode ser encapsulado com ciclodex-trinas, ou formulado com os seus agentes para os quais é esperada uma melhoria da administração e retenção na mucosa nasal. A administração ao aparelho respiratório pode ser também conseguida por meio de uma formulação de aerossol, em que o ingrediente ativo é proporcionado numa embalagem pressurizada com um propulsor adequado tal como um clorofluorocarboneto (CFC), por exemplo, diclorodifluoro-metano, triclorofluorometano ou diclorotetrafluoroetano, dióxido de carbono, ou outro gás adequado. 0 aerossol pode conter também convenientemente um tensioativo tal como lecitina. A dose de fármaco pode ser controlada pela disponibilização de uma válvula doseadora.
Alternativamente, o ingrediente ativo pode ser proporcionado na forma de um pó seco, por exemplo uma mistura em pó do composto numa base em pó adequada tal como lactose, amido, derivados de amido tais como hidro-xipropilmetilcelulose e polivinilpirrolidona (PVP).
Convenientemente, o veículo em pó formará um gel na cavidade nasal. A composição em pó pode ser apresentada na forma de dose unitária, por exemplo, em cápsulas ou cartuchos, e.g., de gelatina, ou embalagens blister a partir das quais o pó pode ser administrado por meio de um inalador.
Nas formulações destinadas a administração ao aparelho respiratório, incluindo formulações intranasais, o composto terá geralmente um pequeno tamanho de partícula, por exemplo da ordem de 1 a 10 mícrones ou menos. Um tal tamanho de partícula pode ser obtido por meios conhecidos na técnica, por exemplo, por micronização.
Quando desejado, podem ser utilizadas formulações adaptadas para proporcionar libertação sustentada do ingrediente ativo.
Numa forma de realização particular, as preparações farmacêuticas estão em formas de dosagem unitárias. Numa tal forma, a preparação é subdividida em doses unitárias contendo quantidades apropriadas do componente ativo. A forma de dosagem unitária pode ser uma preparação embalada, contendo a embalagem quantidades discretas de preparação, tais como comprimidos, cápsulas, e pós embalados em frascos ou ampolas. De igual modo, a forma de dosagem unitária pode ser a própria cápsula, comprimido, hóstia ou pastilha, ou pode ser o número apropriado de qualquer um destes na forma embalada.
Em formas de realização particulares, as preparações farmacêuticas são formas de dosagem orais sólidas tais como comprimidos ou cápsulas. A invenção será agora descrita relativamente aos seguintes exemplos que ilustram alguns aspetos particulares da presente invenção. No entanto, é para ser entendido que a particularidade da seguinte descrição da invenção não substitui a generalidade da descrição anterior da invenção.
EXEMPLOS
Exemplo 1: Resolução Clássica de Racemato
Uma mistura racémica do Composto 1 e Composto 3 foi obtida pelo método da US 5246943 e submetida a resolução utilizando a formação de sal quiral. Foram utilizadas vinte bases quirais para separar os enantiómeros como sais quirais a partir do racémico material, contendo o Composto 1 e o Composto 3. 0 procedimento de resolução foi proporcionar um sal do enantiómero Composto 1 numa forma sólida cristalizada, a partir da qual poderia ser preparado o ácido livre, Composto 1.
Todas as bases quirais foram preparadas a concentrações molares de 0,5 em etanol. Aquelas que não se dissolvessem em etanol foram adicionadas como sólidos, utilizando as massas dadas, para que fossem adicionados 1,05 equivalentes molares das bases a cada amostra do ácido livre. As soluções foram aquecidas até 50 °C sob agitação e arrefecida até 5 °C ao longo de vinte e uma horas. Os resultados são mostrados na Tabela 1. As amostras 7 e 9 recristalizaram no arrefecimento. Aquelas que não recristalizaram foram submetidas a ultrassons durante dez minutos e, em seguida, armazenadas num agitador a 25 °C de um dia para o outro. As amostras 4, 6, 12 e 19 foram adicionadas como sólidos e não dissolveram totalmente a 50 °C, pelo que foram maturadas a 25 °C.
Tabela 1. Resolução inicial com sal quiral
As seis amostras que deram sólidos foram analisadas por HPLC quiral para avaliar qualquer resolução quiral do composto na formação do sal e os resultados são mostrados na Tabela 2.
Tabela 2. Análise por HPLC quiral de sais.
0 material recolhido da Amostra 19 do tratamento com tiomicamina apresentou a maior separação de enantiómeros. 0 sólido isolado favoreceu o Composto 1 relativamente ao Composto 3, dando um excesso enantiomérico de 8,0%. Por conseguinte, as águas-mães favoreceram o enantiómero Composto 3, dando um excesso enantiomérico de 40%. A análise da % de cada enantiómero no sólido e águas-mães foi analisada e é mostrada na Tabela 3.
Tabela 3 - Resultados de HPLC quiral para o sal de tiomicamina.
Os sólidos recolhidos foram também analisados por XRPD. Cada um dos sólidos recolhidos deu novos difratogramas que não condiziam com a forma de ácido livre ou a base quiral utilizada para formar o sal. O sal de tiomicamina foi suspenso a 25 °C de um dia para o outro utilizando 70 mg em 3 mL de etanol, que foi em seguida filtrado e o sólido foi analisado por HPLC quiral, dando um aumento no excesso enantiomérico, mais uma vez em favor do Composto 1. Isto foi repetido utilizando 10 mg do sólido recuperado em 600 yL de etanol, dando um aumento no excesso enantiomérico de 77,8% do Composto 1. Um RMN de após a primeira experiência de suspensão mostra que a tiomicamina permanece intacta após este processo, dando um sal de tiomicamina 1:1. Os resultados são mostrados na Tabela 4.
Tabela 4 - Resultados de HPLC quiral da suspensão do sal de tiomicamina.
Exemplo 2: Resolução Quiral Adicional do Racemato 0 composto racémico foi dissolvido no solvente apropriado como explicitado na Tabela 5, utilizando 50 mg de ácido livre em 500 yL de solvente. As bases quirais que não dissolveram totalmente em solução foram adicionadas como sólidos à solução de ácido livre, para que a totalidade da solução contivesse 1,05 equivalentes molares da base quiral. As soluções foram aquecidas até 50 °C sob agitação, e em seguida arrefecidas até 10 °C ao longo de vinte horas.
As soluções que não produziram um sólido no arrefecimento foram colocadas num aparelho de ultrassons durante cinco minutos e deixadas em repouso à temperatura ambiente de um dia para o outro. Depois disto, apenas as soluções com L-arginina não formaram um sólido, a partir de iso-propanol (IPA) ou acetato de etilo (AcOEt).
Tabela 5 - Segunda resolução de sal quiral.
Os sólidos foram filtrados em vácuo e analisados por HPLC quiral, assim como foram as águas-mães recolhidas. Os resultados mostram que existem algumas bases que podem ser utilizadas para separar os enantiómeros. Apenas uma, a tiomicamina, separou os enantiómeros dando um excesso de Composto 1, o enantiómero desejado, no sólido. Por conseguinte, estas bases podem ser utilizadas para separar os enantiómeros, contudo, a tiomicamina mostrou que é a única base que separa eficazmente os enantiómeros tanto em etanol como em acetato de etilo e que dá o enantiómero desej ado.
Metodologia para os Exemplos 3 a 15
Difração de Raios X de Pó (XRPD)
Siemens D5000
Os padrões de XRPD foram recolhidos num difratómetro Bruker AXS ou Siemens D5000.
Os padrões de difração de raios X de pó foram recolhidos num difratómetro Siemens D5000 utilizando radiação CuKcx (40kV, 4 0mA) , goniómetro Θ-Θ, fendas de divergência e recetoras automáticas, um monocromador secundário de grafite e um contador de cintilação. 0 desempenho do instrumento foi verificado utilizando um padrão de Corindo certificado (NIST 1976).
Condições ambientais
As amostras analisadas sob condições ambientais foram preparadas como espécimes de placa plana utilizando os pós como recebidos. Aproximadamente 35 mg de amostra foram suavemente empacotados numa cavidade cortada em pastilha de silício de fundo nulo (510) polida. A amostra foi rodada no seu próprio plano durante a análise. Os detalhes da recolha de dados são:
Gama angular: 2 a 42° 2Θ Tamanho de passo: 0,05° 2Θ Tempo de recolha: 4s.passo-l
Bruker AXS C2 GADDS
Os padrões de difração de raios X de pó foram recolhidos num difratómetro Bruker AXS C2 GADDS utilizando radiação CuKa (40kV, 40mA), plataforma XYZ automatizada, microscópio com vídeo laser para posicionamento automático da amostra e um detetor de área bidimensional HiStar. A ótica de raios X consiste num único espelho de múltiplas camadas Gõbel acoplado com um colimador de orifício fino de 0,3 mm. A divergência do feixe, i.e., o tamanho efetivo do feixe de raios X sobre a amostra, foi de aproximadamente 4 mm. Foi utilizado um modo de varrimento contínuo Θ-Θ com uma distância amostra - detetor de 20 cm, o que dá uma gama 2Θ efetiva de 3,2° - 23,1° . Tipicamente a amostra seria exposta ao feixe de raios X durante 120 segundos.
Condições ambientais
As amostras analisadas sob condições ambientais foram preparadas como espécimes em placa plana utilizando o pó como recebido sem triturar. Aproximadamente 1-2 mg de amostra foram ligeiramente prensados numa lâmina de vidro para se obter uma superfície plana.
Condições não ambientais
As amostras analisadas sob condições não ambientais foram montadas numa pastilha de silicio com composto condutor de calor. A amostra foi em seguida aquecida até à temperatura apropriada a ca. De 20 °C.min_1 e subsequentemente mantidas isotermicamente durante cerca de 1 minuto antes de se iniciar a recolha de dados.
Difração de Raios X de Cristal Único (SCXRD)
Os dados foram recolhidos num difratómetro Bruker AXS IK SMART CCD munido de um dispositivo de arrefecimento Cryostream da Oxford Cryosystems. As estruturas foram resolvidas utilizando os programas SHELXS ou SHELXD e aperfeiçoadas com o programa SHELXL como parte do pacote AXS SHELXTL da Bruker. Salvo indicação em contrário, os átomos de hidrogénio ligados ao carbono foram colocados geometricamente e deixados aperfeiçoar com um parâmetro de deslocamento isotrópico iterativo. Os átomos de hidrogénio ligados a um heteroátomo foram localizados numa diferença de sintese de Fourier e foram deixados aperfeiçoar de forma livre com um parâmetro de deslocamento isotrópico.
RMN de 1H
Os espetros de RMN foram recolhidos num espetró-metro Bruker 400MHz munido de um amostrador automático. As amostras foram preparadas em cb-DMSO, salvo indicação em contrário. RMN de 13C de Estado Sólido
Os espetros de RMN foram recolhidos num espetrofotómetro Bruker Avance DRX-200. As amostras foram rodadas a 5kHz numa sonda rotativa de ângulo mágico de 4 mm Bruker SB para RMN de 13C a 50,3 MHz. As amostras foram empacotadas em rotores de RMN de ZnO de 4 mm e seladas com tampas Kell-F. A potência do transmissor de protão foi aumentada até um valor correspondente a uma largura de impulso 90° de 2,8 ys para desacoplamento de protão durante a aquisição de dados de 13C. Foi calculada a média dos transientes ao longo de 1 h. Os desvios quimicos foram referenciados a uma referência externa utilizando a ressonância de carbonilo da glicina (176 ppm).
Calorimetria Diferencial de Varrimento (DSC)
Os dados de DSC foram recolhidos num TA
Instruments Q1000 munido de um amostrador automático de 50 posições. O instrumento foi calibrado para calibração da energia e temperatura utilizando índio certificado.
Tipicamente, 0,5-3 mg de cada amostra, num vaso de alumínio com orifício, foi aquecida a 10 °C.min-1 desde 25 °C a 250 °C. Uma purga de azoto a 30 mL.min-1 foi mantida sobre a amostra.
Análise Termogravimétrica (TGA)
Os dados de TGA foram recolhidos num TA
Instruments Q500 TGA, munido de um amostrador automático de 16 posições. O instrumento foi calibrado em termos de temperatura utilizando Alumel certificada.
Tipicamente, 5-30 mg de cada amostra foi colocado num cadinho de platina e vaso de alumínio para DSC pré-tarados, e foi aquecido a 10 °C.min-1 desde a temperatura ambiente até 350 °C. Uma purga de azoto a 60 mL.min-1 foi mantida sobre a amostra.
Absorção/Adsorção de Vapor Gravimétrica (GVS)
As isotérmicas de absorção/adsorção foram obtidas utilizando um analisador de absorção/adsorção de humidade IGASorp da Hiden, controlado pelo software CFRSorp. A temperatura da amostra foi mantida a 25 °C por um banho de água recirculante Huber. A humidade foi controlada misturando correntes de azoto seco e húmido, com um caudal total de 250 mL.min-1. A humidade relativa foi medida por uma sonda de RH Vaisala calibrada (gama dinâmica de 0-95%RH), localizada próxima da amostra. A alteração de peso (relaxamento de massa) da amostra como uma função da %RH foi monitorizada constantemente pela microbalança (exatidão ±0,001 mg).
Tipicamente, 10-20 mg de amostra foi colocado num cesto de malha de aço inoxidável tarado sob condições ambientais. A amostra foi carregada e retirada a 40%RH e 25 °C (condições ambientais tipicas).
Uma isotérmica de absorção/adsorção de humidade foi realizada como delineado abaixo (2 varrimentos dando 1 ciclo completo). A isotérmica do padrão foi realizada a 25 °C em intervalos de 10% RH ao longo de uma gama de 0-90% RH. Os parâmetros são mostrados na Tabela 6:
Tabela 6.
(continuação)
0 software utiliza um procedimento de minimização de minimos quadrados em conjunto com um modelo de relaxamento de massa, para prever um valor assintótico. 0 valor de relaxamento de massa medido tem de estar dentro de 5% do previsto pelo software, antes de o valor de %RH seguinte ser selecionado. 0 tempo de equilíbrio mínimo foi ajustado para 1 hora e o máximo para 4 horas. A amostra foi recuperada após conclusão da isotérmica e reanalisada por XRPD.
Determinação de Água por Coulometria de Karl Fischer (KF) 0 teor de água de cada amostra foi medido num
Coulómetro Mettler Toledo DL39 utilizando o reagente Hydranal Coulomat AG e uma purga de árgon. As amostras sólidas pesadas foram introduzidas no vaso num recipiente de TGA em platina que foi conectado a um Subaseal para impedir a entrada de água. Foi utilizado aproximadamente 10 mg de amostra por titulação e foram feitas determinações em duplicado.
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) Determinação da Pureza A análise da pureza foi realizada num sistema Agilent HP1100 Series munido de um detetor de matriz de díodos e utilizando o software ChemStation v9. Os métodos são mostrados nas Tabelas 7 e 8.
Tabela 7.
Tabela 8. Análise quiral
Cromatografia Iónica
Os dados foram recolhidos em um Metrohm 861 Advanced Compact IC utilizando o software IC Net v2.3. As amostras foram preparadas como soluções-mãe a 1000 ppm em água. Quando a solubilidade das amostras era baixa, foi utilizado um solvente adequado tal como DMSO. As amostras foram diluídas a 50 ppm ou 100 ppm com um solvente apropriado antes do ensaio. A quantificação foi conseguida por comparação com soluções padrão de concentração conhecida do ião a ser analisado. As condições são mostradas nas Tabelas 9A e 9B.
Tabela 9A.
Exemplo 3: Seleção do Sal 0 composto 1 foi dissolvido no solvente iso-propanol (IPA) ou tetra-hidrofurano (THF) como especificado na Tabela 10 e tinha 1,05 equivalentes molares da base farmaceuticamente aceitável adicionada. As bases foram preparadas numa solução um molar, a menos que a base não se dissolvesse, em cujo caso foi adicionada como um sólido. Todas as soluções tinham 1,05 equivalentes molares da base adicionada às mesmas.
As soluções foram agitadas a 50 °C durante duas horas e, em seguida, arrefecidas até 5 °C ao longo de três horas e meia com agitação continua. As amostras foram em seguida armazenadas a 5 °C durante três dias. Aquelas que continuavam em solução foram submetidas a ultrassons durante dez minutos e, em seguida, se não originassem quaisquer sólidos, o solvente era deixado evaporar lentamente. Todos os sólidos recolhidos foram analisados por XRPD. Os resultados são mostrados na Tabela 10.
Apenas três das amostras deram qualquer material cristalino sólido. 0 sal de lisina a partir de IPA e THF e o sal de trometamina a partir de IPA. A análise por XRPD mostrou que todos estes têm padrões cristalinos diferentes. A análise da pureza química por HPLC dos sais de lisina e trometamina mostra uma melhoria na pureza do material de partida, desde 96,7% a 98,0% para o sal de lisina e 97,8% para o sal de trometamina.
Foi demonstrado que o sal de lisina cristalino deliquesce a 40 °C/75% RH e 25 °C/94% RH. O sal de trometamina deliquesceu a 25 °C/94% RH. Como consequência, nenhum destes sais de amina foi adequado para desenvolvimento farmacêutico.
Exemplo 4: Outra Seleção de Sal
As tentativas para preparar um sal com potássio ou sódio foram repetidas com diferentes solventes. 20 mg de Composto 1 foi dissolvido em 20 yL de solvente apropriado, ao qual foram adicionados 1,05 equivalentes molares de hidróxido de potássio ou hidróxido de sódio como uma solução um molar em água. As soluções foram aquecidas a 50 °C durante duas horas e arrefecidas até 5 °C ao longo de 21 horas, agitando continuamente. Se não se formasse nenhum sólido após arrefecimento, as soluções eram submetidas a ultrassons, em seguida se ainda não se tivesse formado nenhum sólido, o solvente era deixado evaporar na tentativa de cristalizar o sal.
Tabela 11 - Resultados da formação do sal de potássio/sódio
Não houve nenhum solvente no qual a solução originasse um sólido, apenas foram produzidas gomas.
As gomas foram utilizadas para suspender num novo conjunto de solventes numa tentativa de gerar material cristalino. Foram adicionados 100 yL de solvente à goma e colocados a maturar de um dia para o outro num ciclo entre 50 °C durante quatro horas, em seguida temperatura ambiente durante quatro horas. Quaisquer sólidos foram filtrados e analisados por XRPD. Os resultados são mostrados na Tabela 12 .
Tabela 12. Resultados da suspensão de sais de potássio/sódio.
Os sólidos a partir de IPA e etanol originaram novos padrões cristalinos na análise por XRPD. Os picos de XRPD e as suas intensidades são mostrados nas Tabelas 13 e 14 .
Tabela 13. Picos de XRPD para o Composto 4.
A análise por cromatografia iónica mostrou que o sólido continha uma mole de sódio. A RMN de confirmou a presença de solvente e a análise por HPLC quiral mostrou que não tinha ocorrido degradação significativa e que continuava a existir o enantiómero puro de Composto 1. Quando analisada por XRPD de temperatura variável, a estrutura cristalina quebrou depois de aquecer acima de 135 °C. As tentativas para preparar o sal de sódio em IPA e etanol por arrefecimento lento, adição de núcleos de cristalização, evaporação de solvente e maturação falharam todas. Os solvatos de sal de sódio foram colocados a 40 °C/75% RH durante uma semana, o que deu um novo perfil de XRPD, identificado como um tri-hidrato por uma perda de peso de 10% na TGA, o que equivale a três moles de água, e à remoção do solvente, etanol ou IPA.
Exemplo 5: Estudos do Sal de Sódio
Numa tentativa para formar o solvato de etanol do sal de sódio diretamente, Composto 4, sem cristalização a partir de uma goma, o sal foi preparado utilizando etóxido de sódio em etanol em vez de se utilizar hidróxido de sódio em água. Pensou-se que a presença de água na preparação inicial poderia ter impedido a cristalização. 25 mg de Composto 1 foi dissolvido em 50 pL de etanol à temperatura ambiente. 18,4 pL, 1,0 equivalente, de etóxido de sódio (21% em etanol). Material sólido cristalizou rapidamente em repouso à temperatura ambiente. A amostra foi filtrada sob vácuo e seca a 25 °C sob vácuo durante um dia. A análise por XRPD e TGA mostra que o material produzido é o mono-solvato de etanol (Composto 4). Este material foi armazenado a 40 °C/75% RH de um dia para a outra formando o hidrato (Composto 6) , para análise adicional. O hidrato, Composto 6, foi novamente identificado por XRPD. Os picos de XRPD e as suas intensidades são mostrados na Tabela 15.
Quando analisado por XRPD de temperatura variável, o material perdeu cristalinidade quando aquecido acima de 70 °C. A análise por GVS do Composto 6 mostrou que o material perdia algum peso, 2%, antes do início da análise, quando armazenado a 40% RH. O peso aumentava gradualmente até +6% em peso quando levado para 90% RH, em seguida perdia novamente quando levado para 0% RH, atingindo -12% em peso. Ao regressar a 40% RH, o material atingia -6% em peso. Este ciclo de aumento gradual de peso até +6% a 90% RH, em seguida descida até -12% a 0% RH e finalizando a -6% em peso a 40% RH foi repetido. Não houve patamares onde o peso fosse estável numa gama de humidade. O padrão de GVS sugere que a água pode ser capaz de entrar ou deixar a rede cristalina dependendo da humidade relativa da atmosfera em torno da mesma, originando uma percentagem de teor de água para a humidade relativa específica da atmosfera na qual o material está contido. Assim, se a humidade fosse maior, a 75% RH, formava-se o Composto 6, contudo, quando a humidade era menor, a 40% RH, formava-se o Composto 7. A estimativa de um di-hidrato quando retirado do GVS a 40% RH é suportada pelo termograma de TGA que origina uma perda de peso de 6,6%, o que equivale a duas moles de água. O perfil de XRPD após análise por GVS correspondia ao perfil do material antes da análise por GVS, pelo que a transferência de água entre o cristal e a atmosfera não alterou a estrutura cristalina.
Uma amostra do Composto 6 retirada a 40 °C/75% RH foi seca a 40 °C, sem vácuo, durante quatro dias. Este material deu o mesmo perfil de XRPD após secagem, mas quando analisado por TGA, o material apresentou uma perda de peso de 6,6%, dando novamente o di-hidrato, Composto 7. Isto suporta a GVS quando o material era armazenado a 40 °C, mas continuava à humidade relativa ambiente de 40%. Quatro moles de água são 12,3% em peso, três moles são 9,25% e duas moles são 6,2%. Os picos e intensidades de XRPD para o Composto 7 são mostrados na Tabela 16.
Tabela 16. Picos de XRPD para o Composto 7.
A análise subsequente por DSC-TGA do Composto 6 deu uma perda de peso de 13%, o que sugere que o Composto 6 pode ter 4 moléculas de água ou 4+ moléculas fracionárias de água. A análise subsequente por DSC-TGA do Composto 7 deu uma perda de peso de 5,5%, o que sugere que o Composto 7 pode ser um hidrato fracionário com menos de 2 moléculas de água. Nestes estudos de DSC-TGA subsequentes, os dados foram obtidos num Instrumento SDT Q600 começando à temperatura ambiente e aumentando até cerca de 300 °C a 10 °C por minuto.
Exemplo 6: Hidratos de Sal de Sódio O hidrato de sal de sódio foi preparado apenas por exposição a humidade elevada, pelo que foi estabelecida uma série de experiências para converter os solvatos de sal de sódio no hidrato por meio de cristalização do hidrato a partir da solução.
Os solvatos de IPA e etanol do sal foram suspensos em água, utilizando 25 mg do sal em 100 yL de água, suspensos a 25 °C, o que recristalizou um material que originou um novo perfil por XRPD de 99, 1% de pureza química quando analisado por HPLC. A análise por TGA mostrou uma perda de peso de 25%, o qual começou a perder peso logo que começou o aquecimento. A cromatografia iónica mostrou que o novo cristal formado era um hemi-sal de sódio. Este material é menos favorável do que o hidrato anteriormente observado, pelo que se prosseguiram os esforços para formar o hidrato anterior por suspensão. Os picos e intensidades de XRPD para o hidrato de hemi-sal de sódio são mostrados na Tabela 17.
Tabela 17. Picos de XRPD para o hidrato de hemi-sal de sódio
0 solvato de etanol do sal de sódio foi utilizado para tentar formar o hidrato suspendendo em etanol ou IPA com várias proporções de água.
Os precipitados formados a partir de suspensões espessas em soluções aquosas a 75%, deram o mesmo perfil de XRPD que o material que foi suspenso em 100% de água, dando o hemi-sal de sódio. Uma amostra que deu um novo padrão de XRPD cristalino e foi suspensa em 10% de água em etanol. Esta amostra foi enviada para análise de cristal único, que provou que o material era um mono-etanolato de hemi-sal de sódio.
Foi feita outra tentativa para formar o sal de sódio hidratado a partir do solvato de etanol do sal de sódio. Foi pesado 25 mg do solvato de etanol do sal de sódio, Composto 4, para cada frasco, ao qual foi adicionado o solvente apropriado contendo 1% de água. Foram adicionados 10 pL de solvente de cada vez para assegurar que o material formava uma suspensão espessa, antes de ser colocado na câmara de maturação, permanecendo em ciclo durante quatro horas a 50 °C e quatro horas à temperatura ambiente. As amostras foram fortificadas com núcleos de cristalização com o sal de sódio hidratado anteriormente preparado. Se não se formasse nenhum sólido quando eram retirados da câmara de maturação, eles eram armazenados a 5 °C para encorajar a cristalização. Se não houvesse sólido após três dias a 5 °C, era adicionado antissolvente, heptano, gota a gota e as soluções colocadas de novo na câmara de maturação. Os resultados são mostrados na Tabela 18 .
Tabela 18. Resultados da suspensão em soluções aquosas a 1%.
0 material recolhido foi filtrado e analisado por XRPD. A amostra de metiletilcetona (MEK) deu um difratograma que não tinha sido anteriormente observado e, desse modo, é provável que seja o solvato de MEK. A amostra de acetato de etilo, THF e acetona deu o padrão de difratograma de XRPD concordante com o solvato de etanol, material de partida. 0 material recolhido de dioxano deu um novo perfil, não observado anteriormente, pelo que é provável que seja um solvato de dioxano. As restantes duas amostras deram apenas gomas.
Exemplo 7: Polimorfismo do Mono-Sal de Sódio (Composto 2)
Aproximadamente 30 mg do mono-etanolato de sal de sódio (Composto 4) foi adicionado a cada um de quinze frascos. Foram adicionados 200 yL do solvente apropriado, observando a solubilidade à temperatura ambiente. Se o material dissolvesse totalmente, ele era colocado a 5 °C, se não dissolvesse totalmente, era colocado a 50 °C. Todos os frascos foram em seguida armazenados a 5 °C durante 16 horas. As soluções que deram um sólido foram analisadas por XRPD, aquelas que permaneceram uma solução foram deixadas evaporar lentamente nas condições ambientais. Os resultados são mostrados na Tabela 19.
Tabela 19. Resultados da triagem de polimorfismo.
Sete das amostras, Amostras 7, 10, 11, 12, 13, 14 e 15, deram sólidos que foram analisados por XRPD. Os difratogramas de XRPD destas sete amostras deram três novos padrões a partir de acetonitrilo, MEK e AcOEt a 100%, que tinham um padrão coincidente com a amostra a partir de terc-butilmetilcetona (TBME). As amostras a partir de heptano e 1-propanol deram o mesmo padrão que o solvato de etanol e a amostra a partir de 10% de água em AcOEt deu o mesmo padrão que o hemi-sal de sódio. As amostras 10, 11, 13 e 14 foram secas a 25 °C sob vácuo durante uma hora, em seguida analisadas por RMN de ΧΗ, o qual mostrou que a Amostra 10 retinha um solvente minimo indicando-a como
sendo uma forma não solvatada cristalina do sal de sódio. Esta amostra foi adicionalmente investigada, sendo analisada por GVS, TGA, DSC e todas as quatro amostras foram armazenadas a 40 °C/75% RH, seguida de análise adicional por XRPD. Os picos e intensidades de XRPD para o sal de sódio não solvatado (Composto 2) são mostrados na Tabela 20.
Tabela 20. Picos de XRPD para o Composto 2.
0 material a partir de acetonitrilo (MeCN) mostrou uma perda de peso de 3,5% na TGA, a qual foi perdida gradualmente até cerca de 120 °C, quando o peso foi perdido mais rapidamente, coincidindo com uma endotérmica observada na DSC que representa a fusão da forma cristalina. A análise por GVS mostrou um aumento em peso de cerca de 17% desde 40% RH até 90% RH, o qual caiu em seguida até um peso de -2% a 0% RH, caindo um total de 19% em peso. O peso ganhou 6% a 40% RH, coincidindo com o aumento de peso observado para o hidrato, não retornando ao peso do material quando entrou. O ciclo repetido coincidiu com aquele do ciclo do hidrato e o difratograma de XRPD do material após análise por GVS mostrou que era a forma hidratada do sal. Isto também foi observado no difratograma de XRPD das outras três amostras depois de terem sido armazenadas a 40/75% RH.
Exemplo 8: Sal de Potássio do Composto 1 O procedimento para formar o sal de sódio, utilizando etóxido de sódio, foi repetido utilizando etóxido de potássio. 25 mg do ácido livre amorfo, Composto 1, foi dissolvido em 50 pL de etanol. Foram adicionados 22 pL de etóxido de potássio (24% em etanol), um equivalente molar, e a solução armazenado num agitador a 25 °C durante três dias. Não tendo ocorrido a precipitação de sólido, o frasco foi colocado num aparelho de ultrassons durante cinco minutos, em seguida armazenado a 5 °C para se tentar induzir a cristalização de um sal de potássio. Isto foi repetido, utilizando uma gama de solventes diferentes para dissolver o ácido livre. Os resultados são mostrados na Tabela 21.
Tabela 21. Resultados da formação do sal de potássio.
Nenhum dos solventes utilizados deu um precipitado para todas as experiências. Numa tentativa adicional para se tentar levar o sal de potássio a cristalizar, o solvente foi deixado evaporar lentamente, dando apenas gomas a partir de todas as amostras. As gomas foram redissolvidas em 200 pL do mesmo solvente a 50 °C, em seguida foi adicionado heptano, o antissolvente, gota a gota para dar algum precipitado, que foi depois armazenado numa câmara de maturação, a efetuar ciclos entre 50 °C durante quatro horas e temperatura ambiente durante quatro horas. Todas as amostras filtraram para dar gomas ou óleos, exceto uma amostra a partir de tolueno, a qual, quando analisada por XRPD, deu uma curva amorfa, mas com picos pequenos na mesma. A amostra a partir de tolueno sofreu a adição de 50 pL de tolueno e foi retornada à câmara de maturação durante mais quatro dias, tempo após o que a amostra foi reanalisada por XRPD, mostrando uma ligeira melhoria dos picos no difratograma, mas continuava principalmente amorfa.
Para investigar a amostra a partir de tolueno, a formação de sal foi repetida numa escala maior. 50 mg do ácido livre, Composto 1, (purificado via o sal de sódio) foi dissolvido em 400 pL de tolueno, ao qual foram adicionados 44 pL de etóxido de potássio (24% em peso em etanol) . Foi adicionado heptano gota a gota à solução até se ter observado algum precipitado e o frasco foi colocado na câmara de maturação, a efetuar ciclos entre 50 °C durante quatro horas e temperatura ambiente durante quatro horas. O material recolhido foi filtrado, mas formou uma goma em repouso.
Exemplo 9: Sais de Cálcio e Magnésio do Composto 1 O mono-etanolato de sal de sódio do Composto 2 foi utilizado numa tentativa de trocar o ião sódio por um ião cálcio ou um magnésio. Foi dissolvido 50 mg do sal de sódio numa mistura de IPA/água. Foram dissolvidos 5,47 mg de cloreto de cálcio e 4,70 mg de cloreto de magnésio em 11 mL e 9 mL de metanol, respetivamente. A solução de cloreto de cálcio e a solução de cloreto de magnésio foram adicionadas, cada, a uma solução de 50 mg do sal de sódio e agitadas durante três horas, em seguida armazenadas a 5 °C de um dia para o outro. A solução foi colocada no evaporador rotativo para remover o solvente, deixando um sólido. Foi adicionada água para remover qualquer cloreto de sódio que pudesse estar presente e o material foi filtrado. A amostra de magnésio deu uma goma, mas a amostra de cálcio deu um sólido amorfo, através de análise por XRPD. Esta foi analisada por RMN de e cromatograf ia iónica. O RMN de ΧΗ mostrou os mesmos picos que os anteriormente observados para o ácido livre. Os resultados de cromatografia iónica mostram que o material continha apenas 0,07 equivalentes de ião cálcio na amostra, o qual
deveria ter sido 0,5 caso se formasse o sal de cálcio. O material amorfo deveria ser o Composto 1 ácido livre amorfo com uma quantidade mínima de cloreto de cálcio remanescente na amostra como uma mistura.
Exemplo 10: Conversão do Sal de Sódio em Ácido
Livre O Composto 2 amorfo (5,00 g, 8,59 mmol) foi
dissolvido em acetato de etilo (50 mL) e lavado com HC1 1M
(30 mL) , seco com MgSCq e evaporado para dar uma espuma amarela. Esta espuma foi seca sob alto vácuo a 50 °C durante 2 horas dando 4,373 g de espuma amarela (100%) . A integração dos sinais a δ 1,25, 2,39 e 2,87 no espetro de RMN de 1H sugeriu que permaneciam 2,6% p/p de acetato de etilo retidos na espuma. A análise por HPLC mostrou uma pureza de 97,1%. A HPLC quiral indica que a amostra está num excesso enantiomérico >98%. m/z (ES“) 506,2 [MH+, 100%], 507,2 [13C-MH+, 40%]; HRMS C32H28N05 requer 506,1967, encontrado 506,1964. RMN de 1H (CDC13, 500 MHz) δ 2,39 (1H*, dd, J 16,3, 6,0), 2,87 (1H, dd, J 16,3, 6,2), 3,32 (1H, dd, J 16,2, 4,8), 3,39 (1H* dd, J 16,2, 2,4), 3,81 (3H*, s) , 3,81 (3H, s) , 4,42 (1H, d, J 14,9), 4,49 (1H*, d, J 17,2), 4,58 (1H, d, J 14,9), 4,82 (2H*, m) , 4,89 (1H, d, J 10,9), 4,95 (2H*, m) , 5,01 (1H, d, J 11,0), 5,15 (1H, 1H*, m) , 5,31 (1H, s) , 6,54 (1H, d, J 8,4),6,70 (1H, d, J 8,4), 6,78 (1H*, d, J 8,5),
6,84 (1H*, d, J 8,5), 7,10-7,41 (15H, 15H*, m) . RMN de 13C (CDCI3, 125 MHz) 24, 9, 25, 8*, 43,3*, 45, 6, 52,4, 54,4*, 55,5, 55,6*, 55,9, 60,4*, 74,8*, 74,9, 111,2, 111,7*, 121,4, 122,2*, 125,3, 125,6, 125,7, 127,0, 127,1, 127,2, 127,2, 127,4, 128,0, 128,2, 128,3, 128,4, 128,5, 128,6, 128, 6, 128, 6, 128,8, 129, 0, 129, 1, 129, 2, 129, 4, 137,4, 137,6*, 138,3*, 138,8, 138,9, 139,2*, 145,0, 151,1*, 151,8,
171,9*, 172,5, 175,4, 175,5. [a]D +5,1 (DCM, c0,68); IV (cm-1, pastilha de KBr) , 3439, 3029, 1737, 1621, 1496, 1454, 1275, 1215, 1093, 1050, 895, 803, 747, 700, 632. * denota rotâmero secundário.
Exemplo 11: Recristalização de Ácido Livre 0 ácido livre (Composto 1) preparado no Exemplo 10 foi adicionado a dez frascos, 25 mg em cada, aos quais foram adicionados 15 yL do solvente apropriado e colocados numa câmara de maturação a efetuar ciclos de quatro horas a 50 °C e quatro horas à temperatura ambiente durante três dias. Depois deste tempo, aqueles que não recristalizaram foram submetidos a ultrassons, em seguida se ainda não se tivesse formado nenhum sólido, eram armazenados a 5 °C. Os resultados são mostrados na Tabela 22.
Tabela 22. Resultados da recristalização do ácido livre.
Nenhuma das soluções recristalizou qualquer material sólido, pelo que os solventes foram deixados evaporar lentamente, contudo, isto originou apenas gomas.
Foram adicionados 200 yL do mesmo solvente a cada frasco e aquecidos até 50 °C para dissolver a goma. Foi adicionado heptano à solução até se observar algum precipitado, em seguida o frasco foi colocado na câmara de maturação. Todas as amostras deram uma goma ou um óleo, exceto para uma, a partir de água, a qual deu um sólido amorfo quando analisado por XRPD.
Exemplo 12: Tentativa de Recristalização do Ácido Livre a partir do Sal de Sódio
Um procedimento para preparar uma forma amorfa de Composto 1 a partir do sal de α-metilbenzilamina é descrito na Patente US N.° 5,246,943 (1992), o qual envolve a adição de solução aquosa de bissulfato de potássio a uma solução metanólica do sal de a-metilbenzilamina do Composto 1. Esta técnica de preparação da forma de ácido livre do Composto 1 por precipitação com solução de bissulfato de potássio foi utilizada numa tentativa para caracterizar a forma fisica do ácido livre resultante quando esta técnica era aplicada ao sal de sódio (Composto 2) . 50 mg do sal de sódio foi dissolvido num volume minimo de metanol e foi adicionada uma solução de bissulfato de potássio em metanol (excesso de 1% de bissulfato de potássio), gota a gota para precipitar o ácido livre. O frasco foi colocado na câmara de maturação, alternando entre 50 °C e a temperatura ambiente durante quatro horas cada, durante três dias. A amostra foi filtrada e o difratograma de XRPD mostrou que o material recolhido era amorfo; contudo, existiam alguns picos no difratograma provocados por algum do material inorgânico remanescente.
Exemplo 13: Estabilidade do Solvato de Etanol à Variação de Humidade
Uma amostra do solvato de etanol foi colocada a 40 °C/75% RH de um dia para o outro para formar o tri- hidrato de sal de sódio. Esta conversão foi verificada por XRPD antes de prosseguir para a utilização da forma hidratada. Foi preparado cerca de 600 mg. O material foi dividido em seis lotes de 90 mg e armazenado a seis temperaturas e humidades diferentes. As humidades foram fixas conservando o material num recipiente acima de uma solução saturada de um de acetato de potássio, carbonato de potássio ou nitrito de sódio armazenado a 40 °C ou 25 °C. Isto dá as seis condições de temperatura e humidade especificadas na Tabela 23 abaixo. O material foi analisado por XRPD, HPLC e Karl Fischer coulométrico após um, sete e catorze dias.
0 material foi transformado no hidrato por conservação a 40 °C/75% RH, pelo que aqueles armazenados a humidade inferior, cerca de 60% RH permaneceram o mesmo material, sem quaisquer alterações no difratograma de XRPD, mantendo um valor alto de teor de água durante todo o tempo. O material armazenado a baixa humidade, cerca de 20% RH, desceram em teor de água de um dia para o outro, dando uma ligeira alteração num dos picos no difratograma de XRPD. Um pico a 12 2-teta passou de um pico duplo para um único pico. Esta diferença no difratograma de XRPD foi evidente em todos os materiais que perderam teor de água. O material armazenado a cerca de 40% RH perdeu água apenas quando aquecido a 40 °C ao longo de uma semana. No entanto, a 25 °C, o teor de água e, portanto, o difratograma de XRPD, permaneceu o mesmo ao longo das duas semanas. A pureza do material foi mantida ao longo de toda a experiência e não parece ser afetada pela armazenagem a humidade baixa ou alta.
Exemplo 14: Solubilidade e Estabilidade do
Composto 2
Foi avaliada a solubilidade do Composto 2 num solvente, selecionado de água, metanol, acetonitrilo (ACN) e iso-propanol e em tampão de fosfato 50 mM a pH 1, 2, 7 e 8, tampão de citrato 50 mM a pH 3, 4, 5 e 6 e em tampão de borato a 50 mM a pH 9. 0 composto 2 foi adicionado a 10 mL de solvente ou tampão até a solução estar visivelmente saturada e permanecer turva após agitação em vórtice. Cada amostra foi colocada num agitador reciproco à temperatura ambiente durante 24 horas, em seguida filtrada através de um filtro de nylon de 0,45 ym para remover o excesso de composto suspenso.
As amostras foram em seguida diluidas se necessário de acordo com a Tabela 24, e analisadas por HPLC. Os resultados foram comparados com uma curva de calibração de concentrações conhecidas em ACN. Os resultados são mostrados na Tabela 25.
Tabela 24. Diluições de Amostras de Soluções-Mães para a semana t=0 e t=l.
A análise anterior foi tomada como t=0 e as amostras foram em seguida divididas em duas e uma de cada amostra foi armazenada a 5 °C durante uma semana e a outra de cada amostra foi armazenada a 25 °C/60% de humidade relativa (RH) durante uma semana.
Após uma semana, as amostras foram deixadas equilibrar até à temperatura ambiente e se necessário (amostras em H2O e a pH 7-9 armazenadas a 5 °C) refiltradas para remover o precipitado.
As amostras foram reanalisadas por HPLC. Os resultados são mostrados nas Tabelas 26 e 27.
Tabela 26. Estabilidade da Solução de Composto 2 a
25 °C/60%RH
Tabela 27. Estabilidade da Solução de Composto 2 a 5 °C
0 composto 2 apresentou solubilidade e estabilidade em tampões aquosos e solventes orgânicos selecionados. Para os solventes pesquisados, o Composto 2 foi mais solúvel em MeOH, >50 mg/mL, a solubilidade mais baixa foi em álcool iso-propílico, 0,7 mg/mL. O perfil de solubilidade em função do pH apresentou um aumento na solubilidade com um aumento no pH. O composto 1 tem um pKa de ~3,86 e isto explica a tendência de solubilidade com o pH. Os dados de estabilidade obtidos para as amostras a pH 1-5 deram resultados inconclusivos devido à baixa solubilidade do Composto 2 nestes tampões.
Exemplo 15: Comparação de Cápsulas de HPMC e
Gelatina
Vinte cápsulas de hidroxipropilmetilcelulose (HPMC, também conhecida como Hipromelose) e gelatina foram enchidas com 25 ± 1 mg de Composto 2 amorfo para determinar se o teor de água inferior encontrado nas cápsulas de HPMC retardaria a captação de água pelo composto. Amostras do Composto 2 em ambos os tipos de cápsulas foram colocadas a 25 °C/60%RH e 40 °C/75%RH durante 1 semana. As amostras foram analisadas quanto ao teor de água, potência e % de pureza (% área) a t=0 e t=l semana.
Preparação de Amostras de HPMC e Gelatina do
Composto 2 20 cápsulas de HPMC de tamanho 00 transparentes e 20 cápsulas de gelatina de tamanho 00 transparentes foram cheias à mão com API.
Cada cápsula foi enchida com 25 ± 1 mg de API.
Os dois tipos de cápsulas foram ambos separados em dois frascos de HDPE de 30 cc com tampas e colocados a 25 °C/60%RH e 40 °C/75%RH durante 1 semana.
Análise de Amostras a t=0
Para o ponto no tempo t=0, o Composto 2 foi analisado para o teor de água, potência e % de pureza (% de área).
Teor de Água
Duas amostras de Composto 2 foram recolhidas a t=0 para o teor de água. A primeira amostra foi recolhida depois de as cápsulas de HPMC terem sido enchidas e a segunda amostra foi recolhida depois de as cápsulas de gelatina terem sido enchidas. Este procedimento de amostragem foi feito para compensar a captação de água que ocorreu enquanto as cápsulas estavam a ser enchidas.
Foi pesado 50,3 mg de Composto 2 para um frasco de engaste depois de as cápsulas de HPMC terem sido enchidas. O frasco foi imediatamente fechado por engaste para análise de Karl Fischer.
Foi pesado 50,4 mg de Composto 2 para um frasco de engaste depois de as cápsulas de gelatina terem sido enchidas. O frasco foi imediatamente fechado por engaste para análise de Karl Fischer.
Potência e % de Pureza (% de Área)
Foi pesado 76,17 mg de Composto 2 diretamente para um balão volumétrico de 100 mL. O balão foi diluído até ao volume com ACN e invertido para misturar.
Uma aliquota de 1 mL foi transferida diretamente para um frasco de HPLC para análise.
As amostras foram armazenadas a 40 °C/75% RH e 20 °C/60% RH durante 1 semana e, em seguida, as amostras foram analisadas por HPLC para a % de pureza e % de potência. Os resultados são mostrados na Tabela 28.
Tabela 28. Resultados de Potência e Pureza para HPMC vs.
Gelatina para t=0 e t=l semana
A comparação de cápsulas de HPMC vs. gelatina foi implementada para determinar se o teor de água de partida inferior das cápsulas de HPMC impediria a absorção de água pelo Composto 2. Esta experiência foi também realizada para determinar se um aumento do teor de água conduziria a uma diminuição da potência e % de pureza (% de área) do composto. Os resultados mostraram que as cápsulas de HPMC abrandaram de facto a captação de água, relativamente à gelatina, em 3,74% quando armazenadas a 40 °C/75%RH. A potência e % de pureza (% de área) do Composto 2 permaneceram inalteradas para todas as condições testadas após 1 semana.
Exemplo 16: Distribuição de tamanho de partícula, fluidez do pó, densidade aparente, densidade aparente compactada e praticabilidade da moagem do Composto 2 A distribuição de tamanho de partícula do composto 2 foi determinada através de análise de peneiros. Uma amostra de Composto 2 foi feita passar através de uma série de peneiros, os quais incluíram um peneiro de malha 53, 106, 250, 500, 710, e 1000 ym. Cada peneiro foi pesado antes e após a peneiração para determinar a quantidade de composto em cada tamanho de partícula. A fluidez do pó foi determinada num equipamento
FlowDex. A densidade aparente foi determinada por enchimento de uma proveta graduada de 100 mL tarada com Composto 2. O volume e o peso do Composto 2 adicionado foram registados e utilizados para calcular a sua densidade aparente. A densidade aparente compactada foi em seguida determinada pegando na mesma proveta graduada cheia com Composto 2 e colocando-a num Autotap durante 100 ciclos. O novo volume de pó foi registado e utilizado para calcular a densidade aparente compactada.
Foi pesado 24,73 mg de Composto 2 diretamente para um balão volumétrico de 25 mL tarado. O balão foi diluido ao volume com ACN e invertido para misturar. Foi retirada uma amostra para determinar a % de pureza (% de área) do fármaco antes de realizar a moagem. A moagem foi realizada pegando em 17,92 g de Composto 2 e fazendo passar este material através de um moinho cónico com um peneiro de 1143 ym. Foi recuperado 14,33 g de Composto 2 e reanalisado quanto à distribuição de tamanho de partícula, densidade aparente e densidade aparente compactada. Foi pesado 24, 93 mg de Composto 2 moido diretamente para um balão volumétrico de 25 mL tarado. O balão foi diluido até ao volume com ACN e invertido para misturar. Esta amostra foi tomada para determinar a % de pureza (% de área) depois de o Composto 2 ter sido moido. Os resultados são mostrados nas Tabelas 29, 30, 31 e 32.
Tabela 29. Distribuição de Tamanho de Partícula do Composto 2 em Bruto
Tabela 30. Distribuição de Tamanho de Partícula do Composto 2 moído (utilizando um peneiro de 1143 ym)
Tabela 31. Densidade Aparente e Aparente Compactada do
Composto 2 não Moído
Tabela 32. Densidade Aparente e Aparente Compactada do
Composto 2 Moído
A% de Pureza da amostra de Composto 2 não alterou com a moagem.
Depois de o Composto 2 ter sido moído, ele foi misturado com 2,5% p/p de dióxido de silício coloidal, Cab-O-Sil®, num misturador T2 Turbula durante 2 minutos. 0 pó misturado foi recolhido e as suas propriedades de escoamento foram analisadas num equipamento FlowDex. A fluidez do pó do Composto 2 foi determinada num FlowDex. A primeira condição testada foi o Composto 2 em bruto, não moído. 0 pó foi incapaz de passar através do orifício mais largo disponível, 34 mm. A segunda condição testada foi o Composto 2 moído que foi misturado com 2,5% p/p de dióxido de silício coloidal. 0 fluxo do Composto 2 moído e misturado passou através de um orifício de 34 mm mas falhou a passar através de um orifício de 32 mm.
Devido à baixa densidade e grande distribuição de tamanho de partícula do Composto 2 em bruto, foi utilizado um processo de moagem. 0 processo de moagem diminuiu o tamanho de partícula médio do Composto 2 desde ~775 ym para ~560 ym sem degradação do fármaco. No entanto, a moagem do composto areja o composto originando uma diminuição na densidade aparente e aparente compactada.
Exemplo 17: Comparação da Dissolução
Foi analisada a dissolução de três formas de sal de sódio sólido, um tri-hidrato do sal monossódico (Composto 6), um di-hidrato do sal monossódico (Composto 7) e o Composto 2 amorfo.
Preparação de Cápsulas de Tri-hidrato Cristalino (Composto 6) 0 material cristalino foi preparado expondo o Composto 2 amorfo à temperatura ambiente/75% RH durante 24 h. Estas condições foram criadas utilizando uma solução saturada de cloreto de sódio selada numa câmara desidratante. Assim que o material cristalino foi gerado, ele foi recolhido e armazenado a 2-8 °C até à realização do ensaio de dissolução. Duas amostras para dissolução foram preparadas pesando 25 mg ± 1 mg para cápsulas de gelatina opacas brancas de tamanho 00.
Preparação de Cápsulas de Di-hidrato Cristalino (Composto 7) O di-hidrato cristalino, Composto 7, foi preparado colocando uma amostra do solvato de iso-propanol do Composto 2 em condições de temperatura e humidade ambiente durante 2 semanas. O solvato de iso-propanol do Composto 2 converte-se prontamente no di-hidrato. Assim que o Composto 7 foi preparado, ele foi recolhido e armazenado a 2-8 °C até à realização do ensaio de dissolução. Foram preparadas duas amostras para dissolução pesando 25 mg ± 1 mg para cápsulas de gelatina opacas brancas de tamanho 00.
Preparação de Cápsulas de Composto 2
Foram preparadas duas amostras para dissolução pesando 25 mg ± 1 mg de Composto 2 amorfo para cápsulas de gelatina opacas brancas de tamanho 00.
Os materiais e parâmetros de dissolução são explicitados na Tabela 33. A cada tempo de colheita ~6 mL de meio foram retirados de cada vaso e filtrados através de um filtro de nylon de 0,45 ym. Os primeiros 5 mL de solução foram rejeitados e o 1 mL final foi recolhido num frasco de UPLC para análise.
Tabela 33. Parâmetros e Materiais de Dissolução.
Os valores de dissolução média em cada ponto no tempo para cada amostra avaliada são proporcionados na Tabela 34.
Tabela 34. Resultados de Dissolução para as Diferentes Formas Cristalinas de Composto 2
Como esperado, as formas cristalinas do Composto 2 tiveram a taxa de dissolução mars lenta, enquanto o Composto 2 amorfo dissolveu consideravelmente mais depressa.
Exemplo 18: Formulação
Os componentes explicitados na Tabela 35 foram misturados para proporcionar uma mistura homogénea e a mistura foi colocada em cápsulas de gelatina ou HMPC.
Tabela 35. Formulações protótipo de Composto 2 amorfo
A estabilidade de formulações de 25 mg selecionadas é mostrada após um mês a 40 °C/75 °C RH na Tabela 36.
Tabela 36. Estabilidade.
Exemplo 19: Preparação do Composto 2 a partir do Composto 1 Ácido Livre 0 composto 1 (31,35 g, 61,8 mmol, 95,82% de pureza) foi dissolvido em diclorometano (DCM) (150 mL) e tratado com solução de etóxido de sódio (20,05 mL, 21% p/p) . A mistura foi evaporada até à secura e, em seguida, dissolvida em acetato de etilo (110 mL). A esta solução foi adicionado iso-propanol (315 mL) gota a gota sob agitação originando cristalização rápida. Vinte minutos após adição completa de iso-propanol, os cristais foram filtrados, lavados com iso-propanol (80 mL) e secos sobre o filtro poroso durante aproximadamente 3 h. Isto deu 28,71 g de pó creme. Este material foi dissolvido em 290 mL de água destilada com aquecimento (40 °C) e agitado à temperatura ambiente durante 1 h com cristalização resultante. A mistura foi filtrada e o residuo seco sob vácuo dando 21,35 g (65%) de sólido branco. A análise por HPLC revelou que o material era >98% e.e. e com 99,3% de pureza. m/z (ES-) 506,2 [MH+, 100%], 507,2 [13Ci-MH+, 40%]; HRMS C32H28NO5 requer 506, 1969, encontrado 506, 1967; RMN de 2H (CDCI3, 300 MHz) δ 2,08 (1H*, dd, J 16,6, 6,4), 2,83 (1H, dd, J 15,9, 6,4), 3,03 (1H, dd, J 15,9, 6,4), 3,36 (1H*, m), 3,55 (3H*, s), 3,66 (3H, s), 4,29-4,47 (3H, 2H*, m) , 4,68 (1H*, d, J 11,0, 4,83 (2H, m) , 4,83 (1H*, m) , 4,91 (1H*, d, J 17,0, 5,28 (1H*, s) , 5,31 (1H, s) , 6,21 (1H, d, J 8,3), 6,46 (1H, d, J 8,3), 6,48 (1H*, d, J 8,3), 6, 94-7,32 (15H, m) ; RMN de 13C (CDCI3, 500 MHz) δ 25,5 (CH2), 26,0 (*CH2), 42,8 (*CH2), 45,8 (CH2) , 55, 0, 55, 8, 56, 1, 56, 7, 74,2 (*CH2), 74,9 (CH2) , 110,2 (CH) , 110,7 (*CH), 121,1 (CH), 122,0 (*CH), 126,4, 126,7, 126,8, 127,0, 127,8, 127, 9, 128,3, 128,5, 128, 6, 128,7, 128,8, 129, 0, 129, 5, 129,5, 129, 8, 137,5 (q) , 127,7 (*q), 139,3 (q) , 139,3 (*q), 139,9 (q) , 140,7 (*q), 144,4 (q) , 144,7 (*q) 150,7 (*q), 151,6 (q) , 172,2 (q) , 172,7 (*q), 177,7 (q) ; [a] d25 = -39, 1 (CH2C12, c0,68); IV (cm-1, pastilha de KBr) 3425 (O-H) , 1626 (C=0) , 1601 (C=0) . * denota o rotâmero secundário.
Exemplo 20: Acilação da isoquinolina e crista lização .
Uma suspensão de diclorometano (DCM), isoquinolina (1,0 eq) e piridina (6,0 eq) foi arrefecida até -12 ± 2 °C sob uma atmosfera inerte de azoto. Foi adicionado gradualmente clorotrimetilsilano (4,0 eq) à suspensão, mantendo ao mesmo tempo uma temperatura interna de -10 °C ou menos. Após adição completa resultará uma solução aproximadamente homogénea. A mistura reacional foi agitada durante um minimo de 20 minutos e a temperatura interna ajustada a -12 ± 2 °C. Foi em seguida adicionada gradualmente uma solução de cloreto de difenilacetilo (0,9 eq) em DCM à mistura reacional, mantendo ao mesmo tempo uma temperatura interna inferior a -10 °C. A mistura reacional foi agitada durante um minimo de 15 min após adição completa, mantendo ao mesmo tempo uma temperatura interna inferior a -10 °C. A reação foi desativada com ácido clorídrico 2M e a mistura aquecida até +20 ± 5 °C. A agitação foi parada e a mistura bifásica foi deixada depositar durante um minimo de 15 minutos. A fase inferior (orgânica) foi separada. Foi adicionada solução de etóxido de sódio (21% em etanol, 1,0 eq) à fase orgânica e a solução resultante foi evaporada para dar o solvato de etanol do sal de sódio, Composto 4.
O solvato de etanol do sal de sódio em bruto, Composto 4, foi dissolvido em acetato de etilo (AE) e em seguida concentrado. O residuo foi dissolvido em acetato de etilo e, em seguida, agitado a +20155 °C. Foi adicionado gradualmente isopropanol numa adição controlada à solução de acetato de etilo mantida sob agitação. Isto origina cristalização do solvato de iso-propanol, Composto 5. Após adição completa a mistura foi agitada durante uma hora. Os cristais foram filtrados e lavados com iso-propanol. Os cristais foram secos sob vácuo até os niveis de iso-propanol serem inferiores a 10%. Os cristais foram adicionados a um volume, mantido sob agitação, de água RO originando uma dissolução rápida. A solução resultante foi agitada durante duas horas permitindo a formação de um precipitado espesso. A suspensão espessa resultante foi em seguida seca por congelação dando o Composto 2 como um pó esbranquiçado.
Exemplo 21:
Um vaso de vidro ou aço inoxidável encamisado foi colocado sob uma atmosfera inerte. No vaso foram carregados pirazole (l,leq), N-metilmorfolina (NMM) (1,3 eq) e acetato de etilo. Foi adicionada gradualmente uma solução de cloreto de difenilacetilo (1,0 eq) em acetato de etilo. Foi aplicado arrefecimento do recipiente reacional de forma a manter uma temperatura interna abaixo de +30 °C. Após adição completa os conteúdos foram agitados durante um minimo de 20 minutos. A mistura reacional foi lavada com água, ácido sulfúrico 1M (2x), bicarbonato de sódio aquoso saturado (2x), água e solução aquosa saturada de cloreto de sódio. A fase de acetato de etilo foi concentrada e o residuo foi purificado com heptano. O residuo foi aquecido até 70 °C em heptano de forma a dissolver todos os sólidos. A solução resultante foi arrefecida e mantida a 15±5 °C durante 1 h com cristalização simultânea. Os cristais foram filtrados e secos durante um minimo de 16 h. Rendimento: 80-90% de cloreto de difenilacetilo.
Um vaso revestido a vidro ou em aço inoxidável foi colocado sob uma atmosfera inerte. No vaso foi introduzido DMF, tetrametilguanidina (1,03 eq) e isoquinolina (1,0 eq). A mistura foi agitada durante aproximadamente 1 h para permitir que ocorresse dissolução (nesta etapa era esperada apenas dissolução parcial). À mistura reacional foi adicionado éster ativo de pirazole (1,2 eq). A mistura reacional foi agitada durante um minimo de 16 h. Foi realizada uma IPC (HPLC) para verificar a extensão da reação (condição de passagem: < 5,00% de isoquinolina remanescente). Foi adicionada dimetiletilenodiamina (0,3 eq) à mistura reacional e a agitação prosseguida durante mars 2 h. Foi realizada uma IPC (HPLC) para o éster ativo de pirazole (condição de passagem: < 0,10% de éster ativo de pirazole). A mistura reacional foi diluida com tolueno e lavada com ácido sulfúrico 1M (2x) e água (2x) . A fase orgânica foi reduzida em volume através de evaporação do solvente. Foi adicionado etóxido de sódio (1,0 eq) à mistura reacional. 0 solvente remanescente foi evaporado a partir da mistura reacional. 0 residuo foi evaporado de acetato de etilo. 0 produto em bruto foi agitado em acetato de etilo e a mistura transferida para um vaso mantido sob agitação. Foi adicionado iso-propanol à solução de acetato de etilo numa adição controlada gue originou gue ocorresse cristalização. A mistura foi agitada durante um minimo de 1 h. Os cristais foram filtrados e lavados com um pegueno volume de iso-propanol. Os cristais foram secos sob vácuo durante um minimo de 16 h dando o Composto 5.
Foi carregada água num vaso revestido a vidro ou em aço inoxidável. A temperatura interna foi ajustada a 40+2 °C. Os cristais de Composto 5 foram lentamente adicionados à água, permitindo que ocorresse dissolução. A solução quente foi dispensada para tabuleiros Lyoguard e transferidos para um liofilizador. A secagem primária foi realizada com uma temperatura de prateleira de -5 °C ao longo de pelo menos 3 dias. A fase de secagem secundária é realizada com uma temperatura de prateleira de +25 °C ao longo de pelo menos 24 h. Foi realizada uma IPC (KF) para verificar o teor de água aceitável (condição passagem: <15,0% de água). O Composto 2 foi retirado dos tabuleiros Lyoguard e colocado em contenção apropriada. Rendimento: 80-90% de isoquinolina.
Exemplo 22:
Biodisponiblidade do Composto 2 0 composto 2 em cápsulas de HPMC foi administrado por via oral em várias quantidades, 10 mg, 25 mg, 50 mg, 100 mg e 200 mg, uma vez por dia durante sete dias a indivíduos masculinos saudáveis (18-55 anos de idade).
Foram colhidas amostras de sangue em intervalos regulares após cada dose e o plasma derivado das amostras de sangue analisado quanto aos níveis de Composto 1. Os dados obtidos foram utilizados para calcular os parâmetros farmacológicos como se mostra na Tabela 37.
Tabela 37: Parâmetros farmacológicos para o Composto 2
Exemplo 23:
Análise farmacocinética do Compostos 2 (Amorfo), 6, 7 e 1 em Cães Beagle Machos Após uma Única Dose Oral 0 estudo foi concebido para comparar os perfis de PK das seguintes quatro formas de Composto 1 administradas como cápsulas orais simples no estado em jejum. 0 plano de aleatorização para os animais é resumido na tabela abaixo. Resumidamente, o estudo consistiu em 4 cães machos; cada um recebeu doses únicas de 10 mg/kg de cada um dos quatro compostos: sal de sódio amorfo Composto 2, Composto 6, Composto 7 e ácido carboxílico livre Composto 1. Houve um período de eliminação de 4 dias entre dosagens. Foram recolhidas amostras de sangue de cada animal, em tempos predeterminados nos Dias de estudo 1, 4, 8 e 11. O plasma foi analisado para o Composto 1 por um ensaio de HPLC-MS/MS validado.
Os parâmetros de PK descritivos foram determinados por métodos independentes de modelo padrão (Gibaldi e Perrier, 1982) com base nos dados de concentração plasmática-tempo individuais. As concentrações plas-máticas foram arredondadas a 3 algarismos significativos. Às amostras de plasma com concentrações abaixo do limite de ensaio quantificável (BQL < 2,00 ng/mL) foram atribuídos valores de zero para cálculo das médias. Para cálculo da PK, o BQL foi fixado em zero desde o tempo pré-dose até o tempo da primeira concentração quantificável e depois disso foi fixado como ausente. Foram utilizados pontos de tempo nominais para todos os cálculos. • Cmax é a concentração plasmática máxima observada após administração. • Tmax é o tempo para atingir a Cmax. • T i /2 é a meia-vida aparente calculada através de in (2)/λ, em que λ é a constante de velocidade para a porção linear logarítmica da fase terminal. É necessário um mínimo de três valores na fase pós-distribuição da curva concentração plasmática-tempo para o cálculo de λ. • AUC(O-T) é a área sob a curva concentração plasmática-tempo desde o tempo zero até ao tempo da última concentração plasmática mensurável determinada utilizando a regra trapezoidal linear. • AUC(O-inf) é a área sob a curva concentração plasmática-tempo desde o tempo zero até ao infinito. É calculada assumindo AUC(O-T) e a área extrapolada desde T até ao infinito.
As análises de PK foram realizadas por análise não compartimentada utilizando o modelo 200 no WinNonlin Professional 6.1 (Pharsight Corp., Mountain View, CA).
Os valores da média e DP individuais para as concentrações plasmáticas de Composto 1 e parâmetros PK após o Composto 2 (amorfo), Composto 6, Composto 7 e Composto 1 como ácido livre carboxilico são apresentados nas Tabelas 38, 39, 40 e 41, respetivamente. Os parâmetros de PK médios do Composto 1 estão resumidos na Tabela 42. Os perfis de Concentração plasmática média de Composto 1-tempo após diferentes formas são mostrados na Figura 11 e a Cmax e AUC(O-inf) médias são apresentadas na Figura 12.
Após uma única dose oral de Composto 1 a 10 mg/kg, os valores de Tmax medianos foram 0,750, 1,00, 1,00 e 2,00 horas para o sal de sódio amorfo Composto 2, Composto 6, Composto 7 e ácido carboxilico livre Composto 1, respetivamente (Tabela 42) . Os valores de Cmax média correspondente foram 1590 ± 534, 1320 ± 1050, 1260 ± 428 e 294 ± 238 ng/mL, respetivamente (Tabela 42). Os valores da AUC(O-inf) média foram 1840 ± 516, 1930 ± 1240, 2440 ± 542 e 680 ± 412 ng-h/mL, respetivamente. A AUC após o Composto 6 e o ácido carboxilico livre tiveram maior variabilidade entre indivíduos do que o Composto 2 amorfo e Composto 7 hidrato (valores de %CV que vão desde 60,6% a 81,1%; ver Tabela 42). O Composto 7 hidrato resultou na AUC média mais alta, enquanto o ácido livre carboxilico Composto 1 resultou na AUC mais baixa. Os valores T1/2 harmónicos médios foram 2,49 ± 0,391, 2,82 ± 1,18, 4,36 ± 3,16 e 2,11 ± 0,115 horas para o sal de sódio amorfo Composto 2, Composto 6, Composto 6 e o ácido livre carboxilico Composto 1, respetivamente (Figura 11 e Tabela 42). O Tmax mais longo foi observado após o ácido livre carboxilico Composto 1 com um valor mediano de 2 horas que compara com 0,75 a 1 hora para o Composto 2 (amorfo), Composto 6 e Composto 7. 0 valor de Cmax médio mais elevado foi observado após o Composto 2 (amorfo) (1590 ± 534 ng/mL) e o valor de AUC médio mais alto foi observado após o Composto 6 (2440 ± 542 ng-h/mL).
Tabela 38: Concentrações Plasmáticas (ng/mL) e Parâmetros de PK do Composto 1 em Cães Após uma Dose Única Oral de 10 mg/kg da Forma Amorfa Composto 2
Tabela 39: Concentrações Plasmáticas (ng/mL) e Parâmetros de PK do Composto 1 em Cães Após uma Única Dose Oral de 10 mg/kg de Composto 6
Tabela 40: Concentrações Plasmáticas (ng/mL) e Parâmetros de PK do Composto 1 em Cães Após uma Única Dose Oral de 10 mg/kg de Composto 6
Tabela 41: Concentrações Plasmáticas (ng/mL) e Parâmetros PK do Composto 1 em Cães Após uma Única Dose Oral de 10 mg/kg de Composto 1 na Forma de Ácido Carboxílico Livre
(continuação)
Tabela 42: Sumário dos Parâmetros de PK médios do Composto 1 em Cães Após o Composto 1, Composto 2 (Amorfo), Composto 6 e Composto 7
(continuação)
Lisboa, 24 de maio de 2016
Claims (18)
1. Sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)- 1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinoli-nocarboxílico e seus solvatos, na forma amorfa ou na forma de um solvato cristalino.
2. Sal de sódio de acordo com a reivindicação 1, em que o solvato é um solvato de etanol, solvato de iso-propanol, ou um hidrato possuindo 2 a 5 moléculas de água.
3. Sal de sódio de acordo com a reivindicação 2, em que o solvato é um solvato de etanol ou iso-propanol.
4. Sal de sódio de acordo com a reivindicação 2, em que o solvato é um hidrato possuindo 2 moléculas de água.
5. Sal de sódio de acordo com a reivindicação 2, em que o solvato é um hidrato possuindo 3 a 5 moléculas de água.
6. Hidrato do sal de sódio de acordo com a reivindicação 4, em que o referido solvato cristalino exibe um padrão de difração de raios X de pó que compreende um pico a 19,3 graus 2Θ ± 0,1 graus 2Θ e opcionalmente exibe ainda um pico a 18,2 graus 2Θ ± 0,1 graus 2Θ, e opcionalmente em que o referido solvato cristalino exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido que compreende picos a 55,7, 128,2, e 151,3 ppm ± 0,2 ppm.
7. Hidrato de sal de sódio de acordo com a reivindicação 5, em que o referido solvato cristalino exibe um padrão de difração de raios X de pó que compreende um pico a 15,2 graus 2Θ ± 0,1 graus 2Θ e opcionalmente compreende ainda pelo menos dois picos selecionados do grupo que consiste em 4,8, 7,3, 12,0, 12,6, 23,5, e 24,5 graus 2Θ ± 0,1 graus 2Θ, e opcionalmente em que o referido solvato cristalino exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido que compreende picos a 53,7, 122,9 e 128,1 ppm ±0,2 ppm.
8. Solvato de etanol de acordo com a reivindicação 3 em que o referido solvato cristalino exibe um padrão de difração de raios X de pó que compreende um pico a 14,3 graus 2Θ ± 0,1 graus 2Θ ou exibe um padrão de difração de raios X de pó que compreende um pico a 14,7 graus 2Θ ± 0,1 graus 2Θ, ou exibe um padrão de difração de raios X de pó que compreende pelo menos dois picos selecionados de um grupo que compreende 14,3, 14,7, 26,9, e 29,7 graus 2Θ ± 0,1 graus 2Θ, e opcionalmente em que o referido solvato cristalino exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido que compreende picos a 18,4, 139,7, e 141,4 ppm ± 0,2 ppm.
9. Solvato de iso-propanol de acordo com a reivindicação 3 em que o referido solvato cristalino exibe um padrão de difração de raios X de pó que compreende pelo menos um pico selecionado do grupo que consiste em 20,6, 26,6, 27,2, 28,3, e 29,3 graus 2Θ ± 0,1 graus 2Θ e opcionalmente compreende ainda pelo menos dois picos selecionados do grupo que consiste em 25,0, 26,0, 26,6, 27,2, 28,3, e 29,3 graus 2Θ ± 0,1 graus 2Θ ou compreende ainda pelo menos um pico selecionado do grupo que consiste em 10,8, 14,0, 21,1, 21,9, e 22,5 graus 2Θ ± 0,1 graus 2Θ, e opcionalmente em que o referido solvato cristalino exibe um espetro de RMN de 13C de estado sólido que compreende picos a 63,1 e 140,7 ppm ± 0,2 ppm.
10. Composição farmacêutica que compreende o sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxílico ou um solvato do sal de sódio em conjunto com um veiculo, diluente ou excipiente farmaceuticamente aceitável, em que o sal de sódio do ácido (S) -2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxi-lico está na forma amorfa ou na forma de um solvato cristalino.
11. Composição farmacêutica de acordo com a reivindicação 10 formulada para administração oral.
12. Método de preparação do sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxilico ou um seu solvato que compreende: (i) tratar o ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxílico com alcóxido de sódio; (ii) formar um solvato de álcool cristalino do sal de sódio resultante preparado em (i); e (iii) recristalizar o solvato.
13. Método de acordo com a reivindicação 12 em que o solvato de álcool cristalino é um solvato de etanol, um solvato de iso-propanol ou um hidrato possuindo 2 a 5 moléculas de água.
14. Método de acordo com a reivindicação 12 em que a molécula de álcool do solvato de álcool cristalino que se formou no passo (ii) é trocada por outra molécula de solvato antes, durante ou após o passo (iii), especialmente em que o solvato formado é um hidrato.
15. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 ou reivindicação 14 em que o solvato recristalizado no passo (iii) é um solvato de iso-propanol.
16. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 15, que compreende ainda o passo de secagem do solvato.
17. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 15 que compreende ainda a acidificação do sal de sódio para formar o ácido (S)-2-(difenilacetil)- 1.2.3.4- tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinoli-nocarboxilico na forma substancialmente pura, em que a forma substancialmente pura indica um produto que tem uma pureza química superior a 96% e/ou superior a 97% de ee.
18. Método de preparação de um solvato de álcool do sal de sódio do ácido (S)-2-(difenilacetil)-1,2,3,4-tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquinolinocarboxí-lico que compreende os passos de: (i) acilar o átomo de azoto da isoquinolina do ácido (S)- 1.2.3.4- tetra-hidro-6-metoxi-5-(fenilmetoxi)-3-isoquino-linocarboxílico com uma amida cíclica ativada da fórmula:
em que o anel A é um heterociclo contendo azoto de 5 membros; e (ii) tratar o produto do passo (i) com um sal de alcóxido num solvente de tipo álcool. Lisboa, 24 de maio de 2016
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