PT1977871E

PT1977871E - Máquina doseadora para grânulos de cortiça para a produção de rolhas aglomeradas

Info

Publication number: PT1977871E
Application number: PT07425199T
Authority: PT
Inventors: Riccardo Cavallini
Original assignee: Meacci S R L
Priority date: 2007-04-04
Filing date: 2007-04-04
Publication date: 2010-10-25
Also published as: EP1977871B1; DE602007008059D1; ATE475520T1; EP1977871A1; ES2349319T3

Description

ΕΡ1977871Β1

DESCRIÇÃO

MÁQUINA DOSEADORA PARA GRÂNULOS DE CORTIÇA PARA A PRODUÇÃO DE

ROLHAS AGLOMERADAS 0 presente invento refere-se ao campo das máquinas de produção de rolhas em aglomerado de cortiça e, em particular, o invento refere-se a uma máquina doseadora para grânulos de cortiça para a produção de rolhas de cortiça.

As rolhas de cortiça são fabricadas de formas diferentes, de acordo com a qualidade da matéria-prima disponível. A produção de elevada qualidade envolve a produção de rolhas numa peça única a partir de uma prancha de cortiça compacta obtida directamente da casca da árvore, enquanto os produtos com menor qualidade usam grânulos de cortiça aglomerados obtidos a partir dos resíduos da produção de rolhas de elevada qualidade, ou a partir de lotes que não possuem a qualidade exigida para rolhas de uma peça única. Os referidos grânulos são ligados com uma matriz adesiva não tóxica. São conhecidos vários processos para produzir rolhas aglomeradas. Por exemplo, uma determinada quantidade de grânulos misturados com adesivo, de aqui em diante referidos como "bastões", pode ser extrudida através de um extrusor que compreende um tubo aquecido, tendo o mesmo diâmetro que a rolha a ser produzida, onde o adesivo solidifica. Um êmbolo empurra o bastão na direcção da saída do extrusor. Este bastão é cortado para formar as rolhas com o comprimento pretendido. A densidade da rolha é obviamente a mesma que a densidade do bastão, isto 1 ΕΡ1977871Β1 é, através da quantidade de grânulos no volume que forma o bastão. Esta densidade depende, em certa medida, da força de compressão e do atrito do aglomerado contra as paredes do extrusor.

Outro processo para a produção de rolhas aglomeradas envolve a introdução de lotes específicos de aglomerado de grânulos misturados com adesivos em moldes que consistem em casquilhos de moldagem. 0 aglomerado com o adesivo é depois comprimido e transferido sucessivamente para um forno, para o tempo necessário de solidificação. Depois de um período de arrefecimento adequado, a rolha é extraída do casquilho de moldagem empurrando com um elemento de extracção com a forma de uma haste. A preparação do lote correcto de grânulos a ser introduzido no molde correspondente é executada por máquinas doseadoras.

Um tipo vulgarmente conhecido de máquina doseadora compreende uma estrutura base que suporta uma carcaça do tipo caixa que se estende numa direcção longitudinal num plano horizontal. Uma corrediça está disposta no fundo da carcaça do tipo caixa. A corrediça tem também uma forma longitudinal, e sobre ela é colocada uma pluralidade de berços, abertos no lado superior. Os referidos berços estão dispostos numa fiada ao longo da direcção longitudinal, e são concebidos para conter os grânulos de cortiça misturados com adesivo, que caem por acção da gravidade de uma tremonha de carga localizada por cima da carcaça em forma de caixa. Depois, fixado à carcaça em forma de caixa, existe uma pluralidade de elementos de fecho concebidos para fechar o lado superior dos berços. Estes elementos de 2 ΕΡ1977871Β1 fecho estão espaçados da mesma forma que os berços. A corrediça é ligada a um cilindro hidráulico que permite um movimento de translação horizontal de uma primeira posição, na qual os berços estão abertos por cima para permitir que os grânulos caiam nos berços, para uma segunda posição, na qual os berços são fechados pelos respectivos elementos de fecho superior. A corrediça e o cilindro hidráulico que permitem a sua translação horizontal estão ligados a uma mesma estrutura que pode ter movimento de translação vertical por meio de outro cilindro hidráulico, quando os berços estão na segunda posição, isto é, quando são fechados pelos elementos de fecho superiores. Desta forma, a dimensão vertical do volume dos berços pode variar de um volume de carga pré-determinado de grânulos (dado pelo volume dos berços logo que deslocados por baixo dos elementos de fecho) para uma determinado volume de compactação de grânulos, definido com os berços quando estes atingem a extremidade superior do curso do movimento de translação vertical, formando assim a quantidade e densidade correctas do lote para produzir a rolha. Depois de os lotes de grânulos terem sido compactados, são empurrados para fora dos berços através de aberturas correspondentes definidas do lado da carcaça em forma de caixa.

Para fazer variar a densidade do lote de grânulos, a quantidade de grânulos tem de ser alterada antes da compactação. Para se conseguir isto, o volume dos berços com a carga é ajustado, modificando a largura dos berços através da introdução de placas metálicas entre as paredes laterais da carcaça em forma de caixa e os referidos berços. 3 ΕΡ1977871Β1

No entanto, este sistema de regulação apresenta uma desvantagem significativa. Para garantir a introdução das placas de regulação entre a corrediça e a carcaça em forma de caixa, e a sua acção deslizante relativa, o posicionamento das placas exige uma tolerância dimensional considerável. Isto resulta no facto de alguns grânulos de cortiça se introduzirem entre as placas, a corrediça e a carcaça em forma de caixa, provocando problemas inevitáveis de prisão, sendo necessário parar a produção para limpeza da máquina. 0 principal objectivo do presente invento consiste em resolver o problema descrito no tipo acima mencionado de máquina doseadora, no que diz respeito à regulação do volume de carga dos berços.

Com esta finalidade, um objectivo importante do presente invento consiste em proporcionar uma máquina para o doseamento de grânulos de cortiça para o fabrico de rolhas aglomeradas, que possa reduzir o número de paragens de máquina provocados por problemas de prisão da corrediça.

Outro objecto importante do presente invento consiste em proporcionar uma máquina para o doseamento de grânulos de cortiça para a produção de rolhas aglomeradas que possa reduzir a tolerância dimensional em torno dos berços.

Outro objecto importante do presente invento consiste em proporcionar uma máquina para o doseamento de grânulos de cortiça para fabricar rolhas aglomeradas que permita a regulação fácil do volume de carga do berço. 4 ΕΡ1977871Β1

Estes objectos são conseguidos com uma máquina para o doseamento de grânulos para fabricar rolhas aglomeradas que compreende: - uma pluralidade de berços destinados a conter grânulos de cortiça, dispostos numa fiada ao longo de uma direcção comum, - uma pluralidade de elementos de fecho superiores para os referidos berços, - primeiros meios de translação relativa numa direcção substancialmente horizontal para os referidos berços em relação aos referidos elementos de fecho superiores, de uma primeira posição, na qual os referidos berços estão abertos por cima, para uma segunda posição na qual os referidos berços são fechados pelos referidos elementos de fecho superiores, - um dispositivo de carga de grânulos de cortiça a partir de cima para os referidos berços quando os referidos berços estão na referida primeira posição, - segundos meios de translação relativa numa direcção substancialmente vertical para os referidos berços em relação aos referidos elementos de fecho superiores da referida segunda posição para uma terceira posição de compactação, os referidos segundos meios de translação relativa podendo fazer variar verticalmente o volume dos berços, de um volume de carga pré-determinado de grânulos 5 ΕΡ1977871Β1 definido na referida segunda posição, para um dado volume compactado de grânulos definido na referida terceira posição, - meios de regulação para o referido volume de carga predeterminado para regular a quantidade de grânulos presentes em cada lote formado pela máquina, caracterizada por os referidos meios de regulação do referido volume de carga predeterminado compreenderem meios para fazer variar a altura do volume de carga.

Outras características e vantagens de uma máquina para o doseamento de grânulos de cortiça para a produção de rolhas aglomeradas de acordo com o presente invento ressaltarão da descrição que se segue de uma sua forma de realização, dada como um exemplo não limitativo, com referência aos desenhos anexos nos quais: - Figura 1 é um alçado frontal esquemático da máquina de acordo com o invento, ilustrando a parte interna no que diz respeito a uma corrediça com berços, ilustrada numa primeira posição, isto é, na posição de carga de grânulos; - Figura 2 é um alçado frontal esquemático de uma parte da máquina da figura 1, ilustrando a parte interna referente à corrediça com os berços, ilustrados numa segunda posição; 6 ΕΡ1977871Β1 - Figura 3 é um alçado lateral esquemático, em corte transversal parcial, da máquina das figuras anteriores ilustrada na referida segunda posição; de uma parte da a parte interna ilustrada numa compactação dos - Figura 4 é um alçado frontal esquemático máquina das figuras anteriores, ilustrando referente à corrediça com os berços, terceira posição em relação à acção de grânulos de cortiça.

Fazendo referência às figuras acima, uma máquina para o doseamento de grânulos de cortiça, de acordo com o invento, para utilização na produção de rolhas aglomeradas por meio de casquilhos de moldagem, é identificada na generalidade pelo número 10 e compreende uma estrutura de suporte 11 para uma carcaça em forma de caixa 12 que se desenvolve numa direcção longitudinal numa orientação substancialmente horizontal. Tal como claramente ilustrado na figura 3, a referida carcaça em forma de caixa 12 tem um fundo 13 e dois lados longitudinais opostos 14, sendo a parte superior da carcaça em forma de caixa aberta por cima. Dentro da carcaça em forma de caixa 12 existe uma corrediça 15, que se desenvolve também numa direcção principalmente longitudinal, na qual está colocada uma pluralidade de berços 16, adaptados para conter os grânulos de cortiça; os grânulos de cortiça são identificados pelo número 17. Os referidos berços 16 estão dispostos numa fiada ao longo da direcção longitudinal da corrediça 15, e são definidos por duas paredes laterais verticais 18 e por um fundo 19, nesta forma de realização tendo uma forma substancialmente semi-cilindrica, com a parte côncava voltada para cima. Em 7 ΕΡ1977871Β1 particular, a corrediça 15 tem uma base longitudinal 20, na qual está disposta, numa fiada, uma pluralidade de elementos paralelepipédicos 21, equidistantes uns dos outros, e cujos lados voltados uns para os outros formam as paredes laterais 18 dos berços respectivos 16. Elementos intermédios respectivos 22 assentam na base longitudinal 20 entre os referidos elementos paralelepipédicos 21. As extremidades superiores dos referidos elementos intermédios 22 formam os referidos fundos 19 dos berços 16.

Um dispositivo 23 para carregar, por cima, os grânulos de cortiça 17 para os berços 16, está colocado por cima da carcaça em forma de caixa 12, em comunicação directa com o interior da mesma carcaça 12. Nesta forma de realização, o referido dispositivo de carga 23 compreende uma tremonha 24 colocada com a abertura de descarga por cima da abertura superior da carcaça em forma de caixa 11; meios de mistura de grânulos conhecidos vulgarmente (não ilustrados nas figuras) estão associados à referida tremonha 24 que permite uma distribuição uniforme do produto.

Uma pluralidade de elementos de fecho 25 para os berços 16 está fixa na carcaça em forma de caixa 12, afastados da mesma forma que os berços. Estes elementos de fecho 25 fecham os berços 16 quando estes são colocados numa posição especifica, como será descrito em mais detalhe abaixo. Em particular, nesta forma de realização, os referidos elementos de fecho superiores 25 têm uma forma semi-cilíndrica com a parte côncava voltada para baixo. 8 ΕΡ1977871Β1 A máquina 10 compreende igualmente primeiros meios de translação relativa 26 para os berços 16 numa direcção substancialmente horizontal, em relação aos elementos de fecho 25, para correr de uma primeira posição (visível na figura 1), na qual os berços 16 estão abertos por cima para receber os grânulos de cortiça da tremonha, para uma segunda posição (visível nas figuras 2 e 3) na qual os mesmos berços são fechados pelos elementos de fecho superior 25. Quando os berços estão na primeira posição, os elementos de fecho superior 25 estão centrados nos corpos paralelepipédicos 21 da corrediça 15 entre os quais os berços estão definidos. No exemplo aqui descrito, os primeiros meios de translação relativa 26 compreendem um actuador de translação 27, tal como um cilindro hidráulico, ligado com a sua própria camisa a um plano de suporte 26, e com a haste actuadora fixa a uma extremidade da corrediça 15, a referida corrediça podendo deslizar ao longo do referido plano de suporte 28.

Além disso, a máquina 10 compreende segundos meios de translação relativa 29 para os berços 16 numa direcção substancialmente vertical em relação aos elementos de fecho 25, para correr da referida segunda posição para uma terceira posição de compactação (visível na figura 4) . Os referidos segundos meios de translação relativa 29 podem alterar verticalmente o volume dos berços 16, de um volume de carga pré-determinado de grânulos, definido quando os berços estão na segunda posição, para um dado volume de grânulos compactados, definido quando os berços estão na terceira posição. Nesta forma de realização, os segundos meios de translação relativa 29 compreendem um actuador de translação 30, tal como um 9 ΕΡ1977871Β1 cilindro hidráulico, cuja camisa 30a está fixa à estrutura de suporte 11 e uma extremidade 30b da haste actuadora está ligada ao plano de suporte 28 da corrediça 15.

Quando os berços estão na primeira posição, isto é, quando os elementos de fecho superiores 25 estão centrados nos elementos paralelepipédicos 21 da corrediça 15, os grânulos da tremonha 24 enchem os berços 16 (porque estão abertos por cima) . O volume de carga dos berços 16 é definido pelo espaço delimitado pelas paredes laterais 18 e pelo fundo 19 dos berços, e pelos elementos de fecho superior 25 quando a corrediça 15 se deslocou para a segunda posição. A largura dos elementos de fecho superior 25 é basicamente a mesma que a distância entre as paredes laterais 18 dos berços. Logo que estes espaço tenha sido delimitado, a corrediça 15 desloca-se para cima através dos segundos meios de translação vertical 29, de modo que o fundo 19 dos berços 16 se aproxime dos elementos de fecho superior 25, resultando isto numa acção de compactação dos grânulos de cortiça 17. Isto corresponde a uma variação dos volume de carga até que o volume compactado definido na terceira posição seja atingido. Os grânulos compactados desta formam o "lote" que tem de ser empurrado para fora dos berços correspondentes através de uma abertura correspondente 31 proporcionada nos lados da carcaça em forma de caixa 12, por meio de elementos de impulso não ilustrados nas figuras. A máquina compreende igualmente meios de regulação 32 para o volume de cara pré-determinado definido entre cada berço 16 e o correspondente elemento de fecho superior 25, para ajustar a quantidade de grânulos presente em cada lote. De acordo com o 10 ΕΡ1977871Β1 invento, os referidos meios de regulação 32 compreendem meios para fazer variar a altura do volume de carga, isto é, meios que podem fazer variar a posição vertical relativa do fundo 19 em relação às paredes laterais 18 do berço 16 antes da máquina começar a funcionar.

Nesta forma de realização, os referidos meios para fazer alterar a altura do volume de carga compreendem uma ou mais placas 33 (estão ilustradas três nas figuras, apenas como exemplo) com uma dada espessura introduzidas entre a base longitudinal 20 e os elementos intermédios 22 (que definem o fundo 19 dos berços 16) para proporcionar uma regulação discreta. Para aumentar a altura do volume, uma ou mais placas 33 têm de ser removidas manualmente, enquanto uma ou mais placas têm de ser adicionadas para baixar a altura do volume. A altura máxima do volume de carga é obtida quando não existem placas.

Em relação a este exemplo, a haste actuadora do actuador de translação 36 tem uma primeira extremidade 30b ligada ao plano de suporte 28 da corrediça 15, e uma segunda extremidade 30c, projectando-se do lado da camisa 30a oposto ao lado de onde se projecta a primeira extremidade 30b, na qual está fixa uma extremidade vertical de um encosto de fim de curso 34. Com vantagem, os meios para fazer variar a altura do volume de carga compreendem placas adicionais 35 com uma determinada espessura, igual em número e espessura às colocadas entre a base longitudinal 20 e os elementos intermédios 22. As referidas placas adicionais 35 são inseridas entre a referida extremidade do encosto de fim de curso 34 e a camisa 30a do 11 ΕΡ1977871Β1 actuador de translação 30; uma alteração no número de placas 33 sob os elementos intermédios 22 tem de corresponder a uma alteração igual das placas adicionais 35 entre a extremidade do encosto de fim de curso 34 e a camisa 30a. A regulação do volume de carga dos berços, obtida por alteração da posição vertical relativa do fundo em relação às paredes, permite um dimensionamento optimizado dos berços e corrediça, de modo a ser possível executar um acoplamento entre a carcaça em forma de caixa 12 e a corrediça 15, com tolerâncias laterais suficientemente estreitas para evitar a penetração dos grânulos de cortiça, o que levaria à prisão da máquina. A utilização de placas com uma determinada espessura para introdução sob os fundos para reduzir o volume de carga (ou para remoção, no caso de se pretender aumentar o volume) permite uma regulação muito simples. Além disso, é óbvio que os referidos meios para fazer variar a altura do volume de carga podem ser diferentes do exemplo ilustrado, tal como está mencionado nos exemplos seguintes (não ilustrados nas figuras). Por exemplo, um elemento roscado pode substituir as placas, aparafusado num furo vertical correspondente formado na base longitudinal, e apresentando uma cabeça de suporte para um elemento intermédio respectivo; aparafusando o referido elemento roscado, a cabeça sofreria movimento de translação vertical e, desta forma, também o elemento intermédio, no qual o fundo está definido, obtendo-se, assim, uma regulação contínua, em vez de uma regulação diferente. 12 ΕΡ1977871Β1

Nos exemplos descritos, a regulação do volume de carga só pode ser obtido manualmente quando a máquina está parada. No entanto, é óbvio que também é possível conseguir-se uma regulação automática em altura do volume de carga. Por exemplo, a base longitudinal na qual os berços são colocados pode ser estruturada de forma a alojar internamente um elemento que liga transversalmente todos os elementos intermédios com o fundo, que está ligado cinematicamente a meios automáticos de translação vertical, que podem ser de qualquer tipo, hidráulico, pneumático ou electromecânico. Em alternativa, considerando o exemplo acima mencionado no que diz respeito aos elementos roscados colocados sob os fundos, é possível introduzir um parafuso sem-fim horizontal que irá engatar com os referidos elementos roscados, e que é actuado por um motor eléctrico associado à base longitudinal. É igualmente óbvio que os primeiro e segundo meios de translação descritos no exemplo acima podem compreender elementos de tipo e estrutura diferentes, tais como actuadores pneumáticos ou electromecânicos. 0 exemplo descrito refere-se a uma máquina para o doseamento de grânulos de cortiça a ser usada em processos para a produção de rolhas aglomeradas por meio de casquilhos de moldagem. 0 mesmo conceito do invento é também aplicável, com vantagem, em máquinas doseadoras para a preparação de "bastões" de grânulos de cortiça para a produção de rolhas por extrusão, tal como descrito na introdução relativamente à técnica anterior. 13 ΕΡ1977871Β1

Na prática, desde que os materiais utilizados sejam compatíveis com o uso específico, os materiais e dimensões podem ser de qualquer tipo de acordo com as exigências técnicas e estado da arte.

Quando qualquer das caracteristicas e técnicas descritas em qualquer das reivindicações for seguida por símbolos de referência, estes foram incluídos com o objectivo de proporcionar exemplos, simplesmente para aumentar a clareza das reivindicações não tendo, consequentemente, efeito limitador na interpretação de cada elemento que identificam.

Lisboa, 19 de Outubro de 2010 14

Claims

ΕΡ1977871Β1 REIVINDICAÇÕES 1. Máquina para o doseamento de grânulos de cortiça para a produção de rolhas aglomeradas, compreendendo: - uma pluralidade de berços (16) destinados a conter grânulos de cortiça (17), dispostos numa fiada ao longo de uma direcção comum, - uma pluralidade de elementos de fecho superiores (25) para os referidos berços (16), - primeiros meios de translação relativa (26) numa direcção substancialmente horizontal para os referidos berços (16) em relação aos referidos elementos de fecho superiores (25) , de uma primeira posição, na qual os referidos berços (16) estão abertos por cima, para uma segunda posição na qual os referidos berços (16) são fechados pelos referidos elementos de fecho superiores (25) , - um dispositivo de carga (23) de grânulos de cortiça (17) por cima para os referidos berços (16) quando os referidos berços (16) estão na referida primeira posição, - segundos meios de translação relativa (29) numa direcção substancialmente vertical para os referidos berços (16) em relação aos referidos elementos de fecho superiores (25) da referida segunda posição para uma 1 ΕΡ1977871Β1 terceira posição de compactação, os referidos segundos meios de translação relativa (29) podendo fazer variar verticalmente o volume dos berços (16), de um volume de carga pré-determinado de grânulos definido na referida segunda posição, para um dado volume compactado de grânulos definido na referida terceira posição, - meios de regulação (32) para o referido volume de carga pré-determinado para regular a quantidade de grânulos presentes em cada lote formado pela máquina, caracterizada por os referidos meios de regulação (32) do referido volume de carga predeterminado compreenderem meios para fazer varar a altura do volume de carga.
2. Máquina doseadora de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por cada berço (16) compreender paredes laterais (18) e um fundo (19), compreendendo os referidos meios para fazer variar a altura do volume de carga dos referidos berços (16) meios para fazer variar a posição vertical respectiva do referido fundo (19), em relação às referidas paredes laterais (18) .
3. Máquina doseadora de acordo com a reivindicação 2, caracterizada por os referidos berços (16) estarem dispostos numa fiada ao longo de uma corrediça longitudinal (25) compreendendo uma base longitudinal (20) sobre a qual está colocada uma pluralidade de elementos paralelepipédicos (21) dispostos numa fiada e equidistantes uns dos outros, e cujos lados voltados uns para os outros formam as paredes laterais 2 ΕΡ1977871Β1 (18) dos referidos berços (16), elementos intermédios respectivos (22) sendo colocados entre os referidos elementos paralelepipédicos (21), as extremidades superiores destes (22) definindo os referidos fundos (19), estando os referidos meios para fazer variar a altura do volume de carga dos referidos berços (16) posicionados entre a referida base longitudinal (20) e os referidos elementos intermédios (22).
4. Máquina doseadora de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por os referidos meios para fazer variar a altura do volume de carga dos referidos berços (16) compreenderem, para cada berço (16), uma ou mais placas (33) com uma dada espessura para serem inseridas entre a referida base longitudinal (20) e o elemento intermédio correspondente (22) proporcionado com um fundo (19) para executar uma regulação discreta da altura dos berços (16), sendo necessário remover manualmente a referida uma ou mais placas (33) para aumentar a altura do volume de carga, e vice-versa, uma ou mais placas sendo adicionados para diminuir a altura do volume de carga.
5. Máquina doseadora de acordo com as reivindicações 3 e 4, caracterizada por compreender uma estrutura de suporte (11) para uma carcaça em forma de caixa (12) , aberta por cima, que se estende numa direcção longitudinal num plano substancialmente horizontal, e dentro da qual está contida a referida corrediça (15), estando uma pluralidade dos referidos elementos de fecho superiores (25) dos berços (16) fixados à referida carcaça em forma de caixa (12) e espaçados da mesma forma que os berços (16), sendo os referidos elementos de fecho superiores (25) centrados nos referidos elementos 3 ΕΡ1977871Β1 paralelepipédicos (21) da referida corrediça (15), quando os referidos berços (16) estão na referida primeira posição, a largura dos referidos elementos de fecho superiores (25) sendo substancialmente a mesma que a distância entre as paredes laterais (18) dos referidos berços (16), estando a referida corrediça (15) posicionada para deslizar num plano de suporte (28) no qual estão dispostos os referidos primeiros meios de translação relativa (27), estando os referidos segundos meios de translação relativa (29) dispostos entre o referido plano de suporte (28) e a referida estrutura (11).
6. Máquina doseadora de acordo com as reivindicações 4 e 5, caracterizada por os referidos segundos meios de translação relativa (29) compreenderem uma extremidade vertical de um encosto de fim de curso (34) à qual estão associadas uma ou mais placas (35) iguais em número e espessura às placas (33) colocadas entre a referida base longitudinal (20) e os referidos elementos intermédios (22).
7. Máquina doseadora de acordo com a reivindicação 6, caracterizada por os referidos segundos meios de translação relativa (29) compreenderem um cilindro actuador de translação (30) cuja camisa (30a) está fixa à referida estrutura de suporte (11) e cujo bastão actuadora apresenta uma primeira extremidade (30b) fixada a um plano de suporte (28) da referida corrediça (15) e uma segunda extremidade (30c), projectando-se a partir do lado da referida camisa (30a) oposto ao lado a partir do qual se projecta a referida primeira extremidade (30b), sobre a qual (30c) está fixa a referida extremidade 4 ΕΡ1977871Β1 vertical do encosto de fim de curso (34) com a outra referida uma ou mais placas (35).
8. Máquina doseadora de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 7, caracterizada por os referidos primeiros meios de translação horizontal relativa (26) compreenderem um cilindro actuador de translação (27) fixo pela sua própria camisa ao referido plano de suporte (28) e com o bastão actuadora fixa a uma extremidade da referida corrediça (15) .
9. Máquina doseadora de acordo com qualquer uma das reivindicações 5 a 8, caracterizada por o referido dispositivo de carga (23) de grânulos de cortiça (17) por cima nos referidos berços (16) compreender uma tremonha (24) colocada com a sua abertura de descarga por cima da abertura superior da referida carcaça em forma de caixa (12).
10. Máquina doseadora de acordo com qualquer uma das reivindicações precedentes, caracterizada por os referidos fundos (19) e o referido elemento de fecho (25) terem uma forma substancialmente semi-cilindrica com superfícies côncavas voltadas para cima e para baixo, respectivamente. Lisboa, 19 de Outubro de 2010 5