PT1941819E - Aparelho de cozedura - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "PARELHO DE COZEDURA" A invenção refere um aparelho de cozedura tendo uma abertura superior permitindo a manipulação dos alimentos durante a cozedura, tal como um aparelho de fondue.

De modo clássico, um aparelho de cozedura do tipo supracitado compreende um recipiente de cozedura, e uma base sobre a qual assenta o recipiente, a base compreendendo meios de aquecimento permitindo a cozedura dos alimentos dispostos no recipiente. Um aparelho deste tipo está descrito em EP 1426003A.

Durante a utilização, não é raro que um utilizador querendo manipular um alimento durante a cozedura venha em contacto com a parte de cima do aparelho de cozedura, especialmente as paredes laterais do recipiente e ai se queime. E este inconveniente é tanto mais importante quanto a natureza do material utilizado para a fabricação do recipiente é em geral bom condutor de calor. A presente invenção visa realizar um aparelho de cozedura de acordo com a reivindicação 1, permitindo muito fortemente limitar (até mesmo eliminar) os riscos de queimaduras em caso de contacto com a parte alta.

De acordo com a invenção, como definido na reivindicação 1, o aparelho de cozedura compreende uma aba constituindo uma parede lateral fechada que cinta o recipiente e que se estende verticalmente da base até pelo menos à extremidade livre superior da parede lateral do recipiente. 2

Em consequência, quando vem manipular os alimentos, o utilizador já não está em contacto com o recipiente mas com a aba, e por consequência, já não se queima (ou pelo menos a queimadura é muito menos dolorosa). E quanto mais a matéria na qual é realizada a aba é má condutora de calor, menos grave é a queimadura.

Outras particularidades e vantagens aparecerão na descrição do modo de realização dado a titulo de exemplo não limitativo e ilustrado nos desenhos anexados nos quais: A figura 1 representa em corte um aparelho de fondue conforme este modo de realização da invenção; e A figura 2 representa o mesmo aparelho de fondue em perspectiva.

Como pode ver-se nas figuras, um aparelho de cozedura 1 (neste ponto, um aparelho de fondue 1) compreende um recipiente de cozedura 2 (neste ponto, uma caçarola 2) para a cozedura de alimentos, e uma base 3 adaptada para fornecer ao recipiente de cozedura 2 a energia térmica necessária para a cozedura dos alimentos. 0 aparelho de cozedura 1 possui uma abertura superior permitindo a manipulação dos alimentos durante a cozedura. 0 recipiente de cozedura 2 assenta numa base 3 e é separável dela. A caçarola 2 é realizada em metal e, como qualquer recipiente de cozedura 2, compreende uma parede de fundo 4 (neste ponto, uma parede inteira, quer dizer sem abertura) que assenta na base 3 e uma parede lateral 5 fechada (e aqui inteira) que se estende verticalmente para cima desde a parede de fundo 4. 3 A base 3 compreende um pé 6 e um dispositivo eléctrico de aquecimento 7 disposto no pé 6.

No presente modo de realização, o pé 6 (no caso presente, de matéria plástica) compreende uma parede de fundo 8 pela qual o aparelho de cozedura 1 pode apoiar-se sobre uma superfície de trabalho, e uma parede lateral 9 fechada que se estende para cima desde a parede de fundo 8 e cuja extremidade livre superior 10 define uma abertura superior. O dispositivo eléctrico de aquecimento 7 compreende uma resistência eléctrica de aquecimento 12, e uma placa de aquecimento 13 disposta em cima da resistência eléctrica de aquecimento 12 e sobre a qual a caçarola 2 assenta directamente. O dispositivo eléctrico de aquecimento 7 compreende igualmente um sistema de alimentação e de controlo da alimentação eléctrica da resistência eléctrica de aquecimento 12. No presente modo de realização, o dispositivo eléctrico de aquecimento 7 está disposto no pé 6 de modo que a placa de aquecimento 13 esteja sensivelmente ao nível da abertura superior do pé 6. A fim de proteger os utilizadores contra eventuais queimaduras após um contacto com a caçarola 2, o aparelho de fondue 1 compreende igualmente uma aba 14 (neste ponto, de matéria plástica) cintando a caçarola 2 (e portanto a parede lateral 5 desta última) e formando assim uma protecção térmica. A aba 14 constitui uma parede lateral 15 fechada que se estende verticalmente desde a base 3 (mais precisamente, desde o pé 6) até mais longe da extremidade livre superior 16 da parede lateral 5 da caçarola 2. Por consequência a protecção térmica é óptima, nenhuma parte da superfície exterior da caçarola 2 estando acessível. 4 A aba 14 é amovível da base 3 (mais exactamente, do pé 6) e está adaptada a ser e a ser fixada. Essa funcionalidade permite especialmente poder muito facilmente limpar o aparelho de fondue 1, a aba 14 e a caçarola 2 que estão livres de qualquer componente eléctrico, podendo então ser separadas da base 3 (de modo fácil, pelo utilizador) e limpas com águas correntes (por exemplo por uma máquina de lavar loiça). A parede lateral 15 da aba 14 compreende meios de encravamento 17 que estão adaptados a cooperar com os meios complementares de encravamento 18 suportados pela base 3 (aqui a parede lateral 9 do pé 6) de modo a permitir a fixação livre (de modo fácil, pelo utilizador) da aba 14 à base 3 (neste ponto, por travamento) e portanto, para garantir o aparelho de fondue 1.

De modo mais exacto, os meios complementares de encravamento 18 (neste ponto, ganchos 18 suportados por linguetas 19 elasticamente deformáveis suportadas pela parede lateral 9 do pé 6 mais longe da abertura superior) são móveis entre uma posição de encravamento na qual são presos nos meios de encravamento 17 (neste ponto, aberturas 17 atravessando a parede lateral 15 da aba 14) e uma posição de libertação na qual são libertados meios de encravamento 17. Por outro lado, os meios complementares de encravamento 18 são solicitados na sua posição de encravamento (neste ponto, em consequência da elasticidade natural das linguetas 19). No presente modo de realização, quando a aba 14 está fixada correctamente na base 3, a sua parede lateral 15 envolve as linguetas 19, somente os ganchos 18 estando acessíveis via as aberturas 17. 5 A fim de permitir o deslocamento dos meios complementares de encravamento 18 para a sua posição de libertação contra a elasticidade das linguetas 19), a base 3 (neste ponto, o pé 6) compreende meios de desencravamento 20. No presente modo de realização, esses meios de desencravamento 20 estão solidários com os meios complementares de encravamento 18, e, mais precisamente, são formados pela superfície exterior 20 de cada gancho 18 que atravessa a abertura 17 correspondente e que, em consequência, está acessível.

Por outro lado, a fim de evitar qualquer sobreaquecimento da aba 14 pelo facto da presença próxima da caçarola 2, o aparelho de fondue está adaptado de modo que há um espaço sensivelmente anular 21 entre a parede lateral 5 da caçarola 2 e a 15 da aba 14. Esse espaço anular 21 descarrega igualmente para o exterior do aparelho a fim de permitir uma melhor evacuação do calor.

Além disso, pelo facto de no presente modo de realização, a aba 14 e a caçarola 2 serem separáveis da base 3, a parede lateral 15 da aba 14 compreende, na sua superfície interior, pernos que estão em contacto com a parede lateral 5 da caçarola 2 de modo a centrar (e a imobilizar) esta última no plano horizontal (no plano da placa de aquecimento 13) . Esses pernos são realizados num material resistente ao calor (por exemplo num material plástico tal como baquelite). A aba 14 compreende igualmente uma parede anular 23 que é suportada pela parede lateral 15 (ao nível da sua extremidade livre superior 24). Essa parede anular 23 estende-se no plano horizontal para o interior da caçarola 2, mais longe da extremidade livre superior 16 da parede 6 lateral 5 desta última. Essa parede anular 23 permite completar a protecção do utilizador contra eventuais queimaduras, e de evitar, entre outras coisas, que os alimentos caiam no espaço anular 21. A fim de evitar qualquer sobreaquecimento da parede anular 23 pelo facto da presença próxima da caçarola 2, o aparelho de fondue 1 está adaptado de modo que há um espaço sensivelmente tórico 25 entre a parede anular 23 e a caçarola 2. Esse espaço tórico 25 descarrega para o exterior do aparelho (na direcção do interior da caçarola 2) e está ligado ao espaço anular 21 para permitir a evacuação do calor.

Por outro lado, a parede anular 23 constitui meios de imobilização 26 que cooperam com meios complementares de imobilização 16 de modo a permitir a imobilização da caçarola 2 na direcção vertical (perpendicularmente ao plano da placa de aquecimento 13) quando esta última está correctamente colocada sobre a base 3 (neste ponto, sobre a placa de aquecimento 13) e a aba 14 fixada na base 3 (neste ponto, ao pé 6) . No presente modo de realização, os meios de imobilização 26 são formados por separadores 26 que são suportados pela superfície inferior da parede anular 23 e que vêm em contacto com a extremidade livre superior 16 da parede lateral 5 da caçarola 2 formando meios complementares de imobilização 16.Esses separadores 26 são realizados numa matéria resistente ao calor (por exemplo num material plástico tal como baquelite). Depois de ter disposto correctamente a caçarola 2 sobre a base 3, a aba 14 é levada à volta da caçarola 2, imobilizando-a num primeiro tempo no plano horizontal por intermédio dos pernos. A fixação da aba 14 à base por travamento dos 7 ganchos 18 nas aberturas 17 arrasta conjuntamente a imobilização vertical da caçarola 2 por intermédio dos separadores que se apoiam na parede lateral 5 desta última. Os separadores 26 permitem igualmente definir o espaço tórico 25.

Além disso, a parede anular 23 constitui uma primeira série de orifícios 27 que a atravessam numa zona situada entre a sua extremidade livre interna 28 e a extremidade livre superior 16 da parede lateral 5 da caçarola 2. Esses orifícios 27 (neste ponto, fendas oblongas abertas 27, quer dizer descarregando na extremidade livre interna 28 da parede anular 23) permitem manter no lugar picos na caçarola durante as operações de cozedura. A parede anular 23 constitui igualmente uma segunda série de orifícios 29 que a atravessam numa zona situada entre a extremidade livre superior 16 da parede lateral 5 da caçarola 2 e a extremidade livre superior 24 da parede lateral 15 da aba 14. Esses orifícios 29 (neste ponto, aberturas oblongas fechadas 29) permitem suspender os picos no espaço anular 21 entre duas operações de cozedura. A extremidade livre 16 das paredes laterais 5 da caçarola e a 24 das paredes laterais 15 da aba 14 (neste ponto, de modo mais exacto, a extremidade livre interna 28 da parede anular 23 da aba 14) definem a abertura superior do aparelho de fondue permitindo a manipulação dos alimentos durante a cozedura. A presente invenção não está limitada ao modo de realização apresentado em detalhe.

Os meios e os meios complementares de encravamento poderiam ser diferentes, poderiam não ser solicitados numa ou noutra da sua posição.

Os meios de desencravamento poderiam ser diferentes, e poderiam, especialmente, não ser solidários com os meios ou meios complementares de encravamento. A aba poderia não ter pernos de centragem, esta funcionalidade podendo estar quer ausente, quer realizada por outros meios, por exemplo pela forma da placa de aquecimento sobre a qual assenta a caçarola. A parede anular poderia não ter separadores de imobilização, e/ou orifícios (tanto para a manutenção no lugar dospicos durante as operações de cozedura como para a sua suspensão entre duas operações de cozedura), e os orifícios de manutenção no lugar poderiam ser orifícios fechados.

Além disso, o aparelho de cozedura poderia não ser um aparelho de fondue, mas qualquer outro aparelho de cozedura compreendendo uma abertura permitindo a manipulação dos alimentos durante a cozedura (quer dizer, aparelhos de cozedura não compreendendo tampas articuladas fechando mais ou menos hermeticamente o recipiente de cozedura). 0 recipiente de cozedura é delimitado por paredes laterais, estas podendo ter uma altura particularmente fraca que no caso o recipiente é então uma marca realizada numa placa, tal como num prato eléctrico de fazer crepes. 9

Mais, a parede de fundo do recipiente de cozedura pode não estar cheia e constituir então orifícios permitindo, por exemplo, a evacuação de gorduras de cozedura.

Lisboa, 25 de Agosto de 2010

Claims (11)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Aparelho de cozedura (1) possuindo uma abertura superior permitindo a manipulação de alimentos durante a cozedura, e compreendendo uma base (3), um recipiente de cozedura (2) que recebe os alimentos para cozer e que assenta sobre a base (3) , e uma aba (14) que é amovível da base (3) e que constitui uma parede lateral (15) fechada cintando o recipiente de cozedura (2) e estendendo-se verticalmente da base (3) até pelo menos à extremidade livre superior (16) da parede lateral (5) do recipiente de cozedura (2), caracterizado por o recipiente de cozedura (2) ser amovível da base (3) e por a parede lateral (15) da aba (14), por um lado, compreender meios de encravamento (17) que estão adaptados a cooperar com meios complementares de encravamento (18) suportados pela base (3) de modo a permitir a fixação livre da aba (14) à base (3), e, por outro lado, suporta uma parede anular (23) constituindo meios de imobilização (26) que cooperam com meios complementares de imobilização (16) de modo a permitir a imobilização do recipiente de cozedura (2) na direcção vertical quando a aba (14) está fixada à base (3) e o recipiente está correctamente colocado sobre a base (3).

2. Aparelho de cozedura (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a parede de fundo (4) do recipiente de cozedura (2) ser uma parede inteira.

3. Aparelho de cozedura (1) de acordo com a reivindicação 2, caracterizado por ser um aparelho de fondue (1) cuja caçarola (2) forma o recipiente de cozedura (2). 2

4. Aparelho de cozedura (1) de acordo com uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por os meios de encravamento (17) serem formados por aberturas (17) adaptadas para receber ganchos (18) que formam os meios complementares de encravamento (18).

5. Aparelho de cozedura (1) de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por a base (3) compreender meios de desencravamento (20) permitindo arrastar os meios complementares de encravamento (18) na sua posição de libertação.

6. Aparelho de cozedura (1) de acordo com a reivindicação 5 dependente da reivindicação 4, caracterizado por os meios de desencravamento (20) serem formados pela superfície exterior (20) dos ganchos (18) atravessando as aberturas (17) .

7. Aparelho de cozedura (1) de acordo com uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por a parede lateral (15) da aba (14) compreender pernos vindo em contacto com a parede lateral (5) do recipiente (2) de modo a centrar este último no plano horizontal e a definir um espaço sensivelmente anular (21) entre a parede lateral (5) do recipiente (2) e a (15) da aba (14) .

8. Aparelho de cozedura (1) de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, caracterizado por a parede anular (23) ser suportada pela parede lateral (15) ao nível da sua extremidade livre superior (24), e estender-se, no plano horizontal, para o interior do 3 recipiente (2), mais longe da extremidade livre superior (16) da parede lateral (5) deste último (2).

9. Aparelho de cozedura (1) de acordo com a reivindicação (8), dependente da reivindicação 7, caracterizado por os meios de imobilização (26) serem formados por separadores (26) vindo em contacto com a extremidade livre superior (16) da parede lateral (5) do recipiente (2) de modo a imobilizar esta última na direcção vertical e a definir um espaço sensivelmente tórico (25) em ligação com o espaço anular (21).

10. Aparelho de cozedura (1) de acordo com uma das reivindicações 8 ou 9, caracterizado por a parede anular (23) constituir uma primeira série de orifícios (27) atravessando-a numa zona situada entre a sua extremidade livre interna (28) e a extremidade livre superior (16) da parede lateral (5) do recipiente (2).

11. Aparelho de fondue (1) de acordo com uma das reivindicações 8 a 10, caracterizado por a parede anular (23) constituir uma segunda série de orifícios (29) atravessando-a numa zona situada entre a extremidade livre superior (24) da parede lateral (15) da aba (14) e a (16) da parede lateral (5) do recipiente (2) . Lisboa, 25 de Agosto de 2010