PT1798160E - Embalagem a vácuo ou atmosfera protectora para a conservação de produtos alimentares que libertam líquido - Google Patents

Description

Descrição

Embalagem a vácuo ou atmosfera protectora para a conservação de produtos alimentares que libertam liquido

Campo de aplicação

Num aspecto mais lato, a presente invenção refere-se ao campo de embalagens com atmosfera modificada ou com vácuo de produtos alimentares através de embalagens feitas de um material plástico.

Em particular, a invenção refere-se a uma embalagem para produtos alimentares compreendendo um tabuleiro feito de um material plástico.

Além disso, a presente invenção também se refere a um tabuleiro a ser usado na embalagem referida anteriormente e a um processo para a preparação desse tabuleiro e dessa embalagem. A expressão "tabuleiro" é usada de agora em diante com o significado de qualquer recipiente que pode ter uma forma diferente de um tabuleiro comum, incluindo ainda um fundo e paredes laterais que terminam numa aresta. A expressão "liquido" é usada de agora em diante com o significado de qualquer liquido libertado por um produto alimentar durante a conservação e/ ou qualquer gás contido na referida embalagem.

Antecedentes da Invenção 0 uso de recipientes feitos de material plástico para a embalagem de produtos alimentares está bastante espalhado, acima de tudo na revenda em supermercados. No caso dos produtos alimentares altamente perecíveis que libertam líquidos, tais como a carne fresca e os produtos piscícolos, é costume aplicar-se um material absorvente de 1/30 celulose ou outra fibra no fundo dos recipientes para evitar a presença de líquidos indesejáveis no tabuleiro e, assim, conservar as características organolépticas dos produtos.

Nos últimos anos, o método referido anteriormente de absorção de exsudação através da aplicação dos materiais absorventes já referidos, foi suplantado pelo uso de recipientes feitos de um material termoplástico expandido, em particular, poliestireno expandido que tem uma estrutura inerentemente porosa e de células abertas, capaz de absorver e/ ou verter a exsudação dos produtos alimentares durante o período da sua conservação e enquanto se encontram em exposição nas lojas de revenda. Esta estrutura porosa é colocada em contacto com o líquido junto do produto alimentar através de fendas ou perfurações feitas na superfície superior, isto é, na superfície virada ata o espaço interior do recipiente, em que os líquidos / exsudação libertados dos produtos alimentares são conduzidos para escorrerem para as células e mantêm-se lá presos.

Também se sabe que a necessidade de alongar, tanto quanto possível, o prazo de validade de produtos alimentares altamente perecíveis, mantendo as suas características organolépticas, nutritivas e de higiene inalteradas, levou ao desenvolvimento de técnicas de embalagens, em que uma embalagem é condicionada a vácuo, ou é-lhe retirado o ar do seu interior e substituído por um gás de mistura apropriado (embalagem de atmosfera modificada).

Exemplos da aplicação destas técnicas de embalagem a vácuo ou de atmosfera modificada podem ser encontrados, por exemplo, nas patentes US 3 574 642, US 5 115 624 e na aplicação internacional WO 97/ 36504. 2/30

Neste respeito, uma técnica actual muito difundida traz-nos o uso de um tabuleiro feito de material plástico expandido que é impermeável a gás através da junção de uma película com propriedades de gás impenetrável com a superfície do tabuleiro. Antes de o selar com uma cobertura com uma película com gás impermeável, leva-se a cabo a substituição do ar dentro da embalagem pelo gás de mistura apropriado.

Nas aplicações que necessitam de absorver a exsudação libertada pelos produtos alimentares, pode usar-se uma plataforma absorvente entre o produto alimentar e o fundo do tabuleiro, o que, no entanto, influencia negativamente os custos de produção, complica as operações de descarte e reciclagem das embalagens após utilização e pode contribuir para a proliferação microbiológica. A Aplicação da Patente WO 00/ 46 125 descreve um tabuleiro com propriedades de absorção, o que é apropriado para a embalagem a vácuo ou embalagem com atmosfera modificada de produtos alimentares que podem libertar líquidos. Esse tabuleiro consiste numa estrutura feita de material plástico de células abertas envolvido em duas películas, das quais pelo menos uma é impermeável aos gases respectivamente aplicados nas superfícies interior e exterior. A película aplicada na superfície interior é interrompida por perfurações de modo a permitir que o líquido penetre para uma determinação secção da estrutura de células abertas na base. De acordo com uma realização do tabuleiro acima mencionado, a dita secção é selada, através da solda das duas películas em locais pré-determinados, de modo a evitar que o líquido no interior passe para a restante estrutura de células abertas do tabuleiro.

No entanto, nas embalagens que usam o tabuleiro acima referido, há uma passagem de gás ao longo das células abertas do material plástico com o tempo, alcançando assim 3/30 um equilíbrio com a atmosfera no exterior do tabuleiro em correspondência com a aresta do tabuleiro. Este fenómeno alcança o efeito indesejado de alterar a atmosfera modificada originalmente incluída dentro do tabuleiro e não permitindo, por isso, o alongamento do prazo de validade do produto alimentar.

Além disso, a realização de uma estrutura de material plástico com células abertas e com duas películas como barreira, implica custos adicionais negligenciáveis assim como a compressão das duas películas, de modo a evitar a difusão de gases livres, embora a aresta limite a absorção a uma secção limitada do tabuleiro. 0 problema técnico na base da presente invenção é o fornecimento de uma embalagem para embalamento a vácuo ou com atmosfera modificada para produtos alimentares susceptíveis de libertar líquidos, que seja eficaz na absorção de fluidos libertados pelos produtos alimentares e que permita manter a atmosfera gasosa no interior, ou o vácuo, antes da sua utilização, de forma substancialmente inalterada.

Resumo da Invenção 0 problema técnico acima referido é resolvido com um tabuleiro de acordo com a reivindicação 1 e uma embalagem de acordo com a reivindicação 17. Os métodos para esse tabuleiro ou embalagem estão apresentados nas reivindicações 21, 22 e 26-28. A expressão “material plástico com propriedades de absorção de líquidos", ou a sua forma abreviada "material plástico absorvente", é usado de agora em diante com significado de qualquer material plástico com uma estrutura porosa ou fibrosa ou com células expandidas, com as células abertas, pelo menos em parte, e de preferência substancialmente ou 4/30 quase todas as células abertas, capaz de conter, quer por absorção e/ ou escorrimento de fluidos, em particular líquidos (exsudação), libertados pelos produtos alimentares enquanto armazenados na embalagem.

De preferência, o material plástico absorvente é seleccionado a partir do grupo, incluindo materiais termoplásticos expandidos, especificamente poliestireno, polipropeno, polietileno, fibras tecidas e não tecidas, plásticos macios e polímeros de uma natureza renovável, tais como polímeros biodegradáveis. A expressão "componente polar" é usada de agora em diante com o significado de qualquer polímero ou aditivo que exiba um comportamento polar e um conteúdo polar adequados (por exemplo, moléculas bipolares), e um factor de perda altamente dieléctrico (geralmente superior a 0, 2 numa frequência de 27, 12 MHz), de tal forma que pode ser aquecido ao aplicar-se radiofrequências.

Na embalagem da invenção, o referido componente polar é seleccionado, de preferência, a partir de um grupo que inclui álcool de vinil etileno (EVOH), acetato de vinil etileno (EVA), polímeros e copolímeros EVA e EVOH, surfactantes, metacrialato etileno (EMA), butacrilato etileno (EBA) e acrilato etil etileno (EEA).

Na embalagem da invenção, a espessura da camada fina referida anteriormente é de 100 a 1500 micrometro, de preferência, 300 a 600 micrometro.

De preferência, a secção perimétrica do referido tabuleiro em que a selagem é levada a cabo através da aplicação de pressão e radiofrequência, é pelo menos uma secção na aresta, de preferência a totalidade da aresta, ou uma secção das paredes laterais. 5/30

Descrição pormenorizada A selagem por radiofrequência ou as técnicas de solda são bem conhecidas desde 1946, com o objectivo de selar materiais termoplásticos com caracteristicas polares, tais como PVC (cloreto de polivinil) , EVA (acetato vinil etileno), APET (tereftalato de polietileno) e PUR (poliuretano). A selagem por radiofrequência (RF), também chamada de selagem de alta frequência ou selagem dieléctrica, é levada a cabo através da aplicação de um campo eléctrico aos materiais termoplásticos, de tal modo que as moléculas (moléculas bipolares) destes materiais são obrigadas a alinharem-se ao campo potencial. A flutuação do campo electrostát ico faz com que as moléculas vibrem e sejam aquecidas por mútua fricção. Nas máquinas de selagem por RF, os materiais plásticos polares são colocados entre dois planos que funcionam como capacitadores e são sujeitos ao campo eléctrico, oscilando a uma frequência de 27, 12 MHz (tal como definido pela padrão da União Internacional de Telecomunicações (ITU)). As camadas são fundidas e seladas através da pressão entre os dois planos. No entanto, a condição necessária para se obter a fusão é a natureza polar dos polímeros usados, o que permite às moléculas vibrarem e gerarem calor quando expostas a um campo electromagnético. Os polímeros não polares que não reagem à RF são, de facto, polipropileno, polietileno e poliestireno, cujo factor de perda dielétrico (ou factor dielétrico de dissipação) é inferior a 0,2 a 27 MHz, e pode ser inferior a 0, 001 em certos casos. Na presente invenção, no entanto, a selagem por RF é levada a cabo para selar camadas de tabuleiros de produtos alimentares que compreendem uma camada substancial de um polímero não polar e não afectado por RF, tal como a camada de materiais 6/30 plásticos absorventes costuma ser, sendo isto alcançado através da inclusão de pelo menos um componente polar na estrutura do tabuleiro.

Neste aspecto, descobriu-se inesperadamente que não só a selagem por radiofrequência pode ser aplicada a esta estrutura, como também na secção selada a fusão e a compactação das camadas que constituem o tabuleiro podem ser obtidas com o colapso substancial da estrutura absorvente até a camada fina estar formada, tendo a camada fina a vantagem de possuir propriedades de barreira de gás eficiente, assim como adequada resistência mecânica. Em particular, pelo menos uma região intermédia continua já foi reconhecida na referida camada fina que define a secção selada, sendo essa região feita de um material compacto que actua como uma barreira eficaz para os gases ou a referida camada fina é completamente feita substancialmente de um material compacto de barreira de gás. Inesperadamente, também qualquer secção que não foi retirada da estrutura absorvente mostrou propriedades de barreira de gás.

Isto permite que uma embalagem possa incluir o referido tabuleiro para reter de forma efectiva a atmosfera originalmente colocada nele a longo prazo, uma vez que impedem os gases de sair através da estrutura de várias camadas do tabuleiro através do material compacto de barreira de gás criado pela selagem através de RF.

De preferência, o tabuleiro da embalagem da invenção inclui uma camada adicional subjacente à referida camada virada para baixo e que é una película ou folha de material plástico não expandidos com buracos ou fendas pelo menos em correspondência com o fundo do tabuleiro. A película não expandida ou folha pode ser composto (de várias camadas) ou não composto (uma única camada). 7/30

Em alternativa, uma película de composto de material plástico com propriedades de barreira de gás pode ser usada em substituição da película não expandida ou folha de material plástico.

Como vantagem, a referida película não expandida ou folha ou a referida película composta de barreira de gás é opaca para poder esconder o líquido absorvido. Por exemplo, a opacidade pode ser alcançada através da inclusão de dióxido de titânio no material plástico.

De preferência, a película ou folha de material plástico expandido é seleccionado a partir de um grupo que inclui poliestireno, poplipropileno, polietileno (PE), polietileno de baixa densidade (LDPE) , polietileno linear de baixa densidade (LLDPE), EVA, polímeros e copolímeros EVA, metalocenos e suas combinações, em particular uma mistura de polietileno e um copolímero EVA. De preferência, em especial uma película composta ou folha composta, compreendendo uma camada de poliestireno não expandido e uma camada de uma mistura de polietileno e um copolímero EVA.

As películas de barreira de gás que formam o lado exterior da camada no tabuleiro, a camada opcional subjacente à camada virada para o interior e a cobertura, são todos, de preferência, uma película com várias camadas compreendendo pelo menos uma camada de barreira de gás de um material plástico, uma camada de um material termoplástico e uma camada exterior de selagem. É evidente que se podem acrescentar camadas adicionais com o objectivo de conferir as características mecânicas e de espessura desejadas na película. 0 material que forma a camada de barreira de gás pode ser seleccionado a partir de um grupo que inclui polímeros e 8/30 copolímeros de álcool de vinil etileno (EVOH), nilon, cloreto de polivinilideno (PVDC), poli ou copolíamidos e suas combinações. De preferência, o referido material é um polímero ou copolímero de álcool de vinil etileno e/ ou nilon. 0 material que forma acamada exterior de selagem da película de barreira de gás é seleccionado a partir de um grupo que inclui polietileno (PE) e/ ou seus copolímeros, em particular acetato de vinil etileno (EVA), polipropileno (PP) e seus copolímeros.

As películas de várias camadas fabricadas e vendidas por B-PACK, com uma espessura de 50- 6 0 micrometro e incluindo uma camada de barreira de gás EVOH, uma camada de poliestireno (PS) e uma camada exterior de selagem de polietileno (PE), são exemplos das películas de várias camadas com barreira de gás preferidas.

Outros exemplos de películas de várias camadas com barreira de gás, particularmente preferidas são as películas de várias camadas de barreira LID Cryvoc, com uma espessura de 25 micrometro e incluindo uma camada de barreira EVOH, assim como camadas adicionais compreendendo misturas de polietileno de várias densidades e seus copolímeros.

Na embalagem da invenção, prefere-se uma folha de poliestireno com células substancialmente abertas para o material plástico absorvente. O peso base da folha de poliestireno com células substancialmente abertas encontra-se no âmbito de 150 a 450 g/ m2.

De preferência, pelo menos um surfactante está incluído na referida folha de poliestireno com células substancialmente 9/30 abertas. Isto pode ser feito de forma convencional no processo de fabricação da referida folha. 0 surfactante permite a capacidade de absorver liquidos aquosos através da folha de material termoplástico com células abertas. È por si só um aditivo polar que contribui para a conversão da energia RF em calor, ajudando a fusão do material termoplástico de células abertas e, através da condução, e para a fusão dos materiais das outras camadas dos tabuleiros e possivelmente também do material de cobertura, que estão todos envolvidos na selagem por RF da invenção. 0 surfactante pode ser seleccionado de entre surfactantes convencionais aniónicos, catiónicos e não iónicos e é, de preferência um sal de um ácido sulfónico com a fórmula R-SO3 H ou um éster sulfúrico com a fórmula R- OSO3 H, em que R é seleccionado a partir de um grupo que inclui alquilo e alquilo com um metal alcalino ou um metal alcalino terra.

Um surfactante especialmente preferido para usar na invenção é um sulfonato alifatico vendido por NOVACROME sob a marca registada de HOSTAST SYSTEM E 3904®.

De acordo com uma outra realização preferida da embalagem desta invenção, o tabuleiro inclui uma camada adicional de uma folha de material plástico não expandido e/ ou uma folha de material plástico expandido de células fechadas, em que a referida camada adicional se encontra entre a referida camada virada para dentro formada por uma folha de material plástico absorvente e a referida camada virada para a fora formada por uma película de barreira de gás.

De preferência, o material plástico não expandido da referida camada adicional é poliestireno e/ ou HIPS (poliestireno de grande impacto) ou um copolímero estireno 10/30 butadieno, sendo o material plástico expandido de células fechadas de preferência poliestireno. A embalagem de acordo com esta invenção tem a vantagem de reter a longo prazo a atmosfera originalmente colocada no interior, uma vez que os gases não conseguem difundir-se para o exterior e permite conservar artigos alimentares altamente perecíveis, por exemplo carne de vaca, de porco, frango e filetes de peixe, durante vários dias sem perder de forma apreciável as suas propriedades organolépticas e microbiológicas, e isto enquanto absorve e esconde da vista a exsudação.

Deve salientar-se que na embalagem inventada toda a difusão de gases não restrita através da estrutura porosa ou celular e as suas superfícies cortadas para corresponderem à aresta, é impedida pela estrutura de barreira de gás da camada fina que inclui pelo menos uma região do material compactado, de preferência interposto entre duas películas, das quais pelo menos uma é uma barreira de gás formada ao longo da secção perimétrica da embalagem selada a RF.

Adicionalmente, a película de barreira de gás que constitui a cobertura aplicada à aresta do tabuleiro ou selada por RF da referida aresta permite fechar bem a embalagem, impedindo desta forma qualquer troca de gases com ambiente exterior.

Além disso, na embalagem da invenção, pode retirar-se o ar do tabuleiro interior devido à natureza porosa do material absorvente, por exemplo da estrutura de células abertas da camada de material plástico expandido e, possivelmente ser substituído por atmosfera gasosa de uma composição seleccionada para se adaptar ao artigo alimentar em particular que vai ser embalado. 11/30

Além disso, a absorção dos líquidos libertados pelos produtos alimentares não é levada a cabo pela interposição um excerto de celulose entre o produto e o fundo do tabuleiro, mas pela exploração das propriedades da camada de material plástico absorvente, por exemplo, poliestireno expandido de células abertas contendo um surfactante.

Desta forma, apenas o material plástico do tabuleiro, Isto é, materiais à base de celulose, tais como papel ou cartão não são necessários, o que facilita as operações de disposal ou reciclagem das embalagens após utilização.

Além disso, como a superfície superior da folha de material termoplástico expandido é perfurada, isso permite que os líquidos sejam absorvidos de forma mais eficaz, mesmo quando o tabuleiro fica colocado num ângulo inclinado.

Os métodos preferidos para o fabrico de um tabuleiro de acordo com esta invenção, estão apresentados nas reivindicações 24 a 33. Os métodos preferidos para o fabrico de uma embalagem de acordo com esta invenção estão apresentados nas reivindicações 34 a 37. Já são conhecidas formas de fabricar folhas de papel alumínio ou outras de materiais termoplásticos absorventes a partir da literatura técnica relevante. Para os materiais termoplásticos de células expandidas, refere-se Klempner e Frisch "Handbook of Polymeric Foams and Foam Technology" (Livro prático de espuma polimérica e de Tecnologia de espuma), Cari Hanser Verlag, 1991. Métodos específicos são apresentados em EP- A- 0 090 507, US- A- 3 610 509, EP- A-0 642 907 e EP 0849 309, por exemplo. A ligação da folha de papel de alumínio de material termoplástico absorvente à película de barreira de gás composto (como opção, com uma folha de material não expandido no meio) e à folha não expandida, pode ser levada 12/30 a cabo através de laminaçao a quente, do uso de adesivos ou qualquer outro método convencional.

De maior preferência, é a ligação através de laminação por aquecimento. Por exemplo, no caso de um material termoplástico de células abertas, a folha de material termoplástico de células abertas obtida por técnicas de anelar comum ou de extrusão de cabeça chata, com gáses de expansão injectados, pode inicialmente ter sido laminado por aquecimento até se obter uma película ou folha não expandida por coextrusão ou pós extrusão através de uma técnica conhecido como "revestimento de extrusão", para garantir uma primeira folha composta.

Esta primeira folha composta é perfurada num dos lados e laminada no outro lado, quer em linha ou fora de linha, com uma película de barreira de gás composta para produzir uma segunda folha composta perfurada. Esta última laminação é, de preferência levada cabo sob uma temperatura de cerca de 185° - 210° C, enquanto a folha de material termoplástico de células abertas é laminada com uma película ou folha não expandida sob uma temperatura preferida de 160 - 180° C.

Como alternativa, a referida primeira folha composta perfurada pode ser laminada, no lado não perfurado, com uma folha de alumínio de um material composto não expandido, tal como poliestireno e a laminação resultante pode ser sujeita a uma laminação sucessiva com uma película de barreira de gás composto sobre a superfície livre da folha de material não expandido, obtendo-se assim uma terceira folha composta perfurada.

As perfurações ou fendas na película ou folha de alumínio não expandida e a folha de material termoplástico de células abertas pode ser formada de modo convencional através de máquinas perfuradoras, por exemplo. Elas são 13/30 úteis para permitir que o liquido libertado pelo produto alimentar contido no tabuleiro passe para a folha de alumínio de material termoplástico de células abertas. 0 tabuleiro é moldado de modo convencional, de preferência através de enformação térmica da segunda folha composta perfurada ou da terceira folha composta perfurada com uma tinta especialmente dada a uma temperatura de cerca de 160° - 220° C. Em particular, as operações de enformação térmica referida anteriormente, podem ser levadas a cabo de forma sequencial numa única pintura ou várias pinturas com métodos convencionais, por exemplo, por aspiração, ar comprimido injectado, métodos mecânicos, etc. O tabuleiro é selado ao longo de uma secção perimétrica, de preferência, uma secção de aresta ou toda a aresta ou uma secção das paredes laterais através da aplicação de pressão e rádio frequência. Neste processo, o tabuleiro é primeiro colocado numa cavidade num molde apropriado e depois pressionado contra a secção a ser selada enquanto está em contacto com eléctrodo com um formato apropriado que é pré aquecido e uma temperatura apropriada para selagem e depois exposto a energia de rádio frequência. A combinação certa do tempo de aplicação do campo de electricidade, energia e pressão irá pôr os componentes polares (polímeros e/ ou aditivos) a vibrar, para gerar e propagar o calor através da espessura da secção perimétrica a selar do tabuleiro, incluindo assim a fusão dos tabuleiros e o colapso substancial da estrutura absorvente da folha de material termoplástico (por exemplo, um material termoplástico de células abertas) para um tabuleiro fino constituído por um material essencialmente compacto ou com pelo menos uma área definida de material essencialmente compacto.

De preferência, durante o processo de selagem por RF da invenção, são aplicadas frequências de cerca de 1 a 300 14/30 MHz, de preferência de 27, 12 MHz, durante cerca de 0,5 - 2 segundos, e a pressão aplicada à referida secção é de 10 a 1 000 kg/ cm2, com o eléctrodo a ser pré aquecido a uma temperatura de cerca de 30° a 90° C. A embalagem pode ser feita através do uso de processos conhecidos neste meio, por exemplo na Patente Americana N° 5 744 181.

Nestes processos conhecidos, um produto alimentar a ser embalado, é colocado no fundo do tabuleiro após o passo de selagem por RF e o tabuleiro é selado sob vácuo ou atmosfera protectora. A seguir, uma película de um material plástico composto que forma uma barreira de gás é ligada à aresta do tabuleiro, de preferência, selado por aquecimento.

Numa outra realização, o passo de selagem por RF pode também afectar a película de barreira a partir da qual a cobertura do tabuleiro é formada, sendo a selagem aqui levada a cabo como parte do processo de fabrico da embalagem. Deste modo, os custos de produção podem ser apreciavelmente reduzidos e a embalagem de acordo com a invenção pode ser completada em menos tempo.

Nesta ligação, um produto alimentar a ser embalado, é colocado no fundo do tabuleiro antes do passo de selagem a RF perimétrica e o tabuleiro é selado de forma perimétrica na aresta, sob vácuo e uma atmosfera protectora com uma película de barreira de gás que constitui a cobertura através de um processo de rádio frequência. A embalagem da invenção pode ser uma embalagem a vácuo ou com uma atmosfera modificada. A atmosfera modificada é alcançada através da vacuolização, seguida de uma injecção de gases inertes, tais como nitrogénio e dióxido de carbono ou de misturas contendo oxigénio, tal como é requerido para 15/30 o tipo de produto alimentar que é embalado para conservação a longo prazo.

As caracteristicas e vantagens da invenção tornar-se-ão mais claras após a leitura da seguinte descrição das realizações preferidas desta embalagem para produtos alimentares e dos exemplos de embalamento de produtos alimentares que libertam líquidos, sendo a descrição e os exemplos ilustrativos e de modo nenhum limitativos e fazendo referência às imagens em anexo.

Breve Descrição das Imagens

Nas imagens: A Figura 1 é uma vista de perspectiva de uma embalagem de acordo com a invenção; A Figura 2 é uma vista de secção da embalagem representada na Figura 1, tirada ao longo da linha II - II; A Figura 3 é uma vista de pormenor ampliada do tabuleiro representado na Figura 2; A Figura 4 é uma vista de secção de uma embalagem de acordo com outra realização da invenção; A Figura 5 é uma vista de pormenor ampliada do tabuleiro representado na Figura 2;

As Figuras 6 à 9 são vistas de secção fragmentadas da embalagem de acordo com outra realização da invenção; A Figura 10 é uma representação gráfica da taxa de mudança na composição da atmosfera modificada colocada no interior de uma embalagem antiga, a longo prazo; A Figura 11 é uma representação gráfica da taxa de mudança na composição de uma atmosfera modificada colocada no interior de uma embalagem de acordo com a invenção, a longo 16/30 prazo, em que o tabuleiro foi selado por RF substancialmente à volta de toda a aresta; e

As Figuras 12 e 13 são micrográficos electrónicos de secções ampliadas 100 vezes, tirados através das áreas seladas das embalagens de acordo com a invenção.

Descrição pormenorizada

Com referência às Figuras 1 a 3, uma embalagem de acordo com a invenção é representada para incluir um tabuleiro 1 e uma cobertura 2. O tabuleiro 1 tem um fundo 3 adaptado para receber um produto alimentar 4 antes de embalado e tem paredes laterais 5 que terminam numa aresta protuberante 6, tendo a aresta 6 uma extremidade 6a. A estrutura do tabuleiro compreende uma folha 7 de poliestireno expandido com células substancialmente abertas, cujo lado superior está tapado por uma pelicula não expandida 8 de várias camadas (compreendendo uma camada de poliestireno e uma camada de selagem que consiste numa mistura de polietileno e um copolimero EVA) e cuja superfície inferior está tapada por uma película 9 de várias camadas que comporta uma camada 9 de EVOH ou nilon com barreira de gás. A película 8 é formada por vários buracos 10 com um diâmetro pré-determinado e chegando a uma profundidade pré-determinada na espessura da folha 7 de poliestireno expandido colocada por baixo, permitindo assim ao líquido libertado do produto alimentar, neste caso, carne de vaca, porco ou pedaços de frango, entrar para as células substancialmente abertas da folha 7 através dos referidos buracos 10. 17/30

Em particular, a estrutura das células abertas da folha 7 tem uma rede espessa de vasos capilares que intercomunicam entre as células individuais e permitem que estas recebam e mantenham o liquido que passa pelos referidos buracos 10.

Assim, o liquido fica preso numa espécie de esponja e, devido ao forte efeito capilar das canalizações no liquido, o liquido é impedido de voltar para trás para a superfície superior a partir do fundo 3 do tabuleiro 1 através dos buracos 10, mesmo quando o tabuleiro é sacudido ou virado ao contrário.

Esta penetração do líquido também é ajudada pela presença de um surfactante na espessura da folha 7, sendo que o surfactante reduz significativamente a repulsão de água do material plástico, aumentando assim as forças adesivas entre o líquido e o sólido (material plástico), até ao ponto em que as forças coesivas das moléculas no líquido são ultrapassadas e o líquido pode entrar na estrutura de células substancialmente abertas da folha 7 através dos buracos 10.

De acordo com esta invenção, a embalagem é selada perimetricamente através de uma aplicação de rádio frequência e de pressão à volta da aresta 6 do tabuleiro 1 antes da cobertura 2 ser colocada. Deste modo, a aresta 6 terá a forma de uma camada fina de barreira de gás 11 com pelo menos uma área com uma substância substancialmente compacta que se alonga a toda a volta do perímetro da aresta, sendo a estrutura compacta o resultado dos materiais da folha 7 e das películas superior e inferior 8 e 9 que ficam fundidas sob o calor gerado pelo movimento vibratório das moléculas dos componentes polares expostos a rádio frequência. 18/30

Ao colocar-se a referida camada fina de acordo com a invenção, os gases que passam através da estrutura porosa das células abertas do tabuleiro 1 são impedidos de se difundir para o exterior. A cobertura 2 consiste numa película de barreira de várias camadas e está ligada ao tabuleiro através de selagem por aquecimento de modo a formar uma ligação permanente ao material da aresta 6 do tabuleiro 1.

Esta cobertura 2 é instalada no final do processo de embalamento, após se retirar o vácuo e/ ou após se modificar a atmosfera no interior do tabuleiro 1 que contém o produto alimentar 4.

As Figuras 4 a 10 representam outras realizações da embalagem de acordo com a invenção. Ao longo destas Figuras, os elementos estruturais comuns ou que são funcionalmente equivalentes aos elementos da embalagem representada nas Figuras 1 a 3, têm os mesmos numerais de referência.

Em particular, a embalagem da invenção representada nas Figuras 4 e 5 difere daquela representada nas Figuras 1 a 3, na medida em que o tabuleiro 1 inclui adicionalmente uma folha de alumínio 7a de material plástico expandido de células fechadas, de preferência poliestireno disposto entre a folha de poliestireno de células abertas e a película de barreira de gás 9. A aresta 6 tem a forma de uma camada fina de barreira de gás 12, em que pelo menos uma área tem uma estrutura substancialmente compacta que se alonga à volta do perímetro da aresta, originando esta estrutura compacta a partir da fusão dos materiais que compreendem a folha de poliestireno de células abertas 7, a folha de plástico expandido de células fechadas 7a e películas superior e inferior 8 e 9, sob o calor gerado 19/30 pela vibraçao das moléculas nos componentes polares expostos a rádio frequência. A embalagem parcialmente representada na Figura 6 difere daquelas representadas nas Figuras 1 a 3 na medida em que a selagem por rádio frequência é feita ao longo da secção perimétrica 13 das paredes laterais 5 do tabuleiro 1. Nesta realização, o que é formado ao longo da secção perimétrica 13 das paredes laterais 5 é uma camada fina de barreira de gás 14 que inclui pelo menos uma área perimétrica com uma estrutura substancialmente compacta e resultando esta estrutura compacta da fusão dos materiais que compreendem a folha 7 e as películas superior e inferior 8 e 9, induzidas pelo calor gerado pela vibração molecular nos componentes expostos a rádio frequência.

Ambas as embalagens representadas nas Figuras 7 e 8 diferem daquelas representadas nas Figuras 1 a 3 na medida em que a selagem por rádio frequência é feita ao longo de uma secção perimétrica da aresta 6 do tabuleiro, em vez de à volta de toda a aresta 6. Em particular, na embalagem representada na Figura 7, a selagem por RF é realizada de forma perimétrica numa extremidade interior da aresta 6 para formar uma camada fina de barreira de gás 15, enquanto que na embalagem representada 8, a selagem é realizada de forma perimétrica ao longo de uma secção substancialmente central da aresta 6 de modo a formar uma camada fina de barreira de gás 16.

Neste caso, a película de barreira que constitui a cobertura 2 ligada ao tabuleiro 1 através de selagem por aquecimento fica permanentemente ligada à aresta 6 em correspondência à película superior 8 do tabuleiro e, opcionalmente também ao longo das secções de selagem (tal como está representado nas Figuras 7 e 8). 20/30 A embalagem parcialmente representada na Figura 9 difere daquela representada nas Figuras 1 a 3 na medida em que a selagem por rádio frequência realizada ao longo da aresta 6 do tabuleiro 1 também afecta uma secção perimétrica da película de barreira de gás que constitui a cobertura 2. Nesta realização, a aresta 6 é uma camada fina de barreira de gás 18 que tem pelo menos uma área com uma estrutura substancialmente compacta, resultando esta estrutura da fusão dos materiais que constituem o tabuleiro 1 (folha de poliestireno de células abertas 7 e películas superior e inferior 8 e 9), e da película de barreira que constitui a cobertura 2, sob o aquecimento gerado pelo movimento vibratório das moléculas dos componentes polares expostos a rádio frequência.

Adicionalmente às vantagens anteriormente referidas, a embalagem da invenção tem a vantagem de absorver os líquidos produzidos pelos produtos alimentares através de toda a superfície interior do tabuleiro, devido a este conter uma estrutura em que uma camada absorvente intermédia compreende de preferência uma folha de um material termoplástico com células substancialmente abertas.

Exemplo 1

Usando um procedimento, tal como é descrito na aplicação EP 0 849 309, prensou-se uma mistura especialmente preparada para fornecer uma folha de poliestireno expandido com células substancialmente abertas (acima de 80%), com um peso (gramas por metro quadrado) de 350 g/ m2, uma espessura de 4,5 mm e uma densidade de 60 g/ 1. A folha referida anteriormente foi transferida de imediato para um posto de laminação por aquecimento, onde uma película de material não expandido opaco composto por duas 21/30 camadas, nomeadamente, uma camada de poliestireno e uma camada de selagem formada por uma mistura de polietileno e um copolímero EVA, e tendo uma espessura de 50 mícron, foi ligada a uma superfície de ligação da folha através de laminação a uma temperatura de 160° C. Em particular, a fase de ligação através de laminação por aquecimento foi levada a cabo através da camada de selagem virada para a superfície de ligação da folha de poliestireno expandido com células abertas. A folha composta dai resultante foi perfurada através da superfície livre da película não expandida usando um conjunto de agulhas de metal, em parte da folha de poliestireno expandido de células abertas.

Uma película de barreira opaca branca com várias camadas, feita do tipo PE // EVOH // PS por B- Pack e com uma espessura de 60 mícron, foi depois ligada à superfície livre da folha para produzir uma folha composta expandida e perfurada. A última fase referida de laminação foi levada a cabo a uma temperatura de 17 0°C e com uma taxa de alimentação de 15 m/ min.

Por fim, a folha composta expandida perfurada foi transferida para uma máquina de moldagem a quente, onde foi pré-aquecida a uma temperatura média de 2 0 0° C para a subsequente transferência para o molde de formação por calor logo que se obteve um tabuleiro semi-acabado. O tabuleiro semi-acabado foi levado uma selagem por RF que incluiu um molde inferior com uma folha dieléctrica isolante de Mylar, onde o tabuleiro foi correctamente posicionado no interior e um molde superior formou um eléctrodo de bronze que foi mantido a uma temperatura de 60° C e com uma geometria própria para selar nas arestas. A fase de selagem das arestas por RF foi depois levada a cabo usando-se uma pressão de 55 kg/ cm2, tal como é medido na aresta do tabuleiro e com uma rádio frequência de 27, 12 22/30 MHz aplicada à aresta do tabuleiro semi-acabado durante 2 segundos, em que depois a aresta opaca do tabuleiro foi deixada a arrefecer durante 3 segundos. A operação de selagem foi feita a 5 ciclos/ min, e a espessura da aresta mostrou ter encolhido até aos 300 micron após a selagem. O tabuleiro com a aresta selada dai resultante foi de seguida sacudido e transferido para uma máquina de embalamento que está equipada com uma câmara, tendo a câmara um molde apropriado e preparado para deixar entrar ou sair o ar e/ ou deixar entrar um gás de mistura.

Após colocar o produto alimentar para ser embalado dentro do tabuleiro, colocou-se o tabuleiro na referida câmara juntamente com uma cobertura por cima. A cobertura consistiu numa película de barreira com várias camadas do tipo de PET/ EVOH/ PE com uma espessura de 45 micron. A câmara foi depois fechada e o ar interior foi removido com a aplicação de uma pressão reduzida de 1- 4 milibares. Uma mistura de gás compreendendo 70% de oxigénio e 30% de dióxido de carbono foi depois injectada na câmara.

Para completar a fase de injectar o referido gás na câmara, a cobertura foi selada a calor na aresta do tabuleiro para produzir uma embalagem de acordo com a invenção.

As propriedades de permeabilidade do gás do tabuleiro da embalagem de acordo com a invenção foram avaliadas através da monitorização do comportamento, durante um período de tempo, da composição gasosa originalmente introduzido na embalagem. Estas propriedades já foram comparadas com as de um tabuleiro de uma embalagem absorvente de gás de barreira convencional.

Em particular, a embalagem convencional compreendia um tabuleiro com uma estrutura porosa dirigida para absorver 23/30 líquidos e uma cobertura feita de uma película de gás de barreira. Em particular, a estrutura do tabuleiro incluía uma camada de poliestireno expandido de células abertas ligada no topo e no fundo às películas correspondentes de gás de barreira interiores e exteriores. Além disso, o tabuleiro foi selado perimetricamente no fundo com uma combinação de pressão e ultra-sons para formar um espaço para os fluidos entre as películas de gás de barreira exteriores e interiores, adaptadas para absorver e manter os líquidos libertados afastados dos produtos alimentares. Cada película de barreira desta embalagem anterior era uma película de barreira de várias camadas do tipo PE/ EVOH/ PS. A embalagem convencional foi injectada com a mesma composição de gás que foi usada na embalagem de acordo com a invenção. A composição de gás foi medida a intervalos de tempo pré determinados em cada embalagem através de uma medida percentual de oxigénio e de dióxido de carbono do modelo tipo Check Mate 9900 Dansensor.

Os resultados, para o tabuleiro da embalagem convencional, estão apresentados na Tabela 1 a seguir e ilustrados no gráfico da Figura 10, os resultados do tabuleiro da embalagem desta invenção estão representados na Tabela 2 a seguir e ilustrados no gráfico da Figura 11.

Tabela 1

Permeabilidade do gás no tabuleiro da embalagem convencional Tempo (dias) 02 (%) co2 (%) 0 66,3 28, 7 1 55,3 22,1 3 49,5 19,2 5 35, 2 12, 7 24/30 7 30,8 03 10 27,3 6,4

Tabela 2

Permeabilidade do gás do tabuleiro da embalagem de acordo com a invenção Tempo (dias) 02 (%) C02 (%) 0 65, 8 30,8 1 63,1 26,2 3 63,0 26,5 5 62,9 26,1 7 64,5 25, 1 10 63,6 24, 9

Pode ver-se nas Tabelas anteriores que ambas as embalagens mostram tipicamente uma primeira alteração na composição da mistura após as primeiras horas de embalagem, o que se deve ao facto de a mistura ser diluída com o ar residual na estrutura porosa de células abertas. Subsequentemente, a composição da atmosfera dentro da embalagem de acordo com a invenção permanece, vantajosamente, inalterada a longo prazo, para confirmar a eficácia da operação de selagem da aresta no tabuleiro de acordo com a invenção.

Em contraste, a embalagem convencional revela uma alteração progressiva e perda da atmosfera de gás originalmente colocada no seu interior, sugerindo assim a ocorrência de uma quase constante efusão de gases do interior da estrutura do tabuleiro poroso para o exterior, apesar da presença da selagem perimétrica no fundo do tabuleiro. A Figura 12 representa um micrográfico electrónico ampliado a 100X de uma secção da aresta do tabuleiro na embalagem da 25/30 invenção referida anteriormente. Pode ver-se que a estrutura da aresta forma um material compacto continuo par dentro do qual a estrutura original de células abertas mostra ter substancialmente caído. Deste modo, os gases difundidos para dentro da estrutura porosa do tabuleiro encontram-se com uma estrutura compacta ao longo da aresta que irá impedi-los de passar para o tabuleiro exterior. A Figura 13 representa uma micrográfico electrónico ampliado a 100X de uma secção da aresta do tabuleiro numa outra embalagem da invenção. Pode ver-se nesta secção da aresta que a estrutura inclui duas áreas A e B entre as películas interior e exterior que são constituídas por células fechadas e uma área central C intermédia às referidas áreas A e B, que é formada por material compacto. Surpreendentemente, também as células fechadas das áreas A e B são impermeáveis à difusão do gás, quando que as propriedades de permeabilidade do gás do tabuleiro nesta embalagem são totalmente comparadas com aquelas na Tabela 2 e da Figura 11. Isto revela que uma fusão parcial da estrutura das células abertas (neste exemplo, a sua área central) pode ser adaptada para produzir o desejado efeito de barreira de gás para difundir o gás no exterior do tabuleiro e a atmosfera modificada no seu interior.

Exemplo 2

Foi feito um tabuleiro semi-acabado usando o mesmo procedimento do Exemplo 1. 0 tabuleiro semi-acabado foi transferido para uma máquina de embalamento cuja câmara está equipada com um molde inferior, na qual se posiciona correctamente o tabuleiro semi-acabado, sendo o molde inferior fornecido com uma folha dieléctrica isolante de Mylar, um molde superior que consiste num eléctrodo de bronze pré-aquecido a uma temperatura de 50° C e com uma geometria apropriada para permitir a selagem da aresta do 26/30 tabuleiro e as portas para puxar o ar para fora e/ ou deixar entrar uma mistura de gás.

Após colocar o produto alimentar a ser embalado dentro do referido tabuleiro semi-acabado, o tabuleiro semi-acabado foi transferido para a referida câmara juntamente com uma cobertura sobre esta. A cobertura consiste numa película de barreira de várias camadas do tipo PET/ EVOH/ PE com uma espessura de 45 mícron. A câmara foi depois fechada e foi-lhe retirado o ar interior através da aplicação de pressão reduzida de 1- 4 milibares. A seguir, injectou-se na câmara uma mistura de gás compreendendo 70% de oxigénio e 30% de dióxido de carbono.

Após terminar a fase de injecção do referido gás na câmara, a referida cobertura foi selada por RF na aresta do tabuleiro, obtendo-se uma embalagem de acordo com a invenção.

Em particular, o processo de selagem por RF para a aresta do tabuleiro e da cobertura foi levada a cabo sob uma pressão de 55 kg/ cm2, tal como foi medido na aresta selada, de tal modo que a aresta do tabuleiro e a película da cobertura sobre a aresta foram pressionadas e ficaram juntas, enquanto a energia da radiofrequência foi distribuída a 27, 12 MHz por 2 segundos, enquanto a seguir se deixou arrefecer a embalagem da invenção durante 3 segundos. A operação de selagem foi feita a 7 ciclos/ min. e a espessura combinada da aresta do tabuleiro e da cobertura revelaram ter encolhido até aos 320 mícron após a selagem.

Uma embalagem desta invenção, construída como se descreve anteriormente, tem excelentes capacidades de retenção no que respeita à atmosfera modificada originalmente colocada 27/30 no seu comparadas invenção d Lisboa, 29 interior , sendo essas capacidades amplamente com aquelas da embalagem de acordo com a Lscutida no Exemplo 1. de Março de 2010 28/30 expandida tem buracos ou ranhuras (10) colocadas ao longo de pelo menos parte da espessura da folha (7) de material plástico absorvente por baixo;

Moldar a folha composta perfurada no tabuleiro (1) com um fundo (3) e paredes laterais (5) que terminam numa aresta saliente (6), em que a referida pelicula composta de gás de barreira (9) define uma camada inferior do referido tabuleiro (1);

Selar o tabuleiro (1) que contém o produto alimentar (4) sob vácuo ou uma atmosfera modificada ao colocar uma cobertura feita a partir de uma pelicula composta de gás de barreira de material plástico sobre o referido tabuleiro (1) e ao aplicar-se uma pressão entre 10 e 1000 kg/ cm2 medido na selagem da aresta e rádio frequência compreendida no âmbito de 1 a 300 MHz, de preferência 27,12 MHz e durante um periodo de tempo de 0,5 a 2 segundos em pelo menos uma secção perimétrica da aresta do tabuleiro (16) e a pelicula de gás de barreira da cobertura (2) sobre a referida secção perimétrica da aresta do tabuleiro (16), de modo a obter uma camada fina de gás de barreira (12) com pelo menos uma área intermédia de um material essencialmente compacto e com uma espessura de 100 a 1500 micron, de preferência 300 a 600 micron.

Lisboa, 29 de Março de 2010 29/30

Claims (28)

1. Reivindicações 1. Um tabuleiro (1) para embalagem a vácuo ou com atmosfera modificada para produtos alimentares susceptíveis de libertar fluidos, tendo o tabuleiro (1) um fundo (3) e paredes laterais (5) que terminam numa aresta (6) e que compreende duas camadas (7, 9) das quais uma camada virada para o interior (7) compreende uma folha de material plástico com a capacidade de absorver líquidos libertados pelos referidos produtos alimentares, com buracos ou ranhuras (10) em pelo menos uma parte da superfície superior, e uma camada virada para o exterior (9) constituída por uma película de material plástico com propriedades de gás de barreira; pelo menos uma das referidas camadas (7, 9) do tabuleiro contém pelo menos um componente polar, caracterizado pelo facto de uma secção perimétrica do referido tabuleiro (6; 13) ser selada através da aplicação de rádio frequência e pressão, de tal modo que as camadas individuais ficam, pelo menos em parte, fundidas na referida secção perimétrica e a estrutura absorvente cai para uma fina camada de gás de barreira (11; 12; 14; 15; 16) com pelo menos uma área intermédia formada essencialmente por material compacto, sendo a espessura da referida camada fina de gás de barreira (11; 12; 14; 15; 16) de 100 a 1500 mícron, de preferência de 300 a 600 mícron.
2. 2. Um tabuleiro (1) de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo facto de a referida secção perimétrica onde se efectua a selagem através da aplicação de rádio frequência e pressão, ser constituída por pelo menos uma secção em aresta, de preferência, toda a aresta (6) do tabuleiro ou uma secção (13) das paredes laterais. 1/12
3. 3. Um tabuleiro (1) de acordo com as reivindicações anteriores, caracterizado pelo facto de, no referido componente polar se seleccionar um grupo que inclui álcool vinil de etileno (EVOH), acetato vinil de etileno (EVA), polímeros e copolímeros EVA e EVOH, surfactantes, EMA, EBA e EEA.
4. 4. Um tabuleiro (1) de acordo com as reivindicações anteriores, em que o referido material plástico com propriedades de absorção de líquidos ser seleccionado de um grupo que inclui materiais termoplásticos expandidos, em particular poliestireno, polipropeno, polietileno, fibras tecidas ou não tecidas, materiais macios de plástico e polímeros de natureza renovável ou polímeros biodegradáveis.
5. 5. Um tabuleiro (1) de acordo o referido material plástico para fluidos é poliestireno abertas. com a reivindicação 4, em que com propriedades de absorção com células substancialmente
6. 6. Um tabuleiro (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a referida camada virada para o interior (7) inclui pelo menos um surfactante.
7. 7. Um tabuleiro (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, compreendendo ainda uma camada (8) subjacente à referida camada virada para o interior (7) do tabuleiro (1) e sendo constituída por uma película de folha não expandida, de um componente apenas ou um material 2/12 plástico composto, ou uma película composta com propriedades de gás de barreira com buracos ou ranhuras (10), pelo menos atravessado no referido fundo (3).
8. 8. Um tabuleiro (1) de acordo com a reivindicação 7, em que a referida película ou folha não expandida ou película composta com propriedades de gás de barreira formando a camada (8) subjacente à camada virada para o interior, é opaca.
9. 9. Um tabuleiro (1) de acordo com as reivindicações 7 ou 8, em que a película ou folha expandida pode ser composta ou não composta e o material plástico da referida película ou folha não expandida é seleccionado de um grupo que inclui poliestireno, polietileno (PE), polipropileno (PP), metalocenos, polietileno de baixa densidade (LDPE), polietileno de baixa densidade linear (LLDPE), ERA, polímeros e copolímeros EVA, metalocenos e suas combinações.
10. 10. Um tabuleiro (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, em que a referida película composta de gás de barreira é constituída por uma película de várias camadas, que compreende pelo menos uma camada de gás de barreira de um material plástico e pelo menos uma camada de um material termoplástico.
11. 11. Um tabuleiro (1) de acordo com a reivindicação 10, em que o material plástico da referida camada de gás de barreira é seleccionado a partir de um grupo que inclui 3/12 polímeros e copolímeros de álcool de vinil etileno (EVOH), nilon, cloreto de polivinilideno (PVDC), poli ou copolíamidos e suas combinações.
12. 12. Um tabuleiro (1) de acordo com a reivindicação 11, em que o referido material de plástico é um polímero ou copolímero de álcool de vinil etileno ou é nilon.
13. 13. Um tabuleiro (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores 10 a 12, em que as referidas películas compostas de gás de barreira são formadas a partir do mesmo material de plástico.
14. 14. Um tabuleiro (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores, compreendendo ainda uma camada adicional (7a) que consiste numa folha de material plástico não expandido e/ ou uma folha de material plástico expandido de células fechadas, sendo a referida camada adicional (7a) colocada entre a referida camada virada para o interior (7) constituída por uma folha de material plástico absorvente e a referida camada virada para o exterior (9) constituída por uma película de gás de barreira.
15. 15. Um tabuleiro (1) de acordo com a reivindicação 14, em que o referido material plástico expandido é poliestireno. 4/12
16. 16. Uma embalagem a vácuo ou com atmosfera modificada para produtos alimentares susceptiveis de libertar fluidos, compreendendo a embalagem: Um tabuleiro (1) de acordo com as reivindicações anteriores; Um produto alimentar (4) susceptivel de libertar fluidos para o fundo (3) do referido tabuleiro (1); Uma cobertura (2) para o referido tabuleiro e que consiste numa película de gás de barreira de um material plástico que adere à aresta do tabuleiro (6), de modo a manter o vácuo ou uma atmosfera modificada dentro da embalagem.
17. 17. Uma embalagem a vácuo ou com atmosfera modificada para produtos alimentares susceptiveis de libertar fluidos, compreendendo a embalagem: Um tabuleiro (1) feito de material plástico que inclui um fundo (3) e paredes laterais (5) que terminam numa aresta (6), compreendendo o tabuleiro pelo menos duas camadas (7, 9) das quais uma camada virada para o interior (7) compreende uma folha de material plástico efectivo para absorver fluidos libertados pelos produtos alimentares e com ranhuras ou buracos (10) em pelo menos parte da superfície superior e uma camada virada para o exterior (9) e feita de uma película de material plástico com propriedades de gás de barreira; Um produto alimentar (4) susceptivel de libertar fluidos para o fundo (3) do referido tabuleiro (1); Uma cobertura (2) para o referido tabuleiro e que consiste numa película de gás de barreira de um material plástico selada pelo menos a uma secção perimétrica da aresta do 5/12 tabuleiro (6) de modo a manter o vácuo ou uma atmosfera modificada dentro da embalagem; Pelo menos uma das camadas do tabuleiro (7, 9) e/ ou a referida cobertura (2) compreende um componente polar, caracterizado pelo facto de a referida cobertura (2) estar selada a pelo menos uma secção perimétrica da aresta (6) do referido tabuleiro através da aplicação de pressão e rádio frequência de modo a que as camadas individuais (7, 9) do tabuleiro (1) e a cobertura (2) fiquem pelo menos parcialmente fundidas a pelo menos uma secção perimétrica da aresta e a estrutura absorvente possa cair substancialmente para uma camada fina de gás de barreira (18) com pelo menos uma área intermédia de um material essencialmente compacto; A espessura da referida camada de gás de barreira (18) tem um alcance de 100 a 1500 micron, de preferência 300 a 600 micron.
18. 18. Uma embalagem de acordo com a reivindicação 17, caracterizado pelo facto de a referida embalagem, em pelo menos uma secção perimétrica da aresta do tabuleiro (6), em que a selagem da cobertura é feita através da aplicação de rádio frequência, ser constituída por toda a aresta do tabuleiro (6).
19. 19. Uma embalagem de acordo com qualquer uma das reivindicações 16 a 18, compreendendo ainda uma camada (8) colocada na referida camada virada para o interior (7) e constituída por uma película ou folha não expandida, quer de um componente apenas, quer de um material plástico composto com propriedades de gás de barreira, com buracos 6/12 ou ranhuras (10) pelo menos em correspondência com o referido fundo (3).
20. 20. Uma embalagem de acordo com qualquer uma das reivindicações 16 a 20, compreendendo uma camada adicional (7a), constituída por uma folha de material plástico não expandido e/ ou uma folha de material plástico expandido de células fechadas, sendo a referida camada adicional (7a) colocada entre a referida camada virada para o interior (7) constituída por uma folha de material plástico absorvente e a referida camada virada para o exterior (9) constituída por uma película de gás de barreira.
21. 21. Um método para fazer um tabuleiro (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, compreendendo o método as fases de: Fazer uma folha composta perfurada, compreendendo um material plástico absorvente (7), ligada numa superfície a uma película composta de gás de barreira (9) e opcionalmente ligada na superfície oposta a uma película ou folha (8) de um material plástico não expandido, tendo a referida folha de material plástico absorvente (7) e a referida película ou folha não expandida (8) buracos ou ranhuras (10) ao longo de pelo menos uma parte da espessura da referida folha (7) de material plástico absorvente, moldando a folha composta perfurada para dentro de um tabuleiro semi-acabado com um fundo (3) e paredes laterais (5) que terminam numa aresta saliente (6), definindo a referida película composta de gás de barreira (9) a camada inferior do referido tabuleiro semi-acabado; 7/12 Selar uma secção perimétrica (6, 13) do referido tabuleiro semi-acabado através da aplicação de rádio frequência compreendida entre o valor de 1 a 300 MHz, de preferência 27, 12 MHz e uma pressão entre 10 e 1000 Kg/ cm2 medida na aresta de selagem durante um período de tempo de o, 5 a 2 segundos, para moldar, ao longo da secção perimétrica (6, 13) uma camada fina de gás de barreira (11; 14; 15; 16) com pelo menos uma área intermédia de um material essencialmente compacto e com uma espessura de 100 a 1500 mícron, de preferência, 300 a 600 mícron.
22. 22. Um método para fazer um tabuleiro (1) de material plástico de acordo com a reivindicação 14 ou 15, compreendendo o método as fases de: Fazer uma folha composta perfurada, com um material plástico absorvente (7) ligada nas superfícies opostas a uma primeira película ou folha de material plástico não expandido (8) , a uma segunda folha (7a) de um material plástico não expandido e/ ou uma folha de um material plástico expandido de células fechadas, respectivamente, e com uma película composta de gás de barreira (9) ligada à referida segunda folha (7a) de material plástico não expandido e/ ou uma folha de material plástico expandido de células fechadas, tendo a referida primeira película ou folha não expandida (8) buracos ou ranhuras (10) dispostos por pelo menos parte da espessura da folha subjacente (7) de material plástico absorvente; Moldar a folha composta perfurada num tabuleiro semiacabado com um fundo (3) e paredes laterais (5) que terminam numa aresta saliente (6) e em que a referida película composta de gás de barreira (9) define a camada inferior do referido tabuleiro semi-acabado; 8/12 Selar uma secção perimétrica (6) do referido tabuleiro semi-acabado através da aplicação de rádio frequência compreendida no âmbito de 300 MHz, de preferência 27, 12 MHz e uma pressão entre 10 e 1000 Kg/ cm2 medido na aresta de selagem durante um periodo de tempo de 0,5 a 2 segundos, de modo a obter, ao longo da referida secção perimétrica (6), uma camada fina de gás de barreira (12) com pelo menos uma área intermédia de material essencialmente compacto e com uma espessura de 100 a 1500 micron, de preferência 300 a 600 micron.
23. 23. Um método de acordo com a reivindicação 21 ou 22, em que a aplicação da pressão e da rádio frequência durante a fase de selagem é efectuada através da colocação do referido tabuleiro semi-acabado num molde que constitui um eléctrodo inferior, através da pressão da referida secção perimétrica entre o eléctrodo inferior e um eléctrodo superior com uma forma pré-determinada e sendo pré-aquecido a uma temperatura de 30° a 90° C, e através da aplicação de rádio frequência através dos referidos eléctrodos.
24. 24. Um método de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 23, em que a referida secção perimétrica (6; 13) é constituída por pelo menos uma secção da aresta, de preferência toda a aresta (6) do referido tabuleiro semiacabado ou uma secção (13) das referidas paredes laterais (5) do referido tabuleiro semi-acabado (1).
25. 25. Um método de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 25, em que a referida folha (7) de material plástico absorvente é constituída por uma folha de poliestireno com células abertas substancialmente e, como opção, incluindo pelo menos um surfactante. 9/12
26. 26. Um método para fazer uma embalagem para conservar produtos alimentares susceptíveis de libertar fluidos sob vácuo ou uma atmosfera modificada, compreendendo o método as fases de: Fazer um tabuleiro (1) de acordo com qualquer uma das reivindicações 21 a 25; Colocar o produto alimentar a ser embalado no fundo (3) do referido tabuleiro (1); Selar o tabuleiro (1) que contém o produto alimentar sob vácuo ou uma atmosfera modificada através da ligação de uma cobertura (2) constituída por uma película composta de um gás de barreira de um material plástico na aresta (6) do tabuleiro (1), de preferência através de selagem por aquecimento.
27. 27. Um método para fazer uma embalagem de acordo com qualquer uma das reivindicações 17 a 19, compreendendo o método as fases de: Fazer uma folha composta perfurada com uma folha (7) de material plástico absorvente ligada numa das superfícies a uma película composta (9) e, como opção ligada na superfície oposta a uma película ou folha (8) de um material plástico não expandido, tendo a referida folha de material plástico absorvente (7) e a referida película ou folha (8) buracos ou ranhuras (10) ao longo de pelo menos parte da espessura da referida folha (7) de material plástico absorvente; Moldar a folha composta perfurada num tabuleiro (1) com um fundo (3) e paredes laterais (5) que terminam numa aresta 10/12 de saliente (6), em que a referida película composta de gás de barreira (9) define a camada inferior do referido tabuleiro (1); Selar o produto alimentar (4) a ser embalado ao fundo (3) do referido tabuleiro (1); Selar o tabuleiro (1) que contém o produto alimentar (4) sob vácuo ou uma atmosfera modificada ao colocar uma cobertura (2) constituída por uma película composta de gás de barreira de um material plástico no referido tabuleiro (1) e através da aplicação de uma pressão entre 10 e 1000 kg/ cm2 medido na selagem da aresta e rádio frequência compreendida no âmbito de 1 a 300 MHz, de preferência 27,12 MHz e durante um período de tempo de 0,5 a 2 segundos em pelo menos uma secção perimétrica da aresta do tabuleiro (16) e a película de gás de barreira da cobertura (2) subjacente à referida secção perimétrica da aresta do tabuleiro (16 ) , de modo a obter uma camada fina de gás de barreira (12) com pelo menos uma área intermédia de um material essencialmente compacto e com uma espessura de 100 a 1500 mícron, de preferência 300 a 600 mícron.
28. 28. Um método para fazer uma embalagem de acordo com a reivindicação 20, compreendendo o método as fases de: Fazer uma folha composta perfurada (7) de material plástico absorvente ligado na superfície oposta a uma primeira película ou folha (8) de material plástico não expandido, assim como a uma segunda folha (7a) de material plástico não expandido e/ ou uma folha de um material plástico expandido de células fechadas, respectivamente e com uma película composta (9) com propriedade de gás de barreira ligada à referida película de plástico não expandido (7a), em que a referida primeira (8) película ou folha não 11/12 expandida tem buracos ou ranhuras (10) colocadas ao longo de pelo menos parte da espessura da folha (7) de material plástico absorvente por baixo; Moldar a folha composta perfurada no tabuleiro (1) com um fundo (3) e paredes laterais (5) que terminam numa aresta saliente (6), em que a referida pelicula composta de gás de barreira (9) define uma camada inferior do referido tabuleiro (1); Selar o tabuleiro (1) que contém o produto alimentar (4) sob vácuo ou uma atmosfera modificada ao colocar uma cobertura feita a partir de uma pelicula composta de gás de barreira de material plástico sobre o referido tabuleiro (1) e ao aplicar-se uma pressão entre 10 e 1000 kg/ cm2 medido na selagem da aresta e rádio frequência compreendida no âmbito de 1 a 300 MHz, de preferência 27,12 MHz e durante um periodo de tempo de 0,5 a 2 segundos em pelo menos uma secção perimétrica da aresta do tabuleiro (16) e a pelicula de gás de barreira da cobertura (2) sobre a referida secção perimétrica da aresta do tabuleiro (16), de modo a obter uma camada fina de gás de barreira (12) com pelo menos uma área intermédia de um material essencialmente compacto e com uma espessura de 100 a 1500 micron, de preferência 300 a 600 micron. Lisboa, 29 de Março de 2010 12/12