PT1747567E - ''botão rotativo para circuito eléctrico'' - Google Patents

Description

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DESCRIÇÃO "BOTÃO ROTATIVO PARA CIRCUITO ELÉTRICO" A presente invenção refere-se a um botão giratório para um circuito eléctrico, que compreende um corpo próprio para montar um órgão de manobra rotativa, nomeadamente um manipulo ou um rotor comandado por chave, e para alojar uma peça de comando para comutar contactos.

Em tal tipo de botão giratório, o órgão de manobra é provido de uma haste para deslocar a peça de comando, e o corpo serve também de suporte para, pelo menos, um bloco eléctrico de contactos, comutável em resposta à rotação do órgão de manobra, através de pelo menos um cursor de deslocamento axial. 0 órgão de manobra é montado no corpo para girar em torno de um eixo com um movimento angular limitado, a fim de tomar pelo menos duas posições funcionais mantidas ou fugitivas. Os botões giratórios desse tipo são bem conhecidos (ver por exemplo os documentos DE 34 12 518 e DE 35 41 390). O órgão de manobra é ligado em rotação a uma peça de comando de carnes própria para accionar o(s) cursor(es), e o corpo é próprio para receber o manipulo de modo estanque, para servir de suporte aos blocos eléctricos e para alojar a peça de comando e os cursores.

Esses botões têm às vezes o inconveniente de, enquanto o órgão de manobra está colocado numa das suas posições funcionais, um leve esforço exercido sobre esse órgão pode bastar para fazer pular um encaixe de carnes e para comutar o botão de maneira intempestiva. O documento US-A-32473 49 2 descreve um botão giratório de acordo com o preâmbulo da reivindicação 1. A invenção tem como objectivo corrigir, num botão giratório do tipo descrito, os inconvenientes da técnica anterior, propondo para isso um botão que assegura uma guia satisfatória da parte rotativa com o auxilio de meios que prestam ao botão um volume minimo, nomeadamente em altura, e que facilitam a sua montagem.

Um outro objectivo da invenção assenta em propor meios que

permitam melhorar a impermeabilidade de tais botões. A invenção consiste num botão giratório de acordo com a reivindicação 1. A disposição resultante traz a sensibilidade procurada, ao mesmo tempo que mantém um pequeno volume.

Para realizar uma excelente centragem ao nivel da luva, a haste do órgão de manobra e a peça de comando podem apresentar vantajosamente, cada uma delas, uma protuberância cilíndrica que assegura a centragem, na abertura central da luva, do equipamento giratório composto pelo órgão de manobra e pela peça de comando.

Para facilitar a montagem do botão, a peça de comando pode ser montada com o auxílio de formas de engate na haste do órgão de manobra e oferecer um ressalto conexo à sua protuberância, para se aplicar no sentido axial contra uma face de apoio do corpo. 0 anel pode conter - um volume diametral correspondente ao da tina, e 3 - formas de carnes previstas no seu perímetro respectivo, podendo ser dotadas de encaixes que correspondem às posições funcionais mantidas pelo órgão de manobra. O equipamento rotativo, formado pela haste do órgão de manobra e pela peça de comando, pode levar uma junta de lábio de pequeno diâmetro, que coopera em rotação com a abertura central da luva cilíndrica, sensivelmente ao nível da tina.

Entre o colar cilíndrico externo do corpo e a tina, é possível prever um espaço anelar escalonado em relação à tina, que pode alojar um dispositivo de impermeabilidade.

De acordo com uma primeira variante de realização, o dispositivo de impermeabilidade compreende uma coroa de guarda, destinada a reter o anel de sensibilidade e alojada no espaço anelar escalonado do corpo. A cabeça do manipulo pode ser dotada de um rebordo anelar reentrante que vem alojar-se no espaço anelar escalonado do corpo. Assim, o rebordo anelar do manipulo e a coroa de guarda definem, entre si, um primeiro interstício anelar radial entre o colar e o rebordo anelar e um segundo interstício anelar radial entre o rebordo anelar e a saia cilíndrica, formando os dois interstícios em série uma chicana de impermeabilidade. A coroa contribui para formar uma barragem contra a introdução de poeiras, elementos poluentes ou projecções na parte de dentro do corpo do botão giratório, e o conjunto dos dois interstícios impede, nas condições usuais de emprego, de recorrer a uma junta de impermeabilidade de grande diâmetro. 4

De acordo com uma segunda variante de realização, o dispositivo de impermeabilidade pode ser constituído por uma junta de lábio clássica prevista no espaço anelar escalonado.

Com um objectivo de compacticidade, a mola de compressão alojada na tina pode ter vantajosamente uma altura sensivelmente da mesma ordem que a altura da luva cilíndrica. A descrição detalhada que se segue, em referência aos desenhos anexos, ilustra um modo de realização dado a título de exemplo. A figura 1 representa esquematicamente, em perspectiva, um botão giratório de acordo com a invenção, com os seus blocos de contacto. A figura 2 é uma vista em explosão de um botão giratório com posições mantidas. A figura 3 é uma vista esquemática da parte de cima de um botão giratório com posições mantidas de acordo com a invenção.

As figuras 4A a 4D são vistas em corte longitudinal axial, respectivamente de acordo com A-A, B-B, C-C e D-D na figura 3, do botão giratório com posições mantidas da figura 2. A figura 5 é uma vista em perspectiva do anel de sensibilidade utilizado no botão giratório com posições da figura 2. 5 A figura 6 é uma vista inferior do manipulo do botão giratório de acordo com a invenção. A figura 7 é uma vista em explosão de um botão giratório dito com retorno. A figura 8 é uma vista em corte longitudinal axial do botão giratório com retorno da figura 7 de acordo com B'-B' na figura 3. A figura 9 é uma vista esquemática em corte axial de uma forma de realização do botão com posições mantidas. A figura 10 é uma vista em explosão de peças componentes do botão da figura 9. O botão giratório 1', 1' ilustrado nas figuras compreende um corpo 10 que leva um órgão de manobra 20 rotativo em torno de um eixo X. No presente exemplo, o órgão 20 é um manipulo, mas ele pode também ser um tambor accionável por uma chave. O corpo 10 do botão é destinado a ser fixado numa abertura disposta num painel ou numa parede P, por exemplo, com o auxilio de uma base usual de fixação S. Blocos de contactos eléctricos C são solidarizados com o corpo ou a base para ser comutados em função da posição dada ao manipulo 20. O manipulo 20 é montado no corpo com rotação com um movimento angular limitado, a fim de tomar pelo menos duas posições funcionais mantidas ou fugitivas. O corpo 10 do botão apresenta uma parte alta alargada 10a e uma parte baixa de comando mais estreita 10b. A parte baixa 10b do corpo compreende formas rectilineas para guiar cursores 11 que se deslocam em transição, em resposta à 6 rotação do manipulo e sob a acção de uma peça de comando 50 acoplada em rotação ao manipulo. Os cursores 11 deslocam-se paralelamente ao eixo X, para se aplicarem sobre botões próprios nos blocos C. Os botões são empurrados na direcção dos cursores 11 por molas individuais. O manipulo 20 compreende na sua cabeça de preensão 21, embutido nessa última, um indice de visualização 60, que tem como objectivo determinar a posição angular do manipulo. Esse indice 60 vem por exemplo engatar numa fenda formada no plano da cabeça de preensão 21.

Na sequência da descrição, a utilização dos termos "axial", "axialmente", "coaxial" ou "transversal" são definidos em relação ao eixo X supracitado.

Do mesmo modo, os termos "alto", "baixo", "superior", "inferior", "acima", "abaixo" ou termos de sentidos equivalentes devem ser compreendidos em relação ao eixo X supracitado quando esse último é vertical. A parte alargada 10a do corpo é dotada de um colar cilindrico externo 12 e de uma luva cilindrica interna 13, essa última definindo uma abertura central 14. Além disso, o colar 12 e a luva 13 definem entre si uma tina 15, que aloja, num primeiro modo de realização da invenção, uma mola de compressão helicoidal R de eixo X (figuras 2 a 6) ou - num segundo modo de realização, que será descrito mais adiante - uma mola de torção R' (figuras 7 e 8).

No primeiro modo de realização, o corpo 10 compreende um anel de sensibilidade deslizante 30 atraido em transição 7 pela mola de compressão R. A mola de compressão A é aplicada, por um lado, no fundo da tina 15 e, por outro lado, contra o anel de sensibilidade 30 para atrair esse último em sentido axial. O manipulo 20 possui uma cabeça de preensão 21 que tem a forma de uma orelha formada num plano axial. O manipulo 20 compreende, por outro lado, uma haste central 22 que se une à cabeça e se estende em sentido axial para atravessar a abertura central 14, a peça de comando 50 sendo fixa por enqate na haste 22. O manipulo 20 apresenta uma protuberância de centragem 23 (figura 6) que é aplicada contra a face interna da luva 13 e que oferece uma ranhura ou um ressalto anelar para receber uma junta de lábio 24, que assegura uma boa impermeabilidade com a face interna da luva. Uma canelura 29 (figuras 4A a 4D) prevista no perímetro da cabeça de preensão 21 do manipulo é própria para alojar um dispositivo de impermeabilidade, tal como uma junta de lábio clássica (ver a figura 9) que vem aplicar-se contra a face interna do colar 12 do corpo. A junta de lábio é utilizada se tolerar um certo esforço resistente total. Se for desejada uma redução desse esforço resistente total, o dispositivo de impermeabilidade pode ser constituído por uma chicana, prevista na direcção do colar 12, por exemplo formada por uma coroa de guarda 40 (figura 9) alojada num espaço anelar 16 concêntrico à tina 15, escalonado em relação a essa última. Essa coroa de guarda pode ser prevista em substituição da junta de lábio supracitada, ou em suplemento em relação a essa última, como representado na figura 9. 8 A cabeça de preensão 21 do manipulo possui no seu perímetro interno formas de accionamento 26, que cooperam com o anel 30. Finalmente, a haste 22 do manipulo tem formas de alinhamento da peça de comando 50 (por exemplo quadradas como é visto na fiqura 6) e formas de enqate 27 nas quais se enqatam as formas respectivas da peça 50. O anel de sensibilidade 30 tem entalhes 31 ou outras formas análoqas vazadas ou em relevo, que permitem que ele deslize axialmente contra duas corrediças 12a (fiqura 4A) do corpo 10 formadas no espaço anelar 16 escalonado; deve ser notado que essas corrediças podem ser previstas também na coroa de quarda 40 supracitada. Além disso, o anel 30 apresenta formas 32 previstas para operarem junto com as formas de accionamento 26 do manipulo. Essas formas 32 têm (ver a figura 5) inclinações 32a e encaixes 32b que correspondem às posições funcionais desejadas do botão. A peça 50 de comando (figura 4B) tem a forma de uma peça tubular que apresenta em sua parte alta uma protuberância de centragem 55 na abertura 14 definida pela luva 13 interna do corpo 10 e em sua parte baixa formas de carne para accionar os cursores 11. Ela apresenta também uma luva 51 interna de secção transversal quadrada e constante na qual vem se inserir a haste 22 do manipulo 20. Formas de engate 56 são previstas na superfície interna dessa luva 51 para operar conjuntamente com as formas de engate 27 correspondentes da haste 22 do manipulo. A peça 50 de comando compreende, por outro lado, uma saia 53 cilíndrica externa coaxial que apresenta um rebordo 52 inferior, cujo contorno define as formas de carnes. A saia 53 forma com a protuberância de centragem 55 um ressalto 54 anelar que 9 define uma superfície transversal em frente ao rebordo inferior da luva 13 interna do corpo 10.

No espaço anelar 16 do corpo 10, encontram-se as duas corrediças 12a dotadas de um rasgo de enganche 12b para a coroa de guarda 40 (figura 10) quando essa última é prevista. A coroa de guarda 40 (figura 10) apresenta um colar 41 fixo, por exemplo enfiado à força, contra o fundo da tina 15, e uma saia cilíndrica 42 dotada de dois entalhes 43 diametralmente opostos, que permitem que a coroa 40 se apoie sobre as saliências de deslizamento 12a (a figura 10 mostra com essa finalidade em sua parte baixa uma porção da coroa 40 inserida no corpo 10). Ao nível dos entalhes 43, a saia 42 proporciona batentes 44, por exemplo em forma de garras ou espigas, que retêm então o anel 30 de encontro à mola R (figura 9). A montagem e o funcionamento do botão giratório 1 de acordo com a invenção serão explicados para o modo de realização com anel de sensibilidade. A mola R é colocada no fundo da tina 15 e o anel 30 é enfiado sobre as corrediças salientes 12a. O subconjunto corpo/mola/anel 10, 30, R está então pronto para receber o manipulo 20, adaptado pela parte de cima no corpo, e depois a peça de comando 50, que é adaptada pela parte de baixo e engatada na haste 22 do manipulo e que se apoia por seu ressalto 54 sobre o rebordo inferior da luva 13. As protuberâncias de centragem 23, 55 do manipulo 20 e da peça 50, situadas dos dois lados da junta de lábio 24, asseguram uma perfeita guia do equipamento giratório 20, 50. 10

Quando o operador gira o manipulo 20, as formas de accionamento 26 operam conjuntamente com as formas de carnes 32 do anel 30 por ocasião da rotação; a pressão exercida então sobre a mola R acarreta um esforço de reacção sentido pelo operador. Quando o manipulo chega na posição estável desejada, a mola empurra um encaixe 32 do anel na direcção da forma correspondente 26, de modo que a posição permanece mantida, e o movimento axial do anel permanece limitado pelo manipulo 20 (figura 4B) . A impermeabilidade da parte de dentro do botão é garantida pela junta de lábio 24 e eventualmente, se ele estiver presente, pelo dispositivo de impermeabilidade 25. A junta 24 é de pequeno diâmetro e ocasiona portanto um esforço resistente mínimo.

De acordo com um modo de realização que não passa despercebido da invenção, o botão giratório 1' é designado com retorno e utiliza uma mola de torção R' em substituição da mola de compressão R. Essa última é fixa por um lado no fundo da tina 15 e por outro lado no manipulo 20 para atrair este último em rotação.

Em tal modo de realização, representado nas figuras 7 e 8, o corpo apresenta um colar 17 interno intermediário que separa a tina 15 do espaço anelar 16 definido precedentemente. O manipulo 20 apresenta uma saia reentrante 28 no espaço anelar 16. A presença da luva 13 e do colar intermediário que enquadra a mola R', combinada com a presença da saia reentrante 28 do manipulo, produzem a impermeabilidade procurada. As outras características do botão giratório 1' com retorno são idênticas às do botão giratório 1 com posições.

Lisboa, 12 de Novembro de 2007

Claims (5)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Botão giratório para circuito eléctrico, que compreende - um corpo, um órgão de manobra rotativo, uma peça de comando, por meio de um bloco eléctrico e por meio de um cursor, - o corpo (10), estando apto a montar de modo estanque o órgão de manobra rotativo (20) e, para alojar a peça de comando (50), o órgão de manobra, tendo uma haste (22) para deslocar a peça de comando, servindo o corpo também de suporte de um blocos eléctricos (C) comutáveis em resposta à rotação do órgão de manobra através dos cursores (11) no deslocamento axial, - o órgão de manobra (20) sendo montado com rotação em torno 10 de um eixo (X) com um movimento angular limitado, para tomar pelo menos duas posições funcionais mantidas ou fugitivas, e sendo ligado em rotação à peça de comando (50), que é dotada de superfícies de carnes para deslocar os cursores, - o corpo (10) do botão que apresenta uma parte alargada (10a) dotada de um colar cilíndrico externo (12), de uma luva cilíndrica interna (13), e de uma tina (15) definida entre o colar e a luva para alojar uma mola (R) caracterizado por - um anel de sensibilidade (30), distinto da peça de comando (50) e alojado na tina (15) cooperar com o órgão de manobra (20) pelas formas de carnes (36,26) previstas nos seus contornos respectivos. - a mola (R) ser uma mola de compressão aplicada, num lado, no fundo da tina (15) e, noutro lado, contra o anel de sensibilidade (30) para solicitar uma translação no sentido axial 2 - a luva cilíndrica (13) define uma abertura central (14) com a qual opera junto uma protuberância de centragem (23) da haste (22) do órgão de manobra.

2. Botão giratório de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a haste (22) do órgão de manobra e a peça de comando (50) apresentarem cada uma delas uma protuberância cilíndrica (23, 55) que assegura a centragem, na abertura central (14) da luva (13), do equipamento giratório composto pelo órgão de manobra e pela peça de comando (50).

3. Botão giratório de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a peça de comando (50) ser montada com o auxílio de formas de engate (56, 27) na haste (22) do órgão de manobra e oferecer um ressalto (54) conexo em sua protuberância (55) para se aplicar em sentido axial contra uma face de apoio do corpo.

4. Botão giratório de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por a mola de compressão alojada na tina (15) ter uma altura sensivelmente da mesma ordem que a altura da luva cilíndrica (13).

5. Botão giratório de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por, o anel de sensibilidade ter um revestimento diametral correspondente ao da tina (15), e em que as formas de carnes (32,26) são dotadas de encaixes correspondentes às posições funcionais mantidas do órgão de manobra (20) . Lisboa, 12 de Novembro de 2007