PT1696765E - Unidade de suporte auto-estabilizadora para um artigo de mobiliário - Google Patents

Description

DESCRIÇÃO

"UNIDADE DE SUPORTE AUTO-ESTABILIZADORA PARA UM ARTIGO DE MOBILIÁRIO"

Esta invenção refere-se a mobiliário. A invenção refere-se, em particular, a uma unidade de suporte para um artigo de mobiliário, e a uma configuração auto-estabilizadora para um artigo de mobiliário. Também se refere a um artigo de mobiliário. A invenção destina-se a ser utilizada no contexto de mesas, bancos e cadeiras, tendo partes de topo ou assentos operacional e substancialmente horizontais, apoiados sobre uma superfície na qual a mesa, banco ou cadeira são colocados operacionalmente. Neste documento, deve compreender-se que o termo "parte superior" inclui um topo de uma mesa e uma parte de assento de um banco ou cadeira.

Conhece-se, do documento US 3185423, uma base tipo pedestal auto-estabilizadora para mobiliário. A base tem um pedestal radiando, na sua extremidade inferior, quatro pernas, duas das quais são fixas, podendo as outras duas rodar de modo adjacente ao pedestal para efectuar um movimento num plano vertical. As pernas amovíveis têm carnes fixos, engatando-se, cada um, de modo deslizante, ao carne correspondente da outra perna amovível, pelo que o movimento vertical forçado de, pelo menos, uma perna actua através dos carnes para forçar o movimento vertical de, pelo menos, uma perna amovível. 1

De acordo com um aspecto da invenção, proporciona-se uma unidade de suporte para um artigo de mobiliário, em que a unidade de suporte inclui: uma estrutura de suporte alongada para se ligar, ao nível de uma sua extremidade superior operacional, a uma parte superior de um artigo de mobiliário, tendo a estrutura de suporte um primeiro par de pés ao nível de, ou adjacente a uma sua extremidade inferior operacional; uma formação guia alongada fixa à estrutura de suporte e estendendo-se longitudinalmente em relação à estrutura de suporte; um elemento de suporte passível de deslocamento que tem um segundo par de pés ao nível de, ou adjacente a uma sua extremidade inferior operacional, estando o elemento de suporte passível de deslocamento disposto em relação à estrutura de suporte para que uma linha desenhada entre os pés do primeiro par seja transversal a uma linha desenhada entre os pés do segundo par, estando também o elemento de suporte passível de deslocamento dotado com uma formação guiada alongada complementar à formação guia, e engatada de modo deslizante e longitudinal na mesma, para que o elemento de suporte passível de deslocamento seja deslocado de forma deslizante ao longo de um percurso guia rectilíneo que é perpendicular às linhas desenhadas entre os dois pares de pés, tendo uma de entre a formação guia e a formação guiada a forma de um pino guia, tendo a outra de entre a formação guia e a formação guiada a forma de um invólucro definindo uma passagem guia dentro da qual o pino guia é longitudinalmente recebido de forma deslizante, sendo o invólucro construído de modo a que uma área de secção transversal da passagem guia seja 2 regulável, para permitir o dimensionamento da passagem guia relativamente ao pino guia de modo a que o engate de fricção automático do pino guia nas paredes do invólucro definindo a passagem guia ocorra em resposta à articulação do elemento de suporte passível de deslocamento em torno de um eixo de articulação que é perpendicular ao percurso guia do elemento de suporte passível de deslocamento, para fixar o elemento de suporte passível de deslocamento, por fricção, de modo a impedir o deslocamento por deslizamento relativamente à estrutura de suporte. 0 invólucro pode ser dotado com uma ranhura longitudinalmente estendida e uma configuração de regulação para regular a largura da ranhura, de modo a permitir a referida capacidade de regulação da área de secção transversal da passagem guia. A configuração de regulação pode compreender duas formações definidoras de passagem e um conjunto parafuso com porca, estando uma formação definidora de passagem colocada em cada lado da ranhura, sendo as passagens definidas pelas formações substancialmente alinhadas e estendendo-se transversalmente em relação ao eixo longitudinal da passagem guia, sendo o parafuso do conjunto recebido nas passagens e estendendo-se através das mesmas, para que as formações definidoras de passagem fiquem presas entre a cabeça do parafuso e a porca do conjunto, e a regulação da largura da ranhura seja efectuada enroscando a porca no parafuso. A passagem guia pode ter uma secção transversal circular, tendo o pino guia uma forma cilíndrica circular. 3 A formação guia pode ser constituída pelo pino guia, projectando-se o pino guia, de um modo operacional, no sentido descendente desde a extremidade inferior operacional da estrutura de suporte, e sendo a formação guiada constituída pela passagem guia definida pelo invólucro, estando o invólucro posicionado centralmente em relação ao elemento de suporte passível de deslocamento. A estrutura de suporte pode compreender uma coluna vertical alongada operacional e uma formação em forma de aranha ligada a uma extremidade inferior operacional da coluna, compreendendo a formação em forma de aranha quatro raios projectados radialmente para fora que são espaçados de forma equiangular em torno de um eixo longitudinal da coluna, tendo cada raio a forma de um canal e abrindo-se, de modo operacional, no sentido descendente, engatando-se o pino guia na formação em forma de aranha e projectando-se, a partir daí e de um modo operacional, centralmente no sentido descendente.

Um par de raios alinhados pode ser proporcionado com o primeiro par de pés, sendo os pés do primeiro par, respectivamente, proporcionados nas extremidades dos raios do referido um par de pés. 0 elemento de suporte passível de deslocamento pode compreender um braço que é recebido no canal definido pelo outro par de raios alinhados e estendidos longitudinalmente, sendo os pés do segundo par de pés, respectivamente, proporcionados nas extremidades do braço. 0 braço e o invólucro podem ser solidários. Contrariamente, o braço pode ser constituído por dois elementos alongados que são 4 presos ao invólucro de modo a projectarem-se radialmente do mesmo para fora e em sentidos opostos. A unidade de suporte pode incluir, pelo menos, um elemento impulsionador que afasta o braço, de um modo operacional e no sentido descendente, da estrutura de suporte. A unidade de suporte pode incluir dois elementos impulsionadores que são igualmente espaçadas nos lados opostos da formação guia, tendo cada elemento impulsionador a forma de uma mola comprimida situada no canal definido pelo referido outro par de raios e actuando entre os raios e o braço. A unidade de suporte pode ainda incluir uma formação de segurança fixa a uma extremidade inferior operacional do pino guia, mantendo essa formação de segurança com a formação em forma de aranha o invólucro preso no pino guia.

Os pés do segundo par podem estar espaçados em distâncias iguais a partir de um eixo longitudinal da formação guia. Além disso, os pés do primeiro par podem estar espaçados com a mesma distância a partir de um eixo longitudinal da formação guia que o espaçamento dos pés do segundo par a partir do eixo longitudinal da formação guia. A linha desenhada entre o primeiro par de pés e a linha desenhada entre o segundo par de pés podem formar ângulos rectos entre si. A unidade de suporte pode incluir ainda meios de vedação para vedar o pino guia relativamente ao meio ambiente. 5

Ainda de acordo com outro aspecto do invenção é proporcionado um artigo de mobiliário que inclui uma unidade de suporte como descrita anteriormente, e uma parte superior de um artigo de mobiliário montado na unidade de suporte. 0 artigo de mobiliário pode ser uma mesa, sendo a parte superior do artigo de mobiliário um topo de mesa. 0 artigo de mobiliário pode, em vez disso, ser um banco ou uma cadeira, sendo a parte superior do artigo de mobiliário uma parte de assento do banco ou cadeira. A invenção será descrita de um modo mais pormenorizado, a titulo de exemplo, fazendo referência aos desenhos esquemáticos em anexo, nos quais: A Figura 1 mostra uma vista em perspectiva tridimensional de uma parte de uma unidade de suporte de acordo com a invenção, na qual se omite uma vedação do pino guia inferior da unidade; A Figura 2 mostra, de forma fragmentada e em escala ampliada, um alçado lateral em corte de uma mesa de acordo com a invenção, incluindo a mesa a unidade de suporte mostrada na Figura 1, sendo a vedação do pino guia inferior também omitida nesta figura; A Figura 3 mostra, em escala ligeiramente ampliada, uma vista em planta do topo de um elemento de suporte passível de deslocamento da unidade de suporte mostrada na Figura 1, sendo a vedação do pino guia inferior também omitida; 6 A Figura 4 mostra, de forma fragmentada e em escala ampliada, uma vista em planta do fundo da unidade de suporte da mesa mostrada na Figura 1; A Figura 5 mostra, em escala ampliada, uma parte da unidade de suporte mostrada na Figura 2, com um seu elemento de suporte passivel de deslocamento em deslocamento; e A Figura 6 mostra, de forma fragmentada e em escala ampliada, um alçado lateral em corte de um banco ou cadeira de acordo com a invenção; incluindo o banco ou cadeira a unidade de suporte mostrada na Figura 1, sendo a vedação do pino guia inferior também omitida nesta figura;

No que se refere à Figura 2 dos desenhos, o número de referência 10 indica, genericamente, uma parte de uma mesa de acordo com a invenção. A mesa 10 compreende uma parte superior sob a forma de um topo 12 de mesa (sem ser em corte) montada numa unidade 14 de suporte de acordo com a invenção. A unidade 14 de suporte, por sua vez, compreende uma coluna 16 vertical operacional, oca e alongada, e uma formação 18 em forma de aranha que inclui quatro raios 20 espaçados de forma equiangular projectando-se radialmente ligados a uma extremidade 22 inferior da coluna 16. A formação 18 em forma de aranha está concebida de forma a que um plano definido pelos raios 20 seja normal a um eixo 17 longitudinal da coluna 16. Para mais visibilidade da ilustração, os raios 20 são mostrados ligeiramente mais largos na figura 4.

Um elemento 24 de apoio (Figura 2) está ligado a uma extremidade 26 superior da coluna 16, compreendendo o elemento 24 de apoio uma série de quatro flanges 28 de montagem espaçadas de 7 forma equiangular. Cada flange 28 de montagem tem um par de aberturas (não mostradas) que as atravessam, através das quais passam parafusos (também não mostrados) , sendo os parafusos aparafusados no topo 12 da mesa, para montar o topo 12 da mesa na unidade 14 de suporte.

Cada raio 20 tem a forma de um canal e abre-se no sentido descendente, tendo, assim, uma secção transversal com uma forma em U invertido. Um elemento de suporte passível de deslocamento sob a forma de um braço 30 alongado passível de deslocamento é recebido num par de raios 20 alinhados, estendendo-se longitudinalmente ao longo do referido par de raios 20. O braço 30 passível de deslocamento é feito em aço macio, tendo a forma de uma peça vazada. O braço 30 passível de deslocamento proporciona um pé 32 projectando-se no sentido descendente em cada extremidade do mesmo. A formação 18 em forma de aranha forma uma estrutura que permite manter o braço 30 passível de deslocamento perpendicular ao outro par de raios 20, restringindo a deslocação rotativa do braço 30 passível de deslocamento em torno do eixo 17 longitudinal da coluna 16. A unidade 14 de suporte inclui um invólucro 36 que é fixo e solidário com o braço 30, estando posicionado centralmente em relação ao braço 30. Apesar do braço 30 e do invólucro 36 serem ilustrados e descritos como tendo uma construção monobloco, deve compreender-se que, noutros exemplos, não mostrados, o braço 30 pode ser constituído por dois elementos alongados que são presos, tipicamente, por soldadura ao invólucro 36. O invólucro 36 define uma passagem 34 guia cilíndrica substancialmente circular. Um elemento guia sob a forma de um pino 38 guia cilíndrico circular projecta-se através da formação 18 em forma de aranha, no sentido descendente, desde a extremidade 22 inferior da coluna 16, sendo o pino 38 guia coaxial com a coluna 16. 0 pino 38 guia é recebido, longitudinalmente, de forma deslizante na passagem 34 guia, para que o invólucro 36 possa ser deslocado ao longo do pino 38 guia nos sentidos indicados pela seta 39 (Figura 5) . 0 pino 38 guia constitui uma formação guia, constituindo o invólucro 36 uma formação guiada. 0 pino 38 tem um orifício 40 central cego com rosca em cada uma das suas extremidades, enroscando-se uma haste 42 de aperto, que se estende longitudinalmente ao longo do interior oco da coluna 16, no orifício 40 mais próximo da coluna 16, sendo coaxial com a coluna 16. A haste 42 de aperto passa, numa sua extremidade, através de uma abertura complementar na formação 18 em forma de aranha e, na sua outra extremidade, através de uma abertura complementar no elemento 24 de apoio, sendo uma porca 44 de aperto enroscada na extremidade superior da haste 42.

Assim, o pino 38 guia enrosca-se como uma rosca, para que o aperto do pino 38 guia coloque a haste 42 de aperto sobre tensão, fixando o elemento 24 de apoio à extremidade 26 superior da coluna, e fixando a formação 18 em forma de aranha à extremidade 22 inferior da coluna 16.

Uma anilha 46 de freio é ligada à extremidade inferior do pino 38 por um parafuso 47 que é aparafusado no orifício 40 com rosca na extremidade inferior do pino 38, tendo a anilha 46 de freio um diâmetro maior que o da passagem 34, para que a anilha 46 de freio impeça o deslocamento por deslizamento do braço 30 ao longo do pino 38 encostando o braço 30 à anilha 46 de freio. A anilha 46 e o parafuso 47 criam, assim, uma formação segura, a qual, juntamente com a formação 18 em forma de aranha, mantém o invólucro 36 preso no pino 38 guia. Apesar de não ser mostrado 9 como tal, a passagem 34 pode ser escalonada de modo a ser mais ampla na sua extremidade inferior, com um ressalto interno contra o qual a anilha 46 de freio exerce pressão, para que a anilha 46 e a cabeça do parafuso 47 fiquem posicionados dentro da passagem 34 quando o braço 30 for deslocado, de modo operacional, no sentido descendente, afastando-se da formação 18 em forma de aranha. A unidade 12 de suporte inclui um par de molas 48 helicoidais (sendo visível na Figura 2 apenas uma delas) comprimidas, agindo as molas 48 entre os raios 20 e o braço 30, para forçar o braço 30, de modo operacional, no sentido descendente de forma a afastá-lo da formação 18 em forma de aranha. Com esta finalidade, o braço 30 está dotado com duas passagens 49 cegas (sendo também apenas uma delas vista na Figura 2) recebendo, respectivamente, as molas 48 respectivas, sendo as molas presas entre o braço 30 e os raios 20. As molas 48 são construídas de modo a ficar comprimidas mesmo quando o braço 30 se encosta à anilha 46 de freio. Apesar de não ser visível na Figura 2, as molas 48 são espaçadas em distâncias radiais iguais desde o pino 38 guia, e são diametralmente opostas em torno do pino 38 guia.

Como pode ser visto na Figura 1 dos desenhos, cada um dos raios 20 do outro par de raios 20 alinhados, i. e., os raios 20 que se estendem perpendicularmente ao braço 30, está dotado, nas suas extremidades externas, com um pé fixo projectando-se, de um modo preferido, no sentido descendente. O referido par de raios 20 forma, assim, um primeiro elemento de suporte que tem um pé 50 em cada uma das suas extremidades. Além disso, a formação em forma de aranha está dotada com um recesso ou cavidade central definida entre os raios 20 onde estes se cruzam, em cujo recesso 10 se posicionam o pino 38 guia e o invólucro 36. A formação 18 em forma de aranha constitui, assim, uma configuração de posicionamento, mantendo o braço 30 perpendicular ao outro par de raios 20 restringindo a rotação do braço 30 em torno do pino 38 guia.

No que se refere, em particular, às Figuras 3 e 4, o invólucro 36 está dotado com uma ranhura 52 extendendo-se longitudinalmente. A ranhura 52 estende-se ao longo do comprimento total do invólucro 36, sendo a largura da ranhura 52 e, deste modo, o diâmetro da passagem 34 guia reguláveis por uma configuração de regulação incluindo um parafuso 54 de regulação. A área de secção transversal da passagem 34 guia é, assim, regulável. Mais particularmente, o invólucro 36 está dotado com duas formações 56 definidoras de passagens, proporcionando, cada uma, uma passagem (não mostrada), através da qual o parafuso 54 é recebido. As formações 56 definidoras de passagens são posicionadas perto da ranhura 52, uma em cada lado da ranhura 52 e estendem-se radialmente para fora a partir do invólucro 36. As formações 56 estendem-se de um modo substancialmente paralelo entre si, sendo as passagens proporcionadas desta forma alinhadas e estendidas transversalmente em relação à direcção longitudinal da passagem 34 guia. O parafuso 54 regulável é, como mencionado, recebido através das passagens, sendo uma cabeça 64 (Figura 4) do parafuso 54 posicionada contra uma superfície 60 externa operacional de uma das formações 56, e sendo uma porca 66 (Figura 4), enroscada no parafuso 54, posicionada na superfície 60 externa da outra formação 56. As anilhas estão posicionadas entre a cabeça 64 do parafuso 54 e a formação 56 associada e entre a porca 66 e a sua formação 56 associada. As formações 56 são, assim, seguras entre a cabeça 64 do parafuso 54 e a porca 66, para que o aperto da porca 66 num veio 68 (Figura 4) do parafuso 11 54 faça com que a largura da ranhura 52 se estreite e a área de secção transversal da passagem 34 guia diminua. Naturalmente, o contrário também se aplica.

Apesar de não ser mostrado como tal, a passagem 34 guia pode ser revestida por um casquilho ou manga, ou mesmo mais do que um casquilho ou manga espaçados longitudinalmente, feitos de um material relativamente mais resistente ao desgaste que o material de construção do invólucro 36, para resistir ao desgaste à medida que o invólucro 36 desliza ao longo do pino 38 guia. Naturalmente, estes casquilhos ou mangas serão construídos para adaptar a regulação da área de secção transversal da passagem 34 guia. 0 pino 38 guia é lubrificado e a unidade 14 de suporte está dotada com uma vedação 70 de pino guia superior em borracha (mostrada de forma conceptual apenas nas Figuras 2 e 5) e uma vedação 72 de pino guia inferior em borracha (mostrada de forma conceptual na Figura 4), para vedar o pino 38 guia relativamente ao meio ambiente. A vedação 70, apesar de não ser mostrada como tal, se desejado, pode ter a forma de uma vedação retráctil e extensível longitudinalmente que acomoda um movimento do invólucro 36 relativamente ao pino 38 guia. A vedação 72, por sua vez, tem a forma de uma bota recebida por cima da anilha 4 6 de freio e do parafuso 47. Naturalmente, a bota também pode ser longitudinalmente extensível e retráctil. O diâmetro da passagem 34 guia é regulado por meio da configuração de regulação, de forma a que haja uma folga limitada entre o pino 38 guia e as paredes do invólucro 36 definindo a passagem 34 guia, para que haja um bloqueio por fricção do braço 30 passível de deslocamento sobre o pino 38 guia quando um 12 binário ou um momento efectivo, em torno de um eixo transversal a um eixo longitudinal do pino 38 guia, é exercido sobre o braço 30, o que acontece, tipicamente, quando a mesa 10 é colocada numa superfície irregular. O braço 30 só pode, assim, ser deslocado de modo deslizante ao longo da passagem 34 guia quando não há, substancialmente, qualquer momento efectivo agindo sobre o braço 30 em torno de um eixo coaxial com uma linha desenhada entre os dois pés 50 fixos. A unidade 14 de suporte sem a coluna 16 define, assim, uma configuração auto-estabilizadora de acordo com a invenção.

Quando utilizada, a unidade 14 de suporte suporta o topo 12 da mesa numa superfície de apoio, tal como o solo (não mostrado). Quando a superfície do solo é irregular, a unidade 14 de suporte pode funcionar automaticamente para deslocar o braço 30 em relação à formação 18 em forma de aranha, de forma a que todos os quatro pés 50, 32 se apoiem na superfície de apoio.

Quando, por exemplo, o solo é irregular de tal forma que os dois pés fixos 50 são apoiados no chão, mas só um dos pés 32 passível de deslocamento toca no solo de cada vez, a mesa 10 terá tendência a balançar fazendo rodar a formação 18 em forma de aranha em torno do eixo alinhado com uma linha que interliga os pés 50 fixos. Durante este balanço, o braço 30 passível de deslocamento é pressionado no sentido descendente pelas molas 48 quando os dois pés 32 estão afastados do solo, i. e., quando não são exercem forças externas nos pés 32, sendo o braço 30, através do invólucro 36, automaticamente bloqueado em posição sobre o pino 38 guia quando um dos pés 32 se encosta ao solo. O braço 30 passível de deslocamento encontra, assim, automaticamente, uma 13 posição em que os seus dois pés 32, bem como os pés 50 fixos, se apoiam no solo.

Nos casos em que o solo é irregualr de tal forma que os dois pés 32 passíveis de deslocamento, mas só um dos pés 50 fixos, são apoiados no solo, o braço 30 é deslocado no sentido ascendente ao longo do pino 38 guia até que os dois pés 50 fixos se apoiem na superfície do solo. Deve compreender-se que, para o braço 30 ficar equilibrado, as forças no sentido ascendente exercidas pelo solo sobre os pés 32 passíveis de deslocamento devem ser iguais entre si. Isto porque os pés 32 estão equitativamente espaçados relativamente ao pino 38 guia. Estas forças equitativas no sentido ascendente provocam um deslocamento no sentido ascendente do braço 30 contra a pressão das molas 48 até que a estrutura 14 de suporte da mesa atinja uma condição estática e estável.

Assim que todos os quatro pés 32, 50 estejam apoiados no solo, a mesa 10 permanece estável, dado que o braço 30 e, por conseguinte, os pés 32, está efectivamente bloqueado numa posição. Isto porque qualquer tentativa de balanço da mesa 10 resultará na aplicação de forças desiguais aos pés 32, provocando um bloqueio de fricção imediato e automático do braço 30, através do invólucro 36, sobre o pino 38 guia.

No que se refere, agora, à Figura 6 dos desenhos, o número de referência 80 indica, genericamente, uma parte de um banco ou cadeira de acordo com a invenção. O banco ou cadeira 80 incluem uma parte superior ou de assento, mostrada de forma fragmentada e indicada pelo número de referência 82, montada sobre uma unidade 14 de suporte de acordo com o invenção. Assim, com a excepção do topo 12 da mesa que é substituído pela parte 82 de assento, o banco ou cadeira 80 são idênticos e funcionam de forma semelhante 14 à da mesa 10 e, consequentemente, não serão descrito posteriormente. É uma vantagem da invenção, conforme descrito fazendo referência aos desenhos, que o braço 30 passível de deslocamento e o pino 38 guia possam ser ligados a uma formação 18 em forma de aranha e utilizados na construção de suportes de mesa não estabilizadora convencionais. Isto permite o fabrico de uma mesa estabilizadora, como descrito, sem serem precisas muitas alterações na maquinaria, tais como matrizes ou moldes, utilizados para mesas de fabrico convencional. Além disso, o pino 38 guia e o braço 30 passível de deslocamento podem ser adaptados a mesas existentes para formar uma mesa 10 auto-estabilizadora. Naturalmente, o que foi mencionado anteriormente aplica-se também a bancos e cadeiras. Ainda para além disso, o invólucro 36 permite que o diâmetro da passagem guia 34 seja regulado, em utilização, para um óptimo encaixe do invólucro 36 no pino 38 guia.

Lisboa, 22 de Outubro de 2007 15

Claims (19)

1. REIVINDICAÇÕES 1. Unidade (14) de suporte para um artigo (10, 80) de mobiliário, em que a unidade de suporte inclui: uma estrutura de suporte alongada para se ligar, ao nível de uma sua extremidade (26) superior operacional, a uma parte (12, 82) superior de um artigo (10, 80) de mobiliário, tendo a estrutura de suporte um primeiro par de pés (50) ao nivel de, ou adjacente a uma sua extremidade (22) inferior operacional; uma formação (38) guia alongada fixa à estrutura (16, 18) de suporte e estendendo-se longitudinalmente em relação à estrutura de suporte; um elemento de suporte passível de deslocamento que tem um segundo par de pés (32) ao nível de, ou adjacente a uma sua extremidade inferior operacional, estando o elemento de suporte passível de deslocamento disposto em relação à estrutura de suporte para que uma linha desenhada entre os pés (50) do primeiro par seja transversal a uma linha desenhada entre os pés (32) do segundo par, estando também o elemento de suporte passível de deslocamento dotado com uma formação (34) guiada alongada complementar à formação (38) guia, e engatada de modo deslizante e longitudinal na mesma, para que o elemento de suporte passível de deslocamento seja deslocado de forma deslizante ao longo de um percurso guia rectilíneo que 16 é perpendicular às linhas desenhadas entre os dois pares de pés (50, 32) , tendo uma de entre a formação guia e a formação (38, 34) guiada a forma de um pino (38) guia, tendo a outra de entre a formação guia e a formação (38, 34) guiada a forma de um invólucro (36) definindo uma passagem (34) guia dentro da gual o pino (38) guia é longitudinalmente recebido de forma deslizante, sendo o invólucro (36) construído de modo a que uma área de secção transversal da passagem (34) guia seja regulável, para permitir o dimensionamento da passagem (34) guia relativamente ao pino (38) guia de modo a que o engate de fricção automático do pino (38) guia nas paredes do invólucro (36) definindo a passagem (34) guia ocorra em resposta à articulação do elemento de suporte passível de deslocamento em torno de um eixo de articulação que é perpendicular ao percurso guia do elemento de suporte passível de deslocamento, para fixar 0 elemento de suporte passível de deslocamento, por fricção, de modo a impedir o deslocamento por deslizamento relativamente à estrutura de suporte.
2. 2. Unidade (14) de suporte como reivindicada na Reivindicação 1, em que o invólucro (36) está dotado com uma ranhura (52) extendendo-se longitudinalmente e com uma configuração de regulação para regular a largura da ranhura (52), para permitir a referida capacidade de regulação da área de secção transversal da passagem (34) guia.
3. 3. Unidade (14) de suporte como reivindicado na Reivindicação 2, em que a configuração de regulação compreende duas formações (56) definidoras de passagens e um conjunto (54, 17 66) de parafuso e porca, estando uma formação (56) definidora de passagem situada em cada um dos lados da ranhura (52), estando as formações (56) definidoras de passagens substancialmente alinhadas e estendendo-se transversalmente em relação a um eixo longitudinal da passagem (34) guia, sendo o parafuso (54) do conjunto recebido em e estendendo-se através das passagens, pelo que as formações (56) definidoras de passagens ficam presas entre a cabeça (64) do parafuso (54) e a porca (66) do conjunto, sendo a regulação da largura da ranhura (52) efectuada enroscando a porca (66) no parafuso (54) .
4. 4. Unidade (14) de suporte como reivindicado na Reivindicação 3, em que a passagem (34) guia tem uma secção transversal circular, sendo o pino (38) guia circular e cilíndrico.
5. 5. Unidade (14) de suporte como reivindicado na Reivindicação 4, em que a formação guia é constituída por um pino (38) guia, projectando-se o pino (38) guia, de modo operacional, no sentido descendente desde a extremidade (22) inferior operacional da estrutura de suporte, e sendo a formação guiada é constituída pela passagem (34) guia definida pelo invólucro (36), estando o invólucro (36) posicionado centralmente em relação ao elemento de suporte passível de deslocamento.
6. 6. Unidade (14) de suporte como reivindicado na Reivindicação 5, em que a estrutura de suporte compreende uma coluna (16) operacional vertical e alongada e uma formação (18) em forma de aranha ligada a uma extremidade inferior (22) operacional da coluna (16), compreendendo a formação (18) em forma de aranha quatro raios (20) projectados 18 radialmente para fora que são espaçados de forma equiangular em torno de um eixo longitudinal da coluna (16), tendo cada raio (20) tem a forma de um canal e abrindo-se, de modo operacional, no sentido descendente, engatando-se o pino (38) guia na formação (18) em forma de aranha e projectando-se a partir dai, de modo operacional, centralmente no sentido descendente.
7. 7. Unidade (14) de suporte como reivindicado na Reivindicação 6, em que um par de raios (20) alinhados está dotado com o primeiro par de pés (50), sendo os pés (50) do primeiro par, respectivamente, proporcionados nas extremidades dos raios (20) do referido par de raios (20).
8. 8. Unidade (14) de suporte como reivindicado na Reivindicação 7, em que o elemento de suporte passível de deslocamento compreende um braço (30) que é recebido no canal definido pelo outro par de raios (20) alinhados e se estende longitudinalmente ao longo do mesmo, sendo os pés (32) do segundo par de pés proporcionados, respectivamente, nas extremidades do braço (30).
9. 9. Unidade (14) de suporte como reivindicado na Reivindicação 8, em que um braço (30) e o invólucro (36) são solidários.
10. 10. Unidade (14) de suporte como reivindicado na Reivindicação 9, que inclui, pelo menos, um elemento (48) impulsionador que impele, de modo operacional, o braço (30) no sentido descendente afastando-o da estrutura de suporte.
11. 11. Unidade (14) de suporte como reivindicado na Reivindicação 10, que inclui dois elementos (48) impulsionadores que são 19 equitativamente espaçadas em lados opostos da formação (38) guia, tendo cada elemento (48) impulsionador a forma de uma mola comprimida posicionada no canal definido pelo outro referido par de raios (20) e agindo entre os raios (20) e o braço (30).
12. 12. Unidade (14) de suporte como reivindicado em qualquer uma da Reivindicação 6 à Reivindicação 11 inclusive, que inclui uma formação de fixação fixa a uma extremidade inferior operacional do pino (38) guia, em que a formação de fixação, em conjunto com a formação (18) em forma de aranha, mantém o invólucro (36) preso no pino (38) guia.
13. 13. Unidade (14) de suporte como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações anteriores, em que os pés do segundo par (32) estão espaçados por distâncias iguais relativamente a um eixo longitudinal da formação (38) guia.
14. 14. Unidade (14) de suporte como reivindicado na Reivindicação 13, em que os pés do primeiro par (50) estão espaçados com a mesma distância relativamente a um eixo longitudinal da formação (38) guia que o espaçamento dos pés do segundo par (32) relativamente ao eixo longitudinal da formação (38) guia.
15. 15. Unidade (14) de suporte como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações anteriores, em que a linha desenhada entre o primeiro par de pés (50) e a linha desenhada entre o segundo par de pés (32) formam ângulos rectos entre si. 20
16. 16. Unidade (14) de suporte como reivindicado em qualquer uma das Reivindicações anteriores, que inclui meios de vedação que vedam o pino (38) guia relativamente ao meio ambiente.
17. 17. Artigo de mobiliário (10, 80) que inclui uma unidade (14) de suporte como reivindicado em qualquer uma da Reivindicação 1 à Reivindicação 16 inclusive, e uma parte (12, 82) superior de um artigo (10, 80) de mobiliário, montado na unidade de suporte.
18. 18. Artigo de mobiliário (10, 80) como reivindicado na Reivindicação 17, que é uma mesa (10), sendo a parte (12, 82) superior do artigo de mobiliário um topo (12) de mesa.
19. 19. Artigo de mobiliário (10, 80) como reivindicado na Reivindicação 17, que é um banco ou cadeira (80), sendo a parte (12, 82) superior do artigo (10, 80) de mobiliário uma parte (82) de assento do banco ou cadeira. Lisboa, 22 de Outubro de 2007 21