PT1687475E

PT1687475E - Fios, fibras e filamentos para tecedura sem colagem

Info

Publication number: PT1687475E
Application number: PT04816359T
Authority: PT
Inventors: Bertrand Bordes
Original assignee: Rhodia Industrial Yarns Ag
Priority date: 2003-11-26
Filing date: 2004-11-26
Publication date: 2011-02-10
Also published as: KR100883944B1; EP1687475A1; BRPI0416438A; JP2007517990A; EP1687475B1; ES2353226T3; CN1902354A; US20070270065A1; DE602004030275D1; WO2005052245A1; ATE489498T1; FR2862665B1; KR20060092298A; FR2862665A1

Description

DESCRIÇÃO

FIOS, FIBRAS E FILAMENTOS PARA TECELAGEM SEM APLICAÇÃO DE COLA A invenção diz respeito a fios, fibras e filamentos que podem ser tecidos sem colagem, e a um processo de fabricação destes fios, fibras e filamentos. A invenção diz respeito mais particularmente a fios, fibras e filamentos tratados por um copolimero implantado. Diz respeito igualmente a tecidos obtidos sem a etapa de colagem a partir destes fios, fibras e filamentos, e a um processo de tecelagem sem colagem a partir destes fios, fibras e filamentos, nomeadamente por intermédio de um tear seco. Finalmente, diz respeito à utilização de fios, fibras e filamentos bem como de tecidos no domínio dos sacos de segurança que se podem dilatar.

Quando da utilização de cadeias, principalmente em tecelagem, sabe-se que os fios roçam, por um lado, uns contra os outros devido ao movimento de subida e descida das lâminas, e, por outro lado, contra elementos do tear, tais como os ilhós dos liços, nos quais passam, dentes do pente, batente, desenrolador, cassa cadeias, etc. Afim de evitar que estes atritos provoquem defeitos prejudiciais à própria operação de tecelagem e à qualidade do tecido obtido, é feito nos fios um tratamento prévio conhecido por colagem. Este tratamento bem conhecido pela sua aplicação em fiadas de fibras para assegurar a coesão das fibras e formar um invólucro de protecção da fiada, é também aplicado nos fios contínuos de multifilamentos artificiais e sintéticos; a aplicação de cola deve assegurar a manutenção no seu lugar e a protecção dos filamentos que de 1 uma maneira geral têm características finas e portanto são frágeis, e envolver os fios continuos com um invólucro, que evitam os atritos anteriormente descritos e facilitam desta maneira os deslizamentos, quer em órgãos do tear, quer entre fios, com vista a realizar tecidos sem defeitos de aspecto, e evitando ao máximo quebras e rasgões. Estes produtos de colagem são geralmente eliminados após a tecelagem por tratamento dos tecidos quando da operação de descolagem.

Para assegurar a coesão do fio, aplica-se geralmente neste uma operação de torção. Todavia, esta operação de torção é, cada vez mais, substituída por um processo pneumático de entrelaçar os filamentos. Assim, segundo a pressão do fluido e o meio de entrelaçar, pode fazer-se variar o número de pontos de coesão, isto é, o número de pontos ao nível dos quais os filamentos formam um nó, em função do aspecto final desejado para o fio e sua utilização ulterior.

Para facilitar o deslizamento dos fibras e dos fios, aplicam-se normalmente óleos ou produtos de «ensimage». No que se refere aos fios continuos artificiais e sintéticos, estes óleos ou «ensimage» são aplicados no fio uma ou várias vezes quando do seu processo de produção.

Afim de economizar os custos das operações de colagem e de descolagem e suprimir assim duas operações de manipulação dos fios, procurou-se suprimir a operação de colagem que é a mais nefasta para o ambiente. Por outro lado, o produto de colagem pode revelar-se difícil de eliminar completamente, em função do tipo de produto utilizado, do tipo de fio e da contextura do tecido, o que pode levar à presença de resíduos de cola no tecido. A presença destes resíduos pode revelar-se nefasta, em 2 particular no domínio dos sacos de segurança que se podem dilatar; por exemplo, pode diminuir o desempenho do produto quando do seu envelhecimento.

Assim, a presente invenção propõe num primeiro objectivo, fios, fibras, filamentos que podem ser tecidos sem colagem, estando presente em, pelo menos uma parte, o copolímero implantado numa parte da superfície dos fios, das fibras ou dos filamentos, compreendendo o copolímero implantado, pelo menos três sequências de natureza química diferente, entre as quais uma ou várias sequências de fixação nos sólidos, uma ou várias sequências de carácter hidrófobo e uma ou várias sequências de carácter hidrófilo, constituído por: a) 1 a 80% de massa, de um modo preferido, 5 a 40% de massa, de uma ou várias sequências de fixação em sólidos, constituídas por uma cadeia de hidrocarbonetos, linear ou ramificada, cicloalkilo ou aromático, incluindo grupos azotados básicos do tipo: heterocíclicos, -NH2, -NH, -NHR, ou -NR2, -C0NH2, -CONHR, -C0NR2 (em que R é um radical (Ci— Ce) alquilo, substituído opcionalmente por um vários grupos -OH, -COO-, -C0-0-, -S03H), podendo incluir agrupamentos -COO-, sendo o conteúdo em massa nos monómeros azotados básicos na cadeia de fixação, pelo menos de 5% e, de um modo preferido, de 30%, e b) pelo menos 10% de massa, de um modo preferido, 25 a 80% de massa, de uma ou de várias sequências de carácter hidrófobo constituídas por uma cadeia hidrocarbonada, linear ou ramificada, cicloalquilo ou aromático, podendo incluir agrupamentos -COO-, -S-,-F, -Si (OR') n (R' ') 2-n- (em que R' e R'' representam radicais alquilos ou arilos, semelhantes ou diferentes, em Ci-Cio, e n vai de 0 a 2) formados por unidades monómero cujo parâmetro de 3 solubilidade é inferior ou igual a 21, 52Γ3"7 cm 3/2 , de um modo preferido, inferior a 19 J1/2/cm3/2 , c) pelo menos 10% de massa, de um modo preferido 15 a 70% de massa, de uma ou várias sequências de caracteres hidrófilo, constituídos por uma cadeia hidrocarbonada, linear ou ramificada incluindo agrupamentos -O-, -OH, -NCO, -COO-, -COOH, -CONH2, -CONHR'''(em que R''' é um radical (Ci-C3)alquilo), -NH-, -S-, -S03H, formado por unidades monómero cujo parâmetro de solubilidade é superior a 22J1/2/cm3/2 , de um modo preferido, superior a 22,5 J 1/2/cm3/2 ·

Num segundo objectivo, a invenção propõe um processo de preparação destes fios, fibras, filamentos. A invenção propõe, num terceiro objectivo, um tecido obtido nomeadamente a partir de fios, fibras, filamentos, bem como um processo de obtenção deste tecido.

Finalmente, a invenção propõe, num quarto objectivo, a utilização destes fios, fibras, filamentos e tecidos no domínio dos sacos de segurança que se podem dilatar.

De maneira vantajosa, existem três formas diferentes de combinar os três tipos de sequência: de fixação, hidrófobos e hidrófilos. Os copolímeros aplicados de acordo com a invenção podem portanto apresentar em alternativa as estruturas seguintes: cadeia principal de fixação com mais ou menos 2 aplicadores, respectivamente, hidrófilo e hidrófobo, cadeia principal hidrófoba mais ou menos dois aplicadores, respectivamente, hidrófilo e de fixação, 4 ou menos dois cadeia principal hidrófila mais aplicadores, respectivamente, hidrófobo e de fixação.

Os parâmetros de solubilidade expressos por J1/2/cm3/2 foram calculados pelo método de incrementação de Hoftyzer-VAN Krevelen foram medidos experimentalmente. Os volumes molares necessários quando do cálculo dos parâmetros de solubilidade são calculados a partir dos dados de Feedor. Estes métodos de cálculo e valores experimentais aparecem na obra seguinte: «Propriedades de polímeros. Sua correlação com a estrutura química; a sua estimativa numérica e predição das contribuições do grupo aditivo» do autor D.W.Van KREVELEN, terceira edição, Elsvier, 1990, Pag.189 a 225.

Processos para a obtenção do copolímero aplicado de acordo com a invenção são descritos no pedido de patente WO 97/28200 .

Com vantagem, a massa molecular da(s) sequência(s) de fixação, da(s) sequência(s) de carácter hidrófobo e da(s) sequência(s) de carácter hidrófilo do copolímero aplicado é inferior ou igual a 10000.

Com vantagem, a(s) sequência(s) de fixação do copolímero aplicado compreende agrupamentos azotados básicos introduzidos a partir de um ou vários compostos escolhidos entre: a) - as vinilpiridinas, tais como 2-vinilpiridina, 3-vinilpiridina, 4-vinilpiridina ou 2-metil-5-vinilpiridina, a vinilmidazole, a 2-metil-N-vinilimidazole, a vinilcarbazole, a N-vinilpirrolidona, a 3-metil-N-vinilpirazole, a 4-metil-5-viniltiazole, a N-vinilcaprolactame, o metacrilato de etilimidazolidona, 5 as(meth)acrilamidas, tais como (meth)acrilamida, N-metilacrilamida, N-isopropilacrilamida e N, N-dimetilacrilamida, N-metilo(meth)acrilamida, a N,N-dimetilol(met)acrilamida, o ácido 2-acrilamido-2-metil-l- propanosulfónico, a diacetona acrilamida, a metil-2-acrilamido-2-metoxiacetato, a N-tris(hidroximetil)metilacrilamida, as aminoalkil(meth)acrilatos com a fórmula seguinte: (Ver original, Pág.3 Linha 35) em que Ri é um átomo de hidrogénio ou um radical (C1-C4) alquilo; R2 e R3 idênticos ou diferentes representam, cada um, um radical (Ci—C6) alquilo, em que n vai de 0 a 6, sendo os referidos agrupamentos azotados neste primeiro caso introduzidos por copolimerização radicalar de um ou vários monómeros etilénicos insaturados citados anteriormente, e b) - a N-N-dietil-1,4-butanodiamina, a 1-(2aminoetil)-piperazina, a 2-(1-pirrolidil)-etilamina, a 4-amino-2-metoxi-pirimidina, a 2-dimetilamino-etanol, a 1—(2— hidroxietil)-piperazina, a 4-(2-hidroxietil)-morfolina, a 2-mercaptopirimidina, a 2-mercaptobenzimidazole, a N,N-dimetil-1,3-propanodiamina, a 4-(2-aminoetil)-piridina, a N-N-dialil-melamina, o 3-amino-l,2,4-triazole, o 1 — (3 — aminopropil)-imidazole, a 4-(2-hidroxietil)-piridina, o 1-(2-hidroxietil)-imidazole, 0 3-mercapto-l,2,4-triazole, 6 estando os referidos agrupamentos azotados neste segundo caso fixados num copolímero, linear ou aplicado, tirando proveito das funções reactivas introduzidas ao longo da cadeia preformada.

Com vantagem, a ou as sequência(s) de carácter hidrófobo do copolímero implantado são constituídas a partir de unidades monómeras escolhidas entre: -os ésters de ácido (meth)acrílico, tais como (meth)acrilato de metilo, (meth)acrilato de etilo, (meth)acrilato de propilo, (meth)acrilato de butilo, (meth)acrilato de hexilo, (meth)acrilato de ciclohexilo, (meth)acrilato de etilhexilo, (meth)acrilato de octilo, (meth)acrilato de nonilo, (meth)acrilato de isodecilo, (meth)acrilato de laurilo, (meth)acrilato de stearilo, (meth)acrilato de pentadecilo , (meth)acrilato de cetilo, (meth)acrilato de behenilo , (meth)acrilato de 3- (trimetoxisilo)propilo, - os esteres vinílicos, tais como o acetato de vinilo, o propionato de vinilo, butirato de vinilo, sorbato de vinilo, hexanoato de vinilo, etilhexanoato de vinilo, laurato de vinilo, estearato de vinilo, o estireno e os alkiloestirenos tais como o a-metilestireno, viniltolueno, tertiobutilestireno, os dienos tais como butadieno, isopreno que podem ser hidrogenados após polimerização, os alquilenos tais como etileno, propileno, os siloxanos tais como o dimetilsiloxano, difenilsiloxano, metilfenilsiloxano, 7 os compostos fluoretados tais como (meth)acrilato de trifluoretilo, (meth)acrilato de pentafluoropopilo, (meth)acrilato de heptafluorobutilo, (meth)acrilato de octafluoro pentilo, (meth)acrilato de pentadecafluorooctilo, (meth)acrilato de eicosafluoroundecilo, fluoreto de vinilo, tetrafluoroetileno, ou produtos de policondensação, poliesteres ou poliamidas.

Com vantagem, a ou as sequências de carácter hidrofilo do copolimero implantado são constituídas a partir de unidades monómero escolhidas entre: o óxido de etileno, os ácidos (meth)acrílicos, o ácido maleico, o ácido fumarico, o ácido itaconico, os derivados da acrilamida como, por exemplo, a (meth)acrilamida, a N-metilacrilamida, a N- isopropilacrilamida, a etileneimina, o álcool vinílico, a vinilpirrolidona, a vinilmetiloxazolidona, o vinilsulfonato, o metalilsulfonato de sódio, o matacrilato de glicerol.

De um modo preferido, o copolimero implantado compreende: uma cadeia principal de fixação nas partículas sólidas incluindo agrupamentos de (meth)acrilato de dialcalilaminoetilo, N,N-dimetilacrilamida, 2- vinilpiridina, 4-vinilpiridina, sós ou misturados, um ou vários fixadores hidrófilos poli(óxido de etileno), e um ou vários aplicadores hidrófobos à base de (meth)acrilatos de alquilo, de esteres vinilicos sós ou copolimerizados com derivadas estirénicas ou alquilestirénicas, monómeros fluoretados tais como o metacrilato de trifluoretilo, ou metacrilato de 3-(trimetoxisilil)propil.

No caso de um fio de filamentos múltiplos, o tratamento permite melhorar a coesão dos filamentos entre si.

Os fios, fibras, filamentos da invenção podem ser de origem natural, artificial e/ou sintética. Podem igualmente ter várias origens: a titulo de exemplo podemos citar um fio de fibras de poliamida e de algodão.

Os fios, fibras, filamentos da invenção são com vantagem à base de polimero termoplástico. A título de exemplo podemos citar como copolímero termoplástico conveniente no quadro da invenção: as poliolefinas, os poliesteres, os polioxidos de alquileno, os polioxialquilenos, os polihalogenoalquilenos, os poli(alquileno-ftalato ou tereftalato), os poli(feni ou fenileno) os poli(oxido ou sulfureto de fenileno), os acetatos de polivinilo, os álcoois polivinilicos, os halogenetos de polivinilo, os halogenetos de polivinilideno, os polivinilos nitrilos, as poliamidas, as poliimidas, os policarbonatos, os polisiloxanos, os polímeros de ácido acrílico ou metacrílico, os 9 poliacrilatos ou metacrilatos, os polímeros naturais que são a celulose e seus derivados, os polímeros sintéticos, por exemplo, os elastómeros sintéticos, ou os copolímeros termoplásticos compreendendo, pelo menos, um monómero idêntico a qualquer um dos monómeros incluídos nos polímeros atrás mencionados, bem como as misturas e/ou as ligas de todos estes copolímeros.

Como outros polímeros termoplásticos preferidos da invenção, podemos citar as poliamidas semicristalinas ou amorfas, por exemplo, as poliamidas alifáticas, as poliamidas semiaromáticas e de uma maneira mais geral, as poliamidas lineares obtidas por policondensação entre um diácido saturado alifático ou aromático, e uma diamina primária saturada aromática ou alifática, as poliamidas obtidas por condensação de um lactame ou de um aminoácido ou as poliamidas lineares obtidas por condensação de uma mistura destes diferentes monómeros.

Mais precisamente, estas copoliamidas podem ser, por exemplo, a poliadipamida de hexametileno, as poliftalamidas obtidas a partir de ácido tereftálico e/ou isoftálico como, por exemplo, a poliamida comercializada sob o nome comercial AMODEL, as copoliamidas obtidas a partir do ácido adipico, do hexametileno diamina e do caprolactame.

De uma maneira vantajosa, o polímero termoplástico é um poliester, tal como o polietileno tereftalato (PET), o polipropileno tereftalato (PPT), o polibutileno tereftalato (PBT) os seus copolímeros e misturas.

Ainda de um modo mais preferido, o polímero termoplástico é escolhido no grupo de (co)poliamidas compreendendo: a poliamida 6, a poliamida 6,6, a poliamida 4, a poliamida 11, a poliamida 12, as poliamidas 4-6, 6-10, 6-12, 6-36, 12-12, os seus copolímeros e misturas. 10

Os fios, fibras e filamentos da invenção podem ser à base de uma mistura de polimeros termoplásticos ou copolimeros termoplásticos.

Os fios, as fibras, os filamentos da invenção podem incluir aditivos, tais como cargas de reforço, ininflamáveis, estabilizadores aos UV, ao calor, «matifiants», tais como o dióxido de titânio, os agentes bioactivos, etc. 0 copolimero constitui vantagem entre 0,1 e 5% em peso relativamente ao peso do fio de referência entre 0,2 e 2%. O titulo global dos fios da invenção pode ser escolhido em toda a gama de titulos habituais de fios, por exemplo, entre 10 e 1100 dtex. No domínio dos sacos de segurança que se podem dilatar, o titulo global fica com vantagem compreendido entre 200 e 950 dtex. O titulo relativo ao filamento dos fios da invenção pode ser escolhido em toda a gama dos títulos de fios habituais. O título relativo ao filamento é de uma maneira geral superior ou igual a 0,3 dtex. É habitualmente inferior ao equivalente em dtex de um diâmetro de 800 microns no caso de monofilamentos de grande diâmetro. No domínio dos sacos de segurança que se podem dilatar, os fios são de uma maneira geral de filamentos múltiplos e o título relativo ao filamento fica com vantagem compreendido entre 1,5 e 7 dtex. A invenção diz igualmente respeito a um processo de preparação dos fios, das fibras, dos filamentos que compreende as etapas seguintes: 1) tecer o material constitutivo do fio, 2) estirar eventualmente o fio, 11 3) texturar eventualmente o fio 4) tratar o fio com um líquido compreendendo o copolímero implantado como descrito anteriormente. A etapa 1 de tecedura é realizada de acordo com todos os métodos conhecidos dos especialistas da técnica.

Quando o material do fio é um polímero termoplástico, a etapa 1 é com vantagem uma etapa de tecedura no estado de fusão do polímero. A etapa 1) de tecedura é realizada segundo qualquer método conhecido do técnico deste assunto.

Quando o material do fio é um polímero termoplástico, a etapa 1 é com vantagem uma etapa de tecedura com o polímero fundido.

Os fios, fibras e filamentos da invenção podem suportar uma estiramento. Assim o fio pode ser estirado ao longo do caminho de fiação segundo qualquer procedimento conhecido, ao nível desejado segundo a orientação e as características mecânicas que se deseja conferir-lhe. Pode também ser simplesmente preorientado ou orientado durante a tecedura de acordo com a velocidade final de dobagem. Pode ser obtido directamente ou retomado em rolos para regular a tensão de dobagem, se isto se revelar útil ou necessário. A etapa 2 pode ser realizada de maneira integrada na tecedura ou não. A velocidade de dobagem fica de uma maneira geral compreendida entre 400 e 8000 m/min, com vantagem entre 600 e 5000 m/min, de um modo preferido entre 700 e 3500 m/min. 12 A etapa 3 de texturação pode ser realizada de acordo com qualquer dos métodos conhecidos dos especialistas da técnica. A etapa 4 de tratamento pode ser realizada antes ou após a eventual etapa de estiramento. A etapa 4 de tratamento pode igualmente ser realizada antes ou depois da eventual etapa 3 de texturação. 0 copolimero de tratamento da etapa 4 é de uma maneira geral utilizado sob a forma de uma solução, de uma emulsão ou de uma dispersão num liquido. 0 copolimero pode, por exemplo, ser utilizado sob a forma de uma solução aquosa. 0 copolimero pode igualmente ser integrado nas composições clássicas de lubrificação das fibras.

As lubrificações das fibras convenientes para a invenção são todas as lubrificações utilizadas classicamente no domínio da tecedura de polímeros, em particular da tecedura de poliamida ou poliesteres. As composições de lubrificação são habitualmente óleos ou emulsões aquosas. 0 líquido do processo de acordo com a invenção pode igualmente incluir outros compostos diferentes do copolimero implantado e eventualmente uma lubrificação das fibras, tais como agentes tenseoactivos, antiestáticos que são igualmente utilizados nas composições de lubrificação de fibras.

De acordo com uma forma de realização particular da invenção, o copolimero representa entre 5 e 35% de peso relativamente ao peso do liquido, de um modo preferido, entre 10 e 20%. 13 0 tratamento da etapa 4) pode ser realizado segundo as técnicas habituais tais como o depósito por rolos com a ajuda de «gudulettes». Entre as técnicas habituais, poderemos citar, a titulo de exemplos e de maneira não limitativa, a técnica de tratamento da fibra em bruto no rolo, por pulverização ou vaporização, por banho pela técnica do mergulho, bem como qualquer processo utilizado na indústria têxtil de tratamento de fibras sintéticas. Este tratamento pode ser efectuado em etapas diferentes da manufactura dos fios. Trata-se entre outras de todas as etapas em que são classicamente acrescentadas lubrificações. Pode assim aplicar-se o aditivo na parte inferior do tear antes da dobagem. Pode também no caso dos processos ditos «fibras» aplicar o aditivo antes, durante ou após as etapas de estiramento, de frisagem ou de secagem, etc.

Em certos casos, poderá por outro lado ser vantajoso submeter o fio a um primeiro tratamento prévio (pretratamento) segundo métodos conhecidos do especialista da técnica, afim de favorecer a aderência do copolimero implantado no fio. Por outro lado, poderá igualmente considerar-se submeter o fio, antes ou depois do tratamento da etapa 4, a outros tratamentos quimicos ou físicos tais como, por exemplo, irradiação, pintura e outros. A invenção diz respeito igualmente a um tecido compreendendo, pelo menos em parte, fios, fibras ou filamentos idênticos aos atrás descritos, bem como a um processo de obtenção deste tecido. Os fios utilizados para a realização do tecido podem ser da mesma natureza ou de natureza diferente, por exemplo, podem utilizar-se fios de cadeias de poliamida e fios de trama de algodão. 14

Os fios de acordo com a invenção podem ser utilizados, por exemplo, como fios da cadeia nos teares industriais. Permitem nomeadamente realizar um tecido sem etapa de colagem.

Os fios da invenção, quando são utilizados como fios de cadeia, podem ser facilmente utilizados, quer em urdidura directa, quer em urdidura seccional sem necessitar de colagem, e podem ser tecidos em todos os tipos de tear, em particular em teares de grande velocidade utilizados industrialmente.

Em certos casos, por exemplo, quando o fio se destina a ser tecido em teares que provocam nos fios de cadeia constrangimentos elevados, pode ser preferível efectuar o enceramento dos fios com qualquer produto habitualmente utilizado antes da tecedura.

Com vantagem, os tecidos que compreendem os fios de acordo com a invenção são obtidos por intermédio de um tear de tecedura a seco, tal como um tear a jacto de ar, um tear com lança ou um tear de projéctil.

Os fios, fibras, filamentos e tecidos de acordo com a invenção são particularmente úteis no domínio dos sacos de segurança que se podem dilatar. Os fios podem ser utilizados para a realização de tecidos para sacos de segurança que se podem dilatar Estes tecidos são realizados sem etapa de colagem, o que se significa - pelo menos ao nível da tecedura - o método de obtenção destes artigos, e diminui o seu custo. A presença do copolímero implantado na superfície dos fios, fibras e filamentos não tem influência nos tratamentos ulteriores a que o tecido pode ser submetido, nomeadamente quando o tecido é utilizado no domínio dos 15 sacos de segurança que se podem, dilatar. A título de exemplo de tais tratamentos ulteriores, podemos citar a termofixação, a endução por um elastómero, etc.

Outros pormenores ou vantagens da invenção aparecerão mais claramente à vista dos exemplos dados a seguir unicamente a título indicativo. A figura 1 representa de forma simplificada o processo de abrasão do fio tendo em vista a determinação do seu índice de coesão após a abrasão.

Teste para determinação do índice de coesão do fio antes e após abrasão

Uma bobina de fio a testar e condicionada, pelo menos, 48h a 23° a uma higrometria de 73%. 0 índice de coesão conferido aos filamentos individuais do fio é avaliado de acordo com o método seguinte: o fio é cortado por uma lâmina num aparelho «Shirley». As vibrações emitidas pela lâmina à medida que o corte dos filamentos individuais são registadas e contadas. 0 índice de coesão é definido pela relação: (Ver original, pag.6, linha 35)

Deste facto, o índice de coesão é de 0% se todos os filamentos são contados individualmente, e de 1% se todos os filamentos são cortados como um objecto único. O índice de coesão é determinado antes e depois da abrasão do fio num «usómetro». O método de abrasão com a ajuda de um «usómetro» está representado esquematicamente na figura 1: são colocados em paralelo 15 fios, estendidos previamente com a ajuda de rebarbas de fundição. Estes fios 16 são em seguida apertados entre duas maxilas 1 de um lado e do outro da zona de abrasão, depois cortados para além das maxilas. Os contactos 2 de abrasão são então empurrados contra os fios até um batente. A tensão entre as duas maxilas é controlada por uma célula 3 de força e ajustada a 3cN/tex. 0 teste é em seguida lançado: o conjunto das maxilas oscila de maneira a fazer esfregar os fios contra os contactos de abrasão, durante 50 ciclos. Este aparelho reproduz de maneira simplificada os principais constrangimentos suportados pelos fios da cadeia num tear: tensão e fricção do fio/metal.

EXEMPLOS

Exemplo 1

Um fio A poliamida 66 comercializado pela sociedade Rhodia Industrial Yarns AG sob a referência T644(470f68:470 filamentos de titulo de 68 detex) é desenrolado e passado entre dois rolos num banho contendo um tratamento como o que é descrito na tabela 1 a seguir, antes de ser de novo enrolado a 450m/min. A facilidade de desenrolamento da bobina é avaliada qualitativamente, o indice de coesão do fio antes e depois é determinado de acordo com o método atrás descrito.

Tabela 1

Exemplo Tratamento Facilidade índice índice de dobagem de de da bobina coesão coesão após 50 17 ciclos de abrasão ComparativoA Nenhum Fácil 5% 2% 1 Banho c/ 10%deCopojef, copolímero aplicado da Socied. RhodiaPPMC, em água Fácil 22% 12% 0 fio tratado pelo copolímero aplicado é facilmente manipulável, e apresenta três boas propriedades de coesão, tanto antes como após a abrasão, relativamente a um fio não tratado.

Exemplo 2 0 fio A não tratado, de acordo com o exemplo comparativo precedente, é urdido por meio de um urdidor seccional de maneira a confeccionar uma cadeia A de 70 m de comprimento, 1,60 m de largura e de densidade 15 fios/cm.

Da mesma forma, o fio de acordo com o exemplo 1 tratado pelo copolímero aplicado é urdido da mesma maneira, formando uma cadeia 2.

As duas cadeias são tecidas num tear a jacto de ar a 500 jactos/min, com o fio A em trama. O tecido realizado a partir da cadeia A apresenta numerosos fios rebentados em cadeia e trama, numerosos filamentos quebrados em cadeia - o que obriga a reduzir a 18 tensão da cadeia -, uma abertura dos fios da cadeia nos tubos de relançamento da trama, conduzem a numerosos defeitos de aspectos. Além disso, após a obtenção de 20 m de tecido, os fios de cadeia colocados na extremidade do pente (2 fios por dente neste ponto) cruzam-se, bloqueando completamente a marcha do tear.

Em contrapartida, o tecido realizado a partir da cadeia 2 apresenta uma diminuição significativa de desfiagem em particular nos bordos; os cruzamentos de fios na cadeia deixam de provocar mais defeitos de aspecto, e a presença de alguns filamentos quebrados não ocasiona todavia defeito de aspecto no tecido. A marcha é bem melhor e os 70 m de tecido são obtidos com poucas paragens. A tecedura com a cadeia 2 pôde ser concretizada sem problema, e sem necessidade de uma etapa de colagem o que representa uma vantagem importante.

Lisboa, 4 de Fevereiro de 2011. 19

Claims

REIVINDICAÇÕES 1. Fios, fibras ou filamentos que podem ser tecidos sem colagem, caracterizados por estar presente um copolimero implantado em, pelo menos, uma parte da superfície dos fios, fibras ou filamentos, compreendendo o copolimero implantado, pelo menos três sequências de natureza química diferente, entre as quais uma ou várias sequências de fixação nos sólidos, uma ou várias sequências de carácter hidrófobo e uma ou várias sequências de carácter hidrófilo, constituído por: a. 1 a 80% de massa, de um modo preferido, 5 a 40% de massa, de uma ou várias sequências de fixação em sólidos constituídas por uma cadeia de hidrocarbonato, linear ou ramificada, cicloalquilo ou aromática, incluindo agrupamentos azotados básicos do tipo: heterocíclicos, -NH2, -NH-, -NHR, ou -NR2, -CONH2, -CONHR, -CONR2 (em que R é um radical (C2—C6) alquilo, opcionalmente substituído por um ou vários agrupamentos -OH, -COO-, -CO-, -O-, -S03H), podendo incluir agrupamentos -COO-, sendo o teor de massa em monómeros azotados básicos na cadeia de fixação no mínimo de 5% e, de um modo preferido, de 30%, e b. pelo menos 10% de massa, de um modo preferido, 25 a 80% de massa, de uma ou várias sequências de carácter hidrófobo constituídas por uma cadeia de 1 hidrocarbonada, linear ou ramificada, cicloalquila ou aromática, podendo incluir agrupamentos -COO-, -S-, F, -Si(OR')n (R' ' )2-n em que (R' e R'' representam radicais alquilos ou arilos, semelhantes ou diferentes, em 0 1 0 0 e n = 0 a 2) , formadas por unidades monómero, cujo parâmetro de solubilidade é inferior ou igual a 21,5 J1/2 cm3 7 2 , de um modo preferido , inferior a 19 J 1/2/cm3/2 . Pelo menos 10% de massa, de um modo preferido 15 a 60% de massa, de uma ou várias sequências de caracteres hidrófilos constituídas por uma cadeia hidrocarbonada, linear ou ramificada incluindo os agrupamentos -O-, -OH, -NCO, -COO-, -COOH, -CONH2, -CONHR'' ' (em que R''' é um radical C1-C3) alquilo), -NH-, -S-, S03H, constituídas por unidades monómero cujo parâmetro de solubilidade é superior a 22 J1/2/cm 3/2, de um modo preferido superior a 22, 5J1/2/cm 3/2 .
2. Fios, fibras, filamentos de acordo com a reivindicação 1, caracterizados por a massa molecular da(s) sequência(s) de fixação, da(s) sequências de carácter hidrófobo e da(s) sequência(s) de carácter hidrófilo de copolímero implantado ser inferior ou igual a 10000.
3. Fios, fibras, filamentos de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizados por a ou as sequência(s) de fixação do copolímero implantado compreenderem agrupamentos azotados básicos 2 introduzidos a partir de um ou vários compostos escolhidos entre: i. as vinilpiridinas, por exemplo, a 2-vinilpiridina, 3-vinilpiridina, 4-vinilpiridina ou 2-metil-5- vinilpiridina, a vinilimidazole, a 2-metil-N-vinilmidazole, a vinilcarbazole, a N-vinilpirrolidona, a 3-metil-N-vinilpirazole, a 4-metil- õviniltiazole, a N- vinilcaprolactame, 0 metacrilato de etilimidazolidona, as metacrilamidas, por exemplo, a (meth)acrilamida, a N- metilacrilamida, a N- isopropilacrilamida e a N, N- dimetilacrilamida, as aminoalquil(meth)acrilatos com a fórmula seguinte (Ver original, Pag.8, linhas 26 a 35 em que Ri é um átomo de hidrogénio ou um radical (C1-C4) alquilo; R2 e R3 idênticos ou diferentes representam, cada um, um radical (Ci-C6) alquilo com n de 0 a 6. sendo os referidos agrupamentos azotados neste primeiro caso introduzidos por copolimerização 3 radicalar de um ou de vários monómero(s) etilénico(s) insaturados atrás citados, e ii. -na-N-dietil-1,4-butanodiamina, a 1— (2— aminoetil)-piperazina, a 2—(1— pirrolidil)-etilamina, a 4-amino-2-metoxi-pirimidina, o 2-dimetilamino-etanol, a 1-(2-hidroxietil)-piperazina, a 4-(2-hidroxietil)-morfolina, a 2-mercaptopirimidina, a 2-mercaptobenzimidazole, a N,N-dimetil-1,3-propanodiamina, a 4—(2— aminodietil)-piridina, o 1—(2— hidroxietil)-imidazole, o 3-mercapto-1,2,4-triazole, estando os referidos agrupamentos azotados neste segundo caso fixados a um copolimero linear ou implantado, aproveitando as funções reactivas introduzidas ao longo da cadeia preformada.
4. Fios, fibras, filamentos de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizados por a ou a(s) sequência(s) de carácter hidrófobo do copolimero implantado serem constituída(s) a partir de unidades monómeros escolhidas entre: os esteres de ácidos (meth)acrílicos, por exemplo, (meth)acrilato de metilo, (meth)acrilato de etilo, (meth)acrilato de propilo, (meth)acrilato de butilo, (meth)acrilato de hexilo, (meth)acrilato de cicloexilo, (meth)acrilato de laurilo, (meth)acrilato de estearilo, (meth)acrilato de 4 pentadecilo, (meth)acrilato de cetilo, (meth)acrilato de behenilo, (meth)acrilato de 3-(trimetoxisililo)propilo, os esteres vinilicos, como por exemplo o acetato de vinilo, o propionato de vinilo, o butirato de vinilo, o sorbato de vinilo, o estireno e os alquilestirenos, por exemplo, o a-metilestireno, viniltolueno, terciobutilestireno, os dienos, por exemplo, o butadieno, o isopreno, que podem ser hidroqenados após a polimerização, os alquilenos, por exemplo, o etileno, o propileno, os siloxanos, por exemplo, o demetilsiloxano, o difenilsiloxano, o metilfenilsiloxano, os compostos com flúor, por exemplo, 0 (meth)acrilato de trifluoroetilo, o (meth)acrilato de pentafluoropopilo / o (meth)acrilato de heptafluorobutilo, 0 (meth)acrilato de octafluoropentilo, 0 (meth)acrilato de pentadecafluoroetilo, 0 (meth)acrilato de eicosafluoroundecilo, o fluoreto de vinilo, 0 tetrafluoroetileno, ou produtos de policondensação, poliesteres ou poliamidas.
5. Fios, fibras, filamentos de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizados por a ou as sequência(s) com carácter hidrófilo do copolimero implantado serem constituídas a partir de unidades monómero escolhidas entre: 5 o óxido de etileno, os ácidos (meth)acrílicos, o ácido maleico, o ácido fumárico, o ácido itacónico, os derivados da acrilamida, por exemplo, a (meth)acrilamida, a N-metilacrilamida, a N-isopropilacrilamida, a etileneimina, o álcool vinílico, a vinilpirrolidona, a vinilmetiloxazolidona, o vinilsulfonato, o metalilsulfonato de sódio, o metacrilato de glicerol.
6. Fios, fibras, filamentos de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizados por o copolímero implantado compreender: uma cadeia principal de fixação nas partículas sólidas que inclui agrupamentos de (meth)acrilatos de dialquilaminoetilo, N,N-dimetalilacrilamida, 2-vinilpiridina, 4-vinilpiridina, sós ou em mistura, um ou vários implantes hidrófilos poli(óxido de etileno), e um ou vários implantes hidrófobos à base de (meth)acrilatos de alquilo, de esteres vinílicos sós ou copolimerizados com derivados estirénicos ou alquilestirénicos, monómeros fluoretados tais como o metacrilato de trifluoroetilo ou metacrilato de 3-(trimetoxisilil)propil. 6
7. Fios, fibras, filamentos de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizados por serem à base de polímero termoplástico.
8. Fios, fibras, filamentos de acordo com a reivindicação 7, caracterizados por serem à base de poliester ou de poliamida.
9. Fios, fibras, filamentos de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizados por o copolimero implantado representar entre 0,1 e 5% de peso relativamente ao peso do fio.
10. Fios, fibras, filamentos de acordo com a reivindicação 9, caracterizados por o copolimero implantado representar entre 0,2 e 2% de peso relativamente ao peso do fio.
11. Fios, fibras, filamentos de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizados por o título global do fio estar compreendido entre 200 e 950 dtex.
12. Fios, fibras, filamentos de acordo com uma das reivindicações anteriores, caracterizados por o título global do filamento estar compreendido entre 1,5 e 7 dtex.
13. Processo de preparação dos fios, fibras, filamentos de acordo com uma das reivindicações 1 a 12, caracterizado por compreender as etapas seguintes: 1. tecer o material constitutivo do fio, 2. eventualmente estirar o fio, 7 3. eventualmente texturar o fio 4. tratar o fio com um liquido que compreende o copolimero implantado definido segundo uma das reivindicações 1 a 12.
14. Processo de acordo com a reivindicação 13, caracterizado por o material ser um polimero termoplástico e por a etapa 1 ser uma fiação no estado fundido do polimero.
15. Processo de acordo com a reivindicação 13 ou 14, caracterizado por a etapa 4 ser realizada após as etapas 2 e 3.
16. Processo de acordo com a reivindicação 13 ou 14, caracterizado por a etapa 4 ser realizada antes das etapas 2 e 3.
17. Processo de acordo com uma das reivindicações 13 a 16, caracterizado por o líquido ser uma composição de lubrificação das fibras.
18. Processo de acordo com uma das reivindicações 13 a 17, caracterizado por o copolimero implantado representar entre 5 e 35% de peso relativamente ao peso do líquido, de um modo preferido, entre 10 e 20%.
19. Tecido, caracterizado por compreender, pelo menos em parte, fios, fibras ou filamentos de acordo com uma das reivindicações 1 a 12 ou fios, fibras ou filamentos obtidos pelo processo de acordo com uma das reivindicações 13 a 18.
20. Processo de preparação de um tecido cadeia e trama de acordo com a reivindicação 19 que compreende a tecedura realizada num tear, sendo, pelo menos uma parte dos fios de cadeia fios segundo uma das reivindicações 1 a 12 ou fios, fibras ou filamentos obtidos pelo processo de acordo com uma das reivindicações 13 a 18.
21. Processo de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por não incluir uma etapa de colagem.
22. Processo de acordo com a reivindicação 20 ou 21, caracterizado por o tear ser um tear para tecer a seco, por exemplo, um tear a jacto de ar, um tear com lanças ou um tear de projéctil(s).
23. Utilização de fios, fibras, filamentos de acordo com uma das reivindicações 1 a 12, ou fios, fibras ou filamentos obtidos pelo processo de acordo com uma das reivindicações 13 a 18 para realizar tecidos para sacos de segurança que se podem dilatar.
24. Utilização de fios, fibras ou filamentos de acordo com uma das reivindicações 1 a 12 ou fios, fibras ou filamentos obtidos pelo processo de acordo com uma das reivindicações 13 a 18 na fabricação dos sacos de segurança que se podem dilatar. Lisboa, 4 de Fevereiro de 2011. 9