PT1641434E - Formulações farmacêuticas para administração intranasal de proteína incluindo um quitosano ou um seu derivado - Google Patents

Formulações farmacêuticas para administração intranasal de proteína incluindo um quitosano ou um seu derivado Download PDF

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PT1641434E
PT1641434E PT04743222T PT04743222T PT1641434E PT 1641434 E PT1641434 E PT 1641434E PT 04743222 T PT04743222 T PT 04743222T PT 04743222 T PT04743222 T PT 04743222T PT 1641434 E PT1641434 E PT 1641434E
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chitosan
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protein
powder
salt
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Ann Margaret Dyer
Peter James Watts
Yu-Hui Cheng
Alan Smith
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Archimedes Dev Ltd
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Description

ΕΡ 1 641 434/ΡΤ
DESCRIÇÃO "Formulações farmacêuticas para administração intranasal de proteína incluindo um quitosano ou um seu derivado" 0 presente invento refere-se a formulações farmacêuticas para a administração intranasal de proteínas. É actualmente possível o fabrico de proteínas altamente purificadas, bem definidas, em larga escala. Tal revolucionou muitas áreas da medicina. No entanto, estas proteínas, sem excepção, têm de ser administradas actualmente por injecção porque são inadequadamente absorvidas pelo corpo quando administradas por outras vias.
Seria altamente desejável administrar proteína de elevado peso molecular por uma via não injectável de modo a melhorar a aceitabilidade, adesão e conveniência do doente. A via nasal tem sido utilizada com sucesso para a administração de vários fármacos peptídicos. As formulações em solução aquosa simples para a administração nasal de péptidos que são comercializadas incluem desmopressina (peso molecular de 1,1 kDa) , calcitonina de salmão (3,5 kDa) e análogos de LHRH tais como nafarelina (1,3 kDa). Deve, contudo, salientar-se que a biodisponibilidade de péptidos destas formulações é geralmente baixa. For exemplo, a biodisponibilidade nasal relatada (relativamente à via de injecção) em seres humanos de nafarelina e calcitonina de salmão é de cerca de 3% (Martindale, 33a edição, Pharmaceutical Press, London, 2002, páginas 1291 e 750).
Foram também relatadas formulações para administração intranasal contendo o péptido seleccionado e fármacos de proteínas de baixo peso molecular, tal como insulina (peso molecular de 5,8 kDa), leuprolida (1,3 kDa), goserelina (1,3 kDa), calcitonina de salmão e hormona de paratiróide (1-34) (4,2 kDa) (WO 90/09780; Illum et al, Pharmaceutical
Research, 11, 1186-1189, 1194; Illum et al, STP Pharma
Sciences, 10, 98-94, 2000; Illum, Drug Discovery Today, 7, 1184-1189, 2002; Illum, J. Control. Rei, 87, 187-198, 2003; e pedido de patente europeia EP 943 326 Al). 2 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ A via nasal para administração não tem sido, contudo, bem sucedida para proteínas maiores com pesos moleculares superiores a 10 kDa (Rouan, Capítulo 22, p. 866-867 em Modern Pharmaceuticals, 3a Edição, Banker and Rhodes (eds), Mareei Dekker, New York, 1996). A listagem ou discussão de um documento já publicado neste fascículo não deve necessariamente ser entendida como uma admissão que o documento faz parte do estado da arte ou é de conhecimento geral.
Permanece a necessidade de métodos alternativos para a administração de proteínas com um peso molecular de 10 kDa ou superior. O presente invento proporciona uma formulação adequada para a administração intranasal de proteínas com um peso molecular de 10 kDa ou superior.
Verificámos surpreendentemente que a administração intranasal de proteínas com um peso molecular de 10 kDa ou superior pode ser conseguida utilizando uma formulação em pó ou em grânulos incluindo a proteína e quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano. Pode conseguir-se absorção eficaz da proteína utilizando tal formulação. O presente invento proporciona uma formulação em pó para a administração intranasal incluindo uma proteína com um peso molecular de 10 kDa ou superior e de 30 a 65% em peso de glutamato de quitosano, em que a formulação tem um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D50%) de 25 a 200 pm. O presente invento também proporciona uma formulação para administração intranasal incluindo uma proteína com um peso molecular de 10 kDa ou superior e de 30 a 65% em peso de glutamato de quitosano, em que a formulação inclui grânulos que contêm o glutamato de quitosano, a proteína e um agente aglutinante e com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D5o%) de 25 a 200 pm. 3 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ
As formulações do presente invento incluindo a proteína com um peso molecular de 10 kDa ou superior contêm de 30 a 65% em peso de glutamato de quitosano. A restante formulação inclui proteína e, opcionalmente, outros ingredientes para melhorar a estabilidade e/ou as propriedades de manuseamento do produto, tal como o escoamento do pó. O teor de proteína da formulação é de preferência de 15 a 75% em peso, com maior preferência de 25 a 70% e com a maior preferência de 30 a 65%.
As proteínas adequadas para utilização no presente invento são as que têm um peso molecular de 10 kDa ou superior. De preferência as proteínas têm um peso molecular de 10 a 100 kDa, com maior preferência de 10 a 60 kDa e com a maior preferência de 10 a 40 kDa.
Tipicamente, as proteínas utilizadas no presente invento são aquelas que têm um efeito terapêutico ou profilático. De preferência, as proteínas utilizadas no presente invento são as que são absorvidas na circulação sistémica através da mucosa nasal e que têm um efeito biológico directo e/ou sistémico após absorção. A este respeito, são excluídos do âmbito do presente invento os fármacos de proteína que têm um eleito local quando administrados à mucosa nasal, bem como vacinas.
Pretende-se que o termo “proteína" inclua, mas não se restrinja necessariamente a, polipéptidos, glicoproteínas, metaloproteínas, lipoproteínas e suas subunidades ou fragmentos. Os materiais proteináceos adequados incluem seus derivados com, por exemplo, polietilenoglicol. Descrevem-se conjugados de PEG e proteína em Nucci et al. em Advances in Drug Delivery Reviews, 6_, 113-151 (1991) .
Os exemplos de proteínas adequadas incluem, mas não se lhes limitam, factores sanguíneos tais como Factor VIII (80-90 kDa); enzimas terapêuticas tais como β-glucocerebrosidase (60 kDa); hormonas tais como hormona de crescimento humana (somatropina) (22,1 kDa); eritropoietina (uma proteína glicosilada com peso molecular de 30,4 kDa); interferões tais como interferão alfacon-1 (19,4 kDa), interferão alfa-2b (19,2 kDa), peg-interferão alfa-2b (31 kDa), interferão beta-la (22,5 kDa), interferão beta-lb (18,5 kDa) e interferão 4 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ gama-lb (16,5 kDa); factores de estimulação de colónias tais como factor de estimulação de colónias de granulócitos (G-CSF, filgrastim) (18,8 kDa), pegfilgrastim (39 kDa) e factor de estimulação de colónias de granulócitos-macrofagos (GM-CSF, molgramostim, sargramostim) (14-20 kDa); interleucinas tais como interleucina-11 (19 kDa), formas recombinantes de interleucina-2, tais como aldesleuquina (15,3 kDa) e antagonista de receptor de interleucina-1 (anaquinra) (17,3 kDa); e anticorpos monoclonais, tais como infliximab.
As proteínas a utilizar no presente invento podem ser produzidas por tecnologia de ADN recombinante. As proteínas produzidas deste modo são tipicamente isoladas e purificadas como uma solução aquosa. No presente invento, a proteína é utilizada sob a forma de um pó.
Os pós de proteína podem ser formados a partir de soluções de proteína utilizando qualquer método adequado conhecido na arte. Os métodos adequados incluem, entre outros, criodessecagem (liofilização) , secagem por pulverização, secagem ao ar, secagem sob vácuo e tecnologia de fluidos supercríticos. O meio preferido para isolar a proteína sob a forma de um pó é por criodessecagem a partir de uma solução aquosa. A proteína pode ser seca sozinha ou, para melhorar a estabilidade, na presença de um aditivo. Os aditivos adequados incluem, mas não se lhes limitam, sais de tampões, tais como tampões fosfato, citrato e acetato; açúcares tais como sacarose e trealose; tensioactivos tais como polissorbatos; aminoácidos tais como glicina; polióis tais como manitol e sorbitol; e polietilenoglicóis. É preferível secar a proteína na presença de um aditivo. A expressão "proteína em pó" pretende significar um pó que consiste numa proteína e opcionalmente um aditivo, mas que não inclui quitosano nem um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de derivado de quitosano. A proteína em pó seca inclui, de preferência, pelo menos 40% em peso, com maior preferência pelo menos 50% e com a maior preferência pelo menos 60% em peso de proteína. 5 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ A proteína em pó seca tem, de preferência, um tamanho de partícula na gama de 10 a 900 pm, com maior preferência de 10 a 600 pm e com a maior preferência de 10 a 300 pm. Mais especificamente, o tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D50%) e medido por uma técnica tal como microscopia óptica combinada com análise de imagem encontra-se dentro dessas gamas. O Dso% é de 25 a 200 pm. Além disso, não mais de 10% em volume das partículas têm um diâmetro (Di0%) inferior a 10 pm e pelo menos 90% em volume das partículas têm um diâmetro (Dgo%) que não excede o limite superior da gama de tamanhos.
Com a maior preferência, a proteína em pó é obtida por liofilização e inclui pelo menos 60% em peso de proteína e tem um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D5o%) de 25 a 200 pm. O tipo de glutamato de quitosano mais preferido para utilização no presente invento é glutamato de quitosano com um grau de desacetilação na gama de 80 a 90% e um peso molecular na gama de 300 000 a 600 000 Da (por exemplo PROTASAN™ UPG 213 (NovaMatrix)). O tamanho de partícula preferido do glutamato de quitosano utilizado no presente invento é tal como definido anteriormente para a proteína em pó.
As formulações preferidas do invento contêm de 30 a 65% em peso de glutamato de quitosano e de 15 a 65% em peso de proteína.
As formulações do presente invento contêm opcionalmente pequenas quantidades de um ou mais ingredientes adicionais solúveis em água que não formem géis, de forma a optimizar as propriedades do pó, tais como homogeneidade ou características de escoamento. A expressão "que não formem géis" pretende significar que um ingrediente, quando colocado em contacto com água, não forma um sólido gelatinoso ou uma massa semi-sólida. Os ingredientes adicionais adequados incluem, entre outros, açúcares tais como sacarose e trealose; polióis tais como manitol e sorbitol; e tensioactivos tais como polissorbatos; aminoácidos tais como glicina; e polietilenoglicol. O manitol 6 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ é um ingrediente adicional preferido. A quantidade total de ingredientes adicionais pode ser até um total de 20% em peso da formulação. O tamanho de partícula de tais aditivos é de preferência tal como definido anteriormente para a proteína em pó.
Para evitar dúvidas, as formulações do presente invento podem conter ingredientes adicionais, tais como manitol, como um componente da proteína em pó seca e/ou como um componente separado da formulação. O presente invento também proporciona processos para preparar as formulações descritas anteriormente.
Dada a estrutura complexa das proteínas grandes e da sua susceptibilidade a desnaturação caso sejam manuseadas inadequadamente, é importante que na preparação de uma formulação intranasal as etapas de processamento sejam mantidas ao mínimo de modo a preservar a integridade e actividade biológica da proteína. 0 processo preferido para preparar formulações em pó do invento é por mistura dos ingredientes em pó. Neste processo, misturam-se conjuntamente para formar uma mistura uniforme um pó incluindo uma proteína e opcionalmente um ou mais aditivos tal como descritos anteriormente, um pó de quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano e quaisquer outros ingredientes em pó.
Caso o pó que contém a proteína seja produzido por criodessecagem, o seu tamanho de partícula é provavelmente heterogéneo e mal definido. Assim, antes de preparar a formulação intranasal, a proteína em pó deverá de preferência ser sujeita a um processo para produzir partículas de um tamanho bem definido. São bem conhecidos dos peritos na arte métodos para reduzir o tamanho de partícula. Os métodos preferidos para reduzir o tamanho da proteína em pó incluem moagem. O tamanho de partícula pode ser controlado utilizando técnicas padrão tais como peneiração.
Para minimizar a degradação da proteína, a redução de tamanho é de preferência efectuada utilizando forças de corte 7 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ baixas e/ou a baixa temperatura. Há numerosos tipos de moinhos disponíveis e estes descrevem-se vastamente em referências da literatura, tal como no capítulo 2, Pharmaceutical Principies of Solid Dosage Forms, J.T. Carstensen, Technomic, Lancaster, PA, 1993 e capítulo 37, Remington: The Science and Practice of Pharmacy, 20a Edição, Lipincott, Williams e Wilkins, Baltimore, 2000.
Para preparar uma mistura de pó uniforme em pequena escala podem ser adequados um almofariz e pilão e/ou um peneiro, enquanto são necessários misturadores mecânicos para fabrico em larga escala. Existem numerosos tipos de misturadores disponíveis e estes são descritos vastamente na literatura, por exemplo no capítulo 37, Remington: The Science and Practice of Pharmacy, 20a Edição, Lipincott, Williams e Wilkins, Baltimore, 2000.
Os processos alternativos para preparar as formulações do invento incluem secagem por pulverização, granulação e processos em fluido supercrítico.
Num processo de secagem por pulverização, asperge-se uma solução aquosa contendo quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano, a proteína e quaisquer outros ingrediente adequados para uma corrente de ar quente que resulta na evaporação rápida da água para produzir um pó. Podem encontrar-se mais detalhes sobre secagem por pulverização de produtos farmacêuticos em Broadhead et al., Drug Dev. Ind. Pharm., 18, 1169-1206, 1992.
Num processo de granulação, mistura-se uma solução de um agente aglutinante num solvente aquoso ou orgânico (o solvente de granulação) com a proteína, quitosano ou seu derivado ou sal de quitosano ou sal de um derivado de quitosano e quaisquer outros ingredientes adequados para formar uma massa homogénea. Passa-se a massa através de um peneiro grosseiro e remove-se o solvente aquoso ou orgânico por evaporação/secagem para produzir grânulos. Caso necessário, os grânulos podem então ser moídos e peneirados adicionalmente para produzir partículas do tamanho pretendido. Embora o agente aglutinante seja tipicamente dissolvido no solvente de granulação, alternativamente pode ser adicionado sob forma seca a uma 8 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ mistura em pó e ο solvente adicionado à mistura em pó para formar a massa homogénea. Podem encontrar-se detalhes adicionais sobre processos de granulação na literatura, por exemplo capitulo 6, Pharmaceutical Principies of Solid Dosage Forms, J.T. Carstensen, Technomic, Lancaster, PA. 1993. Assim, caso se utilize um processo de granulação, as composições podem incluir adicionalmente um agente aglutinante (ou de granulação). Tal agente é de preferência utilizado numa quantidade que não exceda 3% em peso da composição intranasal final. Os agentes aglutinantes adequados para utilização em produtos farmacêuticos podem ser encontrados em publicações, tal como Handbook of Pharmaceutical Excipients (4a edição. Rowe. et al (eds.), Pharmaceutical Press, London, (2003)) e incluem celuloses, amidos, açúcares, gelatina e, de preferência, polivinilpirrolidona (povidona).
Alternativamente, poder-se-ia preparar uma formulação intranasal primeiramente preparando grânulos partir de, por exemplo, proteína liofilizada. Esses grânulos podem então ser misturados com quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano e, opcionalmente, quaisquer outros ingredientes adequados, em forma de pó ou grânulos para formar uma formulação do presente invento.
Os processos de fluido supercrítico exploram as propriedades únicas dos fluidos supercríticos tal como dióxido de carbono (Winters et al., J. Pharm. Sei., 85, 586-594, 1996; Subramaniam et al, J. Pharm. Sei., 86, 885-890, 1997;
Palakodaty e York, Pharm-Res., 16, 976-985, 1999) . Por exemplo, num tipo de processo pode dissolver-se um ou mais dos ingredientes das formulações num fluido supercrítico, deixa-se então o fluido expandir e evaporar rapidamente deixando as partículas. Noutro tipo de processo, mistura-se um fluido supercrítico com uma solução incluindo um ou mais ingredientes da formulação de modo que a adição do fluido supercrítico resulta na precipitação dos ingredientes sob a forma de partículas.
As formulações do invento têm de preferência um tamanho de partícula na gama de 10 a 900 ym, com maior preferência de 10 a 600 ym e com a maior preferência de 10 a 300 ym. Mais 9 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ especificamente, ο tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (Dso%) e medido por uma técnica tal como microscopia óptica combinada com análise de imagem é de 25 a 200 pm. Além disso, não mais de 10% em volume das partículas têm um diâmetro (Dio%) inferior a 10 pm e pelo menos 90% em volume das partículas têm um diâmetro (D90%) que não excede o limite superior da gama de tamanhos. É desejável que as formulações do invento não contenham números substanciais de partículas com um tamanho inferior a 10 pm, de modo a minimizar a possibilidade de administração aos pulmões.
Num aspecto preferido do presente invento, a proteína é hormona de crescimento humana (hGH). Assim, o presente invento proporciona especificamente formulações em pó incluindo hGH e quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano, em que a formulação tem um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (Dso%) de 25 a 200 pm. O presente invento também proporciona especificamente uma formulação para administração intranasal incluindo grânulos, que contêm hormona de crescimento humana, quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano e um agente aglutinante e têm um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D5o%) de 25 a 200 pm.
Até ao momento, a hGH tem sido administrada por injecção subcutânea ou intramuscular devido a baixa absorção por outras vias de administração. Seria vantajoso administrar hGH por uma via não injectável de modo a melhorar a aceitabilidade, adesão e conveniência do doente.
Verificámos surpreendentemente que a hGH pode ser absorvida eficazmente após administração intranasal das formulações contendo hGH do presente invento. A hormona de crescimento humana (somatotropina) de ocorrência natural é excretada pelo lobo anterior da pituitária e é uma mistura heterogénea de proteínas. A forma 10 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ principal da hormona de crescimento humana é uma cadeia polipeptidica única de 191 resíduos de aminoácido com uma massa molecular de 22 kDa. Promove o crescimento de tecido esquelético, muscular e outros tecidos, estimula o anabolismo de proteínas e afecta o metabolismo de gorduras e minerais (Goodman e Gilman, The Pharmacological Basis of Therapeutics, 9a Ed, McGraw-Hill, New York, 1995) . A hormona de crescimento humana (somatropina) sintética é fabricada por tecnologia de ADN recombinante e é um polipéptido de 191 aminoácidos (PM 22 kDa) com uma sequência de aminoácidos e duas pontes dissulfureto internas idênticas à da componente principal da hormona de crescimento pituitária humana. Uma forma alternativa de hGH utilizada em medicina é somatrem, que é um análogo de somatropina contendo um resíduo de aminoácido metionilo adicional (também denominada metionil-hGH) . A expressão "hormona de crescimento humana" ou "hGH" significa somatotropina de ocorrência natural, somatropina sintética e análogos tais como o somatrem. A hGH sintética é fabricada convencionalmente por tecnologia de ADN recombinante e é tipicamente isolada e purificada na forma de uma solução aquosa. No presente invento, a hGH é utilizada sob a forma de um pó. Os pós de hGH podem ser formados a partir das soluções utilizando qualquer método adequado conhecido na arte, tal como os descritos anteriormente. A hGH pode ser seca sozinha ou, para melhorar a estabilidade, na presença de um aditivo. Descreveram-se anteriormente aditivos adequados. É preferível secar a hGH na presença de um aditivo. O meio preferido para isolar hGH sob a forma de um pó é liofilização a partir de solução num tampão, que contém opcionalmente manitol e/ou glicina. com mais A hGH em pó seca obtida por estes métodos contém pelo menos 40% em peso, de preferência pelo menos 50%, 11 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ preferência pelo menos 60% e com a maior preferência pelo menos 70% em peso de hGH.
Com a maior preferência, a hGH em pó é obtida por liofilização e contém pelo menos 70% em peso de hGH e tem um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D50%) , de 25 a 200 pm.
As formulações contendo hGH do presente invento contêm quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano. O quitosano é um biopolímero catiónico bioadesivo contendo glucosamina e N-acetilglucosamina. É preparado por desacetilação de quitina. O termo "quitosano" inclui todos os derivados de quitina ou poli-N-acetil-D-glucosamina, incluindo poliglucosaminas e oligómeros de glucosamina, materiais com diferentes pesos moleculares, nos quais a maior proporção dos grupos N-acilo foi removida através de hidrólise (desacetilação). De acordo com o presente invento, o grau de desacetilação, que representa a proporção de grupos N-acetilo que foram removidos por desacetilação, deve ser de preferência de 40 a 97%, com maior preferência de 60 a 96% e com a maior preferência de 70 a 95%. O quitosano, derivado ou sal de quitosano, utilizados no presente invento devem de preferência ter um peso molecular de 10 000 a 1 000 000 Da, com maior preferência de 15 000 a 750 000 Da e com a maior preferência de 20 000 a 650 000 (por exemplo 500 000) Da. São adequados para utilização no presente invento sais de quitosano e derivados de quitosano farmaceuticamente aceitáveis. São adequados sais com vários ácidos orgânicos e inorgânicos. Tais sais adequados incluem, entre outros, cloridrato, lactato, citrato, glutamato, nitrato, fosfato e acetato. Os sais preferidos são glutamato de quitosano e cloridrato de quitosano. O sal mais preferido é glutamato de quitosano.
Os derivados de quitosano são também adequados para utilização no presente invento. Os derivados de quitosano 12 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ adequados incluem, entre outros, ésteres, éteres ou outros derivados formados por ligação de grupos acilo e/ou alquilo com os grupos hidroxilo, mas não com os grupos amino do quitosano. Os exemplos incluem éteres O-alquilo de quitosano e ésteres O-acilo de quitosano. Os quitosanos modificados, tais como os conjugados a polietilenoglicol, podem ser utilizados no presente invento. São descritos conjugados de quitosano e polietilenoglicol em WO 99/01498. É preferível que o quitosano, o derivado ou o sal de quitosano, utilizados no presente invento, sejam solúveis em água. O glutamato de quitosano é solúvel em água. "Solúvel em água" significa que o quitosano, derivado ou sal de quitosano se dissolve em água numa quantidade de pelo menos 10 mg/ml à temperatura ambiente e pressão atmosférica.
Os quitosanos adequados para utilização no presente invento podem ser obtidos de várias fontes, incluindo Primex, Haugesund, Noruega, NovaMatrix, Drammen, Noruega; Seigagaku America Inc., MD, EUA; Meron (índia) Pvt, Ltd., índia: Vanson Ltd, VA, EUA; e AMS Biotechnology Ltd., RU. Os derivados adequados incluem os descritos em Roberts, Chitin Chemistry, MacMillan Press Ltd., London (1992). O tipo de quitosano mais preferido para utilização no presente invento é o glutamato de quitosano com um grau de desacilação na gama de 80 a 90% e um peso molecular na gama de 300 000 a 600 000 Da (por exemplo PROTOSAN™ UPG213 (NovaMatrix)). O derivado de quitosano ou um sal de quitosano ou sal de um derivado de quitosano utilizados neste invento são utilizados sob a forma de um pó finamente dividido. Os pós adequados podem ser preparados por qualquer método adequado conhecido na arte. Os métodos preferidos para preparar o pó incluem moagem e/ou secagem por pulverização. O tamanho de partícula preferido do quitosano ou seu derivado ou sal de quitosano ou sal de um derivado de quitosano utilizado no presente invento é tal como definido anteriormente para a proteína em pó. 13 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ
De preferência, as formulações contendo hGH contêm glutamato de quitosano.
As formulações contendo hGH do presente invento de preferência contêm quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano numa quantidade de 20 a 80% em peso, com maior preferência de 25 a 70% em peso e com a maior preferência de 30 a 65% em peso.
Com a maior preferência, as formulações contendo hGH do presente invento contêm glutamato de quitosano com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D50%) , de 25 a 200 pm. A restante formulação contém hGH e, opcionalmente, até 20% de ingredientes adicionais para melhorar a estabilidade e/ou as propriedades de manuseamento do produto, tal como escoamento do pó. O teor de hGH da formulação é de preferência de 15 a 75% em peso, com maior preferência de 25 a 70% e com a maior preferência de 30 a 65%.
As formulações contendo hGH do presente invento podem conter opcionalmente um ou mais ingredientes adicionais. Os ingredientes adicionais adequados incluem, entre outros, os listados anteriormente. O manitol é um ingrediente adicional preferido.
Uma formulação preferida contendo hGH do presente invento contém 30 a 65% em peso de glutamato de quitosano, 65 a 30% em peso de hGH e até 10% em peso de manitol.
As formulações contendo hGH podem ser preparadas pelos métodos descritos anteriormente.
Quando se prepara a formulação contendo hGH por um processo de granulação, um agente aglutinante preferido para a formulação de hGH em pó é polivinilpirrolidona (PVP, povidona) e um solvente de granulação preferido é diclorometano (cloreto de metileno). O tamanho de partícula das partículas nas formulações contendo hGH, independentemente do método pelo qual são 14 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ preparadas, é de preferência de 10 a 900 pm, com maior preferência de 10 a 600 pm e com a maior preferência de 10 a 300 pm. Mais especificamente, o tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D5o%) e medido por uma técnica tal como microscopia óptica combinada com análise de imagem é de 25 a 200 pm. Além disso, não mais de 10% em volume das partículas têm um diâmetro (D10%) inferior a 10 pm e pelo menos 90% em volume das partículas têm um diâmetro (D90%) que não excede o limite superior da gama de tamanhos.
Pode ser utilizado qualquer dispositivo de administração adequado para administrar as formulações do presente invento a um doente. De modo a assegurar que a máxima área superficial do tecido de absorção da cavidade nasal está exposta ao fármaco, a formulação é de preferência administrada sob a forma de aerossol, ou seja uma pluma bem dispersa de partículas de proteína e quitosano. Os dispositivos preferidos são os de um tipo em que se utiliza a energia de inalação do doente para transportar em aerossol a formulação para dentro da cavidade nasal ou aqueles em que o próprio dispositivo proporciona a energia para transporte em aerossol, tal como através de ar comprimido. Um exemplo do primeiro tipo de dispositivo é fabricado por Pfeiffer GmbH, Alemanha e um exemplo do último tipo é o "Monopowder" fabricado por Valois SA, França. 0 presente invento também proporciona um dispositivo de administração nasal tal como um dispositivo de pulverização ou um cartucho de dosagem para utilização com tal dispositivo carregado com uma formulação tal como descrita anteriormente. Tipicamente, o dispositivo de pulverização ou cartucho de dosagem conterão uma dose única da formulação, que é tipicamente de 5 a 20 mg da formulação. Um regime de dosagem típico seria na gama da administração de uma dose numa única narina à administração de duas doses em cada narina. O presente invento também proporciona a utilização de 30 a 65% em peso de glutamato de quitosano numa formulação em pó ou em grânulos com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D5o%) , de 25 a 200 pm para melhorar a absorção intranasal de uma proteína com um peso molecular de pelo menos 10 kDa. 15 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ Ο presente invento também proporciona a utilização de quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano numa formulação em pó ou em grânulos com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D5o%) , de 25 a 200 pm para melhorar a absorção intranasal de hormona de crescimento humana. O presente invento também proporciona a utilização de glutamato de quitosano numa quantidade de 30 a 65% em peso no fabrico de uma formulação em pó ou em grânulos com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D50%) , de 25 a 200 pm para administração nasal de uma proteína com um peso molecular de pelo menos 10 kDa. O presente invento também proporciona a utilização de quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano no fabrico de uma formulação em pó ou em grânulos com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (Dso%) , de 25 a 200 pm para administração nasal de hormona de crescimento humana. 0 presente invento proporciona adicionalmente um método de administração de uma proteína com um peso molecular de 10 kDa ou superior, tal como hGH, que inclui administração de uma formulação do invento ao doente através da via nasal.
As formulações do invento podem ser utilizadas para tratar/evitar doenças/condições em doentes mamíferos dependendo das proteínas que são utilizadas. Para tal, uma lista não exaustiva, listas de fármacos, doenças/condições que podem ser mencionadas incluindo aquelas contra as quais se sabe que as proteínas em questão são eficazes, incluem as listadas especificamente para as proteínas em questão em Martindale "The Extra Pharmacopoeia", 33 a Edição, Royal Pharmaceutical Society (2002).
Por exemplo, em medicina humana, hGH é administrada a crianças para tratar atraso de crescimento, por exemplo baixa estatura devido a excreção insuficiente de hormona de crescimento, síndrome de Turner ou insuficiência renal crónica. Em adultos é utilizada num tratamento para deficiência de hormona de crescimento e para controlo de 16 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ debilitação e caquexia relacionadas com VIH. As formulações contendo hGH do presente invento podem ser utilizadas para estes objectivos. 0 presente invento proporciona um método para tratar ou evitar atraso de crescimento, tal como o causado por excreção insuficiente de hormona de crescimento, síndrome de Turner ou insuficiência renal crónica; deficiência de hormona de crescimento; ou para o controlo de debilitação e caquexia relacionadas com VIH que inclui a administração intranasal de uma composição contendo hGH, tal como definida anteriormente, a um doente. 0 presente invento também proporciona a utilização de quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano no fabrico de uma formulação em pó ou em grânulos contendo hGH com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D5o%) , de 25 a 200 pm para administração nasal para o tratamento ou prevenção de atraso de crescimento, por exemplo o atraso de crescimento causado por excreção insuficiente de hormona de crescimento, síndrome de Turner ou insuficiência renal crónica; para o tratamento ou prevenção de deficiência de hormona de crescimento; ou para o controlo de debilitação e caquexia relacionadas com VIH. 0 presente invento também proporciona uma formulação do invento contendo hGH para o tratamento ou prevenção de atraso de crescimento, deficiência de hormona de crescimento ou para o controlo de debilitação e caquexia relacionadas com VIH.
As formulações do invento têm a vantagem de poder proporcionar absorção melhorada de proteínas que não são tipicamente bem absorvidas quando administradas por via nasal após administração.
Adicionalmente, verificou-se que as formulações em pó do presente invento apresentam estabilidade de armazenamento melhorada comparativamente a soluções aquosas contendo os mesmos componentes. 17 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ Ο invento é ilustrado através dos seguintes exemplos, com referência às figuras, em que: A figura 1 apresenta curvas de concentração média de hGH no soro em função do tempo após administração intranasal de formulações em pó e em solução (obtidas da forma do exemplo 6) a ovelhas (média, n=5). A figura 2 apresenta curvas de concentração média de hGH no soro em função do tempo após administração intranasal de formulações em pó e em grânulos (obtidas da forma do exemplo 12) a ovelhas (média, n=6). A figura 3a) apresenta imagens de vídeo da pluma de pó de hGH/quitosano obtida quando se dispersa pó, preparado do modo do exemplo 8, utilizando um dispositivo Monopowder, tal como no exemplo 13. A região enquadrada apresenta a população de partículas maiores caindo de volta para o dispositivo. A figura 3b) apresenta imagens de vídeo da pluma de pó de hGH/quitosano obtida quando se dispersa o pó, preparado do modo do exemplo 8 e passado através de um peneiro de 0,25 mm, utilizando um dispositivo Monopowder, tal como no exemplo 13.
Exemplo 1: Preparação de solução nasal contendo hGH a 20 mg/ml
Colocou-se 5 ml de solução-mãe de hGH recombinante (hGH a 10 mg/ml e sal de tampão fosfato a 2 mg/ml, Biochemie, Kundl, Áustria) num frasco de vidro de 20 ml. Congelou-se o conteúdo do frasco utilizando azoto líquido e criodessecou-se durante 48 horas utilizando um liofilizador Thermo Savant Modulyo D (Thermo Life Sciences, RU) . Preparou-se uma solução nasal contendo hGH a 20 mg/ml por adição de 2,5 ml de água ao frasco.
Exemplo 2: Preparação de solução nasal contendo hGH a 20 mg/ml e glutamato de quitosano a 5 mg/ml
Transferiu-se 50 ml de solução-mãe de hGH a 10 mg/ml para um balão de 250 ml, congelou-se utilizando azoto líquido e criodessecou-se durante 48 horas, tal como descrito no exemplo 1. Transferiu-se o liofilizado para um frasco de vidro, que foi vedado e armazenado com refrigeração até ser 18 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ necessário. Para preparar uma amostra da formulação nasal, pesou-se 25 mg de glutamato de quitosano (Protasan UPG213, FMC Biopolymer, Noruega) para um balão volumétrico de 5 ml. Pesou-se 120 mg do pó de hGH liofilizada (= 100 mg de hGH e 20 mg de sal de tampão fosfato) para um gobelé de 50 ml e adicionou-se 2 ml de água. Transferiu-se a solução de hGH para o balão que contém glutamato de quitosano. Lavou-se o gobelé com aliquotas de 2 x 1 ml de água que foram adicionadas ao balão. Adicionou-se 0, 1 ml de ácido clorídrico 1 M (BDH, Poole, RU) ao balão e agitou-se até se formar uma solução turva. Verificou-se o pH da solução e, caso necessário, adicionou-se ácido clorídrico 1 M para ajustar o pH da solução a 4. Ajustou-se então o volume da solução a 5 ml com água.
Exemplo 3: Preparação de pó nasal de hGH/glutamato de quitosano (hGH a 35,5% p/p)
Transferiu-se 20 ml de solução-mãe de hGH a 10 mg/ml para um balão de 100 ml, congelou-se utilizando azoto líquido e criodessecou-se durante 48 horas. Transferiu-se 323 mg de glutamato de quitosano para um almofariz e adicionou-se o pó de hGH criodessecada, misturando cuidadosamente com um pilão. Transferiu-se a mistura em pó para um frasco de vidro de 20 ml, que foi selado e colocado num misturador Turbula T2C (Willy Bachofen, Basel, Suíça). Misturou-se o conteúdo do frasco com a velocidade ajustada a 3 durante 10 minutos.
Armazenou-se o produto final a 4°C até ser necessário, incluindo hGH a 35,5% p/p, sais de tampão fosfato a 7,1% p/p e glutamato de quitosano a 57,4% p/p.
Exemplo 4: Preparação de pó nasal de hGH/glutamato de quitosano/manitol (hGH a 35,5% p/p)
Transferiu-se 20 ml de solução-mãe de hGH a 10 mg/ml para um balão de 100 ml. Dissolveu-se 200 mg de manitol (Fisher Scientific, Loughborough, RU) por agitação cuidadosa na solução de hGH. Congelou-se o conteúdo do balão utilizando azoto líquido e criodessecou-se durante 48 horas. Transferiu-se 123 mg de glutamato de quitosano para um almofariz e adicionou-se o pó de hGH/manitol criodessecado, misturando cuidadosamente com um pilão. Transferiu-se a mistura em pó para um frasco de vidro de 20 ml, que foi vedado e colocado num misturador Turbula T2C. Misturou-se o conteúdo do frasco 19 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ com a velocidade ajustada a 3 durante 10 minutos. Armazenou-se o produto final a 4°C até ser necessário e continha hGH a 35,5% p/p, sais de tampão fosfato a 7,1% p/p, manitol a 35,5% p/p e glutamato de quitosano a 21,9% p/p.
Exemplo 5: Preparação de solução subcutânea contendo hGH a 0,57 mg/ml
Preparou-se tampão fosfato 10 mM, pH 7 por dissolução de 112 mg de hidrogenofosfato de dissódio di-hidratado (Fisher Scientific) e 57 mg de di-hidrogenofosfato de sódio di-hidratado (Fisher Scientific) em 95 ml de água e seguidamente ajustando o volume a 100 ml com água. Mediu-se 2,85 ml de solução-mãe de hGH a 10 mg/ml para um balão volumétrico de 50 ml e completou-se o volume com o tampão 10 mM. Numa câmara de fluxo laminar, passou-se 20 ml da solução através de um filtro de esterilização (0,2 pm) para cada um de dois frascos de injecção estéreis de 50 ml que foram tapados e vedados. Armazenaram-se os frascos a 4°C até serem necessários.
Exemplo 6: Avaliação farmacocinética das formulações preparadas nos exemplos 1-5 O desempenho farmacocinético das preparações de hGH descritas nos exemplos 1-5 foi avaliado em ovelhas. As quatro formulações intranasais e a injecção subcutânea foram administradas a um grupo de cinco animais, com pesos na gama 60-70 kg, seguindo uma concepção cruzada aleatória. As formulações intranasais foram administradas a uma dose de hGH de 17 mg e a injecção subcutânea foi administrada a uma dose de hGH de 1,7 mg. As doses nasais liquidas foram administradas utilizando um dispositivo de pulverização inserido alguns centímetros na narina da ovelha. As doses de pó nasal foram pesadas para um tubo oral/traqueal. O tubo foi inserido alguns centímetros dentro da narina e o conteúdo foi empurrado para a cavidade nasal utilizando um fole ligado à extremidade do tubo. As doses foram divididas igualmente entre ambas as narinas.
Recolheram-se amostras de sangue e separou-se o soro. 0 soro foi analisado por ensaio imunométrico (kit IMMULITE® 2000 Growth Hormone, Diagnostic Products Corporation, Los Angeles, 20 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ EUA) para ο teor de hGH. Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados a partir dos dados de soro.
As curvas de concentração média no soro em função do tempo apresentam-se na figura 1. Apresenta-se um resumo dos parâmetros farmacocinéticos na tabela seguinte (média n=5, ± desvio padrão).
Formulação tmax médio (min) Cmax média (ng/ml) Biodisponibilidade média relativamente a injecção s/c (%) Solução de quitosano intranasal 75 ± 24 22,8 ± 14 3,6 ± 2,5 Pó de quitosano intranasal 78 ± 16 53,5 ± 33,2 7,1 ± 4,5 Pó de quitosano intranasal com manitol 69 ± 20 45,7 ± 23,0 6,0 ± 3,2 Solução intranasal de controlo 41 ± 14 1,3 ± 0,3 0,2 ± 0,05 Injecção subcutânea 150 ± 60 10,8 ± 1,3 [100] A absorção de hGH da solução de controlo nasal foi desprezável. A formulação de solução de quitosano produziu em elevado aumento da biodisponibilidade de hGH. No entanto, verificou-se que esta formulação tem uma estabilidade fraca, com o aparecimento de um precipitado após apenas um curto período de tempo de armazenamento.
As formulações em pó proporcionaram a maior absorção intranasal de hGH. A inclusão de manitol não prejudicou a absorção de hGH. Assim, caso seja necessário optimizar as propriedades do pó, é possível incluir manitol na formulação de hGH sem prejudicar a biodisponibilidade.
Exemplo 7: Preparação de pó de hGH
Transferiu-se 170 ml de solução-mãe de hGH recombinante (hGH a 8,8 mg/ml e sal de tampão fosfato a 2 mg/ml, Biochemie, Kundl, Áustria) para um gobelé de vidro de 1000 ml e congelou-se por imersão do gobelé em azoto líquido. A solução 21 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ de hGH congelada foi transferida para um liofilizador e secou-se durante um período de tempo de 48 horas. Passou-se o produto seco através de um peneiro de 0,85 mm (Endecotts, London, RU) e armazenou-se num frasco de vidro vedado a 4°C até ser necessário.
Exemplo 8: Preparação de mistura em pó de hGH/glutamato de quitosano (hGH a 50% p/p)
Pesou-se 648 mg do pó de hGH liofilizada e peneirado (preparado no exemplo 7) e 408 mg de glutamato de quitosano (Protasan UPG213, FMC Biopolymer, Noruega) para um almofariz e misturou-se cuidadosa e suavemente com um pilão. Transferiu-se a mistura em pó para um frasco de vidro, que foi vedado e colocado num misturador Turbula T2C. Misturou-se o conteúdo do frasco ajustando a velocidade a 2 durante 30 minutos. Armazenou-se o produto final a 4°C até ser necessário e continha hGH a 50,0% p/p, sal de tampão a 11,4% p/p e glutamato de quitosano a 38,6% p/p.
Exemplo 9: Selecção do solvente de granulação
Pesaram-se amostras de 10 mg do pó de hGH liofilizada (preparado tal como descrito no exemplo 7) para cada um de três frascos de vidro de 10 ml. A um dos frascos adicionou-se 1 ml de propan-2-ol (Fisher Scientific), ao segundo frasco adicionou-se 1 ml de etanol (Fisher Scientific) e ao terceiro frasco adicionou-se 1 ml de diclorometano (Fisher Scientific). Agitaram-se os frascos para dispersar o conteúdo e colocou-se numa hotte durante uma hora para permitir que a maior parte do solvente evaporasse. Os frascos foram então transferidos para uma estufa a 40 °C durante 2 horas para remover qualquer solvente restante. Finalmente, adicionou-se 5 ml de água a cada um dos frascos e agitou-se o conteúdo dos frascos cuidadosamente durante 30 minutos. As amostras em que a hGH tinha sido exposta a etanol e propan-2-ol eram ambas soluções turvas o que indica ocorrência de agregação/desnaturação da proteína. As amostras de hGH que tinham sido expostas a diclorometano formaram uma solução límpida. A integridade de hGH nesta amostra foi também confirmada por análise de HPLC por exclusão de tamanho (BioSep SEC2000 coluna de 300 x 7,8 mm [Phenomenex, Macclesfield, RU], fase móvel de tampão fosfato, pH 7,2, caudal de 0,3 ml/min, detecção de UV a 214 nm) . Com 22 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ base nestes resultados seleccionou-se diclorometano como o solvente para preparar a formulação de hGH em grânulos.
Exemplo 10: Preparação de grânulos de hGH/glutamato de quitosano (hGH a 50% p/p)
Pesou-se 15 mg de polivinilpirrolidona (PVP) (Kollidon 30, BASF Pharma, Alemanha) num gobelé de vidro de 100 ml e adicionou-se 3 ml de diclorometano (Fisher Scientific, Loughborough, RU) . Agitou-se o conteúdo do gobelé para dissolver o PVP. Pesou-se 864 mg do pó liofilizado seco de hGH peneirado (preparado no exemplo 7) e 52 9 mg de glutamato de quitosano e adicionou-se ao gobelé que continha a solução de PVP. Misturou-se bem o conteúdo do gobelé com uma espátula e deixou-se evaporar a maior parte do solvente numa hotte. Passou-se a mistura através de um peneiro de 0,25 mm (Endecotts) e transferiu-se para um gobelé de vidro de 50 ml previamente pesado. Colocou-se o gobelé numa estufa a 40°C e removeu-se e repesou-se a intervalos de 30 minutos até estabilização do peso, ou seja até que todo o solvente tivesse evaporado. Os grânulos secos foram então passados através de um peneiro de 0,15 mm (Endecotts). Moeram-se os grânulos maiores suavemente utilizando um almofariz e um pilão até terem um tamanho que lhes permitisse passar no peneiro. O produto final foi armazenado num frasco de vidro vedado a 4°C até ser necessário e continha hGH a 50,0% p/p, sal de tampão a 11,4% p/p, glutamato de quitosano a 37,5% p/p e PVP a 1,1% p/p.
Exemplo 11: Preparação de solução subcutânea contendo hGH a 0,57 mg/ml
Preparou-se tampão fosfato 10 mM, pH 7 por dissolução de 56 mg de hidrogenofosfato de dissódio di-hidratado (Fisher Scientific) e 29 mg de di-hidrogenofosfato de sódio di-hidratado (Fisher Scientific) em 45 ml de água e perfazendo até um volume de 50 ml com água. Mediu-se 1,62 ml de solução-mãe de hGH a 8,8 mg/ml para um balão volumétrico de 25 ml e completou-se o volume com o tampão 10 mM. Numa câmara de fluxo laminar, passou-se 20 ml da solução através de um filtro de esterilização (0,2 pm) para um frasco de injecção estéril de 50 ml que foi tapado e vedado. O frasco foi armazenado a 4°C até ser necessário. 23 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ
Exemplo 12: Avaliação farmacocinética das formulações preparadas nos exemplos 8, 10 e 11 0 desempenho farmacocinético das preparações de hGH descritas nos exemplos 8, 10 e 11 foi avaliado em ovelhas. As duas formulações intranasais e a injecção subcutânea foram administradas a um grupo de seis animais, com pesos na gama de 50-60 kg, seguindo uma concepção cruzada aleatória. As formulações intranasais foram administradas a uma dose nominal de hGH de 17 mg (dose de pó com um peso de 34 mg). A injecção subcutânea foi administrada a uma dose nominal de hGH de 1,7 mg (volume administrado de 3,0 ml).
Recolheram-se amostras de sangue e separou-se o soro. O soro foi analisado por ensaio imunométrico para o teor de hGH. Os parâmetros farmacocinéticos foram calculados a partir dos dados de soro. As curvas de concentração média no soro em função do tempo apresentam-se na figura 2. Apresenta-se um resumo dos parâmetros farmacocinéticos na tabela seguinte (média n=6, ± desvio padrão).
Formulação tn^ médio (min) média (ng/ml) Biodisponibilidade média relativamente a injecção s/c (%) Mistura de pó intranasal de hGH quitosano 90 ± 17 98 ± 58 14 ± 9 Grânulos de hGH/ quitosano intranasais 73 ± 16 106 ± 47 15 ±8 Injecção subcutânea 110 ±41 22 ±1 [100] A biodisponibilidade de hGH intranasal foi melhorada adicionalmente comparativamente aos exemplos 3 e 4. Este melhoramento é atribuído em parte à introdução de uma etapa de fabrico para controlar o tamanho da partícula dos pós. A formulação de hGH em grânulos não teve qualquer efeito na biodisponibilidade.
Exemplo 13: Desempenho de pós num dispositivo de pulverização nasal
Colocou-se uma amostra de 10 mg da formulação em pó preparada no exemplo 8 num dispositivo de pulverização nasal 24 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ
Monopowder (Valois, Marly-le-Roi, França). Moeu-se adicionalmente uma amostra da formulação em pó preparada no exemplo 8 num almofariz e passou-se através de um peneiro de 0,25 mm. Colocou-se 10 mg deste pó peneirado num dispositivo Monopowder. Fez-se actuar cada um dos dispositivos numa orientação vertical e capturou-se a emissão de pó numa câmara de vídeo. Apresenta-se na figura 3 uma única imagem de cada dispositivo, correspondente à extensão máxima de dispersão de pó após ter deixado o dispositivo. A figura 3a) apresenta a pluma de pó para o pó preparado no exemplo 8, no qual o único passo de peneiração foi passagem de hGH através de um peneiro de 0,85 mm. A figura 3b) apresenta a pluma de pó para a formulação que foi passada através de um peneiro de 0,25 mm. Na figura 3a) há uma população de partículas no fundo da pluma de pó que está a começar a cair de volta para o dispositivo. Presume-se que sejam principalmente partículas de hGH, que só sofreram um processo de peneiração grosseiro. A pluma de pó na figura 3b) parece ser mais uniforme na ausência de uma população de partículas maiores. Assim, é vantajoso peneirar a formulação de pó intranasal de hGH/quitosano para um pequeno tamanho de partícula para assegurar deposição e distribuição uniforme dos componentes da formulação na cavidade nasal.
Exemplo 14: Preparação de mistura em pó de hGH/qultosano contendo hGH a 64% p/p
Criodessecaram-se 20 ml de solução-mãe de hGH (tal como descrito no exemplo 7) e passou-se através de um peneiro de 0,85 mm. A hGH peneirada foi misturada com 61 mg de glutamato de quitosano utilizando um almofariz e um pilão e recolheu-se num frasco. A composição foi misturada adicionalmente num misturador Turbula T2C com velocidade ajustada a 2 durante 30 minutos. O produto final continha hGH a 64% p/p, sal de tampão a 14% p/p e glutamato de quitosano a 22%.
Exemplo 15. Preparação de grânulos de hGH/quitosano/PVP contendo hGH a 64% p/p
Criodessecaram-se 50 ml de solução-mãe de hGH (tal como descrito no exemplo 7 mas omitindo a etapa de peneiração). Adicionou-se hGH não peneirada e 147 mg de glutamato de quitosano a uma solução contendo 5 mg de PVP dissolvido em 1- 25 ΕΡ 1 641 434/ΡΤ 2 ml de diclorometano num gobelé, seguidamente misturou-se bem com uma espátula para formar uma mistura homogénea. Evaporou-se a maior parte do diclorometano numa hotte e passou-se a mistura através de um peneiro de 0,25 mm para produzir grânulos. Secaram-se os grânulos a 40°C numa estufa para remover o restante diclorometano. Passaram-se os grânulos secos através de um peneiro de 0,15 mm e recolheram-se num frasco. O produto final continha hGH a 64% p/p, sal de tampão a 14% p/p, glutamato de quitosano a 21% e PVP a 1 % p/p.
Lisboa, 2009-03-11

Claims (32)

  1. ΕΡ 1 641 434/ΡΤ 1/5 REIVINDICAÇÕES 1. Formulação em pó para administração intranasal incluindo uma proteína com um peso molecular de 10 kDa ou superior e de 30 a 65% em peso de glutamato de quitosano, em que a formulação tem um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D5o%) , de 25 a 200 pm.
  2. 2. Formulação de acordo com a reivindicação 1 incluindo de 15 a 65% em peso de proteína.
  3. 3. Formulação de acordo com a reivindicação 1 ou 2 incluindo manitol.
  4. 4. Formulação de acordo com a reivindicação 3 incluindo até 10% em peso de manitol.
  5. 5. Formulação de acordo com qualquer uma das reivindicações anteriores em que a proteína é uma que é absorvida na circulação sistémica através da mucosa nasal e que tem um efeito biológico directo e/ou sistémico após absorção.
  6. 6. Formulação para administração intranasal incluindo uma proteína com um peso molecular de 10 kDa ou superior e de 30 a 65% em peso de glutamato de quitosano, em que a formulação inclui grânulos, que incluem o glutamato de quitosano, a proteína e um agente aglutinante e com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D50%) , de 25 a 200 pm.
  7. 7. Formulação de acordo com a reivindicação 6, em que o agente aglutinante é polivinilpirrolidona.
  8. 8. Formulação em pó para administração intranasal incluindo hormona de crescimento humana e quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano, em que a formulação tem um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D5o%) , de 25 a 200 pm. ΕΡ 1 641 434/ΡΤ 2/5
  9. 9. Formulação de acordo com a reivindicação 8 incluindo glutamato de quitosano.
  10. 10. Formulação de acordo com a reivindicação 9 incluindo de 30 a 65% em peso de glutamato de quitosano.
  11. 11. Formulação de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 10 incluindo de 15 a 65% em peso de proteína.
  12. 12. Formulação de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 11 incluindo manitol.
  13. 13. Formulação de acordo com a reivindicação 12 incluindo até 10% em peso de manitol.
  14. 14. Formulação de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 13 incluindo de 30 a 65% em peso de hormona de crescimento humana.
  15. 15. Formulação de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 14, em que o quitosano, o derivado de quitosano ou sal, são solúveis em água.
  16. 16. Formulação para administração intranasal incluindo grânulos, que inclui hormona de crescimento humana, quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano e um agente aglutinante, e tem um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D50%) , de 25 a 200 pm.
  17. 17. Formulação de acordo com a reivindicação 16, em que o agente aglutinante é polivinilpirrolidona.
  18. 18. Formulação de acordo com a reivindicação 16 ou 17 incluindo glutamato de quitosano.
  19. 19. Processo para preparação de uma formulação tal como definida em qualquer uma das reivindicações anteriores, processo esse que inclui (i) misturar um pó incluindo uma proteína, um pó de quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um ΕΡ 1 641 434/ΡΤ 3/5 derivado de quitosano e opcionalmente um pó de quaisquer ingredientes adicionais para produzir uma mistura uniforme; ou (ii) misturar uma solução de um agente aglutinante com a proteína, o quitosano ou um seu derivado ou um sal de quitosano ou um sal de um derivado de quitosano e quaisquer ingredientes adicionais para produzir uma massa homogénea; passar a massa através de um peneiro grosseiro e remover o solvente por evaporação/secagem para produzir grânulos.
  20. 20. Processo (i) de acordo com a reivindicação 19, em que o pó incluindo a proteína contém pelo menos 60% em peso de proteína.
  21. 21. Processo (i) de acordo com a reivindicação 20, em que o pó incluindo a proteína contém pelo menos 70% em peso de hormona de crescimento humana.
  22. 22. Processo (i) de acordo com qualquer uma das reivindicações 19 a 21, em que o pó incluindo a proteína foi preparado por criodessecagem de uma solução tamponada incluindo a proteína e opcionalmente um aditivo, e o pó criodessecado é opcionalmente sujeito a uma etapa de moagem e/ou peneiração antes de ser misturado com os outros pós.
  23. 23. Utilização de 30 a 65% em peso de glutamato de quitosano numa formulação em pó ou em grânulos com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D50%) , de 25 a 200 pm, para melhorar a absorção intranasal de uma proteína com um peso molecular de pelo menos 10 kDa.
  24. 24. Utilização de quitosano ou de um seu derivado ou de um sal de quitosano ou de um sal de um derivado de quitosano numa formulação em pó ou em grânulos com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D50%) , de 25 a 200 pm, para melhorar a absorção intranasal de hormona de crescimento humana.
  25. 25. Utilização de glutamato de quitosano numa quantidade de 30 a 65% em peso no fabrico de uma formulação em pó ou em grânulos com um tamanho médio de partícula, expresso como o ΕΡ 1 641 434/ΡΤ 4/5 diâmetro volumétrico médio (D50%) , de 25 a 200 pm, para administração nasal de uma proteína com um peso molecular de pelo menos 10 kDa.
  26. 26. Utilização de quitosano ou de um seu derivado ou de um sal de quitosano ou de um sal de um derivado de quitosano, no fabrico de uma formulação em pó ou em grânulos com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D5o%) , de 25 a 200 pm, para administração nasal de hormona de crescimento humana.
  27. 27. Utilização de acordo com a reivindicação 23 ou 25, em que quando a formulação é administrada, a proteína é absorvida para a circulação sistémica através da mucosa nasal e tem um efeito biológico directo e/ou sistémico após absorção.
  28. 28. Utilização de quitosano ou de um seu derivado ou de um sal de quitosano ou de um sal de um derivado de quitosano, no fabrico de uma formulação contendo hormona de crescimento humana, em pó ou em grânulos, com um tamanho médio de partícula, expresso como o diâmetro volumétrico médio (D50%) , de 25 a 200 pm, para administração nasal para o tratamento ou prevenção de atraso de crescimento, deficiência em hormona de crescimento ou para o controlo da debilitação e caquexia relacionadas com VIH.
  29. 29. Formulação de acordo com qualquer uma das reivindicações 8 a 18 para utilização no tratamento ou prevenção do atraso de crescimento, deficiência de hormona de crescimento ou para o controlo da debilitação e caquexia relacionadas com VIH.
  30. 30. Utilização de acordo com a reivindicação 28 ou formulação de acordo com a reivindicação 29, em que o atraso de crescimento é causado por excreção insuficiente de hormona de crescimento, síndrome de Turner ou insuficiência renal crónica.
  31. 31. Dispositivo para administração nasal ou cartucho de dosagem para utilização num dispositivo para administração ΕΡ 1 641 434/ΡΤ 5/5 nasal incluindo uma formulação tal como definida em qualquer uma das reivindicações 1 a 18, 29 ou 30.
  32. 32. Dispositivo para administração nasal ou cartucho de dosagem de acordo com a reivindicação 31, incluindo de 5 a 20 mg da formulação. Lisboa, 2009-03-11
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