PT1531840E - Composições repulsivas de alomona e atrativas de cairomona para controlo de aracnídeos - Google Patents

Composições repulsivas de alomona e atrativas de cairomona para controlo de aracnídeos Download PDF

Info

Publication number
PT1531840E
PT1531840E PT03760695T PT03760695T PT1531840E PT 1531840 E PT1531840 E PT 1531840E PT 03760695 T PT03760695 T PT 03760695T PT 03760695 T PT03760695 T PT 03760695T PT 1531840 E PT1531840 E PT 1531840E
Authority
PT
Portugal
Prior art keywords
mites
chicken
alomone
duck
chickens
Prior art date
Application number
PT03760695T
Other languages
English (en)
Inventor
Patrick Pageat
Original Assignee
Fideline
Priority date (The priority date is an assumption and is not a legal conclusion. Google has not performed a legal analysis and makes no representation as to the accuracy of the date listed.)
Filing date
Publication date
Application filed by Fideline filed Critical Fideline
Publication of PT1531840E publication Critical patent/PT1531840E/pt

Links

Classifications

    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N27/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing hydrocarbons
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N31/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing organic oxygen or sulfur compounds
    • A01N31/02Acyclic compounds
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N37/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing organic compounds containing a carbon atom having three bonds to hetero atoms with at the most two bonds to halogen, e.g. carboxylic acids
    • A01N37/02Saturated carboxylic acids or thio analogues thereof; Derivatives thereof
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N37/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing organic compounds containing a carbon atom having three bonds to hetero atoms with at the most two bonds to halogen, e.g. carboxylic acids
    • A01N37/02Saturated carboxylic acids or thio analogues thereof; Derivatives thereof
    • A01N37/04Saturated carboxylic acids or thio analogues thereof; Derivatives thereof polybasic
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N37/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing organic compounds containing a carbon atom having three bonds to hetero atoms with at the most two bonds to halogen, e.g. carboxylic acids
    • A01N37/06Unsaturated carboxylic acids or thio analogues thereof; Derivatives thereof
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N37/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing organic compounds containing a carbon atom having three bonds to hetero atoms with at the most two bonds to halogen, e.g. carboxylic acids
    • A01N37/12Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing organic compounds containing a carbon atom having three bonds to hetero atoms with at the most two bonds to halogen, e.g. carboxylic acids containing the group, wherein Cn means a carbon skeleton not containing a ring; Thio analogues thereof
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N37/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing organic compounds containing a carbon atom having three bonds to hetero atoms with at the most two bonds to halogen, e.g. carboxylic acids
    • A01N37/14Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing organic compounds containing a carbon atom having three bonds to hetero atoms with at the most two bonds to halogen, e.g. carboxylic acids containing the group; Thio analogues thereof
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A01AGRICULTURE; FORESTRY; ANIMAL HUSBANDRY; HUNTING; TRAPPING; FISHING
    • A01NPRESERVATION OF BODIES OF HUMANS OR ANIMALS OR PLANTS OR PARTS THEREOF; BIOCIDES, e.g. AS DISINFECTANTS, AS PESTICIDES OR AS HERBICIDES; PEST REPELLANTS OR ATTRACTANTS; PLANT GROWTH REGULATORS
    • A01N63/00Biocides, pest repellants or attractants, or plant growth regulators containing microorganisms, viruses, microbial fungi, animals or substances produced by, or obtained from, microorganisms, viruses, microbial fungi or animals, e.g. enzymes or fermentates
    • A01N63/10Animals; Substances produced thereby or obtained therefrom
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61KPREPARATIONS FOR MEDICAL, DENTAL OR TOILETRY PURPOSES
    • A61K35/00Medicinal preparations containing materials or reaction products thereof with undetermined constitution
    • A61K35/12Materials from mammals; Compositions comprising non-specified tissues or cells; Compositions comprising non-embryonic stem cells; Genetically modified cells
    • A61K35/55Glands not provided for in groups A61K35/22 - A61K35/545, e.g. thyroids, parathyroids or pineal glands
    • AHUMAN NECESSITIES
    • A61MEDICAL OR VETERINARY SCIENCE; HYGIENE
    • A61PSPECIFIC THERAPEUTIC ACTIVITY OF CHEMICAL COMPOUNDS OR MEDICINAL PREPARATIONS
    • A61P33/00Antiparasitic agents
    • A61P33/14Ectoparasiticides, e.g. scabicides
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07CACYCLIC OR CARBOCYCLIC COMPOUNDS
    • C07C47/00Compounds having —CHO groups
    • C07C47/02Saturated compounds having —CHO groups bound to acyclic carbon atoms or to hydrogen
    • CCHEMISTRY; METALLURGY
    • C07ORGANIC CHEMISTRY
    • C07CACYCLIC OR CARBOCYCLIC COMPOUNDS
    • C07C69/00Esters of carboxylic acids; Esters of carbonic or haloformic acids
    • C07C69/02Esters of acyclic saturated monocarboxylic acids having the carboxyl group bound to an acyclic carbon atom or to hydrogen

Description

1
DESCRIÇÃO "COMPOSIÇÕES REPULSIVAS DE ALOMONA E ATRATIVAS DE CAIROMONA PARA CONTROLO DE ARACNÍDEOS" A presente invenção é destinada às composições de alomonas derivadas a partir da glândula do uropigio de patos para tratamento de aracnideos.
TÉCNICA ANTERIOR
Os aracnideos são uma classe de artrópodes aliada a insetos e crustáceos, mas que tem oito pernas, sem asas ou antenas, duas regiões corporais e um mecanismo respiratório de um tubo traqueal ou uma origem pulmonar. Incluídos na classe dos aracnideos estão as aranhas, os ácaros, as carraças, os aranhiços e os escorpiões.
Aracnideos particulares são um incómodo para os vertebrados. Como um exemplo, a aranha viúva negra é venenosa e quinze vezes mais tóxica do que o veneno da cascavel da pradaria. A aranha viúva negra não tem qualquer preferência por um hospedeiro em particular e, desse modo, vai picar em qualquer indivíduo. Embora em muitos casos, o veneno de uma picada de uma aranha viúva negra não seja mortal, ainda existem alguns casos em que ocorre a mortalidade em indivíduos jovens ou muito velhos.
Isto está em contraste com escalas em que ratos e veados são comummente os animais mais infetados que servem como hospedeiros para as carraças. É bem sabido que as carraças são a causa da doença de Lyme, que provoca uma doença inflamatória aguda caracterizada por alterações na pele, inflamação das articulações e sintomas idênticos à gripe causados pela bactéria Borrelia burgdorferi, transmitida pela picada de uma carraça dos veados. É bem sabido que a 2 doença de Lyme tem sido ligada a uma sindrome crónica de mazelas difusas, dores, problemas de memória e vários outros problemas médicos que podem ocorrer nos seres humanos durante meses e mesmo anos. 0 número de casos da doença de Lyme tem aumentado ao longo dos últimos anos recentes e apenas nos Estados Unidos, foi reportado um elevado recorde de 17.730 casos no ano 2000.
Ainda uma outra categoria de aracnideos são os ácaros, que são parasitas e têm hospedeiros específicos. Certos ácaros migram de aves, roedores, material alimentar, material vegetal e pó doméstico e podem atacar e irritar os seres humanos. Existem diferentes categorias de ácaros incluindo ácaro do frango do norte (Omithonyssus sylviarum), ácaro do frango (Dermanyssus gallinae), ácaro tropical do rato (Omithonyssus bacotí), ácaros de ratos domésticos (Liponyssoides sanguineus), ácaros dos folículo (Demodex folliculorum), ácaros da comichão ou da sarna (Sarcoptes scabiei hominis), ácaros da comichão das palhas (Pyemotes tritici), ácaro da farinha (Acarus siro L.) e ácaros do mofo (Tyrophagus putrescentiae) e ácaros do pó doméstico (Dermatophagoides sp.).
Os ácaros também infetam uma variedade de outros animais. Os adultos podem ser encontrados numa variedade de localizações, enquanto os ovos estão geralmente depositados na superfície do solo, em rachas e fendas e em alguns casos por baixo da pele do hospedeiro que infestam. Os ácaros da sarna que escavam (Sarcoptes scabiei), bem como os ácaros da sarna que não escavam, (Chorioptes bovis) são conhecidos por infestarem muitos animais, incluindo o homem. Os ácaros da sarna felina (Notoedres cati), embora bastante raros são altamente contagiosos e infetam os gatinhos, os gatos e os coelhos. O Psoroptes ovis é o ácaro que infeta as ovelhas. 3 0 Psoroptes bovis é o ácaro que infeta os bovinos e o Psoroptes cuniculi é o ácaro que infeta os coelhos. O Grupo Psoroptes de ácaros provoca sarna nos animais infetados. 0 Demodex folliculorum, ácaro em forma de charuto causa demodicose canina. Esta doença de pele em cães é difícil de tratar uma vez que os sintomas na pele podem resultar tanto numa forma escamosa como numa forma postular. Geralmente é requerido tratamento repetido com antibióticos e anti-histamínicos. 0 Dermanyssus gallinae, comummente conhecido como ácaro do franqo ou ácaro vermelho do frango, é o ácaro vermelho das aves de capoeira e comummente alimenta-se nas aves apenas à noite. Os cães e os gatos podem ser infetados como resultado do contacto com as aves de capoeira.
Por exemplo, aves domésticas, gatinhos, gatos e coelhos também podem ser infestados com ácaros. Foi recentemente relatado que gerbilos de estimação também foram infestados com ácaros de Aves do Norte e ácaros do frango. Os ácaros sugadores de sangue também podem transmitir a encefalite e podem provocar dermatite dos ácaros das aves de capoeira e acaríase.
Os ácaros são parasitas e podem-se alimentar no seu hospedeiro sugando o seu sangue e causando anemia, comichão, dermatite e sarna. A sua natureza parasítica faz com que certos ácaros sejam uma ameaça, não apenas para os seres humanos, mas especialmente para certas indústrias, tal como a indústria das aves de capoeira. É bem sabido que os ácaros de Aves do Norte (Omíthonyssus sylviarum) são um parasita externo das aves de capoeira com elevadas populações capazes de reduzir a produção de ovos até 10% a até 15%. O ciclo de vida total pode ser concluído 4 numa ave e consiste em ovo, larva, fase de ninfa e adulto. 0 adulto de oito patas tem cerca de 1/26 polegadas de comprimento e tem uma cor vermelha escura a preta. 0 ciclo de vida total pode ser concluído dentro de uma semana.
Além do ácaro das aves do Norte, o ácaro do frango (Dermanyssus gallinae) suga o sangue das aves de capoeira durante a noite e permanece isolado durante o dia. Estes ácaros são geralmente de cor cinza e ficam vermelhos depois de se alimentarem. Estes ácaros podem ser dificilmente vistos sem uma lupa. Quando há uma grave infestação de ácaros, os ganhos de peso em diferentes aves de capoeira são reduzidos, bem como a produção de ovos. Em alguns casos com uma grande infestação de ácaros, as jovens aves e os conjuntos de galinhas podem efetivamente morrer de anemia induzida pelo ácaro. A infestação por ácaros em culturas de aves de capoeira é um grave problema e resulta não só na perda da produção de ovos, mas também na perda dos próprios frangos. A indústria das aves de capoeira encontra-se, atualmente, a perder grandes quantidades de dinheiro devido a infestação por ácaros. Não existe nenhuma solução fácil para este problema, uma vez que em muitos casos a alimentação higiénica requer que todos os produtos químicos utilizados para matar os ácaros não possam ser utilizados na presença das aves de capoeira.
Muitos produtos químicos estão disponíveis para o tratamento do problema dos ácaros. Estes produtos incluem Actograd (Virbac) , Tugon 80 (Bayer), Sebacil (Bayer) e Etcodex (Hoechst), para mencionar alguns acaricidas. Mas, conforme mencionado acima, estes produtos não podem ser utilizados na presença de aves de capoeira e, por isso, o 5 criador de frangos deve remover os frangos e as galinhas dos seus galinheiros quando utilizar estes produtos.
Além de acaricidas, existem outras alternativas para tratar ácaros e vários outros aracnideos. Estes tratamentos incluem tratamento por gás para desinfetar os galinheiros das aves de capoeira e a utilização de pó de sílica. No entanto, o método anterior é muito caro e requer que as aves de capoeira estejam alojadas num ambiente diferente durante o tratamento. Além disso, as moléculas gasosas utilizadas neste tratamento são muitas vezes prejudiciais para a saúde dos seres humanos e dos animais. 0 tratamento com pó de sílica pode ser efetuado na presença das aves de capoeira, mas requer uma dosagem muito elevada e é-se obrigado a saturar o pó de sílica através dos galinheiros das aves de capoeira. Além disso, o pó de sílica é conhecido por provocar um número de doenças pulmonares nas aves e no homem.
Um dos problemas mais proeminentes com o tratamento químico e do pó de sílica é que os ácaros são conhecidos por habitar em rachas e fendas dos galinheiros das aves de capoeira e, por isso, são difíceis de matar utilizando acaricidas químicos e tratamentos de pó de sílica.
Devido à infestação de ácaros nas aves de capoeira os criadores de aves de capoeira perdem entre 10% a 40% do seu negócio. Uma vez que os ácaros estejam presentes num bando é impossível exterminar os ácaros numa tentativa com um tratamento. De facto, nos Estados Unidos quando um galinheiro de aves de capoeira está infestado com ácaros numa escala de 10 durante mais de quatro meses, sendo a taxa média 8, o galinheiro das aves de capoeira ou das 6 galinhas é completamente destruído. Depois da destruição do galinheiro das aves de capoeira ou das galinhas, o terreno no qual o galinheiro foi construído, bem como 400 metros em redor desse, é de seguida esterilizado e, é então construído um novo galinheiro para as aves de capoeira. Pode-se apreciar que esse procedimento, apesar de ser bastante eficiente para eliminar a infestação por ácaros, é muito caro.
Desse modo, há uma necessidade nesta técnica para encontrar uma melhor solução para o problema do tratamento de aracnídeos e especialmente do Dermanyssus gallinae na indústria das aves de capoeira, enquanto não prejudica outros animais ou o homem.
As secreções produzidas por diferentes glândulas que podem intervir numa comunicação química são conhecidas como sinais químicos. Entre os sinais químicos estão aqueles que participam estritamente em comunicações intraespecíficas, que podem ser distinguidos daqueles que estão implicados na comunicação interespecífica.
Esses sinais químicos que participam em comunicações intraespecíficas são chamados feromonas. Por definição, as feromonas são substâncias libertadas pelo organismo que provocam uma reação previsível noutro indivíduo da mesma espécie, em que essa substância pode servir, por exemplo, como um atrativo específico, comunicador social, estimulador sexual e semelhantes. É conhecido um número de diferentes glândulas que produzem feromonas em machos mamíferos como as glândulas submaxilares, salivares, as glândulas paratireoides e as glândulas sebáceas. São descritas várias aplicações de feromonas nas patentes dos E.U.A. N°s. 6,054,481, 6,077,867 e 6,169,113. 7
Zeman no documento Experimental & Applied Acarology, 5 (1988) 163 - 173 descreve uma composição de cairomona derivada das glândulas do uropigio, que são di-ésteres de ácidos gordos que são responsáveis pela alimentação dos ácaros na pele dos frangos. A glândula do uropigio obtida a partir do mergulhão de pescoço preto que produz grandes quantidades de alcanos é divulgada por Cheesbrough e Kolattuduky no The Journal of Biochemistry, vol 264 (1988) 2738 - 2743. 0 pedido de Patente dos E.U.A. 2001/0021378 AI descreve uma composição de pesticidas para controlo dos insetos prejudiciais da ordem Acarina, compreendendo 0,1 a 20% em peso, de pelo menos um composto pesticidamente ativo, 0,01% a 30%, em peso, de uma ou mais substâncias sinalizadoras selecionadas a partir do grupo constituído por feromonas, cairomonas e atrativos, 40% a 98% em peso de um absorvedor UV ou uma mistura de absorvedor UV e aditivos selecionados a partir do grupo constituído por espessantes reguladores da viscosidade, enchimentos, solventes e outros auxiliares de formulação. A Patente dos E.U.A. 4,853,217 descreve o 5,9-dimetilheptadecano como um atrativo numa composição para controlar a lagarta mineira circular Leucoptera scitella.
As feromonas sexuais masculinas e femininas produzidas pelo Acarus ímmobílis são descritas por Sato et al. em Naturwissenschaften, 80 (1993) 34 - 36.
Bohnet et al. descrevem 3-hidroxi diésteres de ácidos gordos que são produzidos em patos-reais fêmeas durante a época de acasalamento.
Esses sinais químicos que participam nas comunicações interespecificas são agrupados sob a categoria geral de sinais aleloquímicos.
Os sinais aleloquímicos são geralmente divididos em dois subgrupos, e a sua função afeta a relação entre o emissor do sinal e o recetor da mensagem. Quando existe um sinal químico que é emitido, sendo esse favorável em relação ao emissor, o sub-agrupamento é conhecido como uma alomona. Por definição, uma alomona é uma hormona ou substância produzida por uma espécie que tem um efeito sobre outra espécie, especialmente, de modo a beneficiar as espécies emitentes. Por exemplo, alomonas atrativas emitidas por certas flores podem atrair vários insetos que podem polinizar essas flores.
Em contraste quando o sinal químico emitido é relativamente favorável ao recetor o sub-agrupamento é conhecido como uma cairomona. Uma cairomona, por definição, é uma feromona ou substância que pode atrair outras espécies e, às vezes, até mesmo inimigos naturais. As cairomonas estão, por vezes, implicadas na localização de um determinado hospedeiro por um parasita. Por exemplo, o ácido láctico que é emitido pela pele humana é uma cairomona conhecida por um número de Culicidae.
As alomonas e as cairomonas são substâncias naturais que se degradam não provocando qualquer dano ao utilizador final. Estes produtos químicos também não provocam imunidade e são seguros. 9
Desse modo, num aspeto, a presente invenção confere uma alomona repulsiva de patos, que pode ser utilizada para tratar infestações por aracnideos e que é segura e eficaz e pode ser utilizada na presença de outros animais, incluindo seres humanos.
Em outro aspeto, a presente invenção confere uma alomona repulsiva de patos que pode ser utilizada para tratar ou prevenir a infeção de aves de capoeira com ácaros de frango ou ácaros de aves do Norte.
Ainda num outro aspeto a presente invenção é destinada a uma composição de alomona repulsiva de patos para utilização no tratamento ou prevenção de ácaros de frango ou ácaros de aves do Norte em aves tais como galinhas, frangos, perus, patos, gansos e pintos jovens.
Estes e outros objetos são abrangidos pela presente invenção conforme evidenciado pelo resumo da invenção, pela descrição das formas de realização preferidas e pelas reivindicações.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO A presente invenção é assim destinada a uma alomona repulsiva de patos. A presente divulgação descreve uma cairomona atrativa de frangos. As alomonas e as cairomonas foram derivadas, respetivamente, a partir da glândula do uropigio de patos e de frangos. A composição da alomona repulsiva de patos da presente invenção pode ser utilizada para afastar aracnideos tais como as aranhas, as carraças e os ácaros e, desse modo, 10 previne que esses aracnídeos piquem ou se alimentem nos hospedeiros.
Noutro aspeto a presente divulgação descreve uma composição de cairomona que pode ser utilizada para atrair aracnídeos. Uma vez que os aracnídeos sejam atraídos para esta cairomona também podem ser capturados utilizando um material adesivo ou pode-se induzir os ácaros a se alimentarem de um acaricida que esteja na armadilha. A cairomona induz o comportamento alimentar e, desse modo, é possível aumentar a adesão do ácaro a qualquer tipo de superfície adesiva tal como, por exemplo, películas de polietileno.
Noutro aspeto, a presente invenção fornece uma alomona repulsiva de patos compreendendo bis (2-etilhexil) adipato e 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato e/ou derivados desses, bem como misturas de bis (2-etilhexil) adipato ou de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato com um ou mais derivados, em que os referidos derivados são selecionados a partir de ésteres, sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e amidas de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1 pentanediol diisobutirato.
Noutro aspeto, a presente invenção fornece uma composição de alomona repulsiva de pato compreendendo entre 45,0 a 55.0 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e entre 45,0 a 55.0 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato e/ou ésteres e sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e derivados de amidas de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato, bem como as misturas de bis (2-etilhexil) adipato ou de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato com um ou mais ésteres, ou sais, álcoois, cetonas, éteres, 11 aldeídos, esteróis e derivados de amidas de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato.
Noutro aspeto a presente divulgação descreve uma composição de cairomona atrativa de frangos incluindo 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano e/ou derivados desses e/ou isómeros dos mesmos, bem como misturas de um ou mais de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano com um ou mais derivados de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano com um ou mais isómeros de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano e/ou um ou mais isómeros dos derivados de 1-heptadeceno; heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano.
Também é descrita uma composição de cairomona atrativa de frangos compreendendo entre 23,5 e 26,5 (w%/w%) de 1-heptadeceno, entre 23,5 e 26,5 (w%/w%) de heptadecano, entre 23,5 e 26,5 (w%/w%) de 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e entre 23,5 e 26,5 (w%/w%) de octadecano e/ou ésteres, ou sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e derivados de amidas de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano, e/ou isómeros desses, bem como as misturas de um ou mais de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano com um ou mais ésteres, ou sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e derivados de amidas de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano com um ou mais isómeros de 1-heptadeceno, heptadecano 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano e/ou um ou mais isómeros de 12 derivados de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano.
As composições de alomona ou de cairomona descritas acima podem ter concentrações variáveis de 0,1% a 99,9%. No entanto está presente um efeito ampliado quando utilizando as concentrações especificas descritas neste documento. Além disso, na composição de cairomona, pelo menos dois dos compostos selecionados a partir de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano podem ser utilizados na formulação e ainda possuírem um efeito de cairomona.
Noutro aspeto a presente invenção é destinada à alomona repulsiva de patos conforme descrito acima para utilização para repelir aracnídeos. Os aracnídeos incluem, mas não estão limitados a, Dermanyssus gallinae, uma carraça ou um Ornithonyssus.
Noutro aspeto, a presente invenção também é destinada a uma alomona repulsiva de patos compreendendo entre 45,0 a 55, 0 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e entre 45,0 a 55,0 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato e/ou derivados desses, bem como as misturas de bis (2-etilhexil) adipato ou de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato com um ou mais derivados de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato, em que os referidos derivados são selecionados a partir de ésteres, sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e amidas de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato para utilização no tratamento de ácaros de frango ou ácaros de Aves do Norte presentes em pintos jovens e frangos jovens. 13
Também é descrita uma cairomona atrativa compreendendo entre 23,5 e 26,5 (w%/w%) de 1-heptadeceno, entre 23,5 a 26,5 (w%/w%) de heptadecano, entre 23,5 a 26,5 (w%/w%) de 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e entre 23,5 a 26,5 (w%/w%) de octadecano, bem como as misturas de um ou mais de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano com um ou mais ésteres, ou sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e derivados de amidas de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano com um ou mais isómeros de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano e/ou um ou mais isómeros dos derivados de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano no edifício ou no galinheiro atraindo, desse modo, Dermanyssus para atração de Dermanyssus no edifício ou no galinheiro.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS A Fig. 1 é um perfil de espetro de cromatografia de gás/ espetroscopia de massa dos componentes encontrados em secreções de patos e de frangos a partir da glândula do uropígio. A Fig. 2 é um outro perfil de espetro de cromatografia de gás/ espetroscopia de massa dos componentes encontrados em secreções de patos e frangos a partir da glândula do uropígio. A Fig. 3 é ainda um outro perfil de espetro de cromatografia de gás/ espetroscopia de massa dos componentes encontrados em secreções de patos e frangos a partir da glândula do uropígio. A Fig. 4 é um gráfico demonstrando os tipos de solventes utilizados. Chi representa clorofórmio, D-eth representa éter dietílico, Acet representa 14 acetona e Eth 60% representa etanol a 60%. □ A Fig. 5 A Fig. 6 significa o nível de alimentação dos ácaros com pele lavada com o solvente, representa o nível de alimentação dos ácaros depois de depositado na pele um produto lavado com a outra pele, □ representa o nível de alimentação dos ácaros depois do depósito na pele lavada de um produto que foi lavado e depois enxaguado com água e □ significa o nível de alimentação dos ácaros para a pele natural de frango, é um gráfico que mostra a percentagem de alimentação de Dermanyssus gallinae com várias concentrações de extratos derivados a partir da glândula do uropígio de frango ou de pato com diferentes concentrações de extrato diluído com álcool solubilizado utilizando uma diluição de 1/10 a 1/160. O primeiro grupo de extratos foi testado com pele de frango lavada. O segundo grupo de extratos foi testado com pele de pato lavada. O terceiro grupo de extratos foi testado com pele de frango não lavada e o quarto grupo de extratos foi testado com pele de pato não lavada. Estes extratos eram da glândula do uropígio de pato; um foi dissolvido em álcool (□) e o outro em acetonitrilo (). é um gráfico que ilustra a percentaqem da alimentação de Dermanyssus gallinae com extratos de glândula do uropígio de pato (□) ou de frango () . Único representa a alimentação dos ácaros na pele lavada; GL Ca representa a alimentação dos ácaros com pele lavada juntamente com o extrato de glândulas do uropígio originada em pato; LCa representa a alimentação dos ácaros a partir de pele lavada 15 juntamente com o produto de lavagem originado de pato. GI Pou representa a alimentação dos ácaros na pele lavada conjuntamente com o extrato da glândula do uropigio de frango. Lpou representa a alimentação dos ácaros a partir da pele lavada conjuntamente com o produto de lavagem originado do frango. A Fig. 7 é um gráfico que mostra a percentagem de alimentação de Dermanyssus gallinae durante um período de 11 dias depois de ter sido dado às galinhas, na alimentação, a alomona repulsiva de pato da presente invenção. A Fig. 8 é um gráfico que mostra a percentagem de alimentação de Dermanyssus gallinae durante um período de 11 dias depois de ter sido dado aos frangos, na alimentação, a alomona repulsiva de pato da presente invenção. A Fig. 9 é um gráfico que mostra a percentagem de A Fig. 10 alimentação de Dermanyssus gallinae durante um período de 11 dias depois de ter sido dado às galinhas, na alimentação, a alomona repulsiva de pato da presente invenção e sangue neutro. Por "sangue neutro" é entendido o sangue de um frango que foi alimentado com comida normal, é um gráfico que ilustra a percentagem de alimentação de Dermanyssus gallinae durante um período de 11 dias utilizando o sangue de galinhas suplementadas com a alomona repulsiva de pato da presente invenção. A Fig. li são vários gráficos em diferentes dias que ilustram a percentagem de alimentação de Dermanyssus gallinae com seis diferentes grupos testados tanto com um placebo como com a alomona repulsiva de pato da presente invenção 16 colocados tanto na água como nos alimentos desde o dia 0 até ao dia 6. A Fig. 12 são vários gráficos em diferentes dias que ilustram a percentagem de alimentação de Dermanyssus gallinae com seis diferentes grupos testados tanto com um placebo como com a alomona repulsiva de pato da presente invenção colocados tanto na água como nos alimentos desde o dia 10 até ao dia 20. A Fig. 13 é um gráfico em diferentes dias que ilustram a percentagem de alimentação de Dermanyssus gallinae em pintos jovens. □ representa o controlo; representa a administração da alomona repulsiva de pato na alimentação que foi interrompida; §3 representa a administração da alomona repulsiva de pato da invenção aos pintos jovens. A Fig. 14 é um gráfico que ilustra a percentagem de alimentação de Dermanyssus gallinae na pele de frango normal com penas e na pele de frango nua sem penas. □ representa o controlo; ^3 representa a administração da alomona repulsiva de pato da invenção. A Fig. 15 é um gráfico que ilustra a percentagem de alimentação de Dermanyssus gallinae em pintos jovens durante um período de vinte e quatro dias. □ representa o controlo; representa a administração da alomona repulsiva de pato da invenção. A Fig. 16 é um gráfico que mostra o grau de infestação no Dia 0 antes do tratamento e no Dia 25 depois do tratamento com alomona repulsiva de pato (DRA) de ácaros de frango para cada uma das sete linhas das galinhas tratadas. 17 17 A Fig. 17 é um gráfico que mostra a percentagem de infestação de ácaros de frango em cada galinheiro (gaiola) para cada uma das sete linhas de galinhas no dia 0 (não tratado) e no dia 35 depois do tratamento com alomona repulsiva de pato (DRA). A Fig. 18 A Fig. 19 é um gráfico que mostra o número de colónias por galinheiro (gaiola) de ácaros de frango no Dia 0 antes do tratamento e no Dia 35 depois do tratamento com alomona repulsiva de pato (DRA) nas sete linhas de galinhas que foram testadas, é um gráfico mostrando o diâmetro dos ácaros de frango no Dia 0 antes do tratamento e no Dia 35 depois do tratamento com alomona repulsiva de pato (DRA) para as sete linhas de galinhas que foram testadas. A Fig. 20 é um gráfico mostrando a infestação das fezes das galinhas no Dia 0 antes do tratamento e no Dia 35, depois do tratamento com alomona repulsiva de pato (DRA) para as sete linhas de galinhas que foram testadas. A Fig. 21 é um gráfico mostrando a percentagem de alimentação de ácaros de frango em pintos com a alomona repulsiva de pato (DRA) extraída a partir das fezes das galinhas. O produto de DRA foi extraído com álcool. A Fig. 22 é um gráfico mostrando a percentagem de infestação de ácaros de frango no suporte do galinheiro (gaiola) para cada uma das sete linhas de galinhas no dia 0 (sem tratamento) e no dia 35 depois do tratamento com a alomona repulsiva de pato (DRA). A Fig. 23 é um gráfico mostrando a percentagem de alimentação de ácaros de frango em pintos que 18 foram tratados com a alomona repulsiva de pato (DRA) em diferentes diluições extraídas a partir das glândulas do uropígio de galinhas autopsiadas depois do tratamento no dia 35. A Fig. 24 é um espetrógrafo GC/MS da alomona repulsiva de pato (DRA) extraída a partir de galinhas que foram autopsiadas 35 dias depois do tratamento. 0 pico de DRA pode ser visto à volta de 13,23 neste espetrógrafo. A Fig. 25 é uma curva mostrando a quantidade de produção de ovos de galinhas tratadas com alomona repulsiva de pato (DRA) . ▲ representa a percentagem da idade dos ovos que foram postos; □ representa o peso médio dos ovos; ---- representa o peso da galinha viva (LW) ; e Θ representa o peso teórico da galinha viva (LW). A Fig. 2 6 é uma curva teórica da produção de ovos de galinhas normais que não foram tratadas com alomona repulsiva de pato (DRA).
FORMAS DE REALIZAÇÃO PREFERIDAS DA PRESENTE INVENÇÃO
Conforme utilizado neste documento, o termo "aracnídeos" engloba a totalidade da classe dos Aracnídeos, incluindo a ordem Aracnídea, Parasitiforme e Acari. Assim sendo, incluído na classe Aracnídea estão as aranhas, as carraças, bem como todos os tipos de ácaros, incluindo as subordens Mesostigmata, Astigmata e Prostigmata.
Conforme utilizado neste documento, as palavras "ave" e "aviária" são utilizadas de forma permutável e englobam qualquer animal de sangue quente com penas e asas que ponha ovos e que é geralmente capaz de voar. Exemplos de aves, inclui, mas não estão limitados a pintos, frangos, galinhas, patos, gansos, perus e semelhantes. 19
Por "cairomona" é entendido um semiquímico que é produzido por um organismo de forma a induzir uma resposta num organismo de outra espécie. Essa produz uma resposta que é desfavorável para o emissor.
Por "alomona" é entendido um semiquímico que é produzido por um organismo de forma a induzir uma resposta num organismo de outra espécie. Essa produz uma resposta favorável para o emissor. Por exemplo, algumas plantas produzem alomonas que repelem insetos e os impedem de se alimentarem.
Pelo termo "solução" é entendido um sólido que é disperso através de um líquido tanto por ser dissolvido nele ou por estar em suspensão.
Por "composição melhoradora" é entendida uma composição ativa que é específica espécie para espécie em aves e que pode ser utilizada de modo a melhorar ou a atuar sinergicamente com a composição de alomona ou de cairomona de forma a aumentar a eficácia das espécies específicas da composição.
Quando se refere as misturas dos compostos descritos neste documento com um ou mais dos seus derivados e um ou mais de isómeros significa que a composição pode incluir, por exemplo apenas, bis (2-etilhexil) adipato e um derivado de álcool de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato ou um derivado de álcool de bis (2-etilhexil) adipato e um isómero do derivado de álcool de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato. Os derivados e os isómeros referidos neste documento têm exatamente as mesmas percentagens de peso que mencionado pelos seus equivalentes 20 químicos. Por exemplo, os derivados e isómeros de cerca de 45,0 a 55,0 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e de cerca de 45,0 a 55,0 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato têm a mesma concentração de entre 45,0 a 55,0 (w%/w%). O mesmo raciocínio também é aplicado à composição de cairomona.
Conforme utilizado neste documento os termos "isómeros" incluem isomerismo estrutural e isomerismo espacial e referem-se aos isómeros da composição de alomona e da composição de cairomona, bem como aos seus derivados.
Mais especificamente, a presente divulgação descreve a identificação de uma composição de alomona e de uma composição de cairomona que é derivada a partir de secreções em torno da glândula do uropígio de aves. A composição de alomona da presente invenção compreende uma mistura de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato e/ou derivados desses e/ou misturas de bis (2-etilhexil) adipato ou 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato com um ou mais derivados de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato, em que os referidos derivados são selecionados a partir de ésteres, sais, álcoois, cetonas, aldeídos éter, esteróis e amidas de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil pentanediol diisobutirato. A composição de alomona da presente invenção compreende uma mistura de entre 45,0 a 55,0 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e a partir de entre 45,0 a 55,0 (w%/w%) de 2,2,4-dimetil 1,3 pentanediol diisobutirato e/ou derivados desses e/ou misturas de bis (2-etilhexil) adipato ou de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato com um ou mais 21 derivados de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1/3 pentanediol diisobutirato, em que os referidos derivados são selecionados a partir de ésteres, sais, álcoois, cetonas, aldeídos éter, esteróis e amidas de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil pentanediol diisobutirato. A composição de cairomona descrita na presente divulgação compreende uma mistura de entre 23,5 a 26,5 (w%/w%) de 1-heptadeceno, entre 23,5 a 26,5 (w%/w%) de heptadecano, de cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e entre 23,% a 26,5 (w%/w%) de octadecano e/ou derivados desses e/ou isómeros dos mesmos e/ou misturas de um ou mais de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano com um ou mais ésteres, ou sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e derivados de amidas de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano com um ou mais isómeros de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano e/ou um ou mais isómeros de derivados de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano.
As composições de alomona ou de cairomona descritas acima podem ter várias concentrações de 0,1% a 99,9%. No entanto um efeito aumentado está presente quando utilizando as concentrações específicas descritas neste documento. Além disso, na composição de cairomona, podem ser utilizados pelo menos dois dos compostos selecionados a partir de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano na formulação e ainda possuem um efeito da cairomona. 22
As composições de alomona ou de cairomona também podem ser ligadas a um transportador químico conferido de forma que a estrutura bioativa da composição seja preservada. Essas moléculas transportadoras incluem, mas não estão limitadas a, resinas, lipossomas, compostos de coroa, proteínas transportadoras, qualquer tipo de polímero e semelhantes.
As composições podem ser utilizadas na sua forma pura, bem como nas suas formas derivadas, tais como ésteres, ou sais, bem como álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e amidas. Isómeros das formas puras e derivadas também estão englobados na presente divulgação. Estes derivados ou isómeros podem substituir um ou mais ou todos os componentes químicos nas composições da presente divulgação e têm os mesmos efeitos.
Noutro aspeto a presente invenção compreende a composição em solução. Desse modo, a presente invenção confere em solução de entre 45,0 a 55,0 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e de a partir de entre 45,0 a 55,0 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato de uma alomona repulsiva de pato Dennanyssus e/ou derivados desses e/ou misturas de bis (2-etilhexil) adipato ou 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato com um ou mais derivados de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato, em que os referidos derivados são selecionados a partir de ésteres, sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e amidas de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil-29-2010 pentanediol diisobutirato. Neste documento também é descrita uma composição em solução compreendendo entre 23,5 a 26,5 (w%/w%) de 1-heptadeceno, entre 23,5 a 26,5 (w%/w%) de heptadecano, entre 23,5 a 26,5 (w%/w%) de 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e entre 23.% a 26,5 (w%/w%) de octadecano 23 e/ou derivados e/ou isómeros desses e/ou misturas de um ou mais de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano com um ou mais ésteres, ou sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e derivados de amidas de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano com um ou mais isómeros de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e/ou um ou mais isómeros dos seus derivados de uma cairomona atrativa de frango Dermanyssus.
Essas composições e soluções são utilizadas separadamente tanto como uma composição repulsiva ou como uma composição atrativa. A composição pode ser na forma de uma solução, spray de aerossol, gel, matriz de libertação lenta, champô, sabão, loção, pomada e semelhantes. A composição também pode ser colocada em lipossomas, num difusor, em qualquer tipo de polímero e pode ser microencapsulada. A solução de alomona e as composições descritas neste documento também podem ser colocadas no alimento e serem dadas a comer às aves ou a outros animais. Essa também pode ser colocada em água e bebida pelas aves ou por outros animais. A concentração das composições de alomona e de cairomona acima mencionadas pode variar dependendo da forma final de utilização. No entanto, as concentrações dessas composições que são utilizadas e a sua concentração podem ser verificadas e testadas de acordo com os métodos estabelecidos na presente divulgação. 24
As composições de alomona e de cairomona podem ser diluídas em qualquer solvente não aquoso de modo a formarem a solução descrita neste documento. Solventes tais como, álcool, éter dietilico, clorofórmio, etanol, benzeno, álcool propílico, isopropanol, 2-propanol, acetona de polissorbato 80 e semelhantes. Também podem ser utilizadas combinações destes solventes.
Quando as composições são administradas nos alimentos, geralmente são dissolvidas em solução aquosa que possa ser ingerida tal como água ou óleo vegetal ou animal ou qualquer tipo de produto gordo utilizado de modo a preparar alimentos humanos ou animais. Essas também podem ser adicionadas como uma composição sólido diretamente no alimento. A cairomona atrativa de frango Dermanyssus também pode ser colocada em papel colante tal como o papel celulósico ou numa caixa que possa atrair e prender os aracnídeos. Além da cairomona atrativa, também é utilizado um adesivo para fins de retenção. Tal adesivo tanto pode ser um adesivo natural como um adesivo sintético. Os adesivos naturais típicos incluem amidos e amidos modificados. Os adesivos sintéticos que podem ser utilizados incluem, mas não estão limitados a poliacrilatos, cloretos de polivinila, silicones, uretanos, copolimeros de estireno, polivinilacetatos e semelhantes. A camada adesiva tem geralmente entre 0,02 a 0,5 polegadas de espessura. A caixa ou recipiente de retenção pode ser feita a partir de qualquer material, tal como cartão prensado para utilização interior ou plástico ou polímeros para utilização exterior. A cairomona atrativa é espalhada através da totalidade do interior e a caixa ou recipiente 25 tem uma ou mais passagens de entrada, de tal modo que os aracnídeos podem entrar livremente e ficar presos pela substância adesiva. A concentração da cairomona é de cerca de 0,015 ppm a 0,5 ppm nesta aplicação para o recipiente.
As presentes composições de alomona podem ser aplicadas a uma variedade de objetos com os quais os Aracnídeos entram em contacto tais como paredes, tendas, camas, carpetes, roupas e assim por diante. Além disso, a presente composição de alomona pode ser aplicada topicamente em animais ou em seres humanos de forma a repelir aracnídeos tais como os ácaros, as carraças, as aranhas e semelhantes. A presente divulgação também descreve um método para repelir Aracnídeos, em que o referido método compreende a administração de uma quantidade repulsiva de uma alomona repulsiva de pato a animais que necessitam de tal tratamento. Incluídos na categoria dos animais está o homem, uma vez que os ácaros do frango são parasitas zoonóticos e é eficaz na prevenção da alimentação em seres humanos. A presente divulgação inclui um método de tratamento ou de prevenção de ácaros de frango ou ácaros de aves do Norte em galinhas, frangos, patos, perus, gansos e pintos jovens em que o referido método compreende a administração a galinhas, frangos ou pintos jovens que necessitam de tal tratamento uma quantidade farmaceuticamente eficaz de uma alomona repulsiva de pato compreendendo cerca de 45,0 a 55.0 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e cerca de 45,0 a 55.0 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato e/ou derivados desses e/ou isómeros dos mesmos e/ou misturas de bis (2-etilhexil) adipato ou de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato com um ou mais 26 ésteres, ou sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e derivados de amidas de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato com um ou mais isómeros de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato e/ou um ou mais isómeros de derivados de bis (2-etilhexil) adipato e de 2, 2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato.
Ainda noutro aspeto a presente divulgação inclui um método de atração de Dermanyssus em edifícios ou em galinheiros compreendendo a colocação de uma cairomona atrativa que compreende cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de 1-heptadeceno, cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de heptadecano, cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de octadecano e/ou derivados desses e/ou isómeros dos mesmos e/ou misturas de um ou mais de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico), octadecano com um ou mais ésteres, ou sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e derivados de amidas de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano com um ou mais isómeros de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano e/ou um ou mais isómeros de derivados de 1-heptadeceno, heptadecano, 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e octadecano nos edifícios ou galinheiros, atraindo, desse modo, o Dermanyssus.
As composições acima descritas foram descobertas depois de análise pormenorizada das composições químicas obtidas a partir de secreções da glândula do uropígio em patos e frangos.
Mais particularmente, este procedimento envolvia a limpeza da área do uropígio de patos ou frangos com uma compressa 27 estéril e analise da composição de secreções com cromatografia de gás/ espetroscopia de massa. A partir dos cromatógrafos as composições químicas que foram predominantes nas secreções ainda foram analisadas utilizando uma base de dados de computador, que é conhecida na técnica e a mistura química foi determinada para a composição de alomona e para a composição de cairomona.
De forma a ilustrar completamente a presente invenção e as vantagens da mesma, são conferidos os seguintes exemplos específicos.
Exemplo 1
Isolamento e Análise para identificar alomonas e cairomonas a partir de frangos e patos
As amostras foram obtidas a partir de patos e frangos, através da aplicação de uma compressa estéril à glândula do uropígio ou glândula da cauda e as secreções desta glândula foram recolhidas sobre a compressa. A compressa foi imediatamente colocada num frasco contendo 10 mL de diclorometano e o frasco foi agitado várias vezes de tal forma que a secreção foi desabsorvida.
Depois de obter as amostras de 10 patos e 16 frangos foram retirados 5 mL de solvente (acetonitrilo e diclorometano) de cada uma das amostras da mesma série de modo a formar uma amostra combinada. A amostra combinada de 15 mL foi então concentrada por dez por evaporação através de uma corrente de ar para 1,5 mL. A amostra foi depois analisada por cromatografia de gás/ em espetroscopia de massa (GC/MS) utilizando um Turbo Mass GC/MS da Perkin-Elmer. A coluna utilizada foi um tipo JW DB 5 MS tendo um comprimento de 30 m uma largura de 0,25 mm e 28 uma película de 0,25 μπι. A divisão utilizada era 1/20 e a divisão/ divisão menos utilizada foi de 45 segundos. Foram inj etados 2,0 μΐ. A deteção foi efetuada sobre impacto utilizando um impacto positivo eletrónico (E1+) a uma energia de 70 eV a 180 °C. Esta técnica foi utilizada de forma a separar as moléculas de modo reprodutível e característico.
Uma base de dados, conhecida na técnica, foi depois inquirida de modo a interpretar quais as moléculas nas amostras que estavam mais próximas do espetro obtido.
De forma a confirmar a estrutura das diferentes moléculas, foi então executada ionização química positiva (C1+), em metano. Esta técnica é conhecida na técnica.
Os perfis dos dois diferentes cromatógrafos que foram obtidos a partir do pato e do frango eram diferentes. No frango, foi encontrada uma composição atrativa de cairomona. Por outro lado no pato, foi encontrada uma alomona repulsiva conforme indicado na Tabela 1 abaixo.
Os resultados dos cromatógrafos estão disponíveis nas Figuras 1 a 3, para frangos e patos, respetivamente.
Tabela 1
Composição Aplicação Massa molar g/mol Tempo de retenção em minutos 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato Alomona 286 13, 37 1-heptadecenol Cairomona 254 17,57 Heptadecano/ heptadeceano Cairomona 240 / 238 17,61 Esteroide Alomona 284 17,80 9-octadeceno-l-ol (álcool Cairomona 268 18,52 29 oleico) Octadecano/ octadeceno Cairomona 254 / 252 18,65 Esteroide Alomona 312 19,60 bis (2-etilhexil) adipato Alomona 370 21,15
Depois do exame completo aos cromatógrafos, a cairomona atrativa em frangos foi composta com a seguinte composição: cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de 1-heptadecenol cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de heptadecano/ heptadeceno cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de octadecano /octadeceno
Depois do exame completo aos cromatógrafos, foi verificado que a alomona repulsiva dos patos era composta pela seguinte composição: cerca de 45,0 a 55,0 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato cerca de 45,0 a 55,0 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato
As concentrações especificas de cairomonas e de alomonas tal como foram preparadas acima foram utilizadas em todos os exemplos que se seguem.
Exemplo 2
Seleção da escolha de solventes
As moléculas presentes na pele são essencialmente lipossolúveis e para as extrair é necessário utilizar um solvente orgânico. No entanto, os solventes orgânicos são extremamente irritantes para a pele e têm o risco de alterarem a textura cutânea, o que poderia induzir a uma 30 modificação de comportamento num parasita. Desse modo, foram realizadas as seguintes experiências de forma a testar diferentes solventes e a identificar aqueles que não alteram a textura cutânea da pele, bem como sendo menos nocivos para a pele bem como o parasita ou o aracnideo.
Foram testados quatro solventes diferentes; nomeadamente clorofórmio, éter dietilico, acetona e etanol a 60%. Para cada solvente a variação da quantidade de alimentação de Dermanyssus gallinae foi efetuada para um penso excisado da pele de frango lavada com o solvente particular e a pele natural.
Cada pele foi lavada três vezes com 0,5 mL de solvente. Num primeiro grupo, a pele foi lavada in vitro e, depois dada a alimentar aos aracnideos (Dermanyssus gallinae). Num segundo grupo, foi colocada uma aliquota de 0,5 mL de solvente sobre a pele já lavada e foi permitido que se evaporasse. Num terceiro grupo, a pele foi lavada com um líquido obtido depois de lavar uma pele diferente de frango ou pato. Para o etanol a 60%, depois de lavar e deixar este solvente evaporar, a pele foi novamente lavada duas vezes com 0,5 mL de água.
Os resultados são apresentados na Figura 4. É claro a partir desta figura que o etanol a 60% deve ser utilizado como solvente uma vez que não existe na camada sebácea da pele de frango uma ou mais substâncias que atraiam a alimentação do Dermanyssus gallinae.
Exemplo 3
Testes com os extratos A pele dos frangos e patos foi utilizada neste exemplo de modo a procurar a presença de cairomonas e alomonas nessas 31 duas aves diferentes. A pele dos patos e dos frangos foram lavadas três vezes com 0,5 mL de etanol a 60% e as aliquotas destas lavagens foram recolhidas. 0,5 mL das aliquotas de lavagem, foram, de seguida, novamente depositadas na mesma pele outras três vezes e foi mantido um período de uma hora entre cada lavagem de forma a permitir que o álcool evaporasse. Depois das três últimas lavagens, a pele foi lavada uma vez com 0,5 mL de água desionizada.
Os extratos originados da glândula do uropígio ou da glândula da cauda foram depositados sobre a pele de frango ou a pele de pato lavada com etanol. Esses extratos foram diluídos 1/20 antes de serem depositados. Esta diluição tem em consideração o volume da secreção bruta que foi encontrada distribuída pela totalidade do corpo.
Foram aplicados Dermanyssus gallinae (30 por tubo) na pele de frango ou na pele de pato. Foram utilizados três tubos nesta experiência, cada um contendo 30 Dermanyssus gallinae. Os resultados são apresentados na Figura 5. A partir destas experiências foi concluído que existe na pele uma ou mais substâncias que potenciam a alimentação da Arcadnida e que é uma cairomona. Esta cairomona está presente na glândula do uropígio ou da cauda. Também existe na pele de um pato uma ou mais substâncias que têm um efeito repulsivo sobre a Arcadnida e também são encontradas na glândula do uropígio ou da cauda. Estas substâncias são alomonas.
Extratos da glândula do uropígio de pato e de frango foram diluídos 1/10, 1/20, 1/40, 1/80 e 1/160 com álcool etílico. Quatro pedaços de papéis absorventes foram colocados numa placa de Petri. Num dos papéis foi colocado um acaricida 32 conhecido (LD 100 durante 12 horas a 1,20 da dose prescrita) . No outro papel foram colocados os produtos de extração. Os ácaros foram introduzidos na placa de Petri. A placa de Petri foi fechada e colocada num local seco durante 12 horas. Depois de 12 horas, foram contados os ácaros mortos. Os resultados são mostrados para os extratos na Figura 6.
Exemplo 4
Teste de alomona repulsivo em pintos jovens
Uma gaiola foi infestada com Dermanyssus gallinae a um nível de infestação de 5/8. 0 máximo observado em reprodução é de 6/8. Isso significa cerca de 60 ácaros por cm2. A gaiola foi separada em dois compartimentos. Um compartimento continha apenas o alimento. Esta separação permitiu uma livre circulação de ácaros entre ambos os compartimentos mas não dos jovens pintos, que foram restritos ao compartimento que não contém o alimento. As duas zonas da gaiola foram igualmente infetadas com os ácaros de frango. Os jovens pintos utilizados neste exemplo tinham um dia.
Os pintos foram separados em dois lotes. O lote A foi alimentado com um alimento suplementado com alomona repulsiva de pato (daqui para a frente DRA) e o lote B com alimento normal no Dia 1. 800 pg/ 200 g de DRA, assim 4 mg/ kg foram adicionados ao alimento. A quantidade de alimentos consumidos pelos pintos foi em média de 15 g a 20 g. 33
Foram introduzidos quatro pintos em cada gaiola com dois compartimentos. Todos os pintos mortos foram imediatamente retirados e substituídos de modo a manter 4 animais em cada compartimento. A experiência teve lugar ao longo de 11 dias. Os resultados a seguir são mostrados na Tabela 2 abaixo.
Tabela 2 Número de mortes Número de mortes Dia Lote A Lote B 0 0 0 1 4 4 2 4 4 3 3 4 4 0 2 5 0 3 6 0 1 7 0 1 8 0 1 9 0 0 10 0 0 11 0 0 Total de Mortes 11 20
Os resultados acima provam a eficácia da proteção da DRA no alimento para pintos contra ácaros de frango.
Exemplo 5
Teste de alomona repulsiva em frangos e galinhas
Diferentes concentrações de alomona repulsiva de pato (daqui para a frente DRA) foram testadas em alimentos de galinhas e frangos do tipo industrial a uma concentração base de 200 pg de alimento/ animal/ dia de acordo com a Tabela 3 apresentada abaixo: 34
Tabela 3
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Dose de DRA em μg/ animal/ dia 0 32 160 800 Tratamento AI A2 A3 A4
Os resultados obtidos são mostrados nas Figuras 7 e 8.
Estes resultados mostram que duas concentrações protegem as galinhas contra o ataque de Dermanyssus gallinae, uma vez que o nível de alimentação é inferior a 20% e este é o limite aceitável tolerado no frango no aviário. A comparação com a outra concentração e o controlo mostram que a variação é significativa. De facto, o Grupo 3 e o Grupo 4 tinham um nível de alimentação inferior aos outros três Grupos (Grupo 1 de controlo e Grupo 2) . Desse modo, existe uma dose eficaz de DRA integrada no alimento. A pequena inflexão das curvas para o Grupo 3 e Grupo 4 no dia 8 foi uma variação do protocolo uma vez que estes grupos de animais não foram alimentados ad libitu durante o dia anterior a esta experiência.
As curvas nas Figuras 7 e 8 mostram que os resultados são idênticos entre a galinha e o frango e, por isso, a DRA não tem um efeito diferente em sexos diferentes.
As diferenças estatísticas utilizando o teste permitem comparar os diferentes Grupos com o controlo e mostram as diferenças estatísticas, que são conforme se segue: (1) p < 0,0001 a p < 0,005 o máximo para o Grupo 4 vs controlo no dia 4. (2) Existe uma diferença significativa entre o Grupo 3 e o Grupo 4 no dia 6 (frango) dia (frangos e galinhas) 35 e dia 11 (galinhas) : p < 0,01 para cada uma destas comparações. (3) Para o Grupo 4, a variação foi significativamente diferente dos outros três Grupos: p < 0,0001 para o
Grupo 4 vs controlo, Grupo 1 e Grupo 2.
Exemplo 6
Teste da alomona com sangue neutro e DRA
Nesta experiência foi utilizado sangue neutro e a pele de galinhas e frangos foi suplementada com DRA (p < 0,0007) e foram utilizados os mesmos Grupos e tratamento que no Exemplo 4 (ver Tabela). Os ácaros foram alimentados no mesmo nível conforme anteriormente no Exemplo 5. Os resultados são mostrados na Figura 9.
Havia diferenças significativas entre o Grupo 1 e o Grupo 2 e o controlo. Nota-se a semelhança entre os dois gráficos com variações significativas entre o Grupo 3 e o Grupo 4 para o dia 8 e para o dia 11.
Exemplo 7
Teste da alomona no sangue A Figura 10 confirma que a DRA não entra no sangue dos animais testados. Este teste foi efetuado utilizando um índice de sangue de Dermanyssus gallinae. Também as substâncias ingeridas com o alimento poderiam ser absorvidas no decurso da digestão. A utilização de pele neutra com o sangue do animal suplementado com DRA permite demonstrar que a DRA foi encontrada na pele e desse modo excretada de forma cutânea a partir do animal.
Os ácaros foram induzidos a se alimentarem através de um pedaço de pele normal, mas o sangue proposto foi uma 36 amostra de sangue obtida a partir de frangos alimentados com DRA.
Exemplo 8
Neste exemplo a Alomona Repulsiva de Pato (daqui para a frente DRA) foi incorporada nos alimentos e na água e comparada com um controlo neutro e um grupo placebo. 200 mL de DRA foram colocados na água/ animal/ dia e 200 pg de DRA foram colocados no alimento/ animal/ dia. A Tabela 4 seguinte ilustra os grupos e as suas dosagens neste Exemplo. O frango consumiu em média cerca de 120 g a 150 g de alimento.
Tabela 4
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5 Grupo 6 Dose de DRA em μq/ animal/ dia 00 60 00 Água Neutro Neutro Neutro Água 1 Água 2 Água 3 Alimento Neutro Alimento 1 Alimento 2 Neutro Neutro Neutro
Além disso, os Grupos 2 e 4 constituem os placebos enquanto o Grupo 1 é o controlo. As Figuras 11 e 12 no dia 0 ao dia 20 indicam os resultados em termos de alimentação até o abate dos frangos. A Figura 11 indica as diferenças significativas entre o grupo de controlo e o grupo placebo começando no dia 4 para o Grupo 3 para todos os testes (p < 0, 0001 no dia 4 e p < 0, 0025 no dia 20 comparado com o Grupo 1. Para o Grupo 1 versus o Grupo 6, p = 0,015 no dia 2, p < 0,0001 no dia 4 e p = 0, 0031 no dia 20). As diferenças para estes 2 grupos são muito significativas para todos os testes.
Devido a isso, as diferenças entre o Grupo 1, o Grupo 2 e o Grupo 4 são significativamente importantes. Nota-se uma 37 diminuição do nível de alimentação em ácaros de frango quando é utilizada a DRA. Não havia qualquer variação entre os Grupos 3 e 6 que demonstrasse uma cinética perfeitamente linear da não-alimentação. A variação é observada para os outros quatro grupos. Também o nível de alimentação diminuiu estatisticamente entre o dia 8 e o dia 10 (dia 10 sendo equivalente ao dia 12) para 0 grupo placebo que era diferente do controlo. A variação para o Grupo 5 foi digna de nota. Não houve nenhuma diferença notável entre os dois modos de administração (água vs alimento) numa dose média conforme refletido nos Grupos 3 e 6, os quais forneceram boa proteção para os animais.
Exemplo 9
Proteção de alomona em pintos jovens e galinhas
Este exemplo ilustra o momento da aparição da proteção com pintos jovens em comparação com as galinhas. 0 procedimento foi o mesmo que no Exemplo 4; isto é, a DRA foi adicionada ao alimento.
As galinhas consumiram em média cerca de 120 g a 150 g de alimento, enquanto os pintos jovens consumiram em média cerca de 15 g a 20 g de alimento. É de notar que os pintos jovens não produzem uma película cutânea antes de uma determinada idade e, desse modo, o tratamento pode ter um efeito diferente do das galinhas e dos frangos adultos. 38
Os resultados no dia 6 são apresentados na Tabela 5 seguinte.
Tabela 5
Grupo % de Alimento Desvio Padrão (%) Valor de p DRA 5, 6 5,1 < 0,0001 Placebo 93, 3 3,3
Conforme pode ser visto a partir da Tabela 5 acima, a alimentação foi bastante diminuída quando comparada com o grupo placebo no dia 6. Os valores de p foram todos p < 0, 0001 apenas até ao dia 20, quando o valor de p foi de 0,003. No dia 14, foi decidido parar o tratamento com DRA e voltar ao alimento normal, de modo a observar a cinética do desaparecimento e o efeito da proteção da DRA. No dia 16 foi observado o seguinte aumento da alimentação tal como apresentado na seguinte Tabela 6.
Tabela 6
Comparação Alimentação (5) Desvio Padrão (%) Valor de p Dia 14 vs. Dia 16 2,2 VS . 15, 6 3, 8 VS . 5,1 0, 022 Dia 14 vs . Dia 18 2,2 vs . 8,9 3, 8 vs. 3,9 0, 101 Dia 14 vs . Dia 20 2,2 vs . 35, 6 3, 8 vs. 8,4 0, 003 Dia 14 vs . Dia 22 2,2 vs . 24,4 3, 8 vs. 6,9 0, 008 Dia 14 vs. Dia 24 2,2 vs . 26,7 3, 8 vs. 12,0 0, 028 Dia 14 vs . Dia 26 2,2 vs . 26,7 3, 8 vs. 6,7 0, 053 Dia 14 vs . Dia 28 2,2 vs . 51,1 3, 8 vs . 5,1 < 0,001 Dia 14 vs. Dia 30 2,2 vs . 66,7 3, 8 vs . 3,3 0, 003
Os resultados na Tabela 6 acima provam que os jovens pintos estão apenas protegidos depois do tratamento com DRA durante um período entre 0 a 4 8 horas depois do fim do tratamento com DRA. Por conseguinte, é necessário tratar continuamente os jovens pintos durante a duração do seu crescimento. 39
No entanto, deve de se notar que a diferença entre o placebo e aqueles pintos tratados com DRA é significativa no dia 28 (p = 0, 006) e, desse modo, a proteção ainda existia no dia 28.
No dia 30 os jovens pintos foram novamente colocados no tratamento. As Figuras 13 e 15 ilustram que o efeito de proteção com DRA é muito inferior no dia 30 do que 14 dias depois do final do tratamento com DRA (p = 0,011 para DRA vs. placebo) . O reaparecimento do efeito protetor é, no entanto, quase imediato (p = 0, 0008 no dia 32), se se considerar que a DRA desapareceu.
Desse modo, uma vez que o tratamento de DRA foi interrompido, os ácaros recuperaram o seu comportamento alimentar. Imediatamente depois da readministração do tratamento observa-se o efeito repulsivo. Dessa forma, para proteção é melhor manter a dieta especial com DRA.
Exemplo 10
Uso de diferentes tipos de pele
Neste Exemplo, dois (2) tipos diferentes de pele foram tratados com DRA; isto é, pele nua e pele com penas. As peles que foram tratadas foram aquelas dos frangos alimentados com comida normal ou com DRA. Metade das penas da pele foi removida e metade das penas da pele foram mantidas. A pele nua tinha menos Dermanyssus gallinae (p = 0,033 para placebo vs. placebo) . Verificou-se que as penas tinham um certo tipo de atração para o Dermanyssus gallinae. No entanto, a diferença entre o placebo e a pele tratada com DRA foi significativa (p < 0, 0001 para placebo vs. DRA). 40
Assim, parece que os sinais químicos parecem estar "concentrados" nas penas.
Exemplo 11 É preparada uma solução de cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de heptadeceno-1, cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de heptadecano, cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de 9-octadeceno-l-ol (álcool oleico) e cerca de 23,5 a 26,5 (w%/w%) de octadecano. O interior do recipiente feito de plástico e tendo aberturas está saturado com um material adesivo poliacrilato de forma a prender os ácaros. A solução de cairomona é, de seguida, adicionada ao interior do recipiente que é então colocado num galinheiro. Os ácaros que são atraídos com a solução de cairomona são então aprisionados no recipiente depois de alguns dias. O recipiente é, em seguida, descartado.
Exemplo 12 O mesmo recipiente com a cairomona é utilizado neste exemplo, como no Exemplo 11. O recipiente foi colocado numa janela bem longe de uma casa onde numerosas aranhas viúva negra estavam a fazer ninho. As aranhas viúva negra que eram atraídas pela solução de cairomona são então aprisionadas no recipiente depois de alguns dias. O recipiente é, em seguida, descartado.
Exemplo 13
Um cão é lavado com um champô que inclui cerca de 45, 0 a 55,0 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e 45,0 a 55,0 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato. O cão é mais tarde passeado através de uma mata que está geralmente infestada de carraças. Mais tarde no cão são 41 procuradas carraças e não foi encontrada nenhuma uma vez que a alomona no champô repeliu este aracnideo.
Exemplo 14 0 mesmo método é aplicado tal como no Exemplo 13, mas são utilizados gatos. Mais tarde no gato são procuradas carraças e não foi encontrada nenhuma uma vez que a alomona no champô repeliu este aracnideo.
Exemplo 15
Uma criança é lavada com um champô/ sabonete compreendendo cerca de 45,0 a 55,0 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e 45,0 a 55,0 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato. A criança é mais tarde passeada através de uma mata que geralmente está infestada de carraças. Mais tarde na criança são procuradas carraças e não foi encontrada nenhuma uma vez que a alomona no champô/ sabonete repeliu este aracnideo.
Exemplo 16
Um criador de frangos é lavado com um sabonete compreendendo cerca de 45,0 a 55,0 (w%/w%) de bis (2- etilhexil) adipato e 45,0 a 55,0 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato. O criador de frangos entra no galinheiro e trabalha com os frangos, galinhas e pintos jovens a maior parte do dia. O criador de frango verifica que tem menos picadas de ácaros no corpo do que sem se lavar com o sabonete.
Exemplo 17
Este exemplo ilustra a eficácia da alomona repulsiva de pato (DRA) quando conferida na água potável de galinhas poedeiras que sofrem de uma infeção parasitica crónica e maciça por Dermanyssus gallinae. 42 0 galinheiro foi primeiro visitado pelas pessoas envolvidas no estudo e foi realizada uma inspeção inicial do galinheiro infetado com Dermanyssus gallinae com a presença do avicultor principal do galinheiro. 0 galinheiro foi inspecionado pelos investigadores utilizando botas e luvas. As galinhas foram, de seguida, divididas em 7 linhas no galinheiro e a cada linha foi atribuído um número de 1 a 7.
Foi solicitado ao avicultor principal que escolhesse duas galinhas aleatoriamente de cada uma das sete linhas de galinhas. Foi tirado sangue a cada uma das galinhas escolhidas aleatoriamente e também foi realizada uma autópsia das galinhas. Foram retirados 4 mis de sangue da veia alar de cada galinha. Parte do sangue foi colocada num tubo de ensaio que não continha quaisquer aditivos químicos e a outra parte foi colocada num tubo de ensaio contendo EDTA. As amostras de sangue foram, então, colocadas num recipiente isotérmico que tinha blocos de refrigeração. As amostras foram analisadas no dia seguinte num laboratório.
Depois da amostragem do sangue, as galinhas aleatoriamente escolhidas foram sacrificadas e sujeitas a uma autópsia completa, incluindo uma pesquisa para parasitas externos. Durante a autópsia foi retirado um vestígio da mucosa Caecal a partir da parede do Caecal e colocado em formol a 10% de modo a pesquisar eventuais infestações por protozoários.
No momento em que os investigadores estavam no galinheiro, foi efetuado um exame aprofundado no galinheiro através da recolha e contagem do número de aracnídeos presentes. Cada linha do galinheiro tinha 60 gaiolas de galinhas em cada nível e havia três níveis. Foram recolhidas colónias visíveis de aracnídeos e pó de 20 gaiolas. Cada um dos 43 espécimes foi colocado em frascos herméticos e levados para um laboratório de forma a determinar a identidade e o número de aracnideos presentes. As colónias de aracnideos foram contadas para 12 gaiolas e o maior diâmetro das colónias dos aracnideos foi medido para cada uma das 12 gaiolas. Finalmente, a amostragem de 15 mililitros de fezes para cada linha foi efetuada por baixo de cada linha, que representava todas as fezes de galinhas para os três níveis.
Também durante esta visita os investigadores mostraram ao avicultor principal como utilizar o produto chamado PI que era 50% (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e 50% (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato e foi-lhe dado um protocolo específico para administração do medicamento. O tratamento começou depois da primeira visita (VI) .
Produtos utilizados no tratamento
Três produtos tendo análogos diferentes da DRA, que representam o principal ativo, foram utilizados e colocados em solução aquosa. As soluções não variaram pela sua natureza, mas apenas em relação aos tensioativos e aos conservantes utilizados. As seguintes soluções foram utilizadas no tratamento:
Solução 1: uma solução de 4% (w%/w%) de DRA titulada a 50% (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e de 50% (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato) e completada a 100 mL com etanol. Este produto foi colocado em garrafas de água de 2,5 litros. Solução 2: uma titulada de 4% (w%/w%) de DRA 50% (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e de 50% (w%/w%) de 2,2, 4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato) 44 contendo 5% (w%/w%) de polissorbato 80 e completada a 100 mL utilizando etanol. Este produto foi colocado em garrafas de água de 5 litros.
Solução 3: uma titulada de 4% (w%/w%) de DRA 50% (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e de 50% (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato) contendo 5% (w%/w%) de polissorbato 80 e completada a 100 mL utilizando água. Este produto foi colocado em garrafas de água de 4 litros. A primeira solução 1 foi apresentada para o avicultor na VI. Foi efetuado um controlo utilizando lotes de duas gerações sucessivas do produto de DRA. Foram realizadas entrevistas telefónicas com o avicultor de forma a discutir os problemas associados à administração dos produtos de DRA com os investigadores.
No curso de uma das entrevistas telefónicas, decidiu-se avaliar a formulação do produto.
Administração do tratamento 0 produto foi administrado em garrafas de água. A miscibilidade muito fraca da solução 1 na água requereu a atomização em cada garrafa de água pelo reservatório em cada linha de alimentação das galinhas. A solução 1 foi colocada na garrafa de água com uma seringa de 50 mL e cada dose foi então atomizada no reservatório pela passagem através de uma agulha que possui um diâmetro exterior de 0,5 milímetros. Esta operação foi realizada de manhã e à noite.
Duração do tratamento O tratamento foi efetuado durante um período desses 32 dias. Durante os primeiros 10 dias, a primeira solução foi 45 utilizada como tratamento. Nos 6 dias seguintes, a segunda solução era administrada como tratamento e nos 16 dias restantes foi administrada a solução 3 como tratamento. A quantidade de produto consumida durante este tratamento de 32 dias é definida na seguinte Tabela 7:
Tabela 7
Quantidade dada (litros) Quantidade restante (litros) Quantidade consumida (litros) Quantidade teoricamente consumida (litros) Taxa observada % Solução 1 10 2,5 7,5 7 93% Solução 2 15 8,4 6, 6 4,2 63% Solução 3 16 4 12 8,9 74% A taxa observada para o cálculo das soluções 2 e 3 pode ser explicada pelo método de administração destas duas soluções. De forma a facilitar a manipulação dessas soluções o avicultor colocou uma quantidade variável destes produtos (soluções 2 e 3) num volume muito pequeno de uma tigela de salada antes de aspirar a dose que foi administrada. Desse modo, devido a esta variação foi portanto, calculada uma quantidade teórica que foi consumida.
Nenhum outro tratamento para aracnideos foi conferido durante os 32 dias nos quais as galinhas foram tratadas.
Uma segunda visita (V2) ao galinheiro foi realizada depois do tratamento do 32° dia. Tal como na visita 1, foi solicitado ao avicultor principal que escolhesse duas galinhas aleatoriamente de cada uma das sete linhas de galinhas e sangue e foi realizada uma autópsia utilizando o mesmo procedimento que na visita 1, com exceção de que não 46 foram retiradas as cópias de Caecel das galinhas que foram autopsiadas. Essa exceção foi devida ao facto de se ter verificado a ausência de parasitas depois da avaliação das amostras do Grupo 1 visitado. Os resultados da autópsia da visita 1 em diferentes galinhas indicaram que anomalias macroscópicas existiram em diferentes órgãos, de forma que foram efetuadas várias recolhas para autópsia para uma análise histopática. Também foram removidas as glândulas do uropígio na autópsia da visita 2 de modo a determinar se a DRA estava presente nas secreções.
Também foram retiradas amostras de cada um dos diferentes reservatórios de água nos quais foi colocado o tratamento. As amostras foram, de seguida, analisadas num laboratório de modo a averiguar se a composição química do produto da DRA foi alterada ou não.
As observações mantidas pelo avicultor durante a experiência foram recuperadas.
Critérios utilizados para a avaliação A eficácia do produto foi avaliada utilizando três parâmetros: parâmetros parasitológicos, parâmetros médicos e parâmetros zootécnicos.
Parâmetros parasitológicos
Toda a população de aracnídeos foi reagrupada e foram realizados testes de modo a avaliar o vigor dos aracnídeos, o número de aracnídeos e o montante da infestação em diferentes zonas do galinheiro. Foram realizados testes in vitro de modo a medir a quantidade de inibição da alimentação dos aracnídeos na presença de DRA nas secreções da glândula do uropígio das galinhas autopsiadas e nas fezes obtidas na visita 2. Para cada categoria dos 47 parâmetros parasitológicos que foram medidos, os resultados para cada linha foram calculados separadamente. Uma comparação dos parasitas totais foi comparada antes e depois do tratamento, em que esses resultados também foram comparados com aqueles realizados no laboratório. 0 comportamento de alimentação dos aracnideos num tubo de ensaio e numa gaiola com um hospedeiro (pinto) foi observado, bem como o comportamento social dos aracnideos sob as mesmas condições. Também foi realizada uma análise das cutículas dos aracnideos por GC/MS.
Parâmetros Médicos A infestação por Dermanyssus apresenta problemas hematológicos com as galinhas que estão infestadas. Foi por esta razão que foi retirado sangue na visita 1 e na visita 2 às 14 galinhas que foram aleatoriamente escolhidas. A seguinte análise, foi depois realizada em amostras de sangue: (1) Hematócrito; (2) Contagem de sangue que permita avaliar a relação de leucócito/ linfócito que é um indicador de stresse e foi quantificado o número de granulócitos uma vez que a contagem dos granulócitos é um indicador da infestação de parasitas; (3) Eletroforese das proteínas do sangue; e (4) Níveis de T4 (Corticosterona)
As galinhas que tiveram o seu sangue recolhido também foram sacrificadas e foi realizada uma autópsia em cada galinha. Esta autópsia também incluía para as galinhas da visita 1 que foram sacrificadas, uma remoção de um rastreamento da mucosa Caecal a partir da parede do Caecal que foi removida 48 e colocada em formol a 10% e foi executada uma avaliação histopatológica. Para as galinhas que foram sacrificadas na visita 2, foi removida a parede da moela e um lóbulo hepático de modo a clarificar a origem do estado caético que é indicativo de um refluxo maciço de bilis na luz da moela, observada em certas galinhas na linha 4. Os resultados desta análise permitiram a avaliação do impacto de parasitas para a ocorrência de doenças oportunistas e confere alguma informação relacionada com o estado fisiológico das galinhas.
Parâmetros zootécnicos 49 indicativo da quantidade máxima de infestação de aracnideos num galinheiro.
Para estimar a evolução do número de parasitas, foram efetuados sete diferentes tipos de medidas para cada linha, de modo a ter a melhor estimativa possível da evolução da população parasítica para o galinheiro em estudo. As medidas que foram efetuadas foram: (1) o número de colónias por gaiola; (2) o diâmetro das colónias observadas; (3) o grau de infestação das fezes do terreno; (4) o grau de infestação nos ovos que foram recolhidos; (5) as infestações nas estruturas do galinheiro (gaiolas, tubos, etc.); (6) o número de gaiolas que estavam infestadas; e (7) o grau de infestação média em cada linha.
Para cada linha e para cada um dos valores foi observada uma diminuição muito clara para cada um dos parâmetros dos parasitas que foram medidos. 0 grau de infestação no galinheiro foi diminuído de 6,5 para 2 (Figura 16) . Em 5 semanas foi mostrada uma diminuição da infestação de aracnideos para um nível de infestação de 2 utilizando o produto da DRA.
As primeiras medidas que foram efetuadas para avaliar diretamente o número de gaiolas que estavam infestadas com aracnideos, o número de colónias de aracnideos presente e os diâmetros dos aracnideos. Estas medidas possuem uma dupla vantagem, uma vez que podem ser facilmente obtidas e também servem como uma referência pessoal para o avicultor estimar a sua quantidade de infestação nos galinheiros. Também foram reportadas medidas baseadas numa forte ou 50 fraca infestação. Estes dados permitem que o avicultor estime a infestação de uma forma não prejudicial e que determine se o nivel 2 de infestação é ultrapassado. Pelo contrário, se o grau de infestação passar 5 ou mais, a estimativa dos avicultores é muito importante e deve ser iniciado um tratamento contra os aracnideos.
Na visita VI notou-se que mais de 80% das gaiolas estavam infestadas com uma média de 2,5 colónias por gaiola e os diâmetros dos aracnideos tinham uma média de 5 cm. Depois da visita final 2, a percentagem de gaiolas que estavam infestadas, caiu de 80% para 18% com uma média de 0,5 por gaiola e as colónias tinham um diâmetro de 5 que caiu para 1,5 cm (Figuras 17, 18 e 19) .
Houve também um interesse em medir a quantidade de infestações de aracnideos na estrutura do galinheiro. Para este tipo de medida, o grau de infestação das estruturas foi medido através da recolha das fezes e da avaliação do número de aracnideos, recolhendo os ovos e contando o número de aracnideos e contando os aracnideos em outras estruturas do galinheiro, tais como as paredes, no comedor dos animais e semelhantes. As medidas foram efetuadas de forma a avaliar se o produto da DRA apenas repele os parasitas das gaiolas, ou se a DRA também destrói o habitat dos ácaros do frango ou do seu ambiente de alimentação. O grau de infestação foi avaliado através da recolha das fezes do chão. As fezes secas são esconderijos privilegiados para os parasitas e a sua remoção a partir do galinheiro envolve o risco de re-contaminação dos outros galinheiros com os parasitas. Os resultados também mostraram que o produto da DRA impede o Dermanyssus de se alimentar. Uma vez que é reformada uma população de 51 aracnídeos no meio do galinheiro, a re-contaminação é inevitável. A Figura 20 mostra os dados obtidos e a eficácia do produto da DRA da presente invenção no galinheiro das fezes recolhidas, que mostra um grau médio de infestação de 5 antes do tratamento para um grau de infestação inferior a 1 depois do tratamento.
As fezes foram testadas de forma a ver se essas repeliram aracnídeos num laboratório. Os resultados são apresentados na Figura 21, na qual os dados mostram que um extrato de álcool das fezes preveniu que os aracnídeos se alimentassem da pele de um pinto utilizado para estes ensaios in vitro.
Quanto aos ovos e às outras estruturas do galinheiro foi observada uma clara diminuição da percentagem média de infestação de aracnídeos. Para a infestação dos ovos, na primeira visita uma taxa de infestação era de 64% e caiu para 14% depois do tratamento com o produto da DRA da presente invenção. Para a infestação das estruturas do galinheiro foi determinada uma taxa de infestação de 57% na primeira visita e caiu para 12% depois do tratamento (Figura 22).
De forma global, foi observada uma queda na quantidade de parasitas de 6,5 para 2 nos galinheiros.
Avaliação da população parasitária
As ninfas número 2 foram avaliadas uma vez que este é um estágio intermédio no desenvolvimento dos aracnídeos no qual as ninfas número 2 são muito sensíveis ao jejum, bem como o facto de que a sua presença é sinal de uma expansão da colónia. A análise da população adulta esclarece a 52 dinâmica evolutiva das colónias. Em particular, a percentagem das ninfas femininas do tipo 2 é bastante interessante. Estas fêmeas são maiores do que a fêmea do tipo 1 e tem uma coloração vermelha acastanhada para preta. Estas ninfas também põem um ovo que é visível a olho nu. Este ovo não é posto na ausência de machos adultos, mas na presença de fêmeas do tipo 1 e produz um novo macho para a origem de uma nova colónia. As fêmeas morrem depois de porem os seus ovos. A sua prevalência entre adultos é sinal de um estado de degradação das colónias com o desaparecimento dos dois sexos. Esta situação é seguida por uma dispersão das colónias.
Na visita 1, a demografia dos parasitas no galinheiro correspondia efetivamente a uma demografia que estava em expansão com a maioria das deutoninfas na fase deutoninfica. Na segunda visita, a população parasitária estava numa demografia de regressão. Notavelmente mais de 87% dos aracnídeos presentes na colónia depois da segunda visita estavam mortos em comparação com menos de 7% depois da primeira visita. Também as ninfas na fase N2 estavam ausentes da amostragem na visita 2. Isto indicava que a população de ácaros estava parada e em regressão. Também foi observado durante a visita 2 que havia numerosas fêmeas do tipo 2. Nenhuma das fêmeas do tipo 2 foi encontrada no centro das colónias, o que é o seu hábito usual. As fêmeas do tipo 2 foram erraticamente encontradas numa aglomeração em torno das ninfas do tipo 1.
Outro parâmetro foi para medir o número de ácaros que se estavam a alimentar e, portanto, tinham uma cor vermelha. Na visita 1, 80% da população tinha uma cor vermelha. Na visita 2, apenas a linha 4 tinha vários ácaros com uma cor vermelha. 53
Testes Parasiticos in vitro
Foram testados três parâmetros: a presença de DRA nas fezes, a DRA presente nas secreções da glândula do uropígio das galinhas que foram sacrificadas na visita 2 e a sensibilidade dos ácaros presentes no galinheiro.
Presença de DRA nas fezes
As fezes de galinhas retiradas do galinheiro foram extraídas utilizando álcool. Os extratos de fezes de galinha que foram tratados com DRA foram aplicados na pele dos pintos e os pintos foram protegidos contra o Dermanyssus gallinae. A pele dos pintos de controlo foi picada por 90% dos ácaros, enquanto a pele dos pintos tratados com o extrato alcoólico das fezes de galinha foi picada em 20% dos casos.
Presença de DRA nas secreções do uropígio de galinhas na segunda visita
As glândulas do uropígio das galinhas que foram sacrificadas depois da segunda visita foram removidas e testadas para a presença da DRA. A Figura 23 mostra os resultados quando se testou a DRA em diferentes concentrações. Uma diluição de 160 foi muito repulsiva. Uma diluição de 320 também foi eficiente e pode ser concluído que o produto da DRA não estava apenas presente na glândula do uropígio da galinha, mas também numa concentração que é normalmente encontrada na glândula dos patos.
Outros testes
Ensaios de resistência para outros acaricidas
Foram testados outros acaricidas quanto à sua eficiência e os resultados são mostrados na Tabela 8 seguinte: 54
Tabela 8
Material % de % de % de % de % de Ativo mortes 1 x mortes 4 x mortes 8 x mortes 16 mortes 32 dosagem dosagem dosagem x dosagem x dosagem Triclorfão 20, 4 39,7 34,4 80, 8 94,4 Amitraz 97,4 98,5 100,00 100,00 100,00 Azametifos 30, 0 43, 3 54,8 100,00 97,8 alfametrino 48,1 85,2 97,0 98,9 99, 6 Carbaril 19, 3 37,8 64,4 91,1 97,8 Controlo 0,4 0,7 0, 0 0 1,1
As dosagens foram escolhidas de 1 a 32 vezes a dosagem comercialmente conferida nas instruções dos produtos. 0 amitraz foi o acaricida mais eficiente na dosagem prescrita. Todos os outros acaricidas testados tinham uma performance da taxa de mortalidade inferior a 50%. A quatro vezes a dosagem, o alfametrino tinha uma taxa de eficácia de 85%. No entanto, esses produtos comerciais apenas foram eficazes a matar os ácaros das galinhas a 16 vezes a dosagem recomendada. Mesmo que os produtos fossem eficazes notou-se que as colónias tinham tendência para se reformarem depois do tratamento.
Alimentação dos ácaros recolhidos na visita 2 e crescimento demográfico no laboratório
Os resultados mencionados nesta secção são apenas qualitativos e são apenas uma comparação da evolução do grau de infestação de uma gaiola de frango utilizando um hospedeiro vivo. Foram colocadas duas populações de ácaros tendo um tamanho idêntico (grau 4) em duas gaiolas de frango diferentes com um pinto vivo. A primeira população foi o controlo na qual não foi administrado qualquer tratamento com DRA e os Dermanyssus que foram utilizados neste exemplo foram obtidos a partir de uma fonte 55 diferente. A segunda gaiola de frango continha Dermanyssus que foram recolhidos do galinheiro que foi tratado depois da visita 2.
No período de duas semanas, a população de controlo teve um aumento de dois pontos na escala de graduação em relação à população da visita 2. A virulência dos ácaros dos frangos no grupo de controlo num grau 4 resultou na morte dos pintos, enquanto que com a população da visita 2 dos ácaros, os pintos sobreviveram.
Comportamento social
Depois do 5o dia de tratamento, foi observado que a migração das colónias dos ácaros foi constante. Estas observações foram confirmadas num laboratório com os ácaros de frango da visita 2. Não foi possível encontrar colónias estáveis nas experiências que foram realizadas em tubo de ensaio. Apenas foi observada migração contínua.
Os ácaros de frango da visita 2 foram introduzidos nas colónias de controlo e foi observado que havia desorganização das colónias que não poderiam atingir a reconstrução.
Estudo dos perfis cromatográficos das Cutícula dos ácaros da visita 2
Os Dermanyssus da visita 2 foram mortos por imersão em C02 a -78 °C, de forma a provocar uma morte brutal sem drenar os seus tubos digestivos. Os ácaros de frango foram então colocados em diclorometano e foi realizada a análise do solvente utilizando GC/MS. Os cromatógrafos estão ilustrados na Figura 24 e mostram os dois picos característicos da DRA (a 13,23). A adsorção, pela cutícula dos ácaros, das duas moléculas que são fortemente 56 hidrofóbicas não foi surpreendente uma vez que as cutículas dos ácaros têm uma estrutura que tem uma elevada afinidade para as composições hidrofóbicas.
Parâmetros médicos do sangue das galinhas A análise do sangue de galinhas recolhido na visita 1 e na visita 2 tinha diferenças notáveis em relação aos 35 dias de tratamento. A Tabela 9 abaixo ilustra os resultados dos testes de sangue na visita 1 e na visita 2 e foram calculadas a média e as variações (σ).
Como pode ser visto nesta Tabela foi observado um aumento significativo no hematócrito para este valor fisiológico. 0 valor observado na visita 1 foi extremamente baixo e incluía valores que variavam de 19,73% a 27,77%, cujos valores são inferiores ao valor normal fisiológica de 30%. O valor de hematócritos reflete a perda de sangue que é importante e não é compatível com a correta produção de ovos. Por outro lado os hematócritos das galinhas tratadas da visita 2 tinham valores entre 31,42% a 39,78%, cujos valores são normais e refletem, desse modo, que o tratamento com DRA resultou na inibição da alimentação dos Dermanyssus e, por isso, a perda de sangue não ocorre nas galinhas tratadas.
Os níveis mais baixos de granulócitos do sangue das galinhas tratadas com DRA na visita 2 quando comparados com a visita 1 confirmam a regressão da infestação do ácaro do frango. Uma diminuição drástica dos granulócitos e dos eosinófilos é indicativa da redução das perturbações das galinhas introduzidas pelas picadas dos ácaros de frango, o que resulta numa resposta inflamatória ou num estado de stresse introduzido pela repetida irritação. 57
Os resultados dos leucócitos/ linfócitos é considerada como uma indicação médica fiável do stresse e este valor foi significativamente menor no sangue retirado às galinhas na visita 2 quando comparado com o sangue retirado às galinhas na visita 1 que não foram tratadas com DRA.
Tabela 9
Valores biológicos normais (%) Valores na visita 1 (%) Valores na visita 2 (%) Granulócitos neutrófilos de núcleo não segmentado 0-6 5,53 (δ = 1,125) 1,2 (δ = 1,320)” Granulócitos neutrófilos de núcleo segmentado 60 - 75 71,13 (δ = 18,71) 57,4 (δ = 15,76)” Eosinófilos 0-4 1,20 (δ = 0,55) 0,32 (δ = 0,23)” Basófilos 0-1 0,08 (δ = 0,12) 0,22 (δ = 0,12) Macrófagos 0-5 1,69 (δ = 0,10) 2,11 (δ = 0,57) Linfócitos 15 - 30 21,36 (δ = 1,91) 16, 87 (δ = 1, 65) Taxa leucócitos / linfócitos <0,55 (±0,27) 0,32 (δ = 0,06) 0,10 (δ = 0,07)* Hematócrito 30 - 40 22,8 (δ = 3,00) 35,2 (δ = 4,61)” onde significa que as diferenças entre as médias são estatisticamente significativas (teste t de student (n = 28) (p < 0.01)).
Eletroforese das proteínas do sangue das galinhas
Foi efetuada eletroforese no sangue retirado às galinhas na visita 1 e na visita 2 de modo a determinar o conteúdo de proteínas do sangue das amostras. A Tabela 10 abaixo mostra a relação entre albumina/ glóbulos (A/G) que avalia a inflamação nos animais. Esta 58
Tabela reflete os valores obtidos na visita 1 (VI) e na visita 2 (V2).
Tabela 10
Visita 1 (VI) Visita 2 (V2) 0,15 0, 99 0,53 0, 98 0,34 0,76 0,53 0,78 0,41 1, 05 0,58 0, 97 0,39 1, 02 0,73 0, 93 0,28 1, 05 0, 66 0, 93 0, 50 0, 90 0, 46 0,79 0,38 0, 80 0,61 0 valor médio para a relação A/G é 0,46 para VI e de 0,92 para V2. 0 valor normal que está publicado é de 0,71 (Sturkie e Newman 1951) . Desse modo, estes resultados ilustram que houve mais inflamação nas galinhas que não foram tratadas com DRA do que nas galinhas que foram tratadas com DRA.
Resultados da autópsia
As galinhas da visita 1 que foram sacrificadas e submetidas a autópsia revelaram que não havia quaisquer anomalias das 14 autópsias realizadas além das lesões de coçar presentes na região axilar e que apareceram na anca de muitas galinhas. Os exames histopáticos do ceco foram normais. As glândulas do uropigio das aves foram examinadas e pareceram normais em tamanho e conteúdo conformes com o que é habitualmente observado nesta espécie; isto é, continham 59 óleo amarelo e tinham poucos glóbulos de cera translúcidos.
As galinhas da visita 2 que foram autopsiadas não tinham qualquer anomalia macroscópica. As glândulas do uropigio eram muito volumosas. 0 seu conteúdo era muito diferente daquele descrito acima para as galinhas da visita 1; era muito oleaginoso e tinha uma cor opaca de âmbar a laranja. A aparência da glândula do uropigio das galinhas da visita 2 é a mesma que foi observada no pato. As secreções foram retiradas e utilizadas nos testes de alimentação in vitro descritos acima.
Durante os testes, os investigadores notaram, na linha 4, uma elevada taxa de mortalidade das galinhas. As galinhas na linha 4 tinham uma fase de anorexia acompanhada por insónia antes de morrerem. Foram autopsiadas três galinhas mortas adicionais da linha 4. Estas galinhas estavam caquéticas e tinham uma atrofia muscular particularmente percetível nos seus músculos esternos. Também foi notada a regressão uterina e os foliculos maturos foram bloqueados.
Foi realizado um exame à moela das galinhas sacrificadas da linha 4. A cavidade da moela continha o exterior do cereal e vários fragmentos de comida que eram difíceis de identificar. 0 conteúdo da moela estava saturado com bílis e continha um conteúdo verde, que era o mesmo para a membrana mucosa. Isto indicava que as galinhas estavam em jejum de comida. 0 parênquima hepático de duas das galinhas tinha um aspeto bronzeado, que no entanto não é o aspeto bronzeado que é típico das galinhas infetadas com Salmonella.
Parâmetros zootécnicos A produção de ovos 60 A produção de ovos também foi analisada e os resultados são apresentados na Figura 25.
Conforme pode ser verificado nesta figura, a curva de produção de ovos de galinhas neste teste teve uma tendência para seguir uma curva teórica conforme definido na Figura 24. Conforme pode ser visto a partir desta figura, depois de um começo forte e um pico imediato de produção de ovos, a produção de ovos foi rapidamente diminuída e permaneceu constante sob a curva teórica com uma queda importante à volta das 55 semanas de idade das galinhas. Uma outra observação global que foi efetuada foi o peso dos ovos recolhidos em relação ao peso teórico. Esta curva ultrapassou a primeira curva. De facto, o peso dos ovos está abaixo do normal teórico, mas o peso dos ovos para cada galinha é normal. A taxa dos ovos recolhidos classificados abaixo é uma variável que é interessante de observar uma vez que é um componente principal da rentabilidade do grupo de galinhas. Os resultados da média antes e depois do tratamento permitem que se observe um aumento do rácio dos ovos que foram classificados abaixo.
Durante as cinco semanas de duração do tratamento, foi observado um aumento na produção de ovos quando comparada com a produção normal de ovos. A relação dos ovos que foram classificados abaixo aumenta ligeiramente nas duas primeiras semanas do tratamento com DRA e atinge então um patamar e o tamanho sobe então no final para geralmente passar os 15%. O peso médio dos ovos diminui depois de 4 início do tratamento da DRA. semanas com o é
Esta margem não 61 significativa, mas é interessante uma vez que a Figura 25 permite uma comparação do peso dos ovos produzidos antes e depois do tratamento que mostra o aumento do peso médio dos ovos. A quantidade de alimento consumido por dia pelas galinhas também foi reduzida para as galinhas no decurso do tratamento com DRA. Podem-se realizar as seguintes duas hipóteses sobre esta situação: A DRA na água das galinhas perturbou as galinhas devido ao gosto diferente da água ou ocorreram problemas digestivos associados com a toma do tratamento. No entanto, a quantidade de água que foi consumida por dia foi constante. Poder-se-ia pensar que a DRA tem uma influência no desejo das galinhas, o que não é o caso. A produção de ovos (peso / classificadas abaixo/ tamanho do ovo) foi muito favorável utilizando o tratamento da DRA. A DRA permite a diminuição do consumo de alimento pelas galinhas e mantém a produção clássica, onde a redução do índice de Consumo de Alimento aumenta a margem bruta do reprodutor de galinhas. A quantidade de mortalidade das galinhas está de acordo com o intervalo normal das galinhas poedeiras em aviário.
Discussão dos resultados Resultados parasitológicos A totalidade dos resultados parasitológicos mostra uma importante regressão da população de Dermanyssus no decurso dos testes com a DRA. Esta regressão, seguindo a cinética que foi observada durante os ensaios in vitro, começou no quinto dia do tratamento. A invasão da população 62 parasitária inicia nas fases vulneráveis que são as ninfas de estado N2, depois as fêmeas do tipo 1 e depois os machos. As formas de resistência das ninfas do tipo NI e das fêmeas do tipo 2 mostram uma sobrevivência que diminuiu significativamente e associada com grandes modificações no comportamento social. A aparente incapacidade de estes ácaros de frango se reagruparem, como é habitualmente observado, em colónias estruturais em volta das fêmeas do tipo 2 que, assemelha-se a uma diminuição da sua esperança de vida.
Os testes relacionados com a alimentação de ácaros in vitro com as secreções do uropigio recolhidas na visita 2 (V2) confirmam a presença da DRA nas secreções e confirmam a escolha da administração. Os componentes da DRA depois da reabsorção pelo trato digestivo são excretados pela glândula do uropigio.
Os resultados obtidos para a linha 4 não se correlacionaram com os resultados obtidos para as outras linhas. Parece que o tratamento na linha 4 começou cerca de 2 semanas depois das outras linhas, uma vez que foi de facto observada a presença de duas fases liquidas do recipiente da água. 0 sobrenadante observado nos reservatórios de água tinha cor de arco-iris, cobria a superfície total e aderiu à parede interior do reservatório de água. Uma análise de uma amostra recolhida no reservatório na linha 4 por cromatografia confirmou que era DRA.
Além disso, o reservatório de água na linha 4 tinha mais depósitos de cálcio do que os outros 6 reservatórios. Além disso, algas verdes colonizaram neste reservatório em certos depósitos de cálcio. Este reservatório de água também foi colocado junto ao sistema de ventilação do ar 63 condicionado e a temperatura da água foi elevada. Desse modo, a diferença do reservatório de água da linha 4 representa as diferenças obtidas nos resultados, quando comparados com as outras linhas tratadas com DRA.
Parâmetros médicos
Esses resultados foram consistentes com os resultados parasitológicos. A inibição do comportamento de alimentação dos ácaros de frango mostrou um termo de falta de sangue e o processo imunitário foi provocado pelas repetitivas picadas que regrediram com o tratamento com a DRA. 0 estudo destes parâmetros também permite sublinhar o melhoramento do bem-estar da galinha conforme indicado nos resultados dos leucócitos/ linfócitos e hematócrito. Este melhoramento dos parâmetros fisiológicos favoreceu a melhor produção de ovos e a menor morbidade.
Os parâmetros zootécnicos A idade das galinhas tratadas em conjunto com a duração do ensaio (limitado pelo abate dos animais) não permitiu qualquer análise estatisticamente significativa dos resultados. No entanto, a tendência que foi observada nesses parâmetros que foram medidos nos animais altamente parasitados com Dermanyssus foi encorajador.
As implicações terapêuticas da DRA estão limitadas ao domínio parasitário. Os resultados zootécnicos são de facto indicativos da supressão dos ácaros de frango quando é administrada DRA.
Nos EUA as médias de produção são calculadas com uma base na quantidade de produção por ano recentemente fornecida no "Grand Consortiums of the Laying Hen". Desse modo, em 1987, já 92% das fazendas americanas poderia ser consideradas 64 infestada pelo Orníthonyssus sylviarum. Hinkle tinha deduzido que 92% da quantidade de produção que foi fornecida é a quantidades correspondente aos animais que estavam parasitados. Para este autor, não é uma situação assim tão normal.
Exemplo 18 0 objetivo deste exemplo foi testar a eficácia da DRA em galinheiros com galinhas poedeiras. Este teste teve a duração de um período de 4 semanas. Neste exemplo, foram utilizados 6 edifícios, edifícios BI a B6 e foram utilizadas 31.000 galinhas por edifício. As galinhas utilizadas neste exemplo foram as galinhas Isabrown (poedeiras de ovos castanhos) . A idade das galinhas diferia nos edifícios. Nos edifícios 1, 2 e 3 (referidos daqui para a frente como Bl, B2 e B3) as galinhas tinham uma idade de 29 semanas, enquanto nos edifícios 4, 5 e 6 (referidos daqui para a frente como B4, B5 e B6) as galinhas tinham uma idade de 57 semanas.
Tratamento
Cada edifício foi tratado independente dos outros 5 edifícios. Para o edifício Bl foi efetuado um ensaio com uma pulverização de DRA utilizando um termonebulizador de 12 mL de DRA (50 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e de 50 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato) numa concentração de 4% (w%/w%) diluída em 12 litros de produto para o termonebulizador e foram mantidos 3 reservatórios neste edifício.
Para os edifícios 2 a 6, a DRA (50% (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e 50% (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato) foi administrada na água potável numa concentração de 4% (w%/w%) . Isto fornece o tratamento 65 sem interrupção para as galinhas e a duração do tratamento variou conforme indicado na Tabela 11 seguinte. Para os edifícios B2 e B6, foi efetuado um segundo tratamento depois de uma visita de controlo no dia 15 (15 dias depois do início do tratamento) . As quantidades que foram distribuídas para os edifícios B2 a B6 foram 50 mL de DRA num reservatório de 500 litros. Não foi efetuado qualquer controlo neste exemplo.
Tabela 11
Edifício Tratamento Duração Quantidade BI Pulverização 3 reservatórios B2 Água de bebida 5 dias (+ 5 dias depois do dia 15) Voluntário B3 Água de bebida 10 dias Voluntário B4 Água de bebida 3 dias Voluntário B5 Água de bebida 5 dias Voluntário B6 Água de bebida 3 dias (+ 3 dias depois do dia 15) Voluntário
Foi conferido às galinhas, comida e água conforme conhecido no mercado. Ocorreu uma visita de controlo no dia 2 e no dia 15. 0 estado de infestação dos ácaros vermelhos do frango foi determinado de acordo com o método de Bruneau et al., Parisitology, 123, 583 - 589 (Dezembro de 200). A medida do Estado de infestação conferiu uma escala logarítmica. A nova infestação de 6/8 não pode ser medida a não ser em laboratório. A escala considerada como uma nova infestação de 4/8 é uma fase crítica para o tratamento dos edifícios ou galinheiros.
Foi retirado sangue às galinhas e efetuada eletroforese de proteína. O estado das galinhas também foi avaliado. 66
Caracteristica dos edifícios do galinheiro
Os edifícios dos galinheiros estavam infetados por ácaros vermelhos do frango desde há 7 anos antes deste teste. As diferentes soluções para minimizar os ácaros vermelhos do frango que foram anteriormente utilizadas eram diferentes ciclos de luz de 4 horas ligadas / 2 horas desligadas durante o dia e noite, tratamentos (apenas para 5 bandos) com Sevin, Cepoux e Actograde, que são produtos comercialmente disponíveis utilizados para tratar os ácaros vermelhos do frango. Os tratamentos não foram bem-sucedidos o que não tem qualquer influência sobre as galinhas neste teste.
Os edifícios estavam situados conforme se segue:
Corredor Local de recolha do ovo 2 3 4 5 6 A avaliação do grau de infestação dos ácaros vermelhos do frango foi de acordo com o método de Bruneau, supra. Foi efetuada uma primeira avaliação nos edifícios de forma a verificar o estado da infestação dos edifícios e os diferentes ácaros vermelhos do frango que estavam presentes. Depois, no dia 1, foi efetuado em laboratório, um estudo de diagnóstico do estado da população dos ácaros vermelhos do frango depois da sua remoção dos edifícios. Estavam presentes duas espécies de ácaros de frango nos edifícios dos galinheiros Dermanyssus gallinae (DG) e Dermanyssus hirundinis (DH).
Os resultados da avaliação são estabelecidos na seguinte Tabela 12: 67
Tabela 12
Edifício % de Dermanyssus gallinae Escala de infestação (#/8) BI 86 3,9 B2 97 3,4 B3 93 3,7 B4 84 5,4 B5 89 4,2 B6 87 4,6
Depois de cerca de nove semanas, foram feitas as seguintes observações.
Observações e resultados A população de infestação dos ácaros de frango não se alterou durante este teste. 85% dos ácaros frango presentes eram Dermanyssus gallinae e o restante era Dermanyssus hirundinis.
Cada um dos edifícios foi avaliado e foram obtidos os seguintes resultados:
Edifício 1 = As colónias de ácaros ainda estavam presentes. Notou-se o melhoramento da situação dos parasitas neste edifício. Não havia quaisquer ácaros nos ovos recolhidos. Menos de 1% dos ovos tinha manchas que foram arruinados pela alimentação dos ácaros nesses. No laboratório os ácaros pareceram estar perfeitamente funcionais; ou seja, fogem da luz, reformam as suas colónias, mesmo que dispersos e comem normalmente. 0 tratamento está ainda a ser confirmado neste edifício.
Edifício 2 - Foram encontrados amontoamentos de ácaros vermelhos do frango, mas não foram encontradas colónias. A sua presença em zonas de colónias marcadas na primeira visita não estava presente depois do 68 tratamento com DRA. Não houve qualquer observação de ovos manchados pela alimentação dos ácaros nesses. Os ácaros não fuqiram da estimulação luminosa ou mecânica. Os ácaros foram também incapazes de se alimentarem. Edifício 3 - foram observadas as mesmas observações que no edifício 2.
Edifício 4 - foi notada a presença de um número de ácaros vermelhos do frango no movimento ao longo de todas as estruturas deste edifício. As colónias estavam desorganizadas e estavam desorientadas. Foi observada uma queda no número de ácaros de frango do edifício de recolha de ovos. Muitos dos ovos foram classificados abaixo, em média 35%. Os ácaros de frango tinham uma tendência para se esconderem no terreno, o que provocou múltiplos riscos de serem esmagados no edifício de recolha de ovos.
Edifício 5 - as mesmas observações que no edifício 4. Edifício 6 - as mesmas observações que no edifício 4. A Tabela 13 seguinte mostra os resultados da infestação no Dia 15:
Tabela 13
Edifício Dia 0 (#/8) Dia 15 (#/8) BI 3,9 4,1 B2 3,4 2,2 B3 3,7 1, 6 B4 5,4 4,8 B5 4,2 3,7 B6 4, 6 3,1
Apenas o edifício 1 tinha um grau de infestação de ácaros de frango aumentado. Todos os outros edifícios tratados com 69 a DRA em água reagiram de forma positiva ao tratamento; ou seja, a infestação de ácaros de frango diminuiu.
Avaliação no dia 35
Os edifícios também foram avaliados no Dia 35, de forma semelhante àquela descrita acima para o dia 15. Foram verificadas as seguintes observações:
Edifícios Bl, B2 e B3: os ácaros de frango não reagiram à luz ou a outro estímulo mecânico. Os ácaros foram incapazes de se alimentarem. No Edifício 1, as colónias reformaram-se em mais de 60% depois da sua desagregação. A reforma das colónias no Edifício 2 e no Edifício 3 não ultrapassou 60%.
Edifícios B4, B5 e B6 - Os ácaros de frango não reagiram à luz. A reação ao estímulo mecânico foi muito fraca. Foi excedido o limite de 60% para colónias reformadas para o edifício 4 e para o edifício 6. As infestações eram praticamente idênticas para B4 e B6 como para o edifício Bl. A seguinte Tabela 14 mostra os resultados obtidos relativos à infestação comparando o Dia 0, o Dia 15 e o Dia 35:
Tabela 14
Edifício Dia 0 (#/8) Dia 15 (#/8) Dia 35 (#/8) Bl 3,9 4,1 2,4 B2 3,4 2,2 2,3 B3 3,7 1,6 1,9 B4 5,4 4,8 4,5 B5 4,2 3,7 4,1 B6 4, 6 3,1 4,1 70
Estes resultados indicam que há uma diminuição na quantidade de ácaros vermelhos do frango com o tratamento da DRA.
Lisboa, 27 de Fevereiro de 2012

Claims (7)

1 REIVINDICAÇÕES 1. Uma composição que inclui uma alomona repulsiva de pato derivada a partir de secreções de uma glândula do uropigio num pato compreendendo bis (2-etilhexil) adipato e 2.2.4- trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato e/ou os seus derivados, e/ou misturas de bis (2-etilhexil) adipato ou 2.2.4- trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato com um ou mais derivados de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1.3 pentanediol diisobutirato, em que os referidos derivados são selecionados a partir de ésteres, sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeidos, esteróis e amidas de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato.
2. A composição de acordo com a reivindicação 1, em que a referida alomona repulsiva de pato compreende entre 45,0 e 55.0 (w%/w%) de bis (2-etilhexil) adipato e entre 45,0 a 55.0 (w%/w%) de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato e/ou derivados desses e/ou misturas de bis (2-etilhexil) adipato ou de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato com um ou mais derivados de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1,3 pentanediol diisobutirato, em que os referidos derivados são selecionados a partir de ésteres, sais, álcoois, cetonas, éteres, aldeídos, esteróis e amidas de bis (2-etilhexil) adipato e de 2,2,4-trimetil 1.3 pentanediol diisobutirato.
3. A composição de alomona repulsiva de pato de acordo com a reivindicação 1 ou 2, para utilização para repelir aracnídeos.
4. A composição de alomona repulsiva de pato de acordo com a reivindicação 1 ou 2, para utilização para o 2 tratamento ou a prevenção de ácaros de frango ou de ácaros de aves do Norte em galinhas, frangos e jovens pintos.
5. A composição de alomona repulsiva de pato de acordo com a reivindicação 3 ou a reivindicação 4, em que a referida alomona repulsiva de pato é administrada por via oral.
6. A composição de alomona repulsiva de pato de acordo com a reivindicação 3 ou a reivindicação 4, em que a referida alomona repulsiva de pato é administrada por via tópica.
7. Solução compreendendo uma alomona repulsiva de pato da reivindicação 1 ou da reivindicação 2. Lisboa, 27 de Fevereiro de 2012
PT03760695T 2002-06-19 2003-06-19 Composições repulsivas de alomona e atrativas de cairomona para controlo de aracnídeos PT1531840E (pt)

Applications Claiming Priority (2)

Application Number Priority Date Filing Date Title
US39005902P 2002-06-19 2002-06-19
EP02291534 2002-06-19

Publications (1)

Publication Number Publication Date
PT1531840E true PT1531840E (pt) 2012-03-08

Family

ID=44798143

Family Applications (1)

Application Number Title Priority Date Filing Date
PT03760695T PT1531840E (pt) 2002-06-19 2003-06-19 Composições repulsivas de alomona e atrativas de cairomona para controlo de aracnídeos

Country Status (12)

Country Link
US (2) US8828921B2 (pt)
EP (1) EP1531840B8 (pt)
JP (1) JP4783569B2 (pt)
CN (1) CN100393220C (pt)
AT (1) ATE543502T1 (pt)
AU (1) AU2003246371A1 (pt)
BR (1) BR0311899A (pt)
CA (1) CA2490680C (pt)
ES (1) ES2379253T3 (pt)
MX (1) MXPA04013003A (pt)
PT (1) PT1531840E (pt)
WO (1) WO2004000337A1 (pt)

Families Citing this family (14)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
US7886831B2 (en) 2003-01-22 2011-02-15 Enventure Global Technology, L.L.C. Apparatus for radially expanding and plastically deforming a tubular member
US7712522B2 (en) 2003-09-05 2010-05-11 Enventure Global Technology, Llc Expansion cone and system
US20050213142A1 (en) * 2004-03-26 2005-09-29 Clark Raymond E Optimization techniques during processing of print jobs
US7835030B2 (en) * 2004-03-26 2010-11-16 Lexmark International, Inc. Processing print jobs
US7817302B2 (en) * 2004-03-26 2010-10-19 Lexmark International, Inc. Optimizing raster operation functions during print job processing
CA2577083A1 (en) 2004-08-13 2006-02-23 Mark Shuster Tubular member expansion apparatus
US8392999B2 (en) * 2005-12-19 2013-03-05 White Cyber Knight Ltd. Apparatus and methods for assessing and maintaining security of a computerized system under development
FR2969463A1 (fr) * 2010-12-23 2012-06-29 Solvay Ensemble parasiticide
US9314018B2 (en) 2012-06-25 2016-04-19 Institut de Recherche en Semiochimie et Ethologie Appliquee Feline scratch marking semiochemicals
US11446241B2 (en) 2013-07-29 2022-09-20 Attillaps Holdings Inc. Treatment of ophthalmological conditions with acetylcholinesterase inhibitors
WO2015017328A2 (en) 2013-07-29 2015-02-05 Spallitta Frank Anthony Organophosphates for treating afflictions of the skin
ES2925021T3 (es) 2014-06-19 2022-10-13 Attillaps Holdings Inhibidores de la acetilcolinesterasa para el tratamiento de afecciones dermatológicas
WO2016159214A1 (ja) * 2015-04-01 2016-10-06 協友アグリ株式会社 有害節足動物誘引化合物と忌避化合物の組み合わせ物
FR3060258B1 (fr) 2016-12-15 2019-07-12 Universite Paul-Valery Montpellier 3 Composition anti-acariens

Family Cites Families (8)

* Cited by examiner, † Cited by third party
Publication number Priority date Publication date Assignee Title
DE3615854A1 (de) * 1986-05-10 1987-11-12 Basf Ag Verfahren und mittel zur bekaempfung der fleckenminiermotte leucoptera scitella
JPH0670305B2 (ja) * 1990-08-24 1994-09-07 大阪化成株式会社 繊維質製品に耐光性および耐ドライクリーニング性を有する屋内塵性ダニ致死性加工を施す方法
JPH09169608A (ja) * 1995-12-20 1997-06-30 Mitsui Toatsu Chem Inc 塩化ビニル樹脂からなる成形物の防菌防かび処理方法
ATE233047T1 (de) * 1996-05-09 2003-03-15 Syngenta Participations Ag Pestizid
US5882636A (en) * 1997-07-21 1999-03-16 Tevco, Inc. Phthalate free nail polish enamel composition
JP4108171B2 (ja) 1998-03-03 2008-06-25 三菱電機株式会社 画像合成装置
US6391943B2 (en) * 1998-09-04 2002-05-21 Trident International, Inc. High resolution pigment ink for impulse ink jet printing
JP2000302607A (ja) * 1999-04-21 2000-10-31 Kurita Water Ind Ltd 工業用抗菌剤組成物

Also Published As

Publication number Publication date
MXPA04013003A (es) 2005-09-12
ES2379253T3 (es) 2012-04-24
EP1531840A1 (en) 2005-05-25
US8828921B2 (en) 2014-09-09
CA2490680C (en) 2015-11-24
US20050137119A1 (en) 2005-06-23
US9844217B2 (en) 2017-12-19
BR0311899A (pt) 2005-04-12
US20140316000A1 (en) 2014-10-23
AU2003246371A1 (en) 2004-01-06
CN1671402A (zh) 2005-09-21
EP1531840B1 (en) 2012-02-01
ATE543502T1 (de) 2012-02-15
JP2006501173A (ja) 2006-01-12
EP1531840B8 (en) 2012-03-21
CA2490680A1 (en) 2003-12-31
CN100393220C (zh) 2008-06-11
WO2004000337A1 (en) 2003-12-31
JP4783569B2 (ja) 2011-09-28

Similar Documents

Publication Publication Date Title
US9844217B2 (en) Allomone repulsive and kairomone attractive compositions for controlling arachnids
Hirst Mites Injurious to Domestic Animals:(with an Appendix on the Acarine Disease of Hive Bees)
Williams et al. Laboratory And Field Assessment Of Some Kairomone Blends For Host-Seeking Aedes Aegypti1
Manousis et al. Control of Dacus oleae, a major pest of olives
Weldon et al. Vertebrate chemical defense: secreted and topically acquired deterrents of arthropods
WO2010101462A2 (en) Behaviour-modifying odorant mixture for malaria mosquitoes
JP5730980B2 (ja) 内服用虫よけ剤
Fitzgerald et al. Poisonings in reptiles
Pratt Mites of public health importance and their control
Yerbanga et al. Neemazal® as a possible alternative control tool for malaria and African trypanosomiasis?
US20050143465A1 (en) Avian appeasing pheromones to decrease stress, anxiety and aggressiveness
Rajchard Kairomones-important substances in interspecific communication in vertebrates: a review
Shillinger et al. Diseases of upland game birds
CN107529747A (zh) 用于防止吸血双翅目昆虫着地和叮咬动物的化学信息素组合物
EP1531839B1 (en) Avian appeasing pheromones to decrease stress, anxiety and aggressiveness
Marlatt The bedbug
Yaman et al. Semiochemical mediated oviposition and mating in Phlebotomus argentipes (Diptera: Psychodidae) sand flies
Mehlhorn et al. Ectoparasites (Arthropods: Acari, Insecta, Crustacea)
PL235761B1 (pl) Kompozycja eterycznego olejku konopnego do zastosowania do zapobiegania i zwalczania chorób pszczelich
US10264787B1 (en) Natural mosquito larvicide
Doherty Chemical attractants of Philornis downsi [Diptera: Muscidae], an invasive parasite of birds in the Galapagos Islands
Mehlhorn Arthropods
Smith The effects of in ovo and early post-hatch DDT expourse on American robins from the Okanagan Valley, British Columbia
Kaburi Evaluation Of Lambda-Cyhalothrin (Icon®) Incorporated Into 1, 4-Dichlorobenzene (Pcb®) For The Control Of Leishmaniases And Malaria Vectors
Heath et al. Mite infestation (Acari: Laelapidae) of New Zealand short-tailed bats, Mystacina tuberculata, in captivity