PT1467871E

PT1467871E - Processo de impressão por gravura em oco sobre aço para a produção de um documento de segurança, bem como respectiva chapa de impressão, intermediários para a mesma e processo para a sua produção

Info

Publication number: PT1467871E
Application number: PT03702402T
Authority: PT
Inventors: Reinhard Plaschka; Eckhard Braun
Original assignee: Giesecke & Devrient Gmbh
Priority date: 2002-01-11
Filing date: 2003-01-08
Publication date: 2007-10-25
Also published as: CA2472020C; US7690300B2; US20050072326A1; US7213512B2; MY136554A; EP1467871B1; EP1467871A1; EP1467871B2; ES2289257T3; RU2314209C2; DE50307762D1; US20070283824A1; CN1592688A; WO2003057494A1; CN100386214C; CA2472020A1; ATE367934T1; AU2003205579A1; RU2004124522A; DE10201032A1

Description

ΡΕ1467871 1

DESCRIÇÃO

"PROCESSO DE IMPRESSÃO POR GRAVURA EM OCO SOBRE AÇO PARA A PRODUÇÃO DE UM DOCUMENTO DE SEGURANÇA, BEM COMO RESPECTIVA CHAPA DE IMPRESSÃO, INTERMEDIÁRIOS PARA A MESMA E PROCESSO PARA A SUA PRODUÇÃO" O invento diz respeito a um processo para a produção de documentos de segurança, em particular valores em papel tais como notas bancárias, cheques, etc., com uma imagem impressa por um processo de gravura em oco sobre aço e uma zona cunhada com uma estrutura microscópica com dimensões cuja ordem de grandeza é inferior a 100 μπι. O invento diz também respeito a instrumentos adequados à realização do processo, nomeadamente chapas de impressão para gravura em oco sobre aço, e produção destes, incluindo produtos intermediários, nomeadamente originais e formas intermediárias para a produção das chapas de impressão gravadas em oco, e os documentos de segurança produzidos com recurso aos mesmos. A gravura em oco sobre aço corresponde à gravura em oco sobre metal em que a chapa de impressão foi fabricada em aço, de modo a exibir uma maior durabilidade e a permitir as grandes tiragens envolvidas na impressão de valores, em particular notas bancárias. É conhecido que documentos de segurança, além de com imagens produzidas por um processo de gravura em oco, 2 ΡΕ1467871 podem ser providos de marcas de autenticidade especiais, das quais os elementos opticamente variáveis, tais como, por exemplo, hologramas ou redes (DE-A-40 02 979) e selos brancos (DE-A-198 45 552) são relevantes para o presente invento.

Até à data, os selos brancos têm sido produzidos em conjunto com a imagem impressa por um processo de gravura em oco sobre aço, recorrendo a uma única chapa de impressão parcialmente tintada. No processo de impressão, o papel é pressionado para dentro das depressões exibidas pelas zonas correspondentes ao selo branco e deste modo permanentemente deformado. As zonas da chapa de impressão destinadas ao selo branco não recebem tinta, ao contrário das zonas de impressão da imagem, pelo que o substrato do documento de segurança é, nas zonas correspondentes, permanentemente deformado, isto é, cunhado (WO 97/48555; DE-A-198 45 552).

Também em US 6 176 552 BI é dado a conhecer um processo deste tipo. Neste caso, um documento de segurança impresso sobre um substrato inclui quer indicadores (indicia), quer uma porção em plástico transparente. Esta última exibe uma imagem cunhada que pode conter uma matriz composta por linhas ou pontos ou uma estrutura cunhada. Um tal documento de segurança é produzido com recurso a uma chapa de impressão, a qual exibe, além de estruturas gravadas em oco, uma multiplicidade de cunhos dispostos na periferia de um cilindro de impressão, a determinados 3 PE1467871 intervalos uns dos outros.

Em WO 00/20216 é dado a conhecer um processo de impressão por gravura em oco de superfícies tintadas adjacentes com espessuras de tinta diferenciadas. Neste caso, uma primeira e uma segunda superfícies tintadas adjacentes são separadas por uma linha nítida, mas invisível a olho nu. Esta linha de fronteira é produzida por uma parede de separação entre as duas zonas gravadas da chapa de impressão correspondentes que se afila em altura até a sua aresta superior atingir o nível da superfície superior da chapa de impressão. Estas zonas gravadas podem ser planas ou exibir um padrão rugoso destinado a facilitar a adesão da tinta de impressão.

Quando se observa selos brancos produzem-se impressões ópticas tridimensionais particulares em resultado de efeitos de luz e sombra. Além disso, os selos brancos dotados de dimensões adequadas deixam-se apreender facilmente pelo tacto.

Em geral, a superfície da chapa de impressão em aço é dotada das estruturas para a produção de uma gravura em oco e dos selos brancos por meio de um buril, laser ou por um processo de gravura a água-forte. Independentemente da técnica particular da sua produção, todas estas estruturas serão doravante genericamente designadas 'gravuras'. A minúcia das estruturas é aliás limitada, por um lado em virtude das próprias técnicas de gravação 4 ΡΕ1467871 utilizadas, por outro lado porque estruturas particularmente minuciosas não resistem aos efeitos mecânicos do cilindro de limpeza com o auxilio do qual a tinta de impressão excedentária é removida da chapa de impressão parcialmente tintada. Em resultado da alternância de movimento e da fricção prevalecente quando de uma compressão correspondente do cilindro de limpeza, estruturas de gravação com dimensões de uma ordem de grandeza nitidamente inferior a 100 μηι (doravante designadas 'micro-estruturas') ficam rapidamente danificadas. Em consequência, a cunhagem com micro-estruturas nitidamente inferiores a 100 μηι destinada a produzir efeitos ópticos especiais é realizada em separado, num processo distinto do de impressão da gravura em oco sobre aço. O mesmo se aplica à impressão de estruturas de difracção óptica, tais como hologramas e redes. A ordem de grandeza destas estruturas de difracção situa-se no dominio de comprimentos de onda da luz visivel, ou seja, abaixo de 1 μιη. Em DE-A-198 45 552 é proposto pré-produzir um valor em papel com todos os elementos de segurança, incluindo, por exemplo, estruturas de difracção cunhadas, e só o imprimir pelo processo de gravura em oco sobre aço numa última etapa processual. Neste contexto é descrita, a titulo de possível variante, a produção em camadas das estruturas de difracção sobre uma zona localmente alisada com antecedência, em que começa por aplicar-se sobre a zona alisada um verniz endurecível e em seguida se reveste a 5 PE1467871 zona envernizada com uma camada metálica reflectora extremamente fina. Nesta zona envernizada e revestida é depois cunhada com o auxilio de um cunho uma estrutura de difracção em relevo, sendo a estrutura de difracção assim produzida finalmente recoberta com um verniz protector. A produção de micro-estruturas cunhadas num documento de segurança, quer sob a forma de selos brancos cunhados num material que serve de substrato, quer sob a forma de estruturas de difracção em relevo cunhadas numa camada de verniz especialmente pré-produzida para esse efeito, requer, por conseguinte, uma etapa processual separada e suplementar ao processo de impressão da gravura em oco sobre aço.

Subjazia ao presente invento a tarefa de propor um processo para a produção de um documento de segurança que facilitasse a impressão de gravuras em oco sobre aço e a cunhagem de micro-estruturas.

Uma outra tarefa consistia em propor instrumentos para a realização do processo, bem como um processo para a produção destes instrumentos e dos seus produtos intermediários.

De acordo com o invento, estes objectivos são alcançados com os processos e objectos dotados das características indicadas nas primeiras das reivindicações anexas. Nas reivindicações subsidiárias são apresentadas 6 PE1467871 formas de execução e aperfeiçoamentos vantajosos do invento.

De acordo com o invento, a imagem impressa da gravura em oco sobre aço e as micro-estruturas são produzidas num processo de impressão conjunto em que é feito uso de uma chapa de impressão comum, na qual estão presentes tanto a gravura a imprimir como as micro-estruturas. Para evitar que fiquem danificadas por acção de um cilindro de limpeza passando por sobre a chapa de impressão, as micro-estruturas encontram-se ligeiramente rebaixadas relativamente à superfície superior da chapa de impressão, o que, impedindo que o cilindro de limpeza entre em contacto com elas, permite que processo de impressão se processe sem problemas. 0 valor numérico do recuo das micro-estruturas depende, por um lado, da área da zona da superfície ocupada pelas micro-estruturas e, por outro, da compressibilidade do cilindro de limpeza e da compressão por ele exercida. As micro-estruturas devem por isso situar-se entre cerca de 20 μ e cerca de 100 μιη abaixo da superfície superior da chapa de impressão, de preferência a pelo menos 40 μιη a um máximo de 60 μηη. de profundidade, referindo-se estes valores aos componentes das micro-estruturas mais próximos da superfície superior da chapa de impressão. Uma zona de micro-estruturas quadrática deverá exibir uma área inferior a 100 mm2 de modo a excluir a possibilidade de penetração do cilindro de limpeza até às micro-estruturas mais profundas. Dito de outro modo, a dimensão da zona das micro-estruturas segundo uma direcção 7 ΡΕ1467871 paralela ao eixo de rotação do cilindro de limpeza e paralela à superfície superior da chapa de impressão deverá ser inferior a 10 μπι. Várias zonas de micro-estruturas podem formar em conjunto uma superfície de micro-estruturas maior, estando as diferentes zonas de micro-estruturas separadas por filetes que se estendem até à superfície superior da chapa de impressão. Junto à superfície superior da chapa de impressão, os filetes exibem uma largura tal que suportam o cilindro de limpeza sem a longo prazo ficarem danificados por acção dele. Deste modo pode ser produzida a partir de zonas de micro-estruturas mais pequenas uma matriz superficial de forma e dimensão discricionárias.

Quando se pretende produzir selos brancos, as dimensões das micro-estruturas, isto é, as suas altura e/ou dimensão estrutural lateral, são de uma ordem de grandeza compreendida, de preferência, entre 5 e 100 μπι. Em contrapartida, quando se pretende cunhar com as micro-estruturas uma estrutura de difracção em relevo, por exemplo numa camada de verniz aplicada especialmente para o efeito sobre o material que serve de substrato ao documento de segurança e eventualmente metalizada, a ordem de grandeza das micro-estruturas situa-se no domínio das ondas luminosas, sendo inferior a 1 μπι.

Uma vez que em virtude da sua reduzida dimensão as micro-estruturas nem sempre se deixam produzir com a ΡΕ1467871 precisão suficiente quando se recorre para tal aos processos usuais de produção de chapas de impressão, por exemplo por um processo de gravura por meio de um buril ou laser ou por um processo de gravura a água-forte, o invento prevê uma produção das chapas de impressão em duas etapas. Começa por produzir-se, do modo usual e em separado, uma chapa de impressão original com a gravura a ser impressa, por um lado, e um ou mais cunhos com as micro-estruturas, por outro, sendo a chapa de impressão original ou uma matriz (mater) moldada a partir dela finalmente combinada com o ou os cunhos originais ou com duplicados dos mesmos.

De acordo com uma primeira forma de execução, começa por gravar-se formas intermediárias, as matrizes, a partir da chapa de impressão original. São gravadas tantas matrizes quantas as utilizações pretendidas para a chapa de impressão de aço gravada em oco. Também dos cunhos com micro-estruturas é produzido um número de duplicados correspondente ao número de utilizações da chapa de impressão de aço gravada em oco. As matrizes são então combinadas com os duplicados dos cunhos com micro-estruturas, por exemplo mediante aposição e ligação adequada. Este complexo funciona então como forma intermediária propriamente dita para moldar um ou mais duplicados das chapas de impressão, os quais são depois utilizados nas tipografias como chapas de impressão gravadas em oco.

De acordo com uma outra forma de execução, são 9 ΡΕ1467871 removidas uma ou mais zonas da chapa de impressão original na qual foi gravada a imagem a ser impressa, sendo inseridos nos vazios correspondentes o ou os cunho (s) com micro-estruturas originais de modo a que estas se situem abaixo da superfície superior da chapa de impressão. A partir do complexo assim obtido são então moldadas as matrizes. A forma intermediária para a produção das chapas de impressão gravadas em oco é então formada por um determinado número de matrizes compostas de acordo com ordem das utilizações previstas para a chapa. A chapa de impressão também pode ser directamente gravada com as micro-estruturas rebaixadas relativamente ao nível não gravado da superfície da chapa de impressão. Isto requer, contudo, que a gravura seja executada com auxílio de um dispositivo de precisão, uma vez que os dispositivos convencionais de gravação em oco de chapas não possuem uma precisão suficiente para produzir, de modo a que possam ser reproduzidas, as estruturas que lhes servem de modelo, cujas dimensões são inferiores a 100 μπι. A gravura de precisão pode ser realizada tanto mediante gravura mecânica, isto é, de levantamento de aparas, como mediante gravura a laser.

Enquanto que as depressões destinadas a receber a tinta de impressão da gravura são executadas da maneira usual na superfície da chapa de impressão, as zonas previstas para as micro-estruturas a serem cunhadas podem começar por ser aplanadas até ao nível a que começam a ser 10 PE1467871 rebaixadas. Nestas zonas situadas abaixo do nivel da superfície não trabalhada da chapa de impressão são então gravadas as micro-estruturas por um processo de gravura de precisão. Em principio também se pode começar por executar as micro-estruturas com a profundidade teoricamente predeterminada e, caso ainda seja necessário, aplanar o material eventualmente remanescente de modo a atingir o nivel de rebaixamento desejado para a zona. O original da chapa de impressão dotado das micro-estruturas pode ser directamente utilizado como chapa combinada de impressão e cunhagem ou gravação. O original pode, contudo, ser igualmente multiplicado com recurso às técnicas de reprodução e moldagem usuais.

As chapas gravadas em oco proporcionam, mesmo após tiragens elevadas, valores em papel com estruturas cunhadas pregnantes e dotadas de contornos nítidos.

Em virtude da pressão extremamente elevada aplicada durante o processo de produção da gravura em oco, o material que serve de substrato, por exemplo papel de algodão, fica permanentemente comprimido, mesmo nas zonas não impressas ou não cunhadas. O rebaixamento das estruturas a cunhar na chapa de impressão produz na zona correspondente do substrato trabalhado uma zona não comprimida, ou pelo menos comprimida, a partir da qual se elevam as micro-estruturas cunhadas. As micro-estruturas cunhadas podem ser protegidas do desgaste por camadas de 11 ΡΕ1467871 protecção estabilizantes.

Em seguida, o invento será descrito com recurso a um exemplo e às figuras anexas em que este se encontra representado. São mostradas:

Figura 1 nota bancária exibindo uma imagem impressa pelo processo de gravura em oco sobre aço e micro-estruturas cunhadas;

Figura 2 nota bancária de acordo com a Fig. 1, em que as micro-estruturas se encontram presentes sob a forma de selo branco;

Figs. 3a a 3c corte transversal da nota bancária de acordo coma Fig. 1 em momentos diferenciados da sua produção, em que as micro-estruturas se encontram presentes sob a forma de padrão de difracção óptica;

Figs. 4a a 4d as diferentes etapas da produção de uma chapa de impressão em aço gravada em oco de acordo com uma primeira forma de execução;

Figura 5 nota bancária semelhante à representada na Fig. 1, incluindo diversas zonas dotadas de micro-estruturas distanciadas 12 ΡΕ1467871 umas das outras; e

Figs. 6a a 6e as diferentes etapas da produção de uma chapa de impressão em aço gravada em oco de acordo com uma segunda forma de execução.

Na Fig. 1 mostra-se, a titulo de exemplo de um dos muitos tipos de documentos de segurança possíveis, uma vista de cima de uma nota bancária com uma imagem impressa 1 produzida por um processo de gravura em oco sobre aço e uma micro-estrutura cunhada 2 igualmente produzida pelo processo referido. A micro-estrutura cunhada pode consistir num selo branco gravado no substrato em papel ou numa estrutura de difracção em relevo realizada numa camada de material sintético aplicada sobre o referido substrato em papel.

Na Fig. 2 é mostrado um corte transversal através da nota bancária 1 representada na Fig. 1, em que a micro-estrutura cunhada 2 se encontra presente na superfície superior do substrato da nota 3 sob a forma de selo branco. A tinta aplicada no processo de gravura em oco sobre aço e constituinte da imagem impressa 1 "eleva-se" a partir da superfície superior do substrato 3, sendo em consequência tactilmente apreensível. 0 relevo da micro-estrutura produzida pelo cunho 2 consiste, por exemplo, numa retícula linear com uma 13 ΡΕ1467871 largura de retícula compreendida entre 5 e 100 μιη. Uma tal estrutura é visualmente apreendida enquanto fino padrão de luz e sombra, podendo a sua superfície superior ser eventualmente distinguida pelo tacto da superfície envolvente e não cunhada.

Nas Figs. 3a a 3c é mostrado um exemplo de execução em que a micro-estrutura cunhada 2 foi realizada como estrutura de difracção óptica em relevo. Neste caso, as estruturas possuem dimensões da ordem de grandeza de cerca de 1 μιη ou menos, ou seja no domínio dos comprimentos de onda da luz visível. Na Fig. 3a é mostrado o substrato 3 da nota bancária ainda não impresso, no qual uma sua zona 4 foi alisada a fim de melhorar a adesão ao substrato do verniz de cunhagem. O verniz de cunhagem 5 é vaporizado com uma delgada camada metálica 6. Na etapa subsequente são produzidas sobre este substrato 3 previamente preparado a imagem impressa 1, por um lado, e a micro-estrutura de difracção cunhada 2, por outro (Fig. 3b) . Finalmente, a micro-estrutura cunhada 2 é revestida com um verniz protector 7 resistente a riscos (Fig. 3c). A imagem impressa 1 e a micro-estrutura cunhada 2 de acordo com os exemplos de execução representados nas Figs. 2 e 3a a 3c são produzidas num único processo de impressão em que é feito uso de uma única chapa de impressão. Exemplos de chapas de impressão 8 adequadas para o efeito encontram-se representados em corte transversal nas Figs. 4d e 6e. Da Fig. 4d depreende-se que na 14 PE1467871 superfície superior 9 da chapa de impressão se encontram presentes estruturas gravadas em oco 10 destinadas à produção da imagem impressa 1, por um lado, e micro-estruturas 11 destinadas a serem cunhadas e a produzirem a micro-estrutura cunhada 2. As micro-estruturas 11 encontram-se levemente embutidas na superfície superior 9 da chapa de impressão, de modo a que as zonas superiores da micro-estrutura, isto é, os vértices do relevo em que ela consiste se situem abaixo da superfície superior 9 da chapa de impressão, a uma distância ínfima d da mesma. A distância d tem um valor numérico compreendido entre 20 e 100 μιη, de preferência entre 40 e 60 pm. Para produzir uma impressão de segurança começa por aplicar-se parcialmente a tinta de impressão sobre a superfície superior 9 da chapa de impressão, nomeadamente à zona ocupada pelas estruturas gravadas em oco 10, sendo a tinta de impressão excedentária removida da superfície superior 9 da chapa de impressão com o auxílio de um cilindro de limpeza não representado nas figuras. A posição rebaixada das micro-estruturas 11 assegura que o cilindro de limpeza não entre em contacto com a filigrana das mesmas, pelo que estas não são danificadas. Na etapa subsequente do processo de impressão, o substrato do documento de segurança é comprimido de encontro às estruturas gravadas em oco 10 e às micro-estruturas 11, na sequência do que recolhe a tinta das estruturas gravadas em oco 10, por um lado, e, por outro lado, a sua superfície superior é cunhada, ou seja, permanentemente deformada, na zona que vai exibir as micro-estruturas 11. 15 ΡΕ1467871

As pressões e temperaturas do cilindro de impressão utilizado no processo de gravura em oco sobre aço para a impressão da imagem são adequadas à cunhagem dos documentos de segurança usuais, pelo que é possível e não problemática a realização em simultâneo da impressão e da cunhagem de papel de segurança com recurso a uma única chapa de impressão gravada em oco. Um valor típico para a temperatura de aquecimento situa-se próximo de 80°C, embora possa ser escolhido qualquer valor compreendido entre 50 e 90°C.

Em seguida são descritos com recurso às Figs. 4a a 4d e 6a a 6e dois processos alternativos para a produção de uma chapa de impressão 8 com micro-estruturas 11 mais profundamente situadas.

Numa primeira etapa (Fig. 4a) são produzidas estruturas gravadas em oco 10 numa chapa de impressão original O pelo processo usual, ou seja com o auxílio de um buril ou num processo de gravura a água-forte, por exemplo. Em separado são produzidos um ou mais cunhos D providos de micro-estruturas 11, igualmente por um processo usual, ou seja, por exemplo, pelo mesmo processo vulgarmente utilizado para produzir estruturas de difracção óptica em relevo.

Numa segunda etapa (Fig. 4b) são produzidos duplicados da chapa de impressão original O e do cunho D. A produção do duplicado da chapa de impressão original O, 16 PE1467871 isto é, a matriz M, pode ser realizada mediante a moldação da chapa de impressão original num material sintético plasticamente deformável, da qual resulta então a matriz M (técnica Cobex). São contudo conhecidas, e podem ser utilizadas, outras técnicas de moldação. É produzido um número de matrizes Mi, M2, . .., Mn correspondente ao número de utilizações da chapa de impressão em aço gravada em oco a ser produzida. São também produzidos duplicados DDi, DD2, ... do ou dos cunhos D providos de micro-estruturas 11 em número correspondente. 0 processo de moldação dos duplicados DD dos cunhos processa-se por exemplo mediante galvanoplastia. Para tal, a micro-estrutura 11 começa por ser tornada electricamente condutora, sendo depois metalizada, por exemplo com cobre. A camada de cobre é em seguida coberta com metal fundido, por exemplo zinco, para efeito da sua estabilização, e acabada de encher com chumbo ou plástico para permitir o manuseamento do duplicado DD do cunho.

Numa terceira etapa (Fig. 4c), as matrizes Mi, M2, ... e os duplicados DDi, DD2, ... dos cunhos são dispostos lado a lado e solidamente unidos uns aos outros por meio de técnicas adequadas, por exemplo colagem, formando uma forma intermediária Z. Na forma intermediária Z representada na Fig. 4c, cada par MíDDi ou M2DD2, etc. constitui uma utilização da chapa de impressão gravada em oco 8 a ser produzida a partir da forma intermediária Z. É perceptivel que as micro-estruturas, sob a forma do negativo 11' das micro-estruturas, sobressaem ligeiramente 17 ΡΕ1467871 em relação ao plano de moldação 9' da forma intermediária Z. A moldação da chapa de impressão gravada em oco 8 a partir da forma intermediária Z (Fig. 4d) é mais uma vez efectuada mediante galvanoplastia, à semelhança da duplicação do cunho D. Adicionalmente, a superfície superior 9 da chapa de impressão pode ser endurecida mediante niquelagem ou cromagem numa etapa posterior do processo de produção.

Nas Figs. 6a a 6e encontra-se representado um processo alternativo para a produção da chapa de impressão 8. De acordo com este processo, começa por produzir-se a chapa de impressão original 0 dotada das estruturas gravadas em oco 10 (Fig. 6a). Da chapa de impressão original O são em seguida extraídas, segmento a segmento, determinadas zonas da superfície, por exemplo através de uma técnica de fresagem de alta precisão (Fig. 6b) . No rebaixo 13 assim produzido é então inserido o cunho D provido, tal como é mostrado na Fig. 4a, das micro-estruturas 11 (Fig. 6c) . Este passo requer um processamento do cunho D no sentido do seu acerto, uma vez que as micro-estruturas têm de ficar abaixo da superfície superior da chapa de impressão original O, a uma determinada distância d desta, após a inserção do cunho D no rebaixo 13. A chapa de impressão original O assim preparada é então utilizada na moldação de matrizes M (Fig. 6d), a qual pode mais uma vez ser realizada segundo a técnica Cobex. Neste caso, cada 18 ΡΕ1467871 uma das matrizes M serve para produzir posteriormente uma cópia completa da chapa de impressão gravada em oco 8 a ser produzida. Por conseguinte, são produzidos a partir da chapa de impressão original 0 com cunhos D embutidos (Fig. 6c) tantas matrizes Mj, M2, M3, ... quantas as utilizações da chapa de impressão gravada em oco 8 a ser finalmente produzida. As matrizes Mj, M2, M3, ... são mais uma vez unidas entre si com o auxilio de técnicas adequadas de ligação de modo a que seja obtida uma forma intermediária Z (Fig. 6e) , a partir da qual é moldada mediante galvanoplastia a chapa de impressão gravada em oco 8.

Alternativamente, a cunhagem de uma forma intermediária Z suficientemente grande com a chapa original representada na Fig. 6c pode ser repetida tantas vezes quanto o número de utilizações desejadas. Neste caso, omite-se o passo em que as matrizes individuais Mj, M2, M3, ... são unidas para a formarem a forma intermediária Z.

Os processos de produção alternativos anteriormente referidos são por isso igualmente adequados à produção, a partir das estruturas gravadas em oco 10 na chapa de impressão original e das micro-estruturas originais 11, dos positivos que são as estruturas 10 e 11 da chapa de impressão gravada em oco 8 final por via dos "negativos" que são as estruturas 10' e 11' da forma intermediária Z. O processo de produção descrito com referência às Figs. 6a a 6e é preferível na medida em que a inserção das micro-estruturas 11 num qualquer local 19 PE1467871 desejado no interior da gravura impressa 1 mediante a inserção de cunhos correspondentes D em rebaixos 13 da chapa de impressão original 0 (Fig. 6c) é mais simples do que a montagem exacta de duplicados da chapa de impressão, ou matrizes M, e de duplicados DD dos cunhos (Fig. 4c). Em particular é especialmente fácil produzir uma chapa de impressão gravada em oco 8 para a produção de uma imagem impressa 1 com micro-estruturas 2 nela integradas, tal como a representada na Fig. 5, segundo o processo de produção representado nas Figs. 6a a 6e. Na imagem impressa pelo processo de gravura em oco sobre aço 1, representada na Fig. 5 apenas através do seu contorno externo, diversas micro-estruturas 2 cunhadas formam um campo cujas micro-estruturas 2 componentes se encontram a certa distância umas das outras. Estas distâncias 12' são consequência do facto de, a titulo de protecção contra possíveis danos causados por um cilindro de limpeza, as diferentes zonas individuais providas de micro-estruturas 11 da chapa de impressão gravada em oco 8 não poderem ultrapassar uma dimensão máxima, estando por isso separadas umas das outras por filetes 12 (Fig. 4d) . Estes filetes 12 estendem-se até à superfície superior 9 da chapa de impressão e possuem a largura suficiente para poderem suportar a pressão do cilindro de limpeza.

Lisboa, 15 de Outubro de 2007

Claims

ΡΕ1467871 1 REIVINDICAÇÕES 1. Chapa de impressão em aço gravada em oco (8) incluindo uma superfície superior (9) com pelo menos uma primeira zona provida de estruturas gravadas em oco sobre aço (10) e pelo menos uma segunda zona provida de estruturas cunháveis (11), em que as estruturas cunháveis (11) exibem uma altura e/ou dimensão estrutural lateral inferior a 100 μιη e em que os componentes das estruturas cunháveis (11) mais próximas da superfície superior (9) da chapa de impressão se situam abaixo da superfície superior (9) da chapa de impressão, a uma distância (d) compreendida entre 20 e 100 μιη da mesma.
2. Forma intermediária (Z) para a produção de chapas de impressão em aço gravada em oco (8) de acordo com a reivindicação 1, incluindo pelo menos um primeiro segmento (M) com o negativo (10') de estruturas gravadas em oco sobre a chapa de aço e pelo menos um segundo segmento (DD), distinto do primeiro segmento (M), provido do negativo (11') de estruturas cunháveis, estruturas em negativo essas cuja altura e/ou dimensão estrutural lateral é ^ a 100 μιη, em que a forma intermediária (Z) exibe um plano de moldação (9') e em que os componentes do negativo (11') das estruturas cunháveis mais próximos do plano de moldação (9') se situam acima deste, a uma distância do mesmo compreendida entre 20 e 100 μιη. 2 PE1467871
3. Forma intermediária (Z) para a produção de chapas de impressão em aço gravada em oco (8) de acordo com a reivindicação 1, incluindo pelo menos um segmento (M) com o negativo (10') de estruturas gravadas em oco sobre aço e o negativo (11') de estruturas cunháveis cuja altura e/ou dimensão estrutural lateral é ^ a 100 μιη, em que a forma intermediária (Z) exibe um plano de moldação (9') e em que os componentes do negativo (11') das estruturas cunháveis mais próximos da superfície de moldação (9') se situam acima deste, a uma distância do mesmo compreendida entre 20 e 100 μιη.
4. Chapa de impressão original para a produção de uma forma intermediária de acordo com a reivindicação 3 provida de estruturas gravadas em oco sobre aço (10) e pelo menos um rebaixo (13) no qual se encontra de tal modo inserido um cunho (D) provido de estruturas cunháveis (11) cujas alturas e/ou dimensões estruturais laterais são ^ a 100 μηη. que os componentes das estruturas cunháveis (11) mais próximos da superfície superior da chapa de impressão original (O) se situam abaixo desta, a uma distância compreendida entre 20 e 100 μιη da mesma.
5. Objecto de acordo com uma das reivindicações 1 a 4, em que as estruturas cunháveis (11) exibem uma altura e/ou dimensão estrutural lateral compreendida entre 5 e 100 μιη.
6. Objecto de acordo com uma das reivindicações 3 PE1467871 1 a 4, em que as estruturas cunháveis (11) foram configuradas de modo a que possa ser produzida por seu intermédio uma estrutura de difracção óptica em relevo.
7. Objecto de acordo com a reivindicação 6, em que as estruturas cunháveis (11) exibem uma altura e/ou dimensão estrutural lateral inferior a 1 μπι.
8. Objecto de acordo com uma das reivindicações 1 a 7, em que os componentes das estruturas cunháveis (11) mais próximos da superfície superior (9) da chapa de impressão ou do plano de moldação (9') se situam a pelo menos 4 0 pm dos mesmos.
9. Objecto de acordo com uma das reivindicações 1 a 8, em que os componentes das estruturas cunháveis (11) mais próximos da superfície superior (9) da chapa de impressão ou do plano de moldação (9') se situam a um máximo de 60 μιη dos mesmos.
10. Objecto de acordo com uma das reivindicações 1 a 9, em que a zona provida das estruturas cunháveis (11) possui uma área superficial inferior a 400 mm2, de preferência inferior a 100 mm2.
11. Objecto de acordo com uma das reivindicações 1 a 10, em que diversas zonas providas de estruturas cunháveis (11) formam uma matriz superficial de estruturas cunháveis. 4 ΡΕ1467871
12. Objecto de acordo com uma das reivindicações 1 a 11, em que as estruturas cunháveis (11) se encontram separadas das estruturas gravadas em oco sobre aço (10) ou de outras zonas providas de estruturas cunháveis (11) por meio de filetes (12) que se estendem até à superfície superior (9) da chapa de impressão ou ao plano de moldação (9') e exibem uma largura não inferior a 0,5 mm.
13. Processo para a produção de um objecto de acordo com uma das reivindicações 1, 2 ou 5 a 12, incluindo as seguintes etapas: produção de uma estrutura gravada em oco sobre aço (10) numa chapa de impressão original (O) em aço e produção de pelo menos uma matriz (M) a partir da chapa de impressão original (O); produção de um cunho (D) provido de estruturas cunháveis (11) e produção de pelo menos um duplicado (DD) do cunho; produção de uma forma intermediária (Z) com um plano de moldação (9') mediante a disposição lado a lado de uma ou mais matrizes (Μ, Μι, M2, ...) e de um ou mais duplicados (DD, DDi, DD2, ...) do cunho e a ligação dos mesmos entre si por forma a que os componentes das estruturas cunháveis mais próximos do plano de moldação (9') se situem acima deste, a uma distância do mesmo compreendida entre 20 e 100 μπι.
14. Processo para a produção de um objecto de 5 ΡΕ1467871 acordo com uma das reivindicações 1 ou 3 a 12, incluindo as seguintes etapas: produção de estruturas gravadas em oco sobre aço (10) numa chapa de impressão original (O) em aço; produção de pelo menos um rebaixo na superfície superior da chapa de impressão original (O) em aço provida das estruturas gravadas em oco sobre aço (10) ; produção de um cunho (D) dotado de estruturas cunháveis (11); inserção do cunho (D) no rebaixo (13) de modo a que os componentes das estruturas cunháveis (11) mais próximos da superfície superior da chapa de impressão original (O) fiquem abaixo desta, a uma distância da mesma compreendida entre 20 e 100 μηι.
15. Processo de acordo com a reivindicação 14, em que a partir da chapa de impressão original (O) em cujo rebaixo (13) se encontra inserido o cunho (D) são cunhadas várias matrizes (Μι, M2, ...), as quais são dispostas lado a lado e unidas entre si de modo a que seja obtida uma forma intermediária (Z) .
16. Processo de acordo com as reivindicações 13 ou 15, em que a partir da forma intermediária (Z) é moldada uma chapa de impressão (8).
17. Processo de acordo com a reivindicação 16, 6 ΡΕ1467871 em que a moldação da chapa de impressão (8) a partir da forma intermediária (Z) se processa por galvanoplastia.
18. Processo para a produção de uma chapa de impressão (8) de acordo com uma das reivindicações 1 ou 5 a 12, incluindo as seguintes etapas: produção de uma estrutura gravada em oco sobre aço (10) numa chapa de impressão (8) em aço; produção de estruturas cunháveis (11) na chapa de impressão (8) mediante gravura em oco da mesma de modo a que os componentes das estruturas cunháveis (11) mais próximos da superfície superior da chapa de impressão gravada em oco (8) fiquem abaixo desta, a uma distância da mesma compreendida entre 20 e 100 pm.
19. Processo de acordo com uma das reivindicações 14 a 19, em que as estruturas cunháveis (11) exibem uma altura e/ou dimensão estrutural lateral < a 100 pm.
20. Processo para a produção de um documento de segurança pelo processo de gravura em oco sobre aço, utilizando uma chapa de impressão de acordo com uma das reivindicações 1 e 5 a 12, incluindo as seguintes etapas: enchimento das estruturas gravadas em oco sobre aço (10) de que é provida a chapa de impressão (8) em 7 ΡΕ1467871 aço com tinta de impressão, sem que nesse processo sejam enchidas com tinta as estruturas cunháveis (11) ; impressão de um documento de segurança com recurso à chapa de impressão gravada em oco (8) parcialmente tintada e cunhagem das estruturas num processo de impressão em que é utilizada uma pressão suficiente para, por um lado, transferir a tinta de impressão das estruturas gravadas em oco sobre aço (10) para o documento de segurança e, por outro lado, cunhar o documento de segurança na zona correspondente às estruturas cunháveis (11) .
21. Processo de acordo com a reivindicação 20, em que a zona do documento de segurança cunhada em conformidade com as estruturas cunháveis (11) é um selo branco.
22. Processo de acordo com a reivindicação 20, em que o documento de segurança exibe um revestimento cunhável (5, 6) e em que a cunhagem do documento de segurança no que respeita a esta zona revestida se processa de modo a que sejam cunhadas na mesma relevos de difracção óptica.
23. Processo de acordo com a reivindicação 22, em que o revestimento cunhado é recoberto com uma camada de protecção transparente (7) . PE1467871
24. Documento de segurança com uma imagem impressa e uma micro-estrutura cunhada produzido com recurso a uma chapa de impressão em aço gravada em oco e de acordo com uma das reivindicações 1 ou 5 a 12. Lisboa, 15 de Outubro de 2007