PT103438B - Dispositivo de ancoragem para tectos - Google Patents

Abstract

DISPOSIÇÃO DE ANCORAGEM PARA TECTOS QUE CONSISTE EM PEÇAS DE FIXAÇÃO CONFIGURADAS PARA A INSTALAÇÃO DE TECTOS SUSPENSOS, AJUSTÁVEIS OU SEMI-DIRECTOS OU OUTRO TIPO DE INSTALAÇÕES, CONSTITUINDO-SE EM PONTOS DE FIXAÇÃO DOS MESMOS, SITUANDO-SE O ELEMENTO DE ANCORAGEM NAS PESTANAS E REBAIXAMENTO DAS PEÇAS ENTRE VIGAS QUE CONFORMAM AS NERVURAS DA LAJE, ONDE, UMA VEZ VERTIDO O BETÃO NO CONJUNTO, FICAM IMOBILIZADAS, ALINHADAS E PREPARADAS PARA FIXAR MEDIANTE VERGUINHAS (10) ROSCADAS OU OUTROS DISPOSITIVOS DIVERSOS QUALQUER TIPO DE INSTALAÇÃO SUSPENSA.

Description

DESCRIÇÃO

DISPOSITIVO DE ANCORAGEM PARA TECTOS

OBJECTO DA INVENÇÃO

A presente memória descritiva refere-se a uma petição de uma Patente de Invenção correspondente a um dispositivo de ancoragem para tectos, cuja finalidade reside em configurar uma disposição destinada, preferivelmente, à instalação de tectos suspensos, ajustáveis ou semi-directos, constituindo um ponto de ancoragem dos mesmos que, ao ser totalmente compatível com os acessórios de fixação já desenvolvidos para o efeito, consegue uma aplicação adequada.

Da mesma forma, a invenção pode ser usada como base de fixação para a colocação de ganchos, abraçadeiras ou suportes de instalações eléctricas, ar condicionado, aquecimento ou qualquer outro tipo.

Concretamente, a invenção destina-se à sua utilização na aplicação de tectos falsos, permitindo nivelar os mesmos e, em simultâneo, incorporar no espaço intermédio, canalizações para aplicações diversas.

CAMPO DA INVENÇÃO

Esta invenção tem a sua aplicação na indústria da construção e, mais especificamente no ramo da indústria dedicada à fabricação de dispositivos ou elementos de ancoragem para tectos suspensos.

ANTECEDENTES DA INVENÇÃO

O requerente conhece a existência da Patente de Invenção solicitada em Espanha, com o número 488.418, requerida a nome de D. Eugênio Ruiz-Gálvez Priego relativa a melhorias no sistema de execução de tectos suspensos, na qual se descreve e reivindica o facto de que os tectos suspensos são constituídos por placas de gesso cartonado fixas a uma estrutura portante, composta por longarinas às que se aparafusam as placas de gesso cartonado, as quais, por sua vez, são suspensas da placa, engatando estas longarinas por intermédio de um grampo de suspensão, também designada por pivot, que vai cravado à placa ou eventualmente, se a distância entre a placa e o tecto falso for maior, por verguinha roscada ou parafuso de ajustamento, de diferentes comprimentos através do qual se monta o pivot.

Esta invenção não apresenta nenhuma semelhança com o objecto que se descreve nesta memória.

O requerente também conhece um Modelo de Utilidade solicitado em Espanha com o número 8802051, publicado com o número 1.007.025 relativo a uma estrutura para a formação de tectos falsos, na qual se descrevem e reivindicam travamentos metálicos com secção em U em cuja base se encontram meios para ancorar ou fixar à placa de tecto e meios para receber as lâminas de recubrimento de forma entrelaçada, sejam dispostas equidistantes ou sejam dispostas em forma contínua.

O Modelo de Utilidade solicitado em Espanha com o número 216.569 reconhece uma armadura de suporte das placas de gesso cartonado e que descreve e reivindica o facto de incorporar unicamente três elementos de perfil em forma de U cujos extremos são dobrados para o interior ou para o exterior formando uma pestana incluindo uns ângulos nas dobras interiores, umas ranhuras que permitem a fácil introdução dos parafusos na chapa e na cara interior, com espaçamento variado, uns orifícios ou perfurações para a passagem de outros elementos.

Da mesma maneira também não existe nenhuma semelhança com a invenção descrita nesta memória.

Com respeito aos tectos suspensos que se utilizam actualmente, conhece-se a existência de tectos contínuos semi-directos, tectos contínuos suspensos, tectos contínuos suspensos com tirantes e canais de diferentes tipos, tectos ajustáveis e tectos acústicos, todos eles baseados na incorporação de perfis que com a colaboração de grampos e elementos semelhantes, conseguem criar uma estrutura que, fixada mediante parafuso de ajustamento à superfície inferior da placa, conformam uma zona de revestimento da cara inferior da laje criando um tecto ao que se fixarão peças de diferentes materiais.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

A disposição de ancoragem para tectos que a invenção propõe configura-se a partir de um elemento que vai fixado nas pestanas por baixo da nervura, inclusive se a sua resistência mecânica o permitisse, no interior dos elementos entre vigas de aligeiramento que formam parte da laje e pode aplicar-se tanto em lajes unidireccionais como reticulares, preferivelmente betonadas in situ, sendo necessário, consequentemente, que os elementos entre vigas disponham de estes dispositivos. Uma vez realizado o processo de betonagem e, graças à sua configuração, o elemento de ancoragem fica imobilizado e fixo na cara inferior da laje, ao ser envolvido pelo betão no interior da sua estrutura.

O elemento constituinte do dispositivo estará fixo nuns orifícios existentes nestas pestanas, pendurados ou no interior do elemento entre vigas, nos quais se introduzirá a secção recta do elemento de ancoragem, podendo este ser fabricado em materiais do tipo plástico ou metálico, permitidos pelas normas vigentes, preferivelmente em poliolefinas, poliamidas ou poliésteres por um processo de injecção, mecanizado ou termo formado. Os elementos entre vigas serão preferivelmente cerâmicos, betão, betões com inertes leves, poliestireno expandido ou elementos plásticos recuperáveis.

De maneira mais concreta, a disposição de ancoragem para tectos, objecto da invenção será constituída por uma peça, formada por sua vez por um elemento superior de secção circular ou poligonal com divisórias de reforço e um corpo oco, cilíndrico ou prismático de três, quatro, cinco ou mais lados que inclui, no seu interior, nervuras de reforço em número variável. No interior do corpo em questão, gera-se uma cavidade aberta pela sua cara inferior que pode ter paredes lisas, roscadas ou possuidora de algum elemento que permita inserir ou aprisionar algum elemento de suspensão.

A invenção, opcionalmente, será composta de duas peças, sendo uma superior que apresenta uma forma cilíndrica ou prismática de três, quatro, cinco ou mais lados, oco, de paredes estreitas, semi-cerrado na sua parte superior, com uma lingueta perimetral externa para o seu apoio na cara superior do elemento entre vigas e, uma segunda peça como um elemento de fecho que serve como macho do conjunto, incorporando um corpo cilíndrico, prismático, oco, que incorpora na sua parte central um tubo fechado na sua cara superior, com um canal interno que receberá o elemento de união com o elemento de suspensão; esta peça será igualmente dotada de uma lingueta perimetral na sua parte inferior para servir de batente na cara inferior do elemento entre vigas.

DESCRIÇÃO DOS DESENHOS

Para complementar a descrição que se está a realizar e, com o objectivo de ajudar a uma melhor compreensão das características do invento, acompanhase à correspondente memória descritiva, como parte integrante da mesma, um jogo de planos nos quais, com carácter ilustrativo e não limitativo, se representa o seguinte:

Ά figura número 1.- Ilustra uma vista em perspectiva da primeira das configurações que pode ter a invenção, tanto da sua cara superior como da sua cara inferior, correspondente a uma primeira realização da invenção.

A figura número 2.- Corresponde ao corte central da peça que constitui a primeira realização da invenção, vista em perspectiva, com uma verguinha roscada na sua cavidade inferior e montada sobre uma lingueta.

A figura número 3.- Mostra uma vista em perspectiva da segunda das realizações que pode adquirir a invenção.

A figura número 4.- Reproduz um exemplo não limitativo do processo de montagem das duas peças que constituem a segunda realização representada na figura número 3.

A figura número 5.- Corresponde ao corte central das duas peças unidas que constitui a segunda realização, vista em perspectiva, com uma verguinha roscada na sua cavidade inferior e montada sobre uma lingueta, neste caso, também de poliestireno expandido.

A figura número 6.- Representa uma vista em secção da montagem sobre abobadilhas unidireccionais, da primeira realização da invenção, representada nas figuras 1 e 2, sustentando mediante um sistema de verguinhas roscadas, forquetas e carris, um tecto pendurado de placa de gesso laminado (PGL).

A figura número 7.- Mostra, sem detalhar os objectos representados anteriormente, uma vista em perspectiva do que seria uma laje unidireccional com a sua estrutura de tecto pendurado, suportado por meio das ancoragens, objecto da invenção do objecto mostrado em secção, representado na figura número 6.

A figura número 8.- Representa o campo de aplicação da invenção para diferentes elementos entre vigas, abobadilhas e caixotões, preparados para receber este tipo de ancoragens.

REALIZAÇÕES PREFERENTES DA INVENÇÃO

A invenção obviamente, pode ser constituída por
uma ou duas peças	complementares	entre si,	mas
configuradas como um	só elemento	monobloco,	que
constitui o objecto da	invenção.
Os materiais que	se incorporam	na construção	do

corpo da disposição podem ser materiais plásticos, metálicos ou qualquer outro material aceite pelas normas vigentes, preferivelmente poliolefinas, poliésteres ou poliamidas por processo de injecção, termo formado ou mecanizado.

Ao observar-se a figura número 1, observa-se como a disposição da ancoragem para tectos está constituída, na primeira realização, a partir de um corpo (1) que incorpora uma zona circular externa dentro da qual se encontra circunscrita uma zona tronco-cónica (8), estando fabricadas ambas as zonas por um corpo monobloco e unidas por divisórias (4) de rigidização, apresentando a zona (2) protuberâncias (5) de secção triangular, incorporando alternativamente, no caso que o elemento entre vigas seja de espuma rígida, pronunciações de ancoragens emergentes verticalmente pela zona inferior, constitutivas de pontas para facilitar a fixação.

Na figura número 2 mostra-se um corte em perspectiva da ancoragem, inserido numa pestana para a primeira das suas configurações e na mesma pode observar-se a constituição interior (7) do corpo cilíndrico oco onde se dispõe de forma radial as nervuras (9) de reforço que unem a superfície exterior do elemento cilíndrico com o corpo da cavidade central (7) receptora neste caso de uma verguinha roscada (10).

desenho da peça permite que durante o processo de betonagem, parte da calda do betão penetre tanto na zona das divisórias superiores como no interior da cavidade cilíndrica, reforçando assim a sua fixação à nervura.

Numa segunda realização da invenção representadas nas figuras 3 e 4, o corpo para fixação para tectos falsos, que actua como agrafado, pode estar constituído por uma configuração que incorpora um corpo cilíndrico (20) dotado de um ressalto perimetral (21) , oco interiormente (22), com o objectivo de permitir a sua introdução num segundo corpo (20') que também apresenta um ressalto (21) no extremo inferior e de cuja zona superior emergem quatro pronunciações (23) em forma de gancho e que na sua zona central externa apresenta pronunciações tronco-cónicas (24) com o objectivo que se unam com as pronunciações (2) complementares da zona interior da zona superior (20) , conseguindo desta maneira, a união efectiva das peças, colaborando para a fixação dos ressaltos em forma de gancho (23) citados anteriormente.

Na figura número 5 mostra-se um corte em perspectiva da segunda realização citada anteriormente, montada também sobre uma pestana, que poderia pertencer a qualquer tipo de elemento de entre vigas, salientando-se as manifestas semelhanças da estrutura interna de fixação.

Uma imagem da colocação em obra da invenção, seria por exemplo, um tecto pendurado com placa de gesso laminado (PGL).

Nas figuras 6 e 7 mostra-se a disposição das ancoragens nos elementos de entre vigas a uma distância marcada pelas recomendações e normas existentes e, de onde, uma vez betonado o conjunto da abobadilhas (30) e nervuras emergentes que constituem a laje, ficam estes já adequadamente fixados e imobilizados.

O instalador de tectos pendurados, posteriormente, uma vez que têm os pontos de ancoragem equidistantes, colocará as forquetas reguladas com um nível e posteriormente prenderá sobre os corpos roscados (10), uns elementos de fixação (31), nos quais se incorporarão os perfis (32) que suportarão o tecto falso (33).

Por ultimo, na figura número 8, a polivalência deste tipo de ancoragem adaptável à maioria das soluções que oferece o mercado em elementos de entre vigas aligeirados para a obtenção de lajes betonadas in situ.

Claims (3)

1. REIVINDICAÇÕES

   1. - Disposição de ancoragem para tectos, dos destinados a facilitar a fixação de instalações na cara inferior das lajes, caracterizado por ser constituído numa primeira realização por um corpo (1) fabricado preferivelmente em material plástico ou metálico, incluindo em poliolefinas, poliésteres ou poliamidas, por um processo de injecção, termo formado ou mecanizado que se introduz em pestanas, rebaixamentos, pendentes ou cavidades situadas em elementos entre vigas, tal como podem ser abobadilhas ou caixotões, onde fica imobilizado depois de betonada a obra, e que permite fixar por diferentes soluções, equipamentos de ar condicionado, tectos falsos, instalações eléctricas, instalações de água ou outros, estando constituído a partir de um corpo que adopta a forma cilíndrica ou prismática oca, fechado na sua cara inferior que apresenta uma zona superior circular (3) ou poligonal, unida à primeira por divisórias rigidizadoras (9), concretamente ao corpo cilíndrico oco (7), emergindo da zona (2), radialmente pronunciações semi-triangulares, rematadas em vértices rombos que podem apresentar alternativamente pronunciações (6) para a zona inferior para a fixação ao poliestireno e, em cujo interior se dispõe unido por intermédio de nervuras de secção prismática, um tubo aberto (10) por qualquer meio, os elementos de ligação e suporte das instalações.
2. 2. - Disposição de ancoragem para tectos, segundo a primeira reivindicação, caracterizada porque numa segunda realização, o corpo constitutivo da alma da ancoragem pode constituir-se por duas peças (20) e (20') complementares entre si, sendo a peça superior um corpo cilíndrico (20) ou prismático oco de paredes estreitas, dotado de ressaltos interiores (25) e uma pronunciação alar (21) emergente da zona superior, que abraça ou insere em si outra peça (20') complementar com ressaltos (24) tronco-cónicos exteriores e meios de fixação (23) na sua zona superior, com uma pronunciação (21' ) alar, de secção circular ou poligonal, definindo no seu interior outro corpo cilíndrico em forma de tubo aberto na sua parte inferior que receberá seja por fricção, rosca ou outro meio de inserção os elementos de ligação e sustentação das instalações.
3. 3.- Disposição de ancoragem para tectos, segundo a primeira e segunda reivindicações, caracterizada porque ambas as realizações podem aplicar-se tanto em lajes unidireccionais como reticulares de abobadilha ou caixotões cerâmicos, betão e poliestireno expandido, assim como sistemas de moldes recuperáveis onde se disponha de linguetas ou rebaixamentos ou incluso nos interior dos mesmos, mediante a previsão de orifícios adequados de natureza cilíndrica, semi-circular ou cónica, que facilitem a união do mesmo.