BRPI1106354A2 - Guia para perfuração óssea precisa e fixação de parafuso no osso - método para perfurar e fixar parafuso, pino ou prego no osso com precisão - Google Patents

Abstract

GUIA PARA PERFURAÇÃO ÓSSEA PRECISA E FIXAÇÃO DE PARAFUSO NO OSSO - MÉTODO PARA PERFURAR E FIXAR PARAFUSO,PINO OU PREGO NO OSSO COM PRECISÃO, constituído de um aparelho idealizado para cirurgia ortopédica neurocirurgias, cirurgias buco-maxilo-facial ou qualquer outra cirurgia que utilize parafusos e/ou fios e/ou pinos e/ou pregos, usando um martelo para fixar o guia (1), que possui dois pinos (3), ao osso (10) que deverá ser perfurado por uma broca (8) de forma precisa visando coincidir a perfuração da cortical óssea (10)com o orifício da haste intramedular (11) onde deverá passar posteriormente o parafuso que a bloqueara.

Description

GUIA PARA PERFURAÇÃO ÓSSEA PRECISA E FIXAÇÃO DE PARAFUSO NO OSSO - MÉTODO PARA PERFURAR E FIXAR PARAFUSO, PINO OU PREGO NO OSSO COM PRECISÃO.

A presente invenção diz respeito a um guia metálico

05 ou de qualquer outro material radiopaco a ser utilizado em cirurgias ortopédica, neurocirurgias, cirurgias buco-maxilo- facial ou qualquer outra cirurgia que utilize parafusos e/ou fios e/ou pinos e/ou pregos. Mais especificamente a presente invenção trata-se de um guia a ser utilizado durante o ato 10 cirúrgico (não implantável) com a finalidade de passar, guiar ou mesmo orientar parafusos, pinos, fios e pregos por trajetos específicos no osso que esta sendo fixado ou ainda para facilitar o bloqueio de hastes intramedulares bloqueadas através de parafusos.

Parafusos, fios, pinos e pregos têm sido empregados

em cirurgias ortopédicas, neurocirurgia, cirurgias buco- maxilo-facial de diversas formas e para diversas finalidades como, por exemplo, fixação de 02 ou mais fragmentos ósseos, estabilização de artrodeses, bloqueio de hastes 20 intramedulares, fixação de placas de osteossíntese etc. Em todos estes casos é necessário que tais dispositivos sigam um trajeto pré determinado através de ossos e /ou articulações sendo que nos casos em que parafusos são utilizados para realizar bloqueios proximais e distais de 25 hastes intramedulares de ossos longos é necessário um grande grau de precisão pois o parafuse precisa transfixar a haste que esta dentro do osso por orifícios da haste, próprios para esta finalidade. Nos dispositivos de guia atuais são utilizados guias externos que seguem por toda a extensão do 05 membro que esta sendo operado e que são fixados á haste na sua porção proximal. Não é incomum que devido a pequenos movimentos ou mínimas imprecisões na montagem dos guias ocorram erros na confecção dos trajetos dos parafusos impedindo que estes passem através do orifício da haste 10 tornando o procedimento cirúrgico demorado. Outra forma de passar os parafusos de bloqueio é a utilização de um perfurador ou trepano radiotranslucido, cujo custo e a disponibilidade não possibilitam o uso maciço destes. Assim existe a necessidade de uma outra forma de tornar a passagem 15 de parafusos, pinos, pregos ou fios mais precisa e com maior dificuldade sem elevar os custos do procedimento.

A busca realizada no INPI sob n°. 057/11 apresentou

6 documentos que foram considerados relevantes, pois de acordo com o parecer das pesquisas "apresentam (isoladamente 20 ou combinados) as características descritas como essenciais pelo solicitante". Seguindo a ordem do relatório dos documentos encontrados, foi feita uma comparação entre as patentes apresentadas pelo INPI com o processo a ser patenteado.

PATENTE N°. US 2011/0077657 Al 31 de março de 2011.

Essa patente tem a mesma função do processo em questão, porém ela executa a tarefa de posicionar o guia em relação à haste mtramedular e ao osso de forma muito mais complexa e diferente desta:

1. 0 sistema de fixação do guia ao osso é semelhante 05 aos que já existem atualmente no mercado. Nela o guia não é

fixado ao osso e sim na extremidade da haste que ainda não esta totalmente dentro do osso.

2. O sistema de mira é extremamente complexo e funciona de forma indireta. São duas pastilhas que deverão

estar posicionadas de acordo com os raios-X necessitando de grande quantidade de instrumental para realizar a mesma tarefa que o processo em pauta; inclusive o desenho deste guia é muito diferente.

PATENTE N°. 6081741 27 de junho 2000 Patente totalmente diferente do processo em pauta.

Apesar de também ser um guia, ele utiliza uma espécie de sonda que o cirurgião deverá posicionar previamente no local a ser marcado (não necessariamente um osso como no presente caso) . O guia funciona através de sensores elétricos (no 20 caso deste processo não existe nenhum tipo de dispositivo elétrico) que irão ter como referência a sonda previamente mencionada. Não tem fixação alguma ao osso e não utiliza posicionamento por imagem de raios-X. Também não serve de guia para broca. Ele apenas localiza a sonda posicionada 25 dentro ou nas vizinhanças de um órgão.

PATENTE N°. 5772661 30 de junho de 1998 Essa patente é para uso exclusivo em cirurgias de coluna vertebral. Apesar de possuir um sistema de fixação temporária ao osso. Esse instrumental necessita primeiro de um pino gue servirá de guia (não fixo ao guia em si) para 05 depois ser fixado ao osso com o sistema de fixação temporária. Sua utilidade é para inserir implantes tipo Cage, dispositivos, que irão fixar uma vértebra á outra adjacente e não no osso em si, produzindo uma fusão entre elas. Por isso ele não tem um sistema de mira como o do 10 processo em questão. A única semelhança seria o sistema de fixação temporária ao osso através de pinos fixos. Mesmo assim o correto posicionamento é feito por um fio guia inserido previamente.

PATENTE N°. WO 95/11632 04 de maio de 1995 Apesar de ser também um sistema para perfuração

óssea, ele é utilizado em conjunto com placas de cirurgia de coluna vertebral. Não tem sistema de mira, pois não precisa disto já que o objeto sobre o qual se que posicionar esta na superfície do osso e isto é feito sob visão direta. Também 20 não tem um sistema de fixação temporária ao osso, pois o mesmo se fixa diretamente na placa da coluna vertebral e esta sim fixa-se ao osso. 0 posicionamento se faz através de um guia que lembra um compasso e não através de um sistema de mira que utiliza raios-X.

PATENTE N°. 5899908 04 de maio de 1999

Patente exclusiva para realização de cirurgias ortopédicas na coluna vertebral. 0 instrumental é ele próprio uma espécie de broca canulada e não um guia. Não tem o sistema de mira do processo em pauta (não tem nenhum sistema de mira) e nem sequer um método de fixação 05 temporária ao osso.

PATENTE N°. 5207753 maio de 1993

Essa patente tem uma função semelhante e funcionamento semelhante, porém difere do processo em questão em 02 pontos:

1. Os pinos de fixação temporária ao osso são

móveis, ou seja, vêem separados do guia. Na hora de posicionar o guia é necessário posicionar e fixar os pinos ao guia através de canalículos próprios para isso e depois o conjunto ao osso. 0 que pode gerar imprecisão já que ocorre 15 um maior movimento da mão e possível perda da correta posição do guia. No processo pretendido o guia já tem os pinos acoplados, coloca-se na posição desejada e bate com o martelo no guia fixando-o diretamente ao osso.

2. A diferença mais importante, é que o processo em 20 pauta possui o sistema de mira na extremidade mais afastada do osso o que é peça chave para posicionamento correto do guia em relação à haste intramedular e ao osso. Com isso consegue-se fazer coincidir o furo a ser feito no osso com o furo da haste dentro do osso. Para isso é necessário a 25 utilização de aparelho de intensificador de imagem (um tipo de raios-X dinâmico) na hora da cirurgia. Como a mira é uma cruz ou um circulo, é necessário que este seja observado na imagem de raios-X como tal e não uma elipse. No caso do modelo em cruz os braços da cruz deverão ser vistos de tamanhos iguais. No processo em pauta o que existe é uma 05 alça para segurar o guia (ver figura 11).

Nos desenhos que acompanham e integram o presente relatório a fig. 1 mostra um guia visto lateralmente, a fig. 2 mostra o mesmo guia visto frontalmente pela parte inferior, a fig. 3 mostra um cilindro ou guia interno, a 10 fig. 4 mostra o mesmo cilindro frontalmente, a fig. 5 mostra o guia interno e externo montadas, a fig. 6 mostra uma vista frontal pela parte inferior dos dois guias, a fig. 7 mostra todo o conjunto em funcionamento, a fig. 8 mostra uma modalidade do guia interno com anel associado as lâminas em 15 suas extremidades, a fig. 9 mostra outra modalidade representada por um disco no lugar das lâminas, a fig. 10 mostra a modalidade que apresenta um disco com as lâminas em suas extremidades e a fig. 11 mostra um protótipo com uma alça para segurar o guia em um modelo artificial de osso 20 utilizando raios-X para o posicionamento do guia em relação á haste que esta dentro do modelo de osso.

Como se infere dos desenhos este processo compreende um guia (1) composto por uma ou duas peças não implantáveis em que existem um ou dois cilindros pelos quais irá passar a broca (8) (para fazer o orifício do parafuso), fio ou pino. Um dos cilindros (1) deverá ter um ou mais pinos (3) na extremidade que ficará em contato com o osso para fixação temporária do guia ao osso. Após verificar, com intensifícador de imagem ou radiografia convencional no ato cirúrgico, o correto posicionamento do guia em relação ao 05 trajeto pretendido. Um dos cilindros (1) deverá contar também com uma ou mais, pequenas lâminas (5) não cortantes na extremidade distante oposta ao osso que servirão para ajudar no posicionamento do guia, assim como na visualização do posicionamento do guia em relação ao trajeto pretendido.

Na modalidade preferida o guia terá 02 componentes

sendo que o primeiro, de agora em diante denominado de guia externo, contará com 01 cilindro oco (1) cujo orifício central (2) deverá ser largo o suficiente para passagem no seu interior do cilindro do outro componente (4), de agora 15 em diante denominado guia interno (4) . O guia externo (1) deverá contar também com 02 pinos (3) na extremidade que ficará em contato com o osso. estes pinos (3) deverão fixá- lo temporariamente ao osso. 0 guia interno (4) será constituído por um cilindro oco (6), pelo qual deverá passar 20 a broca (8) do parafuso, fio guia ou pino. Na extremidade oposta àquela que estará próxima ao osso, o guia interno deverá apresentar um conjunto de 04 lâminas (5) dispostas em cruz ao redor do orifício central (6), para facilitar o manuseio e posicionamento dos guias, assim como uma melhor 25 visualização através de exame radiográfico da relação da posição dos guias com o trajeto pretendido. Podendo, ainda, ser as quatro lâminas (5) com anel fig. 8, com disco fig. 10 ou simplemente um disco substituindo as lâminas fig 9. Na sua utiirzaçào com broca (8) e macho para passagem de parafusos, os dois guias (1 e 4) (externo e interno) deverão 05 ser utilizados em conjunto inicialmente. Após a perfuração e fressagem do trajeto do parafuso, o guia interno (4) deverá ser retirado ficando só o externo (1) para orientar a passagem do parafuso propriamente dito e ao mesmo tempo afastar partes moles.

Em conclusão o osso fraturado (10) e seccionado onde

é possivel ver seu interior sua cortical óssea (10) cortada, contendo no seu interior uma haste intramedular (11) e em sua superfície a modalidade preferida do guia (tanto o componente interno quanto o externo 1 e 4) com a fíg. 7 15 representando um trepano elétrico (7) visando demonstrar como o presente dispositivo (1 e 4) guia a broca (8) de perfuração de forma precisa visando coincidir a perfuração da cortical óssea (10) com o orifício da haste intramedular (11) onde deverá passar posterior mente o parafuso que a 20 bloqueará.

Uma outra modalidade é constituída por um único guia, que deverá contar com 01 cilindro oco com um orifício central, pelo qual passará a broca, no caso de fixação de parafusos, fio, prego ou pino. 0 guia contará também com 02 25 pinos na extremidade que ficaram em contato com o osso, esses pinos deverão fixá-lo temporariamente ao osso. O guia deverá possuir na extremidade oposta, aquela que estará próxima ao osso, um conjunto de 04 lâminas dispostas em cruz ao redor do orifício centrai par a facilitar o manuseio e posicionamento dos guias, assim como uma melhor visualização 05 através de exame radiográfico da relação da posição dos guias com o trajeto pretendido.

Claims (7)

1. GUIA PARA PERFURAÇÃO ÓSSEA PRECISA E FIXAÇÃO DE PARAFUSO NO OSSO - MÉTODO PARA PERFURAR E FIXAR PARAFUSO, PINO OU PREGO NO OSSO COM PRECISÃO, constituído de um aparelho idealizado para cirurgia ortopédica, neurocirurgias, cirurgia buco-maxilo-facial ou qualquer outra cirurgia que utilize parafusos e/ou fios e/ou pinos e/ou pregos, caracterizado por fixar, na posição desejada diretamente no osso por meio de dois ou mais pinos (3), o guia externo (1), utilizando um aparelho de raios-X que mira as lâminas (5) utilizadas também como alça do guia interno (4) .

2. GUIA PARA PERFURAÇÃO ÓSSEA PRECISA E FIXAÇÃO DE PARAFUSO NO OSSO - MÉTODO PARA PERFURAR E FIXAR PARAFUSO, PINO OU PREGO NO OSSO COM PRECISÃO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado por um guia externo (1) com dois ou mais pinos (3) na extremidade inferior junto ao osso contendo, o dito guia externo (1), um guia interno (4) oco.

3. GUIA PARA PERFURAÇÃO ÓSSEA PRECISA E FIXAÇÃO DE PARAFUSO NO OSSO - MÉTODO PARA PERFURAR E FIXAR PARAFUSO, PINO OU PREGO NO OSSO COM PRECISÃO, de acordo com as reivindicações 1 e 2, caracterizado por possuir, o guia interno (4), quatro lâminas (5), não cortantes, dispostas em cruz, na extremidade oposta longe do osso (10), deixando livre o furo interno (6).

4. GUIA PARA PERFURAÇÃO ÓSSEA PRECISA E FIXAÇÃO DE PARAFUSO NO OSSO - MÉTODO PARA PERFURAR E FIXAR PARAFUSO, PINO OU PREGO NO OSSO COM PRECISÃO, de acordo com as reivindicações 1 e 4, caracterizado por apresentar um anel de metal associado ás lâminas em suas extremidades.

5. GUIA PARA PERFURAÇÃO ÓSSEA PRECISA E FIXAÇÃO DE PARAFUSO NO OSSO - MÉTODO PARA PERFURAR E FIXAR PARAFUSO, PINO OU PREGO NO OSSO COM PRECISÃO, de acordo com as reivindicações 1, 4 e 5 caracterizado por apresentar um disco na extremidade oposta longe do osso.

6. GUIA PARA PERFURAÇÃO ÓSSEA PRECISA E FIXAÇÃO DE PARAFUSO NO OSSO - MÉTODO PARA PERFURAR E FIXAR PARAFUSO, PINO OU PREGO NO OSSO COM PRECISÃO, de acordo com as reivindicações 1, 4, 5, e 6 caracterizado por apresentar um disco com as lâminas em suas extremidades.

7. GUIA PARA PERFURAÇÃO ÓSSEA PRECISA E FIXAÇÃO DE PARAFUSO NO OSSO - MÉTODO PARA PERFURAR E FTXAR PARAFUSOf- PINO OU PREGO NO OSSO COM PRECISÃO, caracterizado por conter apenas um único guia com orifício central, com dois pinos ou mais na extremidade em contato com o osso e na extremidade oposta um conjunto de quatro lâminas em cruz ao redor do orifício central.