SISTEMA DE RETENÇÃO ELÁSTICA PARA UM PAR DE ÓCULOS Campo técnico [001] A presente invenção refere-se a um sistema de retenção elástica para a unidade de um par de óculos, bem como, um par de óculos especificamente concebido para utilizar ao máximo tal sistema de retenção para a unidade.
Fundamentos [002] Conforme conhecido, no campo de óculos, uma quantidade de meios de retenção foi sugerida para montar as estruturas de suporte principais de óculos, ou seja, armação ou peça frontal, braços, bem como, lentes.
[003] Geralmente os meios de retenção para a unidade são moldados como membros rígidos, mutuamente unidos e articulados por meio de parafusos, juntas, ou outros meios de conexão que tornam viável a montagem de vários componentes e introduzem possivelmente também elasticidade que facilita o uso de óculos e torna seu uso mais confortável. Em particular, as assim chamadas articulações flexíveis são conhecidas, adequadas a articular elasticamente os braços à armação frontal. Além disso, vários sistemas para travar as lentes sobre a armação frontal são conhecidos, de um modo que não causa tensões excessivas sobre a lente que, de outro modo, tenderia a se quebrar.
[004] Entretanto, sistemas da técnica anterior ainda sofrem de algumas desvantagens.
[005] Por um lado, em realidade, articulações flexíveis são complexas de serem fabricadas e montadas e de serem unidas aos braços/peça frontal. Além disso, não permitem uma operação progressiva, mas têm apenas duas posições estáveis (aberta/fechada) entre as quais elas se movem devido a meios elásticos. Além disso, o ponto de articulação é sempre definido por um parafuso pivotante de fixação, que representa o ponto crucial da articulação, propenso a se tornar frouxo.
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2/15 [006] Por outro lado, articulações flexíveis são de prerrogativa de fabricas especializadas, muitas vezes não coincidindo com fabricantes de óculos, uma vez que a tecnologia de fabricação é ainda muito diferente de uma tipicamente empregada para obter uma boa armação adequada para reter as lentes.
[007] O objetivo da presente invenção é, assim, a de prover um sistema de retenção aperfeiçoado, que seja suficientemente econômico para fabricação e montagem e que possa ser suado na articulação de uma articulação flexível ou, em uma sua variante, para a retenção das lentes à parte frontal.
[008] Outro objetivo é o de prover um sistema de articulação flexível realçada para conectar a peça frontal aos braços de um par de óculos, que seja econômico de fabricar e simples de montar. Além disso, ele é provido para suprir um arranjo que permite remover o parafuso de articulação clássico e, assim remover os problemas relacionados ao seu afrouxamento.
[009] Além disso, pretende-se prover um par de óculos especificamente concebido para explorar ao máximo este sistema de retenção, em particular na definição do sistema de articulação entre armação e braços, produzindo, simultaneamente, um jeito inovador de operação e uma correspondente aparência estática original.
Sumário da invenção [0010] Esses objetivos são atingidos mediante as características mencionadas na reivindicação independente anexa. As reivindicações independentes revelam características preferidas da presente invenção.
[0011] Em particular, de acordo com a invenção, um sistema de retenção elástica é provido para um par de óculos, compreendendo pelo menos um fio flexível inextensível provido de dois terminais de fio que podem ser engatados com duas porções diferentes de uma peça frontal de óculos ou braços, pelo menos um dos terminais de fio sendo provido de meios
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3/15 elásticos montados de modo pré-carregado e atuando contra uma ação de tração sobre o mencionado fio flexível inextensível.
[0012] De acordo com uma aplicação preferida da invenção, os terminais de fio do mencionado fio devem ser acoplados a uma peça final da peça frontal e com um braço, respectivamente, e o fio passa através de uma pluralidade de vértebras mutuamente acopladas que atuam como membro de articulação. De acordo com outro modo de realização preferido da invenção, o fio se encaixa com uma porção de borda de lentes dos óculos.
[0013] Na verdade, de acordo com um aspecto principal da invenção, um sistema de retenção elástica para um par de óculos é provido, compreendendo pelo menos um fio flexível inextensível, provido de dois terminais de fio que podem ser engatados a uma peça terminal e a um braço, respectivamente, pelo menos um dos terminais do fio sendo provido de meios elásticos montados pré-carregadas e atuando contra um tracionamento do mencionado fio flexível inextensível, e onde o fio passa através de uma pluralidade de vértebras mutuamente acopladas.
[0014] De acordo com outro aspecto, as vértebras são modeladas como corpos prismáticos providos de uma superfície frontal, convexa, semicilíndrica e com uma superfície traseira côncava, semicilíndrica.
[0015] De acordo com outro aspecto, sobre os lados das superfícies semicilíndricas das vértebras, superfícies planas são providas, pelo menos uma das quais, arranjada sobre o lado pretendido ser o lado interno dos óculos, é inclinada em relação a um plano de referência longitudinal passando através dos centros das mencionadas superfícies semicilíndricas.
[0016] De acordo com outro aspecto, os fios são dois, passando por dentro das mencionadas vértebras, um sobre a outro, na direção do eixo de articulação. De acordo com uma variante, estes dois fios são em uma peça única dobrada em forma de U e providos de respectivos terminais de fios com meios elásticos nas duas extremidades.
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4/15 [0017] De acordo com um aspecto particular, os dois fios passam através de dois furos distintos no interior das mencionadas vértebras.
[0018] De acordo com outro aspecto preferido, as vértebras têm, sobre um lado, uma fenda aberta, através da qual o fio ou par de fios pode ser facilmente introduzido. Neste caso, de preferência, as vértebras têm uma seção transversal em forma de C.
[0019] De acordo com outra aplicação da invenção, o fio se encaixa com uma porção de cunha das lentes dos óculos, onde uma ranhura é provida que, pelo menos parcialmente, aloja o mencionado fio.
Descrição resumida dos desenhos [0020] Outras características e vantagens da invenção são, em todo caso, evidentes a partir da descrição detalhada a seguir, apresentada como exemplo e mostrada nos desenhos anexos, nos quais:
[0021] a figura 1 é uma vista em perspectiva recortada e vista explodida de uma porção de peça frontal com sua lente e o sistema de retenção, de acordo com um modo de realização da invenção;
[0022] a figura 2 é uma vista frontal em perfil da figura 1, em uma condição montada;
[0023] a figura 3 é uma vista similar à da figura 2 em uma condição de uso;
[0024] a figura 4 é uma vista frontal em perfil de uma armação de óculos de acordo com uma variante do sistema da figura 1;
[0025] as figuras 5-9 são vistas em perspectiva recortadas de alguns modos de realização de um terminal de fio de acordo com a invenção;
[0026] a figura 10 é uma vista em perspectiva recortada de um soquete de enrijecimento para um terminal de fio de acordo com a invenção; [0027] as figuras 11-14 são vistas em perspectiva recortadas, parcialmente em seção, que ilustram vários modos de acoplamento de um terminal de fio em uma peça frontal de óculos;
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5/15 [0028] a figura 15 é uma vista em perspectiva recortada de um sistema de articulação para braços obtido de acordo com um modo de realização da invenção;
[0029] a figura 16 é uma vista parcialmente explodida similar à da figura 15, de um sistema de articulação obtido de acordo com outro modo de realização da invenção;
[0030] a figura 17 é uma vista em seção de uma vértebra exemplificativa de acordo com a invenção;
[0031] as figuras 18-20 são vistas em seção de uma articulação para um braço de acordo com a invenção, em uma condição fechada, aberta e sobreaberta, respectivamente;
[0032] as figuras 21A e 21B são vistas laterais em perfil similares à da figura 16, em condições de dobramento transversal;
[0033] as figuras 22A e 22B são vistas em perspectiva de um modo de realização particular de uma vértebra de acordo com invenção; e [0034] as figuras 23A e 23B são vistas em perspectiva de outro modo de realização particular de acordo com a invenção.
Descrição detalhada de alguns modos de realização preferidos [0035] Conforme sabido, um par de óculos consiste de uma armação frontal ou peça frontal 1, sobre a qual um par de lentes F é fixado, de cujas extremidades laterais braços de suporte na forma de U são articuladas.
[0036] As figuras 1-3 mostram apenas parte da armação frontal com uma das duas lentes, sendo entendido que a outra parte é totalmente simétrica. [0037] As lentes F são encaixadas a uma porção de alojamento G da peça frontal, que retém a mesma na posição ajustada. A porção de alojamento G circunda apenas parcialmente o perímetro da lente e deixa livre uma sua parte significativa, por exemplo, pelo menos 30%.
[0038] Na figura 1, tal porção de alojamento G é a porção de topo da armação, mas poderia, do mesmo modo, se a parte inferior.
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6/15 [0039] Para maior estabilidade, a lente F tem uma ranhura perimetral I que se acopla com uma nervura E encontrada na porção de alojamento G. [0040] O sistema é completado por um meio de retenção consistindo de um fio substancialmente inextensível C, provido de dois terminais de fio A e B, pelo menos um dos quais é provido de um membro de oposição elástico D. Este sistema de retenção elástica é acoplado coma parte de perímetro exposto da lente F do módulo de dispensar mostrado a seguir. No modo de realização visível nas figuras 1-3, o terminal de fio A é fixado e encaixado em um correspondente assento A' obtido na peça frontal. O terminal de fio B oposto, provido de uma mola helicoidal D, é encaixado a um assento oposto B' da peça frontal 1. Neste caso, o terminal de fio B, em vez de se apoiar diretamente no assento B' da peça frontal (como ocorre ao invés de entre o terminal de fio fixo A e o próprio assento A'), se apoia sobre uma extremidade B'. Desse modo, o fio inextensível C pode deslizar dentro da mola D, levando o terminal de fio B contra a mola D, que é, assim, comprimida.
[0041] Com referência à figura 1, deve ser notado que com a mola inteiramente comprimida (M), o fio C permanece frouxo ao redor das lentes F, que pode, assim, ser facilmente removida ou inserida para se acoplar com a nervura E da peça frontal. DE módulo de dispensar a levar a mola D a se fechar ao longo da unidade, é necessário, naturalmente, transmitir uma força de tração, mostrada por 2 na figura 2, para superar a reação elástica da mola D (da ordem, por exemplo, de 1-2kg).
[0042] Liberando o fio, a reação elástica - mostrada por 3 na figura 3
- tende a estender novamente a mola (L) e, consequentemente, trazer de volta o fio que se apóia contra a borda inferior da lente F, empurrando-o contra a porção G. De preferência, o fio C tem um diâmetro adequado para ser inserido na ranhura perimetral I da lente, de modo a não ser capaz de escapar lateralmente uma vez colocado sob tensão próximo à borda da lente.
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7/15 [0043] O comprimento do fio é, assim, calibrado de modo a permitir a introdução/saída da lente quando a mola estiver completamente comprimida (M) em seu assento B'.
[0044] O fio pode se feito de vários materiais, provido que sejam suficientemente inextensíveis para evitar afrouxamento do sistema, o que terminaria permitindo a saída acidental segundo dispositivo de alinhamento lente do encaixe com a armação ou outras ocorrências de mau funcionamento. O fio C pode, assim, ser uma trança de fio metálico, mas também um fio de Nylon™ ou outro material sintético de um diâmetro adequado.
[0045] A figura 4 mostra uma variante, na qual os dois terminais de fio são ambos providos de meios elásticos e acoplados às respectivas ranhuras nas duas extremidades da armação. Neste caso, o sistema de retenção é um para ambas as lentes e o fio C passa livremente através de uma ranhura N no interior da armação de aba nasal.
[0046] As figuras 5-9 mostram vários modos de configurar e arranjar um terminal de fio para o fio C.
[0047] A figura 5 provê uma bucha metálica plissada (deformação plástica ou cunhada) O na extremidade do fio.
[0048] A figura 6 provê, em vez disso, uma bucha O' soldada ou colada por uma corda P à extremidade do fio C.
[0049] Na figura 7, a cabeça do terminal de fio é obtida como uma gotícula O” de material em fusão; o material pode ser material de solda, ou ser o mesmo material do fio o (por exemplo, quando feito de material plástico sintético) que é localmente fundido e moldado como uma gota.
[0050] Na figura 8, ele é provido para efetuar um nó terminal O”' na extremidade do fio.
[0051] A figura 9 mostra, em vez disso, a construção da cabeça do terminal de fio por meio de um grampo de terminal O”” provido de um parafuso transversal que agarra o fio.
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8/15 [0052] As figuras 11-13 mostram, em vez disso, alguns modos diferentes de engatar o terminal de fio com os meios elásticos sobre a armação dos óculos.
[0053] A figura 11 mostra que a armação tem uma ranhura alongada, dentro da qual a mola toda é alojada em sua condição estendida além da cabeça do terminal de fio. A parte de entrada da ranhura, através da qual o fio surge, tem um estreitamento (B” na figura 1) suficiente para deixar passar o fio, mas adequado para constituir uma superfície de encosto para a extremidade mais externa ou distal D' da mola. Desse modo, a mola é impedida de se mover na direção de tração do fio: a mencionada tração, desse modo, translada para um deslocamento da cabeça do terminal de fio, que atua sobre a extremidade mais interna ou proximal D” da mola D e, assim levá-la para compressão, produzindo uma desejada reação elástica que contrabalança a tração do fio. Na ranhura, um degrau R é adicionalmente provido, arranjado para estrangular parcialmente também a abertura transversal da ranhura na proximidade do estreitamento B”: isto serve para evitar uma saída transversal acidental da mola D de seu assento, em particular sob as condições de compressão.
[0054] No caso do material de armação não ser particularmente resistente e ser sujeito a desgaste - por exemplo, devido a ser feito de material plástico - o terminal de fio não é alojado diretamente na ranhura, mas previamente alojado em um estojo ou soquete mais rígido Q, como ilustrado na figura 10. O Soquete Q é feito de materiais duros, como metal, que não são danificados por fricção devido ao deslocamento da mola D e da cabeça do terminal de fio.
[0055] No modo de realização da figura 11, a ranhura alojando o terminal de fio e os meios elásticos é aberta transversalmente sobre um lado: a introdução do terminal de fio pode, assim, ocorrer transversalmente à direção de extensão do fio e da mola D. A figura 13 mostra, em vez disso, uma
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9/15 variante de tal assento, onde a ranhura é modelada como um furo transpassante na armação ( a abertura lateral é, desse modo, tecnicamente não mais necessária): neste caso, o fio flexível com a mola e a correspondente cabeça do terminal de fio são inseridos longitudinalmente, de acordo com direção 5, através do furo oposto à abertura de saída do fio. O travamento do terminal de fio é efetuado após a introdução do fio e a mola no furo da armação. Este modo de realização pode prover também o uso de soquete de enrijecimento Q da fg10.
[0056] A figura 12 mostra outro modo de realização, no qual o assento é obtido como um furo cego T na armação, a abertura de saída do qual tem uma rosca. Neste caso, o conjunto terminal de fio-fio-mola já montado é introduzido longitudinalmente de acordo com direção 4, e retido ali por uma tampa externamente rosqueada S e introduzida livremente de modo deslizável sobre o fio.
[0057] A figura 14 mostra, em vez disso, exemplificativamente, um modo de travar um terminal de fio fixo na armação. O fio é simplesmente introduzido em um furo cego da armação e travado ali por um parafuso agarrante rosqueado em uma direção ortogonal ao furo de introdução do fio. [0058] Por este sistema de retenção provido com fio-mola-terminal de fio e todas as respectivas variantes de conexão descritas acima, uma conexão articulada original entre a armação dos óculos e os braços pode ser realizada. [0059] A figura 15 mostra diagramaticamente uma porção de articulação de acordo com a invenção.
[0060] Entre uma projeção de armação, também chamada peça terminal Z, e a extremidade proximal de um braço em U, uma pluralidade de membros modelados é arranjada, que chamaremos de vértebras V. O número de vértebras depende das características da articulação que se pretenda obter, sendo possível haver apenas uma, mas, de preferência, 3-4.
[0061] Membros modelados em V têm uma forma específica, que é
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10/15 descrita a seguir, e podem se feitos de vários materiais, dentre os quais, metal (alumínio, bronze, aço inox...) plástico, madeira e outros.
[0062] O sistema de fio com terminal de fio elástico é fixado sobre um lado da peça terminal Z e sobre o outro lado à braço em forma de U, com o fio inextensível que passa através de diferentes membros de vértebra V alinhados de acordo com um eixo principal do braço. Para maior facilidade de montagem, conforme mostrado na figura 15, o terminal de fio fixado é provido sobre a peça terminal Z, enquanto o terminal de fio elástico, com a mola correspondente, é alojado no braço.
[0063] As vértebras V são caracterizadas por uma forma particular, que permite seu acoplamento em série e determina a operação da junta articulada. As porções de terminal da peça terminal Z da armação e do braço U são modeladas de módulo de dispensar a serem capazes de se acoplar aas vértebras de terminal;
[0064] Como visível na figura 17, cada vértebra V consiste de um corpo prismático provido de uma superfície frontal VA, caracterizado por uma forma convexa, semicircular (ou ainda, semicilíndrica), e por uma superfície traseira correspondente côncava, semicircular (ou ainda, semicilíndrica) VB. O plano passando através dos dois centros da superfície convexa VA e a superfície côncava VB constitui um plano de referência longitudinal de vértebra V.
[0065] A superfície convexa frontal é flanqueada por duas superfícies planas V' e V” que são, de preferência, mão mutuamente paralelas: na verdade, a superfície plana V', pretendida jazer sobre o lado externo dos óculos, é substancialmente ortogonal ao plano de referência longitudinal, enquanto a superfície plana interna V” é inclinada em relação ao plano de referência longitudinal, em particular, define um ângulo que se abre para a direção traseira da vértebra V.
[0066] Além disso, a superfície côncava, traseira, VB é flanqueada
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11/15 por duas superfícies planas, uma para dentro, V”', e uma para fora, V””. Estas duas superfícies planas são, de preferência, mutuamente paralelas e ortogonais ao plano de referência longitudinal, mas, vantajosamente, não jazem sobre o mês o plano (como pode ser visto na figura 17).
[0067] A vértebra V e transpassada por um ou mais furos Y, dependendo de quantos fios devem atravessá-la. No modo de realização da figura 15, a vértebra V é atravessada por um furo apenas, arranjado de acordo com a direção longitudinal, ou seja, a direção de colocação do fio no uso; no modo de realização da figura 16, cada vértebra é atravessada por dois furos (um em cima do outro, na direção do eixo de articulação) ou por um único furo alongado de acordo com a altura das vértebras, para deixar passar dois fios um em acima do outro.
[0068] Neste último caso, o furo transpassante assume a forma de um rebaixo, como mostrado nas figuras 22A-22B.
[0069] De modo a se obter uma operação vantajosa da junta, de acordo com um modo de realização preferido, os furos transpassantes são descentrados em relação ao plano de referência longitudinal, e são possivelmente cônicos ou chanfrados, mais abertos na direção do lado frontal da vértebra.
[0070] O fio do sistema de retenção de acordo com a invenção é feito passar através dos furos das vértebras, conforme mostrado na fg. 19, que representa uma condição retilínea de perfeito alinhamento entre a peça terminal Z, vértebras Z e braço U. As vértebras individuais se acoplam uma à outra, com cada superfície côncava cooperando de um modo complementar com a superfície convexa adjacente. As vértebras terminais se acoplam, similarmente, com superfícies homólogas côncava ou convexa sobre a extremidade do braço U ou peça terminal Z.
[0071] Como pode ser visto, o fio passa livremente pela porção de menor diâmetro dos furos transpassantes, enquanto passa com ampla folga na
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12/15 porção de maior diâmetro dos mesmos furos.
[0072] Esta configuração original das vértebras faz com que o tensionamento do fio pela mola de retorno produza a rotação mútua das vértebras, que deslizam sobre suas respectivas áreas semicilíndricas, naturalmente tendendo a se arranjar na condição da figura 18, até que as superfícies V” inclinadas planas confinem com as superfícies planas ortogonais V”” da vértebra seguinte. Na verdade, esta é uma atitude estável, devido ao fato de, nesta condição, o fio se estender permitindo que a mola D se estenda.
[0073] A condição ilustrada na figura 18 coincide com a condição fechada dos braços.
[0074] Se alguém aplicar uma força para abrir na direção da seta 4 à braço U, mantendo estacionária a peça terminal Z, o conjunto de vértebrasbraço e mola retorna para a condição estendida da figura 19, até que as vértebras parem retidas com as respectivas superfícies planas ortogonais V'V”'.
[0075] O fio se contrai, devido ao endireitamento das vértebras, causando uma primeira compressão da mola D.
[0076] Este equilíbrio entre a força transmitida sobre a braço e o contato entre as vértebras V estabelece a condição aberta do braço U.
[0077] Se alguém aplicar uma nova força 5, maior do que a anterior 4, à braço U, mantendo a peça terminal Z estacionária, o conjunto de vértebrasbraço e mola se move para a condição sobreaberta da figura 20. Pela aplicação desta força 5, uma compressão adicional da mola é causada e as vértebras são induzidas a superar a posição de equilíbrio da figura 19 e se reterem mutuamente contra um canto das superfícies planas V' e V”'.
[0078] Mantendo a força 5, a sobreabertura é limitada pelas espiras de mola D colidindo uma com outra (a condição assim chamada de mola comprimida “em pacote”.
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13/15 [0079] Com a liberação da força 5, a mola tende a se estender, levando o conjunto de vértebras-braço e mola para a condição fechada da figura 18.
[0080] Na figura 16, outro modo de realização é mostrado, no qual o conjunto de peça terminal-vértebras-braço e mola comprime um único fio dobrado em forma de U ao redor de um pino de retenção ou peça terminal Z e retido pelas duas extremidades por dois terminais de fio elásticos com duas molas. As duas porções de fio passam pela junta, um acima do outro, com referência à orientação na qual os óculos são normalmente usados. Em outras palavras, os fios jazem um sobre o outro ao longo do eixo de articulação da unta de acordo com a invenção.
[0081] Na versão ilustrada aqui, é provido ainda para facilitar a montagem e desmontagem, prover que os assentos e alojamento na peça terminal e no braço sejam transversalmente abertos, de modo a ser capaz de introduzir os terminais de fios do sistema de retenção no modo mostrado com referência à figura 11. Ao final da montagem, é ainda provido que os fios sejam impedidos de se soltar acidentalmente, por meio de duas placas ou coberturas pequenas 3, aparafusadas sobre a peça terminal Z e sobre o braço U, respectivamente.
[0082] A figura 21 ilustra um resultado vantajoso que pode ser obtido por este modo de realização empregando duas molas sobre o mesmo fio dobrado em forma de U. Pela aplicação de uma força transversal 6 à braço, as vértebras são capazes de se abrir uma em direção à outra, retendo uma contra a outra ao longo de suas respectivas bordas, colocando em maior tração um dos dois fios sobre o outro. Substancialmente, sujeito a um esforço transversal (típica situação, que pode ser encontrada no caso de impactos acidentais), a braço de acordo com este modo de realização é capaz de ceder elasticamente sem sofrer danos. Deve, entretanto, ser enfatizado que um efeito similar é obtido mesmo apenas com um único fio, devido à sua flexibilidade intrínseca
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14/15 em todas as direções.
[0083] Nas figuras 22A-22B, como já mencionado, modos de realização alternativos das vértebras são mostrados, os quais podem ser empregados, de preferência, no caso de um fio duplo. Sobre a lateral de cada vértebra, uma fenda aberta pode se definida, através da qual é fácil inserir o fio do sistema de retenção elástica.
[0084] Além disso, nas figuras 23A e 23B, a forma de boda da fenda lateralmente aberta provê protuberâncias voltadas para dentro. Esta forma garante uma melhor retenção do par de fios nos respectivos assentos no interior das vértebras, em particular, um localizado acima e outro localizado abaixo.
[0085] Como esperado, devido aos ensinamentos aqui supridos, é possível obter perfeitamente os objetivos apresentados no preâmbulo, em adição a uma série de outras vantagens.
[0086] Quando aplicado à armação de óculos, o sistema de retenção elástica da invenção permite a fácil montagem das lentes sem a ajuda de ferramentas e também na presença de erros dimensionais não-negligenciáveis: na verdade, a recuperação elástica da mola permite usar o sistema de retenção da invenção na presença de variações perimetrais das lentes. Esta solução também permite tornar mais leve a armação de óculos, remover, por exemplo, toda sua parte jazendo sob a lente. No caso em que o fio inextensível consiste de uma trança de fios metálicos, é possível obter esquemas de cor casando com cores de armação (processo galvânico), impossível de ser obtido com soluções alternativas que exploram apenas a característica de extensibilidade elástica de um fio perimetral para obter um efeito similar de retenção de lente. [0087] O sistema da invenção permite ainda usar materiais muito diferentes para fabricar a outra porção de armação: plásticos, metal, madeira, carbono e outros mais, para ser capaz de caracterizar o produto de modo mais livre.
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15/15 [0088] Em sua aplicação ao sistema de junta de braço, a invenção produz uma operação muito suave e progressiva. A remoção de qualquer folga estruturas entre haste e armação é obtida, devido ao tensionamento constante entre os componentes acoplados através de assentos de superfície circular ser determinado (auto-estabilização). A junta assim obtida não requer a presença do tradicional parafuso pivotante e, assim reduz grandemente qualquer necessidade de manutenção. Devido a esta cedência elástica de acordo com o eixo de articulação, é obtida uma firmeza geral intrínseca mesmo contra impactos acidentais ou usos indevidos. Finalmente, a série de vértebras que pode ser fabricada com diversos materiais abre novos horizontes de desenvolvimento no casamento de cores e/ou materiais não explorados até o momento.
[0089] Entretanto, deve ser entendido que a invenção não está limitada às configurações particulares acima ilustradas, que representam apenas exemplos não-limitativos do escopo da invenção, mas que diversas variantes são possíveis, todas ao alcance de alguém experiente na técnica, sem se afastar do escopo da invenção.