BRPI0822213B1

BRPI0822213B1 - Máquina e processo para usinagem de extremidades de virabrequins

Info

Publication number: BRPI0822213B1
Application number: BRPI0822213-4A
Authority: BR
Inventors: Francisco Maria Ayestaran Lazcano; Gorka Gorrochategui Salaberria
Original assignee: Etxe-Tar, S.A
Priority date: 2008-02-20
Filing date: 2008-02-20
Publication date: 2020-09-15
Also published as: CN101990476A; US8468695B2; EP2246136B1; CN101990476B; US20110005074A1; MX2010009046A; EP2246136A1; WO2009103825A1; EP2246136A4; BRPI0822213A2

Abstract

máquina e método para usinagem de extremidades de virabrequins. a presente invenção se refere a uma máquina para a usinagem de extremidades de virabrequins (5) que compreende dois cabeçotes de usinagem (1, 2) configurados para usinar extremidades de virabrequins (5) e de estações de usinagem (3, 4) configuradas para receber e fixar ao menos um virabrequim (5), situadas como primeira e segunda estação de usinagem (3, 4) entre os dois cabeçotes de usinagem (1, 2). os virabrequins (5) estarão montados de tal modo que estão situados paralelamente e orientados a 180°. adicionalmente, os cabeçotes de usinagem (1, 2) estão configurados para atender as extremidades dos virabrequins (5) das estações de usinagem (3, 4). adicionalmente, a invenção se refere a um método de usinar virabrequins (5) baseado em que ambos os cabeçotes de usinagem (1, 2) usinam extremidades brida (9) e extremidades espiga (8) alternadamente nos virabrequins (5) fixados nas estações de usinagem (3, 4). deste modo a máquina usina virabrequins sem realizar paradas entre usinagem de virabrequins sucessivos.

Description

Descrição CAMPO DA INVENCÀO

A presente invenção pertence ao campo da máquina-ferramenta. Em particular, a presente invenção se refere a uma máquina e um procedimento para a usinagem de extremidades de virabrequins de modo a se reduzir os tempos de inatividade e maximizar a produtividade.

ANTECEDENTES DA INVENCÀO

Existem duas alternativas para a realização da usinagem de extremidades de virabrequins.

Existem ambientes os quais prima a exigência de uma alta produção, como, por exemplo, o caso da indústria automotiva. Nestes setores, se utilizam principalmente máquinas de transferência dedicadas com uma alta efetividade, mas uma muito baixa flexibilidade para adequar-se as mudanças das características dos virabrequins a usinar. Portanto, a alta produção se consegue a custa de uma baixa flexibilidade em relação as mudanças na usinagem dos virabrequins.

Entretanto, em outros setores, nos que se empregam centros de usinagem, se obtém uma alta flexibilidade que permite aceitar rapidamente mudanças nas características dos virabrequins a usinar, mas as custas de uma baixa produtividade.

A máquina de transferência é uma máquina na qual a peça é transportada de estação a estação, usinando-se em cada estação com unidades em ambos os lados da peça, uma operação específica da extremidade do virabrequim, de tal modo que ao final da máquina foram usinados em sua totalidade as extremidades do virabrequim.

No centro da usinagem primeiramente se usina uma extremidade alterando a ferramenta para realizar as diferentes usinagens, se gira a peça através de uma placa para atender a outra extremidade do virabrequim e alterando a ferramenta, se usinam as operações da outra extremidade.

Em ambos os casos, uma vez que o virabrequim foi usinado, este é descarregado e desamarrado para posteriormente carregar e amarrar um novo virabrequim. A duração deste processo, embora empregue menos tempo do que a usinagem, não é um absoluto desperdício e deve se ter em consideração no desenho da máquina de usinagem.

Na atualidade se tem produzido uma evolução no setor automotor, que mantendo os mesmos níveis de alta produção requer a flexibilidade própria das soluções de baixa produção, para adaptar o produto as demandas do mercado.

Na resolução deste problema de flexibilidade e produtividade, deve-se ter em consideração também o fato de que a usinagem das extremidades de um virabrequim não é simétrica, ou seja, a usinagem da primeira extremidade do virabrequim, a extremidade espiga, se realiza em um tempo menor que a usinagem da segunda extremidade do virabrequim, a extremidade brida. A relação entre ambos os tempos é tal que a usinagem da extremidade em espiga pode ser realizada em um tempo inferior a 75% do tempo de usinagem da extremidade brida. Esse fato provoca a existência de numerosos tempos mortos de espera devido a desigualdade de tempos de usinagem para cada uma das extremidades de um virabrequim. Adicionalmente, e como foi comentado anteriormente, deve-se ter em consideração o momento pelo qual se realizam as tarefas de descarregar/desamarrar e carregar/amarrar para que seu impacto na duração do processo seja mínima.

No estado da técnica não se conhece uma solução que permita uma uzinagem ad hocde cada virabrequim de modo que sua produtividade não se veja reduzida sensivelmente em respeito à produtividade das máquinas de transferência e se minimizem os tempos mortos.

DESCRIÇÃO DA INVENÇÃO

Em um primeiro aspecto da invenção, está se refere a uma máquina para a usinagem de extremidades de virabrequins que compreende dois cabeçotes de usinagem, um primeiro cabeçote de usinagem e um segundo cabeçote de usinagem, configurados estes primeiros e segundos cabeçotes de usinagem para usinar extremidades de virabrequins, e das estações de usinagem, uma primeira estação de usinagem e uma segunda estação de usinagem, configuradas as ditas primeiras e segundas estações de usinagem para receber e fixar ao menos um virabrequim. A configuração destes elementos é tal que a primeira e a segunda estação de usinagem estão situadas entre o primeiro cabeçote de usinagem e o segundo cabeçote de usinagem. Deste modo, o primeiro cabeçote de usinagem usinará uma primeira extremidade de virabrequim ou virabrequins situados na primeira ou segunda estação de usinagem, enquanto que o segundo cabeçote de usinagem usinará uma segunda extremidade dos ditos virabrequins. A máquina compreenderá meios de controle responsáveis pela gestão da primeira e da segunda estação de usinagem e do primeiro e segundo cabeçote de usinagem.

De acordo com a invenção o, ao menos um, virabrequim montado na primeira estação de usinagem está situado paralelamente e a 180° de, ao menos um, virabrequim montado na segunda estação de usinagem. Do mesmo modo, o primeiro cabeçote de usinagem e o segundo cabeçote de usinagem estão configuradas para atender as extremidades dos virabrequins da primeira estação de usinagem e da segunda estação de usinagem. O primeiro cabeçote de usinagem e o segundo cabeçote de usinagem podem se deslocar de tal modo que atendam aos virabrequins da primeira estação de usinagem ou da segunda estação de usinagem, em função de qual virabrequim devam usinar.

A máquina da presente invenção contará com estações de usinagem, de tal modo que nelas se colocaram jogos de virabrequins, de modo que se em um primeiro jogo de virabrequins, fixados em uma primeira estação de usinagem, o primeiro cabeçote de usinagem usina uma extremidade brida, e em um segundo jogo de virabrequins, situados na segunda estação de usinagem, o segundo cabeçote de usinagem usinará uma extremidade brida também. Deste modo, alternando em uma mesma cabeça de usinagem extremidades espiga e brida, permitirá eliminar os tempos mortos daquelas configurações que tem que esperar a finalização da usinagem da extremidade brida para iniciar a usinagem de uma nova extremidade espiga.

Os meios de controle atuam de tal modo que o funcionamento da máquina é como segue. Em um primeiro momento, os meios de controle ordenarão a usinagem de uma primeira extremidade e uma segunda extremidade de ao menos um virabrequim situado na primeira estação de usinagem pela primeira e segunda cabeça de usinagem, respectivamente, até conseguir uma configuração de espiga em uma primeira extremidade e uma configuração de brida em uma segunda extremidade. Paralelamente a este processo, os meios de controle ordenarão a carga e amarre de ao menos um virabrequim na segunda estação de usinagem. Deste modo, a segunda estação de usinagem estará pronta para que se proceda a usinagem de ao menos um virabrequim carregado e amarrado. Quando na usinagem da primeira extremidade de virabrequim, realizada pelo primeiro cabeçote de usinagem, situado na primeira estação de usinagem se alcança a configuração em espiga, os meios de controle começarão a ordenar o primeiro cabeçote a usinagem de uma primeira extremidade do, ao menos um, virabrequim situado na segunda estação de usinagem, até conseguir uma configuração em brida na primeira extremidade. Quando o segundo cabeçote de usinagem finaliza a usinagem da segunda extremidade do virabrequim situado na primeira estação de usinagem, alcançando a configuração em brida, os meios de controle ordenarão o segundo cabeçote de usinagem uma segunda extremidade do, ao menos um, virabrequim situado na segunda estação de usinagem até alcançar uma configuração em espiga na segunda extremidade. Neste momento, na primeira estação de usinagem não se está realizando nenhuma tarefa, portanto, aproveitando esse fato, os meios de controle ordenarão a descarga e o desamarre do, ao menos um, virabrequim usinado na dita estação de usinagem, aproveitando também para carregar e amarrar ao menos um novo virabrequim na dita estação de usinagem. Enquanto a descarga, desamarre, carga e amarre se produz na primeira estação de usinagem, a segunda estação de usinagem estará usinando ao menos um virabrequim carregado e amarrado na dita estação de usinagem. O fato de poder realizar a descarga, desamarre, carga e amarre dos virabrequins usinados e por usinar sem que seja necessário parar a usinagem dos virabrequins, constitui uma das vantagens da máquina da presente invenção. Deste modo, o período de tempo de descarga, desamarre, carga e amarre não se soma ao da usinagem, reduzindo por tanto o tempo de usinagem total dos virabrequins.

Os meios de controle, quando na usinagem da segunda extremidade do virabrequim situado na segunda estação de usinagem se alcança a configuração em espiga, ordenarão o segundo cabeçote de usinagem a usinar uma segunda extremidade do, ao menos um, virabrequim situado na primeira estação de usinagem até alcançar uma conformação em brida. No momento em que se acaba a usinagem da primeira extremidade do virabrequim situada na segunda estação de usinagem alcançando a configuração de brida, os meios de controle ordenarão o primeiro cabeçote de usinagem a usinar uma primeira extremidade do, ao menos um, virabrequim situado na primeira estação de usinagem até alcançar uma configuração em espiga. Neste momento, na segunda estação de usinagem não se está realizando nenhum tipo de atuação, por isso nesse momento os meios de controle ordenarão a descarga e o desamarre do, ao menos um, virabrequim da segunda estação de usinagem e a carga e amarre de ao menos um novo virabrequim na segunda estação de usinagem. Enquanto esta operação é realizada, na primeira estação de usinagem se usina, ao menos, um virabrequim situado na mesma. Como se tem mencionado anteriormente, o fato de poder descarregar e desamarrar os virabrequins usinados e carregar e amarrar novos virabrequins, sem que o tempo que se requer para esse processo seja adicionado ao tempo de usinagem dos virabrequins é uma das vantagens da máquina da presente invenção.

Adicionalmente, a primeira estação de usinagem e a segunda estação de usinagem podem ser estações fixas. Estas estações podem estar fixadas em uma bancada permanecendo imóveis.

O primeiro cabeçote de usinagem e o segundo cabeçote de usinagem podem estar configuradas para se deslocar na direção de três eixos ortogonais. Estes movimentos serão em um primeiro eixo “X” para o deslocamento horizontal das cabeças de usinagem, desde a primeira estação de usinagem até a segunda estação de usinagem, em um segundo eixo “Y” para o deslocamento vertical das cabeças de usinagem, podendo assim ter acesso a mudança de ferramenta, e em um terceiro eixo “Z” para o avanço da usinagem das ferramentas.

O primeiro cabeçote de usinagem e o segundo cabeçote de usinagem podem compreender um armazém de ferramentas. No dito armazém de ferramentas se fornecem as possíveis ferramentas que possam necessitar os cabeçotes para a usinagem das extremidades dos virabrequins.

A primeira estação de usinagem e a segunda estação de usinagem podem compreender ao menos um elemento de fixação de virabrequim. Ao menos uma das extremidades do dito elemento de fixação pode ser móvel. Com estes elementos as estações de usinagem permitiram fixar qualquer tipo de virabrequim para a usinagem de suas extremidades.

Em um segundo aspecto da presente invenção, esta se refere a um procedimento para a usinagem de extremidades de virabrequim. O dito procedimento compreende uma etapa de usinar uma primeira extremidade e uma segunda extremidade de ao menos um virabrequim situado na primeira estação de usinagem, até conseguir uma configuração de espiga em uma primeira extremidade e uma configuração de brida em uma segunda extremidade. Como foi comentado anteriormente, a usinagem da primeira extremidade durará um tempo menor do que a usinagem da segunda extremidade.

Enquanto se está realizando a usinagem na primeira estação de usinagem, se carrega e amarra ao menos um virabrequim em uma segunda estação de usinagem. O número de virabrequins habitualmente será o mesmo dos que estão usinando na primeira estação de usinagem, tipicamente dois, embora possam admitir outras configurações com um, três ou quatro virabrequins.

Uma vez que obtêm a configuração em espiga na primeira extremidade do, ao menos um, virabrequim situado na primeira estação de usinagem, se começa a usinar uma primeira extremidade do, ao menos um, virabrequim situado na segunda estação de usinagem até conseguir uma configuração de brida nesta primeira extremidade. Portanto, se passa de usinar uma configuração em espiga, de curta duração, para usinar uma configuração em brida, de larga duráÇão. Alternando estas duas configurações, como se verá mais adiante, se consegue equilibrar o tempo de trabalho de usinagem em ambas as extremidades dos virabrequins.

No momento que se finaliza a usinagem da segunda extremidade do, ao menos um, virabrequim situado na primeira estação de usinagem, ou seja, quando se alcança a configuração em brida na dita extremidade, se usina uma segunda extremidade do, ao menos um, virabrequim situado na segunda estação de usinagem até alcançar uma configuração em espiga na segunda extremidade.

Neste momento não se está realizando nenhum trabalho sobre o, ao menos um, virabrequim situado na primeira estação de usinagem, assim se pode descarregar e desamarrar o, ao menos um, virabrequim da primeira estação de usinagem e carregar e amarrar ao menos um novo virabrequim na primeira estação de usinagem. Portanto, as operações de carga e amarre e descarga e desamarre de novos virabrequins não interrompem o processo produtivo, à medida que se produzem enquanto a segunda estação de usinagem está usinando o, ao menos um, virabrequim situado na dita estação de usinagem, reduzindo, portanto, os tempos mortos e aumentando a produtividade.

De forma similar como se tem procedido com o, ao menos um, virabrequim da primeira estação, quando a usinagem da segunda extremidade do virabrequim situado na segunda estação de usinagem alcança a configuração de espiga, se começa a usinar uma segunda extremidade do, ao menos um, virabrequim situado na primeira estação de usinagem até alcançar uma configuração em brida. Igualmente, quando a usinagem da primeira extremidade do virabrequim situado na segunda estação de usinagem se alcança a configuração de brida, se usina uma primeira extremidade do, ao menos um, virabrequim situado na primeira estação de usinagem até alcançar uma configuração de espiga.

Finalmente, se descarrega e desamarra o, ao menos um, virabrequim da segunda estação de usinagem e se carrega e amarra ao menos um novo virabrequim na segunda estação de usinagem. Como no caso da carga e amarra de novos virabrequins na primeira estação de usinagem, as tarefas de carga e amarra de novos virabrequins na segunda estação de usinagem se realizará enquanto na primeira estação de usinagem estão sendo usinados os, ao menos um, virabrequins situados na dita estação de usinagem. Portanto, ao se realizar a descarga, o desamarre, a carga e o amarre, enquanto na primeira estação de usinagem se estão usinando os, ao menos um, virabrequins, o tempo empregado nestas tarefas não se soma ao processo de usinagem reduzindo-se por tanto o tempo de usinagem. Contribuem também para diminuição do tempo necessário a usinagem, o fato de que as cabeças de usinagem alternam a usinagem das extremidades com configuração brida e configuração espiga, com tempos distintos de usinagem cada uma delas.

Este processo pode ser repetido indefinidas vezes com a finalidade de se obter virabrequins de maneira continua.

Como foi mencionado ao longo da descrição da presente invenção, a máquina e os procedimentos descritos permitem a usinagem das extremidades de virabrequins, preferencialmente para a indústria automotora, de maneira tal que a máquina não permanece ociosa em nenhum momento, devido ao fato de alternar cada cabeçote de usinagem para a configuração de extremidades com configuração de espiga e de brida. Deste modo melhora sensivelmente a produtividade dos meios conhecidos no estado da técnica para a usinagem de extremidades de virabrequins. Adicionalmente, e como também foi comentado, os processos de descarga e desamarre dos virabrequins já usinados e a carga e amarre de novos virabrequins em uma estação de usinagem se realiza enquanto a máquina está usinando virabrequins na outra estação de usinagem. Portanto, estas tarefas não representam uma demora no processo de usinagem, já que podem se desenvolver em uma estação de usinagem enquanto outra estação de usinagem está trabalhando.

DESCRIÇÃO DAS FIGURAS

Para complementar a descrição que se está realizando e com o objetivo de ajudar para uma melhor compreensão das características da invenção, se acompanha como parte integrante da dita descrição, um conjunto de figuras onde, com caráter ilustrativo e não limitativo, se tem representado o seguinte:

Figura 1 - Mostra uma vista em planta da máquina da presente invenção.

Figura 2 - Mostra uma vista lateral da máquina da presente invenção.

Figura 3 - Mostra uma vista frontal de uma dos dois cabeçotes de usinagem.

Figura 4A - 4E - Mostra a sequência de etapas que realiza a máquina da presente 5 invenção para a usinagem de extremidades de virabrequins.

MODALIDADE PREFERIDA DA INVENÇÃO

Em continuação, com referência as figuras, se descreve uma modalidade preferida da máquina para a usinagem de extremidades de virabrequins (5) que constitui o objeto da presente invenção.

A figura 1 mostra duas estações de usinagem (3, 4), uma primeira estação de usinagem (3) e uma segunda estação de usinagem (4). Com a finalidade de poder se adaptar aos diferentes tipos de virabrequins (5) e seus comprimentos, ao menos uma extremidade destes elementos de fixação (7) pode ser móvel. Os virabrequins (5) montados na primeira estação de usinagem (3) e na segunda estação de usinagem (4) estarão presos 15 de tal modo que permaneçam paralelos e orientados a 180°, ou seja, que tanto o primeiro cabeçote de usinagem (1) como o segundo cabeçote de usinagem (2) enxergarão extremidades brida (9) de um dos pares de virabrequins (5) e extremidades espiga (8) do outro par de virabrequins (5).

Se observa também na figura 1 os dois cabeçotes de usinagem (1, 2), o primeiro cabeçote de usinagem (1) e o segundo cabeçote de usinagem (2). Ambos os cabeçotes de usinagem (1,2) contam, respectivamente, com um armazém de ferramentas (6), com o qual se pode selecionar em cada momento a ferramenta necessária para a usinagem da extremidade do virabrequim (5). O movimento para realizar a dita mudança de ferramenta se realiza segundo o eixo “Y”. Os ditos cabeçotes de usinagem (1,2) podem mover-se segundo um eixo “X” desde uma das estações de usinagem (3, 4) a outra das ditas estações de usinagem (3, 4). Por último, o movimento segundo um eixo “Z” possibilita a usinagem dos virabrequins (5). Nas figuras 2 e 3 se pode observar com maior detalhe o eixo “Z”, na figura 2, e os eixos “X” e “Y” na figura 3.

As figuras 4A-4E ilustram as sucessivas disposições dos cabeçotes de usinagem (1, 2) ao realizar a usinagem dos virabrequins (5) segundo o método descrito na presente invenção.

Em uma primeira etapa, figura 4A, tanto o primeiro cabeçote como o segundo cabeçote estão usinando os virabrequins (5) situados na primeira estação de usinagem (3). O objetivo desta usinagem é obter uma extremidade espiga (8) em uma primeira 35 extremidade de virabrequins (5), usinado pelo primeiro cabeçote de usinagem (1), e uma extremidade brida (9) na segunda extremidade de virabrequins (5), usinado por um segundo cabeçote de usinagem (2).

Como já se tem comentado, o primeiro cabeçote de usinagem (1) acabará antes que o segundo cabeçote de usinagem (2) termine a sua operação. Quando terminar, passará a se deslocar para a segunda estação de usinagem (4) para usinar uma extremidade brida (9). Esta situação se pode observar na figura 4B, na qual o segundo cabeçote de usinagem (2) segue usinando a extremidade brida (9) dos virabrequins (5) situados na primeira estação de usinagem (3). Os virabrequins (5) da segunda estação de usinagem (4) deverão situar-se na sua posição antes de terminar a usinagem da extremidade espiga (8) dos virabrequins (5) da primeira estação de usinagem (3).

A figura 4C representa o momento em que o segundo cabeçote de usinagem (2) terminou de usinar a extremidade brida (9) dos virabrequins (5) situados na primeira estação de usinagem (3) e por tanto se desloca a segunda estação de usinagem (4) para usinar uma extremidade espiga (8) nos virabrequins (5) da segunda estação de usinagem (4). Neste momento, os virabrequins (5) da primeira estação de usinagem (3) já foram usinados, assim, enquanto se usina os virabrequins (5) da segunda estação de usinagem (4), se pode desamarrar e retirar e posicionar e amarrar novos virabrequins (5) para usinar.

A figura 4D mostra como o segundo cabeçote de usinagem (2), uma vez usinada a extremidade espiga (8) dos virabrequins (5) da segunda estação de usinagem (4), se desloca a primeira estação de usinagem (3) para usinar uma extremidade brida (9). Enquanto isso, o primeiro cabeçote de usinagem (1) termina a usinagem da extremidade brida (9) dos virabrequins (5) da segunda estação de usinagem (4).

O ciclo se completa na figura 4E. Nesta figura, o primeiro cabeçote de usinagem (1) terminou a extremidade brida (9) dos virabrequins (5) da segunda estação de usinagem (4) e pode por tanto passar a primeira estação de usinagem (3) para usinar uma extremidade espiga (8). Ao se deslocar a primeira estação de usinagem (3), se pode desamarrar e retirar os dois virabrequins (5) da segunda estação de usinagem (4) e substituir por novos, amarrando e carregando os ditos novos virabrequins (5). Portanto, com esta última etapa se acaba o ciclo e se pode continuar o procedimento para obtenção de dois novos pares de virabrequins (5).

A vista desta descrição e conjunto de figuras, um perito no assunto pode entender que a invenção foi descrita segundo uma modalidade preferencial da mesma, entretanto, múltiplas variações podem ser introduzidas na dita modalidade preferencial, sem sair do objeto da invenção tal como foi reivindicada.

Claims

1. - Máquina para a usinagem de extremidades de virabrequins (5) que compreende: - um primeiro cabeçote de usinagem (1) e um segundo cabeçote de usinagem (2), os ditos primeiro e segundo cabeçotes de usinagem (1,2) sendo configurados para usinar extremidades de virabrequins (5); uma primeira estação de usinagem (3), a dita primeira estação de usinagem (3) sendo configurada para receber e fixar ao menos um virabrequim (5), a dita primeira estação de usinagem (3) sendo disposta entre o primeiro cabeçote de usinagem (1) e o segundo cabeçote de usinagem (2), e meio de controle dos ditos meios de controle designados para - ordenar a usinagem de um primeiro extremo e um segundo extremo do ao menos um virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3) até conseguir uma configuração de espiga (8) em uma primeira extremidade e uma configuração de brida (9) em uma segunda extremidade; caracterizada pela máquina compreender uma segunda estação de usinagem (4), a dita segunda estação de usinagem sendo configurada para receber e fixar ao menos um virabrequim; a dita segunda estação de usinagem (4) sendo disposta entre o primeiro cabeçote de usinagem (1) e o segundo cabeçote de usinagem (2); e - pelo menos um virabrequim (5) pode ser montado na primeira estação de usinagem (3) e disposto paralelamente e a 180° de, ao menos um virabrequim (5) montável na segunda estação de usinagem (4); - o primeiro cabeçote de usinagem (1) e o segundo cabeçote de usinagem (2) estão designados para serem posicionados em frente às extremidades dos virabrequins (5) da primeira estação de usinagem (3) e segunda estação de usinagem (4); e em que os meios de controle são designados para: - ordenar a carga e o amarre de, ao menos, um virabrequim (5) da segunda estação de usinagem (4);ordenar, quando na usinagem da primeira extremidade do virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3) se alcança a configuração em espiga (8), o usinado de uma primeira extremidade de, ao menos, um virabrequim (5) situado na segunda estação de usinagem (4) até conseguir uma configuração em brida (9) em uma primeira extremidade, - ordenar, quando na usinagem da segunda extremidade do virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3) se alcança a configuração em brida (9), o usinado de uma segunda extremidade de, ao menos, um virabrequim (5) situado na segunda estação de usinagem (4) até alcançar uma configuração em espiga (8) em um segundo extremo; - ordenar a descarga e o desamarre de, ao menos, um virabrequim (5) da primeira estação de usinagem (3) e a carga e o amarre de, ao menos, um novo virabrequim (5) na primeira estação de usinagem (3) enquanto o pelo menos um virabrequim (5) situado na segunda estação de usinagem (4) é usinado; - ordenar, quando na usinagem da segunda extremidade de virabrequim (5) situado na segunda estação de usinagem (4) alcança a configuração em espiga (8), o usinado de uma segunda extremidade do, ao menos, um virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3) até alcançar uma configuração em brida (9); - ordenar, quando na usinagem da primeira extremidade do virabrequim (5), situado na segunda estação de usinagem (4) se alcança a configuração em brida (9), usinar uma primeira extremidade de, ao menos, um virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3) até alcançar uma configuração em espiga (8); e - ordenar a descarga e o desamarre de, ao menos, um virabrequim (5) da segunda estação de usinagem (4) e a carga e amarre de ao menos um novo virabrequim (5) na segunda estação de usinagem (4) enquanto se usina o, ao menos, um virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3).

2. - Máquina para usinagem de extremidades de virabrequim (5), de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o primeiro cabeçote de usinagem (1) e um segundo cabeçote de usinagem (2) estão configurados para se moverem em direções de três eixos ortogonais.

3. - Maquina para usinagem de extremidades de virabrequim (5), de acordo com a reivindicação 2, caracterizado pelo fato de que o primeiro cabeçote de usinagem (1) e o segundo cabeçote de usinagem (2) estão configurados para se deslocar desde uma posição em frente a primeira estação de usinagem (3) até uma posição em frente a segunda estação de usinagem (4) e vice versa.

4. - Maquina para usinagem de extremidades de virabrequim (5), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que o primeiro cabeçote de usinagem (1) e o segundo cabeçote de usinagem (2) compreendem um depósito de ferramentas (6).

5. - Maquina para usinagem de extremidades de virabrequim (5), de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado pelo fato de que a primeira estação de usinagem (3) e a segunda estação de usinagem (4) compreendem ao menos um elemento de fixação (7) para a fixação dos virabrequins (5).

6. - Maquina para usinagem de extremidades de virabrequim (5), de acordo com a reivindicação 5, caracterizado pelo fato de que ao menos uma extremidade de um elemento de fixação (7) é móvel.

7. - Processo para a usinagem de extremidades de virabrequins (5), para ser executado pela máquina conforme definida na reivindicação 1, que compreende as etapas de: i - usinar um primeiro extremo e um segundo extremo de ao menos um virabrequim (5) situado em uma primeira estação de usinagem (3) até conseguir uma configuração de espiga (8) em um primeiro extremo e uma configuração de brida (9) em um segundo extremo, caracterizado por compreender ainda as etapas de: ii - carregar e amarrar ao menos um virabrequim (5) em uma segunda estação de usinagem (4) enquanto se usina o, ao menos, um virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3), iii - quando na usinagem de uma primeira extremidade do virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3) se alcança a configuração em espiga (8), usinar uma primeira extremidade de, ao menos, um virabrequim (5) situado na segunda estação de usinagem (4) até conseguir uma configuração em brida (9) na primeira extremidade, iv - quando na usinagem da segunda extremidade do virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3) se alcança a configuração em brida (9), usinar uma segunda extremidade de, ao menos, um virabrequim (5) situado na segunda estação de usinagem (4) até alcançar uma configuração em espiga (8) na segunda extremidade; v - descarregar e desamarrar o, ao menos, um virabrequim (5) da primeira estação de usinagem (3) e carregar e amarrar ao menos um novo virabrequim (5) na primeira estação de usinagem (3) enquanto se usina o, ao menos, um virabrequim (5) situado na segunda estação de usinagem (4), vi - quando a usinagem da segunda extremidade do virabrequim (5) situado na segunda estação de usinagem (4) se alcança a configuração em espiga (8), usinar uma segunda extremidade de, ao menos, um virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3) até alcançar uma configuração de brida (9), vii - quando na usinagem da primeira extremidade do virabrequim (5) situado na segunda estação de usinagem (4) se alcança a configuração em brida (9), usinar uma primeira extremidade de, ao menos, um virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3) até alcançar uma configuração de espiga (8), e viii - descarregar e desamarrar o, ao menos, um virabrequim (5) da segunda estação de usinagem (4) e carregar e amarrar ao menos um novo virabrequim (5) na segunda estação de usinagem (4) enquanto se usina o, ao menos, um virabrequim (5) situado na primeira estação de usinagem (3).

8. - Processo para a usinagem de extremidades de virabrequins (5), de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por compreender adicionalmente a etapa de repetir os passos iii - viii.