BRPI0721321A2 - uso de colostro, e, composiÇço - Google Patents

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Abstract

USO DE COLOSTRO, E, COMPOSIÇçO. A invenção diz respeito ao tratamento de distúrbios de função da barreira intestinal envolvendo a administração de um colostro selecionado que compreende mais do que 25 % em peso de imunoglobulina não desnaturada G(IgG) com base no peso do teor de proteína total de dito colostro a um indivíduo. A invenção ainda refere-se às composições compreendendo colostro e fibras dietéticas indigestas em que o colostro compreende mais do que 25 % em peso de imunoglobulina não desnaturada G com base no peso do teor de proteína total de dito colostro.

Description

"USO DE COLOSTRO, Ε, COMPOSIÇÃO" CAMPO DA INVENÇÃO
A invenção refere-se ao tratamento de distúrbios de função da barreira intestinal que envolve a administração de colostro. A invenção ainda diz respeito às composições compreendendo colostro.
FUNDAMENTOS DA INVENÇÃO
A WO 03041512 divulga composições compreendendo colostro em combinação com pró- e prebióticos benéficos para a saúde gastrointestinal de um animal.
A WO 2004041004 divulga composições compreendendo colostro em que os componentes de colostro bovino bioativos devem compreender de 10 a 40 % em peso de pó de colostro bovino, de 20 a 25 % em peso de IgGl na base de peso seco e pode ainda compreender polissacarídeos vegetais e carboidratos de peso molecular baixo. A IgGI é descrita de ter uma função na proteção passiva contra infecções gastro- intestinais por diversos patógenos entéricos, desse modo impedindo a diarréia induzida por patógenos.
Na técnica anterior nenhuma seleção foi feita de colostros que são especificamente benéficos para o tratamento de distúrbios de função da barreira intestinal que, por exemplo, possua a desvantagem de que fontes potencialmente ineficazes de colostro são utilizadas. SUMÁRIO DA INVENÇÃO
r
E um objeto da invenção fornecer uso ideal de colostro para o tratamento de disfunção da barreira intestinal.
Os inventores surpreendentemente observaram que nem todos os colostros são adequados para o tratamento de distúrbios de função da barreira intestinal. Em um modelo de função da barreira intestinal, foi observado que certas amostras de colostro possuem um efeito significativo sobre a função da barreira, enquanto outras não possuem este efeito. Isto pode ser visto a partir das figuras 1 e 2 da seção de Exemplos mais abaixo. Após outras investigações, constatou-se que houve uma correlação com a presença de imunoglobulina não desnaturada G (IgG) nas amostras de colostro. Quando o colostro continha mais de 25 por cento em peso de IgG não desnaturada com base no peso total da proteína de colostro, houve um efeito positiva significativo sobre a função de barreira como pode ser visto na tabela 1 e figuras 1 e 2 da seção de Exemplos mais abaixo. Não é a própria IgG que está causando este efeito, visto que a IgG não desnaturada pura não possui este efeito, ver a figura 3 da seção de Exemplos mais abaixo.
Para o melhor de nosso conhecimento, até esta data não foi sugerido que para o tratamento de distúrbios de função da barreira intestinal deve-se selecionar o colostro na base de um teor mínimo de IgG não desnaturada.
Assim, de acordo com a invenção, o colostro que é utilizado para o tratamento de distúrbios intestinais deve compreender mais do que 25 % em peso de imunoglobulina não desnaturada G baseada no peso de proteína total no colostro em pó.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
A invenção diz respeito a um método para a terapia de distúrbios intestinais, dito método compreendendo a administração de colostro que compreende mais do que 25 % em peso de imunoglobulina não desnaturada G (IgG), com base no peso do teor de proteína total de dito colostro a um indivíduo.
Para certas jurisdições, a invenção pode ser redigida como o uso de colostro para a fabricação de um medicamento para o tratamento e/ou prevenção de distúrbios intestinais em que o colostro compreende mais do que 25 % em peso de imunoglobulina não desnaturada G (IgG) com base no peso de teor de proteína total de dito colostro. Alternativamente, a presente invenção pode ser redigida como uma composição compreendendo colostro que compreende mais do que 25 % em peso de imunoglobulina não desnaturada G (IgG) baseado no peso do teor de proteína total de dito colostro para o tratamento e/ou prevenção de distúrbios intestinais.
Preferivelmente o colostro compreende entre 25 a 60 % em peso de IgG não desnaturada e mais preferivelmente o colostro compreende entre 25 a 40 % em peso de IgG não desnaturada, que é o produto mais economicamente viável.
A invenção ainda refere-se às composições compreendendo colostro e fibras dietéticas indigestas em que o colostro compreende mais do que 25 % em peso de imunoglobulina não desnaturada G com base no peso do teor de proteína total de dito colostro.
No contexto desta invenção 'teor de proteína total de colostro' inclui a imunoglobulina desnaturado e não desnaturada G.
Função de barreira intestinal No contexto desta invenção a barreira intestinal é considerada
como a capacidade do intestino de manter a seletividade em seu ambiente externo. O papel da barreira é impedir a entrada no corpo de compostos antigênicos, tóxicos ou carcinogênicos potencialmente nocivos.
Existem numerosos componentes que juntos formam a função da barreira. Estes incluem a camada de muco superficial, a membrana celular de fronteira das escovas de absorção dos enterócitos, as áreas de junção paracelulares, os mecanismos de defesa imune epiteliais e sub-epiteliais e os linfonodos intestinais.
A ruptura da barreira intestinal pode desempenhar um papel importante na etiologia e na patogênese de várias doenças intestinais e sistêmicas. Sob certas condições fisiopatológicas a função da barreira intestinal pode ser prejudicada na medida que isso possa levar à fuga de bactérias ou seus produtos (endotoxinas), que tem sido denominado "translocação bacteriana". A translocação bacteriana pode ser assim definida como o movimento de bactérias ou produtos bacterianos através da membrana intestinal, por exemplo, para emergir nos linfáticos ou na circulação visceral. Além disso, falência da integridade do epitélio intestinal permite a absorção de lipopolissacarídeo e outras toxinas, o que pode causar doenças tanto locais quanto sistêmicas. Como uma conseqüência, o paciente pode perder massa corporal magra e/ou se tornar nutricionalmente debilitado.
No contexto desta invenção o termo "distúrbios intestinais" mais especificamente diz respeito com os distúrbios relacionados com a barreira intestinal. O termo "distúrbio relacionado com a barreira intestinal" no contexto da presente invenção refere-se às doenças em que a função da barreira intestinal é prejudicada.
Diferentes doenças estão associadas com aumento da permeabilidade intestinal. Também certos medicamentos e abuso de álcool têm sido relatados de aumentar a permeabilidade intestinal. Em uma forma de realização, as composições de acordo com a presente invenção são utilizadas para a terapia de doenças e condições selecionadas do grupo consistindo de doença intestinal inflamatória (por exemplo, doença de Crohn, colite ulcerosa), infecção pelo HIV/AIDS, alergia alimentar, distúrbio intestinal induzido por medicamentos antiinflamatórios não esteróides (por exemplo, úlceras), distúrbios resultantes de jejum, distúrbios resultantes de nutrição parenteral total, distúrbios resultantes de cirurgia abdominal e doença renal. Em uma forma de realização a presente invenção diz respeito ao tratamento de doenças associadas com o aumento da permeabilidade intestinal, em particular as doenças e distúrbios como mencionados acima. Em uma forma de realização a presente invenção diz respeito à prevenção de doenças associadas com o aumento da permeabilidade intestinal, em particular as doenças e distúrbios como mencionados acima. Em uma forma de realização a presente invenção refere-se ao tratamento e/ou prevenção de distúrbios intestinais em pacientes com o HIV. Saúde Intestinal Prejudicada com HIV Várias manifestações clínicas de disfunção intestinal em pacientes com HIV têm sido descritas, incluindo diarréia (crônica), má absorção, perda de peso, infecção (aguda) às vezes seguida por bacteremia, colite hemorrágica, e dor abdominal. A maioria dos indivíduos infectados pelo HIV experimenta uma carga aumentada destes sintomas gastrointestinais durante o progresso da doença. Alterações patofisiológicas subjacentes a estas manifestações incluem permeabilidade epitelial aumentada e função enterócita prejudicada. A permeabilidade é geralmente avaliada mediante a medição da penetração de açúcares através da mucosa e detecção da recuperação na urina.
Estas manifestações da disfunção intestinal, incluindo carboidrato e mal absorção de lipídio, e permeabilidade transepitelial do intestino delgado aumentada, muitas vezes podem ser detectadas em indivíduos infectados pelo HIV, não submetidos a terapia anti-retroviral altamente ativa (HAART), no entanto, mesmo sem as manifestações óbvias de sintomas clínicos, mas com uma redução progressiva das contagens de CD4. Na verdade, estes aspectos de disfunção intestinal são mais prevalentes e tornam-se mais graves em pacientes com AIDS com sintomas tais como diarréia. Além disso, há evidência coletiva de que também existe permeabilidade intestinal aumentada progressiva. A incidência pode variar de a 25 % de indivíduos assintomáticos com HIV até 100 % nos pacientes de AIDS com diarréia.
A permeabilidade in vivo pode ser convenientemente avaliada mediante a medição da permeação de açúcares tais como lactulose e ramnose através da mucosa e detecção da recuperação na urina. Em vários estudos utilizando diferentes marcadores, como a D-xilose, manitol e lactulose, como parte de um teste de absorção/permeabilidade de açúcar, a absorção do intestinal delgado anormal foi demonstrada em pacientes com HIV sem sintomas clínicos. Embora a incidência de absorção de marcador prejudicada foi maior nos grupos de HTV sintomáticos e ainda mais acentuada em pacientes com AIDS, estes resultados anormais sugerem que já em indivíduos assintomáticos com HIV, a função enterócita intestinal pode ser prejudicada [1]·
O aumento da permeabilidade epitelial e/ou função enterócita prejudicada podem contribuir para a desnutrição em pacientes com HIV. Em última análise, uma variedade de manifestações pode desenvolver como um resultado da absorção inadequada de nutrientes tal como o progresso acelerado da doença, função imune reduzida, o aumento da utilização de tratamento de saúde, e taxa de sobrevivência diminuída.
Assim, em uma forma de realização, a presente invenção diz respeito ao tratamento e/ou prevenção da má absorção em pacientes com HIV.
Os pacientes infectados pelo HIV com sintomas gastrointestinais apresentam baixo grau de atrofia do intestino delgado e um defeito maturacional nos enterócitos. Isso pode resultar na montagem defeituosa da fronteira de escova e diferenciação que ocasiona mal absorção e aumento da secreção no lúmen intestinal, resultando em diarréia [2].
A etiologia da disfunção intestinal associada com o HIV é amplamente desconhecida, e tem sido diferentemente atribuída às infecções oportunistas e secreção de citocina em resposta à inflamação. É incerto se uma resposta inflamatória da mucosa no intestino é um resultado da infecção pelo HIV ou função e atividade alteradas dos enterócitos. Fica claro, no entanto, que durante a causa da doença há um padrão distinto de produção local de citocina pró-inflamatória [3-7]. Especialmente TNF-α, IL-Iβ e IL-6 e, em uma menor medida IFN-γ, são observadas de serem elevadas em biópsias intestinais de pacientes infectados pelo HIV. A inflamação pode produzir um intestino defeituoso, um indivíduo imune comprometido não necessita ingerir um organismo estranho para ter diarréia inflamatória, ele obterá diarréia porque o equilíbrio normal da flora intestinal e outros elementos do sistema de defesa imune não específico é alterado, o que permite aos antígenos atravessarem o intestino defeituoso.
Foi mostrado em modelos de função da barreira intestinal que as citocinas pró-inflamatórias podem ter fortes efeitos negativos sobre a ruptura intestinal mediante o aumento da permeabilidade paracelular [8-10]. De fato, as células imunes isoladas de pacientes com HIV liberam vastas quantidades destas citocinas pró-inflamatórias que estão envolvidas na permeabilidade epitelial aumentada. A função da barreira epitelial in vitro da mucosa duodenal de pacientes infectados pelo HIV foi caracterizada pela resistência epitelial e pelas medições do fluxo de lactulose/manitol e isso resultou na diminuição da resistência epitelial de pacientes infectados pelo HIV com diarréia e um fluxo de lactulose mucosal a serosal concomitantemente aumentado [11]. A diminuição da resistência transepitelial resulta em um aumento de permeabilidade paracelular causada pela ruptura das junções estreitas. Os modelos in vitro utilizados nos exemplos imitam este efeito inflamatório do intestino no paciente infectado pelo HIV mediante o uso de uma mistura de citocina. Isto também provoca uma diminuição da resistência transepitelial (TER), ver as figuras 1 e 3a, em uma monocamada da linhagem celular intestinal cultivada em um suplemento de transreservatório e causa um aumento do fluxo mucosal a serosal de uma molécula de FITC-dextrano (FD4), ver as figuras 2 e 3-B.
Colostro
O colostro é um fluido pré-leitoso secretado diretamente após o nascimento. Nas vacas, é produzido em excesso e apenas parcialmente consumido pelo bezerro. A parte restante pode então ser recolhida tornando o colostro um ingrediente alimentar natural. O colostro bovino compreende uma mistura de proteínas, gorduras e açúcares. A parte de proteína contém entre outras proteínas normais do leite, grandes quantidades de imunoglobulinas e outras proteínas de soro que se presumem de ter um efeito sobre o recém- nascido. A composição de colostro é muito diferente daquela do leite de ruminantes em lactação estabelecida.
O colostro de acordo com esta invenção é definido como o leite das primeiras quatro ordenhas coletadas durante as primeiras 48 horas após o parto ou mesmo a primeira ordenha coletada durante as primeiras 24 horas após o parto. Se a coleta de colostro não ocorrer logo após o nascimento, os componentes bioativos no colostro rapidamente se deteriorarão com o tempo. Todo o colostro pode ser fracionado e utilizado como componentes separados.
O teor de proteína do colostro bovino é de três a quatro vezes mais elevado - até 150 gramas por litro em comparação com 30 a 40 gramas por litro - do que está no leite de vaca habitual. A maior parte desta proteína é compreendida de proteínas de soro de leite. As imunoglobulinas, principalmente IgG, perfazem cerca de 75 % das proteínas de soro de leite. Outras substâncias encontradas no colostro bovino normalmente incluem caseína, lactoferrina, alfa-lactalbumina, beta-lactoglobulina, e os fatores de crescimento fator-1 de crescimento semelhante a insulina (IGF-1), fator-2 de crescimento semelhante a insulina (IGF-2), fator beta de crescimento transformante (TGFbeta) e betacelulina (um membro da família do fator de crescimento epidérmico (EGF)). Além disso, o colostro bovino contém vitaminas, minerais, lipídios e lactose. O colostro bovino também pode conter colostrinina, também conhecida como polipeptídeo rico em prolina (PRP), uma substância encontrada em colostro de ovinos (ovelhas).
O colostro bovino adequado para uso de acordo com a corrente invenção é comercializado de várias formas. O colostro pode estar em uma forma de gordura completa e em uma forma desengordurada desnatada. Uma forma adequada para se aplicar na presente invenção é o colostro na forma de um pó, em cuja forma é geralmente fornecido, mas qualquer outra forma pode ser utilizada nesta invenção, por exemplo, tabletes, barras, líquidos. Quando preparado por microfiltração o soro de colostro principalmente compreende proteínas de soro de leite e suas imunoglobulinas associadas e fatores de crescimento IGF-1, IGF-2, TGFbeta e betacelulina. Substâncias tais como lactose, gorduras, caseína e lactalbumina são tipicamente reduzidas de forma significativa no colostro bovino microfiltrado.
Quando se produz colostro é importante que as proteínas sejam mantidas em sua conformação natural, ou seja, que elas estejam na sua forma biologicamente ativa não desnaturada. Observa-se, no entanto, que uma vez que o colostro contém muitos ingredientes e atividades biologicamente ativas, quando se considera a atividade biológica das proteínas em sua confirmação natural, esta tem de ser feita à vista do efeito desejado.
Os inventores agora descobriram que existe uma correlação inesperada entre a quantidade de IgG não desnaturada e o efeito biológico da suplementação de colostro sobre a permeabilidade intestinal. Existem muitos tipos diferentes de colostro presentes no mercado e a maior parte deles, embora alegue um efeito biológico, não possui o efeito desejado na permeabilidade intestinal (por exemplo, ver as figs. 1 e 2), mas às vezes compreende uma certa atividade biológica sobre outros parâmetros. Quantificação da IgG não desnaturada nas amostras de
colostro.
Imunodifusão isolada radial
A determinação de IgG não desnaturada pode ser feita em uma base rotineira usando a técnica de imunodifusão radial isolada (SRID). Esta técnica simples e robusto é o método preferido usado para a quantificação de IgG não desnaturada nas amostras de colostro de acordo com a presente invenção. O método foi desenvolvido para uma quantificação precisa de proteínas solúveis por Mancini et al., (Mancini G, Carbonara AO, Heremans JM (1965). Immunological quantitation of antigens by single radial immunodiffusion. Immunochemistry, 2: 235-254).
Um anti-soro policlonal específico criado contra a proteína a ser quantificada é incorporado em um gel de ágar tamponado com 1,5 a 2 mm de espessura. Reservatórios circulares são perfurados e depois enchidos com uma gota (2 a 15 μΐ) da amostra a ser analisada. A placa de ágar é então incubada em uma caixa úmida. Quando reconhecidas pelo anti-soro, as proteínas são precipitadas no ágar durante a sua difusão. Após a difusão completa, os diâmetros dos precipitados em forma de anel são medidos. A superfície dos precipitados é diretamente proporcional à concentração de proteína na amostra. A difusão deve ser executada em temperatura constante, 37 0C sendo a ideal.
Com um tempo de difusão adequado (geralmente de 18 a 24 h), uma regressão linear é obtida entre a superfície do anel e a concentração de proteína. As curvas padrão são construídas mediante a marcação em gráfico do diâmetro do anel de precipitação versus a raiz quadrada da concentração de proteína.
Cromatografia por afinidade HPLC usando uma coluna de
proteína G
Outro método para a quantificação de IgG não desnaturada no colostro é baseado na diferença de afinidade da IgG não desnaturada e IgG desnaturada em uma matriz de proteína G.
As análises foram realizadas de acordo com o Journal of AOAC International 89 (5): 1249-1256, Sep-Oct 2006. A IgG não desnaturada é definida como a IgG semi hidrossolúvel no colostro. A IgG total (incl. desnaturada) é definida como a IgG no colostro, solúvel em 0,28 M NaCl. A coluna de afinidade empregada é compreendida por uma matriz que incorpora as moléculas de Proteína G que em pH neutro, se ligam especificamente à região Fc das moléculas de IgG. Esta afinidade é perdida em pH 2,6. As técnicas tanto de SRID quanto de HPLC resultaram em quantidades similares de IgG não desnaturada, como é representado na tabela 1 abaixo. Em geral, o método de HPLC resulta em um valor ligeiramente mais baixo do que o método SRID.
Tabela 1. Comparação de HPLC e SRID Solução de re-hidratação semi-aquosa
Procedimento de re-hidratação
etapa 1 tratamento ultrassônico de 30 minutos
etapa 2 permanecer durante a noite na geladeira (8C)
etapa 3 novamente tratamento ultrassônico de 30 minutos
etapa 4 filtrar através do filtro de 0,45u
EIuente de HPLC
Tampão de ligaçãode IgG natural: PBS 1:10 com semi pH = 7,4 Tampão de eluição: 50 mM Glicina pH = 2,6 Resultados
% em peso de IgG natural de colostro total em pó em 8 amostras de colostro diferentes
Amostra de colostro HPLC SRID 001 14,9 15,3 002 16,9 003 8,3 8,7 004 7,3 7,7 005 6,7 7,3 006 7,1 7,7 007 6,5 7,2 008 7,2 7,2
Fibras Dietéticas
As fibras dietéticas que são utilizadas nesta invenção são tipicamente resistentes à digestão e absorção no intestino delgado humano com preferivelmente uma fermentação completa ou parcial no intestino grosso. Preferivelmente, a presente composição compreende pelo menos uma fibra dietética selecionada do grupo consistindo de galactooligossacarídeos incluindo trans galactooligossacarídeos, inulina, frutooligossacarídeos, xilooligossacarídeos, palatinoseoligossacarídeo, oligossacarídeo de soja, gentiooligossacarídeo, pectina, pectato, alginato, chondroitina, ácido hialurônico, heparina, heparano, carboidratos bacterianos, sialoglicanos, fucoidan, fucooligossacarídeos, carragenano, goma xantana, celulose, polidextrose (PDX), goma guar, e/ou seus hidrolisados. Todos estes possuem efeitos prebióticos benéficos no sistema intestinal. PDX é um carboidrato não digerível que foi sintetizado a partir da glicose e sorbitol aleatoriamente reticuladas.
Preferivelmente a presente composição compreende uma fibra dietética selecionada do grupo consistindo de galactooligossacarídeos, frutooligossacarídeos, inulina e produto de degradação da pectina. Estas fibras dietéticas foram mostradas de modular a flora intestinal de uma tal maneira que efeitos positivos podem ser esperados na permeabilidade intestinal e melhorar os efeitos positivos do presente colostro.
Preferivelmente, pelo menos 10 g de uma amostra de colostro selecionada de acordo com a invenção, que corresponde a cerca de pelo menos 2 g de IgG não desnaturada, é fornecido a uma pessoa para o tratamento e/ou prevenção de distúrbios intestinais. Em certos casos, é preferível aumentar a dose diária em pelo menos 20 g de colostro por dia, correspondendo a cerca de 4 g de IgG não desnaturada. A dose diária pode ser administrada em 1 ou mais doses e em 1 ou mais formas de dose (em pó, líquida ou barra). A utilização de diferentes formas de dose aumentará a submissão que é importante para a eficácia do produto.
Exemplos Permeabilidade Intestinal
O bio-ensaio para a determinação da permeabilidade intestinal alterada foi executado mediante a semeadura de células CaCo2 em suplementos de transreservatório. Monocamadas de CaCo2 foram utilizadas após 3 semanas de confluência. Diferentes amostras de colostro foram adicionadas no compartimento apical e citocinas no compartimento basolateral. Para determinar a permeabilidade das monocamadas a resistência transepitelial (TER; ohm/cm2) foi medida por volt-ohmímetro epitelial e o fluxo apical para basolateral de 4kDa FITC-dextrano (FD4 pmol FD4/cm2/h) foi medido após 72 horas. As diferentes amostras de colostro foram testadas com relação ao seu efeito sobre o aumento induzido por citocina da permeabilidade intestinal.
As experiências mostraram que nem todas as bateladas de colostro são eficazes na prevenção do aumento induzido por citocina na permeabilidade intestinal quando comparadas com os controles tais como albumina, caseína e soro de leite e que apenas o colostro selecionado na base de seu teor de imunoglobulina não desnaturada G mais elevado do que 19 % com base no peso total de colostro em pó, isto é, neste caso mais elevado do que 25 % com base no peso da proteína total no colostro em pó, pode prevenir o aumento induzido por citocina da permeabilidade intestinal. A Tabela 2 mostra a IgG não desnaturada percentual nas amostras diferentes de colostro. Tabela 2. IgG não desnaturada percentual no colostro
Colostro IgG não desnaturada %* Cl 29,0 C2 33,3 C3 36,5 C4 37,5 C5 20,8 C6 19,9 Cl 24,4 C8 21,6 C9 20,7
* baseado no peso total de proteína de colostro em pó A Figura 1 mostra o percentual de proteção de colostro contra o aumento de permeabilidade intestinal após 72 horas de incubação determinado pela resistência transepitelial (la amostras de colostro contendo > 25 % em peso de IgG não desnaturada por teor total de proteína de colostro, Ib amostras de colostro contendo < 25 % em peso de IgG não desnaturada por teor total de proteína de colostro, Ic controles: BSA, caseína e soro de leite). Estes resultados indicam que pessoas com doenças associadas com distúrbios intestinais induzidos por citocina terão função de barreira intestinal melhorada quando se utiliza colostro com pelo menos 25 % em peso de IgG não desnaturada por teor total de proteína de colostro.
A Figura 2 mostra a proteção percentual contra o aumento induzido de citocina da permeabilidade intestinal resultante do tratamento com colostro. A proteção percentual é mostrada após 72 horas de incubação com as citocinas inflamatórias e foi determinada pelo fluxo de FD4 (2a amostras de colostro contendo > 25 % em peso de IgG não desnaturada por teor total de proteína de colostro, 2b amostras de colostro contendo < 25 % em peso de IgG não desnaturada por teor total de proteína de colostro, 2c controles: BSA, caseína e soro de leite). Estes resultados indicam que apenas quando se utiliza o colostro corretamente selecionado com pelo menos 25 % em peso de IgG não desnaturada por teor de proteína total de colostro, uma pessoa com doenças associadas com distúrbios intestinais induzidos por citocina terá função da barreira intestinal melhorada.
A Figura 3 mostra a proteção percentual de IgG não desnaturada pura e colostro contendo a mesma concentração de IgG não desnaturada pura contra o aumento induzido por citocina da permeabilidade intestinal após 72 horas de incubação determinado por TER (3 a) e fluxo de FD4 (3b). A IgG não desnaturada pura isoladamente não é eficaz na prevenção do aumento induzido por citocina na permeabilidade intestinal. Composições
Composição em pó que compreende Colostro IOg
Maltodcxtrina 3 g
Mistura de vit/mineral 0,5 g
Flavor de laranja
Composição de barra que compreende Colostro 20 g
GOS+ FOS 15 g
Hidrolisado de pectina 5 g
Maltodextrina 2 g
Sabor de chocolate Composição nutricional Colostro 20 g
Gordura IOg
EPA/DHA 2 g
Maltodextrina IOg
goma guar 1 g
goma xantana 0,2 g
Frutooligossacarídeos 1 g
Vitaminas, de acordo com FSMP
Referências
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11. StoekmannMetal. Aids, 1998 12(1 ):43-51.

Claims (10)

1. Uso de colostro, caracterizado pelo fato de ser para a fabricação de um medicamento para o tratamento e/ou prevenção de distúrbios intestinais, em que o colostro compreende mais do que 25 por cento em peso de imunoglobulina não desnaturada G com base no peso do teor de proteína total de dito colostro.
2. Uso de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que o colostro compreende entre 25 a 40 por cento em peso de imunoglobulina não desnaturada G com base no peso do teor de proteína total de dito colostro.
3. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 2, caracterizado pelo fato de que o medicamento compreende pelo menos 2 g de imunoglobulina não desnaturada G em uma dose diária.
4. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a3, caracterizado pelo fato de que o medicamento é para o tratamento e/ou prevenção de distúrbios intestinais em pacientes com HIV.
5. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 4, caracterizado pelo fato de que o distúrbio intestinal é um distúrbio de permeabilidade intestinal.
6. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizado pelo fato de que o distúrbio intestinal é selecionado do grupo consistindo de doença inflamatória intestinal, a infecção pelo HIV e diarréia induzida pela AIDS, alergia alimentar, aumento induzido por medicamentos antiinflamatórios não esteróides na permeabilidade e má absorção intestinal.
7. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 6, caracterizado pelo fato de que a composição ainda compreende fibras dietéticas indigestas.
8. Composição, caracterizada pelo fato de que compreende colostro e fibras dietéticas indigestas, em que o colostro compreende mais do que 25 % em peso de imunoglobulina não desnaturada G com base no peso do teor de proteína total de dito colostro.
9. Composição de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que o colostro compreende entre 25 a 40 % em peso de imunoglobulina não desnaturada G do peso de teor de proteína total de dito colostro.
10. Composição de acordo com a reivindicação 8 ou 9, caracterizada pelo fato de que compreende pelo menos uma fibra dietética indigesta selecionada do grupo consistindo de galactooligossacarídeos, trans galactooligossacarídeos, inulina, frutooligossacarídeos, xilooligossacarídeos, polidextrose, pectina, pectato, alginato, condroitina, ácido hialurônico, heparina, heparano, carboidratos bacterianos, sialoglicanos, fucoidan, fucooligossacarídeos, e carragenano e seus hidrolisados.
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