BRPI0719358B1 - cabeça de corte de grama do tipo de linha - Google Patents

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "CABEÇA DE CORTE DE GRAMA DO TIPO DE LINHA".

Descrição Campo Técnico A presente invenção refere-se a uma cabeça de corte de grama e mais em particular a uma cabeça de corte de grama do tipo de linha, isto é, uma cabeça na qual uma linha é enrolada em um carretei dentro de um alojamento da cabeça, as extremidades da linha se projetando da cabeça para executar o corte da vegetação quando a cabeça é girada.

Estado da Técnica Para tarefas de jardinagem em ambos os níveis amador e profissional, cabeças de corte de grama são geralmente usadas para cortar grama e outra vegetação; essas cabeças são providas com linhas de corte que se projetam radialmente de um corpo principal da cabeça e, devido à força centrífuga exercida sobre ela e à rápida rotação da cabeça ao redor do seu eixo geométrico, cortam a vegetação.

Exemplos de cabeças de linha desse tipo são descritos nas Patentes dos Estados Unidos seguintes: US 4.097.991, US 4.104.797, US 4.145.809, US 4.161.820, US 4.259.782, US 4.203.212, US 4.274.201, US

4.651.421, US 4.738.085, US 4805306, US 4.813.140, US 4.823.465, US

4.882.843, US 4.893.410, US 4.942.664, US 4.959.904, US 4.989.321, US

5.010.649, US 5.526.572, US 5.095.688, US 5.136.782, US 5.295.306, US 5.490.641, US 5.657.542, US 6.141.879, US 6.163.964, US 6.851.191.

Durante o uso do dito tipo de cabeça, a linha de corte que se projeta da cabeça fica desgastada e quebra e consequentemente ela deve ser desenrolada do carretei quando requerido.

Sistemas para alongar a linha de corte são conhecidos, nos quais o carretei no qual a linha está enrolada apresenta uma dentição cooperando com uma dentição dupla provida no alojamento do próprio carretei. As dentições são deslocadas axial e angularmente, de modo que um movimento axial alternado do carretei dentro do alojamento do mesmo causa uma rotação escalonada do carretei com relação ao alojamento e, conse- quentemente, o desenrolamento gradual da linha. Exemplos de mecanismos desse tipo são descritos em GB-A-2078075, EP-0203011, US-4183138 e US-4274201. WO-A-0149101, no lugar disso, descreve um carretei que compreende um mecanismo de alongamento com um cursor elástico provido com uma dentição cooperando com duas séries de dentes deslocados axial e angularmente dentro da sede deslizante do cursor na parte central do carretei. EP-A-0970596 descreve uma cabeça de corte de grama com um carretei provido com uma dentição cooperando com duas séries deslocadas de dentes, providas dentro do alojamento da cabeça. A cabeça é estruturada de modo que, além da rotação escalonada do carretei na direção para desenrolar a linha de corte, também é possível girar o carretei na direção para enrolar a linha de corte sem remover a cabeça e consequentemente sem daí remover o carretei. Isso permite que a linha de corte seja recarregada na cabeça sem ter que remover a última.

Na maior parte das cabeças de corte descritas acima, o alojamento do carretei da linha de corte consiste de duas porções acopladas uma na outra por um sistema elástico de encaixe. Tipicamente, esses mecanismos de acoplamento por encaixe compreendem linguetas elásticas em uma das duas porções do alojamento, que penetram em fendas obtidas na outra das duas porções de modo que uma vez montadas, as duas porções do alojamento são dispostas em uma posição angular recíproca específica e fixa. Objetivo e sumário da invenção Um objetivo da invenção é prover uma cabeça de corte de grama com um mecanismo de acoplamento simples para acoplar as porções que formam o alojamento para a linha de corte e que, ao mesmo tempo, permite que o carretei dentro da cabeça gire facilmente em uma ou na outra direção para desenrolar/enrolar a linha.

Objetivos e vantagens adicionais da invenção serão evidentes para aqueles versados na técnica a partir da leitura do texto abaixo.

Substancialmente, em uma modalidade vantajosa, a cabeça de corte de grama compreende um alojamento, dentro do qual pelo menos uma linha de corte enrolada em pelo menos um carretei pode ser disposta. O alojamento compreende uma primeira porção e uma segunda porção acopladas de maneira reversível entre si por meio de um acoplamento de encaixe. O dito acoplamento de encaixe é projetado para permitir pelo menos um movimento angular recíproco entre a primeira porção e a segunda porção do alojamento ao redor do eixo geométrico de rotação da cabeça de corte de grama. De preferência, as duas porções do alojamento são móveis angularmente de modo que elas podem girar por qualquer ângulo com relação uma a outra.

De acordo com uma modalidade particularmente vantajosa da invenção, o acoplamento de encaixe é projetado também para permitir um movimento axial recíproco entre essas primeira e segunda porções do alojamento.

Em uma modalidade preferida da invenção, o acoplamento de encaixe é produzido provendo, em uma das duas porções do alojamento, linguetas elásticas engatando em cortes inferiores da outra porção do alojamento.

De acordo com uma modalidade possível, para permitir um movimento angular recíproco ilimitado entre as duas porções do alojamento, as linguetas integrais com uma das duas porções que formam o alojamento engatam em um corte inferior produzido na forma de uma projeção angular contínua, que se estende de uma parede do perímetro da outra das duas porções formando o alojamento.

Em uma modalidade vantajosa, uma das porções que formam o alojamento pode ser acoplada de modo em torção em um mecanismo de rotação para girar o carretei.

Em uma modalidade preferida da invenção, a cabeça compreende um carretei separado pelas duas porções que formam o alojamento da linha de corte. Esse carretei é disposto inteiramente entre as duas porções do alojamento. Isso permite que peças mais simples sejam produzidas com moldes menos complexos. Entretanto, também seria possível que o carretei fosse uma parte integral do alojamento da linha de corte. Por exemplo, o carretei pode ter um dos flanges definindo a sede do enrolamento da linha de corte, que se estende para formar uma cobertura de fechamento do alojamento dentro da qual a bobina ou bobinas da linha de corte são colocadas.

Aspectos adicionais possíveis e vantajosos e modalidades da invenção são descritos abaixo com referência às duas modalidades e são apresentados nas reivindicações anexas.

Breve descrição dos desenhos A invenção será entendida melhor seguindo a descrição e o desenho acompanhante, que mostra exemplos de modalidades práticas não limitadoras da invenção. Mais em particular, no desenho: As figuras 1 e 2 mostram uma vista explodida de dois ângulos diferentes de uma cabeça de acordo com a invenção em uma primeira modalidade, A figura 3 mostra uma vista plana da cabeça nas figuras 1 e 2, As figuras 4 e 5 mostram cortes diametrais de acordo com IV-IV e V-V da figura 3, A figura 6 mostra uma vista em perspectiva da cabeça nas figuras 1 a 5, A figura 6A mostra uma vista explodida do carretei, A figura 6B mostra uma vista axonométrica do carretei montado, As figuras 7 e 8 mostram vistas explodidas de uma segunda modalidade da cabeça de acordo com a invenção, A figura 9 mostra uma vista plana da cabeça nas figuras 7 e 8, As figuras 10 e 11 mostram dois cortes diametrais de acordo com X-X e XI-XI da figura 9, A figura 12 mostra uma vista em perspectiva da cabeça nas figuras 7 a 11, As figuras 13 e 14 mostram duas vistas explodidas de acordo com dois ângulos diferentes do carretei de enrolamento da linha da cabeça nas figuras 7 a 12 e Afigura 15 mostra uma modalidade adicional da invenção.

Descrição detalhada das modalidades da invenção Uma primeira modalidade da cabeça de acordo com a invenção é mostrada nas figuras 1 a 6B. A cabeça, indicada como um todo em 1, compreende um alojamento formado de uma primeira porção 3, mais baixa no exemplo mostrado, e uma segunda porção superior 5. A porção 3 define uma sede 7, cuja porção 5 forma a cobertura de fechamento. Um carretei 9, no qual uma linha de corte F é enrolada, pode ser inserido dentro do alojamento formado das porções 3 e 5. A linha de corte pode ser única ou múltipla. Por exemplo, duas linhas de corte separadas podem ser enroladas em duas sedes anulares nas quais o carretei 9 é dividido. A estrutura do carretei 9 será descrita em maiores detalhes com referência às figuras 6A e 6B.

De acordo com uma modalidade vantajosa, a porção inferior 3 do alojamento contendo o carretei 9 tem uma parede aproximadamente cilíndrica 11, adaptadas no exterior da qual estão linguetas protetoras 13, cuja finalidade é proteger a linha de corte contra rompimentos. As linguetas 13 se estendem preferivelmente em um arco de espiral e consequentemente têm uma dimensão radial gradualmente crescente de um ponto 13A de conexão com a superfície externa da parede cilíndrica 11 para uma borda substanci-aimente radial 13B, na qual a lingueta 13 apresenta a máxima dimensão radial e que é adjacente a uma bucha respectiva 15, inserida em um furo vazado na parede 11 e através do qual a linha de corte passa.

De acordo com uma modalidade possível, as linguetas elásticas 17 são providas ao longo da parede cilíndrica 11, essas são obtidas por cortes 17A paralelos ao eixo geométrico de rotação da cabeça 1. Cada lingueta elástica 17 tem uma projeção 17B se projetando para o exterior da parede 11 aproximadamente na borda superior 11A da dita parede. Cada projeção 17B apresenta um chanfro 17C para as finalidades descritas abaixo.

De acordo com uma modalidade possível, como pode ser observado em particular na figura 2, a porção 5 do alojamento do carretei 9 tem uma parede substancialmente cilíndrica 21 que, na disposição montada (figuras 4 e 5), é disposta no exterior da parede cilíndrica 11 abrangendo e circundando essa parede na proximidade da sua borda superior 11A. Esten- dida ao longo da parede cilíndrica 21 está uma projeção anular 21A orientada radialmente para dentro, que forma um corte inferior anular contínuo com o qual as linguetas elásticas 17 engatam quando as porções 3 e 5 do alojamento do carretei 9 são montadas uma em cima da outra. O chanfro 17C das linguetas elásticas 17 facilita a deformação das linguetas 17 para o interior e consequentemente o engate de encaixe das projeções 17B atrás da projeção anular contínua 21 A. Para soltar a porção 3 da porção 5, é suficiente pressionar o exterior das linguetas 17 para fazer com que elas se curvem para dentro e consequentemente soltem as projeções ou dentes 17B da borda anular 21A.

Com a disposição descrita acima, as porções 3 e 5 podem ser engatadas com encaixe alternadamente devido às linguetas elásticas 17, sem essas tendo que ficar em uma posição angular predeterminada com relação à porção de cobertura 5. Ao contrário, depois que elas foram montadas com encaixe, as duas porções 3 e 5 podem girar com relação uma a outra por qualquer ângulo até mesmo maior do que 360°, já que a borda anular 21A define uma projeção de corte inferior contínua na qual as linguetas elásticas 17 engatam. Como será explicado abaixo, essa mobilidade angular permite que a linha de corte seja enrolada ou desenrolada com relação ao carretei 9 disposto na sede 7 obtida dentro da porção 3 do alojamento.

Uma sede axial 31 com uma seção transversal não circular, por exemplo, hexagonal na modalidade mostrada, é provida na porção 5 do alojamento do carretei 9. Um corpo em formato prismático 35, por exemplo, hexagonal ou de alguma forma com uma seção transversal correspondendo com essa da sede 31, engata de modo com torção nessa sede, cujo fundo tem um furo circular 33. O corpo 35 é integral com um fuso 37 para acoplar a cabeça 1 no cubo rotativo de um cortador de escova ou outra máquina. O fuso 37 tem uma porção inferior 37B que se estende através de um furo axial de um cubo 9A do carretei 9. O carretei pode ser axialmente preso no fuso 37, 37A, por exemplo, através de um elemento de parafuso 39 ou em uma outra maneira adequada.

De acordo com uma modalidade possível, a porção inferior 3 do alojamento do carretei 9 tem um furo vazado 3A (figura 2) com uma seção transversal não circular. De acordo com uma modalidade vantajosa, o furo 3A pode incluir uma dentição 3B que engata em ranhuras 41 providas em um cursor 43 alojado em uma maneira deslizante em uma sede deslizante formada no carretei 9.

Mais em particular, e com referência particular às figuras 4, 5, 6A e 6B, de acordo com uma modalidade vantajosa, o cursor 43 é formado de um primeiro componente mais interno 43A e um segundo componente mais externo 43B. O componente mais interno 43A tem uma forma substancialmente cilíndrica mostrada em particular na vista explodida nas figuras 6A e 6B. O dito componente 43A tem uma parede inferior 43C com um furo vazado não circular (figuras 4,5). De acordo com uma modalidade vantajosa, o furo na parede inferior 43C tem um perfil ranhurado que permite o acoplamento por torção no segundo componente 43B do cursor 43, que tem um perfil ranhurado complementar. Dessa maneira, inserindo o componente 43B com a sua parte superior no furo da parede 43C do componente 43A, um acoplamento com torção entre os dois componentes 43A, 43B é obtido. O componente 43A do cursor 43 tem uma dentição 43E (figura 6A) formada de dentes chanfrados providos ao longo da borda superior do componente 43A. A dentição 43E coopera com uma série dupla de dentes providos no corpo do carretei 9 e, mais precisamente, em uma sede axial (figuras 4,5) alojando o cursor 43, e mais precisamente, o seu componente 43A. Mais em particular, uma primeira série de dentes 51 é provida dentro da sede axial 9B, na sua base. Vice-versa, uma segunda série de dentes 53 (ver em particular a figura 6A) é provida em um elemento anular 55, frontalmente fechando a sede 9B para manter o componente 43A do cursor 43 nela. O componente 43A do cursor é mantido na sede 9B devido ao fato que a dimensão radial da dentição 43E é maior do que o diâmetro do furo 55A no elemento anular 55. Esse elemento é provido com projeções elásticas 57 que se estendem paralelas ao eixo geométrico da cabeça. No exemplo mostrado, as projeções elásticas são quatro em número, mas esse número pode variar. Cada projeção elástica 57 tem um dente 59 na extremidade oposta à extremidade na qual as linguetas elásticas 57 são aprisionadas no elemento anular 55. Os dentes 59 engatam com encaixe em entalhes 9D do carretei 9 (ver em particular a figura 6A). O cursor 43 é empurrado para se projetar da sede deslizante 9B produzida no carretei 9 por uma mola de compressão 52 (ver em particular as figuras 4 e 5), que reage entre o fundo da sede 9B e a parede inferior 43C do componente 43A do cursor 43.

Em uma modalidade vantajosa, o carretei 9 compreende duas sedes anulares 9S definidas por flanges 9X, 9Y e 9Z dispostos em sequência ao longo da extensão axial do carretei 9.

Além do mais, de acordo com uma modalidade vantajosa, um furo vazado 9F é formado ao longo de um diâmetro do carretei (figura 5). Pela perfuração diametral da porção 37B do fuso 37 no furo diametral 9F do carretei 9, uma linha de corte pode ser inserida através do furo 9F e do furo do fuso 37B, fazendo com que ela se projete por aproximadamente o mesmo comprimento a partir de ambos os lados do furo 9F. Pelo posicionamento do carretei 9 em uma posição angular de modo que as entradas do furo diametral 9F ficam localizadas em frente dos furos das buchas de guia 15, como mostrado na disposição na figura 5, é possível inserir um comprimento adequado da linha de corte através das buchas e do carretei, prendendo essa linha no carretei alimentando-a ao longo do diâmetro coincidente com o furo 9F. Dessa maneira, sem abrir a cabeça, é possível então enrolar a linha no carretei 9 girando o último na maneira descrita abaixo.

Se não existe furo diametral na porção 37B do fuso 37, a linha de corte, que nesse caso será constituída por duas seções de linha, pode ainda ser presa no carretei com as extremidades internas dessas seções presas em uma e na outra porção do furo diametral 9F. Cada seção é inserida com a extremidade respectiva através de uma ou da outra das buchas 15.

Para posicionar corretamente o carretei 9 angularmente com relação à cabeça, de modo que as entradas opostas do furo 9F fiquem localizadas em frente das buchas 15, de acordo com uma modalidade vantajosa, duas projeções 5X podem ser providas na porção 5 (figura 2) e duas ranhuras correspondentes 9L podem ser providas no carretei (figuras 6A,6B) no qual as projeções 5X são inseridas. Dessa maneira, além de uma referência angular para o posicionamento correto do carretei com relação à cabeça, o acoplamento com torção entre as porções 3,5 que formam o alojamento e o carretei 9 é também obtido.

Na proximidade do furo diametral 9F, o flange central 9Y do carretei é formado como mostrado em 9G nas figuras 1,2,6A e 6B, com uma formação que impele a linha para ser enrolada com as porções que se projetam de uma e da outra parte do carretei nas duas sedes 9S definidas pelos flanges 9X, 9Y e 9Z. A cabeça descrita acima permite que as porções 3 e 5 que formam o alojamento do carretei 9 sejam acopladas por meio de um sistema de acoplamento elástico simples e barato com uma configuração que permite a rotação das duas porções com relação uma a outra e consequentemente o carregamento da linha de corte a partir do exterior sem abrir a cabeça e o enrolamento da mesma ao redor do carretei 9, bem como desenrolamento gradual da linha quando ela fica gasta.

Na realidade, por exemplo, começando da disposição montada mostrada nas figuras 4 e 5, como mencionado acima, uma porção de comprimento adequado da linha de corte pode ser inserida através das buchas de guia 15 dentro do furo diametral 9F e um comprimento adequado dessa linha, por exemplo, 2 metros, pode ser planejado para se projetar de cada lado. A porção inferior 3 pode então ser girada em uma direção com relação à porção superior 5 do alojamento do carretei 9 devido à forma chanfrada dos dentes 43E integrais com o cursor 43 alojado axialmente no carretei 9. Na realidade, esses dentes, sendo empurrados pelo torque exercido na porção 3 do alojamento contra os dentes 53 integrais com o carretei, como um resultado do chanfro dos mesmos dentes 43E, empurram o cursor 43, ou mais precisamente, o componente 43A desse cursor axialmente, contra a força da mola de compressão 52, dentro da sede axial 9B do carretei 9, assim permitindo que os dentes 43 alcancem os dentes 53 e, portanto, o enro- lamento gradual da linha. Essa linha é disposta com uma das duas seções se projetando do furo diametral 9F em uma das sedes anulares 9S formando voltas dentro dele, enquanto a outra seção, se projetando do lado oposto do furo diametral 9F, é enrolada em uma espiral na outra das duas sedes 9S do carretei 9. O enrolamento continua até que uma seção da linha de comprimento adequada para cortar a vegetação, por exemplo, 10-30 cm, está se projetando em ambas as partes da cabeça e mais precisamente das suas buchas de guia 15. A cabeça pode ser girada para cortar a vegetação com as linhas se projetando dela. Durante essa rotação, os vários componentes da cabeça são aprisionados de modo com torção um ao outro. Na realidade, o fuso 37 que recebe o movimento do cubo de acionamento do cortador de escova no qual a cabeça 1 está encaixada, é acoplado de modo com torção através do perfil hexagonal (ou com uma outra seção transversal não circular) do corpo 35 na porção superior 5 do alojamento do carretei 9. A porção 5 é acoplada de modo com torção no carretei 9 por meio das projeções 5X engatadas nas ranhuras 9G. O cursor 43 é aprisionado através dos seus dentes 43E aos dentes 53 fabricados integrais com o elemento anular 55, por sua vez, fabricado integral com o carretei 9. Dessa maneira, o carretei 9 e o cursor 43 giram integralmente entre si. Os componentes 43A, 43B do cursor 43 são aprisionados de modo com torção por meio do perfil ranhurado da parede inferior 43C do componente 43A do cursor e o perfil ranhurado correspondente da porção superior do componente 43B, que é inserido no furo da parede inferior 43C. O acoplamento definido pelas ranhuras 41 no componente 43B e pelo perfil ranhurado 3B produzido no furo 3A da parede inferior da porção inferior 3 acopla de modo com torção a última no cursor 43 e consequentemente no carretei 9.

Para alongar a linha de corte que fica gasta e rompe durante o uso, é suficiente pressionar a cabeça contra o solo para fazer com que o cursor 43 se afaste para o interior contra a ação da mola de compressão 52. O movimento axial do cursor 43 para o interior solta os dentes 43E dos den- tes 53 integrais com o carretei e o percurso axial do cursor 43 continua para levar os dentes 43E até a altura dos dentes 51. Quando os dentes 51 e 53 são deslocados tanto angular quanto axialmente, com cada movimento do cursor em uma ou na outra direção, o carretei 9 gira com relação ao alojamento 3,5 do mesmo, como um resultado da tensão centrífuga nas linhas que se projetam da cabeça. Para cada movimento do cursor 43, uma rotação igual ao deslocamento angular entre os dentes 51 e os dentes 53 ocorre. Pela compressão do cursor 43 repetidamente contra o solo, a linha do corpo de corte, ou mais precisamente ambas as extremidades da linha de corte enroladas no carretei 9, são gradualmente alongadas.

As figuras 7 a 14 mostram uma modalidade modificada de uma cabeça de acordo com a invenção. Os mesmos numerais indicam as mesmas partes como, ou equivalentes a, essas na modalidade prévia mostrada nas figuras 1 a 6B.

Nessa segunda modalidade, o carretei é engatado de modo com torção com a porção superior 5 do alojamento do próprio carretei 9 por meio de duas projeções 101 providas dentro de uma sede cilíndrica 103 (figura 8) da porção 5 da cabeça, e essas projeções 101 engatam em ranhuras 103 providas em um cubo 9M do carretei 9 (vide em particular a figura 7).

Uma inserção 107, vantajosamente feita de metal, com uma seção hexagonal, ou de uma outra forma adequada para acoplar de modo com torção no cubo 9M do carretei 9, é inserida e presa dentro do cubo 9M do carretei 9. A inserção 107 pode ser adequadamente projetada para formar um acoplamento no eixo rotativo ou cubo rotativo do cortador de escova no qual a cabeça 1 é para ser encaixada. Para essa finalidade, ela pode ter um furo rosqueado, uma haste rosqueada (não mostrada) ou qualquer outro acoplamento mecânico no cubo da máquina na qual a cabeça é montada.

Ao contrário da modalidade mostrada nas figuras 1 a 6B, na modalidade nas figuras 7 a 14, o cursor 43 compreende somente o componente 43A e não o componente 43B.

Além do mais, a porção inferior 3 do alojamento do carretei não é perfurada, mas apresenta uma parede inferior sólida 3A da qual uma haste 3C se estende para o interior, com uma seção transversal correspondendo com a seção transversal do furo da parede 43C do componente 43A do cursor 43, isto é, um perfil com ranhuras correspondendo com o perfil dentado 43D. O acoplamento com torção é, assim, obtido entre a porção inferior 3 do alojamento 9 do cursor e o próprio cursor, que é por sua vez acoplado de modo com torção, na maneira já descrita acima, no carretei 9 por meio das dentições 43E cooperando com as duas séries de dentes deslocados axial e angularmente 51 e 53 integrais com o carretei 9, como já descrito acima.

Portanto, nesse caso, o alongamento da linha de corte é obtido movendo as porções 3 e 5 do alojamento, no qual o cursor 9 está localizado, axialmente com relação uma a outra. Para essa finalidade, a parede cilíndrica 21 da porção superior 5 é suficientemente alta para permitir o percurso da porção inferior entre a projeção anular 21A e a parede superior da porção 3.

Nas modalidades descritas acima, a cabeça compreende substancialmente três componentes principais, isto é, as duas porções 3, 5 formando o alojamento da linha de corte (F) e um carretei 9, no qual a linha de corte está enrolada. Entretanto, também seria possível projetar a cabeça com um número menor de partes ou componentes, por exemplo, planejando uma das porções do alojamento da linha de corte integral ou em uma peça com o carretei. A figura 15 mostra uma modalidade desse tipo. Os mesmos numerais indicam as mesmas partes ou equivalentes a essas nas modalidades prévias.

Na modalidade na figura 15, a porção 5 do alojamento do carretei não existe como uma peça separada. Ela é substituída pelo flange 9X do carretei 9, que tem uma forma adequada. Em particular, o flange 9X do carretei se estende radialmente para formar a cobertura de fechamento do alojamento no qual a linha de corte ou a parte restante do carretei 9 está localizada. Esse flange também apresenta uma parede substancialmente cilíndrica 21, equivalente em função à parede 21 das modalidades prévias. A parede 21 apresenta uma projeção anular 21A virada para o interior, para formar um corte inferior contínuo no qual as linguetas elásticas 17, integrais com a porção 3 do alojamento, podem engatar. A modalidade da figura 15, portanto, apresenta um número inferior de componentes, embora isso torne o molde mais difícil de projetar e fabricar. Para simplificar as operações de moldagem, em uma modalidade possível, a borda anular 21A podería ser fabricada separadamente e a seguir, por exemplo, soldada de maneira ultrassônica ou colada na parede 21. É entendido que o desenho mostra somente um exemplo provido por meio de uma disposição prática da invenção, que pode variar nas formas e disposição sem, entretanto, se afastar do escopo do conceito que fundamenta a invenção. Quaisquer numerais de referência nas reivindicações anexas são providos para facilitar a leitura das reivindicações com referência à descrição e ao desenho e não limitam o escopo de proteção representado pelas reivindicações.

REIVINDICAÇÕES

Claims (32)

1. Cabeça de corte de grama com um carretei (9) para uma linha de corte e um alojamento para a linha de corte (F), na qual o dito alojamento compreende uma primeira porção (3) e uma segunda porção (5, 9x) acopladas de maneira reversível entre si através de um acoplamento de encaixe (17-21), a dita primeira porção (3) tendo buchas (15) através das quais a linha de corte (F) passa, caracterizada pelo fato de que o dito acoplamento de encaixe (17 - 21) é projetado para permitir pelo menos um movimento angular ilimitado recíproco entre a dita primeira porção (3) e a dita segunda porção (5, 9x) do alojamento ao redor do eixo geométrico de rotação da cabeça de corte de grama, a dita mobilidade angular permitindo que a linha de corte (F) seja enrolada em ou desenrolada do dito carretei (9).

2. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que o dito carretei (9) é alojado no alojamento formado pela dita primeira porção (3) e dita segunda porção (5).

3. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que uma (9x) das dita primeira (3) e segunda porções (9x) é integral com o carretei (9).

4. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada pelo fato de que a dita porção (9x) e o dito carretei (9) integrais entre si são produzidos em uma peça moldada única.

5. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizada pelo fato de que o dito acoplamento de encaixe (17 - 21) é projetado para permitir o movimento axial recíproco entre as ditas primeira (3) e segunda porções (5, 9x) do alojamento.

6. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada pelo fato de que o dito acoplamento de encaixe (17-21) compreende, em uma primeira porção (3) do alojamento, linguetas elásticas (17) engatando em cortes inferiores (21 A) da segunda porção (5).

7. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizada pelo fato de que uma (3) das ditas por- ções (3, 5, 9x) do alojamento é acoplada de modo com torção em um mecanismo de rotação do carretei (9).

8. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 7, caracterizada pelo fato de que a dita porção (3) do alojamento acoplada de modo com torção no mecanismo de rotação do carretei (9) é também axial-mente acoplada no dito mecanismo.

9. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada pelo fato de que a dita primeira (3) e a dita segunda porções (5, 9x) do alojamento podem ser acopladas uma na outra em qualquer posição angular recíproca.

10. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada pelo fato de que uma (3) das ditas porções (3, 5, 9x) compreende uma projeção anular (21 A) com a qual as linguetas elásticas (17) da outra (3) das ditas porções (3, 5, 9x) engatam com encaixe.

11. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 10, caracterizada pelo fato de que a dita projeção anular (21 A) é provida na superfície interna de uma primeira parede circunferencial (21) da porção respectiva (5, 9x) do alojamento.

12. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 11, caracterizada pelo fato de que, na disposição montada, a dita primeira parede circunferencial (21), na qual a dita projeção (21 A) é provida, se estende ao redor de uma segunda parede circunferencial (11) da outra porção (3) da cabeça de corte de grama e no seu exterior, as ditas linguetas elásticas (17) sendo providas ao longo da dita segunda parede circunferencial (11).

13. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 e 12, caracterizada pelo fato de que a dita primeira parede circunferencial (21) tem uma dimensão, na direção do eixo geométrico da cabeça de corte de grama, que permite o deslizamento axial recíproco entre a dita primeira (3) e a dita segunda porção (5).

14. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizada pelo fato de que a dita primeira porção (3) forma uma sede (7) para o carretei (9) e a dita segunda porção (5) forma uma cobertura da dita sede (7).

15. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 14, caracterizada pelo fato de que o dito carretei (9) tem uma sede axial (9B) na qual um cursor (43) é alojado, elasticamente esticado para uma posição na qual ele se projeta da dita sede (9B), o dito cursor (43) agindo em elementos do carretei (9) que permitem uma rotação escalonada do cursor (43) com relação ao carretei (9).

16. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 15, caracterizada pelo fato de que o dito cursor (43) tem uma dentição (43A) cooperando alternativamente com uma primeira série de dentes (51) e uma segunda série de dentes (53) integrais com o dito carretei (9), e que os dentes da primeira (51) e da segunda série (53) são deslocados angular e axialmente, um movimento deslizante axial alternado do cursor (43) na sede (9B) do carretei (9) permitindo uma rotação escalonada do carretei (9) com relação ao cursor (43).

17. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 15 e 16, caracterizada pelo fato de que o dito cursor (43) é acoplado de modo com torção em uma (3) das ditas primeira e segunda porções (3, 5, 9x) do alojamento.

18. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 17, caracterizada pelo fato de que a dita porção (3) do alojamento acoplada de modo com torção no cursor tem um furo vazado (3A) através do qual o cursor (43) se projeta no exterior do alojamento do carretei (9).

19. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 18, caracterizada pelo fato de que o dito cursor (43) compreende pelo menos dois componentes (43A, 43B) acoplados de modo com torção entre si, um (43B) dos quais se projeta do dito alojamento.

20. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 18 e 19, caracterizada pelo fato de que o dito furo vazado tem uma seção transversal não circular com um perfil que acopla de mo- do com torção com um perfil da seção transversal do cursor.

21. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 17, caracterizada pelo fato de que a dita porção do alojamento acoplada de modo com torção no cursor (43) tem uma parede inferior contínua (3A), dentro da qual um acoplamento de torção para o dito cursor (43) é provido.

22. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 21, caracterizada pelo fato de que o dito acoplamento de torção compreende uma haste (3C) se projetando da dita parede inferior (3A) para o interior do alojamento, a haste (3C) tendo uma seção transversal com um perfil para acoplamento de torção em um perfil correspondente da seção transversal de um furo do cursor (43) dentro do qual a dita haste (3C) engata.

23. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 16 a 22, caracterizada pelo fato de que o dito cursor (43) é mantido na sede do carretei (9) por meio de um elemento anular (55) preso no carretei (9), uma (53) das ditas primeira (51) e segunda (53) séries de dentes deslocados angular e axialmente do carretei (9) sendo formada no dito elemento anular (55).

24. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 23, caracterizada pelo fato de que o dito elemento anular (55) tem uma pluralidade de linguetas elásticas (57) para prender no carretei (9).

25. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 23 e 24, caracterizada pelo fato de que o dito cursor (43) é mantido pelo dito elemento anular (55) como um resultado da dentição do cursor (43), que se projeta radialmente do cursor (43) e interfere com o elemento anular (55).

26. Cabeça de corte de grama, de acordo qualquer com das reivindicações 16 a 25, caracterizada pelo fato de que a dita dentição (43E) do cursor (43) e/ou uma das ditas primeira (51) e segunda (53) séries de dentes do carretei (9) são formadas de modo a permitirem a rotação do cursor (43) em uma direção, mas não na direção oposta com relação ao carretei (9) como um resultado do torque aplicado a partir do exterior.

27. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 16 a 26, caracterizada pelo fato de que a dentição (43E) do cursor (43) compreende dentes chanfrados em um lado, de modo que um empuxo angular exercido pelos dentes de uma das ditas primeira (51) e segunda (53) séries de dentes do carretei (9), gerado por um torque de rotação em uma direção aplicado no cursor (43) a partir do exterior, causa um empuxo axial no cursor (43) e a libertação do cursor (43) dos ditos dentes, de modo que o cursor pode girar com relação ao carretei (9) na dita direção, enquanto uma rotação do cursor (43) na direção oposta com relação ao carretei (9) é impedida pela cooperação da dita dentição do carretei (9) com os dentes (43E) do cursor (43), a rotação escalonada recíproca entre o cursor (43) e o carretei (9) na dita direção oposta sendo permitida pelo deslizamento do dito cursor (43) axialmente na dita sede (9B).

28. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 27, caracterizada pelo fato de que o dito carretei (9) compreende pelo menos uma sede radial (9F) para prender pelo menos uma linha de corte (F).

29. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 28, caracterizada pelo fato de que a dita sede radial (9F) passa diametralmente através do dito carretei (9), para permitir a passagem de uma linha de corte (F).

30. Cabeça de corte de grama, de acordo com a reivindicação 30, caracterizada pelo fato de que um fuso (107) para acoplar em um cubo de um eixo de transmissão se estende no dito carretei (9), o dito fuso (107) apresentando um furo diametral alinhado com a dita sede radial (9F) do carretei (9).

31. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 30, caracterizada pelo fato de que o dito acoplamento de encaixe compreende linguetas elásticas (17) providas em uma parede substancialmente cilíndrica (11) de uma primeira porção (3) do alojamento, no qual buchas (15) são dispostas para a passagem da linha de corte (F), e em que a dita segunda porção (5) do alojamento compreende uma parede substancialmente cilíndrica (21), que circunda externamente a dita parede substancialmente cilíndrica (11) da primeira porção (3) do alojamento e da qual uma projeção anular interna se projeta (21 A), com a qual as ditas lin-guetas elásticas (17) cooperam.

32. Cabeça de corte de grama, de acordo com qualquer uma das reivindicações 3 e 4, caracterizada pelo fato de que a dita porção do alojamento da linha de corte (F) integral com o carretei (9) é constituída por um flange (9x) do dito carretei (9), o dito flange (9x) formando uma parede externa substancialmente cilíndrica (21) circundando uma segunda parede correspondente integral com a outra das ditas duas porções formando o alojamento, a dita parede externa cilíndrica (21) apresentando uma projeção anular (21 A) formando um corte inferior com o qual as ditas linguetas elásticas (17) aprisionadas na dita segunda parede cooperam.