BRPI0714850A2

BRPI0714850A2 - dispositivo de estimulaÇço bipolar/gravaÇço com eletrodos muito espaÇados

Info

Publication number: BRPI0714850A2
Application number: BRPI0714850-0A
Authority: BR
Inventors: Jennifer Chu
Original assignee: Jus Jas Llc
Priority date: 2006-07-31
Filing date: 2007-07-31
Publication date: 2013-05-07
Also published as: EP2046440A2; BRPI0714850B1; JP2013099605A; AU2007281578B2; WO2008016603A2; CA2659566A1; WO2008016603A3; RU2009104944A; AU2007281578A1; EP2046440B1; HK1135930A1; JP2009545377A; EP2046440A4; NZ574624A; KR101126715B1; US20090204191A1; CN101534898A; IL196801A0; RU2441677C2; MY144636A

Abstract

DISPOSITIVO DE ESTIMULAÇçO BIPOLAR/GRAVAÇçO COM ELETRODOS MUITO ESPAÇADOS. Uma sonda estimuladora bipolar adequada para aplicação de um estimulo intramuscular fornece um eletrodo estimulador ativo e um eletrodo de referência como parte de uma única ferramenta. A separação entre os eletrodos é significativamente maior do que a separação de eletrodos das sondas estimuladoras bipolares conhecidas e as configurações de eletrodo de barra bipolares. A ferramenta de sonda pode ser configurada para permitir o ajuste da posição relativa fixa dos eletrodos dentro de uma faixa determinada. Pelo fornecimento de um espaçamento relativamente grande entre os dois eletrodos, a ferramenta pode ser utilizada para aproximar o efeito da estimulação monopolar com um eletrodo de referência separado, com o estímulo elétrico produzindo menos dor para o paciente em comparação com a estimulação bipolar onde dois eletrodos são espaçados por apenas 2 a 4 cm. ou menos.

Description

"DISPOSITIVO DE ESTIMULAÇÃO BIPOLAR/GRAVAÇÃO COM ELETRODOS MUITO ESPAÇADOS"

Esse pedido reivindica os benefícios do pedido provisório U.S. copendente No. 60/834.184, depositado em 31 de julho de 2006.

Fundamentos da Invenção

As sondas estimuladoras bipolares anexáveis a um dispositivo de estimulação elé- trica ou um dispositivo eletromiográfico (EMG) são comercialmente disponíveis para estimu- lação de superfície dos nervos periféricos. Tal aparelho fornece ambos um eletrodo de esti- mulação e um eletrodo de referência em um único dispositivo. Existem também configura- ções de eletrodo de barra bipolar, e conjuntos de eletrodos separados (individuais), para a gravação de superfície dos potenciais de ação de nervo e músculo, e que podem servir também para fornecer estimulação elétrica de músculos.

Esses tipos de dispositivos podem ser utilizados na estimulação de superfície para eliciar torções musculares do tipo buscado em um método de alívio do desconforto e das dores musculares desenvolvido pelo presente inventor, referido aqui como Surface Applied Electrical Twitch Obtaining Intramuscular Stimulation (SA-ETOIMS™). Essa metodologia é descrita no pedido de patente provisório U.S. No. 60/715.137, intitulado "Intramuscular Sti- mulation Therapy Using Surface-Applied Localized Electrical Stimulation," depositado em 9 de setembro de 2005, e pedido de patente U.S. regular correspondente No. 11/470.757, depositado em 7 de setembro de 2006. Essa técnica envolve o fornecimento de um estímulo elétrico breve em múltiplas zonas de placa de extremidade de motor (pontos de torção) em muitos músculos. É importante que o método de estimulação seja "bom para o usuário", tanto para o paciente quanto para o médico. Isso é, a estimulação não deve causar descon- forto adicional significativo para o paciente e o método deve ser fácil de ser aplicado pelo médico.

Sondas de estimulação bipolar padrão disponíveis comercialmente possuem uma distância intersonda de 2 cm. ou menos entre os eletrodos ativos e de referência. Esse tipo de estimulação bipolar induz uma dor de estimulação significativa tornando indesejável para uso no procedimento SA-ETOIMS™. Adicionalmente, devido à proximidade dos eletrodos ativo e de referência, torções que podem ser causadas com tais dispositivos são pequenas e possuem pouca força, e, portanto, não fornecem efeitos de alívio de dores significativos. De forma similar, como mencionado, os eletrodos de superfície que podem ser utilizados para a gravação além de fins de estimulação estão disponíveis na forma de um par de ele- trodos de barra. Tais dispositivos possuem uma distância intereletrodo de cerca de 3 e 4 cm., e, dessa forma, o mesmo problema de indução de par de estimulação surge se esses dispositivos forem utilizados para realizar SA-ETOIMS™. Os eletrodos de estimula- ção/gravação também estão disponíveis como eletrodos separados (individuais). No entan- t

to, eletrodos individuais separados são menos que ideais para uso no procedimento SA- ETOIMS™, visto que ambos os eletrodos ativo e de referência precisam ser movidos de forma bimanual para múltiplos locais de estímulo e referência, dessa forma reduzindo a ve- locidade e criando trabalho para o procedimento SA-ETOIMS™ e tornando o procedimento mais difícil para o médico. Essas dificuldades são aliviadas até determinado ponto pelo uso de uma ferramenta de estimulação monopolar, como explicado abaixo.

Realizou-se o SA-ETOIMS™ utilizando a estimulação monopolar, que é, com uma ferramenta geralmente tipo caneta possuindo um eletrodo único montado em sua ponta, que é utilizado em conjunto com um eletrodo de referência separado. O fornecimento do eletrodo de estimulação na forma de uma ferramenta tipo caneta rígida fornece ao médico um local firme para manter a ferramenta a fim de mover facilmente o eletrodo para diferentes locais de estímulo de uma forma rápida e eficiente. Os efeitos terapêuticos de alívio de dor e des- conforto são substancialmente alcançados apenas quando tais locais de torção de alta força são estimulados. SA-ETOIMS é realizado de forma temporal, isso é, em segmentos de tra- tamento incrementados de 10 a 15 minutos até sessões de uma hora. Para que os efeitos terapêuticos sejam substanciais, é essencial que muitos locais de torção de força alta sejam buscados, localizados e tratados dentro dos limites das sessões temporizadas que são per- mitidas e pagas pelo paciente como taxa por serviço prestado. Para se ser capaz de buscar o máximo de locais de torção de força grande possíveis dentro de um determinado espaço de tempo, o eletrodo precisa ser movido para outro local tão logo a torça seja eliciada, isso é, dentro de uma fração de um segundo. Portanto, é crucial que as sondas de estimulação e I eletrodos de referência permitam o desempenho rápido do procedimento SA-ETOIMS. No

entanto, um eletrodo de estimulação fornecido na forma de um eletrodo descartável aplicado por adesivo do tipo conhecido não tem um local firme para que o médico prenda o mesmo de forma eficiente, e também é impraticável para uso eficiente em um método de tratamento envolvendo a realocação a cada fração de um segundo. A sonda de estimulação monopolar, similar em tamanho e comprimento a uma caneta, é muito útil no procedimento SA-ETOIMS e pode ser facilmente aplicada à superfície da pele para estimulação para evocar torções musculares e para facilitar a busca por locais com grande força de torção. No entanto, o método de estimulação monopolar exige o uso de um eletrodo de referência de superfície remoto separado, que é tipicamente um eletrodo descartável aplicado por adesivo do tipo conhecido. O tratamento é menos doloroso do que com a estimulação bipolar com eletrodos que são espaçados por 2 a 4 cm. ou menos. No entanto, a estimulação monopolar apresen- ta desvantagens.

Com a estimulação monopolar, o movimento da sonda de estimulação para diferen-

tes pontos de estímulo precisa ser acompanhado pela realocação do eletrodo de referência separado descartável para diferentes locais no corpo, múltiplas vezes, para evitar a estimu- lação desnecessária repetitiva e induzir a dor no local de referência. Esse tipo de eletrodo de referência de superfície não é condutor para movimentos rápidos, por exemplo, a cada segundo. Portanto, na prática, o eletrodo é movido a cada minuto mais ou menos. Esse tra- balho bimanual gasta tempo do médico visto que o eletrodo de referência descartável perde- rá sua capacidade de aderência, desalojará e/ou cairá quando submetido a múltiplos novos reposicionamentos e novas aplicações na superfície da pele.

Para se evitar irritação causada pela estimulação repetitiva em um local de referên- cia apenas, e para se evitar ter que freqüentemente mover o único eletrodo de referência separado de local para local, vários eletrodos de referência podem ser colocados em locais diferentes na pele. Pela rotação da ativação de diferentes eletrodos de referência, existe uma melhor e mais homogênea distribuição do estímulo para diferentes locais de referência. Isso reduz o número de vezes em que o único eletrodo de referência é submetido à remo- ção e realocação. No entanto, para se ativar um eletrodo de referência localizado em um local diferente, o médico precisa destacar um prendedor tipo jacaré do eletrodo localizado em um local diferente, e prendê-lo novamente no próximo eletrodo de referência com uma mão, visto que a outra mão segura a sonda monopolar utilizada para o tratamento. Isso cria uma inconveniência para o médico visto que o prendedor tipo jacaré pode não fixar bem quando a operação é realizada com uma única mão. Se a fixação bimanual for necessária, a mesma interromperá o tratamento. É trabalhoso também visto que os múltiplos eletrodos ainda precisam ser fisicamente removidos e girados para colocação em outros locais na pele para evitar desconforto nos locais que sofreram a estimulação repetitiva anterior. Em tratamentos prolongados necessitando de múltiplas colocações em locais diferentes dos eletrodos de referência, os eletrodos podem eventualmente perder sua capacidade de ade- rência, fazendo, também, com que os mesmos caiam da superfície da pele. Adicionalmente, quando o eletrodo de referência não adere adequadamente à pele, a redução na área de contato do eletrodo de referência à pele induz mais dor ao tratamento.

Para resultados ideais de alívio de dor com SA-ETOIMS™, é desejável se buscar por muitos pontos de motor muscular que podem produzir torções de grande força o mais rapidamente possível em um tratamento temporal. A estimulação pode ser melhorada, e o rendimento das torções de grande força pode ser facilitado, quando o eletrodo de referência de superfície é colocado a uma distância da sonda de estimulação. Se o eletrodo de refe- rência for localizado perto da sonda de estimulação, o tratamento é doloroso e as torções são pequenas. Quanto mais distante o eletrodo de referência estiver da sonda de estimula- ção, por exemplo, tanto quando 0,01 a 1,2 metros, mais fácil é para se eliciar torções de força grande buscadas a partir de zonas de placa de extremidade de motor situadas profun- damente (pontos de torção). Como um exemplo, o eletrodo de referência pode estar na re- gião intermediária ou inferior enquanto estimula os músculos da panturrilha ou músculos do braço, mas isso cria um problema para o médico se o eletrodo de referência estiver em um local de difícil acesso. O medido precisa então que interromper temporariamente o tratamen- to cada vez que tiver que alcançar o eletrodo de referência ou precisará se aproximar para reposicionar o eletrodo de referência remoto para outro local dentro do alcance.

Desvantagens adicionais da abordagem de estimulação monopolar (com eletrodo de referência separado) incluem o fato de os fios longos separados dos eletrodos de estimu- lação e referência tendem a se enrolar, exigindo que o médico interrompa o tratamento para soltar os fios. Adicionalmente, existe a dificuldade de se encontrar um local adequado para a colocação do eletrodo de referência na superfície ventral (dianteira) do corpo onde a pele é mais sensível ao estímulo elétrico, especialmente os associados com o estímulo respectivo para um local. Além disso, se o médico esquecer-se de remover o eletrodo de referência das costas do corpo enquanto se trata os músculos na frente do corpo ou no peito, uma cor- rente transtorácica pode ser induzida e afetar de forma adversa o ritmo do coração.

Sumário da Invenção

Com o acima exposto em mente, reconhece-se que existe uma necessidade de se criar uma sonda estimulante bipolar, onde o eletrodo estimulante ativo e o eletrodo de refe- rência são fornecidos como parte de uma única ferramenta, e a separação entre os eletro- dos é fixada em uma distância determinada, por exemplo, padronizada, que é significativa- mente maior do que a separação de eletrodo das sondas estimuladoras bipolares conheci- das e configurações de eletrodo de barra bipolar. Como um princípio geral, para se obter torções de grande força e para se simular a condição de estimulação monopolar com a fer- ramenta bipolar, a distância entre os eletrodos ativo e de referência deve ser a maior possí- vel. De forma ideal, os dois eletrodos podem ser espaçados o máximo possível (talvez por 0,81 a 1,2 metros ou mais), mas pode ser clinicamente prático se ter esse tipo de espaça- mento muito grande fornecido por uma ferramenta de eletrodo bipolar. tal dispositivo pode ser muito pesado, volumoso e/ou estranho para uso prático. Além disso, os contornos desi- guais dos tecidos de intervenção podem impedir que o eletrodo de referência toque a super- fície da pele. Para uma utilidade prática, um espaçamento de eletrodo de 15 a 16 cm. pode ser fornecido entre os eletrodos de estimulação e referência. No entanto, é vantajoso se ter uma opção para aumentar ou reduzir o espaçamento entre os dois eletrodos. A ferramenta de sonda pode ser configurada para permitir o ajuste da posição relativa fixa dos eletrodos dentro de uma faixa determinada, tal como pelos eletrodos montados de forma deslizante ou móvel similar ao princípio utilizado em um calibrador deslizante tal como um calibrador Ver- nier. Uma ferramenta de sonda bipolar fornecendo um espaçamento amplo entre os dois eletrodos aproximará o efeito da estimulação monopolar com um eletrodo de referência se- parado, com o estímulo elétrico produzindo menos dor para o paciente em comparação com a estimulação bipolar onde os dois eletrodos são espaçados por apenas 2 a 4 cm. ou me- \

nos. A capacidade de se reduzir a distância intereletrodo é essencial para tratar pequenos músculos na face, mãos e pés.

Breve Descrição dos Desenhos

A figura 1 é uma representação diagramática de uma sonda de estimulação bipolar de acordo com a invenção;

A figura 1a é uma representação diagramática de uma variação da modalidade da figura 1, com a alça movida para uma extremidade da ferramenta (estilo calibrador Vernier);

A figura 2 é uma representação diagramática de uma ferramenta de sonda de esti- mulação de modalidade bipolar adicional; A figura 3 é uma representação diagramática de uma ferramenta de sonda ilustrati-

va adicional de acordo com a invenção;

A figura 4 é uma representação diagramática de outra modalidade de ferramenta de sonda ilustrativa;

A figura 5 é uma vista em perspectiva apresentando uma ferramenta de sonda de protótipo de acordo com a invenção, correspondendo à representação diagramática da figu- ra 1;

A figura 6 é uma vista em perspectiva de outra ferramenta de sonda de protótipo de acordo com a invenção, correspondendo à representação diagramática da figura 3.

Descrição Detalhada das Modalidades Ilustradas Com referência agora aos desenhos em anexo, a figura 1 é uma representação di-

agramática de uma sonda de estimulação bipolar 1 de acordo com a invenção. A alça 2 tem preferivelmente cerca de 7,62 a 15,24 cm. de comprimento. Os fios 3 levam a dois eletrodos espaçados 5, 7 da ferramenta de sonda, e conectam a um dispositivo de grava- ção/estimulação adequado, tal como a unidade de estimulação elétrica comercialmente dis- ponível, Modelo DS 7, da Digitimer Limited (Herforthshire, Inglaterra). Como ilustrado, o ele- trodo 5 pode ser o eletrodo de estimulação, e o eletrodo 7 pode ser o eletrodo de referência. Os eletrodos 5, 7 são montados nas extremidades dos braços ou hastes espaçados 9, 11, fixados um ao outro por um elemento cruzado de conexão 12, que pode se estender entre as hastes de estimulação 9, 11 em ângulos retos com relação as hastes, como ilustrado na figura 1. As hastes 9, 11 possuem preferivelmente um comprimento de cerca de 50 mm e são espaçadas uma da outra para fornecer uma separação por uma distância "A" entre os eletrodos 5 e 7, que é preferivelmente de pelo menos 15,24 cm. de centro a centro, e com um limite superior de 60 a 91 cm. Os eletrodos 5, 7 podem ser de um tipo conhecido. Para aplicações de estimulação, os eletrodos podem ser cobertos por um pedaço de algodão mo- Ihado ou lã encharcada com água, mas e preferível se utilizar uma solução salina hipertôni- ca de 9 a 10% para facilitar a condução elétrica. Os eletrodos de estimulação podem ser fornecidos na forma de pedaços de feltro descartáveis fabricados para SA-ETOIMS. Podem ser pré-empacotados já pré-encharcados ou imersos em solução salina hipertônica de 9 a 10% para facilitar o uso no tratamento. Para fins de gravação, a superfície de gravação é feita preferivelmente de aço inoxidável ou outra superfície metálica condutora conhecida de tipo adequado.

Um botão de acionamento pode ser montado na ferramenta de sonda 1, para per- mitir que o médico ative de forma conveniente a sonda para aplicações de estimulação. O comutador é preferivelmente sensível a toque, ativado por uma pressão na superfície de contato do paciente do eletrodo de estimulação ou ativado por um botão de pressão na alça, em seu lado ou extremidade, para o controle liga/desliga acionado pelo médico. A sonda também pode ser ativada através de um botão manual separado que pode ser acionado pelo paciente ou outra pessoa.

A sonda de estimulação deve ser leve, preferivelmente, pesando entre 56 e 113 g ou menos, por exemplo, preferivelmente o peso aproximado de uma caneta. No entanto, os materiais utilizados para o elemento cruzado de conexão 12 devem ser resistentes o sufici- ente para suportar a quebra enquanto é submetido ao uso repetitivo e recebimento de forças de impacto significativas ao longo das hastes fixadas a partir das torções forçadas. A circun- ferência da alça ou caule 2 da sonda 1 é preferivelmente de cerca de 4 cm, ou da ordem do diâmetro de uma caneta, para facilitar o agarre e o conforto do médico. A alça 2 possui pre- ferivelmente um comprimento de 7,62 a 15,24 cm. para evitar oscilação dos eletrodos na superfície da pele em virtude dos movimentos da mão. Alternativamente, ao invés de uma alça tipo caule, o elemento cruzado de conexão 12 também pode ter a espessura que possa permitir que seja utilizado como uma alça da mesma forma que comumente em uso com ferros a vapor (ver figura 2, discutida abaixo). Além disso, a alça pode ser colocada em uma extremidade o elemento cruzado de conexão 12, similar à alça de um calibrador Vernier. Isso é ilustrado na figura 1a, na qual a ferramenta possui uma alça reposicionada 2'. Em tal desenho, a alça pode ser inclinada em um ângulo obtuso com relação ao elemento cruzado de conexão 12 (como comumente observado na alça de uma frigideira), de forma que a al- ça, em uso, evite tocar a pele do paciente e o tecido muscular. Tal alça é ilustrada por linhas pontilhadas na figura 1a (rotulada 2"). A alça deve ter um agarre confortável para ser agar- rada por longos períodos de tempo. O controle para mudar a distância intereletrodo pode ser adequadamente localizado na alça para manipulação pelos polegares. O controle pode ser uma roda ou botão que também pode travar na distância intereletrodo escolhida. Ambas as superfícies de eletrodo em contato com o paciente serão preferivelmente circulares e possu- irão um diâmetro de 1 a 2 cm.

A figura 2 é uma representação diagramática de uma modalidade adicional, a fer- ramenta de sonda 13, onde a estrutura de montagem do eletrodo espaçado é fornecida na forma de um braço em formato de semilua/arqueado 14, com os eletrodos ativo e de refe- rência 5, 7 montados nas extremidades, por exemplo, com um espaçamento "A" de cerca de 15,24 cm. Essa modalidade também tem uma alça 2, como na primeira modalidade, que é fixada a uma parte central do braço 14. A alça tipo haste 2 pode ser omitida, nesse caso o braço em formato de semilua ou formato arqueado 14 pode ser utilizado como alça com um agarre confortável para uma utilização prolongada, similar à alça de um ferro a vapor.

Em regiões desiguais do corpo, os eletrodos de estimulação e referência podem não ser capazes de alcançar facilmente para tocar a superfície da pele simultaneamente. O simples reposicionamento do eletrodo de estimulação no tratamento dessas áreas pode su- perar essa dificuldade. Além disso, a confecção da peça de conector entre os eletrodos ativo e de referência de forma que tenham o formato de um arco ou semilua, como ilustrado na figura 2, ajudará com esse problema, através do melhor encaixe sobre o contorno de um músculo. Além disso, os braços de sonda podem ser móveis ou dobráveis para permitir que as extremidades da sonda alcancem para tocar a superfície da pele. Esse conceito é similar ao da haste flexível de uma lâmpada de leitura que pode ser dobrada para suprir o ângulo ideal para fornecer a quantidade correta de luz para leitura. Os braços do dispositivo de sonda e a alça devem ser feitos de, ou protegidos por plástico ou outro material isolante pa- ra isolar eletricamente os eletrodos de estimulação e referência e impedir um curto dos ele- trodos ou impulsos elétricos passando para o médico.

A figura 3 é uma representação diagramática de uma modalidade ilustrativa adicio- nal, a ferramenta de sonda 15, na qual a estrutura de montagem de eletrodo espaçado é fornecida na forma de uma barra essencialmente plana 16, à qual os eletrodos ativo e de referência 5, 7 podem ser montados diretamente, ou em braços ou hastes muito curtos, por exemplo, com um comprimento de braço de 1,27 cm. ou menos, e um espaçamento intere- Ietrodo de cerca de 15,24 cm. Essa modalidade também possui uma alça 2, como na primei- ra modalidade, que é fixada a uma parte central da barra plana 15. Esse tipo de eletrodo de barra é mais adequado para fins de gravação ou estimulação através de superfícies planas e homogêneas. A ferramenta de sonda 15 não é bem adequada par auso onde exista a ne- cessidade de uma busca e localização rápidas de locais de grande força de torça na realiza- ção da terapia SA-ETOIMS. Isso se deve ao pouco comprimento das hastes do eletrodo de barra que interfere com a colocação de ambos os eletrodos em contato com a superfície da pele através dos músculos contornados.

A figura 4 é uma representação diagramática de outra modalidade ilustrativa, a sonda de ferramenta 17, na qual a estrutura de montagem de eletrodo espaçada é fornecida na forma de um par de braços 19 que convergem para formar um ângulo obtuso. Similar às modalidades anteriores, os eletrodos ativo e de referência 5, 7 podem ser montados na ex- tremidades dos braços, por exemplo, com um espaçamento intereletrodo de cerca de 15,24 cm. Essa modalidade também possui uma alça 2, como na primeira modalidade, que, nesse caso, fé fixada à parte de vértice central da estrutura formada pelos braços angulados (con- vergentes) 19.

As vantagens relacionadas com SA-ETOIMS realizam potencialmente com uma fer- ramenta de sonda bipolar muito espaçada de acordo com a invenção são descritas abaixo.

A ferramenta de sonda bipolar permite que o tratamento SA-ETOIMS™ seja reali-

zado mais rapidamente visto que o trabalho bimanual não é exigido do médico como com um método de estimulação monopolar que exige a movimentação do eletrodo de estimula- ção, em adição ao tempo e atenção exclusivos necessários para se mover a sonda de refe- rência durante o procedimento de tratamento. O movimento emparelhado do eletrodo de referência em conjunto com a sonda de

estimulação ativa impede que qualquer outro local sobre o qual a referência tenha sido loca- lizada, sofra com a estimulação excessiva prolongada e o desconforto desnecessário do paciente.

Possuir uma distância ajustável fixa e limitada entre o estimulador e os eletrodos de referência permite que o eletrodo de referência esteja na mesma área que o músculo tratado e o estímulo seja localizado em um músculo de interesse. Esse isolamento de estímulo para um músculo é possível no tratamento de músculos grandes das nádegas ou membros infe- riores. O estímulo também pode ser isolado para um lado do corpo visto que ambos os ele- trodos de estímulo e referência podem ser movidos juntos para a realização de tais finalida- des. Isso elimina substancialmente a possibilidade de uma colocação acidental do eletrodo de referência na parte posterior do corpo enquanto se trata os músculos na frente do corpo, e o risco de se induzir uma corrente transtorácica que pode interferir com o ritmo cardíaco.

Com a ferramenta de sonda bipolar, precisa apenas haver um cabo levando à haste da ferramenta, tornando a ferramenta mais fácil para o usuário evitando a necessidade de dois fios separados se estendendo para eletrodos de referência e estímulo separados. Isso evita o enrolamento de fios durante o tratamento e resulta em uma melhor utilização do tempo de tratamento.

Utilizou-se as sondas protótipo similares às apresentadas nas figuras 5 e 6 para fornecer tratamentos SA-ETOIMS com uma distância intereletrodo fixa de 15 a 16 cm. e descobriu-se que o espaçamento do eletrodo é suficiente para permitir que torções de gran- de força fossem eliciadas. Os tratamentos com tal sonda são mais rápidos, mais eficientes e decididamente menos dolorosos no local de referência em comparação com a estimulação monopolar utilizando a colocação de eletrodo de referência estático. Com determinados músculos, tal como as nádegas de pacientes obesos, em determinados casos, o espaça- mento pode não ser suficiente para eliciar torções de grande força. Essa situação pode ser superada por um mecanismo deslizante ou móvel para aumentar a distância entre os eletro- dos ativo e de referência para mais de 15,24 cm. e possivelmente até 60 a 91 cm., ou mais. Tal disposição pode ser utilizada para facilitar o posicionamento da sonda bipolar de forma que o eletrodo de estimulação ativa seja posicionado no músculo de interesse, e o eletrodo de referência é posicionado de forma a se encontrar em um músculo diferente. Isso simula de forma vantajosa as condições de estimulação monopolar a um grau razoável, devido à distância de espaçamento grande entre os dois eletrodos. Um movimento deslizante dos eletrodos ao longo do braço cruzado 20, para ajustar o espaçamento do eletrodo, é diagra- maticamente representado pelas setas B1 e B2 na figura 5. Juntas flexíveis, permitindo que o braço cruzado 20 dobre a fim de reposicionar/reorientar os eletrodos, são diagramaticamen- te apresentados em 21. Também representado na figura 1 encontra-se um botão de pressão ativado por usuário montado na alça 23 que pode ser associado com um comutador de gati- lho da ferramenta, como descrito anteriormente. (O movimento deslizante ilustrado, juntas flexível e botão de pressão são características opcionais não presentes nas sondas protóti- po utilizadas pelo inventor).

Os dispositivos de sonda bipolar da presente invenção também possuem utilidade além de seu uso vantajoso para fins de estimulação SA-ETOIMS™. Tais dispositivos tam- bém podem ser utilizados para outros procedimentos de estimulação, onde pode ser neces- sário ou desejável que os eletrodos de referência e ativo sejam amplamente espaçados, ou em situações nas quais é desejável se simular condições de estimulação monopolar para estimular nervos e/ou músculos. Esse mesmo tipo de sonda também pode ser utilizado para gravação dos potenci-

ais de ação muscular composta e potenciais de ação de nervo sensorial para a realização de gravações de estudo de condução nervosa (NCS), utilizando uma máquina eletromiográ- fica (EMG). Para estudos de condução de nervo motor com gravação a partir de músculos grandes, o eletrodo ativo é localizado sobre o ponto de motor do músculo de interesse e o eletrodo de referência é localizado sobre o tendão no músculo gravado ou em uma região eletricamente inativa tal como o osso no qual o tendão de interesse é inserido. De forma similar, para a gravação dos potenciais de ação nervosa sensorial, os eletrodos ativo e de referência são localizados sobre a linha de distribuição do nervo sensorial.

A fim de se obter melhores leituras elétricas para procedimentos de gravação, os eletrodos de sonda que são localizados em contato com a pele do paciente são preferivel- mente feitos de metal ou outro material condutor metálico descartável, tal como os utilizados rotineiramente em gravações eletrocardiográficas (EKG) e de estudo de condução nervosa (NCS), ao invés de pedaços de feltro molhados descartáveis que são preferivelmente utili- zados para fins de estimulação. Os fios ativo e de referência da ferramenta serão preferi- velmente de um tipo compatível que possa ser encaixado nos receptáculos adequados do preamplificador da máquina de EMG. O par de eletrodos espaçado fornecido pela presente invenção é útil para facilitar a busca pelo melhor ponto motor do qual se gravar um músculo

Claims

1. Sonda estimuladora bipolar CARACTERIZADA pelo fato de compreender um e- Ietrodo estimulador ativo, um eletrodo de referência e uma alça de usuário fornecida como parte de uma ferramenta única, onde as posições dos eletrodos são substancialmente fixa- das com relação uma à outra de forma que o espaçamento intereletrodo seja de pelo menos 15 cm., de centro a centro.

2. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de a ferramenta de sonda ser configurada para permitir o ajus- te da posição relativa fixa dos eletrodos dentro de uma faixa determinada.

3. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de os eletrodos serem montados nas extremidades de braços espaçados que são fixados um ao outro por um elemento de conexão que se estende trans- versalmente entre os braços.

4. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicação 3, CARACTERIZADA pelo fato de a alça ser colocada em uma extremidade do elemento de conexão.

5. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicação 4, CARACTERIZADA pelo fato de a alça ser inclinada para cima em um ângulo obtuso com relação ao elemento de conexão.

6. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de compreender adicionalmente um comutador tipo gatilho para permitir que um usuário ative de forma conveniente a sonda para aplicações de estímu- los.

7. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicação 6, CARACTERIZADA pelo fato de o comutador tipo gatilho ser um comutador sensível a toque ativado pela pressão exercida em uma superfície de contato com o paciente do eletrodo de estimulação.

8. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicação 6, CARACTERIZADA pelo fato de o comutador tipo gatilho ser ativado por um botão de pres- são fornecido na alça.

9. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de ambos os eletrodos possuírem superfícies para contato com o paciente que são circulares em formato e possuem um diâmetro de 1 a 2 cm.

10. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de ambos os eletrodos compreenderem superfícies de contato metálicas com paciente.

11. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de ambos os eletrodos compreenderem pedagos de feltro for- necendo superficies de contato com ο paciente.

12. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicagao 1, CARACTERIZADA pelo fato de compreender adicionalmente uma estrutura de montagem de eletrodo espagada fornecida na forma de um brago arqueado com os eletrodos ativo e de referencia montados nas extremidades da mesma.

13. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicagao 1, CARACTERIZADA pelo fato de compreender adicionalmente uma estrutura de montagem de eletrodo espagada na forma de uma barra geralmente plana a qual os eletrodos ativo e de referencia sao montados.

14. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicagao 1, CARACTERIZADA pelo fato de compreender adicionalmente uma estrutura de montagem de eletrodo espagada na forma de um par de bragos que convergem para formar um angulo obtuso.

15. Sonda estimuladora bipolar, CARACTERIZADA pelo fato de compreender um eletrodo estimulador ativo, um eletrodo de referencia e uma alga de usuario fornecidos como parte de uma unica ferramenta, onde a ferramenta de sonda e configurada para permitir que as posigdes dos eletrodos sejam fixadas com relagao uma a outra e para permitir ο ajuste das posigdes relativas fixas dos eletrodos dentro de uma faixa determinada.

16. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicagao 15’ CARACTERIZADA pelo fato de pelo menos um dos eletrodos ser montado de forma desli- zante na ferramenta para permitir ο ajuste de posigao do mesmo.

17. Sonda estimuladora bipolar, de acordo com a reivindicagao 15’ CARACTERIZADA pelo fato de compreender adicionalmente uma estrutura de montagem de eletrodo espagada que e movel ou dobravel para permitir ο ajuste das posigoes relativas dos eletrodos ativo e de referencia a fim de alcangar tocar superficies de pele desiguais.