BRPI0714405A2 - mÉtodo de produÇço de confeito de pipoca e mÁquina para uso associado ao mÉtodo - Google Patents

Abstract

MÉTODO DE PRODUÇçO DE CONFEITO DE PIPOCA E MÁQUINA PARA USO ASSOCIADO AO MÉTODO. A presente invenção refere-se a um método de produção de confeito de pipoca onde uma primeira substância açúcar/glicose é produzida. Esta substância é fervida a 170 a 210<198>C por aproximadamente 3 a 10 horas até que a substância adquira a cor marrom-escura/preta e se torne viscosa, após o qual é resfriada. Daqui por diante uma segunda substância açúcar/glicose é produzida, a qual é fervida a 100 a 130<198>C por aproximadamente 1 a 10 horas. A primeira substância e a segunda substância são misturadas na razão em peso de 1:2 a 1:6, em seguida a mistura resultante é fervida e a pipoca é adicionada. Esta mistura pode ser formada em porções formadas em uma máquina (1) que inclui um tanque-intermediário 3 horizontal e cilíndrico, estando esse cercado por uma câmara (11) preenchida com óleo, e um tanque principal (2), horizontal e cilíndrico, cercado por uma câma- ra (23) preenchida com óleo.

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTODO DE PRODUÇÃO DE CONFEITO DE PIPOCA E MÁQUINA PARA USO ASSOCIADO AO MÉTODO".

Campo da Técnica

A presente invenção refere-se a um método de produção de

confeito de pipoca e a uma máquina para uso associado ao método.

Técnica Anterior

A pipoca é uma mercadoria bastante popular e de baixo custo, disponível em grandes quantidades e, ainda, dotada de certo valor nutritivo. Portanto, a pipoca é uma escolha óbvia a ser usada pela indústria de confei- tos.

Assim sendo, diversos métodos são conhecidos em que a pipo- ca em porções isoladas é coberta com caramelo e/ou chocolate.

A Patente N9 DE 558.520 (Richard Neufeld) descreve um méto- do de produção de pipoca com uma cobertura de caramelo, em que os grãos de pipoca recebem uma primeira cobertura de açúcar em uma caldeira da cobertura de açúcar adaptado para tal fim, em seguida, os grãos de pipoca cobertos são aquecidos até cerca de 145 a 165°C em outro tanque, através do qual ocorre a caramelização. Após serem retirados e resfriados, os grãos de pipoca caramelizados podem ser separados com facilidade uns dos ou- tros.

A Publicação N- DE 33 35 781 (Helmut Haase) descreve tam- bém um método de produção de pipoca caramelizada ou glaçada, onde, primeiramente, uma mistura derretida de gordura ou óleo com açúcar é pre- parada na temperatura de aproximadamente 250°C. Em seguida, os grãos de pipoca não estourados são adicionados a esta mistura até estourarem.

A Patente N9 US 2.181.109 (Mary N. Dodge) descreve um mé- todo para se cobrir pipoca com uma cobertura vedante, como xarope doce, após o qual os grãos de pipoca são mergulhados em chocolate derretido subseqüentemente ao endurecimento da cobertura.

Os documentos acima referem-se à produção de grãos isolados de pipoca coberta. As porções formadas, todavia, são preferidas não apenas pelos consumidores, mas também pelos produtores, visto que a embalagem, a distribuição e o apreçamento são facilitados desta forma.

A Patente N9 US 3.950.567 (Barnardy E. Tomlinson) descreve um método de produção de confeitos não-pegajosos de pipoca através do cozimento de adoçantes, gorduras, água e gelatina e, subseqüentemente, despejando a mistura fervente sobre uma pipoca estourada para produzir bolas de pipoca.

A Patente N5 US 4.652.456 (Lowell W.Salisbury) descreve um método de produção de bolas de pipoca, onde a pipoca estourada é primei- ramente coberta com uma cobertura de caramelo e em seguida resfriada, de modo que a cobertura de caramelo se torna rígida e não-pegajosa, após o qual, uma quantidade pré-determinada de pipoca coberta e fria é distribuída em uma forma. A pipoca é aquecida na forma até que a cobertura fique ma- cia e pegajosa, e em seguida a pipoca coberta é comprimida em bolas que são posteriormente resfriadas na forma até que a cobertura endureça. Sub- seqüentemente, as bolas de pipoca comprimidas são retiradas da forma.

Além disso, a Patente N- DK 79880 (Verner Jacobsen) descre- ve um método de produção de confeitos de pipoca em que os grãos de pipo- ca são grudados uns aos outros com uma substância de açúcar, onde a pi- poca é misturada a uma substância de caramelo a aproximadamente 150°C, após o qual, a mistura é resfriada e cortada em porções adequadas. Em se- guida, tais porções são cobertas com uma cobertura de chocolate.

A desvantagem deste método conhecido é que, após misturar a substância caramelo com a pipoca, a substância misturada resultante seca rapidamente, até mesmo quando submetida ao calor estável, o que dificulta a operação da substância, tornando o produto acabado extremamente frágil e friável. Esta rápida desidratação deve-se, provavelmente, ao elevado teor de matéria seca da pipoca e, como resultado, a substância misturada açú- car/caramelo não pode ser posteriormente processada pela máquina. Portanto, o objetivo da presente invenção é fornecer um método

de produção de confeitos de pipoca, onde seja evitado o inconveniente cau- sado pela desidratação rápida em demasia citada acima, através do qual seja possível à máquina processar futuramente a substância, possibilitando, desta forma, uma produção mais racional.

Descrição da Invenção

Isto é alcançado pelo método de acordo com a invenção, que é caracterizado pelo fato de que:

i) uma primeira substância açúcar/glicose é produzida, sendo essa fervida a 170 - 2100C por aproximadamente 3 a 10 horas ou até que a substância adquira a cor marrom-escura/preto e se torne viscosa, após o qual, a mistura é resfriada, ii) uma segunda substância açúcar/glicose é produzida, sendo

essa fervida a 100 - 130°C por aproximadamente 1 a 10 horas,

iii) a primeira substância é misturada com a segunda substância na razão em peso de 1:2 a 1:6, em seguida a mistura é aquecida até que se atinja o "estágio de trincamento", isto é, até 140 a 160°C, e é misturada com

a pipoca,

iv) a substância resultante é posteriormente processada para formar porções individuais de tamanho apropriado em uma máquina de con- feitos adaptada para este propósito, e

v) as porções são resfriadas.

Vantajosamente, o posterior processamento ocorre em uma

máquina adaptada para tal propósito, onde a substância é formada em por- ções individuais de tamanho apropriado.

Se for desejado, estas porções podem ser cobertas com uma cobertura de chocolate, o que fornece ao produto perfeitas qualidades de conservação e, além disso, fornece uma boa combinação de paladar.

É notória a produção de porções formadas de chocolate através da deposição da substância na forma de um tapete, que é enrolada e em seguida picada ou cortada nas porções formadas desejadas, as quais em seguida são abastecidas em uma máquina de cobertura de chocolate. Isto, entretanto, não pode ser realizado com uma substância contendo pipoca, já que a pipoca poderia explodir como vidro quando cortada em porções, se a substância estiver fria. Se a substância estiver morna no momento do corte, a substância açúcar/glicose é simplesmente grudada uma na outra mais uma vez após o processo de corte.

A invenção também se refere a uma máquina para uso na apli- cação do método em questão. A máquina de acordo com a invenção é mos- trada no desenho, onde as Figuras 1 e 2 mostram a máquina de frente e de lado, respectivamente.

A máquina, de acordo com a invenção, é caracterizada pelo fa- to de que

- inclui um tanque-intermediário 3 horizontal e cilíndrico cercado por uma câmara de aquecimento 11, sendo que o dito tanque-intermediário inclui um parafuso sem fim 7 para agitar a mistura de pipoca e açú- car/glicose e abastecer a mistura ao tubo de liberação 21,

- um tanque-intermediário 3 através de uma válvula 6 no tubo de liberação 21 é conectado a um tanque principal 2 horizontal e cilíndrico cercado por uma câmara de aquecimento 23, sendo que o dito tanque prin- cipal inclui um dispositivo de agitação 4 dotado de uma pluralidade de lâmi- nas 24 operadas por meio de um motor de engrenagem 18.

- no fundo de um tanque principal 2, um flange permutável 26 é colocado, e através dele a geometria das porções formadas pode ser altera- da, sendo que o dito flange contém uma pluralidade de orifícios através dos quais a substância é comprimida para dentro das formas 9 por meio de um pistão 5 operado verticalmente,

- as formas 9, que incluem uma pluralidade de cavidades para as porções formadas, são abastecidas por meio de uma face indicadora 8, e

- as porções formadas são liberadas pela ejeção no utensílio 10 no lado oposto à face indicadora 8, e são dispensadas na bandeja de rece- bimento 30 para futura manipulação.

Na máquina de acordo com a invenção, o tanque-intermediário 3 é abastecido por meio de um funil 15 em uma das coberturas de extremi- dade destacável 14.

O parafuso sem fim 7, que é operado por um motor de engre- nagem 14, gira nos rolamentos 13 montados nos compartimentos de rola- mento 12. Estes compartimentos de rolamento 12 são selados com uma im- permeabilização termorresistente 16.

O dispositivo de agitação 4 no tanque principal 2 é fixado às coberturas da extremidade 25 e operadas por meio de um motor de engre- nagem 20.

O pistão operado verticalmente 5, que é sustentado pelas te- souras do pistão 17, é deslocado para cima e para baixo por meio de um utensílio excêntrico motorizado 27.

A presente invenção fornece uma máquina que torna possível a produção de porções formadas homogêneas contendo um teor relativamente elevado de pipoca, já que os dois tanques, intermediário e principal, podem ser aquecidos de modo a manter aquecida a mistura de pipoca e açú- car/glicose, o que a impede de secar, e a máquina mantém a mistura de pi- poca e açúcar/glicose em movimento constante, fazendo com que a subs- tância açúcar permaneça distribuída de maneira uniforme sobre os grãos de pipoca, sem que os grãos de pipoca sejam esmagados. Desta forma, natu- ralmente, o impacto da agitação precisa ser relativamente suave. A mistura é adicionada à cavidade da forma no estado aquecido e, deste modo, pode ser comprimida com facilidade sem quebrar os grãos de pipoca. Ao esfriar, a mistura pode ser facilmente removida da cavidade da forma. Subseqüente- mente, as porções formadas são abastecidas para futura manipulação, como a aplicação de uma cobertura de chocolate.

De acordo com uma modalidade particularmente vantajosa da invenção, o tanque principal da máquina, que é uma cavidade cilíndrica do- tada de uma seção transversal perpendicular e de um eixo geométrico cen- tral horizontal, pode incluir meios de agitação na forma de lâminas faseadas giráveis, sendo essas produzidas para girar em torno do eixo geométrico central da cavidade cilíndrica. Por meio disto, a agitação passa a ser particu- larmente suave.

Ademais, a liberação, isto é, a ejeção das porções formadas

das cavidades das formas, é efetuada pelo impacto de um dispositivo de pistão de ação alternada retilíneo que tem uma seção transversal corres- pondente na abertura de saída, e que é adaptado para se deslocar de um lado para o outro em sincronia com os meios de agitação. Através disso, assegura-se a distribuição eficiente da mistura.

A posição de partida do utensílio do pistão é tal que os pistões fecham as aberturas no fundo do tanque principal. Abaixo do tanque princi- pal é colocada uma face indicadora, sendo que a dita face indicadora abas- tece uma pluralidade de formas, sendo que cada uma destas formas tem uma pluralidade de cavidades, tipicamente de 8 a 16 cavidades. A forma é fixada exatamente fora das aberturas no fundo do tanque principal, o qual ao mesmo tempo é pressionado no sentido ascendente na direção do flange no fundo do tanque com o objetivo de fornecer vedação. Os pistões são dire- cionados as suas respectivas posições do topo, após o qual, o dispositivo de agitação é girado, por exemplo, 60°. Através disso, a mistura de pipoca e açúcar/glicose é abastecida adiante e descendentemente no interior das a- berturas. Em seguida os pistões são comprimidos com a exata potên- cia/maneira por meio das quais são criadas as porções formadas. Os pistões são direcionados para trás até a posição de partida, e a face indicadora é ajustada em relação à mesma.

A liberação ocorre com o mesmo indicador quando a forma tiver girado 180°. Isto é realizado de forma mecânica, seja por meio do ar, seja por meio de uma função de pistão acionado por motor.

A forma na máquina de acordo com a invenção pode incluir um invólucro circular cilíndrico com uma pluralidade de cavidades produzidas por fendas formadas no invólucro, sendo que tais fendas na direção voltada para dentro são definidas pelo utensílio do pistão que constitui o fundo. Sen- do que esse foi adaptado para ser ativado, tendo por objetivo liberar a por- ção formada no utensílio no lado oposto à face indicadora, e para a ejeção, visando a futura manipulação na bandeja de recebimento. A forma é adapta- da de modo a ser deslocada em torno de seu eixo geométrico central de forma sincronizada ao movimento dos meios de saída e dos meios de agita- ção. Através disso, uma modalidade particularmente vantajosa da forma é alcançada na máquina, o que garante à mistura o fácil acesso desde o tan- que principal até a cavidade da forma.

A ejeção específica das porções formadas para futura manipu- lação ocorre vantajosamente através do utensílio do pistão que constitui o fundo, o qual possui uma haste de pistão que se estende radialmente na direção do centro da forma, e cuja extremidade interior delimita um dispositi- vo de colar situado centralmente no lado oposto da face indicadora.

Descrição Detalhada da Invenção

A invenção é explicada em mais detalhe abaixo em relação aos desenhos, onde

a figura 1 mostra uma modalidade preferencial de uma máquina

de acordo com a invenção, observada de frente, e

a Figura 2 mostra a mesma modalidade da máquina observada

de lado.

Dividindo-se a substância caramelo em duas porções, que fo- ram produzidas em temperaturas distintas, conseguiu-se, de forma surpre- endente, que o caramelo não secasse com tanta rapidez após ter sido mistu- rado aos grãos de pipoca, assim como quando a mistura de pipoca é efetua- da com uma substância produzida de forma tradicional a aproximadamente 150°C, conforme a Patente DK Ns 79880. Assim sendo, é possível processar a substância caramelo/pipoca produzida pelo método de acordo com a in- venção por ao menos uma hora após mistura em aquecimento constante, o que deve ser comparado a um possível tempo de processamento de apenas cerca de 10 minutos para a substância caramelo/pipoca produzida de acordo com a Patente DK N5 79880. Com o método de acordo com a invenção, uma primeira subs-

tância açúcar/glicose é produzida, a qual é fervida a 170 - 210°C, de prefe- rência a 180-200°C, por aproximadamente 3 a 10 horas, como aproximada- mente 6 horas, ou até que a substância se torne viscosa e adquira uma cor marrom-escura/preta, após o qual, a substância é resfriada a cerca de 100 a 120°C. Como alternativa, esta substância pode ser resfriada até uma tempe- ratura mais baixa, como a temperatura ambiente, e ser deixada por alguns dias até ser misturada com a segunda substância. Ao mesmo tempo, a se- gunda substância açúcar/glicose produzida, que é fervida a 100 a 130°C, de preferência a 110 a 120°C por aproximadamente 1 a 10 horas, como apro- ximadamente 6 horas. Imediatamente as duas substâncias são misturadas na razão em peso de 1:2 a 1:6, de preferência a 1:4, e em seguida a mistura é fervida até que o "estágio de trincamento" seja atingido, isto é, a 140 a 160°C, e misturada com uma quantidade apropriada de pipoca.

O espaço de tempo para ferver a substância i) e a substância i- i), respectivamente, não é tão crucial, e em geral é ajustado à temperatura aplicada, assim como à intensidade fraca ou forte da fervura realizada. A produção das duas substâncias i) e ii) pode ocorrer de forma

convencional, por exemplo, através do aquecimento em recipientes adequa- dos que aplicam eletricidade, vapor ou gás ou pela aplicação de fornos de pressão.

A temperatura, na qual os grãos de pipoca são misturados com a substância caramelo, depende da composição da substância caramelo e dos tipos de milho aplicados. Em geral, pode-se afirmar que a temperatura não deve ultrapassar 160°C, caso contrário, os grãos de pipoca irão adquirir um sabor de caramelo bastante distinto e, além disso, podem encolher. Ao mesmo tempo, não deve ser inferior a aproximadamente 140°C, caso em que os grãos de pipoca não apresentarão a crocância suficiente.

Portanto, é importante realizar o aquecimento até o denomina- do "estágio de trincamento" de 137 a 138°C, já que a substância não fica crocante, e sim dura, se esta temperatura não for atingida.

Para as duas substâncias em questão, a substância caramelo tipicamente consiste em aproximadamente duas partes em peso de açúcar por parte em peso de glicose, assim como em geral uma certa quantidade de água destinada a evitar que a substância grude no recipiente durante o aquecimento. A relação de peso entre as duas substâncias i) e ii) está no intervalo 1:6 a 1:2, de preferência aproximadamente 1:4. Se uma grande quantidade da substância i) for usada em relação à substância ii), a substân- cia misturada se torna pegajosa e, portanto, de difícil operação, e se uma grande quantidade da substância ii) for usada em relação à substância i), a substância caramelo misturada resultante se torna demasiadamente seca e frouxamente coerente.

Na mistura com os grãos de pipoca, aproximadamente 2 a 5 li- tros de pipoca são usados por litro da substância total de açúcar/glicose, dependendo do tipo de pipoca usada. Portanto, na prática, é necessário a- justar a quantidade da substância açúcar/glicose de acordo com o tipo de pipoca usada, a fim de obter uma razão ótima para a mistura.

A substância resultante pode vantajosamente ser processada posteriormente na máquina mostrada nas Figuras 1 e 2. Esta máquina 1 in- clui um tanque-intermediário 3 horizontal e cilíndrico cercado por uma câma- ra 11 preenchida com óleo, e desta forma o tanque-intermediário pode ser aquecido até a temperatura máxima de 120°C. Este aquecimento ocorre por meio de uma pluralidade de elementos elétricos de aquecimento. O tanque- intermediário 3 é preenchido por meio de um funil 15 em uma cobertura da extremidade. As duas coberturas da extremidade 14 podem ser desmonta- das para fins de manutenção da máquina. No tanque-intermediário 3 é colo- cado um parafuso sem fim 7, sendo que o dito parafuso sem fim atua em parte agitando a substância, e em parte abastecendo a substância ao tubo de liberação 21 do tanque. O parafuso sem fim, que é operado por meio de um motor de engrenagem 19, gira nos rolamentos 13 montados nos compar- timentos de rolamento 12, vedados com uma impermeabilização termorresis- tente 16.

Através do tubo de liberação 21, o tanque-intermediário 3 é co- nectado ao tanque principal 2 da máquina por meio de uma válvula 6 ajusta- da de forma manual ou automática. O tanque principal 2 é cilíndrico e hori- zontal, estando cercado por uma câmara de aquecimento 23 preenchida com óleo, através da qual pode ser aquecido até a temperatura máxima de 120°C. Este aquecimento ocorre por meio de uma pluralidade de elementos elétricos de aquecimento. Um dispositivo de agitação 4 dotado de uma plura- Iidade de lâminas 24 é colocado no tanque principal, sendo que o dito dispo- sitivo de agitação é operado pelo motor de engrenagem 18. O dispositivo de agitação é fixado às coberturas da extremidade 25, e é operado por meio de um motor de engrenagem 20 através de transmissão por corrente. No fundo do tanque um flange permutável 26 é colocado, possibilitando a alteração da geometria das porções formadas. No flange, uma pluralidade de orifícios é colocada, através dos quais a substância misturada é comprimida nas for- mas 9. O que ocorre por meio de um pistão 5 operado verticalmente, susten- tado por meio de tesouras de pistão 17, e deslocado para cima e para baixo, seja por meio de um utensílio excêntrico motorizado 27, seja por meio de fusos operados por servo ou por motores do sincronizador.

As formas 9, que incluem uma pluralidade de cavidades para as porções formadas, por exemplo, 8 a 16 ou mais cavidades, são abastecidas por meio de uma face indicadora 8 acionada por corrente. As formas são fixadas de maneira não especificada, já que a fixação deve ocorrer exata- mente na parte externa do flange do fundo do tanque principal.

As porções formadas produzidas são liberadas das formas no utensílio de ejeção 10 no lado oposto à face indicadora 8, isto é, giradas 180° em relação à mesma, o que ocorre simultaneamente no mesmo indica- dor de compressão das porções formadas.

As porções formadas são recolhidas na bandeja de recebimen- to 30, e a futura manipulação das porções formadas, assim como o procedi- mento de cobri-las com chocolate, pode ser realizada através de métodos não descritos, ou através de utensílios não mostrados nas figuras.

Acima, a invenção foi descrita com referência a uma modalida- de preferencial da máquina. Uma pluralidade de alterações e modificações desta modalidade pode ser realizada sem que se abandone a concepção da invenção.

Uma grande vantagem do método citado é o fato de que torna possível o processamento da substância pipoca/caramelo produzida posteri- ormente pela máquina. O que propicia a opção de confeitaria lucrativa e ra- cional da pipoca.

A cobertura da substância pipoca/caramelo com chocolate pro-

porciona uma combinação de paladar agradável, imensamente apreciado pelos consumidores. À parte as vantagens relacionadas ao paladar, o efeito produzido pela cobertura com chocolate impede a absorção de água pela substância caramelo de característica altamente absorvente, o que de outra forma faria com que as porções coerentes escoassem para fora novamente. Desta forma garante-se que o produto possui boas qualidades de preserva- ção.

Se for desejado, outros ingredientes podem estar contidos no confeito de pipoca de acordo com a invenção, assim como, por exemplo, coco desidratado, uvas passas, produtos de nozes, etc. Se grandes quanti- dades de tais outros ingredientes forem empregados, pode ser apropriado o ajuste correspondente da quantidade de grãos de pipoca, de modo a garantir uma cobertura adequada destes ingredientes com a substância caramelo.

As porções formadas de confeitos de pipoca produzidos de a- cordo com a invenção são de paladar particularmente agradável e de consis- tência crocante e, com a embalagem impermeável das porções formadas, é alcançado ao mesmo tempo em que obtêm boas qualidades de preservação.

A invenção é ilustrada em mais detalhe nos exemplos adiante. Exemplo

Este exemplo ilustra o método de acordo com a invenção para a produção de confeitos de pipoca. Duas substâncias açúcar/glicose i) e ii) são produzidas com as

seguintes composições: Substância i) 3 kg de glicose 84° 7,5 kg de açúcar 5 kg de água

Substância ii) 12 kg de glicose 84° kg de açúcar kg de água

Os ingredientes mencionados sob a substância i) são mistura-

dos em um recipiente e fervidos a aproximadamente 180°C por aproxima- damente 6 horas sob agitação freqüente. Ao mesmo tempo, os ingredientes mencionados sob a substân- cia ii) são misturados em um recipiente e fervidos a aproximadamente 110 a 120 0C por aproximadamente 6 horas sob agitação freqüente.

A partir deste ponto, a substância i) e a substância ii) são mistu- radas, e a mistura é rapidamente aquecida até aproximadamente 140°C. Quando isto tiver ocorrido, a substância caramelo é misturada com a pipoca estourada do tipo White Hulles na razão de volume de 1 litro da substância caramelo para 3,75 litros de pipoca.

Do mesmo modo descrito acima, as porções de confeitos de pi- poca foram produzidas em uma máquina, conforme mostrado nas Figuras 1 e 2, e após resfriamento até a temperatura ambiente, as ditas porções de confeitos de pipoca foram cobertas com chocolate do tipo Callebaut 823 (chocolate ao leite) e do tipo Callebaut 1815 (chocolate escuro).

Claims (10)

1. Método de produção de confeito de pipoca, caracterizado pe- lo fato de que: i) uma primeira substância açúcar/glicose é produzida, sendo essa fervida a 170 - 2100C por aproximadamente 3 a 10 horas ou até que a substância adquira a cor marrom-escura/preto e se torne viscosa, após o qual, a mistura é resfriada, íi) uma segunda substância açúcar/glicose é produzida, sendo essa fervida a 100 - 130°C por aproximadamente 1 a 10 horas, iii) a primeira substância é misturada com a segunda substância na razão em peso de 1:2 a 1:6, em seguida a mistura é aquecida até que se atinja o "estágio de trincamento", isto é, até 140 a 160°C, e é misturada com a pipoca, iv) a substância resultante é posteriormente processada para formar porções individuais de tamanho apropriado em uma máquina de con- feitos adaptada para este propósito, e v) as porções são resfriadas.

2. Método, de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a substância produzida na etapa i) é misturada à substância pro- duzida na etapa ii) em uma razão de peso de 1:4.

3. Método, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a mistura colocada para ferver na etapa iii) é misturada com a pipoca na razão de volume entre 1:2 e 1:5.

4. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a substância é formada em porções indivi- duais de tamanho apropriado, sendo que as ditas porções são resfriadas, após o qual, são cobertas com chocolate derretido.

5. Confeitos de pipoca caracterizados pelo fato de serem pro- duzidos por meio de um método como definido em cada uma das reivindica- ções 1 a 4.

6. Maquinário para uso com o método, como definido em reivin- dicação 1, caracterizado pelo fato de que: - inclui um tanque-intermediário (3) horizontal e cilíndrico cerca- do por uma câmara de aquecimento (11), sendo que o dito tanque- intermediário inclui um parafuso sem fim (7) para agitar a mistura de pipoca e açúcar/glicose e abastecer a mistura ao tubo de liberação (21), - um tanque-intermediário (3), através de uma válvula (6) no tu- bo de liberação (21), é conectado a um tanque principal (2) horizontal e ci- líndrico cercado por uma câmara de aquecimento (23), sendo que o dito tan- que principal inclui um dispositivo de agitação (4) dotado de uma pluralidade de lâminas (24) operadas por meio de um motor de engrenagem (18). - no fundo de um tanque principal (2), um flange permutável (26) é colocado, e através dele a geometria das porções formadas pode ser alterada, sendo que o dito flange contém uma pluralidade de orifícios através dos quais a substância é comprimida para dentro das formas (9) por meio de um pistão (5) operado verticalmente, - as formas (9), que incluem uma pluralidade de cavidades para as porções formadas, são abastecidas por meio de uma face indicadora (8), e - as porções formadas são liberadas pela ejeção no utensílio (10) no lado oposto à face indicadora (8), e são dispensadas na bandeja de recebimento (30) para futura manipulação.

7. Máquina, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pe- lo fato de que o tanque-intermediário (3) é abastecido por meio de um funil (15) em uma das coberturas da extremidade destacável (14).

8. Máquina, de acordo com a reivindicação 6 ou 7, caracteriza- da pelo fato de que o parafuso sem fim (7), que é operado por meio de um motor de engrenagem (19), gira nos rolamentos (13) montados nos compar- timentos de rolamento (12) vedados com uma impermeabilização termorre- sistente (16).

9. Máquina, de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 8, caracterizada pelo fato de que o dispositivo de agitação (4) contido no tanque principal (2) é fixado às coberturas da extremidade (25) e operadas por meio de um motor de engrenagem (20).

10. Máquina, de acordo com qualquer uma das reivindicações 6 a 9, caracterizada pelo fato de que o pistão operado verticalmente (5), que é sustentado pelas tesouras do pistão (17), é deslocado para cima e para bai- xo por meio de um utensílio excêntrico motorizado (27).