BRPI0706642A2 - métodos e sistemas para a esterilização de lentes de contato - Google Patents

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Abstract

MéTODOS E SISTEMAS PARA A ESTERILIZAçãO DE LENTES DE CONTATO. A presente invenção refere-se a um método de esterilização de uma lente de contato (105) que inclui, pelo menos, parcialmente, a esterilização da lente de contato (105) com uma aplicação de salmoura eletrolisada (190). Um sistema para, pelo menos, parcialmente, esterilizar uma lente de contato (105) em uma embalagem inicial (110, 162) inclui um gerador (152) para a produção de uma salmoura eletrolisada (190) com atividade biocida, e um dispensador (163) para a dispensa de uma quantidade de salmoura eletrolisada (190) do gerador (152) para a embalagem inicial (110, 162) com a lente de contato (105).

Description

Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "MÉTODOS ESISTEMAS PARA A ESTERILIZAÇÃO DE LENTES DE CONTATO".
REFERÊNCIA CRUZADA A PEDIDOS RELACIONADOS
O presente pedido, de acordo com o documento U.S.C. 35 Ns119(è), reivindica o benefício do Pedido de Patente ProvisórioHq 60/759, 735, depositado em 18 de janeiro de 2006, intitulado "Methods.and Systems for Contact Lens Sterilization", cujo pedido encontra-se incor-porado ao presente documento à título de referência, em sua totalidade.
Antecedentes da Invenção
Devido ao risco potencial de infecção, é necessário que as len-tes de contato sejam supridas ao usuário final, em um estado estéril. O nívelde esterilidade exigida é regido por diversas normas da Food and Drug Ad-ministration (FDA) (Administração Federal de Alimentos e Medicamentos dosEstados Unidos) e também pelo Padrão Europeu EN 556. Ambos afirmamque a probabilidade teórica de haver um microrganismo viável presente so-bre/em uma lente deve ser igual ou inferior ai χ 10"6. Isso é muitas vezesexpresso como um Nível de Segurança de Esterilidade (SAL) de 10"6 ou 6log.
Este nível exigido de esterilização é normalmente obtido pormeio de uma esterilização terminal, o que significa que as lentes são esterili-zadas no final do processo de fabricação e embalagem. O processo de este-rilização geralmente envolve algum tipo de técnica de esterilização baseadaem temperatura e/ou pressão. Por exemplo, a lente e uma quantidade desoro fisiológico de armazenagem são seladas em uma embalagem de expe-dição final e, em seguida, submetidas a um processo de esterilização termi-nal que normalmente envolve o aquecimento da embalagem em uma auto-clave a uma temperatura que garanta a esterilização.
Especificamente, a lente embalada é esterilizada por meio dacolocação da embalagem em uma autoclave a uma umidade, temperatura epressão elevadas por um longo período de tempo, geralmente, pelo menos,por 15 minutos, e, mais tipicamente, por 30 minutos, a 1210C a uma pressãode 1 atmosfera. No caso de lentes acondicionadas em embalagens do tipoblister (o método de embalagem aceito para lentes de contato descartáveis),existe a exigência extra de se equilibrar as mudanças de pressão durante oaquecimento e o resfriamento de modo a evitar que as embalagens do tipoblister se rompam. Este equilíbrio necessário tem o efeito de prolongar o ci-cio de autoclave.
Embora este processo comercia! produza lentes de contato cui-dadosamente esterilizadas, a etapa de esterilização de lotes por autoclave édemorada, dispendiosa e ineficaz. Este processo também deprecia um outroprocesso de fabricação contínuo requerido para se fabricar, de um modoeconômico, um grande volume de lentes de contato descartáveis, especial-mente para uma modalidade de uso diário, descartável.
Entre outros efeitos negativos do processo de autoclave estãoos efeitos potenciais da alta temperatura sobre as lentes embaladas e osconteúdos das embalagens. Por exemplo, as embalagens do tipo blister delentes de contato são geralmente feitas a partir de um polipropileno moldadopor injeção de modo a formar um barco que é fechado com uma folha dealumínio laminada. Embora o polipropileno seja relativamente imune aosefeitos das temperaturas tipicamente experimentadas em um processamentode autoclave, algumas distorções mecânicas poderão ocorrer. Esta distorçãoé geralmente evitada por meio da formação de um barco ou blister com pa-redes relativamente espessas. Embora este procedimento, de modo geral,evite a distorção, o mesmo significa que uma embalagem de parede fina nãopoderá ser usada, mesmo que a embalagem de parede fina seja menos dis-pendiosa e mais fácil de se trabalhar.
Do mesmo modo, as mudanças de temperatura e pressão expe-rimentadas durante o processo de autoclave podem causar certa deteriora-ção de ordem cosmética à folha utilizada para fechar o barco. Isto muitasvezes resulta em uma folha ligeiramente enrugada. Os efeitos da água apli-cada em altas temperatura e pressão dentro da autoclave também limitará ouso de folhas pré-impressas de tintas compatíveis com o processo de auto-clave. Atualmente, esta limitação é geralmente superada por meio de umsobre-rótulo, que é aplicada à embalagem de lente após a autoclave, e, con-seqüentemente, acrescenta mais uma etapa ao ciclo de fabricação.
A exigência de uma autoclave também podem complicar a utili-zação de determinados aditivos de soro fisiológico, tais como o ácido hialu-rônico, devido à hidrólise a temperaturas elevadas. No caso do ácido hialu-rônico, a hidrólise durante a autoclave resulta em uma indesejável reduçãodo peso molecular mínimo do ácido hialurônico, juntamente com um aumen-to de sua polidispersão.
O uso da autoclave também requer um complexo equipamentode pressão, e cada carga de autoclave requer um cuidadoso monitoramentodas temperaturas em toda a câmara. No caso de uma falha em demonstrarque a temperatura exigida no interior da câmara foi mantida durante o tempoprescrito de modo a atender exigências legais ou normas de esterilização, aslentes irão exigir uma nova autoclave ou raspagem. Estas falhas podem o-correr devido a uma falha na própria autoclave em questão, ou, mais fre-qüentemente, devido à falha de um sensor de temperatura no interior da au-toclave.
Foram desenvolvidos esforços no sentido de evitar essas des-vantagens típicas de um processo de esterilização terminal baseado em au-toclave. A Patente U.S. N- 4 464 336, por exemplo, ensina um método deesterilização que utiliza uma descarga de flash ultravioleta a fim de produzirum pulso intenso de luz UV. Do mesmo modo, as Patentes U.S.Ngs 5 034 235 e 4 871 559 apresentam o uso de pulsos intermitentes, de cur-ta duração, de uma luz muito intensa, contendo freqüências visíveis comotambém ultravioletas a fim de inativar os microorganismos sobre as superfí-cies de produtos alimentícios. As Patentes U.S. Nss 5 786 598 e 6 592 816apresentam a aplicação desta tecnologia para a esterilização de lentes decontato.
Embora os ensinamentos das Patentes U.S. Nqs 5 786 598 e6 592 816 permitam um processo de fabricação contínuo, existem algumaslimitações importantes com relação a esta abordagem. Em primeiro lugar,quando a lente de contato contém um bloqueador UV, poderá ocorrer umaabsorção suficiente de luz ultravioleta incidental de forma a excluir a inativa-ção de microorganismos. Em segundo lugar, qualquer método que se baseiana irradiação de lentes ou dos conteúdos da embalagem de lentes será me-nos eficaz ou totalmente ineficaz para uma embalagem não-transparente, talcomo a apresentada na Publicação do Pedido de Patente U.S. Ng2004/02383801.
Sumário da Invenção
De acordo com uma modalidade exemplar, um método de este-rilização de lentes de contato inclui, pelo menos parcialmente, a esterilizaçãode lentes de contato com uma aplicação de salmoura eletrolisada.
Além disso, de acordo com uma outra dentre as muitas modali-dades exemplares, um sistema de esterilização de uma lente de contato emuma embalagem inicial inclui um gerador para a produção de salmoura ele-trolisada com atividade biocida, e um dispensador para dispensar uma quan-tidade de salmoura eletrolisada a partir do gerador para a embalagem inicialcom as lentes de contato.
Breve Descrição dos Desenhos
Os desenhos em anexo ilustram diferentes modalidades do pre-sente sistema e método e fazem parte deste relatório descritivo. As modali-dades ilustradas são apenas exemplos do presente sistema e método e nãolimitam o âmbito de aplicação das reivindicações.
A Figura 1 ilustra um processo de fabricação de lentes contatoincluindo um processo de esterilização por autoclave, de acordo com umamodalidade exemplar.
A Figura 2 ilustra um processo de fabricação de lentes contato,de acordo com uma modalidade exemplar, incluindo um processo de esterili-zação usando salmoura eletrolisada, de acordo com princípios descritos nopresente documento.
A Figura 3 ilustra uma porção de um processo de fabricaçãocontínuo para lentes de contato incorporando uma salmoura eletrolisadacomo um agente de esterilização de acordo com uma modalidade exemplardos princípios descritos no presente documento.
Ao longo de todos os desenhos, números de referência idênticosdesignam elementos similares, mas não necessariamente idênticos.Descrição Detalhada da Invenção
A presente invenção descreve métodos e um sistema para o usode uma esterilização química em um processo de fabricação de lentes decontato. Mais especificamente, o presente documento descreve métodos esistemas para o uso de uma solução de salmoura eletrolisada para esterili-zar lentes de contato durante a sua fabricação e embalagem como um meiopara se obter uma fabricação totalmente contínua de lentes de contato, par-ticularmente lentes de contato descartáveis de uso diário. Conforme usadono presente docümento, e nas reivindicações em apenso, um processo "con-tínuo" é um processo com um fluxo contínuo de produto, em oposição a umprocesso por lote, no qual produto é dividido em lotes distintos para proces-samento em um ou mais pontos do processo de produção.
As desvantagens de se fazer autoclave e utilizar luz UV e umaluz visível para esterilizar lentes de contato podem ser superadas por meioda embalagem de lentes de contato com uma solução contendo uma quanti-dade eficaz de um agente esterilizante ou biocida. Muitos biocidas têm en-contrado aplicação em soluções de limpeza de lente de contato destinadas aserem utilizadas pelo paciente durante a desinfecção diária das lentes desubstituição freqüente ou de uso tradicional. Entre estes biocidas estão ocloreto de benzalcônio (BAK), a polibiguanida de hexamina (PHMB), e o glu-conato de clorexidina (CHG).
No entanto, esses produtos biocidas não têm sido utilizados nafabricação e embalagem inicial de lentes de contato como um agente esteri-lizante, uma vez que, quando usados em tal aplicação, estes biocidas con-vencionais produzem reações adversas, inclusive dor, em alguns pacientes.Por exemplo, a conjuntivite pode resultar de uma hipersensibilidade ou rea-ção a biocidas tradicionais se usados em lentes de contato. (Vide van KetelWG, Melzer-van Riemsdijk FA, "Conjunctivitis due to soft Iens solutions",Contact Dermatitis. 6(5): 321, 1980). Adicionalmente, a PHMB tem tambémsido implicada na impregnação da córnea com determinadas matérias delente (Vide Pritchard N., Young G.,..Coleman S., Hunt C. "Subjective and ob-jective measures of corneal staining related to multi-purpose care systems",Contact Lens & Anterior Eye 26:3-9, 2003). O BAK é também relatado serirritante aos olhos em concentrações superiores a 1:2000. (Vide AmericanHospital Formulary Service. Volumes I e II. Washington, DC: American Soci-ety of Hospital Pharmacists, de 1984, p. 52:04.12).
As soluções de desinfecção de lentes baseadas em peróxido dehidrogênio, por outro lado, parecem estar livres destas reações similaresadversas aos pacientes. As enzimas dentro da estrutura biológica, tais comoas da película Iacrimal do olho humano, são capazes de rapidamente de-compor qualquer peróxido presente. No entanto, a presença de quantidadesaté mesmo de vestígios de peróxido de hidrogênio em uma superfície delente é susceptível de causar uma dor significativa ao usuário. Assim sendo,as soluções de limpeza à base de peróxido requerem neutralização apósdesinfecção, tornando as mesmas inviáveis como agente esterilizante emuma embalagem de lente inicial.
O ozônio foi também apontado como um candidato adequadopara uma esterilização dentro da embalagem ("in-pack") de lentes de contatoem um ambiente de fabricação. A Patente U.S. Ns 5 618 492, por exemplo,apresenta a esterilização contínua de lentes de contato por meio da dissolu-ção de ozônio no soro fisiológico da embalagem antes da selagem da emba-lagem. O ozônio residual é então decomposto por meio de uma irradiaçãocom lâmpada UV1 ou por calor. No entanto, a etapa de decomposição requerem seguida a autoclave ou uma embalagem transparente com todos os in-convenientes descritos acima.
Vários outros biocidas oxidantes foram sugeridos para a esterili-zação/desinfecção de lentes de contato, em um meio consumidor, em oposi-ção a um processo de fabricação. Tipicamente, para as aplicações de esteri-lização depois de uma lente estar em uso e posterior à fabricação, um nívelmenor de atividade biocida é aceitável. As normas da FDA para as soluçõesde desinfecção pelo consumidor exigem uma redução mínima de 4 Iog embactérias viáveis, em oposição a uma redução mínima de 6 Iog na fabricaçãode lentes de contato.A Patente U.S. Nq 6 592 907, por exemplo, apresenta uma solu-ção contendo um sal de clorito juntamente com uma pequena quantidade deperóxido de hidrogênio, adequado para a instilação nos olhos, e para a de-sinfecção de lentes de contato. A Patente U.S. N9 5 252 291 apresenta umacélula eletrolítica para utilização pelo consumidor para uma desinfecção derotina de lentes de contato. A lente de contato é colocada na célula eletrolíti-ca juntamente com soro fisiológico, e o soro fisiológico é submetido à eletró-lise, que libera isento de cloro. Após um determinado período de tempo, apolaridade da célula é invertida a fim de converter o cloro novamente emcloreto. No entanto, estas abordagens não provêm o nível mais elevado deesterilização exigida na fabricação de lentes de contato.
Tendo em vista os vários potenciais de reações adversas ou ou-tras complicações, a utilização de biocidas em geral tem sido evitada na fa-bricação e embalagem inicial de lentes de contato. Daí a confiança deposi-tada na autoclave, apesar das suas desvantagens conseqüentes. No entan-to, conforme descoberto pela Requerente, estes problemas com biocidastradicionais na fabricação de lentes de contato podem ser evitados atravésda utilização da salmoura eletrolisada como agente esterilizante na embala-gem inicial de lentes de contato. Como será descrito no presente documen-to, a salmoura eletrolisada pode proporcionar o grau necessário de esterili-zação e, em seguida, se decompõe em uma solução de soro fisiológico inó-cua dentro de horas ou dias de produção. Do mesmo modo, a utilização desalmoura eletrolisada, em combinação com outras técnicas tradicionais deesterilização, pode também prover o grau necessário de esterilização, aomesmo tempo reduzindo, se não eliminando, a dependência das técnicas deesterilização tradicionais com as suas desvantagens resultantes.
As soluções de "água superoxidada" já são conhecidas há mui-tos anos como potentes biocidas, e têm encontrado aplicação na purificaçãode água potável (Vide Patente GB 2 257 982, incorporada ao presente do-cumento à guisa de referência), na desinfecção de piscinas e no tratamentode resíduos líquidos . Estas soluções são preparadas por meio da eletrólisede soluções de cloreto de sódio utilizando células especialmente concebidasnas quais as correntes anódicas e catódicas são separadas por uma mem-brana semiperméável, e, em seguida, misturadas de modo a formar a solu-ção biocida. A "água superoxidada" contém em si muitas substâncias ativas,tais como o hipoclorito de sódio e o ácido hipocloroso, e se caracteriza porum elevado potencial redox. Normalmente, estas soluções biocidas são ins-táveis, e se decompõem em substâncias inofensivas em questão de horasou dias de geração. Um pouco de cloro elementar pode também ser produ-zido, o qual continuará dissolvido na solução.
As Patentes U.S. N-s 6 296 744 e 6 632 347, que se encontramincorporadas ao presente documento à guisa de referência em suas respec-tivas totalidades, apresentam um aparelho e métodos para a eletrólise deuma solução de soro fisiológico para uso como solução esterilizante, aquireferida como salmoura eletrolisada. As seguintes patentes e publicaçõesadicionais oferecem mais informações sobre a produção da salmoura eletro-lisada, e se encontram, da mesma forma, incorporadas ao presente docu-mento à título de referência em suas respectivas totalidades: as PatentesU.S. Nqs 6 752 757 e 6 528 214, e as Publicações de Pedido de Patente U.S.Nss 2004/0208940, 2004/0060815, 2004/0055896, 2002/0182262,2002/0165431 e 200Í/0022273.
Durante o processo eletroquímico para a produção de salmouraeletrolisada, uma corrente elétrica contínua é passada através de uma solu-ção de cloreto de sódio entre os eletrodos, incluindo um anodo com polari-dade positiva e um catodo com polaridade negativa. Sob a ação da correntena solução líquida que é processada, ocorrem reações eletroquímicas, resul-tando em produtos eletrolisados, tais como o cloro ativo no anodo e o hidró-xido de sódio no catodo.
Para que os produtos anódicos e catódicos não se misturem emfunção das reações químicas recíprocas durante o processo de tratamentoeletroquímico, uma membrana ou diafragma semipermeável é colocada naárea entre os eletrodos. Após o término do tratamento, a solução de ambosos lados da membrana é misturada de modo a formar a solução de salmouraeletrolisada que pode ser utilizada como um agente esterilizante ou biocidapor um período limitado de tempo. O agente esterilizante resultante tem pro-priedades antibacterianas e antivirais, incluindo a eficácia contra uma amplagama de microrganismos, inclusive bactérias vegetativas (Gram-positivas ounegativas), fungos, vírus e endósporos bacterianos.
Uma aplicação para o uso de tal solução é a desinfecção de ins-trumentos médicos, tais como os endoscópios. A norma FDA 510(k) númerok013280, por exemplo, aprova o uso de tal gerador e sua solução resultantepara um elevado nível de desinfecção de instrumentos, como, por exemplo,os endoscópios. Nesta aplicação, o gerador é configurado de modo a produziruma solução com cerca de 200 ppm de cloro disponível. Essa solução permiti-rá alcançar uma redução de 6 Iog de bactérias vegetativas entre 5 a 10 minu-tos. No entanto, uma solução um pouco mais fraca poderá ser preparada parauso em lentes contato, conforme descrito no presente documento. Uma solu-ção demasiado forte poderia potencialmente ter um efeito prejudicial sobreuma lente de contato, se o tempo de exposição for indevidamente prolongado.
Dado o tempo suficiente, reações recíprocas voltam a soluçãoeletrolisada a uma solução de cloreto de sódio aquosa. Esta decomposiçãoocorrerá naturalmente dentro de horas ou talvez dias a contar da eletrólise.
Para aumentar a quantidade de agente esterilizante produzidopor meio do presente processo, um fluxo separado de solução de cloreto desódio pode ser passado através do reator de ambos os lados da membranadivisória a fim de produzir um fluxo contínuo de dois componentes, anódico ecatódico, que são, em seguida, misturados de modo a formar o agente este-rilizante ou biocida desejado. Desta forma, um fluxo contínuo do agente es-terilizante desejado pode ser produzido para um processo de fabricação con-tínuo. Tal como descrito no presente documento, este processo básico podeser adicionado a um processo de fabricação contínuo de lentes de contatode modo a assegurar a necessária esterilização para as lentes sem a neces-sidade do tradicional processamento por lotes em uma autoclave.
As concentrações relativas das substâncias ativas presentes nasolução, e suas respectivas atividades biocidas, podem ser modificadas, aovariar a proporção de escoamento da solução de soro fisiológico que passaao longo dos eletrodos, juntamente com a densidade da corrente elétricaaplicada aos ditos eletrodos. Por meio de uma criteriosa seleção destes pa-râmetros, uma solução biocida ativa compatível com uma lente de contatopoderá ser produzida. Conquanto essa solução tenha uma menor atividadebiocida, a desejada redução de 6 Iog de microrganismos viáveis poderá ain-da ser atendida, embora depois de um tempo de contato mais longo
Com referência às Figuras 1 e 2, um processo de fabricação eesterilização para lentes de contato tipicamente inclui o seguinte. Em primei-ro lugar, um molde (103) para a desejada lente é produzido. O molde (103)é, geralmente, feito de polipropileno (102) que pode ser moldado conformenecessário através de um processo de ferramental de molde (101).
Uma mistura de monômero (104) é injetada, em seguida, nomolde (103) de modo a formar uma lente de contato hidrófila. De acordo comum modalidade exemplar, uma fundição por rotação (105) pode ser usada afim de moldar o monômero na forma de lente desejada no molde. A misturade monômero é em seguida polimerizada termicamente ou fotoquimicamen-te. Os materiais utilizados podem incluir um copolímero de metacrilato de 2-hidroxietila (HEMA) ou copolímeros de monometacrilato de glicerol e HEMA,ou ácido metacrílico e HEMA.
Uma vez formada, a lente poderá ser embalada. A lente é pri-meiramente colocado em sua embalagem inicial (110). Em alguns exemplos,o molde no qual a lente foi polimerizada, que é essencialmente um recipientede plástico, se torna parte da embalagem inicial com a lente ali permane-cendo, tal como descrito na Publicação WO 0130559, que é incorporada aopresente documento à guisa de referência em sua totalidade. Conforme aquiusado e nas reivindicações em apenso, o termo "embalagem inicial" se refe-re à embalagem na qual é colocada uma lente de contato durante ou apósfabricação e na qual a mesma é transportada até o paciente ou usuário finalque, então, abre a embalagem inicial a fim de ter acesso e usar a lente. Porconseguinte, a embalagem inicial se distingue de qualquer recipiente de ar-mazenagem posterior no qual a lente pode ser colocada durante o tempo emque é usada pelo usuário.A embalagem do produto (110) pode incluir ainda uma quanti-dade de solução de hidratação (106) que é usada pelo usuário a fim de mo-lhar a lente quando a embalagem inicial é aberta e antes de a lente ser apli-cada ao olho. Além de qualquer solução de hidratação deste tipo, a lente étipicamente acondicionada em uma quantidade de solução de soro fisiológi-co (108), também referida como solução de embalagem, a fim de manter aiente em um estado úmido antes de seu uso inicial. A solução de soro fisio-lógico (108) é tamponada com bicarbonato e pode incluir ainda uma quanti-dade bem-pequena de tensoativo, como, por exemplo, poloxamer 407, a fimde impedir que á lente se adira à embalagem.
Como descrito acima, a lente e o soro fisiológico da embalagemsão normalmente colocados em um recipiente referido como barco. O barcoé, em seguida, selado com uma folha (107), por exemplo, uma folha lamina-da de alumínio. De acordo com uma modalidade exemplar, o barco pode sersubstituído por uma folha laminada de alumínio adicional, conforme descritono documento PCT/AU02/01105, cujo pedido encontra-se incorporado à gui-sa de referência ao presente documento, em sua totalidade.
Até este ponto, a produção de lentes e de embalagens de lentepode ser um processo contínuo. No entanto, em um processo de fabricaçãoconvencional, tal como descrito acima, as lentes agora embaladas seriamesterilizadas em lotes em uma autoclave (111). O processo e as desvanta-gens do processo de autoclave encontram-se descritos acima. Adicional-mente, as autoclaves têm a tendência de funcionar mal ou avariar, compli-cando ainda mais o processo de fabricação.
Uma vez esterilizada, a lente embalada pode ser combinada emum estojo (112) ou em outro recipiente referido como uma embalagem se-cundária (113). A embalagem secundária (113) contém uma quantidade delentes idênticas ou relacionadas, por exemplo, para os olhos direito e es-querdo. Uma vez na embalagem secundária (113), as lentes estão prontaspara o expedição (114), por exemplo, diretamente ao cliente ou usuário.
Todo o processo ilustrado na Figura 1 pode ser implementadocomo um processo contínuo, com exceção da autoclave (111). Obviamente, aintrodução de uma etapa de lote em um processo do tipo contínuo criará umpotencial estrangulamento do processo. Esta possibilidade é evitada no pro-cesso ilustrado na Figura 2, na qual o processo de esterilização por autoclaveé substituído pelo uso de uma salmoura eletrolisada como um agente esterili-zante de embalagem. Os elementos do processo ilustrado na Figura 2 que jáforam descritos com relação à Figura 1 não serão descritos em redundância.
Com referência à Figura 2, uma solução de salmoura eletrolisa-da (190) é adicionada ao Soro fisiológico (108) da embalagem, usado para aembalagem inicial das lentes. Em alguns outros exemplos, no entanto, emvez de adicionar a solução de salmoura eletrolisada a outro soro fisiológicode embalagem, a salmoura eletrolisada é usada como uma solução de em-balagem exclusiva para as lentes.
A salmoura eletrolisada (190) funcionará como um agente esteri-lizante ou biocida a fim de esterilizar tanto as lentes como o soro fisiológicode embalagem (108) a um nível exigido pelas normas ou regulamentos le-gais aplicáveis. A salmoura eletrolisada (190) irá então se decompor natu-ralmente ao longo de uma questão de horas ou dias em uma solução de so-ro fisiológico adicional. Deste modo, no momento em que o usuário recebe aembalagem de lente e abre e usa a lente, a salmoura eletrolisada será es-sencialmente uma solução de soro fisiológico no soro fisiológico de embala-gem. Sendo assim, não há qualquer possibilidade de uma reação adversapor parte do paciente à salmoura eletrolisada (190) utilizada para esterilizara lente embalada.
Em alguns casos, as lentes podem incluir ainda uma tinta demanipulação, por exemplo, um corante de antroquinona. Estas tintas são detintura rápida nas soluções de hipoclorito abaixo de 100 ppm de livre de clo-ro. Um pouco de cloro elementar também estará presente na salmoura ele-trolisada, porém, por meio de um judicioso controle dos parâmetros opera-cionais do gerador utilizado para produzir a salmoura eletrolisada, os níveisde cloro serão, essencialmente aquele encontrado em muitas fontes de a -bastecimento de água potável. A limitação da quantidade de cloro produzidopode aumentar o tempo necessário para esterilizar as lentes embaladas,mas também irá impedir o branqueamento de qualquer coloração das lentes,irá limitar qualquer odor perceptível de cloro, como também irá preservar atensão mecânica ou de ruptura da lente.
Tal como ficou demonstrado na Figura 2, a solução de salmouraeletrolisada (190) pode, também, em alguns exemplos, ser adicionada à so-lução de hidratação (106) embalada com a lente. Isso servirá para garantir aesterilidade da solução de hidratação, novamente sem qualquer impacto ne-gativo potencial sobre o usuário.
Indo mais adiante no processo ilustrado na Figura 2, após a poli-merização (105), as lentes de contato podem ser submetidas à hidratação oua outras etapas de processamento, tais como uma inspeção de qualidade.Este processamento pode incluir ainda uma etapa inicial na técnica de esterili-zação global. Por exemplo, as lentes secas recém-formadas podem ser pas-sadas por uma lâmpada de luz ultravioleta germicida para um ambiente con-trolado (por exemplo, um capuz de fluxo laminar filtrado com HEPA) a fim deiniciar a esterilização das lentes antes de a lente ser hidratada e embalada.
A lente e o soro fisiológico de embalagem, incluindo a salmouraeletrolisada, são, em seguida, colocados na embalagem (110) e selados, porexemplo, com uma folha (107). De acordo com uma modalidade exemplar, asalmoura eletrolisada na embalagem provê uma atividade biocida suficientepara que não haja a necessidade de se fazer a autoclave da embalagem.Em vez disso, a lente embalada pode se movimentar diretamente para colo-cação na embalagem secundária (113) e posterior expedição (114). Porconseguinte, o processo de fabricação ilustrado na Figura 2 pode ser umprocesso totalmente contínuo. Isto aumenta significativamente a possíveltaxa de produção de lentes ao omitir o processo de autoclave por lotes.
Além disso, o calor utilizado para selar a folha (107) na embala-gem (110), pode também servir para, pelo menos em parte, esterilizar a len-te, proporcionando um nível de atividade biocida. De acordo com outra mo-dalidade exemplar, a salmoura eletrolisada na embalagem pode ser formu-lada de modo a atingir níveis de garantia de esterilidade de aproximadamen-te 10"3 ou 10"4. Em tal caso, o calor utilizado para selar a folha (107) na em-balagem (110) pode concluir a esterilização das lentes no grau desejado (de10"6). O calor utilizado para selar a folha (107) também irá provavelmenteaumentar a taxa na qual a salmoura eletrolisada se decompõe em uma solu-ção inócua de soro fisiológico. Dada a quantidade relativamente pequena desoro fisiológico na embalagem e a condutividade térmica prolífica da folha, ocalor utilizado para selar a folha na embalagem poderá, de acordo com umamodalidade exemplar, elevar a temperatura da salmoura eletrolisada e dosoro fisiológicos a aproximadamente 100°C. ou mais. Este aumento de tem-peratura pode causar um aumento na taxa de envelhecimento da salmouraeletrolisada. Um aumento da taxa de envelhecimento pode fazer com que asalmoura eletrolisada fique mais ativa devido à cinética química. Por conse-guinte, de acordo com uma modalidade exemplar, a taxa de atividade bioci-da aumenta com a temperatura. De acordo com esta modalidade, a salmou-ra eletrolisada, em combinação com o calor utilizado para selar a folha (107)na embalagem (110) pode proporcionar uma atividade biocida suficiente pa-ra alcançar um nível de garantia de esterilidade de pelo menos 10"6.
A Figura 3 ilustra uma porção de um processo de fabricaçãocontínuo para as lentes de contato que incorporam salmoura eletrolisadacomo um agente esterilizante. Tal como ficou demonstrado na Figura 3, umsuprimento de salmoura ou solução de cloreto de sódio (150) é provido. Estesuprimento pode ser de qualquer tamanho, e, em termos específicos, podeser grande o suficiente para permitir uma produção ininterrupta de salmouraeletrolisada durante uma partida de fabricação de lentes de contato. O su-primento (150) pode incluir quantidades de cloreto de sódio que são adicio-nadas conforme medidas em um fluxo de água de modo a prover o cloretode sódio aquoso necessário para a produção de salmoura eletrolisada.
A água usada pode ser uma água purificada ou abrandada, em-bora a água purificada não seja necessária e uma alimentação de água detorneira possa ser usada. Quando é usada água purificada, a água pode serpurificada por meio de uma combinação de filtragem e exposição a uma ra-diação ultravioleta germicida. Quando o gerador (152) precisa de um nívelde condutividade a fim de tamponar internamente o pH da solução, uma pe-quena concentração de sal, de preferência carbonato de hidrogênio de só-dio, poderá ser adicionada à água purificada através de um misturador delinha à linha de alimentação para a água purificada. Em uma aplicação deembalagem de lente de contato conforme descrita na presente invenção,pode ser adicionado bicarbonato de sódio, mas não é necessário que omesmo seja adicionado à corrente de água de alimentação e servirá comoum agente tamponador na solução final.
Em alguns exemplos, o suprimento (150) pode incluir qualquernúmero de reservatórios separados de solução ou recipientes de cloreto desódio. Com um número de reservatórios separados ou recipientes de mate-rial, um reservatório ou recipiente vazio poderá ser trocado por outro cheio,embora um outro dentre os reservatórios ou recipientes alimente o processoininterrupto. Desta maneira, os períodos ininterruptos durante os quais oprocesso de fabricação contínuo é conduzido podem ser estendidos indefini-damente, sujeito apenas a infreqüentes eventualidades, tais como quebra,manutenção de rotina e/ou falta de material.
No exemplo ilustrado, a solução aquosa é provida a partir de umsuprimento (150) através de uma linha de suprimento (151) para um gerador(152). Em outros exemplos, o suprimento pode ser integrado ao gerador(152) de modo que o gerador receba um fluxo de água, por exemplo, águapurificada, e um suprimento de produtos químicos, por exemplo, o sal que éprovido utilizando um mecanismo de controle de condutividade, a fim deproduzir a solução de salmoura dentro do gerador que o gerador, em segui-da, eletrolisa.
O gerador (152) eletrolisa a solução de salmoura da maneiradescrita acima. Especificamente, o gerador (152) é dividido em duas câma-ras, uma câmara de anodo (153) e uma câmara de catodo (154), entre asquais uma corrente elétrica flui a fim de eletrolisar a solução de salmoura no gerador (152).
Um divisor (151), por exemplo, uma membrana semipermeável(151) separa o gerador (152) na câmara de anodo (153) e na câmara de ca-todo (152). O divisor (151) permite que uma corrente elétrica flua entre umanodo (156) na câmara de anodo (153) e um catodo (155) na câmara decatodo (154). No entanto, o divisor (151) resiste à mistura das soluções ele-trolisadas das duas câmaras. O divisor (151) pode incluir, por exemplo, umamembrana porosa feita de uma cerâmica baseada em óxido de zircônio.
A linha de suprimento (151) supre a solução de salmoura sepa-radamente tanto para a câmara de anodo (153) como para a câmara de ca-todo (154). Conforme acima descrito, a corrente que flui através do gerador(152) entre o anodo (156) e o catodo (155) fabrica produtos de eletrólise, taiscomo cloro ativo no anodo e hidróxido de sódio no catodo.
A solução de anodo em seguida flui da câmara de anodo (153)através de uma linha de fluxo (158). Em algumas modalidades, pode ser de-sejado remover um pouco do cloro ou outros produtos de eletrólise da solu-ção de anodo. Conseqüentemente, um reator catalítico de fluxo intermediário(161) pode ser provido através do qual a solução de anodo flui. O reator ca-talítico de fluxo intermediário (161) pode incluir um catalisador granulado ouum sorvente para a remoção (por exemplo, quebra química e/ou sorção) docloro ativo na solução de anodo.
De maneira similar, a solução de catodo flui da câmara de cato-do (143) através de uma linha de fluxo (157). As soluções de anodo e catodosão em seguida recombinadas em um misturador (165). As válvulas (159 e160) podem ser incluídas na linha de fluxo de anodo (158) e na linha de fluxode catodo (157) a fim de regular a sincronização e/ou a razão das soluçõesde anodo e catodo que entram no misturador (165).
Nos exemplos, o misturador (165) pode ser omitido e o gerador(152) pode incluir um mecanismo de mistura para a combinação das solu-ções da câmara de anodo (153) e da câmara de catodo (154). Deste modo,em alguns exemplos, o suprimento (150) e/ou o misturador (165) podem serintegrados no gerador (152).
Quando as soluções de anodo e catodo são recombinadas nomisturador (165), a mistura é referida como a salmoura eletrolisada ou águasuperoxidada e tem as propriedades de esterilização e biocida desejadasdescritas no presente documento. A salmoura eletrolisada pode ter um pH nafaixa de 7.20 a 7.70. Ainda, conforme descrito, quando misturados, os produ-tos de eletrólise na salmoura eletrolisada começam a reagir e a se decompor,produzindo uma solução inócua de soro fisiológico. Esta decomposição podeievar de 2 a 12 horas ou mais dependendo das condições. Durante o tempoque a salmoura eletrolisada está ainda eficaz como um agente esterilizante, amesma é usada para embalar e esterilizar lentes de contato em um processode fabricação (164), tal como o descrito com relação à Figura 2.
A Figura 3 ilustra o gerador (152) para a salmoura eletrolisadaem uma forma geral. No entanto, existe uma variedade de configuraçõesespecíficas que o gerador (152) pode assumir. Por exemplo, a Patente GB2253860, incorporada ao presente documento à guisa de referência em suatotalidade, descreve dois eletrodos, um dos quais sendo uma haste e o outroum cilindro. Os eletrodos são dispostos de maneira coaxial de modo a provercâmaras de fluxo de anodo e catodo (de trabalho e auxiliar) separadas poruma membrana porosa.
A água é alimentada a partir do fundo para o topo do dispositivoatravés da câmara de trabalho. Simultaneamente, a água tendo o maior teormineral flui pela câmara auxiliar para uma câmara de separação de gás. Umacorrente elétrica passa entre o catodo e o anodo através da água em ambasas câmaras e a membrana porosa que separa as câmaras. A água que fluiatravés da câmara auxiliar recircula para a câmara auxiliar por meio de con-vecção e por meio das forças de cisalhamento aplicadas à água através dolevantamento de bolhas de gás geradas no eletrodo da câmara auxiliar. Apressão da câmara de trabalho é maior que a da câmara auxiliar, e os produ-tos de eletrólise gasosos sangram da câmara de separação de gás por meiode uma válvula de escape de gás. Uma mudança do modo de trabalho de umtratamento de água catódica para anódica é obtida ao se mudar a polaridade.
Qualquer configuração para um gerador que produz salmouraeletrolisada pode ser usada de acordo com os princípios descritos no pre-sente documento para um sistema ou método de esterilização de lentes decontato.
Conforme mostrado na Figura 3, um dispensador (163) proverásalmoura eletrolisada a partir do misturador (165), ou de um mistura-dor/gerador integrado, em cada uma dentre uma série de embalagens delentes de contato (162) que se movimentam por um processo de fabricação(164). Este dispensador (163) pode incluir seringas acionadas por motorHamilton, usadas de modo a garantir que uma quantidade precisa de solu-ção seja adicionada para cada embalagem de lente (162), A quantidade desolução adicionada em cada embalagem de lente pode variar de, por exem-plo, 0,15 ml a 6ml.
As lentes embaladas na salmoura eletrolisada serão esteriliza-das ao nível requerido pelas leis e normas de segurança aplicáveis antes dea salmoura eletrolisada se decompor em uma solução simples de soro fisio-lógico. A solução de soro fisiológico decomposta pode incluir alguns subpro-dutos da eletrólise, tais como ácido hipocloroso, hipoclorito, e clorados.
O tensoativo utilizado na solução de embalagem que impedeque as lentes se grudem na embalagem pode ser adicionado à solução dosuprimento (150) e ser processado através do gerador (152). De maneiraalternativa, o tensoativo pode ser adicionado à solução no gerador (152), ouem seguida ao gerador (152), assim como antes, depois ou no misturador(165). Quaisquer aditivos desejados na solução de embalagem que são in-compatíveis com o gerador (152) podem ser adicionados à solução depoisde a solução ser descarregada pelo gerador (152) e antes de a solução serintroduzida na embalagem (162).
Em ainda uma outra modalidade alternativa, o tensoativo podeser adicionado aos materiais utilizados de modo a formar as lentes de conta-to. O tensoativo, neste caso, não terá de passar pelo gerador (152), maslixiviará as lentes durante um armazenamento antes do uso inicial de modo aficar presente e impedir que as lentes se grudem na embalagem, conformedesejado. Neste caso, o tensoativo se prestará a uma dupla função ao im-pedir a adesão à embalagem, assim como servirá como um agente de Iibe-ração de molde a fim de acelerar a hidratação das lentes.
A salmoura eletrolisada demonstrou atender às exigências deesterilização, e ainda de um alto nível de desinfecção. Um agente químicoesterilizante deve ser capaz de alcançar uma redução de 6 Iog de microor-ganismos viáveis mais esporos dentro de um determinado período de tempo,enquanto um desinfetante de alto nível não precisará demonstrar uma ativi-dade esporicida. Normalmente, o tempo de contato recomendado para umadesinfecção de alto nível será menor que o requerido para a esterilização.No caso da salmoura eletrolisada, um alto mve! de desinfecção pode serobtido em 10 minutos, e a esterilização em 20 minutos.
Dois exemplos específicos de uso de salmoura eletrolisada co-mo um agente esterilizante dentro da embalagem inicial para lentes de con-tato serão apresentados a seguir:
Exemplo 1
Um gerador comercial de salmoura eletrolisada é configurado demodo a produzir uma solução biocida conforme descrita no Pedido dê Paten-te U.S. Nq 2004/055896, incorporado ao presente documento à guisa de re-ferência em sua totalidade. Esta solução tem uma concentração de cloretode sódio de 0,26% por cento em peso, e um teor disponível livre de cloro de220 ppm (como o ácido hipocloroso e hipoclorito de sódio), com um pH entre6,00 e 6,20 (vide Tabela 1 abaixo).
A solução biocida é em seguida misturada com um volume igualde uma solução de soro fisiológico tamponada auxiliar a fim de produzir umasolução esterilizante de embalagem de lente contendo cloreto de sódio a0,6% e 110 ppm de cloro disponível, com um pH de 7,2. As composições emquestão destas soluções são mostradas na Tabela 1
Tabela 1
<table>table see original document page 20</column></row><table>Exemplo 2
Um gerador comercial de salmoura eletrolisada é configurado demodo a produzir diretamente uma solução de embalagem contendo cloretode sódio (a 0,6%). O gerador é alimentado com uma solução de bicarbonatode sódio (a 0,05%) em água purificada. Por meio de um ajuste judicioso daproporção de escoamento de solução através do gerador, urn conteúdo isen-to de cloro disponível de cerca de 100 ppm pode ser produzido. Esta soluçãopode ser usada diretamente a fim de embalar uma lente de contato.
A descrição acima foi apresentada tão-somente com a finalidadede ilustrar e descrever as modalidades de sistemas e métodos exemplares.A mesma não tem a intenção de ser exaustiva ou limitar os sistemas e mé-todos a nenhuma forma precisa apresentada. Muitas modificações e varia-ções são possíveis à luz do ensinamento acima.

Claims (20)

1. Método de esterilização de uma lente de contato (105), com-preendendo a esterilização da dita lente de contato (105) com uma aplicaçãode salmoura eletrolisada (190).
2. Método, de acordo com a reivindicação 1, no qual a dita sal-moura eletrolisada é selada com a dita lente de contato (105) na embalageminicial (110,162) da dita lente de contato.
3. Método, de acordo com a reivindicação 2, compreendendoainda o aquecimento da dita embalagem inicial (110, 162) a fim de selar umafolha (107) a urri recipiente (110, 162) que aloja a dita lente de contato (105)e salmoura eletrolisada (190), em que o dito aquecimento é eficaz para, pelomenos, parcialmente, esterilizar a dita lente (105).
4. Método, de acordo com a reivindicação 3, no qual o ditoaquecimento é ainda eficaz para promover a decomposição da dita salmouraeletrolisada (190).
5. Método, de acordo com a reivindicação 2, compreendendoainda a adição de um tensoativo à dita salmoura eletrolisada (190) depois dea dita salmoura (190) ser eletrolisada de modo a impedir que a dita lente decontato (105) se adira à dita embalagem inicial (110, 162).
6. Método, de acordo com a reivindicação 2, no qual um materialutilizado para formar a dita lente de contato (105) contém um tensoativo quelixiviará a dita salmoura eletrolisada (190) a fim de impedir que a dita lentede contato (105) se adira à dita embalagem inicial (110, 162).
7. Método, de acordo com a reivindicação 1, no qual a dita sal-moura eletrolisada (190) também contém um tamponador de pH.
8. Método, de acordo com a reivindicação 2, compreendendoainda a autoclave (111) da dita embalagem inicial (110, 162) para ainda es-terilizar a dita lente de contato (105).
9. Método, de acordo com a reivindicação 3, no qual o dito reci-piente (110, 162) compreende um barco.
10. Método, de acordo com a reivindicação 3, no qual o dito re-cipiente (110, 162) compreende uma folha Iaminadade alumínio (107).
11. Sistema para a esterilização de uma lente de contato (105)em uma embalagem inicial (110, 162), o dito sistema compreendendo:- um gerador (152) para a produção de uma salmoura eletrolisa-da (190) com atividade biocida; e- um dispensador (163) para a dispensa de uma quantidade desalmoura eletrolisada (130) do dito gerador (152) na dita embalagem iniciai(110, 162) com a dita lente de contato (105).
12. Sistema, de acordo com a reivindicação 11, no qual o ditogerador (152) compreende um misturador (165) que mistura sal com água afim de produzir uma solução de salmoura que é, em seguida, eletrolisadapelo dito gerador (152).
13. Sistema, de acordo com a reivindicação 11, no qual o ditogerador (152) compreende uma câmara de anodo e uma câmara de catodo(154) separada por uma membrana (151) com um sistema para a liberaçãode uma quantidade de solução de salmoura (150) em cada qual da dita câ-mara de anodo (155) e a dita câmara de catodo (154).
14. Sistema, de acordo com a reivindicação 11, no qual o ditogerador (152) é configurado de modo a produzir a dita salmoura eletrolisada(190) com um pH entre 7,20 e 7,70.
15. Sistema, de acordo com a reivindicação 11, no qual a ditasalmoura eletrolisada (190) é configurada de modo a se decompor em umasolução inócua de soro fisiológico entre 2 a 12 horas a contar da geração.
16. Método de esterilização de uma lente de contato (105) com-preendendo pelo menos parcialmente a esterilização da dita lente contato(105) com uma aplicação de salmoura eletrolisada (190).
17. Método, de acordo com a reivindicação 16, compreendendoainda a selagem a quente da dita lente de contato (105) em uma embalagemprimária (110, 162), em que a dita selagem a quente aumenta a taxa de ati-vidade biocida da dita salmoura eletrolisada (190).
18. Método, de acordo com a reivindicação 16, compreendendoainda:- a embalagem da dita lente de contato (105) dentro de umaembalagem (110, 162); e- a passagem da dita embalagem (110, 162) e a dita lente decontato (105) por uma autoclave (111) para ainda de esterilizar a dita lentede contato (105).
19. Método, de acordo com a reivindicação 16, compreendendoainda a embalagem da dita ienie de contato (íüõ) e da dita saimoura eietro-Iisada (190) em uma embalagem de lente de contato (110, 162), em que adita aplicação da dita salmoura eletrolisada (190) e a dita embalagem da ditalente de contato (105) na dita embalagem de lente de contato (110, 162)compreende um processo contínuo.
20. Método, de acordo com a reivindicação 16, compreendendoainda a adição de um bicarbonato à dita salmoura eletrolisada (190).
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