BRPI0621804A2 - conceito de montagem de fuselagem de aeronave - Google Patents
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Abstract
CONCEITO DE MONTAGEM DE FUSELAGEM DE AERONAVE. A invenção diz respeito a uma seção de fuselagem de aeronave (1)' a uma fuselagem de aeronave, bem como a um método para produzir uma seção de fuselagem (1). A seção de fuselagem (1) é produzida em que um primeiro tubo interior (2) bem como um segundo tubo interior (3) são produzidos em uma etapa de produção à montante, cujos tubos interiores (2, 3) são subseqüentemente envolvidos por um tubo exterior (4). Para espaçamento e a fim de fornecer maior estabilidade aos tubos (2, 3, 4), os tubos interiores (2, 3) são envolvidos por tiras (5, 6) que são arranjadas entre os tubos interiores (2, 3) e o tubo exterior (4).
Description
"CONCEITO DE MONTAGEM DE FUSELAGEM DE AERONAVE"
Campo Técnico
A presente invenção diz respeito ao campo técnico da montagem de fuselagem de aeronave. Em particular, a invenção diz respeito a uma seção de fuselagem que, essencial- mente, com o uso de um método de montagem inédito, é feito de três tubos. Além do mais, a invenção diz respeito a uma fuselagem que foi unida a partir de diversas seções de fuse- lagem de acordo com a invenção.
Antecedentes da Invenção
Hoje em dia, usualmente, ocorre a montagem de modernas fuselagens de aeronave em que uma pluralidade de estruturas verticais na direção longitudinal de uma fuselagem é conectada em uma pluralidade de Iongarinas horizontais que são alinhadas para ficar es- sencialmente perpendiculares às ditas estruturas verticais para formar um esqueleto, após o que, no lado de fora, os campos de forro exterior individuais da fuselagem são rebitados ou ligados. Neste processo, a fuselagem não é produzida em uma peça contínua. Em vez disto, em primeiro lugar, seções individuais da fuselagem (também conhecidas como tambores ou segmentos) são formadas, seções estas que são subseqüentemente unidas para formar um tubo de fuselagem completo. Para separar a cabine de passageiros do compartimento de carga localizado abaixo dela, nos segmentos individuais nas estruturas, uma grade de piso é anexada. Assim, neste tipo conhecido de montagem de fuselagem, a fuselagem é feita de um grande número de componentes individuais (estruturas, longarinas, campos de forro exterior) em um complexo processo de montagem, em decorrência do que, surgem conside- ráveis custos já durante a montagem da fuselagem.
Além destas dificuldades relacionadas à tecnologia da produção, há uma desvanta- gem adicional em que tanto a cabine de passageiros quanto o compartimento de carga, em função da baixa pressão do ar em grandes altitudes, precisam ser pressurizados durante o vôo. Portanto, é necessário que, no caso de descompressão (queda na pressão) no compar- timento de passageiros ou no compartimento de carga, descompressão esta que pode ser ocasionada, por exemplo, pelo dano no forro exterior em grande altitude, ocorra rápida e- qualização de pressão entre estes dois espaços, em virtude de que, caso contrário, a estru- tura da fuselagem pode ser destruída em decorrência da pressão que age unilateralmente na grade de piso, grade de piso esta que não é projetada para suportar tais cargas. Assim, a fim de garantir equalização de pressão, abas de equalização de pressão são normalmente instaladas nos lados do piso ao longo do todo o comprimento da fuselagem, abas de equali- zação de pressão estas que, entretanto, estão associadas com uma desvantagem adicional em que, no caso de um pouso de emergência na água, água entra em toda a fuselagem de maneira particularmente rápida por meio desta conexão.
Sumário da Invenção Pode haver uma necessidade de fornecer um desenho de fuselagem para uma ae- ronave, desenho este que é mais fácil e mais econômico de implementar em decorrência de um melhor processo de produção.
Esta necessidade pode ser satisfeita com a seção de fuselagem de aeronave de acordo com a invenção, por uma fuselagem correspondentemente formada, bem como pelo método de produção de acordo com a invenção para uma seção de fuselagem.
A seguir, é descrita a seção de fuselagem de acordo com a invenção, em que as respectivas explicações também se aplicam analogamente à fuselagem de acordo com a invenção e ao método de produção de acordo com a invenção para uma seção de fusela- gem.
Em vez de produzir a cabine de passageiros e o compartimento de carga da manei- ra normal, como é comum em modernas aeronaves, em que tambores de fuselagem são meramente divididos em duas regiões por um piso intermediário, a presente invenção usa uma abordagem totalmente diferente. A cabine de passageiros compreende ou consiste em um primeiro tubo separado, enquanto que o compartimento de carga compreende ou consis- te em um segundo tubo separado, em que os dois tubos são completamente independentes um do outro. Em um processo de produção à montante ou preliminar, os dois tubos podem ser produzidos de forma totalmente independente um do outro como construções de invólu- cro de suporte. A fim de unir os dois tubos separados para formar uma fuselagem uniforme, estes dois tubos são envolvidos por um tubo exterior com o qual eles são conectados de forma não positiva. Assim, essencialmente, a seção de fuselagem de acordo com a inven- ção compreende ou consiste em um primeiro tubo interior pré-fabricado separado acessível ou caminhável, e pelo menos um segundo tubo interior pré-fabricado separado acessível ou caminhável, tubos estes que são tanto envolvidos pelo tubo exterior quanto são conectados de forma não positiva neste tubo exterior. Uma vez que os tubos interiores são dois tubos separados, durante um pouso de emergência na água, eles podem não absorver tão rapi- damente a água que fica contida em um dos dois tubos.
Para isto, tanto os dois tubos interiores quanto o tubo exterior podem ser projetados como construções de invólucro de suporte, de forma que as cargas experimentadas durante o vôo tenham que ser transferidas, essencialmente, por meio dos próprios tubos, em vez de por meio da estrutura de esqueleto que compreende estruturas ou nervuras e longarinas, como é usual no caso da aeronave de acordo com a tecnologia de ponta.
Embora o material a partir do qual os tubos são feitos tenda a ser de importância secundária, materiais compósitos com reforço de fibra ou metais, em particular, alumínio, podem ser adequados.
A fim de fornecer estabilidade adicional aos tubos interiores, e a fim de espaçar os ditos tubos interiores em uma distância a partir dos tubos exteriores no estado montado, o primeiro tubo exterior pode ser envolvido por uma primeira pluralidade de tiras circunferenci- ais. Analogamente, pelo menos o segundo tubo também pode ser envolvido por uma se- gunda pluralidade de tiras circunferenciais. Neste arranjo, as tiras, bem como os próprios tubos, podem ser feitos, por exemplo, de um material compósito com reforço de fibra ou um metal, tal como, por exemplo, alumínio. Por exemplo, a forma das tiras pode ser similar à- quela conhecida das estruturas na construção convencional de aeronave, com uma seção transversal em forma de rede, se estendendo radialmente a partir dos tubos interiores na direção do exterior. A primeira pluralidade e a segunda pluralidade de tiras circunferenciais para os dois tubos interiores também podem ser feitas em uma etapa de produção à mon- tante ou preliminar, e são dimensionadas de uma maneira tal que, para montagem, elas so- mente tenham que ser rosqueadas (aufgefàdelt) sobre os dois tubos interiores antes de eles serem anexados, e espaçadas uma da outra em relação ao respectivo tubo interior. Para anexação, as tiras podem ser, por exemplo, ligadas ou rebitadas nos tubos. Quando tanto os tubos quanto as tiras forem feitos de metal, eles também podem ser soldados uns nos outros. Assim, as respectivas tiras encerram os dois tubos interiores em espaçamento regu- lar um em relação ao outro, de forma que no estado montado dos tubos interiores e do tubo exterior, o tubo exterior fique espaçado dos tubos interiores pelas tiras. A fim de fornecer estabilidade suficiente entre o tubo exterior e os tubos interiores, eles são interconectados por meio das tiras, em que as tiras são ligadas, rebitadas ou, no caso de metal, firmemente soldadas nos tubos interiores e no tubo exterior, respectivamente.
Os dois tubos interiores são dois tubos separados, cujas seções transversais cor- respondem à forma de uma cabine de passageiros convencional e de um compartimento de carga convencional, respectivamente. Assim, o primeiro tubo interior para a cabine de pas- sageiros compreende uma região circunferencial de topo curva e uma região de piso chata, enquanto que o segundo tubo interior, para o compartimento de carga, compreende uma região circunferencial de base curva, bem como uma região de teto chata. Assim, os dois tubos podem ser unidos de maneira tal que as regiões de teto ou as regiões de piso chatas fiquem uma voltada para a outra para ficar espaçadas pelas tiras. Nesta região de interse- ção, na qual o piso do primeiro tubo fica voltado para o teto do segundo tubo para ficar es- paçado pelas respectivas tiras, as tiras individuais da primeira pluralidade de tiras são alter- nativamente arranjadas para ficar deslocadas em relação às tiras individuais da segunda pluralidade de tiras, de forma que, em cada caso, uma tira do segundo tubo fique localizada entre duas tiras do primeiro tubo. Certamente, também é possível que haja mais do que so- mente uma segunda tira entre duas primeiras tiras, o que, por exemplo, pode ser o caso em regiões em que as cargas que agem na fuselagem são particularmente grandes. Em vez de arranjar os dois grupos de tiras para que eles alternem um em relação ao outro, também é possível usar somente um tipo de tira de uma forma que seja essencialmente oval ou circu- lar, pela qual uma tira tipo corda seja dividida em duas metades para acomodar os respecti- vos tubos interiores.
A fim de tornar a montagem da fuselagem particularmente simples e eficiente, os tubos interiores e as tiras que as encerram são produzidos em uma etapa da produção à montante. Subseqüentemente, uma primeira pluralidade de tiras circunferenciais é rosquea- da sobre o primeiro tubo interior. Igualmente, uma segunda pluralidade de tiras circunferen- ciais é rosqueada sobre o segundo tubo interior. A fim de poder unir os tubos interiores que compreendem as tiras, como exposto, tão precisamente quanto possível em uma posição especificada, as tiras compreendem lingüetas de alinhamento adequadas (Richstege) que são arranjadas para posicionar o primeiro tubo interior e o segundo tubo interior em uma posição especificada, um em relação ao outro. Por exemplo, estas lingüetas de alinhamento podem ser fornecidas nas extremidades das regiões de tira horizontal que são arranjadas para ficar adjacentes à região de piso ou à região de teto chatos dos primeiro e segundo tubos, respectivamente, para formar um guia para o respectivo outro tubo quando os dois tubos forem unidos.
Como exposto, o primeiro tubo interior forma uma seção de cabine de passageiros, enquanto que o segundo tubo interior forma uma seção de compartimento de carga, em que estas duas seções são separadas uma da outra por meio da região de interseção das tiras (cintas), cuja região de interseção, desta maneira, forma uma grade de piso para a seção da cabine de passageiros. Assim, os dois tubos interiores são dois tubos que ficam completa- mente separados um do outro, tubos estes que são somente interconectados (por exemplo, rebitados ou ligados um no outro) pelas tiras na região de interseção das tiras. A grade de piso formada pelas tiras é dimensionada de uma maneira tal que ela também possa absor- ver pressão unilateral que pode ser experimentada, por exemplo, em decorrência de uma queda na pressão em um dos dois tubos interiores.
A fim de fornecer a seção de fuselagem de acordo com a invenção com uma peça complementar, tal como, por exemplo, uma unidade de cauda vertical, uma camisa adapta- dora tubular pode ser unida entre os pelo menos dois tubos interiores unidos e o tubo exteri- or, camisa adaptadora esta que compreende uma peça de conexão que é projetada de for- ma que uma unidade de cauda vertical possa ser anexada a ela. Neste arranjo, a peça de conexão se projeta para o exterior por um rebaixo correspondente no tubo exterior de forma que uma unidade de cauda vertical possa ser anexada a ela. A própria camisa adaptadora circunda os dois tubos interiores unidos, de forma que possa transferir seguramente as car- gas da unidade de cauda vertical para a fuselagem.
De acordo com um aspecto adicional da presente invenção, o objetivo da invenção pode ser satisfeito por uma fuselagem que compreende pelo menos duas seções de fusela- gem supradescritas. Com este propósito, as respectivas áreas de face das seções individu- ais da fuselagem compreendem peças de conexão adequadas pelas quais as seções indivi- duais podem ser conectadas para formar uma fuselagem uniforme ou integral.
Conforme pode-se perceber a partir das explicações expostas, ao contrário da prá- tica usual da produção de uma fuselagem a partir de um único grande tubo exterior estrutu- ral feito de nervuras, Iongarinas e de um campo de forro exterior, pode ser um princípio bá- sico da presente invenção construir a fuselagem a partir de dois tubos interiores separados que são envolvidos por um tubo exterior, em que cada tubo pode ser projetado como uma construção de invólucro de suporte (tensionada) para, na combinação dos três tubos, contri- buir com a transferência de carga (Lastabtragung), de acordo com sua rigidez.
De acordo com um aspecto adicional da presente invenção, o objetivo da invenção pode ser satisfeito por um método para produzir uma seção de fuselagem, método este que pode ser realizado em diversas etapas individuais, em que algumas das etapas individuais podem ser realizadas em ordem variada. Primeiro, um tubo interior e pelo menos um segun- do tubo interior são produzidos como construções de invólucro de suporte. O primeiro tubo interior pode servir como uma cabine de passageiros, enquanto que o segundo tubo interior pode servir como um compartimento de carga. Assim, o primeiro tubo interior pode compre- ender uma região circunferencial superior curva e uma região de piso chata. Corresponden- temente, o segundo tubo interior pode compreender uma região circunferencial de base cur- va e uma região de teto chata. Subseqüentemente, os dois tubos interiores pré-fabricados podem ser unidos para formar um tubo de combinação, em que a primeira região de piso do primeiro tubo interior fica disposta contra a região de teto chata do segundo tubo interior. Subseqüentemente, o tubo de combinação que foi produzido desta maneira pode ser envol- vido por um tubo exterior e pode ser unido no dito tubo exterior, por exemplo, por ligação, rebite ou solda para formar uma seção de fuselagem.
Em vez de implementar o método da maneira descrita, as etapas individuais tam- bém podem ser invertidas de forma que, por exemplo, primeiro, o tubo exterior seja produzi- do, no qual, posteriormente, os tubos interiores separados podem ser produzidos e conecta- dos no tubo exterior. Entretanto, por motivos da tecnologia de produção, é vantajoso pré- fabricar, primeiro, os dois tubos interiores e o tubo exterior em uma etapa de produção à montante e, subseqüentemente, unir os dois tubos interiores de forma que eles formem o tubo de combinação supramencionado que, então, é simplesmente inserido no tubo exterior já pré-fabricado e é conectado no dito tubo exterior.
A fim de melhorar a estabilidade dos dois tubos interiores e do tubo exterior, o pri- meiro tubo interior pré-fabricado pode ser envolvido por uma primeira pluralidade de tiras circunferenciais. Igualmente, pelo menos o segundo tubo interior pré-fabricado pode ser en- volvido por uma segunda pluralidade de tiras circunferenciais. Neste arranjo, as tiras para os primeiro e segundo tubos interiores também podem ter sido produzidas em uma etapa de produção à montante, ou elas podem ser subseqüentemente produzidas em uma precisa instalação ao redor dos primeiro e segundo tubos interiores. No caso em que as tiras indivi- duais da primeira pluralidade de tiras e as tiras individuais da segunda pluralidade de tiras foram pré-fabricadas para fornecer uma precisa instalação para os respectivos tubos, as tiras individuais podem ser simplesmente rosqueadas e deslizadas sobre os respectivos tubos pré-fabricados a fim de, então, ser rebitados, ligados ou soldados sobre os respectivos tubos interiores.
Para impedir que as tiras individuais da primeira pluralidade de tiras e da segunda pluralidade de tiras obstruam uma em relação à outra quando os dois tubos interiores forem unidos para formar um tubo de combinação, as tiras individuais da primeira pluralidade de tiras e as tiras individuais da segunda pluralidade de tiras são posicionadas nos pelo menos dois tubos interiores de maneira tal que as tiras individuais da primeira e da segunda plurali- dade de tiras no estado unido dos tubos em uma região de interseção sejam alternativamen- te deslocadas uma em relação à outra.
A fim de melhorar a estabilidade da seção de fuselagem que compreende ou é composta pelos tubos externos e pelos tubos internos, a primeira e a segunda pluralidade de tiras são conectadas de forma não positiva no tubo exterior depois que o tubo de combi- nação for inserido no tubo exterior. Uma conexão não positiva como esta pode garantir que cargas estruturais não tenham que ser transferidas pelo tubo exterior sozinho, mas, em vez disto, que tais cargas sejam transferidas sobre toda a estrutura da fuselagem, incluindo as tiras e os tubos interiores.
Descrição Resumida dos Desenhos
A seguir, a presente invenção é descrita com mais detalhes em relação a uma mo- dalidade puramente exemplar que é explicada com mais detalhes em relação aos seguintes desenhos, como segue:
a figura 1 mostra uma projeção e uma seção transversal de uma seção de fusela- gem de acordo com a invenção;
as figuras 2a até 4 mostram vários estados de produção de uma seção frontal da fuselagem;
as figuras 5a até 8 mostram vários estados de produção de uma seção média da fuselagem;
as figuras 9a até 17 mostram vários estados de produção de uma seção traseira da fuselagem;
a figura 18 mostra uma vista explodida de uma fuselagem, que compreende ou é composta por três seções de fuselagem antes da montagem final; e
a figura 19 mostra as três seções de fuselagem da figura 18 no estado montado. Componentes idênticos ou similares nas diferentes figuras têm os mesmos sinais de referência.
Descrição da Modalidade Exemplar da Invenção
A figura 1 e, em particular, o diagrama a direita, mostram um princípio básico da in- venção de acordo com o qual a seção de fuselagem 1 de acordo com a invenção compre- ende ou consiste, essencialmente, em três diferentes tubos 2, 3, 4 que são produzidos em etapas separadas e são unidos somente durante a montagem final da fuselagem. Assim, a seção de fuselagem 1 compreende ou consiste em um tubo exterior 4 que encerra os dois tubos interiores 2 e 3 que foram nele instalados, da forma mostrada no diagrama à direita da figura 1. Neste arranjo, o primeiro tubo interior 2 forma uma seção de cabine de passagei- ros, enquanto que o segundo tubo interior 3 forma uma seção de compartimento de carga correspondente. Da forma mostrada no diagrama à direita da figura 1, os dois tubos interio- res 2 e 3 são arranjados no interior do tubo exterior para ficar espaçados um do outro, em que a região de piso chata do primeiro tubo estende-se essencialmente em paralelo à região de teto chata do segundo tubo 3. O espaçamento dos dois tubos interiores 2, 3 e o espaça- mento deles em relação ao tubo exterior 4 é garantido por uma pluralidade de tiras 5, 6 que encerra o primeiro tubo interior 2 e o segundo tubo interior 3 alternativamente e os desloca um em relação ao outro, como é claramente mostrado, por exemplo, no diagrama à direita da figura 4. Em seus estados finais, as tiras 5, 6 estão firmemente conectadas nos dois tu- bos interiores 2, 3 e no tubo exterior 4, em que tal conexão pode, por exemplo, ser estabele- cida por solda, ligação ou rebite.
A seguir, a montagem das várias seções de fuselagem é explicada em relação às outras figuras.
A vista à esquerda da figura 2a mostra uma pluralidade de tiras pré-fabricadas 5, cuja forma casa com o contorno exterior do primeiro tubo interior pré-fabricado 2. Corres- pondentemente, a figura 2b mostra uma segunda pluralidade de tiras pré-fabricadas 6, cuja forma também casa com o contorno exterior do segundo tubo interior 3.
As figuras 3a e 3b mostram os estados de produção que seguem o estado de pré- fabricação mostrado nas figuras 2a e 2b. Neste arranjo, as tiras individuais 5 e 6 já foram rosqueadas e deslizadas sobre os tubos interiores associados 2 e 3 e foram firmemente uni- das nos tubos interiores, por exemplo, por ligação, rebite ou, no caso em que as tiras 5, 6 e os tubos interiores 2, 3 são feitos de metal (por exemplo, alumínio), pela união dos pontos (verfugen) ou solda.
Em uma etapa subseqüente da produção, o primeiro tubo interior 2 e o segundo tu- bo interior 3 são colocados juntos para formar um tubo de combinação, da forma mostrada no diagrama à direita da figura 4. Da forma mostrada neste diagrama, as tiras 5 e 6 no esta- do montado dos tubos interiores 2, 3 são arranjadas para ficar deslocadas uma em relação à outra e formando, abaixo do piso do tubo interior 2, a grade de piso do primeiro tubo 2. A fim de fornecer salvaguarda de posicionamento para a montagem do primeiro tubo interior 2 e do segundo tubo interior 3, as tiras 5, 6 nas suas respectivas extremidades das suas regiões retas, compreendem lingüetas de alinhamento 9 que se estendem na direção do respectivo outro tubo 3, 2 a fim de, desta maneira, salvaguardar a posição do dito tubo no estado mon- tado. O tubo de combinação produzido desta maneira pode ser finalmente inserido no tubo exterior 4, da forma indicada pela seta na figura 4, e, subseqüentemente, o dito tubo de combinação pode ser soldado, ligado ou rebitado no dito tubo exterior 4.
A seguir, em relação às figuras 5a até 8, é descrita a montagem de uma seção mé- dia da fuselagem, entretanto, em que os respectivos estados de montagem correspondem essencialmente àqueles previamente descritos. Por sua vez, as figuras 5a e 5b mostram uma primeira pluralidade 5 de tiras e uma segunda pluralidade 6 de tiras, cujos contornos, novamente, casam com os contornos exteriores dos respectivos tubos interiores 2 e 3, de forma que a primeira e a segunda pluralidade de tiras possa ser rosqueada e deslizada so- bre os tubos pré-fabricados 2, 3 como é mostrado nas figuras 6a e 6b. Subseqüentemente, os tubos interiores 2 e 3 que compreendem tiras 5 e 6, desta maneira, são unidos da forma mostrada no diagrama à esquerda da figura 7 de forma que a região de piso chata 7 do pri- meiro tubo interior 2 se estenda para ficar essencialmente paralela em relação à região de teto chata 8 do segundo tubo 3. Como este diagrama também mostra, as lingüetas de ali- nhamento 9 alinham de forma ideal os dois tubos interiores unidos 2, 3 um em relação ao outro e, além do mais, garantem que os dois tubos interiores 2, 3 não podem ser lateralmen- te deslocados um em relação ao outro. Então, o tubo de combinação produzido desta ma- neira é novamente inserido em um tubo exterior 4 pré-fabricado, da forma indicada pela seta da figura 7 para ser finalmente conectado de forma não positiva no dito tubo exterior 4.
A seguir, é descrita a instalação de uma seção de fuselagem adicional, na qual, como um recurso especial, a instalação de uma unidade de cauda vertical integrada é adi- cionada. Primeiro, novamente, uma primeira ou segunda pluralidade 5, 6 de tiras são desli- zadas sobre os tubos interiores correspondentemente pré-fabricados 2, 3 da forma mostrada nas figuras 9a até 10b. Aqui, novamente, as tiras individuais da primeira e da segunda plura- lidade 5, 6 das tiras são arranjadas para ficar essencialmente deslocadas uma em relação à outra, de forma que os dois tubos interiores 2, 3 possam ser unidos para formar um tubo de combinação da forma mostrada na figura 11. Em uma etapa adicional, o tubo exterior 4' mostrado na figura 12 é deslizado a partir da frente sobre o tubo de combinação produzido desta maneira. Para anexar uma unidade de cauda vertical 11 (figura 14), a camisa adapta- dora 10 mostrada na figura 13 é deslizada a partir de trás sobre o tubo de combinação, cujo topo da camisa adaptadora 10 compreende uma peça de conexão sobre a qual a unidade de cauda vertical 11 pode ser, por exemplo, presa por presilhas ou parafusadas. Assim que a camisa adaptadora 10 for anexada no tubo de combinação da figura 11, como prescrito, a partir da traseira, um tubo exterior adicional 4" pode ser deslizado sobre o tubo de combina- ção 2, 3 da figura 11, cujo topo do tubo de combinação 2, 3 compreende um rebaixo para a parte de conexão da camisa adaptadora 10 (figura 15).
A título de objetividade, a última etapa de instalação e/ou a montagem dos compo- nentes individuais é novamente mostrada na vista explodida da figura 16, que, novamente, mostra claramente a alocação dos componentes individuais.
A figura 18 mostra finalmente a montagem das três seções de fuselagem 1 previa- mente descritas nas quais as três seções 1 são arranjadas face a face uma em relação à outra, de forma que, subseqüentemente, eias sejam interconectadas por elementos de ane- xação e elementos de conexão adequados para formar uma fuselagem uniforme, da forma mostrada na figura 19.
Percebe-se que o termo "compreendendo" não exclui outros elementos ou etapas e que os termos "um" ou "uma" não excluem uma pluralidade. Também, elementos descritos em conjunto com diferentes modalidades podem ser combinados. Também, percebe-se que sinais.de referência nas reivindicações não devem ser interpretados como Iimitantes do es- copo das reivindicações.
Lista de Caracteres de Referência
1 Seção de fuselagem
2 Primeiro tubo interior
3 Segundo tubo interior
4 Tubo exterior
5 Tiras da primeira pluralidade de tiras
6 Tiras da segunda pluralidade de tiras
7 Região de piso chata
8 Região dê teto chata
9 Lingüeta de alinhamento
10 Camisa adaptadora
11 Unidade de cauda vertical
Claims (10)
1. Seção de fuselagem (1), compreendendo: - um primeiro tubo interior (2) acessível; - pelo menos um segundo tubo interior (3) acessível; e - um tubo exterior (4); - uma primeira pluralidade de tiras circunferenciais (5) e uma segunda pluralidade de tiras circunferenciais (6), CARACTERIZADA pelo fato de que o primeiro tubo interior e o segundo tubo inte- rior (2, 3) são envolvidos pelo tubo exterior (4) e são conectados de forma não positiva no tubo exterior (4), em que o primeiro tubo interior (2) é envolvido pela primeira pluralidade de tiras circunferenciais (5) e o pelo menos um segundo tubo interior (3) é envolvido pela se- gunda pluralidade de tiras circunferenciais (6), e em que a primeira e a segunda pluralidade de tiras (5, 6) são conectadas de forma não positiva no tubo exterior (4).
2. Seção de fuselagem (1), de acordo com a reivindicação 1, CARACTERIZADA pelo fato de que as tiras individuais (5) da primeira pluralidade de tiras (5) em uma região de interseção são alternativamente arranjadas para ficar deslocadas em relação às tiras indivi- duais (6) da segunda pluralidade de tiras (6).
3. Seção de fuselagem (1), de acordo com a reivindicação 2, CARACTERIZADA pelo fato de que as tiras (5, 6) da primeira e/ou da segunda pluralidade de tiras (5, 6) com- preendem lingüetas de alinhamento (9) que são arranjadas para posicionar o primeiro tubo interior (2) e o segundo tubo interior (3) em uma posição definida, um sobre o outro.
4. Seção de fuselagem (1), de acordo com a reivindicação 2, CARACTERIZADA pelo fato de que o primeiro tubo interior (2) é formado como uma seção de cabine de passa- geiros, enquanto o segundo tubo interior (3) é formado como uma seção de compartimento de carga em que estas seções são separadas uma da outra por meio da região de interse- ção das tiras (5, 6), cuja região de interseção, desta maneira, forma uma grade de piso para a seção de cabine de passageiros.
5. Seção de fuselagem (1), de acordo com qualquer uma das reivindicações anteri- ores, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende adicionalmente uma camisa adapta- dora tubular (10), que é inserida entre os dois tubos interiores unidos (2, 3) e o tubo exterior (4), e que compreende uma peça de conexão que é projetada para uma unidade de cauda vertical (11) a ser nela anexada.
6. Fuselagem, CARACTERIZADA pelo fato de que compreende pelo menos duas seções de fuselagem (1), em que pelo menos uma primeira seção de fuselagem (1) é proje- tada como exposto em qualquer uma das reivindicações 1 a 4, e em que uma segunda se- ção de fuselagem (1) é projetada como exposto em qualquer uma das reivindicações 1 a 5, e em que as pelo menos duas seções de fuselagem (1) compreendem respectivas áreas de face que são projetadas para unir as pelo menos duas seções de fuselagem (1) para formar uma fuselagem uniforme.
7. Método para produzir uma seção de fuselagem (1), CARACTERIZADO pelo fato de que o método compreende: - produzir pelo menos um primeiro tubo interior (2); - produzir pelo menos um segundo tubo interior (3); - unir os pelo menos dois tubos interiores (2, 3) para formar um tubo de combina- ção; - encerrar o tubo de combinação com um tubo exterior (4); - unir o tubo exterior (4) no tubo de combinação (2, 3), em que o primeiro tubo interior pré-fabricado (2) é envolvido por uma primeira plura- lidade de tiras circunferenciais (5), e em que o pelo menos um segundo tubo interior (3) é envolvido por uma segunda pluralidade de tiras circunferenciais (6).
8. Método, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO pelo fato de que as tiras individuais (5) da primeira pluralidade de tiras (5) e as tiras individuais (6) da segun- da pluralidade de tiras (6) são pré-fabricadas e deslizadas sobre os respectivos tubos interi- ores (2, 3) pré-fabricados.
9. Método, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO pelo fato de que as tiras individuais (5) da primeira pluralidade de tiras (5) e as tiras individuais (6) da segun- da pluralidade de tiras (6) ficam posicionadas nos pelo menos dois tubos interiores (2, 3) de maneira tal que as tiras individuais (5, 6) da primeira e da segunda pluralidade de tiras (5, 6) no estado unido dos tubos interiores (2, 3) em uma região de interseção sejam arranjadas para ser alternativamente deslocadas uma em relação à outra.
10. Método, de acordo com a reivindicação 7, CARACTERIZADO pelo fato de que a primeira e a segunda pluralidade de tiras (5, 6) são conectadas de forma não positiva no tubo exterior (4), depois que o tubo de combinação foi inserido no tubo exterior (4).
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