Relatório Descritivo da Patente de Invenção para "COMPOSIÇÕES DE TIGECICLINA E PROCESSOS DE PREPARAÇÃO".
Este pedido de patente reivindica prioridade partindo do pedido de patente provisório co-pendente Número de Série 60/661.030 depositado em 14 de março de 2005 cuja descrição inteira é incorporada aqui como referência.
A presente invenção refere-se a composições de tigeciclina melhoradas e a métodos para a produção de tais composições. As composições da invenção possuem maior estabilidade tanto no estado sólido quanto em solução. As composições da invenção compreendem tigeciclina, um carboidrato adequado e um ácido ou um tampão. A combinação do carboidrato adequado e o ácido ou o tampão reduz a degradação da tigeciclina como explicado abaixo. A presente invenção fornece vantagens em relação à técnica anterior através do fornecimento de composições de tigeciclina estáveis e de métodos para a produção de tais composições que atingem a estabilidade tanto contra a degradação oxidativa quanto a epimerização. Estas composições são, portanto, mais estáveis quando dissolvidas, liofilizadas, reconstituídas e/ou diluídas que as composições de tigeciclina não produzidas de acordo coma invenção.
A tigeciclina é um antibiótico conhecido na família da tetraciclina e um análogo químico da minociclina. Pode ser utilizada como um tratamento contra bactérias resistentes a fármacos e foi mostrado que funciona onde outros antibióticos falharam. Por exemplo, é ativa contra Staphylococcus aureus resistente à meticilina, Streptococcus pneumoniae resistente à penicilina, enterococos resistentes a vancomicina (DJ. Beidenbach e outros, Di-agnostic Microbiology and Infectious Disease 40: 173-177 (2001); H.W. Bou-cher e outros, Antimicrobial Agents & Chemotherapy 44: 2225-2229 (2000); P.A. Bradford Clin. Microbiol. Newslett. 26: 163-168 (2004); D. Milatovic e outros, Antimicrob. Agents Chemother. 47: 400-404 (2003); R. Patel e outro, Diagnostic Microbiology and Infectious Disease 38: 177-179 (2000); P.J. Pe-tersen e outros, Antimicrob. Agents Chemother. 46: 2595-2601 (2002); e P.J. Petersen e outros, Antimicrob. Agents Chemother. 43: 738-744(1999) e con-tra outros organismos que carregam qualquer uma das duas formas principais de resistência à tetraciclina: efluxo e proteção ribossomal (C. Betriu e outros, Antimicrob. Agents Chemother. 48: 323-325 (2004); T. Hirata e outros Antimicrob. Agents Chemother. 48: 2179-2184 (2004); e P.J. Petersen e outros, Antimicrob. Agents Chemother. 43: 738-744(1999).
A tigeciclina foi historicamente administrada de forma intraveno-sa porque exibe geralmente fraca disponibilidade biológica quando fornecida oralmente. Soluções intravenosas foram largamente preparadas antes do uso, por exemplo, administração a um paciente, partindo de pós liofilizados porque a tigeciclina se degrada em solução principalmente através de oxida-ção. Seria preferível assim como desejável ter uma formulação intravenosa de tigeciclina que não requeresse o uso imediato e pudesse permanecer estável em solução durante até 24 horas.
A tigeciclina é atualmente produzida na forma de um pó liofilizado. Devido à propensão da tigeciclina se degradar, estes pós são preparados sob condições de baixa concentração de oxigênio e de baixa temperatura para minimizar a degradação. Tal processamento é dispendioso porque requer equipamento e manipulação especiais.
O processo típico para a preparação destas composições em pó envolve a dissolução da tigeciclina em água (composição) e a liofilização (secagem por congelamento) da solução até a secura para formar tortas sólidas de tigeciclina amorfa. Estas tortas são então carregadas sob nitrogênio em frascos de vidro arrolhado e enviadas para os usuários finais tais como farmácias de hospitais. Antes de serem administradas aos pacientes, as tortas são reconstituídas, freqüentemente em 0,9% de solução salina, a uma concentração de, por exemplo, aproximadamente 10 mg/mL. A esta concentração, a tigeciclina se degrada rapidamente em solução e, portanto, tem que ser utilizada sem demora. Assim, estas soluções reconstituídas são diluídas imediatamente (também conhecido como mistura) até aproximadamente 1 mg/mL com solução salina ou outros diluentes farmaceuticamente aceitáveis em sacos intravenosos para o fornecimento aos pacientes.
Neste estado diluído, a tigeciclina está pronta para o fornecimen-to intravenoso a um paciente. A uma concentração de 1 mg/mL, entretanto, a tigeciclina deve ser utilizada dentro de 6 horas após a diluição. Devido ao fato de que as infusões intravenosas podem levar várias horas, o pessoal do hospital tem que atuar rapidamente de forma que o tempo da mistura comece no momento em que a dose de tigeciclina tenha sido administrada a um paciente, não mais que 6 horas podem ter passado. Seria mais preferido fornecer à equipe do hospital a flexibilidade e as vantagens que vêm com tempos de mistura e de reconstituição mais longos de forma que, por exemplo, um farmacêutico do hospital pudesse preparar uma solução no dia anterior que precisaria ser administrada a um paciente.
A tigeciclina possui tal tempo de mistura curto e o tempo de reconstituição é essencialmente zero porque em solução, a oxidação da tigeciclina é relativamente rápida. Sob as condições atuais de produção, armazenamento e administração, a forma mais prevalente de degradação é através da oxidação. A razão pela qual a oxidação é a forma mais prevalente de degradação nas formulações anteriores refere-se à estrutura química da tigeciclina. Esta possui uma porção de fenol e é bem-conhecido na técnica da química orgânica que os fenóis são particularmente susceptíveis à oxidação. Quando a tigeciclina é dissolvida em água antes da liofilização, o pH é ligeiramente básico (aproximadamente 7,8). Este é maior que o pKa do grupo fenólico na tigeciclina. Assim, tanto em água quanto em soluções salinas, o grupo fenólico fica desprotonado e mais susceptível à reação com o oxigênio que é o motivo pelo qual a composição e a liofilização da tigeciclina ocorrem sob um lençol de nitrogênio. Conseqüentemente, tem que se tomar cuidado para evitar a exposição desnecessária ao oxigênio pela equipe do hospital durante a reconstituição e a diluição.
Se o pH da solução de tigeciclina fosse menor que o pKa do grupo fenólico na tigeciclina, então a oxidação ocorreria, mas até uma extensão menor. Na verdade, foi observado que a degradação oxidativa da tigeciclina diminui quando o pH é diminuído. Em pH baixo, entretanto, ocorre um outro processo de degradação, a epimerização. Em pHs mais baixos, a epimerização surge como a via de degradação mais predominante.A tigeciclina difere estruturalmente de seu epímero somente em um aspecto.
FÓRMULA II<formula>formula see original document page 5</formula>Na tigeciclina, o grupo N-dimetila no carbono 4 é eis em relação ao hidrogênio adjacente como mostrado acima na fórmula I, enquanto que no epímero, fórmula II, estão trans um em relação ao outro da maneira indicada. Embora seja acreditado que o epímero de tigeciclina não é tóxica, não possui a eficiência antibacteriana da tigeciclina e é, portanto, um produto de degradação indesejável.
No estado liofilizado, a tigeciclina segue as mesmas vias de degradação como em solução, mas a taxa de degradação é menor. Assim, quando a tigeciclina é liofilizada em água de forma que o pH seja de aproximadamente 7,8, a torta liofilizada resultante exibe degradação oxidativa, embora a uma taxa mais lenta que em solução. Similarmente, quando a tigeciclina é liofilizada em uma solução ácida, a via de degradação primária é a epimerização e esta também ocorre a uma taxa mais lenta que em solução.
A epimerização é uma via de degradação conhecida nas tetraci-clinas em geral, embora a taxa de degradação possa variar dependendo da tetraciclina. De forma comparativa, a taxa de epimerização da tigeciclina é particularmente rápida. A literatura sobre a tetraciclina relata vários métodos que cientistas utilizaram para tentar e minimizar a formação de epímeros nas tetraciclinas. Em alguns métodos, a formação de sais metálicos de cálcio, magnésio, zinco ou alumínio com as tetraciclinas limita a formação de epímeros quando feita em pHs básicos em soluções não aquosas. (Gordon,P.N, Stephens Jr, C.R., Noseworthy, M. M., Teare, F.W., Patente U.S. N2 901.107). Em outros métodos, (Tobkes, Patente U.S. N- 4.038.315) a formação de um complexo metálico é realizada em pH ácido e uma forma sólida estável do fármaco é subseqüentemente preparada.
Outros métodos para a redução da formação de epímeros incluem a manutenção de pHs em mais que aproximadamente 6,0 durante o processamento; evitar o contato com conjugados de ácidos fracos tais como formatos, acetatos, fosfatos ou boronatos; e evitar o contato com a umidade incluindo soluções com base em água. Em relação à proteção contra a umidade, Noseworthy e Spiegel (Patente U.S. N2 3.026.248) e Nash e Haeger, (Patente U.S. N2 3.219.529) propuseram a formulação de análogos de tetra-ciclina em veículos não aquosos para aumentar a estabilidade do fármaco. Entretanto, a maior parte dos veículos incluídos nestas invenções é mais apropriada para o uso tópico ao invés de parenteral. A epimerização das tetraciclinas é também conhecida como sendo dependente da temperatura, assim a produção e o armazenamento das tetraciclinas a baixas temperaturas também pode reduzir a taxa de formação de epímeros (Yuen, P.H., So-koloski, T.D., J. Pharm. Sei. 66: 1648-1650, 1977; Pawelczyk, E., Matlak, B, Pol. J. Pharmacol. Pharm. 34: 409-421 , 1982). Vários destes métodos foram tentados com a tigeeiclina, mas nenhum teve sucesso na redução tanto da formação de epímeros quanto da degradação oxidativa embora não introduzissem agentes de degradação adicionais. Foi descoberto que a complexa-ção de metais, por exemplo, possui pouco efeito sobre a formação de epímeros ou a degradação geralmente em pH básico.
Embora o uso de tampões de fosfato, acetato e citrato aumente a estabilidade no estado de solução, estes parecem acelerar a degradação da tigeeiclina no estado liofilizado. Mesmo sem um tampão, entretanto, a epimerização é um problema mais grave com a tigeeiclina que com outras tetraciclinas tal como a minociclina.
Outros destes métodos falharam similarmente na redução tanto da epimerização quanto da degradação oxidativa. Embora tenha sido observado que a manutenção em um pH maior que aproximadamente 6,0 ajuda areduzir a formação de epímeros, como citado anteriormente, tais condições levam a uma maior sensibilidade ao oxigênio. Em relação a veículos não aquosos, embora seja sabido que a água acelera a degradação da tigecicli-na, seria impraticável preparar um medicamento intravenoso utilizando tais veículos.
Embora tenha sido determinado que o processamento a temperaturas mais baixas que a temperatura ambiente, tal como abaixo de aproximadamente 10°C, reduz a taxa de degradação da tigeciclina, tal processamento é dispendioso e seria vantajoso utilizar uma composição que não requeresse uma refrigeração cara durante o processamento.
O pedido de patente chinês CN 1390550A descreve que a mino-ciclina poderia ser combinada com um ácido para aumentar a estabilidade em relação à degradação oxidativa. Esta descreve ainda o uso de um agente de formação de torta, tal como o manitol. Esta referência não fala nada em relação à tigeciclina nem sugere que carboidratos poderiam ser utilizados para reduzir a oxidação ou a epimerização para a minociclina em ambientes com pH reduzido. Na verdade, a minociclina pode ser formulada na forma de um sal de cloridrato em produtos intravenosos sem epimerização significativa. Nos sais de cloridrato de tigeciclina, entretanto, ocorrem epimerização significativa. Assim, a minociclina e a tigeciclina possuem propriedades de epimerização diferentes.
Em um outro experimento, a minociclina foi liofilizada a um pH de aproximadamente 5,0 e a torta liofilizada foi armazenada durante 20 dias a 40°C e 75% de umidade relativa. No final dos 20 dias, a torta foi analisada por HPLC. O epímero da minociclina foi medido como estando presente em um nível de 2,65% em massa. Por comparação, quando a tigeciclina foi liofilizada a um pH de aproximadamente 5,0 e a amostra armazenada sob as mesmas condições, mas durante apenas 4 dias seguidos pela análise de HPLC, o epímero de tigeciclina foi medido como estando em um nível de 5,40%, mais que o dobro muito embora a tigeciclina tenha sido submetida ao estresse durante 1/5 do tempo que a minociclina. Assim, a tigeciclina é epi-merizada muito mais rapidamente que a minociclina e a epimerização é umproblema muito mais significativo com a tigeciclina do que é para a minoci-clina.
A presente invenção se direciona a vários problemas e desvantagens da técnica anterior através do fornecimento de composições estáveis de tigeciclina na forma sólida e de solução. Através da liofilização de uma solução aquosa contendo tigeciclina e um carboidrato adequado em um pH ácido, foram preparadas composições de tigeciclina que são mais estáveis tanto contra a degradação oxidativa quanto a epimerização que as composições existentes. Devido ao fato de que o pH é ácido, a degradação oxidativa foi diminuída. Além disso, foi determinado que carboidratos adequados atuam para estabilizar a tigeciclina contra a formação de epímeros em pHs ácidos.
As composições da invenção são mais estáveis no estado liofili-zado que as composições existentes e não requerem condições de processamento a baixas temperaturas ou à baixa concentração de oxigênio. É esperado ainda que tais composições possuam tempos de estabilidade na re-constituição e na mistura maiores que os das composições existentes. Por exemplo, uma modalidade da invenção é estável durante 6 horas após a reconstituição e estável durante mais 18 horas após a mistura. Estes tempos de estabilidade estendidos tornam a tigeciclina muito mais fácil de ser utilizada em um ambiente hospitalar fornecendo a flexibilidade necessária para a equipe do hospital quando os pacientes são tratados.
As composições em estado sólido da invenção compreendem tigeciclina, um carboidrato adequado e um ácido ou um tampão.
Os carboidratos adequados são os carboidratos capazes de reduzir a formação de epímeros em pelo menos uma forma sólida preparada em pelo menos um ambiente de pH quando comparada com a de uma forma sólida de tigeciclina preparada no mesmo ambiente de pH que não possui os carboidratos adequados. Em uma modalidade, o ambiente de pH varia de aproximadamente 3,0 até aproximadamente 7,0, tais como pHs variando de aproximadamente 4,0 até aproximadamente 5,0 ou de aproximadamente 4,2 até aproximadamente 4,8. Em uma modalidade, a pelo menos uma formasólida é escolhida de pós e tortas liofilizadas de tigeciclina. Os exemplos de carboidratos adequados incluem as formas anidras, hidratadas e solvatadas de compostos tais como lactose, manose, sacarose e glicose. Os carboidratos adequados incluem mono e dissacarídeos, por exemplo, um monossacarídeo de aldose ou um dissacarídeo, preferencialmente um dissacarídeo tal como lactose e sacarose. A lactose é mais preferida. Conseqüentemente, os carboidratos adequados podem incluir formas sólidas diferentes. Por exemplo, por lactose são incluídas as formas sólidas diferentes de lactose tal como lactose anidra, lactose monohidratada ou qualquer outra forma hidratada ou solvatada de lactose. A lactose e a sacarose são dissacarídeos. Será, portanto, esperado que os dissacarídeos, como uma classe, atuem de acordo com a invenção.
As composições da invenção incluem soluções, tais como as preparadas antes da liofilização, contendo tigeciclina, um carboidrato adequado e um ácido ou um tampão. Em algumas modalidades da invenção, as soluções podem ser armazenadas durante várias horas antes da liofilização de modo a fornecer maior flexibilidade na produção. As composições da invenção incluem ainda pós liofilizados ou tortas contendo tigeciclina, um carboidrato adequado e um ácido ou um tampão.
Em algumas modalidades da invenção, o carboidrato adequado utilizado é a lactose monohidratada e a proporção molar de tigeciclina em relação à lactose monohidratada no pó liofilizado ou torta fica entre aproximadamente 1:0,2 até aproximadamente 1:5. Algumas modalidades possuem proporções molares de tigeciclina em relação à lactose monohidratada molar entre aproximadamente 1:1,6 até aproximadamente 1:3,3.
As composições da invenção incluem ainda soluções feitas de pó liofilizado ou torta, por exemplo, através da reconstituição com solução salina ou outros diluentes farmaceuticamente aceitáveis. As composições da invenção incluem ainda soluções resultantes da diluição de tais soluções reconstituídas com diluentes farmaceuticamente aceitáveis para uso em sacos intravenosos.
Qualquer carboidrato capaz de reduzir a formação de epímerosna invenção é um carboidrato adequado é esta invenção não está limitada às composições que empregam tais carboidratos especificamente identificados.
É esperado que derivados de açúcares, por exemplo, possam funcionar de acordo com a invenção para reduzir a formação de epímeros. Assim, até a extensão em que tais derivados de açúcares, tais como álcoois de açúcares, glicosaminas e alquil ésteres isoladamente ou em combinação reduzem a formação de epímeros de acordo com a invenção, estes são carboidratos adequados. Similarmente, outros carboidratos adequados podem incluir sacarídeos maiores tais como polissacarídeos; carboidratos complexos tais como hetastarch, dextrano; e celuloses tais como hidroxipropilmeil celulose e hidroxipropil celulose. Será ainda esperado que combinações de carboidratos, incluindo monossacarídeos e trissacarídeos, sejam carboidratos adequados e atuem para reduzir a formação de epímeros de acordo com a invenção.
Os ácidos e os tampões da invenção incluem qualquer ácido ou tampão farmaceuticamente aceitável capaz de ajustar o pH de uma solução de tigeciclina/carboidrato adequado até entre aproximadamente 3,0 até a-proximadamente 7,0, aproximadamente 4,0 até aproximadamente 5,0 ou aproximadamente 4,2 até aproximadamente 4,8. Os exemplos de tais ácidos incluem, mas não estão limitados a ácido clorídrico, incluindo 1,0 N de HCI, ácido gentísico, ácido láctico, ácido cítrico, ácido acético e ácido fosfórico. Os exemplos de tampões adequados incluem succinatos.
Os compostos da invenção podem ser preparados através de um número de métodos aceitáveis. Os métodos descritos abaixo são exemplos e não devem significar uma limitação da invenção.
Em um método da invenção, a tigeciclina é dissolvida em água para formar uma solução. O pH da solução é subseqüentemente diminuído através da adição de um ácido ou de um tampão. Um carboidrato adequado é então dissolvido na solução e a solução é liofilizada até a secura para formar um pó ou uma torta liofilizada.
A tigeciclina pode ser misturada com um carboidrato adequado edissolvida em água. Após o pH da solução ser ajustado de forma que seja ácido, a solução pode então ser liofilizada até a secura para formar um pó ou uma torta liofilizada.
A liofilização de soluções da invenção pode ser realizada através de qualquer meio farmaceuticamente aceitável. Uma vez liofilizadas, as composições da invenção podem ser armazenadas sob um gás inerte, tal como nitrogênio, para retardar adicionalmente o processo de degradação, mas, ao contrário da composição de tigeciclina atual, tais ambientes com baixa concentração de oxigênio não são necessários para a invenção.
Quando a tigeciclina é combinada com um carboidrato adequado, qualquer forma no estado sólido da tigeciclina que seja suficientemente solúvel em água pode ser utilizada. Tais formas no estado sólido incluem polimorfos de tigeciclina cristalina, formas amorfas e sais.
Adicionalmente, quando são preparadas as soluções de tigeci-clina da invenção para liofilização, deve-se adicionar ácido ou tampão suficiente na solução aquosa contendo a tigeciclina para a obtenção de um pH de aproximadamente 3,0 e aproximadamente 7,0 incluindo aproximadamente 4,0 até aproximadamente 5,0 e de aproximadamente 4,2 até aproximadamente 4,8.
As composições da invenção podem ser preparadas para uso em dosagem única. Nesta modalidade, as soluções da invenção são liofilizadas em frascos individuais, tais como frascos de 20 ml_. Após a liofilização, os frascos são arrolhados com qualquer rolha farmaceuticamente aceitável. Os frascos arrolhados são então enviados para uso.
Quando necessário, os frascos podem ser reconstituídos através da adição de diluente suficiente para atingir a concentração desejada de tigeciclina. A concentração das soluções reconstituídas pode ser facilmente determinada pelos versados na técnica. Qualquer diluente farmaceuticamente aceitável pode ser utilizado. Os exemplos de tais diluentes incluem água, solução salina, tal como 0,9% de solução salina, solução para Injeção de Ringer Lactada e soluções de dextrose incluindo 5% de dextrose (D5W).
As soluções reconstituídas da invenção podem então ser arma-zenadas em um estado reconstituído, ao contrário das composições atuais, antes da mistura. A mistura pode ocorrer, por exemplo, em um saco intrave-noso. Para preparar uma mistura, a solução reconstituída suficiente é misturada em um saco intravenoso contendo um diluente farmaceuticamente aceitável tal como solução salina ou solução de dextrose tal como D5W. A concentração das misturas pode ser facilmente determinada pelos versados na técnica. Os tempos de mistura para as composições da invenção podem ser muito mais longos que aqueles para a composição existente. Uma vez misturada, a solução de tigeciclina está pronta para a administração ao paciente. A mistura pode ser administrada isoladamente ou junto com um outro agente ou composição farmacêutica.
Os seis exemplos a seguir ilustram várias modalidades da invenção e não são pretendidos como limitantes da invenção de forma alguma. Cada exemplo detalha vários experimentos em que a tigeciclina foi dissolvida com um carboidrato em solução ácida aquosa, liofilizada e analisada em relação aos produtos de degradação por HPLC. As condições de HPLC para cada exemplo eram essencialmente as mesmas. As tabelas que acompanham os exemplos refletem os resultados dos dados de HPLC que mostram os produtos da degradação oxidativa identificados nas tabelas como tempos de retenção relativa (RRT) 0,50/MW 601 e RRT 0,55/MW 583, o e-pímero (RRT 0,74/MW 585) e a quantidade total de tigeciclina presente sob uma variedade de condições (identificada como "Tigeciclina" nas tabelas). Em muitos casos, após as soluções serem liofilizadas, estas foram colocadas sob condições de estabilidade acelerada de 40°C e 75% de umidade relativa. Estas condições são padrões da indústria utilizados para simular o efeito do armazenamento em longo prazo sob condições de prateleira normais.
No exemplo 1, as soluções de tigeciclina, lactose e 1,0 N de HCI foram liofilizadas e as tortas resultantes foram colocadas em câmaras de estabilidade a 40°C e 75% de umidade relativa durante 25 dias. No final dos 25 dias, as tortas foram analisadas por HPLC para a identificação dos produtos de degradação.Um experimento similar é detalhado no Exemplo 2a. Ali, as tortas liofilizadas foram analisadas por HPLC após serem armazenadas durante 39 dias a 40°C e 75% de umidade relativa. As tortas de amostras dos dois experimentos foram reconstituídas em D5W (5% de dextrose) e as amostras das tortas restantes foram reconstituídas em solução salina imediatamente antes da análise de HPLC.
No experimento 2b, após as tortas liofilizadas terem sido submetidas às condições de estresse como no exemplo 2a, várias das tortas foram reconstituídas em 0,9% de solução salina e mantidas em solução durante 6 horas. Outras foram reconstituídas em dextrose. No final do período de 6 horas, algumas destas amostras em solução, que são identificadas na tabela 2b, foram testadas por HPLC.
O exemplo 2c ilustra um teste de estabilidade nas soluções misturadas. Nestas soluções, as soluções reconstituídas do exemplo 2b foram mantidas durante 6 horas a aproximadamente 10 mg/mL e então diluídas até aproximadamente 1 mg/mL, a concentração intravenosa típica para a tigeci-clina e mantidas durante 18 antes da análise por HPLC (tabela 2c).
No exemplo 3, o ácido gentísico, ao invés do ácido clorídrico, foi utilizado para reduzir o pH das soluções pré-liofilizadas de tigeciclina. Uma vez liofilizadas, as tortas foram submetidas ao estresse a 45°C e 75% de umidade relativa durante 48 dias e então analisada por HPLC.
As amostras do exemplo 4 mostram os efeitos da alteração da lactose por outros carboidratos sobre a formação de epímeros e a recuperação da tigeciclina quando são produzidas as soluções de tigeciclina préliofilizadas. Em cada um dos exemplos 4a, 4b e 4c, as soluções indicadas foram preparadas e liofilizadas. Cada torta foi submetida ao estresse de a-cordo com os parâmetros fornecidos nos exemplos 4a-4c, tirada em solução e analisada por HPLC.
O tempo de repouso, o tempo entre a composição e a liofilização e a ordem de adição de tigeciclina e de lactose foram estudados como fatores na formação de epímeros e na recuperação da tigeciclina no exemplo 5. Uma vez que as tortas foram liofilizadas, foram submetidas ao estresse a40°C e 75% de umidade relativa durante 48 dias antes da análise de HPLC. Os resumos dos dados de HPLC aparecem na tabela 5.
A proporção de lactose em relação à tigeciclina foi variada nos experimentos no exemplo 6. Quando foram preparadas as soluções que seriam liofilizadas, foram empregadas proporções variáveis de lactose em relação à tigeciclina. As proporções de massa são relatadas na primeira coluna da tabela 6. As soluções, que tinham cada uma um pH de aproximadamente 5,0, foram subseqüentemente liofilizadas até a secura e as tortas resultantes foram submetidas ao estresse a 40gC e 75% de umidade relativa durante 20 dias e analisadas por HPLC.
Exemplo 1
A tigeciclina (1880 mg) foi dissolvida em 75 mL de água Milli-Q para formar uma solução em massa. Uma alíquota desta solução em massa contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina foi dissolvida em um frasco de 20 mL contendo 200 mg de lactose monohidratada. Uma outra alíquota da solução em massa contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina foi colocada em um frasco de amostra vazio de 20 mL. Não foi feito qualquer ajuste de pH em qualquer uma destas duas soluções. As soluções foram subseqüentemente liofilizadas até a secura.
O pH do restante da solução em massa foi diminuído até aproximadamente 6,0 com a adição de 1,0 N de HCI. Uma vez que um pH de aproximadamente 6,0 foi obtido, uma alíquota da solução em massa contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina foi dissolvida em um frasco de amostra de 20 mL contendo aproximadamente 200 mg de lactose monohi-dratada e a solução resultante foi liofilizada até a secura. O restante da solução em massa foi tratado com 1,0 N de HCI até um pH de aproximadamente 5,5 ser obtido em cujo ponto 100 mg de tigeciclina da solução em massa foram transferidos para um frasco de 20 mL contendo 200 mg de lactose monohidratada. Após a dissolução, a solução foi liofilizada até a secura. Similarmente, frascos de amostra de 20 mL contendo soluções de aproximadamente 100 mg de tigeciclina e aproximadamente 200 mg de lactose foram preparados em pHs de aproximadamente 5,0 e aproximadamente 4,5. Umaoutra amostra de solução foi preparada em aproximadamente pH 4,5 sem qualquer lactose. Em cada caso, as soluções foram subseqüentemente liofi-lizadas até a secura. Todas as liofilizações foram feitas em soluções congeladas a -70°C por gelo seco com acetona.
As amostras liofilizadas foram colocadas em uma câmara a 40°C/75% de umidade relativa durante 25 dias. Depois disso, as amostras foram analisadas por HPLC e um resumo dos resultados aparece abaixo na tabela 1, que reflete os produtos de degradação principais para cada torta que foi testada. A soma total dos 6 produtos principais de degradação listados nastabelas não se iguala a 100% porque nem todos os produtos de degradação estão listados na tabela. Das 7 tortas testadas nos exemplo 1, 5 eram composições da invenção e as primeiras duas (tigeciclina isoladamente sem a-juste de pH e tigeciclina mais lactose sem ajuste de pH) eram os controles.
As vantagens das composições da invenção são evidentes partindo deste exemplo. Por exemplo, na composição preparada sem lactose em um pH de aproximadamente 4,5, apenas 74,10% de tigeciclina foram detectados enquanto que o epímero estava presente em uma quantidade de 23,51%. Por comparação, a amostra com pH 4,5 com lactose continha apenas 2,53% de epímero e tinha um conteúdo de tigeciclina de 97,17%.
Tabela 1<table>table see original document page 15</column></row><table>ND = Não detectado; MW é o peso molecular; RRT significa o tempo de retenção relativo ao pico de tigeciclina. Exemplo 2
2a. A tigeciclina (1700 mg) foi dissolvida em 85 mL de água Milli-Q para formar uma solução em massa. As soluções contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina e aproximadamente 200 mg de lactose monohi-dratada foram preparadas em pHs de aproximadamente 5,2, 5,0, 4,8 e 3,0 da mesma maneira em que as soluções de tigeciclina/lactose/HCI foram preparadas no exemplo 1. Uma solução de tigeciclina e lactose em pH de aproximadamente 4,5 foi preparada através da adição de 1,0 N de NaOH na solução em massa em pH 3,0 seguida pela dissolução de uma alíquota de solução em massa contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina em um frasco de 20 mL contendo aproximadamente 200 mg de lactose monohidra-tada. Todas as amostras foram liofilizadas (congeladas a -50°C por secadores por congelamento da AdVantageA/irtis) até a secura. As amostras liofilizadas foram colocadas em uma câmara a 40°C/75% de umidade relativa durante 39 dias e subamostradas e analisadas por HPLC. Os dados são mostrados na tabela 2a.
2b. No final de 39 dias, as tortas liofilizadas do Exemplo 2a foram reconstituídas com 0,9% de NaCI até uma concentração de 10 mg/mL de tigeciclina e mantidas à temperatura ambiente durante 6 horas. Alíquotas separadas das soluções em pH de aproximadamente 5,0 e aproximadamente 4,5 foram reconstituídas com 5% de Dextrose, ao invés de solução salina, até uma concentração de aproximadamente 10 mg/mL e mantidas à temperatura ambiente durante 6 horas. Cada uma das soluções foi então analisada por HPLC e os resultados são mostrados na tabela 2b.
Os dados mostram que as composições da invenção protegem contra a formação de epímeros nas soluções reconstituídas durante 6 horas. Na verdade, o conteúdo máximo de epímeros de qualquer um destes exempios era de apenas 2,45%, enquanto que o conteúdo mínimo de tigeciclina era de 97,1%. Em uma modalidade, quando o pH era de aproximadamente 4,5 e o diluente era solução salina, no final do período de reconstituição de 6horas, apenas 1,60% de epimero estava presente. Em tal modalidade, a quantidade de tigeciclina foi medida como sendo de 98,15%, que, em algumas aplicações pode ter pureza suficiente para uso hospitalar.
2c. Soluções de mistura de tigeciclina (a 1 mg/mL) foram produzidas através da diluição da solução reconstituída (do exemplo 2b) com 0,9% de NaCI ou 5% de Dextrose dependendo de qual diluente foi utilizado para a reconstituição. As soluções foram mantidas à temperatura ambiente durante 18 horas e analisadas por HPLC. Os resultados estão resumidos na Tabela 2c.
A amostra a aproximadamente pH 4,5 com lactose e sem dextrose teve um aumento na concentração de epímeros de 1,60% até apenas 1,80% com o prosseguimento da mistura enquanto que o conteúdo total de tigeciclina diminuiu apenas ligeiramente para tal amostra de 98,15% para 97,97%. Estes resultados em relação à amostra em pH de aproximadamente 4,5 ilustram que tal amostra fica suficientemente estável após a torta liofili-zada ser armazenada sob condições de estabilidade acelerada durante 39 dias seguidos por 6 horas de reconstituição e 18 horas de mistura.
Tabela 2a<table>table see original document page 17</column></row><table>Tabela 2b<table>table see original document page 18</column></row><table>
Tabela 2c<table>table see original document page 18</column></row><table>
Exemplo 3
A tigeciclina (700 mg) foi dissolvida em 28 mL de água Milli-Q para formar uma solução em massa. Uma alíquota da solução em massa contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina foi carregada em um frasco de 20 mL como a amostra de controle. As amostras de solução de tigeciclina, lactose e um ácido foram preparadas em pHs de aproximadamente 5,8, 5,1 e 4,5 de acordo com os métodos do exemplo 1 exceto pelo fato de que o ácido gentísico foi utilizado para diminuir o pH da solução em massa ao invés de 1,0 N de HCI. Foram preparadas duas amostras adicionais de soluções de tigeciclina sem lactose, uma em pH de aproximadamente 5,1 euma outra em um pH de aproximadamente 4,5. Todas as soluções foram congeladas a -70°C (por gelo seco com acetona) e liofilizadas até a secura. As amostras liofilizadas foram colocadas em uma câmara a 40°C/75% de umidade relativa durante 48 dias e analisadas por HPLC. Os dados são resumidos na Tabela 3 e mostram que esta composição funciona de acordo com a invenção para reduzir a degradação.
Tabela 3<table>table see original document page 19</column></row><table> Exemplo 4
4a. A tigeciclina (1600 mg) foi dissolvida em 64 ml_ de água Milli-Q para formar uma solução em massa e duas amostras da solução, cada uma contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina, foram carregadas em dois frascos de amostra de 20 ml_ separados contendo 160 mg de lactose monohidratada e 160 mg de manitol respectivamente. Uma terceira a-mostra contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina da solução em massa foi carregada em um frasco de 20 mL de branco. O pH do restante da solução em massa foi ajustado seqüencialmente com 1,0 N de HCI até aproximadamente 7,0, 6,5 e 6,0 como pelo procedimento apresentado no exemplo 1. As soluções de amostra cada uma contendo 100 mg de tigeciclina foram carregadas em frascos de 20 mL contendo 160 mg de lactose monohidratada, 160 mg de manitol ou nenhum em cada valor de pH. As soluções resultantes foram liofilizadas (congeladas a -70°C por gelo seco com acetona) até a secura. As amostras liofilizadas foram colocadas em um forno a 40°C durante 70 horas e então analisadas por HPLC. Os dados estão resumidos na tabela 4a.4b. A tigeciclina (1800 mg) foi dissolvida em 72 ml_ de água Milli-Q para formar uma solução em massa. Alíquotas da solução em massa contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina foram carregadas em três frascos de 20 ml_ separados contendo aproximadamente 200 mg de lactose monohidratada, frutose e sacarose respectivamente. O pH da solução em massa foi ajustado seqüencialmente com 1,0 N de HCI até aproximadamente 6,0 e 5,4 de acordo com o procedimento apresentado no exemplo 1. Em cada valor de pH, as alíquotas de solução contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina foram coletadas em frascos de 20 ml_ contendo 200 mg de um dos carboidratos a seguir: lactose monohidratada, frutose ou sacarose e dissolvidas. Soluções sem carboidratos também foram preparadas em cada valor de pH. As soluções foram liofilizadas (congeladas a -70°C por gelo seco com acetona) até a secura. As amostras liofilizadas foram colocadas em um forno a 40°C durante 89 horas e analisadas por HPLC. Os resultados estão resumidos na Tabela 4b.
4c. A tigeciclina (1000 mg) foi dissolvida em 50 ml_ de água Milli-Q para formar uma solução em massa. O pH da solução em massa foi ajustado com 1,0 N de HCI até aproximadamente 5,0. Quatro alíquotas de solução em massa, cada uma contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina, foram carregadas em frascos de 20 mL contendo aproximadamente 200 mg de glicose, manose, ribose e xilose respectivamente e dissolvidas. A quinta alíquota de solução em massa contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina foi carregada em um frasco de 20 mL contendo aproximadamente 125 mg de treose e dissolvida. Todas as cinco soluções foram liofilizadas(congeladas a -50°C por secadores por congelamento da AdVantage/Virtis) até a secura. As amostras liofilizadas foram colocadas em uma câmara a 25°C/60% de umidade relativa durante 42 dias e analisadas por HPLC. Os resultados estão resumidos na tabela 4c. Entende-se que os dados nas tabelas 4a-4c ilustram o efeito de carboidratos adequados tal como a lactose na invenção.Tabela 4a<table>table see original document page 21</column></row><table>Tabela 4c<table>table see original document page 22</column></row><table> Exemplo 5
5a. A tigeciclina (1000 mg) foi dissolvida em 40 mL de água Milli-Q para formar uma solução em massa. O pH da solução em massa foi ajustado com 1,0 N de HCI até aproximadamente 5,0. Em tal pH, duas alíquotas da solução em massa, cada uma contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina, foram carregadas separadamente em dois frascos de 20 mL cada um contendo aproximadamente 200 mg de lactose monohidratada. Uma amostra foi congelada imediatamenta a -70°C (por gelo seco com acetona) e a outra amostra foi mantida à temperatura ambiente durante 5 horas antes do congelamento. As amostras congeladas foram subseqüentemente liofili-zadas até a secura. As amostras liofilizadas foram colocadas em uma câmara a 40°C/75% de umidade relativa durante 48 dias e analisadas por HPLC.
Os resultados estão resumidos na Tabela na forma de amostras "A".
5b. A lactose monohidratada (750 mg) foi dissolvida em 15 mL de água Milli-Q. A tigeciclina (375 mg) foi adicionada a esta solução e o pH foi ajustado até aproximadamente 5,0 com 1,0 N de HCI. Neste pH, duas alíquotas da solução, cada uma contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina e aproximadamente 200 mg de lactose monohidratada, foram carregadas em dois frascos de 20 mL respectivamente. A solução em um frasco de amostra foi congelada imediatamente a -70°C (por gelo seco com acetona). A solução na outra amostra foi mantida à temperatura ambiente durante 5 horas antes do congelamento. As amostras congeladas foram liofilizadas até a secura. As amostras liofilizadas foram colocadas em uma câmara a 40°C/75% de umidade relativa durante 48 dias e analisadas por HPLC. Osresultados estão resumidos na Tabela 5 como as amostras "B". Os dados de "A" e de "B" ilustram composições da invenção que reduzem os produtos de degradação.
Tabela 5<table>table see original document page 23</column></row><table>
Exemplo 6
6a. A tigeciclina (1700 mg) foi dissolvida em 85 ml_ de água Milli-Q para formar uma solução em massa. O pH da solução em massa foi ajustado até aproximadamente 5,0 com 1,0 N de HCI. Quatro alíquotas da solução em massa, cada uma contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina, foram carregadas separadamente em quatro frascos de 20 ml_ contendo a-proximadamente 50, 100, 200 e 300 mg de lactose monohidratada respectivamente. Uma vez que a lactose estava completamente dissolvida, as amostras foram liofilizadas (congeladas a -50°C por secadores por congelamento da AdVantage/Virtis) até a secura. As amostras liofilizadas foram colocadas em uma câmara a 40°C 75% de umidade relativa durante 4 dias e analisadas por HPLC. Os resultados estão resumidos na Tabela 6a e fornecem e-xemplos de composições da invenção.
6b. A tigeciclina (400 mg) foi dissolvida em 20 ml_ de água Milli-Q para formar uma solução em massa. O pH da solução em massa foi ajustado até aproximadamente 5,0 com 1,0 N de HCI. Três alíquotas da solução em massa, cada uma contendo aproximadamente 100 mg de tigeciclina, fo-ram carregadas separadamente em três frascos de 20 ml_ contendo 15, 31 e 62 mg de lactose monohidratada respectivamente. Após a dissolução, as amostras foram liofilizadas (congeladas a -50°C por secadores por congelamento da AdVantage/Virtis) até a secura. As amostras liofilizadas foram colocadas em uma câmara a 40°C/75% de umidade relativa durante 20 dias e analisadas por HPLC. Os resultados estão resumidos na Tabela 6b e mostram as composições da invenção.
Tabela 6a<table>table see original document page 24</column></row><table>
Tabela 6b<table>table see original document page 24</column></row><table>