(54) Título: DISPOSITIVO DE ANASTOMOSE (51) Int.CI.: A61B 17/11 (30) Prioridade Unionista: 29/11/2005 US 11/164,574 (73) Titular(es): JOHNSON & JOHNSON (72) Inventor(es): MARK S. ORTIZ; ROBERT JASON SIMMS; TOM ALLEN DITTER; DAVID NICOLAS PLESCIA; SOANE Η. EKE
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Relatório Descritivo da Patente de Invenção para DISPOSITIVO DE ANASTOMOSE.
CAMPO DA INVENÇÃO [001] A invenção refere-se amplamente a um dispositivo de anastomose, e, mais particularmente, a um dispositivo de anastomose formado a partir de um tubo trançado de arame conservador de forma, onde o dispositivo de anastomose pode prender tecidos de um local anastomótico em justaposição, quando desdobrado.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO [002] Durante muitos procedimentos cirúrgicos, o cirurgião terá que fechar ou ligar vários vasos sanguíneos e outros dutos antes de separá-los a fim de impedir o sangramento excessivo e reduzir o risco de outras complicações para o paciente. Uma técnica de ligação é a de amarrar uma sutura em torno do vaso para fechar o vaso. Alternativamente, o cirurgião pode colocar um grampo apresentando um par de pernas conectadas em suas extremidades proximais em torno do vaso, e pressionar ou comprimir as pernas entre si para fechar o vaso. [003] Uma desvantagem associada com alguns grampos comuns usados para ligar os vasos é a de que as pernas do grampo podem tender a se separar em certo ponto depois da soltura de um aplicador de grampos. Este fenômeno é chamado de formação semelhante ao bico de pato. A formação semelhante ao bico de pato pode resultar na ligação insuficiente de um vaso, levando assim a uma perda excessiva de sangue e/ou a danos desnecessários ao vaso. Além disso, alguns grampos de ligação conhecidos são geralmente difíceis de serem précarregados em um aplicador de grampos por causa da resistência entre o tecido disposto entre as garras e as características de agarre nas pernas do grampo.
[004] Consequentemente, persiste a necessidade de um instrumento e um método cirúrgicos aperfeiçoados, em particular, para
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2/22 grampos cirúrgicos usados para ligar vasos sanguíneos, outros dutos, e similares.
SUMÁRIO DA INVENÇÃO [005] Concretizações da presente invenção geralmente proporcionam dispositivos de anastomose para prender camadas de tecido, tais como as paredes de um intestino delgado e uma bolsa superior do estômago, em justaposição. Um dispositivo de anastomose, em uma concretização da invenção, geralmente inclui um corpo que pode ser formado a partir de um arame conservador de forma trançado que apresenta um lúmen central. O corpo pode ser configurável entre uma posição expandida, na qual o corpo pode assumir uma configuração geralmente tubular apresentando uma parede de malha de arame adaptada para inserção em um lúmen de um local anastomótico, e uma posição de descanso, na qual o corpo pode assumir uma configuração anular apresentando uma pluralidade de pétalas com pontas de pétalas que definem uma periferia externa. A posição de descanso é eficaz para prender tecidos opostos do local anastomótico em justaposição e pode aplicar uma pressão aos tecidos opostos, de tal modo que a pressão aumente de uma periferia externa para uma periferia interna do dispositivo. A pluralidade de pétalas pode ser configurada para aplicar a pressão aos tecidos opostos para impedir a necrose dos tecidos opostos em uma região de contato, tal como uma região em torno da periferia externa do dispositivo. Em uma concretização, na posição de descanso, as pontas das pétalas são adaptadas para entrarem em contato com os tecidos opostos ao longo de uma distância maior do que aproximadamente 5% da circunferência da periferia externa do dispositivo.
[006] Em uma concretização do dispositivo de anastomose, a pluralidade de pétalas pode incluir um conjunto superior de pétalas adjacentes e um conjunto inferior de pétalas adjacentes onde o dispositivo
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3/22 é adaptado para receber os tecidos opostos entre os conjuntos inferior e superior de pétalas. Em uma posição de descanso, cada pétala do conjunto superior e do conjunto inferior de pétalas adjacentes pode ser formada por braços adjacentes conectados por uma ponta que se estende ao longo de uma porção da periferia externa do dispositivo. Cada ponta de pétala pode ter um primeiro raio e cada braço pode ser conectado à ponta em uma dobra apresentando um segundo raio, onde o primeiro raio é maior do que o segundo raio. As pontas do conjunto superior das pétalas adjacentes apresentam pontos intermediários que podem ser escalonados em torno de uma circunferência do dispositivo com relação aos pontos intermediários das pontas do conjunto inferior das pétalas adjacentes ou podem ser substancialmente alinhados com pontos intermediários da pontas do conjunto inferior de pétalas adjacentes.
[007] As pétalas superiores e inferiores do dispositivo podem ser configuradas com uma variedade de geometrias. Em uma concretização, onde o dispositivo é configurado na posição de descanso, os braços adjacentes e a ponta de cada pétala podem ser orientados em uma configuração substancialmente planar em um plano que é substancialmente perpendicular a um eixo central que se estende através do lúmen central do dispositivo. Em outra concretização, os braços adjacentes de cada pétala podem ser orientados em um plano que é substancialmente perpendicular a um eixo central que se estende através do lúmen central do dispositivo, onde pelo menos uma porção dos braços adjacentes do conjunto superior de pétalas inclui uma porção de arco apresentando uma abertura de revestimento inferior, e pelo menos uma porção dos braços adjacentes do conjunto inferior de pétalas inclui uma porção de arco apresentando uma abertura de face superior. Os braços adjacentes do conjunto de pétalas podem incluir uma porção de dobra disposta entre a porção de arco e a ponta que
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4/22 pode orientar a ponta no plano que é substancialmente perpendicular a um eixo central que se estende através do lúmen central do dispositivo e os braços adjacentes do conjunto inferior de pétalas pode incluir uma porção de dobra disposta entre a porção de arco e a ponta. A porção de dobra dos braços adjacentes pode orientar a ponta no plano que é substancialmente perpendicular a um eixo central que se estende através do lúmen central do dispositivo. Em ainda outra concretização, a ponta de cada pétala pode ter uma porção de pico que define uma abertura de revestimento inferior e uma porção de depressão que define uma abertura de revestimento superior.
[008] Em outra concretização, o dispositivo de anastomose pode incluir um primeiro arame circunferencialmente acoplado às pontas das pétalas do conjunto superior de pétalas adjacentes e um segundo arame circunferencialmente acoplado às pontas das pétalas do conjunto inferior de pétalas adjacentes. Quando o dispositivo for configurado na posição de descanso, o primeiro arame e o segundo arame poderão entrar em contato com os tecidos opostos ao longo de uma distância maior do que aproximadamente 90% da circunferência da periferia externa do dispositivo.
[009] Métodos para acoplar as camadas de tecido são também providos. Em uma concretização, o método pode incluir a provisão de um dispositivo de anastomose, formado a partir de um arame conservador de forma trançado apresentando uma parede de malha de arame definindo um lúmen central e configurado em uma posição tubular expandida através de um lúmen definido por dois tecidos opostos. O método pode também incluir o desdobramento do dispositivo de anastomose para prender os tecidos opostos em justaposição, de tal modo que, com o desdobramento, o dispositivo assuma uma configuração anular apresentando uma pluralidade de pétalas com as pontas das pétalas que definem uma periferia externa. Na medida em que é assim
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5/22 desdobrado, o dispositivo é eficaz para aplicar uma pressão aos tecidos opostos, de tal modo que a pressão diminua da periferia externa para a periferia interna do dispositivo.
BREVE DESCRIÇÃO DOS DESENHOS [0010] A invenção será mais completamente entendida a partir da seguinte descrição detalhada tomada em conjunção com os desenhos anexos, nos quais:
[0011] a Figura 1 é uma vista superior de um dispositivo de anastomose da técnica anterior mostrado em um estado desdobrado;
[0012] a Figura 2 é uma vista lateral de uma concretização de um dispositivo de anastomose do tipo necrosante de tecido em uma configuração tubular alongada expandida;
[0013] a Figura 3A é uma vista de topo de uma concretização de um dispositivo de anastomose do tipo necrosante de tecido em um estado desdobrado apresentando pétalas escalonadas com pontas nãosobrepostas;
[0014] a Figura 3B é uma vista lateral do dispositivo de anastomose da Figura 3A;
[0015] a Figura 3C é uma vista em perspectiva do dispositivo de anastomose da Figura 3A apresentando um material de tecido disposto entre uma porção das pétalas opostas;
[0016] a Figura 4A é uma vista de topo de uma concretização de um dispositivo de anastomose do tipo necrosante de tecido em um estado desdobrado apresentando pétalas sobrepostas escalonadas; [0017] a Figura 4B é uma vista lateral do dispositivo de anastomose do tipo necrosante de tecido da Figura 4A;
[0018] a Figura 4C é uma vista em perspectiva da concretização do dispositivo de anastomose do tipo necrosante de tecido da Figura 4A apresentando um material de tecido disposto entre uma porção das pétalas opostas;
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6/22 [0019] a Figura 4D é uma vista lateral de outra concretização do dispositivo de anastomose do tipo necrosante de tecido da Figura 4A; [0020] a Figura 5A é uma vista de topo de uma concretização de um dispositivo de anastomose do tipo necrosante de tecido em um estado desdobrado apresentando pétalas sobrepostas escalonadas; [0021] a Figura 5B é uma vista lateral do dispositivo de anastomose da Figura 5A;
[0022] a Figura 5C é uma vista em perspectiva do dispositivo de anastomose da Figura 5A apresentando um material de tecido disposto entre uma porção das pétalas opostas;
[0023] a Figura 6A é uma concretização de um dispositivo de anastomose do tipo necrosante de tecido em um estado desdobrado apresentando pétalas sobrepostas alinhadas;
[0024] a Figura 6B é uma vista lateral do dispositivo de anastomose da Figura 6A;
[0025] a Figura 6C é uma vista em perspectiva do dispositivo de anastomose da Figura 6A apresentando um material de tecido disposto entre uma porção das pétalas opostas;
[0026] a Figura 7 ilustra uma concretização de um dispositivo de anastomose do tipo necrosante de tecido em um estado desdobrado que apresenta um anel de distribuição de pressão disposto em torno das pontas das pétalas;
[0027] a Figura 8 ilustra o dispositivo de anastomose da Figura 7 antes da formação dos anéis de distribuição de pressão;
[0028] a Figura 9A é uma vista de topo de uma concretização de um dispositivo de anastomose configurado para promover o crescimento do tecido em torno de uma periferia interna do dispositivo;
[0029] a Figura 9B é uma vista em perspectiva do dispositivo de anastomose da Figura 9A; e [0030] a Figura 9C é uma vista em perspectiva do dispositivo de
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7/22 anastomose da Figura 9A desdobrado em um local de anastomose. DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO [0031] Certas concretizações exemplificativas serão agora descritas para prover um completo entendimento dos princípios, da estrutura, da função, da fabricação, e do uso dos dispositivos e métodos descritos aqui. Um ou mais exemplos destas concretizações são ilustrados nos desenhos anexos. Aqueles versados na técnica irão entender que os dispositivos e métodos especificamente descritos aqui e ilustrados nos desenhos anexos não são concretizações exemplificativas não-limitativas, e que o escopo da presente invenção é definido unicamente pelas reivindicações. As características ilustradas ou descritas em conexão com uma concretização exemplificativa podem ser combinadas com características de outras concretizações. Tais modificações e variações se destinam a ser incluídas dentro do escopo da presente invenção.
[0032] A presente invenção geralmente apresenta um dispositivo de anastomose que pode ser usado para acoplar duas ou mais camadas de tecido em justaposição. Na concretização exemplificativa, o dispositivo pode ser formado a partir de um ou mais arames trançados que podem ser configurados para terem uma forma geralmente tubular, em uma primeira posição expandida, para a inserção em um local de anastomose, e uma forma de anel geralmente anular, em uma segunda posição de descanso ou desdobrada, para prender o tecido em justaposição no local de anastomose. O dispositivo pode ser adaptado ou para produzir a necrose das camadas de tecido em torno de uma periferia externa do dispositivo ou para promover o crescimento do tecido em torno de uma periferia interna do dispositivo.
[0033] O dispositivo pode ser formado a partir de uma variedade de materiais, mas, em uma concretização exemplificativa, ele é formado de um arame conservador de forma trançado em uma malha. O
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8/22 arame conservador de forma é formado em um anel anular, de tal modo que, quando o dispositivo de anastomose for expandido em uma forma tubular alongada, ele venha a retornar para sua configuração anular na forma de anel que é necessária durante o uso do dispositivo. Os materiais conservadores de forma adequados incluem, por meio de exemplo não-limitativo, um metal conservador de forma, tal como uma liga de titânio e níquel (por exemplo, nitinol), que muda sua forma com a aplicação de uma força, tal como uma tensão, e que retorna para seu estado desdobrado com a remoção da força. Aquele versado na técnica irá apreciar que o arame que forma o dispositivo de anastomose pode também ser formado a partir de outros materiais. Por exemplo, o arame pode ser formado de materiais de metal superelásticos, tais como ligas de titânio ou níquel, que apresentarão a capacidade de sofrerem uma deformação elástica relativamente grande, quando mecanicamente carregados. Adicionalmente, aquele versado na técnica irá entender que o arame pode ter uma variedade de formas de seção transversal e espessuras ou diâmetros. Por exemplo, o arame pode ter uma forma arredondada, quadrada ou hexagonal e pode ter uma espessura ou diâmetro na faixa de cerca de 0,2032 mm a 0,5842 mm (0,008 polegadas a 0,023 polegadas).
[0034] Conforme indicado acima, a presente invenção apresenta dispositivos de anastomose tanto necrosantes como não-necrosantes. As Figuras 2-7 mostram várias concretizações exemplificativas dos dispositivos de anastomose que são adaptados para provocarem a necrose do tecido em um local de anastomose. Em geral, cada dispositivo apresenta uma configuração na forma de anel em um estado de descanso ou desdobrado com uma periferia interna e externa. As periferias interna e externa são configuradas de tal modo que, no estado desdobrado, a pressão seja a mais alta na periferia externa do dispositivo desdobrado e diminua da periferia externa para a periferia interna
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9/22 do dispositivo. A pressão relativamente alta pode impedir o fluxo sanguíneo para o tecido em torno da periferia externa, fazendo assim com que o tecido dentro da periferia externa do dispositivo se torne necrótico nesta região. À medida que o tecido necrosa no decorrer do tempo, o dispositivo poderá ser separado do tecido saudável no local de anastomose e poderá passar através do sistema digestivo do paciente. [0035] A Figura 2 ilustra uma concretização do dispositivo de anastomose 200 na configuração tubular alongada expandida, o que pode ser conseguido com a aplicação de força, tal como uma tensão, ao dispositivo. Conforme mostrado, o dispositivo 200 apresenta uma parede de malha de arame 242 que inclui uma primeira 248 e uma segunda 250 extremidades e um ponto intermediário 245 disposto entre as extremidades 248, 250. A parede de malha de arame 242 também define um lúmen ou abertura central 204 que se estende ao longo de um eixo central ou longitudinal 246. O lúmen central 204 permite que o dispositivo 200 seja disposto no eixo de um dispositivo de dispensa para ser dispensado para um local de anastomose. À medida que o dispositivo de anastomose 200 é desdobrado do dispositivo de dispensa, o dispositivo 200 se romperá do estado alongado para um estado de descanso para prender as camadas de tecido opostas em justaposição. Em particular, a parede de malha de arame 242 do tubo será contraída na direção do eixo longitudinal 246, o ponto intermediário 245 do dispositivo será rompido na direção de dentro para formar uma periferia interna do anel, e as extremidades 248, 250 do tubo serão viradas do avesso para formar uma periferia externa do anel. O dispositivo 240 terá então uma configuração geralmente anular na posição de descanso ou desdobrada, conforme mostrada nas Figuras 3A-3C. Em particular, o dispositivo de anastomose 200 apresenta uma configuração anular na forma de anel com uma periferia interna 202 que define uma abertura 204 e pétalas 206 se estendendo a partir da periPetição 870170073384, de 28/09/2017, pág. 13/34
10/22 feria interna 202 e definindo uma periferia externa 208. A periferia interna 202 do dispositivo 200 é definida pela sobreposição do arame entrelaçado e a periferia externa 208 é definida pelas extremidades opostas do tubo que formam pétalas superiores e inferiores opostas 206', 206. No estado desdobrado, conforme mostrado, a periferia interna 202 pode manter uma passagem entre duas camadas de tecido justapostas em um local de anastomose para permitir que o fluido e/ou outras substâncias sejam passadas entre as camadas e as pétalas superiores e inferiores 206', 206 possam engatar e aplicar pressão ao tecido capturado entre elas. Em uma concretização exemplificativa, as pétalas superiores e inferiores 206', 206 podem ser configuradas para aplicarem pressão às regiões específicas do tecido disposto entre elas para facilitar a necrose.
[0036] Na concretização mostrada nas Figuras 3A-3C, as pétalas 206 são adaptadas para aplicarem uma pressão ao tecido, de tal modo que a pressão seja a mais alta na periferia externa 208 e diminua da periferia externa 208 para a periferia interna 202. Em particular, cada pétala 206 pode ser formada por braços adjacentes 210, 212 conectados por uma ponta 214 que se estende ao longo de uma porção da periferia externa 208 do dispositivo 200. A ponta 214 apresenta uma dobra 215 com um primeiro raio 216, e cada braço 210, 212 é conectado à ponta 214 em uma dobra 218 que apresenta um segundo raio 220. Em um aspecto, o primeiro raio 216 é maior do que o segundo raio 220. Por meio de exemplo, a dobra 215 pode ter um raio 216 de aproximadamente 11,176 mm (0,44 polegadas), enquanto que as dobras 218, que podem formar transições entre cada braço 210, 212 e a ponta 214, podem ter um raio 220 de aproximadamente 1,016 mm (0,04 polegadas).
[0037] Adicionalmente, conforme indicado na Figura 3B, os braços adjacentes 210, 212 de cada pétala 206 podem ser curvados com rePetição 870170073384, de 28/09/2017, pág. 14/34
11/22 lação a um plano 227 do dispositivo 200 (por exemplo, no estado desdobrado) que é substancialmente perpendicular a um eixo central 228 que se estende através da abertura ou lúmen 204 do dispositivo 200. Por exemplo, cada dos braços 210', 212' que formam cada das pétalas superiores 206' pode incluir uma porção de arco 230 que se estende longe do plano 227 ao longo de uma primeira direção longitudinal 233 e que define uma abertura 232 que fica virada (por exemplo, oposta) para o conjunto inferior de pétalas 206. Adicionalmente, cada dos braços 210, 212 que formam cada das pétalas inferiores 206 pode incluir uma porção de arco 234 que se estende longe do plano 227 ao longo de uma segunda direção longitudinal 235 e que define uma abertura 236 que está virada (por exemplo, oposta) para o conjunto superior de pétalas 206'. As porções de arco 230, 232 das pétalas opostas 206', 206 são configuradas para orientarem as respectivas pontas de pétalas 214', 214 com relação ao plano 227 do dispositivo 200, de tal modo que as pontas das pétalas 214', 214 cruzem o plano 227 do dispositivo 200 (por exemplo, onde as pontas 214' das pétalas superiores 206' se estendem abaixo do plano 227 e das pontas 214 das pétalas inferiores 206 se estendem acima do plano 227 do dispositivo 200). Em uso, o arco curvado para os braços 210, 212 das pétalas 206 pode ajudar a salientar pressão aplicada pelas pétalas 206 na periferia externa 208 do dispositivo 200.
[0038] As pétalas superiores e inferiores 206', 206 podem também ser posicionadas em localizações específicas uma com relação à outra para efetuar a necrose do tecido na periferia externa 208 do dispositivo 200. Conforme mostrado na Figura 3A, por exemplo, as pontas 214 das pétalas superiores e inferiores 206', 206 podem ser escalonadas entre si em torno da periferia 208 para distribuir pressão ao tecido em torno da circunferência ou periferia externa 208 do dispositivo 200. Em particular, as pontas 214' de cada das pétalas superior
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206' apresentam pontos intermediários 222 que são escalonados ou deslocados dos pontos intermediários 224 das pontas adjacentes 214 das pétalas inferiores 206. Enquanto os pontos intermediários 222, 224 de pétalas opostas adjacentes 206', 206 podem ser escalonados por qualquer grau, em uma concretização, os pontos intermediários 222, 224 são escalonados por um grau na faixa de cerca de 15° a 20° e, mais preferivelmente, em cerca de 18°. Conforme adicionalmente ilustrado na Figura 3A, as pétalas 206 são configuradas tais como as pontas 214 opostas, de pétalas adjacentes superiores e inferiores 206', 206 para se cruzarem mutuamente; contudo, os braços 210, 212 que formam cada das pétalas 206 são configurados para se cruzarem em localizações múltiplas em torno da circunferência do dispositivo 200. Por exemplo, um braço 212' de uma pétala superior 206' cruza um braço 210 de uma pétala inferior 206 para formar uma localização de cruzamento 226. Quando o dispositivo 200 for desdobrado em um local de anastomose, os braços 210, 212 das pétalas opostas 206 poderão entrar em contato ou prender o tecido disposto entre as pétalas opostas 206 nas localizações de cruzamento 226 e poderão aplicar uma pressão relativamente grande ao tecido nas localizações 226 enquanto cada ponta 214 pode entrar em contato e aplicar pressão ao tecido disposto entre as localizações adjacentes 226 para limitar ou impedir o fluxo de sangue para o mesmo e para fazer com que o tecido se torne necrótico.
[0039] O número e o tamanho de pétalas 206 podem também variar para se obter um resultado desejado. Na concretização ilustrada nas Figuras 3AQ-3C, o dispositivo 200 inclui dez pétalas superiores e dez pétalas inferiores. Contudo, outros números de pétalas 206 podem ser usados. Por exemplo, um dispositivo pode ser formado com um número menor de pétalas superiores e inferiores 206', 206 para aumentar a rigidez do dispositivo 200 e assim aumentar a quantidade de
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13/22 pressão aplicada pelo dispositivo 200 no tecido na periferia externa do dispositivo 200. Em outro exemplo, um dispositivo pode ser formado com pétalas adicionais superior e inferior 206', 206 para diminuir a rigidez do dispositivo 200 e assim diminuir a quantidade de pressão aplicada pelo dispositivo 200 no tecido na periferia externa do dispositivo 200.
[0040] Os dispositivos de anastomose descritos aqui podem ser desdobrados com o uso de um dispositivo de distribuição do tipo conhecido na técnica, tal como aquele descrito na Publicação de Pedido de Patente norte-americana No. 2003/0120292, que é aqui incorporada para referência. Em uso, tal como em uma anastomose intestinal lado a lado, o dispositivo de anastomose 200 pode ser expandido para uma configuração tubular alongada, tal como ilustrado na Figura 2, e disposto em torno de um dispositivo de dispensa. O dispositivo de dispensa pode ser então inserido dentro de um paciente e avançado intraluminalmente para um local de anastomose. No local de anastomose, duas camadas de tecido, tal como uma parede de tecido que forma uma bolsa superior do estômago e uma parede de tecido que forma uma porção do intestino delgado do paciente, podem ser trazidas para a justaposição. Aberturas podem ser então formadas dentro das paredes do tecido, tais como por um instrumento de corte retrátil associado com o dispositivo de dispensa. O dispositivo de anastomose 200 pode ser então desdobrado do dispositivo de distribuição na junção das aberturas justapostas, de tal modo que o dispositivo 200 se rompa a partir do estado alongado para a configuração na forma de descanso, anular e na forma de anel com as pétalas superiores 206' e as pétalas inferiores 206 dispostas em lados opostos das duas camadas de tecido.
[0041] Uma vez que o dispositivo de anastomose 200 tenha se rompido do estado alongado para o estado de descanso, os braços
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14/22 opostos 210, 212 das pétalas adjacentes 206 aplicam uma pressão relativamente grande ao tecido disposto entre as pétalas superiores e inferiores 206', 206 nas localizações 226, limitando assim ou impedindo assim que o sangue flua para estas regiões do tecido. Adicionalmente, as pontas 214 de cada pétala 206 podem aplicar uma pressão ao tecido disposto no periferia externa 208. Por exemplo, cada ponta 214 pode aplicar uma carga ao tecido disposto entre as localizações adjacentes 226 na periferia externa 208 para limitar ou impedir que o sangue flua para o tecido disposto na periferia externa 208 do dispositivo 200. No decorrer do tempo, como resultado da pressão aplicada pelas pétalas 206 no tecido, o tecido pode se tornar necrótico na periferia externa 208 e esperado da periferia externa 208, permitindo assim que o dispositivo fique separado do tecido saudável no local de anastomose e seja passado através do sistema digestivo do paciente. [0042] As Figuras 4A-4C ilustram outra concretização de um dispositivo de anastomose 400, no estado de descanso, que é adaptado para necrosar o tecido. Nesta concretização, cada pétala 406 pode ser formada pelos braços adjacentes 410, 412 conectados por uma ponta 414 que se estende ao longo de uma porção da periferia externa 408 do dispositivo 400. Conforme ilustrado nas Figuras 4B e 4C, os braços adjacentes 410, 412 de cada pétala 406 podem ser curvados com relação a um plano 427 do dispositivo 200. Por exemplo, cada um dos braços 410', 412', do conjunto superior de pétalas 406' pode incluir uma porção de arco 430 que se estende longe do plano 427 em uma primeira direção longitudinal 433 e uma porção de dobra 434 que orienta a ponta 414' substancialmente paralela ao plano 427 do dispositivo 400. Adicionalmente, cada um dos braços 410, 412 do conjunto inferior de pétalas 406 pode incluir uma porção de arco 434 que se estende longe do plano 227 em uma direção longitudinal 435 e uma porção de dobra 436 que orienta a ponta 414 substancialmente paraPetição 870170073384, de 28/09/2017, pág. 18/34
15/22 lela ao plano 427 do dispositivo 400. Em uso, o arco curvado dos braços 410, 412 das pétalas 406 pode salientar a pressão aplicada pelas pétalas 206 à periferia externa 408 do dispositivo 400.
[0043] As pétalas superiores e inferiores 406', 406 podem também ser posicionadas em localizações específicas entre si para facilitar a formação necrosante na periferia externa 408. Conforme mostrado na Figura 4A, as pétalas opostas 406 são escalonadas entre si e as porções das pontas 414 das pétalas adjacentes 406 são configuradas para cruzarem em múltiplas localizações 426 em torno da circunferência do dispositivo 400. Por exemplo, cada ponta 414' da pétala superior 406' cruza as pontas 414 das duas pétalas inferiores adjacentes 406 nas localizações 426-1, 426-2. Uma vez desdobradas no tecido, as pontas opostas 414 podem entrar em contato com (por exemplo, prender) o tecido em cada uma das localizações 426 e podem aplicar uma pressão relativamente grande (por exemplo, pressões localizadas calculadas como estando na faixa de aproximadamente 2,81 a 4,92 kg/cm2 (40 psi a 70 psi)) ao tecido para limitar ou impedir que o fluxo sanguíneo para o mesmo e para fazer com que o tecido se torne necrótico na periferia externa 408 e esperado da periferia externa 408. Também, o grau de sobreposição das pontas 414, com relação a uma circunferência do dispositivo 400, pode afetar o grau necrosante do tecido na periferia externa 408. Por exemplo, na concretização das Figuras 4A-4C, as pontas de pétala opostas 414 podem se sobrepor e prender o tecido ao longo de aproximadamente 40% da periferia externa 408 ou circunferência do dispositivo desdobrado 400 e, como resultado, podem produzir a necrose substancialmente uniforme do tecido em torno da periferia externa 408, permitindo assim que o dispositivo de anastomose 400 bem como o tecido necrótico sejam separados do tecido saudável e passem através do sistema digestivo de um paciente.
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16/22 [0044] Aquele versado na técnica irá entender que as pontas 414 das pétalas 406 podem ser configuradas em uma variedade de diferentes maneiras. Em uma concretização do dispositivo 400', conforme mostrado na Figura 4D, as pontas 414 das pétalas 406 podem ser arqueadas ou curvadas com relação ao plano 427 do dispositivo 400'. Por exemplo, a ponta 414 de cada uma das pétalas superiores e inferiores 406', 406 apresenta uma porção de pico 430 que define uma abertura de revestimento inferior e uma porção de depressão 434 que define uma abertura de revestimento superior. Com as pétalas opostas superiores e inferiores 406', 406 sendo escalonadas entre si, os picos 430 e as depressões 434 das pétalas opostas superiores e inferiores 406', 406 podem ser alinhados ao longo da periferia externa. Por exemplo, uma porção de pico 430' da pétala superior 406' pode ser alinhada com uma porção de pico 430 de uma primeira pétala inferior 406-1 e uma porção de depressão 434' da pétala superior 406' pode ser alinhada com uma porção de depressão 434 de uma segunda pétala inferior 406-2. Os picos sobrepostos 430 e as depressões 434 das pétalas opostas 406 formam um percurso circunferencial relativamente longo em torno da periferia externa 408. Assim, o tecido disposto na periferia externa 408 pode ser esticado pelos picos sobrepostos 430 e pelas depressões 434 das pétalas opostas 406 e, como resultado, a espessura do tecido afetado irá diminuir. Tal decréscimo na espessura do tecido pode resultar no tecido que é exposto a pressões relativamente altas, conforme aplicadas pelo dispositivo 400. Em uso, os picos sobrepostos 430 e depressões 434 das pétalas opostas 406 podem prender o tecido ao longo de aproximadamente 50% da periferia externa 408 do dispositivo 400 e podem aplicar uma força relativamente grande (por exemplo, pressões localizadas calculadas para ficarem na faixa de cerca de 5,27 a 5,62 kg/cm2 (75 a 80 psi)) ao tecido disposto na periferia externa 408 para produzir a necrose substancialPetição 870170073384, de 28/09/2017, pág. 20/34
17/22 mente uniforme do tecido.
[0045] As Figuras 5A-5C ilustram uma concretização de um dispositivo de anastomose 500, no estado de descanso, que apresenta pétalas opostas 506 nas quais os braços adjacentes 510, 512 e a ponta 514 de cada pétala 506 são orientados em uma configuração substancialmente planar e onde as pontas das pétalas 514 das pétalas opostas 506 apresentam pontos intermediários 522, 524 que são escalonados ou deslocados entre si. Conforme mostrado na Figura 5B, os braços 510, 512 e as pontas 514 são orientados para serem substancialmente paralelos a um plano 527 que é perpendicular a um eixo central 528 do dispositivo 500. Além disso, as pontas 514 das pétalas opostas 506 se cruzam em múltiplas localizações 526 em torno de uma periferia externa 508 do dispositivo 500. Por meio de exemplo, as porções de cruzamento 526 das pontas 514 podem se sobrepor e prender o tecido ao longo de aproximadamente 85% da periferia externa 508 do dispositivo desdobrado 500.
[0046] As Figuras 6A-6C ilustram outra concretização de um dispositivo de anastomose 600 que é adaptado para necrosar tecido. Nesta concretização, as pétalas opostas 606 são substancialmente alinhadas entre si em torno de uma periferia externa 608 do dispositivo 600. Isto é, as pontas 614' de cada das pétalas superiores 606' apresentam pontos intermediários 622 que são substancialmente alinhados com pontos intermediários 624 das pontas 614 das pétalas inferiores 606. Como resultado, as pontas 614 das pétalas alinhadas superior e inferior 406', 406 se cruzam em múltiplas localizações 626 em torno da periferia externa 608 do dispositivo 600 para prender o tecido ao longo de aproximadamente 77% da periferia externa 608. Em uso, as pontas opostas 614', 614 podem prender o tecido em cada uma das localizações 626 para aplicar uma pressão relativamente grande (por exemplo, pressões localizadas calculadas como estando na faixa de
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18/22 cerca de 1,40 a 1,75 kg/cm2 (20 a 25 psi)) ao tecido para limitar ou impedir o fluxo sanguíneo para o mesmo e para fazer com que o tecido preso se torne necrótico.
[0047] A Figura 7 ilustra outra concretização de um dispositivo de anastomose 700, em um estado de repouso, que é adaptado para necrosar o tecido. Conforme mostrado, o dispositivo de anastomose 700 apresenta uma configuração anular na forma de anel com uma periferia interna 702 que define uma abertura 704 e pétalas 706 se estendendo a partir da periferia interna 702 e definindo uma periferia externa 708. A periferia interna 702 do dispositivo 700 é definida pela sobreposição do arame em malha e a periferia externa 708 é definida pelas pontas 714 das pétalas superiores e inferiores 706. A periferia externa 708 do dispositivo de anastomose 700 também inclui anéis de distribuição de pressão opostos 715 dispostos em torno das pontas 714 de cada conjunto de pétalas opostas 716. Por exemplo, o dispositivo 700 inclui uma anel superior 715 disposto em torno das pontas 714 das pétalas superiores 706' e um anel inferior (não mostrado) disposto em torno das pontas 714 das pétalas inferiores 706. Em uso, os anéis de distribuição de pressão 715 podem distribuir pressão a partir das pontas das pétalas 714 para o tecido disposto substancialmente ao longo de toda a periferia externa 708 do dispositivo 700 para criar uma barreira de fluxo sanguíneo substancialmente uniforme em torno da periferia externa 708 do dispositivo 700. Por exemplo, o dispositivo de anastomose 700 pode prender o tecido ao longo de aproximadamente 90% da periferia externa 708 para aplicar uma pressão substancialmente uniforme de aproximadamente 2,46 kg/cm2 (35 psi) ao tecido disposto na periferia externa 708.
[0048] Aquele versado na técnica irá entender que os anéis de distribuição de pressão 715 podem ser formados na periferia externa 708 do dispositivo 700 de inúmeras maneiras. Por exemplo, conforme desPetição 870170073384, de 28/09/2017, pág. 22/34
19/22 crito abaixo com relação à Figura 8, quando o dispositivo de anastomose 700 for fabricado, dois arames poderão ser trançados entre si para formarem uma parede de malha 702, de tal modo que, no final do processo de tecedura, as porções 716, 717, 718, 719 dos dois arames possam se estender a partir do dispositivo 700. Dois dos arames de extremidade podem ser então removidos do dispositivo 700 enquanto os dois arames de extremidade restantes podem ser usados para formarem anéis de distribuição de pressão 715. Por exemplo, as porções de arame 718 e 719 podem ser removidas da parede de malha 702, a porção de arame 716 pode ser entrelaçada com as pontas 720 de uma primeira extremidade 722 do dispositivo 700 para formar um primeiro anel de distribuição de pressão, e a porção de arame 719 pode ser entrelaçada com as pontas 723 de uma segunda extremidade 724 do dispositivo 700 para formar um segundo anel de distribuição de pressão. Uma vez que as porções de arame 716, 719 tenham sido trançadas para formarem os anéis de distribuição de pressão, as respectivas extremidades livres 726, 728 das porções de arame 716, 719 poderão permanecer desacopladas com relação à parede de malha 702. Em uso, à medida que o dispositivo 700 é desdobrado de um aplicador e se rompe a partir de uma forma tubular expandida para uma forma anular desdobrada, as extremidades livres 726, 728 das porções de arame 716, 719 podem deslizar através das pontas 720, 723 para permitir que os anéis de distribuição de pressão 715 do dispositivo 700 se expandam de um estado em colapso para um estado expandido. Quando desdobrados, os anéis de distribuição de pressão 715 poderão distribuir a pressão a partir das pontas de pétalas 714 para o tecido disposto substancialmente ao longo de toda a periferia externa 708 do dispositivo 700.
[0049] Enquanto os anéis de distribuição de pressão 715 podem ser formados na periferia externa 708 do dispositivo 700 com o uso de
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20/22 duas das porções de arames 716, 717, 718, 719 que se estende a partir do dispositivo 700, aquele versado na técnica irá entender que os anéis de distribuição de pressão 715 poderão ser formados a partir de arames separados que são acrescentados ao dispositivo 700. Por exemplo, na extremidade do processo de tecedura, todas as porções de arame 716, 717, 718, 719 poderão ser removidas do dispositivo 700 e os elementos de arame separados poderão ser conectados. Em particular, elementos de arame apresentando um maior ou um menor diâmetro do que aquele do arame que forma a parede de malha 702 ou elementos de arame formados de um material que é diferente do arame que forma a parede de malha 702 poderão ser conectados ao dispositivo 700.
[0050] Os diversos dispositivos de anastomose descritos acima são adaptados para produzirem a necrose do tecido preso. Às vezes, é desejável, contudo, que um dispositivo de anastomose permita que o tecido ultrapasse o dispositivo em um local de anastomose. Um dispositivo de anastomose não-necrosante é similar aos dispositivos de anastomose necrosantes pelo fato de apresentar uma configuração na forma de anel em um estado de descanso ou desdobrado com uma periferia interna ou periferia externa.
[0051] As Figuras 9A-9C mostram uma concretização de um dispositivo de anastomose do tipo não-necrosante 900 em um estado de descanso ou desdobrado. Conforme mostrado, o dispositivo de anastomose 900 apresenta uma configuração anular na forma de anel com uma periferia interna 902 que define uma abertura 904 e pétalas 906 que se estendem a partir da periferia interna 902 e que definem uma periferia externa 908. Uma característica de tal dispositivo de anastomose não-necrosante 900 é a de que a periferia interna 902 do dispositivo 900 é formada a partir de segmentos de arame não-sobrepostos 909. Por exemplo, conforme ilustrado na Figura 9B, o dispositivo 900
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21/22 pode ser trançado de tal modo que, no estado desdobrado, os segmentos de arame 909 dispostos na periferia interna 902 do dispositivo 900, dentro de um lúmen 917 formado entre os tecidos opostos 914, 916, não entrem em contato mútuo. Em vez disso, os arames que formam os braços das pétalas superiores ou inferiores adjacentes 906 podem entrar em contato mútuo nas localizações 915. Por exemplo, conforme ilustrado na Figura 9B, um braço 912-1 de uma primeira pétala superior 906-1 é disposto abaixo de um braço de uma segunda pétala superior 906-2 na localização 915-1, um braço 910-1 da primeira pétala superior 906-1 é disposto sobre um braço de uma terceira pétala superior 906-3 na localização 915-2, e os braços das segunda e terceira pétalas superiores 906-2, 906-3 entram em contato mútuo nas localizações 915-3. Acredita-se que tal desenho desencoraje o crescimento de bactérias ou biofilmes que possam limitar ou impedir o crescimento do tecido devido à falta de contato entre os segmentos de arame 909 na periferia interna. Desse modo, o tecido na periferia interna 902 é capaz de crescer sobre os segmentos de arame 909. Consequentemente, quando o dispositivo 900 estiver no estado desdobrado, conforme mostrado na Figura 9C, os segmentos de arame 909 que formam a periferia interna 902 mantêm uma passagem entre as duas camadas de tecido justapostas 914, 916 em um local de anastomose para permitir que o fluido e/ou outras substâncias sejam passados entre as camadas 914, 916 e promovam o crescimento de tecido dos segmentos 909 na periferia interna 902. O dispositivo 900 ainda permite que as pétalas superiores e inferiores 906 engatem as camadas de tecido 914, 916 e apliquem uma pressão às camadas 914, 916 que é suficiente para manter a justaposição das camadas de tecido 914, 916, mas que está abaixo de um limite que pode fazer com que os tecidos fiquem necróticos. Por exemplo, as pétalas opostas superior e inferior 906', 906 podem se sobrepor em localizações 926 em torno da perifePetição 870170073384, de 28/09/2017, pág. 25/34
22/22 ria externa 908 para aplicar uma pressão de menos de cerca de 0,14 kg/cm2 (2 psi) às camadas de tecido 914, 916 em cada uma das localizações 926.
[0052] Aquele versado na técnica irá apreciar características e vantagens adicionais da invenção com base nas concretizações acima descritas. Consequentemente, a invenção não é limitada pelo que foi particularmente mostrado e descrito, exceto conforme indicado pelas reivindicações anexas. Todas as publicações e referências citadas aqui são expressamente incorporadas para referência em sua totalidade.
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