BRPI0600847B1 - máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral. - Google Patents

Description

"MÁQUINA ENLEIRADORA E RECOLHEDORA DE GRÃOS EM GERAL"

Refere-se a presente solicitação de Patente de Invenção de uma nova "MÁQUINA ENLEIRADORA E RECOLHEDORA DE GRÃOS EM GERAL", que se mostra dotada de melhoramentos importantes em nível prático e que implicam diretamente no aumento considerável do rendimento do equipamento, elevando sua produtividade e reduzindo a necessidade de potência do equipamento trator, quando não for o caso de atuação automotriz, haja vista ser dotado de motores hidráulicos independentes, responsáveis pela atuação das partes móveis do referido equipamento, que possui inédito mecanismo de captação de resíduos sólidos como galhos e gravetos e enleiramento e recolhimento dos grãos, implicando em grande avanço tecnológico em relação aos equipamentos pertinentes ao atual estado da técnica.

É conhecido, do mesmo depositante, o pedido de patente Pl - 9805064-8, a qual propôs importantes aperfeiçoamentos em relação ao estado da técnica anterior.

Num breve histórico desta solicitação de patente, vale dizer que a Pl - 9805064-8, descreveu como estado da técnica as etapas de envolvidas preferencialmente na lavoura de grãos de café ou outros grãos, como sendo um processo essencialmente manual, gerando mão-de-obra excessiva e tornando o custo da lavoura e do produto final muito elevado. Foi ressaltado também, que a mão de obra necessária à realização da abanação, principalmente, estava se tornando uma especialidade cada vez mais rara, haja vista ser um dote passado de pai para filho o que, com a migração do homem do campo para a cidade acabaria por extinguir esse tipo de habilidade, como também as outras envolvidas na cultura manual de grãos como, por exemplo, o do café. O PI- 9805064-8, do mesmo autor do pedido em tela, propôs a realização das etapas de enleiramento e recolhimento de grãos por meio de sistema de sucção, o qual gera uma pressão negativa na câmara captadora que, pela diferença de densidade entre grãos e resíduos sólidos, separam esses últimos levando-os para um ciclone dotado de ventilador e daí para uma válvula de descarga, sendo os mesmos jogados para a atmosfera. Sem os resíduos sólidos, os grãos permanecem enleirados no solo, ainda acompanhados de alguns resíduos maiores, sendo recolhidos por pressão negativa e encaminhados para um segundo ciclone, onde ocorre uma segunda separação das impurezas remanescentes, onde os grãos mais limpos são despejados em um meio de transporte qualquer, através de uma válvula de descarga.

Entretanto, o estado da técnica referente a Pl - 9805064-8 incorriam em problemas diversos, como, por exemplo:

• Demanda de potência do equipamento trator, haja vista todos os elementos móveis do equipamento ser totalmente dependentes da força motriz do referido

trator, havendo necessidade de se utilizar trator de grande potência para "tocar" o enleirador e recolhedor. Como o citado trator é um equipamento de alto custo de aquisição, ocorre uma natural limitação ao uso dos equipamentos (enleirador e recolhedor) em paralelo, à grandes produtores enquanto os pequenos são forçados a utilizar os equipamentos em separado, de forma a adequar os mesmos à potência de tratores menores e mais acessíveis;

• A câmara captadora do modelo convencional é atuada única e exclusivamente pela pressão negativa, de forma que resíduos de maior densidade não são devidamente sugados para o triturador permanecendo misturados aos grãos;

• O ciclone separador dos grãos das impurezas deixam passar os resíduos de maiores dimensões supra citado.

Assim, a solução proposta pela Pl - 9805064-8 consiste num sistema de enleiramento e recolhimento a ser acoplado em trator de grande potência para funcionamento em paralelo; de atuação puramente pneumática o que gera uma pressão negativa com os inconvenientes fartamente ilustrados acima.

Foi relatado, contudo, que, com a ocorrência de situações práticas diversas, foi constatado que, embora o sistema com vantagens significativas em relação ao estado da técnica contemporâneo ao seu depósito, o sistema pneumático, única e simplesmente gerava um resultado final que deixava à desejar. Além de possuir complexidade construtiva desnecessária, com regulagens que sujeitava o conjunto a problemas operacionais freqüentes.

Um fator importante a ser relatado, é que, o equipamento anterior tem uma característica comum, ou seja, a utilização única e simplesmente da pressão negativa gerada pelos ventiladores, válvulas e separação por meio de ciclone.

O que se observou, com estudos e experiências práticas, é que a concepção citada acima gera uma limitação de produtividade em relação à capacidade mecânica do equipamento, que pode ser sensivelmente melhorada com procedimentos simples, porém revestidos de estudos e pesquisas no sentido de tornar a relação custo/ benefício mais adequada ao produtor.

Para tanto, o inventor, após inúmeras pesquisas, chegou à conclusão que os elementos móveis do equipamento poderiam ser movimentados por meio de motores hidráulicos independentes, reduzindo a necessidade de demanda de potência do trator, quando não for o caso de atuação automotriz; outra solução foi a instalação de palhetas, preferencialmente emborrachadas, condutoras de resíduos sólidos e grãos, além de um tambor de separação de grãos de resíduos menores em substituição ao ciclone original, o que vêm aumentar de forma considerável o rendimento do equipamento, haja vista os resíduos sólidos serem praticamente 5eliminados em 100% numa primeira etapa, além do sistema de separação de grãos de impurezas menores por meio de tamboreamento ser mais eficaz.

Tais características são significativas não só no que tange ao aspecto funcional também o sendo no aspecto operacional, o que muito contribui para o produtor de qualquer porte.

A seguir, explica-se a invenção com referência aos desenhos anexos, nos quais estão representadas:

Fig. 1: Vista em perspectiva da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes internos;

Fig. 2: Vista em perspectiva invertida da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes internos;

Fig. 3: Vista superior da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes internos;

Fig. 4: Vista lateral da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes internos;

Fig. 5: Vista frontal da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes internos;

Fig. 6: Vista lateral em corte da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes internos do conjunto de captação do enleirador e recolhedor;

Fig. 7: Vista em perspectiva da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes internos do conjunto de captação do enleirador e recolhedor;

Fig. 8: Vista em perspectiva da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes do tambor de separação;

Fig. 9: Vista em perspectiva explodida da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes do tambor de separação;

Fig. 10: Vista lateral em corte da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes do tambor de separação;

Fig. 11: Vista lateral oposta em corte da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes do tambor de separação;

Fig. 12: Vista frontal em corte da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes do tambor de separação;

Fig. 13: Vista superior em corte da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando principais componentes do tambor de separação;

Fig. 14: Vista em perspectiva da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral, mostrando colhedor de resíduos tipo esteira contendo palhetas;

Fig. 15: Vista superior da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral;

Fig. 16: Vista lateral da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral;

Fig. 17: Vista frontal da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral;

Fig. 18: Vista lateral em corte da máquina enleiradora e recolhedora de grãos em geral.

A "MÁQUINA ENLEIRADORA E RECOLHEDORA DE GRÃOS EM GERAL", objeto desta solicitação de patente é acoplada à um trator (não representado) qualquer, de pequena potência, quando não for o caso de atuação automotriz, sendo que o conjunto se apóia sobre rodízios (R)1 rolete (2) de tração e rolete (3) de vedação, e revela, na parte frontal, contíguo ao rolete (2) de tração um sistema de palhetas (4) varredoras que auxiliam na captação de resíduos sólidos que são encaminhados, via aspiração, para o mecanismo triturador (T) e daí para um ciclone (5) que joga ditos resíduos, já triturados, através de válvula de descarga (19) para a atmosfera permanecendo o grãos enleirados os quais são encaminhados por palhetas (4') de captação para o tambor (5') de separação, sendo as partes móveis do equipamento movimentado por motores (6) hidráulicos independentes, dessa forma demandando menos potência do trator (não representado).

Mais particularmente a máquina (M) pleiteada pode ser dividida em parte inferior (71) de captação de resíduos e grãos, em que após a captação dos resíduos, os grãos permanecem enleirados no solo para então serem recolhidos; e parte superior (7S) composta do ciclone (5) de separação dos resíduos sólidos e tambor (5') de separação dos grãos das impurezas menores.

A parte inferior (71) de construtividade única é apoiada em rodízios (R) e rolete (2) de tração frontal o qual é movimentado por um motor (6) hidráulico lateral, sincronizado com a movimentação do trator (não representado), sincronismo esse realizado a partir da variação da rotação do motor hidráulico (6) mediante a quantidade de material a ser processado, para que não haja falta ou excesso de material no interior do equipamento, sendo que dito rolete (2) também tem a função de vedação, notadamente em virtude de suas dimensões laterais que atuam no sentido de se aproximar ao máximo das laterais do equipamento e, desta forma, auxiliar na geração de pressão negativa, tal qual o rolete (3) posterior dotado de palhetas (9) que permitem a passagem e enleiramento dos grãos. Ainda na porção inferior (71) da máquina há um segundo motor (6) hidráulico responsável pela geração de força motriz para as palhetas (4) varredoras condutoras de resíduos sólidos como galhos e gravetos, localizadas na porção anterior e para as palhetas (4') varredoras, de borracha, condutoras dos grãos enleirados para o duto (10') de captação que leva ditos grãos para o tambor (5') de separação. Ambas as palhetas (4 e 4'), ou seja, as paletas (4) de captação de resíduos e as paletas (4') de captação de grãos, movimentadas pelo mesmo motor (6), através de sistema de transmissão por correia (11) ou similar.

O referido sistema de captação é auxiliado por um soprador (12) em "Y" que limpa a parte inferior dos pés de café, afastando as impurezas menores como as folhas, sendo os resíduos mais densos captados pelas palhetas (4) varredoras de galhos e gravetos, posicionados em série que além de encaminharem ditos resíduos para a câmara (13) de pressão negativa também preparam o solo, para outros tipos de aplicação, como, por exemplo, varrição do café e varrição em geral. Antes de atingir a câmara de pressão (13) negativa de formato tronco- trapezoidal, os resíduos são jogados em um pescador (14) giratório que arremessa os galhos e gravetos para a faca (15) trituradora localizada um plano acima, igualmente dotada de movimento radial e de atuação conjunta com contra-facas (16) estáticas, dessa forma reduzindo as dimensões dos resíduos sólidos, já no interior da câmara (13) de pressão negativa que por diferença de pressão, gerada por ventilador (17), joga os mesmos para atmosfera ao passar pelo ciclone (5) e válvula de descarga (19), isto na porção superior (7S) da máquina. Sem os resíduos, os grãos permanecem enleirados no solo, passando através das paletas (9) do rolete (3) de vedação posterior, atingindo as palhetas (4') de captação dos grãos que, por sua vez encaminham ditos grãos acompanhados de pequenas impurezas, como terra, para o tambor (5') de separação acessado pelo duto (10') de captação.

O referido duto (10') de captação "desemboca" no tambor (5') de separação e é formado por uma carcaça (20) externa dotada de roda (21) motriz e rodas (22) movidas solidárias à carcaça (20) externa, sendo a roda motriz (21) atuada por motor (6) hidráulico independente. Ditas rodas (21 e 22) percorrem um guia (23) perimetral, que possibilita estabilidade e a movimentação radial do tambor (5'). A peça movida do tambor (5') consiste de um cilindro (23') perfurado preenchido com aletas (24) paralelas condutoras dos grãos, sendo que sobre ditas aletas (24) existe uma rosca (25) posicionada diagonalmente, responsável pela condução/ separação dos detritos em relação aos grãos. Como têm sentidos de giro opostos, os resíduos são levados para uma lateral (L1) do tambor (5') e daí extravasados por meio de duto de exaustão (26) de saída para a atmosfera, sendo a terra e impurezas menores extravasadas pela válvula (30'). Os grãos ao acompanharem o movimento rotativo das aletas (24) caem por gravidade em uma calha (28) transversa, sendo levados por uma segunda rosca (29) para outra válvula (30) de saída, destinada a jogar os grãos já limpos em um meio de armazenamento e/ ou transporte qualquer, já na parte superior (7S) da máquina. Tanto a roda (21) motriz quanto a rosca (29) transportadora de grãos são movidas por motores (6) hidráulicos independentes.

Numa variação construtiva as palhetas (4) de recolhimento de resíduos sólidos podem ser formadas por uma esteira (E) horizontal com taliscas (T') verticais. Com esta solução que, embora simples, é motivo de estudos e experiências práticas, aumentou-se consideravelmente o rendimento do equipamento.

Claims (2)

1. "MÁQUINA ENLEIRADORA E RECOLHEDORA DE GRÃOS EM GERAL", a ser acoplada à um trator qualquer de pequena potência, utilizada na cultura de grãos em geral, preferencialmente café, caracterizada por ser dividida em parte inferior (71) de captação de resíduos e grãos, e parte superior (7S) composta do ciclone (5) de separação dos resíduos sólidos e tambor (5') de separação dos grãos das impurezas menores; a parte inferior (71), de construtividade única, é apoiada em rodízios (R) e rolete (2) de tração frontal acoplado a um motor (6) hidráulico lateral; o rolete (3) posterior é dotado de palhetas (9), ao passo que, na porção inferior (71) da máquina há um segundo motor (6) hidráulico acoplado a palhetas (4) varredoras condutoras de resíduos sólidos e às palhetas (4') varredoras condutoras dos grãos enleirados, com mecanismo de transmissão por correia (11), as palhetas (4') se comunicam com o duto (10') e este com o tambor (5') de separação; ambas as palhetas (4 e 4') são movimentadas pelo mesmo motor (6); o mecanismo captador é auxiliado por um soprador (12) em "Y"; enquanto as palhetas (4) varredoras se comunicam com a câmara (13) de pressão negativa; um pescador (14) giratório se alinha com a faca (15) trituradora localizada um plano acima, igualmente dotada de movimento radial e contígua às contra-facas (16) estáticas; a câmara (13) de pressão negativa está interligada através de dutos ao ventilador (17), e este ao ciclone (5), por sua vez interligado à válvula de descarga (19); as palhetas (4') de captação dos grãos são direcionadas para o tambor (5') de separação, acessado pelo duto (10') de captação que "desemboca" no tambor (5') de separação e é formado por uma carcaça (20) externa dotada de roda (21) motriz e rodas (22) movidas solidárias à carcaça (20) externa, sendo a roda motriz (21) acoplada em motor (6) hidráulico independente; ditas rodas (21 e 22) percorrem um guia (23) perimetral; a peça movida do tambor (5') consiste de um cilindro (23) perfurado preenchido com aletas (24) paralelas condutoras dos grãos, sendo que sobre ditas aletas (24) existe uma rosca (25) posicionada diagonalmente; o tambor (5') possui lateral (L1) do mesmo lado do duto de exaustão (26) para a atmosfera; internamente ao tambor (5') está a calha (28) transversa, comunicante com uma segunda (29) rosca e esta com outra válvula (30) de saída; tanto a roda (21) motriz quanto a rosca (29) transportadora de grãos estão acopladas em motores (6) hidráulicos independentes.

2. "MÁQUINA ENLEIRADORA E RECOLHEDORA DE GRÃOS EM GERAL", de acordo com a reivindicação 1, caracterizada por, numa variação construtiva as palhetas (4) de recolhimento de resíduos sólidos serem formadas por uma esteira (E) com taliscas (T') verticais.