BRPI0520809B1 - sistema para criação de um ácaro predador phytoseiid, e método para controle biológico de pragas em uma safra agrícola. - Google Patents

sistema para criação de um ácaro predador phytoseiid, e método para controle biológico de pragas em uma safra agrícola. Download PDF

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Karel Jozef Florent Bolckmans
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Abstract

composição de ácaros, método para criação de um ácaro predador phytoseiid, uso de um ácaro astigmatídeo selecionado da família glycyphagidae, sistema de criação para criação de um ácaro predador phytoseiid, uso da composição, e método para controle biológico de pragas em uma safra agrícola. a presente invenção refere-se a uma nova composição de ácaros compreendendo uma população de uma espécie de ácaro predador fitoseideo e uma população hospedeira não natural compreendendo uma espécie selecionada de glycyphagidae, que pode ser empregada para criação da referida espécie de ácaro predador fitoseideo ou para liberação da espécie de ácaro predador fitoseideo em uma safra agrícola. de acordo com aspectos adicionais, a invenção refere-se a um método para criação de uma espécie de ácaro predador fitoseideo, ao uso da composição de ácaros e a um método para controle biológico de pragas em uma safra agrícola, empregando a composição de ácaros.

Description

SISTEMA PARA CRIAÇÃO DE UM ÃCARO PREDADOR PHYTOSEIID, E MÉTODO PARA CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM UMA SAFRA AGRÍCOLA A presente invenção, de acordo com um primeiro de seus aspectos, refere-se a uma nova composição de ácaros compreendendo pelo menos uma espécie de Glycyphagidae e pelo menos uma espécie de ácaro fitoseideo [phytoseiid), De acordo com um segundo aspecto a invenção refere-se a um. novo método· para criação de uma espécie de ácaro predador fitoseideo.
De acordo com um terceiro aspecto a invenção refere-se a um novo uso de uma espécie de ácaro Astigmatídeo {Astigmatid) selecionada da família dos Glycyphagidae como hospedeiro não natural, para criação de uma espécie de ácaro· predador fitoseideo.
De acordo com um quarto aspecto, a invenção refere-se a. um novo sistema de criação para criação de uma espécie de ácaro predador fitoseideo. De acordo com um quinto aspecto a invenção refere-se ao uso· de uma composição de ácaros ou ao sistema de criação para controle de pragas em safras agrícolas.
De acordo com aspectos ainda adicionais, a invenção refere-se a um método para controle biológico de pragas em uma safra agrícola empregando a composição de ácaros de acordo com a invenção.
Na descrição que se encontra a seguir e nas reivindicações, os nomes das sub-famílias, gêneros e espécies de ácaros fitoseídeos são conforme referidos por de Moraes, G. J. e outros, 2004 salvo indicação em contrário. No relatório descritivo e nas reivindicações a seguir, os nomes das sub-famílias, gêneros e espécies de Gycyphagidae são conforme referidos por Hughes, A. M., 1977, salvo indicação em contrário. Nas Figs. 1 e 2 é provida uma visão geral das famílias, sub-famílias, gêneros e espécies referidos.
Os ácaros predadores fitoseídeos (Phytoseiidae) são amplamente utilizados para controle biológico de ácaros aracnóides e insetos tisanópteros em plantações em estufas. As espécies de insetos tisanópteros mais importantes em plantações de estufa são os Tripses "Western Flower" (Frankliniella occidentalis) e os tripses da Cebola (Thrips tabaci) . Estes insetos podem ser controlados com os ácaros predadores Neoseiulus cucumeris e Neoseíulus barkeri (Hansen, L. S. e Geyti, J., 1985; Ramakers, P. M. J. e van Lieburg, M. J., 1982; Ramakers, P. M. J., 1989; Sampson, C., 1998; e Jacobson, R. J., 1995) e Iphiseius degenerans (Ramakers, P. M. J. e Voet, S. J. P., 1996). Na ausência de presas estas espécies são capazes de se estabelecerem, de se desenvolverem e se manterem em plantações que proporcionam um fornecimento contínuo de pólen, tais como de pimentão (Capsícum annuum L.) e beringelas (Solanum melogena). Desta forma, eles podem ser implantados preventivamente nestas safras agrícolas, anteriormente à presença da presa que constitui a praga alvo adequada. Além disso, eles são capazes de sobreviver e continuarem a desenvolver-se após a praga alvo ter sido controlada. A possibilidade de implantações preventivas é muito importante para obtenção de um programa robusto de controle biológico. São obtidos excelentes resultados com a liberação preventiva de ácaros predadores (devido ao fato de a presa poder ser controlada imediatamente após seu ingresso na safra agrícola). Em safras agrícolas nas quais o pólen não se encontra livremente disponível, tais como por exemplo de pepinos e a maior parte das safras ornamentais, estas espécies de ácaros phytoseiid não podem ser liberadas preventivamente a menos que sejam providos alimentos artificialmente. Isto pode ser realizado, por exemplo, mediante aspersão de pólen de plantas colhido artificialmente sobre a safra agrícola.
Alternativamente, ou adicionalmente, isto pode igualmente ser realizado mediante liberação da presa que constitui a praga alvo anteriormente ou juntamente com a liberação dos ácaros predadores phytoseiid. Este método, conhecido como "inserção da praga em primeiro lugar" ("pest-in-first") envolve riscos óbvios de introdução da praga e requer muita experiência. 0 melhor exemplo de "inserção da praga em primeiro lugar" é a liberação de ácaros aracniformes de duas manchas ou ácaros rajados (Tetranychus urticae) juntamente com ou anteriormente à liberação do ácaro fitoseideo Phytoseiulus persimilis.
No caso do Neoseiulus cucumeris, alternativamente pode ser utilizado um sistema de criação de liberação controlada (conforme divulgado por Sampson, C. (1998) ou no documento n° GB 2393890) poderá ser utilizado para a liberação preventiva desta espécie de ácaros fitoseideos. Este sistema de criação de liberação controlada consiste em um sachê com um compartimento que contém uma mistura alimentícia, consistindo em farelo de grãos, levedura, e germe de trigo, uma população do ácaro de grãos Tyrophagus putrescentiae e uma população de ácaros predadores Neoseiulus cucumeris. O ácaro de grãos Tyrophagus putrescentiae irá reproduzir-se e desenvolver uma população ativa na mistura alimentícia e servirá como hospedeiro não natural para a população de ácaros predadores. Os sachês são pendurados na plantação por meios adequados, por exemplo por meio de um gancho e promoverão uma liberação contínua de ácaros predadores ao longo de um período de 4 a 6 semanas.
Em safras agrícolas que proporcionam um fornecimento contínuo de pólen ou em casos em que já se encontram presentes populações de pragas, não é necessário um sachê de liberação prolongada, e o produto pode ser aplicado na safra agrícola na forma de um material solto, compreendendo uma mídia de criação adequada com uma população do ácaro de grãos Tyrophagus putrescentiae e do fitoseídeo Neoseiulus cucumeris.
Devido ao fato de o Neoseiulus cucumeris ter uma resposta numérica relativamente fraca à presença de alimentos, é necessário liberar grandes quantidades de ácaros predadores em uma safra agrícola para ser obtido um controle suficiente de pragas. Isto é economicamente possível devido ao fato de o Neoseiulus cucumeris poder ser criado economicamente em quantidades muito grandes no ácaro de grãos Tyrophagus putrescentiae, que pode ser criado em quantidades suficientes na mistura alimentícia descrita acima.
Muito embora existam ácaros predadores muito mais eficientes para controle de insetos tisanópteros com uma taxa de predação e uma resposta numérica muito mais elevadas, tais como as espécies Typhlodramalus limonicus e Iphiseius degenerans, o Neoseiulus cucumeris é ainda a espécie mais vulgarmente utilizada devido ao fato de poder ser facilmente criada em quantidades muito grandes. 0 Iphiseius degenerans é criado em massa em plantas de Mamona ("Castor Bean") (Ricinus communis L., Euphorbiaceae) que proporcionam um fornecimento contínuo de pólen mediante o qual os ácaros podem desenvolver grandes populações. Devido à grande área superficial e elevado investimento em estufas necessárias para cultivo das plantas e devido às laboriosas técnicas de colheita, o preço de custo do Iphiseius degenerans é muito elevado em comparação com o do Neoseiulus cucumeris. Devido a este elevado preço de custo os plantadores somente podem liberar números muito baixos, tipicamente da ordem de 1000-2000 ácaros predadores por hectare. Desta forma, a aplicação de Iphiseius degenerans fica limitada aos pimentões (Capsicum annuum L.) , que proporcionam uma quantidade suficiente de pólen que permite que os ácaros predadores desenvolvam uma população, que é suficiente para controle de pragas. Devido ao fato de somente poderem ser liberadas pequenas quantidades de ácaros no inicio da estação de crescimento, são necessários vários meses até a população de Iphiseius degenerans se encontrar em plena força em uma safra agrícola de forma a ter um impacto significativo nas populações de pragas de insetos tisanópteros.
Os Ácaros Aracniformes de mancha dupla ou rajados ("Two-Spotted Spider Mites") (Tetranychus urticae) são controlados com êxito em plantações de estufa e ao ar livre no mundo inteiro mediante liberação de ácaros predadores. As espécies mais importantes são o Phytoseiulus persimilis (Hussey, N. W. e Scopes, N. E. A., 1985), que é o ácaro mais antigo disponível comercialmente para controle biológico e o Neoseiulus californicus (Wei-Lan Ma e Laing, J. E., 1973). Ambos os ácaros predadores são criados em massa em seu hospedeiro natural Tetranychus urticae em plantas de feijão (Phaseolus vulgaris) em estufas. Castagnoli, M. e Simoni, S. (1999) descreveram igualmente um método para criação em massa de Neoseiulus californicus no Ácaro da Poeira Doméstica Dermatophagoides farinae. Entretanto, os Ácaros de Poeira Domésticos (Dermatophagoides farinae e Dermatophagoides pteronyssinus) produzem alergênicos importantes, implicados na asma alérgica, rinite, conjuntivite e dermatite. Desta forma, sua utilização em sistemas de criação de liberação controlada para liberação de ácaros predadores em plantações apresenta desvantagens. Uma outra desvantagem reside no fato de que quando os Ácaros da Poeira Doméstica são utilizados para propósitos de criação em massa, tornam-se aconselháveis e por vezes necessárias medidas amplas para proteção dos trabalhadores. A literatura cientifica relata diversos ácaros predadores que são altamente eficazes contra espécies de pragas daninhas tais como de moscas-brancas ("white flies"), insetos tisanópteros, ácaros aracniformes, ácaros tarsonemideos e ácaros eriofideos, porém devido à ausência de um sistema de criação em massa eficiente econômico, somente algumas poucas espécies se encontram comercialmente disponíveis para propósitos de controle biológico de pragas.
As pesquisas recentes indicaram o potencial dos ácaros predadores Amhlyseius swirskii, Euseius ovalis, Euseius scutalís e Typhlodromalus limonicus como agentes de controle biológico muito eficientes de insetos tisanópteros (Thrips tabaci e Frankliniella occidentalis) e moscas-brancas (Trialeurodes vaporariorum e Bemisia tabaci) (Nomikou, M., Janssen, A., Schraag, R. e Sabelis, M. W., 2001; Messelink, G. & Steenpaal, S. 2003; Messelink, G. 2004; Messelink G. & Steenpaal, S. 2004; Bolckmans, K. & Moerman, M. 2004; Messelink, G. & Pijnakker, J. 2004; Teich, Y. 1966; Swirski, E. e outros, 1967) . Entretanto, a possibilidade de utilização prática destes e outros ácaros predadores fitoseideos como agente de controle biológico aumentativo depende da disponibilidade de um método adequado para criação em massa destes ácaros predadores.
Até a presente data somente o Amblyseius swirskii se encontra comercialmente disponível para controle biológico de moscas-brancas. Recentemente este ácaro fitoseídeo foi introduzido no mercado pela empresa Koppert B. V. . A introdução no mercado comercial do Amblyseius swirskii foi possível devido ao desenvolvimento de um método comercialmente viável para criação em massa deste ácaro predador, que envolve o uso de Carpoglyphus lactis como hospedeiro não natural. Este método faz parte da matéria do pedido internacional de patente pendente não pré-publicado n° NL 2004/000930. O motivo pelo qual apenas recentemente se ter tornado comercialmente disponível um ácaro predador cuja presa são as moscas-brancas, é provavelmente devido ao fato de que apesar da conhecida predação dos ácaros predadores sobre as moscas-brancas sua possibilidade de utilização como agentes de controle biológico aumentativos contra moscas-brancas não foi reconhecida na técnica. No controle biológico aumentativo, agentes biológicos são liberados em uma safra agrícola para controle de uma praga.
Ainda mais importante é o fato de que, com exceção do recentemente desenvolvido sistema de criação para Amblyseius swirskii, nenhum sistema econômico de criação em massa, necessário para permitir a liberação de grandes números de ácaros predatórios em uma safra agrícola, que tem importância fundamental para sua possibilidade de utilização como agente de controle biológico aumentativo, se encontram disponíveis na técnica para espécies de ácaros predadores, por exemplo, aqueles que poderíam ser potencialmente eficazes contra moscas-brancas ou outras pragas de safras agrícolas. 0 controle biológico de pragas de safras agrícolas com ácaros predadores passíveis de serem criados economicamente em grandes quantidades em um ácaro hospedeiro não natural em uma mídia de criação seria muito vantajoso devido ao fato de um tal sistema de criação utilizar uma superfície limitada. Adicionalmente, em um tal sistema, a criação do ácaro predador pode ser realizada em salas com clima controlado. Como tal, não são requeridos grandes investimentos em estufas e safras agrícolas. A técnica anterior descreve a criação de Neoseiulus cucumeris e Neoseiulus barkeri com o auxílio de uma espécie de ácaro hospedeiro não natural do gênero Tyrophagus, particularmente Tyrophagus putrescentiae, Tyrophagus tropicus, Tyrophagus casei (Sampson, C., 1998; Jacobson, R. J., 1995; Bennison, J. A. e R. Jacobson, 1991; Karg e outros, 1987; e documento n° GB 293890) e do gênero Acarus, particularmente Acarus siro (Beglyarov e outros, 1990) e Acarus farris (Hansen, L. S. e J. Geyti, 1985; Ramakers, P. M. J. e van Lieburg, M. J., 1982), todos pertencentes à familia Acaridea. O hospedeiro de criação mais comum para o Neoseiulus cucumeris é o Tyrophagus putrescentiae. Uma importante desvantagem do Tyrophagus putrescentiae reside no fato de poder causar danos às plantas em folhas de plantas jovens quando se encontra presente em safras agrícolas, por exemplo, quando é usado como hospedeiro não natural em sachês de criação de liberação lenta conforme divulgados por Sampson, C., 1998 ou no documento n° GB 293890. Isto ocorre particularmente em culturas de pepinos durante períodos de grande umidade particularmente se ocorrendo em combinação com uma baixa intensidade de luz.
Castagnoli e outros descreveram igualmente a possibilidade de criação em massa de Neoseiulus californicus (Castagnoli, M. e S. Simoni, 1999) e Neoseiulus cucumeris (Castagnoli, M., 1989) no Ácaro de Poeira Doméstica Dermatophagoides farinae como hospedeiro de criação não natural. Entretanto, os Ácaros de Poeira Doméstica (Dermatophagoides farinae e Dermatophagoides pteronyssinus) produzem importantes alergênicos, implicados em asma alérgica, rinite, conjuntivite e dermatite.
Desta forma, o método tradicional para criação em massa de Neoseiulus californicus ocorre em plantas de feijão (Phaseolus vulgaris) infestado com ácaros aracniformes de duas manchas ou rajados (Tetranychus urticae) ou ácaros pacíficos (Tetranychus pacificus) em estufas com um preço de custo resultante bastante elevado. Devido ao preço de custo dos ácaros que são criados neste sistema, somente quantidades relativamente baixas podem ser liberadas para controle de pragas em uma safra agrícola. 0 desenvolvimento de um método de criação em massa com um hospedeiro não natural passível de ser criado em uma mídia adequada produziría como resultado um preço de custo muito mais baixo permitindo dessa forma a liberação de quantidades muito maiores como agentes de controle biológico em safras agrícolas. Os hospedeiros não naturais, que são conhecidos da técnica anterior, tais como Tyrophagus spp., Acarus spp. são somente adequados para criação em massa de um número limitado de espécies de ácaros fitoseídeos. Por exemplo, os ácaros fitoseídeos N. californicus e N. fallacis não podem ser criados com eficiência em Tyrophagus putrescentiae e Acarus siro.
Existe portanto uma necessidade na técnica de hospedeiros não naturais adicionais que possam ser utilizados para criação em massa de ácaros benéficos, tal como ácaros predadores. Particularmente para a criação de Amblyseius swirskii, Neoseiulus fallacis, Neoseiulus californicus, Typhlodromips montdorensis, Neoseiulus womersleyi, Euseius ovalis ou Euseius scutalis. Para muitas espécies de ácaros predadores fitoseideos, somente a criação com pólen de plantas foi divulgada na literatura. A criação à base de pólen requer alternativamente grandes áreas de estufa para produção de plantas tais como Plantas de Mamona ("Castor Bean Plants") (Ricinus communis) para obtenção de pólen suficiente, bu a coleta de pólen adequado de plantas tal como de Partasana (Typha spp.) ou Carvalho (Quercus spp.) ao ar livre. A coleta de pólen de plantas ao ar livre requer muito trabalho, sendo portanto dispendiosa, e somente podem ser coletadas quantidades limitadas. 0 pólen de plantas coletado por abelhas domésticas é inadequado para criação de ácaros predadores.
Relativamente ao ácaro A. swirskii somente foi divulgada na técnica a criação utilizando pólen (Messelink, G. & Pijnakker, J. 2004) ou ovos dos lepidópteros Corcyra cephalonica ou Ephestia kuehniella (Romeih, A. Η. M. e outros, 2004). A criação em ovos de lepidópteros requer grandes investimentos em instalações de produção, sendo portanto muito dispendiosa. Além disso, a criação em ovos de lepidópteros não é adequada para diversas espécies de ácaros, tais como por exemplo as espécies Neoseiulus californicus e Neoseiulus fallacis.
Adicionalmente esta criação em massa de Amblyseius swirskii utilizando o hospedeiro não natural Carpoglyphus lactis não é conhecida. Para atender plenamente as demandas do mercado são necessários hospedeiros não naturais adicionais.
Foi agora descoberto que a espécie de ácaros Astigmatídeos da família do Glycyphagidae pode ser utilizada como hospedeiro não natural para um grande número de espécies de ácaros predadores fitoseídeos.
Desta forma, de acordo com um primeiro aspecto, a invenção refere-se a uma composição de ácaros compreendendo uma população de criação de uma espécie de ácaro predador fitoseídeo e uma população de hospedeiro não natural compreendendo pelo menos uma espécie selecionada da família Glycyphagidae. A composição de ácaros de acordo com a invenção compreende preferencialmente um número limitado de diferentes espécies. Deverá ser entendido que a composição de ácaros compreenderá pelo menos duas espécies distintas, o ácaro fitoseídeo e o hospedeiro não natural selecionado dos Glycyphagidae. É entretanto possível que a composição de ácaros compreenda mais de duas espécies, por exemplo compreendendo mais de uma, tal como duas ou três espécies de hospedeiros não naturais ou compreendendo mais de uma, tal como duas ou três espécies de ácaros fitoseídeos. É entretanto menos preferencial que a composição de ácaros compreenda mais de uma espécie de ácaro fitoseídeo, já que pode ocorrer predação entre espécies da mesma família.
As espécies de ácaros predadores fitoseídeos com maior probabilidade de serem capazes de se alimentar de Glycyphagidae e em particular de Lepidoglyphus destructor ou Glycyphagus domestícus são as espécies de ácaros predadores fitoseideos oligófagos. Uma espécie de ácaro predador fitoseideo oligófago é uma espécie de ácaro predador fitoseideo que é capaz de utilizar pelo menos algumas espécies de presas diferentes como fonte alimentar para seu desenvolvimento populacional (reprodução e desenvolvimento completo de seus indivíduos desde os ovos até os adultos sexualmente maduros). Como tal, a expressão espécie de ácaro predador oligófago no presente relatório descritivo inclui uma espécie de ácaro polífago, consistindo em um ácaro predador que pode utilizar um grande número de espécies de presas como fonte de alimento para sua reprodução e desenvolvimento completo. Desta forma, a expressão espécie de ácaro predador oligófago deverá ser entendido como significando uma espécie de ácaro predador não-monófago tal como uma espécie de ácaro predador do gênero Phytoseiulus que possuem uma gama de hospedeiros muito restrita que é basicamente limitada ao gênero Tetranychus.
Uma espécie de hospedeiro não natural e espécies de presas não naturais são espécies que habitam um habitat natural diferente do ácaro predador fitoseideo, porém em que apesar disso um ou mais dos estágios de vida do hospedeiro não natural ou presa não natural constituem uma presa adequada para pelo menos um estágio de vida do ácaro predador fitoseideo. Devido ao fato de os hospedeiros não naturais e as presas não naturais habitarem um habitat natural diferente do habitat dos ácaros predadores fitoseídeos, cujo habitat natural é a filosfera das plantas, os fitoseídeos não se alimentam normalmente dos mesmos na natureza. 0 ácaro predador fitoseídeo é capaz de se reproduzir e desenvolver eficientemente desde o ovo até o adulto sexualmente maduro quando se alimenta de uma dieta do hospedeiro não natural de tal forma que o número de indivíduos na população de criação do ácaro fitoseídeo pode crescer pelo menos 50%, preferencialmente 75%, mais preferencialmente 100% em 7 dias (T = 25° C; RH = 80%, alimentação ad libidum).
Em contraste, uma presa não natural é uma presa que pode ser alvo de predação pela espécie de ácaro fitoseídeo, entretanto o desenvolvimento do ovo até o adulto sexualmente maduro não é eficiente. São observadas uma fecundidade muito reduzida e uma elevada taxa de mortalidade durante o desenvolvimento desde o ovo até o adulto, resultando em um crescimento populacional de menos de 50% em 7 dias em condições de criação em massa. Como tal, quando se alimenta de uma dieta consistindo somente em uma presa não natural, uma população de criação de um ácaro predador fitoseídeo não será capaz de aumentar o número de seus indivíduos em pelo menos 50%, em um período de 7 dias (T = 25° C; RH = 80%, alimentação ad libidum), o que é considerado um requisito mínimo para criação em massa em âmbito comercial.
Os ácaros predadores fitoseídeos têm seu habitat natural em plantas nas quais são predadores de organismos de espécies classificadas como pragas (insetos e ácaros). Eles podem ser isolados de seus habitats naturais conforme foi descrito por de Moraes e outros, 2004.
Os Glycyphagidae são descritos por Hughes, A. M. (1977). Com base na divulgação deste documento uma pessoa versada na técnica será capaz de isolar espécies especificas desta família de seu habitat natural. Conforme é descrito por Hughes, A. M. (1977), os Glycyphagidae são associados com insetos ou pequenos mamíferos ou ninhos de pequenos mamíferos e insetos sociais tais como abelhas. Eles são tipicamente associados com residências, estábulos e com instalações de armazenagem ou processamento de produtos alimentícios secos tais como celeiros ou moinhos de farinha. Em residências, podem ser encontrados em materiais tais como poeira de chão, papel de parede úmido e bolorento, feltro, peles secas de animais, locais de armazenagem de produtos alimentícios e em estofamentos de móveis feitas de fibras vegetais processadas. Em estábulos de animais, podem ser encontrados em materiais tais como feno, palha, poeira do chão, rações animais secas (em pelotas ou farinhas) , grãos armazenados e fezes de aves de criação. Os produtos alimentícios armazenados nos quais tipicamente podem ser encontrados Glycyphagidae são farinha, grãos, cereais, queijo, presunto, peixe seco, trigo, leveduras secas, sementes e frutos secos.
Desta forma, a composição de acordo com a invenção proporciona uma nova associação de ácaros, que não ocorre naturalmente, já que os ácaros predadores fitoseideos habitam um habitat diferente do habitat dos Glycyphagidae.
Dyadechko, N. P. e Chizhik, R. I. (1972) divulgaram experimentos nos quais Typhlodromus aberrans (atualmente conhecido como Campynodromus aberrans (Oudemans 1930)) é colhido em tiras de feltro durante o outono com o objetivo de liberar os mesmos em pomares na primavera seguinte. À parte do Typhlodromus aberrans, o ácaro aracniforme Tetranychus telarius é colhido. É descrita a predação do Typhlodromus aberrans sobre o Tetranychus telarius. É descrito que após uma erradicação plena do ácaro aracniforme Tetranychus telarius das tiras de feltro, o Typhlodromus aberrans se alimentou de uma espécie não especificada de Glycyphagus que se encontrava presente nas tiras de feltro. Não são dadas informações sobre a reprodução do T. aberrans alimentado com a espécie não especificada de Glycyphagus, existindo somente dados relativos a predação. A composição de acordo com a invenção é não somente adequada para criação em massa de um ácaro predador fitoseideo. Na medida em que ela compreende igualmente estágios de vida predatória móvel de um ácaro predador fitoseideo, ou estágios de vida que podem desenvolver-se para estes estágios de vida móvel, ela pode igualmente ser empregada como um agente de proteção biológica de safras agrícolas.
Em uma configuração preferencial a composição compreende um veículo para os indivíduos das populações. 0 veículo pode consistir em qualquer material sólido adequado para provisão de uma superfície de transporte para os indivíduos. Preferencialmente o veículo proporciona uma mídia porosa, que permite troca de gases metabólicos e calor produzidos pelas populações de ácaros. Exemplos de veículos adequados compreendem materiais vegetais tais como farelo (de trigo), cascas de trigo sarraceno, cascas de arroz, serragem, resíduos de espigas de milho, etc. É adicionalmente preferencial adicionar à composição uma substância alimentícia adequada para o desenvolvimento da população hospedeira não natural. Alternativamente, o veículo propriamente dito pode compreender uma substância alimentar adequada. Uma substância alimentar adequada pode ser similar àquela descrita por Parkinson, C. L., 1992; Solomon, Μ. E. &
Cunnington, A. M., 1963; Chmielewski, W., 1971a;
Chmielewski, W., 1971b ou pelo documento inglês n° GB 2393890.
De acordo com uma configuração preferencial da composição o ácaro predador fitoseídeo é selecionado de: - a sub-família Amblyseiinae, tal como do Gênero Amblyseius, por exemplo, Amblyseius andersoni, Amblyseius swirskii ou Amblyseius largoensis, do gênero Euseius, por exemplo, Euseius f ínlandicus, Euseius hibisci, Euseius ovalis, Euseius victoriensis, Euseius stipulatus, Euseius scutalis, Euseius tularensis, Euseius addoensis, Euseius concordis, Euseius ho ou Euseius citri, do gênero Neoseiulus, por exemplo, Neoseiulus barkeri, Neoseiulus californicus, Neoseiulus cucumeris, Neoseiulus longispinosus, Neoseiulus womersleyi, Neoseiulus idaeus, Neoseiulus anonymus ou Neoseiulus fallacis, do gênero Typhlodromalus, por exemplo, Typhlodromalus limonicus, Typhlodromalus aripo ou Typhlodromalus peregrinus, do gênero Typhlodromips, por exemplo, Typhlodromips montdorensis; - a sub-família Typhlodrominae, tal como do gênero Galendromus, por exemplo, Galendromus occidentalis, do gênero Typhlodromus, por exemplo, Typhlodromus pyri, Typhlodromus doreenae ou Typhlodromus athiasae. Estas espécies de ácaros predadores fitoseídeos podem ser consideradas como espécies de ácaros predadores oligófagos. 0 ácaro predador fitoseideo de acordo com uma configuração preferencial da invenção é preferencialmente selecionado da sub-familia Amblyseiinae conforme descrito por De Moraes e outros, 2004. Em uma configuração preferencial adicional, o ácaro predador fitoseideo é selecionado como Amblyseius swirskii, Neoseiulus fallacis, Neoseiulus californicus, Typhlodromips montdorensis, Neoseiulus womersleyi, Euseius ovalis ou Euseius scutalis. Para estas espécies, não foi divulgada na técnica a criação em massa econômica dependente de um ácaro hospedeiro não natural, com exceção de A. swirskii e N. californicus. A criação em massa de Neoseiulus californicus em Dermatophagoides farinae foi descrita na técnica (Castagnoli, M. e Simon, S. (1999)) conforme foi discutido acima. Entretanto, esta encontra-se associada a problemas relativos aos alergênicos portados pelos Dermatophagoidea. A criação em massa desta espécie em Tetranychus urticae ou Tetranychus pacificus em plantas de feijão (Phaseolus vulgaris) em estufas ou ao ar livre foi igualmente descrita na técnica (Hendrickson, R. N., Jr., (1980); Glasshouse Crops Research Institute, UK. (1976)), conforme foi discutido acima. Entretanto, esta criação está associada a elevados investimentos em estufas e elevados requisitos de mão de obra, material e energia. A criação em massa comercial de Amblyseius swirskii somente foi divulgada publicamente com a utilização do hospedeiro não natural Carpoglyphus lactis como hospedeiro não natural. Será benéfico prover hospedeiros não naturais adicionais para criação em massa deste ácaro predador.
Para Typhdronmips montdorensis, Neoseiulus womersleyi, Euseius ovalis e Euseius scutalis, foi divulgada a criação em escala laboratorial à base de pólen de plantas. Entretanto, a criação em massa comercial com utilização de pólen é dispendiosa e portanto não é economicamente favorável. 0 Neoseiulus fallacis encontra-se disponível comercialmente. Entretanto, este ácaro predador é criado em massa utilizando sua presa natural, o que envolve grandes investimentos. A presente invenção divulga agora pela primeira vez uma composição de ácaros, compreendendo uma espécie da família dos Glycyphagidae como hospedeiro não natural, que pode ser utilizada para criação econômica desta e outras espécies de ácaros predadores fitoseídeos, tornando possível a utilização dos mesmos como agente biológico aumentativo de controle de pragas.
Deverá ser entretanto entendido que em certas configurações da invenção a espécie de ácaro predador fitoseídeo é selecionada de uma espécie diversa daquelas que são particularmente preferenciais.
Podem ser observadas diferenças de aceitação do hospedeiro não natural entre cepas diferentes de espécie de ácaro predador fitoseídeo.
Adicionalmente, poderá ser possível criar uma cepa adaptada para um hospedeiro não natural específico mediante criação seletiva.
No presente relatório descritivo, o termo criação deverá ser entendido como incluindo a propagação e aumento de uma população por meio de reprodução sexual.
Uma população de criação pode compreender adultos sexualmente maduros de ambos os sexos, e/ou indivíduos de ambos os sexos de outros estágios de vida, por exemplo, ovos e/ou ninfas, que podem amadurecer tornando-se adultos sexualmente maduros. Alternativamente a população de criação pode compreender uma ou mais fêmeas fertilizadas. Essencialmente a população de criação é capaz de aumentar o número de seus indivíduos por reprodução sexual.
Preferencialmente a população do hospedeiro não natural é uma população de criação, conforme definida acima, de tal forma que possa manter-se ou mesmo desenvolver-se até certo ponto. Se o hospedeiro não natural for provido como uma população de criação, será preferencialmente igualmente provida uma substância alimentar para o hospedeiro não natural. A substância alimentar poderá ser semelhante a uma substância alimentar conforme divulgada por Solomon, Μ. E. e Cunnington, A. M., 1963; Parkinson, C. L., 1992; Ramakers, P. M. J. e van Lieburg, M. J., 1982; ou pelo documento n° GB 2393890. 0 hospedeiro não natural é preferencialmente selecionado da sub-família Ctenoglyphinae, tal como do gênero Diamesoglyphus, por exemplo, D. intermedius ou do gênero Ctenoglyphus, por exemplo, C. plumiger, C. canestrinii, C. palmifer; a sub-família Glycyphaginae, tal como do gênero Blomia, por exemplo, B. freemani ou do gênero Glycyphagus, por exemplo, G. ornatus, G. bicaudatus, G. privatus, G. domesticus, ou do gênero Lepidoglyphus, por exemplo, L. michaeli, L. fustifer, L. destructor, ou do gênero Austroglycyphagus, por exemplo, A. geniculatus; da sub-família Aêroglyphinae, tal como do gênero Aêroglyphus, por exemplo, A. robustus, da sub-família Labidophorinae, tal como do gênero Gohieria, por exemplo, G. fusca; ou da sub-família Nycteriglyphinae tal como do gênero Coproglyphus, por exemplo C. Stammeri e mais preferencialmente é selecionado da sub-família Glycyphaginae, mais preferencialmente do gênero Glycyphagus ou do gênero Lepidoglyphus mais preferencialmente selecionado de G. domesticus ou L. destructor. Contrariamente ao que ocorre com o Tyrophagus putrescentiae, para os Glycyphagidae e em particular o Lepidoglyphus destructor e o Glycyphagus domesticus, não foi observado nenhum dano nas safras agrícolas em testes comparativos de campo. Desta forma, um hospedeiro não natural desta seleção apresentará benefícios quando for utilizada a composição de acordo com a invenção para proteção de safras de tal forma que os indivíduos da população de hospedeiro não natural possam entrar em contato com a safra, por exemplo, quando aplicados diretamente sobre a safra ou na vizinhança da safra ou quando utilizados em sachês de liberação lenta/controlada.
Um benefício adicional dos Glycyphagidae e particularmente do Lepidoglyphus destructor e do Glycyphagus domesticus reside no fato de estas espécies serem consideradas espécies cosmopolitas. Como tal, o comércio internacional de produtos compreendendo uma destas espécies encontrará menos restrições regulatórias já que a mesma é encontrada em muitos países, no que se refere a espécies estrangeiras.
Um benefício adicional dos Glycyphagidae, e particularmente do Lepidoglyphus destructor e do Glycyphagus domesticus reside no fato de estas espécies poderem ser utilizadas para criação comercial em massa de certas espécies de ácaros predadores fitoseídeos que não podem ser criados com Tyrophagus spp. ou Acarus spp., tal como Neoseiulus fallacis e Neoseiulus californicus.
Foi igualmente descoberto que o Lepidoglyphus destructor e o Glycyphagus domesticus constituem em particular hospedeiros não naturais adequados para Neoseiulus californicus e Neoseiulus fallacis já que estes predadores podem alimentar-se de múltiplos estágios de vida, e em certas circunstâncias, de todos os estágios de vida destes hospedeiros.
Na composição o número de indivíduos da espécie de ácaro predador fitoseídeo relativamente ao número de indivíduos do hospedeiro não natural pode ser desde cerca de 1000:1 até 1:20, tal como cerca de 100:1 até 1:20, por exemplo, 1:1 até 1:10, preferencialmente cerca de 1:4, 1:5 ou 1:7.
Os números relativos podem depender da utilização especificamente pretendida da composição e/ou do estágio de desenvolvimento da população de ácaros fitoseídeos no hospedeiro artificial. Em geral, composições em que os indivíduos do hospedeiro não natural se encontram presentes em números que excedem os números dos indivíduos do ácaro fitoseídeo são preferenciais para criação da espécie de ácaro fitoseídeo, de tal forma que uma quantidade suficiente de presas seja provida para o ácaro fitoseídeo. Entretanto, à medida que a população de ácaros fitoseídeos aumenta durante a predação do hospedeiro não natural, o número relativo de indivíduos da espécie de ácaro fitoseídeo irá aumentar.
Uma composição compreendendo números relativos elevados dos ácaros predadores fitoseídeos poderá ser formada de uma composição compreendendo um número relativo menor, permitindo-se que a população de criação do ácaro predador fitoseídeo se desenvolva por predação do hospedeiro não natural. Alternativamente, uma composição compreendendo um número relativo baixo do ácaro predador fitoseídeo pode ser formada mediante mistura de uma composição compreendendo um número relativo mais elevado com uma composição compreendendo um número relativo menor, incluindo uma composição compreendendo somente o hospedeiro não natural, opcionalmente em combinação com o veículo e/ou uma substância alimentícia adequada para o hospedeiro artificial.
De acordo com uma configuração preferencial, a composição de ácaros compreende uma fonte de nutrição adicional para o ácaro fitoseídeo. 0 termo fonte nutricional deverá ser entendido como compreendendo qualquer fonte de material que possa servir de nutrição para o ácaro fitoseídeo. Uma tal fonte nutricional pode compreender uma dieta artificial, conforme se encontra descrita no documento n° ÜS 6.129.935. Entretanto, são preferenciais como fontes de nutrição o pólen de plantas ou uma presa. A presa pode compreender um hospedeiro não natural tal como uma espécie selecionada da família dos Carpoglyphidae tal como do gênero Carpoglyphus, preferencialmente a espécie Carpoglyphus lactis ou de outras famílias ou gêneros pertencentes aos Astigmata. Mediante a apresentação de uma fonte de nutrição adicional, é proporcionado ao ácaro fitoseídeo uma dieta mais diversificada. Foi observado que a combinação de fontes nutricionais pode causar efeitos sinergéticos relativamente as respostas do predador em termos de crescimento e/ou reprodução.
De acordo com um aspecto adicional a presente invenção refere-se a um método para criação das espécies de ácaros predadores fitoseídeos. 0 método compreende a provisão de uma composição de acordo com a invenção, permitindo-se que os indivíduos do referido ácaro predador fitoseídeo predem indivíduos da referida população de hospedeiros não naturais.
Para um desenvolvimento otimizado do ácaro predador fitoseídeo, a composição é, por exemplo, mantida a 18-35° C, preferencialmente 20-30° C, mais preferencialmente 20-25° C, mais preferencialmente ainda, 22-25° C. As faixas adequadas de umidade relativa situam-se entre 60-95%, preferencialmente 70-90%. Estes intervalos de temperatura e umidade relativa são geralmente também adequados para manutenção da espécie hospedeira não natural. É preferencial que a composição compreenda um veiculo capaz de prover uma midia porosa e uma substância alimentícia para a espécie hospedeira não natural, e que a espécie hospedeira não natural seja mantida na forma de uma cultura tridimensional sobre o veículo. Em uma tal cultura tridimensional os elementos da espécie hospedeira não natural ficam livres para se movimentarem em três dimensões. Desta forma eles podem infestar um maior volume do veículo e utilizar a substância alimentícia de forma mais otimizada. Considerando o tamanho dos estágios móveis da espécie de ácaro predador fitoseídeo relativamente aos indivíduos do hospedeiro não natural, este organismo irá geralmente também infestar o volume total do veículo, em busca da alimentação proporcionada pelo hospedeiro não natural. Preferencialmente, a cultura tridimensional é obtida mediante provisão do veículo em uma camada tridimensional, isto é, uma camada possuindo três dimensões, das quais duas dimensões são maiores que uma dimensão. Como exemplo, uma camada horizontal com um comprimento e uma largura da ordem de metros e uma determinada espessura da ordem de centímetros. Uma camada tridimensional é preferencial na medida em que irá permitir uma troca suficiente de calor metabólico e gases e irá proporcionar um maior volume de produção em comparação com uma camada bidimensional.
De acordo com um aspecto adicional, a invenção refere-se ao uso de um ácaro Astigmatideo selecionado da familia Glycyphagidae como hospedeiro não natural para criação de um ácaro predador fitoseideo. 0 ácaro Astigmatideo é preferencialmente selecionado da sub-familia Ctenoglyphínae, tal como do gênero Diamesoglyphus, por exemplo, D. intermedius ou do gênero Ctenoglyphus, por exemplo, C. plumiger, C. canestrinii, C. palmifer, da sub-familia Glycyphaginae, tal como do gênero Blomia, por exemplo, B. freemani ou do gênero Glycyphagus, por exemplo, G. ornatus, G. bicaudatus, G. privatus, G. domesticus, ou do gênero Lepidoglyphus, por exemplo, L. michaeli, L. fustifer, L. destructor, ou do gênero Austroglycyphagus, por exemplo, A. geniculatus, da sub-familia Aêroglyphinae, tal como do gênero Aêroglyphus, por exemplo, A. robustus; da sub-familia Labidophorinae, tal como do gênero Gohieria, por exemplo, G. fusca; ou da sub-familia Nycteriglyphinae, tal como do gênero Coproglyphus, por exemplo, C. Stammeri, e mais preferencialmente é selecionado da sub-familia Glycyphaginae, e preferencialmente é selecionado do gênero Glycyphagus ou do gênero Lepidoglyphus, mais preferencialmente selecionado de G. domesticus ou L. destructor. 0 ácaro predador fitoseideo é preferencialmente selecionado de: - a sub-familia Amblyseiinae, tal como do Gênero Amblyseius, por exemplo, Amblvseius andersoni, Amblvseius swirskii, Amblyseius largoensis ou Neoseiulus fallacis, do gênero Euseius, por exemplo, Euseius finlandicus, Euseius hibisci, Euseius ovalis, Euseius victoriensis, Euseius stipulatus, Euseius scutalis, Euseius tularensis, Euseius addoensis, Euseius concordis, Euseius ho, ou Euseius citri, do gênero Neoseiulus, por exemplo, Neoseiulus barkeri, Neoseiulus californicus, Neoseiulus cucumeris, Neoseiulus longispinosus, Neoseiulus womersleyi, Neoseiulus idaeus, Neoseiulus anonymus ou Neoseiulus fallacis, do gênero Typhlodromalus, por exemplo, Typhlodromalus limonicus, Typhodromalus limonicus, Typhodromalus aripo ou Typhlodromalus peregrinus, do gênero Typhlodromips, por exemplo, Typhlodromips montderensis; - a sub-família Typhlodrominae, tal como do gênero Galendromus, por exemplo, Galendromus occidentalis, do gênero Typhlodromus, por exemplo, Typhlodromus pyri, Typhlodromus doreenae ou Typhlodromus athiasae. É preferencial uma seleção da sub-familia do Amblyseiinae.
De acordo com um aspecto adicional, a invenção refere-se a um sistema de criação para criação do ácaro predador fitoseideo. 0 sistema de criação compreende um recipiente contendo a composição de acordo com a invenção. 0 recipiente pode ser de qualquer tipo adequado para aprisionar indivíduos de ambas as populações. O sistema de criação pode compreender meios que facilitam a troca de gases metabólicos e calor entre seu interior e seu exterior, tal como orifícios de ventilação. Esses orifícios de ventilação não deverão permitir que indivíduos das populações escapem do recipiente. Isto pode ser realizado criando-se uma barreira sobre ou em torno dos orifícios de ventilação impedindo uma fuga substancial de ácaros do recipiente e simultaneamente facilitando a troca de gases e calor metabólico.
Devido à predação realizada pelos ácaros predadores fitoseídeos, o número de indivíduos hospedeiros não naturais na composição irá decrescer. Se necessário, o hospedeiro não natural poderá ser reabastecido de uma fonte compreendendo o hospedeiro não natural, preferencialmente juntamente com o veículo e/ou substância alimentícia para o hospedeiro não natural. 0 sistema de criação poderá ser adequado para criação em massa da espécie de ácaro fitoseídeo. Alternativamente, o sistema de criação poderá igualmente ser utilizado para liberação do ácaro predador fitoseídeo para uma safra agrícola. Neste caso, é preferencial que o recipiente possa ser tornado adequado para liberar estágios móveis do ácaro predador fitoseídeo em um determinado momento. Isto pode ser realizado mediante provisão de uma abertura fechada no recipiente, passível de ser aberta. Alternativamente ou em combinação com a mesma, poderá ser provida uma abertura de liberação relativamente pequena no recipiente, de tal forma que possa ser restringido o número de estágios móveis fitoseideos que abandonam o recipiente em um determinado intervalo de tempo. Desta forma, o sistema de criação pode funcionar de forma semelhante ao sistema de liberação lenta ou prolongada divulgada por Sampson, C., 1998, e no documento inglês GB 2393890.
Em um tal sistema de criação para liberação do ácaro predador fitoseídeo em uma safra agrícola o recipiente é preferencialmente dimensionado de tal forma que possa ser suspenso na safra agrícola ou disposto na base da safra agrícola. Para ser suspenso na safra agrícola o recipiente pode ser provido com meios de suspensão, tal como um cabo ou um gancho.
De acordo com um aspecto adicional, a invenção refere-se ao uso da composição ou do sistema de criação para controle de pragas em uma safra agrícola comercial.
Dependendo da espécie dos ácaros fitoseideos, os mesmos podem ser utilizados para controle de diferentes espécies de pragas. A praga pode ser selecionada de, moscas-brancas, tais como Trialeurodes vaporariorum ou Bemisia tabaci; insetos tisanópteros, tais como Thrips tabaci ou Frankliniella spp., tal como Frankliniella occidentalis, ácaros aracniformes tal como Tetranychus urticae ou Panonychus spp. ; ácaros tarsonemídeos tal como Polyphagotarsonemus latus; ácaros eriofídeos tais como o ácaro da ferrugem do tomate Aculops lycopersici; larvas de cochonilhas-algodão ("mealybug") tais como da Cochonilha-Algodão de Cítricos Planococcus citri; larvas escamosas tais como de Cochonilha Vermelha dos Cítricos ou "Escama Vermelha da Califórnia" Aonidiella aurantii.
Os ácaros predadores fitoseídeos Amblyseius swirskii, Euseius ovalis e Euseius scutalis demonstraram uma boa eficácia para controle de moscas-brancas e insetos tisanópteros. No caso de Neoseiulus californicus, Neoseiulus fallacis, Neoseiulus womersleyi, as pragas alvo preferenciais são ácaros aracniformes pertencentes aos gêneros Tetranychus e Panonychus, ácaros tarsonemídeos tais como o Ácaro Branco Polyphagotarsonemus latus e o Ácaro do Ciclamen Tarsonemus pallidus. No caso do Neoseiulus womersleyi foi demonstrada uma boa eficácia contra insetos tisanópteros tais como Franliniella occidentalis e contra ácaros eriofídeos tais como o Ácaro da Ferrugem do Tomate Aculops lycopersici. A safra agrícola pode ser selecionada, sem restrições, a plantações de vegetais (de estufa) tais como tomates (Lycopersicon esculentum), pimentas (Capsicum annuum), berinjelas (Solanum melogena), Curcubitáceas (Cucurbitaceae) tais como pepinos (Cucumis sativa), melões (Cucumis melo), melancias (Citrullus lanatus); frutos macios (tais como morangos (Fragaria x ananassa), framboesas (Rubus ídeaus), culturas ornamentais (de estufa) (tais como rosas, gérberas, crisântemos) ou safras de árvores tais como Citrus spp., amêndoas, bananas ou safras em campo aberto tais como de algodão, milho. A invenção refere-se adicionalmente a um método para controle biológico de pragas em uma safra agrícola compreendendo a provisão de uma composição de acordo com a invenção para essa safra agrícola. A praga pode ser selecionada de forma semelhante àquela utilizada na utilização de acordo com a invenção.
No método de acordo com a invenção a composição pode ser provida mediante aplicação de uma quantidade da referida composição na proximidade, tal como sobre ou na base de um número de plantas da safra agrícola. A composição pode ser provida para a planta da safra agrícola simplesmente mediante espalhamento da mesma sobre a planta ou na base da planta conforme constitui prática comum no emprego de composições de ácaros predadores para controle biológico aumentativo de pragas. A quantidade da composição que pode ser provida a cada planta individual por espalhamento pode situar-se em uma faixa de 1-20 ml, tal como 1-10 ml, preferencialmente 2-5 ml quando a aplicação é feita na base das plantas da safra agrícola e 0,1 - 5 ml quando a aplicação é feita na copa de folhas das plantas.
Alternativamente a composição pode ser provida para o número de plantas da safra agrícola no sistema de criação de acordo com a invenção adequado para liberação do ácaro predador fitoseídeo em uma safra agrícola. O sistema de criação pode ser disposto na proximidade, tal como em ou na base de um número de plantas da safra agricola.
No método de controle biológico de pragas de acordo com a invenção poderá não ser necessário prover a composição para todas as plantas da safra agricola. Isto deve-se ao fato de as safras agrícolas comerciais serem normalmente cultivadas com bastante densidade. Os ácaros predadores fitoseídeos podem espalhar-se de uma planta da safra agrícola para outra. 0 número de plantas da safra agrícola que devem ser providas com a composição de acordo com a invenção para proporcionar uma proteção suficiente à safra agrícola poderá depender das circunstâncias específicas e poderá ser facilmente determinado por uma pessoa versada na técnica com base em sua experiência de campo. Normalmente o número de ácaros predadores fitoseídeos liberados por hectare constitui um fator mais determinante. Este número pode situar-se em uma faixa entre 1000-4 milhões por hectare, tipicamente 100.000 - 1 milhão ou 50.000 - 500.000 por hectare. Estes números podem ser liberados de uma só vez ou em múltiplas vezes por estação de crescimento, dependendo das condições climáticas, da intensidade da praga e da utilização de pesticidas danosos.
Em uma configuração preferencial adicional do método para controle biológico de pragas de acordo com a invenção a safra agrícola é selecionada conforme foi descrito relativamente ao uso da composição. A invenção será agora adicionalmente descrita com referência aos exemplos a seguir, que ilustram configurações não limitativas de diferentes aspectos da invenção.
Experimento 1 Teste de oviposição de N. fallacis em L. destructor.
MATERIAL E MÉTODOS
No inicio do experimento os adultos de N. fallacis foram retirados de uma cultura de massa de N. fallacis na fonte de alimento constituída por L. destructor, que fora iniciada algumas semanas antes. 20 fêmeas adultas jovens e 8 machos foram retirados desta cultura de massa e transferidos para quatro recipientes de criação acabados de preparar. 5 fêmeas e 2 machos de N. fallacis foram dispostos em cada recipiente. Em todos os mesmos, como fonte de alimento, foi colocada uma ampla quantidade de L. destructor.
Após terem sido preparadas as quatro culturas de teste, as mesmas foram localizadas em uma sala climatizada com condições controladas de temperatura (25° C) e umidade (75%). Após dois ou três dias nestas condições, as culturas foram retiradas. Quatro novos recipientes de criação, semelhantes aos anteriores, foram preparados para transferência das mesmas 5 fêmeas e dos mesmos 2 machos anteriormente utilizados.
Foi adicionada uma ampla quantidade de L. destructor como fonte de alimento a cada cultura de teste tal como na etapa anterior. Após a transferência dos machos e das fêmeas, o número de ovos foi contado nos recipientes de criação dos quais foram transferidos.
Os sistemas de criação iniciais foram conservados na sala climatizada durante dois ou três dias para realização de uma segunda contagem com propósitos de detecção de qualquer prole oculta, e foram subseqüentemente destruídos. Foi diariamente verificada a quantidade residual de L. destructor em cada recipiente de criação. Foi adicionada uma quantidade suficiente se necessário.
Foram obtidos dados a cada dois ou três dias mediante avaliação do número de prole tanto da nova criação (primeira contagem) quanto da precedente (segunda contagem) . Com base no número de fêmeas e no número total de indivíduos de prole encontrados em cada recipiente de criação, foi obtido o número médio de ovos postos por fêmea por dia.
RESULTADOS
Ao ser realizada uma comparação da evolução do número de ovos postos por fêmea durante o experimento total (com realização de uma contagem de avaliação a cada 2-3 dias), a média situou-se entre 1,80 e 2,63 ovos / fêmea / dia.
Para o período total, a média geral foi de 2,14 ovos por fêmea por dia. A quantidade total de ovos postos por fêmea foi de cerca de 23 ao longo de um período de 11 dias. Comparando-se o número médio de ovos postos por fêmea por dia para os primeiro, segundo, terceiro e quarto recipientes de criação independentes, estes números foram de 2,07, 2,09, 2,42 e 2,00, respectivamente. Os dados experimentais são apresentados na Tabela 1 abaixo.
Tabela 1. Fonte de alimento: todos os estágios de L. destructor. Dados do número médio de ovos postos por fêmea de N. fallacis por dia para os 4 sistemas de criação independentes e para o experimento global.
Experimento 2 Teste de oviposição de N. californicus em L. destructor.
Foram realizados testes de oviposição essencialmente similares ao método descrito no experimento 1 para N. fallacis.
Estes experimentos diferiram da seguinte forma: Ao invés de 4 sub-experimentos com 5 fêmeas de A. fallacis, foram realizados 4 sub-experimentos com 4 fêmeas de N. californicus. 0 período de teste com N. californicus foi de 14 dias ao invés de 11 dias.
RESULTADOS
Ao ser comparada a evolução do número de ovos postos por fêmea durante o total do experimento (com realização de uma contagem de avaliação a cada 2-3 dias), a média situou-se entre 1,25 e 3,33 ovos / fêmea / dia.
Para o período total, a média geral foi de 2,27 ovos por fêmea por dia. A quantidade total de ovos postos por fêmea foi de cerca de 31 ao longo de um período de 14 dias. Comparando-se os números médios de ovos postos por fêmea por dia para os primeiro, segundo, terceiro e quarto recipientes de criação independentes, estes números foram de 2,50, 2,44, 2,49 e 1,70, respectivamente. Os dados experimentais são apresentados na Tabela 2 abaixo.
Tabela 2. Fonte de alimento: todos os estágios de L. destructor. Dados do número médio de ovos postos por fêmea de N. californicus por dia para os 4 sistemas de criação independentes e para o experimento global.
Parâmetros biológicos de N. californicus nas primeiras 3 gerações e após adaptação em Lepidoglyphus destructor Procedimentos experimentais - Foi colhido N. californicus de uma criação em massa em pólen de Quercus spp. mantido a cerca de 25° C, umidade relativa > 80° C e 16L: 8D. 0 experimento foi realizado nas mesmas condições. As unidades de criação ("Rearing Units" - RU) consistiram em uma arena de plástico (cerca de 4,5 cm de diâmetro), circundada por algodão umedecido e parcialmente coberta. Fêmeas ovipositoras jovens de N. californicus foram dispostas nas RU e alimentadas com L. destructor. A presa (todos os estágios) foi adicionada às arenas de forma a manter diariamente uma quantidade de presa superior ao consumo do fitoseídeo.
Os ovos de N. californicus postos por oviposição nos primeiros 2 dias foram removidos. Os ovos postos nos dois dias sucessivos foram colhidos diariamente; alguns deles foram dispostos em novas RU em pequenos grupos para cálculo de mortalidade e quociente de sexo, os outros foram isolados unitariamente para cálculo de tempos de desenvolvimento e de tempo de ovo-para-ovo. Da progênie novas virgens fêmeas foram confinadas com um macho maduro e cada casal foi monitorado diariamente para registro de oviposição e longevidade da fêmea no período.
Os ovos da mesma geração obtidos foram colhidos e utilizados para inicio da segunda geração em L. destructor; o procedimento utilizado para a primeira geração foi repetido para as segunda e terceira gerações. 0 desempenho de N. californicus em L. destructor foi avaliado nas primeira até terceira gerações e em uma cepa adaptada (mais de um ano e meio alimentando-se de L. destructor) Tabela 3. Parâmetros biológicos de L. californicus em L. destructor (25° C ± 2o C, HR > 80%, foto-periodo 16L: 8D) Parâmetros demográficos de N. californicus em L. destructor Dados obtidos com L. destructor foram utilizados para cálculo de rg e rm. Os valores obtidos foram sumariados na Tabela 4.
Tabela 4. Taxa líquida de reprodução (rg) e taxa de crescimento intrínseco estimada (rm) de N. californicus em L. destructor na geração diferente a 25° C e umidade relativa 2: 80% Referências Athias-Henriot, C. (1962) Amblyseius swirskii, un nouveau phytoseiide voisin d'A. andersoni (Acariens anactinotriches) [Amblyseius swirskii, um novo fitoseídeo próximo do A. Andersoni (Acariens anactinotriches)]. Annales de 1'École Nationale d'Agriculture d'Alger, Argélia, 3, 1-7.
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Figura 1 Lista de espécies de Glycyphagidae e seus nomes de gêneros conforme referidos em: Hughes, A.M., 1977, The mites of stored food and houses. [Ácaros de alimentos armazenados e residências]. Ministry of Agriculture, Fisheries and Food, Technical Bulletin No. 9; pp 133-186.
Classe: Arachnidae Sub-classe: Acari Ordem: Astigmata Canestrini, 1891 Família: Glycyphagidae Berlese, 1887 Sub-famílias, Gêneros e Espécies: Ctenoglyphinae Zachvatkin, 1941 Diamesoglyphus Zachvatkin, 1941 D. intermedius (Canestrini, 1888) Ctenoglyphus Berlese, 1884 C. plumiger (Koch, 1835) C. Cnestrinii (Armanelli, 1887) C. palmifer (Fumouze e Robin, 1868) Glycyphaginae Zachvatkin, 1941 Blomia Oudemans, 1928 B. freemani (Hughes, 1948) Glycyphagus Hering, 1938 s.str., 1928 G. ornatus (Kramer, 1881) G. bicaudatus (Hughes, 1961) G. privatus (Oudemans, 1903) G. domesticus (De Geer, 1778) Lepidoglyphus Zachvatkin, 1936 L. michaeli (Oudemans, 1903) L. fustifer (Oudemans, 1903) L. destructor (Schrank, 1781) Austroglycyphagus (Fain e Lowry, 1974) A. geniculatus (Vitzthum, 1919) Aéroglyphinae Zachvatkin, 1941 Aèroglyphus Zachvatkin, 1941 A. robustus (Cooreman, 1959) Labidophorinae Zachvatkin, 1941 Gohieria Oudemans, 1939 G. fusca (Oudemans, 1902) Nycteriglyphinae Fain, 1963 Coproglyphus Türk e Türk, 1957 C. stammeri (Türk e Türk, 1957) Figura 2 Lista de espécies fitosideas e seus nomes de gêneros conforme referidos em: Moraes, G. J. de, J. A. McMurtry, H. A. Denmark & C. B. Campos (2004). A revised catalog of the mite family Phytoseiidae [Catálogo revisado da família de ácaros Phytoseiidae] . Magnolia Press, Auckland, Nova Zelândia, 494 pp.
Família: PHYTOSEIIDAE Berlese Sub-familia: AMBLYSEIINAE Muma Gênero: Amblyseius Berlese Amblyseius andersoni (Chant, 1957) Amblyseius swirskii Athias-Henriot, 1962, (Chant e McMurtry), 2004, (= Typhlodromips swirskii (Athias- Henriot), 1962, Moraes e outros, 2004) Amblyseius largoensis (Muma, 1955) Gênero: Euseius Wainstein Euseius finlandicus (Oudemans, 1915) Euseius hibisci (Chant, 1959) Euseius ovalis (Evans, 1953) Euseius victoriensis (Womersley, 1954) Euseius stipulatus (Athias-Henriot, 1960) Euseius scutalis (Athias-Henriot, 1958) Euseius tularensis Congdon Euseius addoensis (van der Merwe &
Ryke, 1964) Euseius citri (van der Merwe & Ryke, 1964) Euseius citri (van der Merwe & Ryke, 1964) Euseius concordis (Chant, 1959) Euseis ho (De Leon, 1965) Gênero: Neoseiulus Hughes Neoseiulus barkeri (Hughes, 1948) Neoseiulus californicus (McGregor, 1954) Neoseiulus cucumeris (Oudemans, 1930) Neoseiulus longispinosus (Evans, 1952) Neoseiulus womersleyi (Schicha, 1975) Neoseiulus idaeus Denmark & Muma, 1973 Neoseiulus fallacis (Garman, 1948) Neoseiulus idaeus (Denmark & Muma, 1973) Neoseiulus fallacis (Garman, 1948) Neoseiulus anonymus (Cahnt & Baker, 1965) Gênero: Typhlodromalus Muma Typhlodromalus limonicus (Garman & McGregor, 1956) Typhlodromalus peregrinus (Muma, 1955a) Typhlodromalus arip (De Leon, 1967) Gênero: Typhlodromips De Leon Typhlodromips montdorensis (Schicha, 1979) Sub-familia: TYPHLODROMINAE Scheuten Gênero: Galendromus Muma Galendromus occidentalis (Nesbitt, 1951) Gênero: Typhlodromus Scheuten Typhlodromus pyri (Scheuten, 1857) Typhlodromus doreenae (Schicha, 1987) Typhlodromus athiasae (Porath & Swirski, 1965) - REIVINDICAÇÕES -

Claims (23)

1. SISTEMA PARA CRIAÇÃO DE UM ÁCARO PREDADOR PHYTOSEIID, o referido sistema sendo compreendendo um recipiente contendo uraa composição compreendendo: - uma população de criação de uma espécie de ácaro predador phytoseiid, - uma população hospedeira não natural, e um veiculo para indivíduos das referidas populações, caracterizado por a população hospedeira não natural compreender pelo menos uma espécie selecionada da família Glyciphagidae, sendo previsto que o ácaro Phytoseiid não seja selecionado· coroo Amblyseius swirsifii.
2. Sistema, de acordo· com a reivindicação 1, caracterizado por o ácaro predador phytoseiid ser selecionado a partir de: suh-famílía Amblysiinae, tal como do Gênero Amblyseius, por exemplo, Ãmbiyseius andersoni, Ãmblyseius swirskii ou Amblyseius largoensis, do gênero Euseius, por exemplo, Euseius finlandicus, Euseius híbisci, Euseius ova lis, Euseius victoriensis, Euseius stípulatus, Euseius scutalis, Euseius tularensis, Euseius addoensis, Euseius concordis, Euseius ho ou Euseius citri, do gênero Neoseiulus, por exemplo, Neoseiulus barkeri, Neoseiulus californicus, Neoseiulus eucumeris, Neoseiulus longispinosus, Neoseiulus womersleyi, Neoseiulus idaeus, Neoseiulus anonymus ou Neoseiulus fallaeis, do gênero Typhlodromalus, por exemplo, Typhlodromalus limonicus, Tj^hiodroraalus a ripo ou Typhlodromalus peregrinus, do gênero Typhlodromips, por exemplo, Typhlodromips montdorensís; - a sub-família Typbiodromínae, tal como do gênero Galendromus, por exemplo, Galersdromus Occidental is, do gênero Typhlodromus, por exemplo, Typhlodromus pyri, Typhlodromus doreenae ou Typhlodromus athiasae.
3. Sistema, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 e 2, caracterizado por compreender uma substância alimentícia adequada para a referida população hospedeira nâo natural,
4. Sistema, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 3, caracterizado por a população hospedeira artificial ser uma população de criação.
5. Sistema, de acordo· com qualquer uma das reivindicações 1 a 4, caracterizado por o número de indivíduos da espécie de ácaro predador phytoseiid relativamente ao número de indivíduos do hospedeiro nâo natural ser de cerca de 100:1 até 1:20, tal como cerca de 1:1 até 1:10, por exemplo, cerca de 1:4, 1:5 ou 1:7.
6. Sistema, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizado por a espécie de hospedeiro não natural ser selecionada da sub-familía Ctenoglyphinae, tal como do gênero DiaíHe50!gIypôu.s, por exemplo, D. intermedius ou do gênero Ctenoglyphus, por exemplo, C. pluraiger, C. canestrinii, C. palmifer; da sub-família Gíycyphaginae, tal como do gênero Blomia, por exemplo, B. freemani ou do gênero Glycyphagus, por exemplo, G. ornatus, G. bicaudatus, G. privatus, G. domesticas, ou. do gênero Lepidoglyphus, por exemplo, L, michaeli, L, fustifer, L. destructor, ou do gênero Austroglycyphagus, por exemplo, A. geniculatus; da sub-familia Aêroglyphinae, tal como do gênero Aêroglyphus, por exemplo, A. robustus; da sub-familia Lahidophorinae, tal como do gênero Gohieria, por exemplo, G. fusca; ou da sub-família Nycteriglyphinae tal como do gênero Coproglyphus, por exemplo, C. Stanurteri, e mais preferencialmente ser selecionada da sub-famílía Glycyphaginae, mais preferencialmente sendo selecionada do gênero Glycyphagus ou do gênero Lepidoglyphus, mais preferencialmente selecionada de G. domesticus ou L. destructor,
7. Sistema, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 6, caracterizado por compreender uma fonte de nutrição adicional para o ácaro phytoseiid, tal como pólen ou uma presa,
8. Sistema, de acordo com a reivindicação 7, caracterizado por a presa compreender um hospedeiro não natural tal como uma espécie selecionada da família Carpoglyphidae tal como do gênero Carpoglyphus, preferencialraente a espécie Carpoglyphus lactis.
9. Sistema, de acordo com as reivindicações 1 a 8, caracterizado' por o referido recipiente compreender um acesso de saída para pelo menos um estágio de vida móvel do ácaro phytoseiid.
10. Sistema, de acordo com as reivindicações 1 a 9, caracterizado por o referido acesso de saída ser adequado para provisão de uma liberação prolongada do referido pelo menos um estágio de vida móvel,
11. MÉTODO PARA CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS EM UMA SAFRA AGRÍCOLA, caracterizado por compreender a provisão à referida safra agrícola de uma composição compreendendo: - uma população de criação de uma espécie de ácaro predador phytoseiid, - uma população hospedeira não natural, e um veiculo para indivíduos das referidas populações, caracterizado por a população hospedeira não natural compreender pelo menos uma espécie selecionada da família Glyciphagidae, sendo previsto que o ácaro Phytoseiid não seja selecionado como Amblyseius swirskii.
12. Sistema, de acordo com a reivindicação 11, caracterizado por o ácaro predador phytoseiid ser selecionado a partir de: - a sub-família Amblysiinae, tal como do Gênero Amblyseius, por exemplof Amblyseius andersoni, Amblyseius swirskii ou Amblyseius largoensis, do gênero Euseius, por exemplo, Euseius finlandicus, Euseius hibisci, Euseius ova lis, Euseius victoriensis, Euseius stipulatus, Euseius scutalis, Euseius tularensis, Euseius addoensis, Euseius concordis, Euseius ho ou Euseius citri, do gênero Neoseiulus, por exemplo, Weoseiulus barkeri, Neoseiulus californicus, Neoseiulus cucumeris, Neoseiulus longispinosus, Neoseiulus womersleyif Neoseiulus idaeus, Neoseiulus anonymus ou Neoseiulus fallacis, do gênero Typhlodromalu$t por exemplo, Typh1odromalus limonicus, Typhlodromalus a ripo ou Typh1odromalus peregrinus, do gênero Typhlodrojnips, por exemplo, Typhlodromips montdorensísí - a sub-familia TypModrorairíae, tal como do gênero Galendromus, por exemplo, Galendromus occidentalis, do gênero Typhlodromus, por exemplo, Typhlodromus pyrí, Typhlodromus doreenae ou Typhlodromus achiasae.
13. Sistema, de acordo com as reivindicações 11 e 12, caracterizado· por compreender uma substância alimentícia adequada para a referida população hospedeira não natural.
14. Sistema, de acordo com as reivindicações 11 a 13, caracterizado por a população hospedeira artificial ser uma população de criação.
15. Sistema, de acordo com as reivindicações 11 a 14, caracterizado por o número de indivíduos da espécie de ácaro predador phytoseiid relativamente ao número de indivíduos do hospedeiro nâo natural ser de cerca de 100:1 até 1:20, tal como cerca de 1:1 até 1:10, por exemplo, cerca de 1:4, 1:5 ou 1:7.
16. Sistema, de acordo com as reivindicações 11 a 15, caracterizado por a espécie de hospedeiro nâo natural ser selecionada da sub-família Ctenoglyphinae, tal como do gênero Diamesoglyphus, por exemplo, D. íntermedius ou do gênero Ctenoglyphvs, por exemplo, C, plumíger, C. canestrinii, C. palmifer; da sub-familia Glycyphaginae, tal como do gênero Blomia, por exemplo, B. freemani ou do gênero Glycyphagus, por exemplo, G. ornatus, G. bicaudatus, G. privatus, G, domesticus, ou do gênero Lepidoglyphus, por exemplo, L. mlchaeli, L. fustifer, L. destructor, ou do gênero Austroglycyphagus, por exemplo, A. geniculatusí da sub-familiâ Aêroglyphinae, tal como do gênero Aêroglyphus, por exemplo, A. robustus; da sub-família Labidophorinae, tal como do gênero GoMaria, por exemplo, G. fusca; ou da sub-familiâ Nycteriglyphinae tal como do gênero Coproglyphus, por exemplo, C, SCammeri, e mais preferencíalmente ser selecionada da sub-família Glycyphaginae, mais preferencíalmente sendo selecionada do gênero Giycypbagus ou do gênero· Lepidoglyphus, mais preferencíalmente selecionada de G. domesticus ou L, destructor.
17. Sistema, de acordo com as reivindicações 11 a 16, caracterizado por compreender uma fonte de nutrição adicional para o ácaro phytoseiid, tal como pólen ou uma presa.
18, Sistema, de acordo com a reivindicação- 17, caracterizado por a presa compreender um hospedeiro não natural tal como uma espécie selecionada da família Carpoglyphidae tal como do gênero Carpoglyphus, preferencíalmente a espécie Cârpogiypiiu,s laciis.
19. Método, de acordo com as reivindicações 11 a 18, caracterizado· por a praga ser selecionada de entre moscas-brancas, tais como Trialeurodes vaporaríorum ou Bemisia tabaci; insetos tisanôpteros, tais como Thrips tabací ou Frankliniella spp., tal como Frankliniella Occidental is, ácaros aracniformes tal coroo Tetranychus urticae, Teranychus evansi e Teranychus kanzawai ou Panonychus spp., tal como Panonychus ulmí; ácaros tarsonemídeos tal como Polyphagotarsonemus latus ou Tarsonemus pallidus; ácaros eriofideos tais como Aculops lycopezsici; larvas de cochonilhas-algodâo ("mealybug") tais coroo de Panonychus citrii larvas escamosas tais como de Aonidiella aurantii.
20. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 a 19, caracterizado por a composição ser provida mediante aplicação de uma quantidade da referida composição na proximidade, tal como na base, de um número de plantas da safra agrícola, preferencialmente individualmente com relação a cada planta da safra agrícola,
21. Método, de acordo com a reivindicação 20, caracterizado por a quantidade ser de 1-10 ml, preferencialmente 2-5 ml.
22. Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 e 21, caracterizado por a composição ser provida no sistema de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 10, mediante disposição do referido· sistema na vizinhança de um número de plantas da safra agrícola, preferencialmente de cada planta da safra agrícola, tal como mediante suspensão do referido sistema na referida planta da safra agrícola,
23, Método, de acordo com qualquer uma das reivindicações 11 a 22, caracterizado por a safra agrícola ser selecionada de safras agrícolas de vegetais (de estufa) tais como tomates {Lycope rsicon esculentam), pimentas {Capsicuiii annuum) , berinjelas {Solanum melogena) , Curcubitáceas (Cucurbitaceae) tais como pepinos (Cucumís safciva), melões {Cueumis melo), melancias (Cítrulius lanatus); frutos macios (tais como morangos {Fragaria x ananassa), framboesas (Eubus ideaus), safras ornamentais (de estufa) (tais como rosas, gérberas, crisântemos), safras de árvores tais como Çitrus spp., amêndoas, bananas, ou safras agrícolas em campo aberto tais como de algodão, milho.
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