PT1965634E - Composição de ácaros compreendendo ácaros glicifagídeos e fitoseídeos, sua utilização, método para criação de um ácaro predador fitoseídeo, sistema de criação para criação do referido ácaro predador fitoseídeo e métodos para controlo biológico de pra - Google Patents

Composição de ácaros compreendendo ácaros glicifagídeos e fitoseídeos, sua utilização, método para criação de um ácaro predador fitoseídeo, sistema de criação para criação do referido ácaro predador fitoseídeo e métodos para controlo biológico de pra Download PDF

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PT1965634E
PT1965634E PT05825571T PT05825571T PT1965634E PT 1965634 E PT1965634 E PT 1965634E PT 05825571 T PT05825571 T PT 05825571T PT 05825571 T PT05825571 T PT 05825571T PT 1965634 E PT1965634 E PT 1965634E
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Houten Yvonne Maria Van
Karel Jozef Florent Bolckmans
Baal Adelmar Emmanuel Van
Marisa Castagnoli
Roberto Nannelli
Sauro Simoni
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Koppert Bv
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Description

ΕΡ 1 965 634/ΡΤ
DESCRIÇÃO "Composição de ácaros compreendendo ácaros glicifagídeos e fitoseídeos, sua utilização, método para criação de um ácaro predador fitoseídeo, sistema de criação para criação do referido ácaro predador fitoseídeo e métodos para controlo biológico de pragas numa plantação" A presente invenção, de acordo com um primeiro aspecto, refere-se a uma nova composição de ácaros compreendendo pelo menos uma espécie de Glycyphagidae e pelo menos uma espécie de ácaro fitoseídeo seleccionada de entre uma espécie que não
Amblyseius swirskii.
De acordo com um segundo aspecto a invenção refere-se a um novo método para criação de uma espécie de ácaro predador fitoseídeo seleccionado de entre uma espécie que não
Amblyseius swirskii.
De acordo com um terceiro aspecto a invenção refere-se a uma nova utilização de uma espécie de ácaro Astigmatídeo seleccionada da família dos Glycyphagidae como hospedeiro artificial, para criação de um ácaro predador fitoseídeo seleccionado de entre uma espécie que não Amblyseius swirskii.
De acordo com um quarto aspecto, a invenção refere-se a um novo sistema de criação para criação de um ácaro predador fitoseídeo seleccionado de entre uma espécie que não
Amblyseius swirskii .
De acordo com um quinto aspecto a invenção refere-se à utilização de uma composição de ácaros ou do sistema de criação para controlo de pragas em plantações.
De acordo com aspectos ainda adicionais, a invenção refere-se a um método para controlo biológico de pragas numa plantação empregando a composição de ácaros de acordo com a invenção.
Na descrição que se encontra a seguir e nas reivindicações, os nomes das subfamilias, géneros e espécies de ácaros fitoseídeos são conforme referidos por de Moraes, G. J. e outros, 2004 salvo indicação em contrário. Na descrição e nas reivindicações a seguir, os nomes das subfamilias, géneros e espécies de Glycyphagidae são conforme referidos por Hughes, 2 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ Α.Μ., 1977, salvo indicação em contrário. Nas Figs. 1 e 2 é proporcionada uma visão geral das famílias, subfamílias, géneros e espécies referidos.
Os ácaros predadores fitoseideos (Phytoseiidae) são amplamente utilizados para controlo biológico de ácaros tetraniquídeos e insectos tisanópteros (tripés) em plantações em estufas. Os seus hábitos nutricionais estão bem documentados (Mc Murtry, J.A. e Rodriguez J.G., 1987). As espécies de insectos tisanópteros mais importantes em plantações de estufa são o tripe-da-califórnia (Frankliniella occidentalis) e o tripe-da-cebola (Thrips tabaci) . Estes podem ser controlados com os ácaros predadores Neoseiulus cucumeris e Neoseiulus barkeri (Hansen, L.S. e Geyti, J., 1985; Ramakers, P.M.J. e van Lieburg, M.J., 1982; Ramakers, P.M.J., 1989; Sampson, C., 1998; e Jacobson, R.J., 1995) e Iphiseius degenerans (Ramakers, P.M.J. e Voet, S.J.P., 1996). Na ausência de presas estas espécies são capazes de se estabelecerem, de se desenvolverem e se manterem em plantações que proporcionam um fornecimento contínuo de pólen, tais como de pimento (Capsicum annuum L.) e beringelas (Solanum melogena) . Desta forma, podem ser preventivamente libertados nestas plantações, anteriormente à presença da presa que constitui a praga alvo adequada. Além disso, são capazes de sobreviver e continuarem a desenvolver-se após a praga alvo ter sido controlada. A possibilidade de libertações preventivas é muito importante para obtenção de um programa robusto de controlo biológico. São obtidos excelentes resultados com a libertação preventiva de ácaros predadores (devido ao facto de a presa poder ser controlada imediatamente após a sua entrada na plantação). Em plantações nas quais o pólen não se encontra livremente disponível, tais como por exemplo de pepinos e a maioria das culturas de plantas ornamentais, estas espécies de ácaros fitoseideos não podem ser libertadas preventivamente a menos que sejam proporcionados alimentos artificialmente. Isto pode ser realizado, por exemplo, mediante pulverização de pólen de plantas colhido artificialmente sobre a plantação.
Alternativamente, ou adicionalmente, isto pode igualmente ser realizado por libertação da presa que constitui a praga alvo antes ou juntamente com a libertação dos ácaros predadores fitoseideos. Este método, conhecido como "inserção da praga em primeiro lugar" ("pest-in-first") envolve riscos óbvios de introdução da praga e requer muita experiência. 0 3 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ exemplo mais bem conhecido de "inserção da praga em primeiro lugar" é a libertação de ácaros tetraniquideos ("Two-Spotted Spider Mites") (Tetranychus urticae) juntamente com, ou anteriormente à liberação do ácaro fitoseideo Phytoseiulus persímílís.
No caso do Neoseiulus cucumeris, pode ser utilizado alternativamente um sistema de criação de libertação controlada (conforme divulgado por Sampson, C. (1998) ou em GB 2393890) para a liberação preventiva desta espécie de ácaros fitoseideos. Este sistema de criação de libertação controlada consiste numa saqueta com um compartimento que contém uma mistura alimentícia, consistindo em farelo, levedura, e germe de trigo; uma população de ácaros dos grãos Tyrophagus putrescentíae e uma população do ácaro predador Neoseiulus cucumeris. O ácaro dos grãos Tyrophagus putrescentíae irá reproduzir-se e desenvolver uma população activa na mistura alimentícia e servirá como hospedeiro artificial para a população de ácaros predadores. As saquetas são penduradas na plantação por meios adequados, por exemplo por meio de um gancho e libertarão continuamente ácaros predadores ao longo de um período de 4 a 6 semanas.
Em plantações agrícolas que proporcionam um fornecimento contínuo de pólen ou em casos em que já se encontram presentes populações de pragas, não é necessária uma saqueta de libertação lenta, e o produto pode ser aplicado sobre a plantação na forma de um material solto, compreendendo um meio de criação adequado com uma população do ácaro dos grãos Tyrophagus putrescentíae e do fitoseideo Neoseiulus cucumeris.
Devido ao facto de o Neoseiulus cucumeris ter uma resposta numérica relativamente fraca à presença de alimentos, é necessário libertar grandes quantidades de ácaros predadores numa plantação para se obter um controlo suficiente de pragas. Isto é economicamente possível devido ao facto de o Neoseiulus cucumeris poder ser criado economicamente em quantidades muito grandes no ácaro dos grãos Tyrophagus putrescentíae, que pode ser criado em quantidades suficientes na mistura alimentícia descrita acima.
Muito embora existam ácaros predadores muito mais eficientes para controlo de insectos tisanópteros com uma taxa de predação e uma resposta numérica mais elevadas, tais como as espécies Typhlodramalus limonicus e Iphiseius degenerans, o Neoseiulus cucumeris é ainda a espécie mais vulgarmente 4 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ utilizada devido ao facto de poder ser facilmente criada em quantidades muito grandes. 0 Iphiseius degenerans é criado em massa em plantas de Mamona ("Castor Bean") (Ricinus communis L., Euphorbiaceae) que proporcionam um fornecimento contínuo de pólen mediante o qual os ácaros podem desenvolver grandes populações. Devido à grande superfície e elevado investimento em estufas necessárias para cultivo das plantas e devido às laboriosas técnicas de colheita, o preço de custo do Iphiseius degenerans é muito elevado em comparação com o do Neoseiulus cucumeris. Devido a este elevado preço de custo os produtores somente podem liberar números muito baixos, tipicamente 1000-2000 ácaros predadores por hectare. Desta forma, a aplicação de Iphiseius degenerans fica limitada aos pimentões (Capsicum annuum L.), que proporcionam uma quantidade suficiente de pólen que permite que os ácaros predadores desenvolvam uma população, que é suficiente para controlo de pragas. Devido ao facto de somente poderem ser libertados pequenos números de ácaros no início da estação de crescimento, são necessários vários meses até a população de Iphiseius degenerans se encontrar em força suficiente numa plantação para ter um impacto significativo nas populações de pragas de insectos tisanópteros.
Os ácaros tetraniquídeos ("Two-Spotted Spider Mites") (Tetranychus urtícae) são controlados com êxito em plantações de estufa e ao ar livre no mundo inteiro mediante libertação de ácaros predadores. As espécies mais importantes são o Phytoseíulus persímílís (Hussey, N.W. e Scopes, N.E.A., 1985), que é o ácaro mais antigo disponível comercialmente para controlo biológico e o Neoseiulus californicus (Wei-Lan Ma e Laing, J.E., 1973). Ambos os ácaros predadores são criados em massa no seu hospedeiro natural Tetranychus urticae em plantas de feijão (Phaseolus vulgaris) em estufas. Castagnoli, M. e Simoni, S. (1999) descreveram igualmente um método para criação em massa de Neoseiulus californicus no ácaro da poeira doméstica, Dermatophagoides farinae. Contudo, os ácaros da poeira doméstica (Dermatophagoides farinae e Dermatophagoides pteronyssinus) produzem alergénicos importantes, implicados na asma alérgica, rinite, conjuntivite e dermatite. Desta forma, a sua utilização em sistemas de criação de libertação controlada para libertação de ácaros predadores em plantações apresenta desvantagens. Uma outra desvantagem reside no facto de que quando os ácaros da poeira doméstica são utilizados 5 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ para propósitos de criação em massa, tornam-se necessárias medidas amplas para protecção dos trabalhadores. A literatura cientifica relata muitos ácaros predadores que são altamente eficazes contra espécies de pragas prejudiciais tais como de moscas-brancas, insectos tisanópteros, ácaros tetraniquideos, ácaros tarsonemideos e ácaros eriofideos, mas, devido à ausência de um sistema de criação em massa eficiente e rentável, somente algumas poucas espécies se encontram comercialmente disponíveis para propósitos de controlo biológico de pragas. 0 documento de patente japonesa JP 03 108 433 divulga a utilização de ácaros tetraniquideos como uma presa natural para a criação de ácaros fitoseídeos num recipiente para posterior utilização no controlo de uma praga.
Pesquisas recentes indicaram o potencial dos ácaros predadores Amblyseius swirskii, Euseius ovalis, Euseius scutalis e Typhlodromalus limonicus como agentes de controlo biológico muito eficientes de insectos tisanópteros (Thrips tabaci e Frankliniella occidentalis) e moscas-brancas (Trialeurodes vaporariorum e Bemisia tabaci) (Nomikou, M., Janssen, A., Schraag, R. e Sabelis, M.W., 2001; Messelink, G. & Steenpaal, S. 2003; Messelink, G. 2004; Messelink G. & Steenpaal, S. 2004; Bolckmans, K. & Moerman, M. 2004; Messelink, G. & Pijnakker, J. 2004; Teich, Y. 1966; Swirski, E. et ai., 1967). Entretanto, a possibilidade de utilização prática destes e outros ácaros predadores fitoseídeos como agentes de controlo biológico aumentativo depende da disponibilidade de um método adequado para criação em massa destes ácaros predadores.
Até à data somente o Amblyseius swirskii se encontra comercialmente disponível para controlo biológico de moscas-brancas. Recentemente este ácaro fitoseídeo foi introduzido no mercado pela empresa Koppert B.V.. A introdução no mercado comercial do Amblyseius swirskii foi possível devido ao desenvolvimento de um método comercialmente viável para criação em massa deste ácaro predador, que envolve o uso de Carpoglyphus lactis como hospedeiro artificial. Este método faz parte da matéria objecto do pedido internacional de patente pendente não anteriormente publicado NL 2004/000930, publicado em 1 de Junho de 2006 com o número de publicação internacional WO 2006/057552. 6 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ Ο motivo pelo qual apenas recentemente se ter tornado comercialmente disponível um ácaro predador cuja presa são as moscas-brancas, é provavelmente devido ao facto de que apesar da conhecida predação dos ácaros predadores relativamente às moscas-brancas, a sua possibilidade de utilização como agentes de controlo biológico aumentativo contra moscas-brancas não foi reconhecida na especialidade. No controlo biológico aumentativo, são libertados agentes biológicos numa plantação para o controlo de uma praga.
Ainda mais importante é o facto de que, com excepção do recentemente desenvolvido sistema de criação para Amblyseius swirskii, nenhum sistema económico de criação em massa, necessário para permitir a libertação de grandes números de ácaros predatórios numa plantação, que tem importância fundamental para sua possibilidade de utilização como agente de controlo biológico aumentativo, se encontra disponível na especialidade para espécies de ácaros predadores, por exemplo, aqueles que poderiam ser potencialmente eficazes contra moscas-brancas ou outras pragas. O controlo biológico de pragas de plantações com ácaros predadores passíveis de serem criados economicamente em grandes quantidades num ácaro hospedeiro artificial num meio de criação seria muito vantajoso devido pois um tal sistema de criação utiliza uma superfície limitada. Adicionalmente, num tal sistema, a criação do ácaro predador pode ser realizada em salas com ambiente controlado. Como tal, não são requeridos grandes investimentos em estufas e plantações.
No estado da arte descreve-se a criação de Neoseiulus cucumeris e Neoseiulus barkeri com o auxílio de uma espécie de ácaro hospedeiro artificial do género Tyrophagus, particularmente Tyrophagus putrescentiae, Tyrophagus tropicus, Tyrophagus casei (Sampson, C., 1998; Jacobson, R.J., 1995; Bennison, J.A. e R. Jacobson, 1991; Karg e outros, 1987; e GB 293890) e do género Acarus, particularmente Acarus siro (Beglyarov e outros, 1990) e Acarus farris (Hansen, L.S. e J. Geyti, 1985; Ramakers, P.M.J. e van Lieburg, M.J., 1982), todos pertencentes à família Acaridea. O hospedeiro de criação mais comum para o Neoseiulus cucumeris é o Tyrophagus putrescentiae. Uma importante desvantagem do Tyrophagus putrescentiae reside no facto de este poder causar danos nas plantas em folhas de plantas jovens quando presente em plantações, por exemplo, quando é 7 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ usado como hospedeiro artificial em saquetas de criação de libertação lenta similares às divulgadas por Sampson, C., 1998 ou em GB 293890. Isto ocorre particularmente em culturas de pepinos durante períodos de grande humidade particularmente se em combinação com uma baixa intensidade de luz.
Castagnoli e outros descreveram igualmente a possibilidade de criação em massa de Neoseiulus californicus (Castagnoli, M. e S. Simoni, 1999) e Neoseiulus cucumeris (Castagnoli, M., 1989) no ácaro da poeira doméstica Dermatophagoides farinae como hospedeiro de criação artificial. Contudo, os ácaros da poeira doméstica (Dermatophagoides farinae e Dermatophagoides pteronyssinus) produzem importantes alergénicos, implicados em asma alérgica, rinite, conjuntivite e dermatite.
Desta forma, o método tradicional para criação em massa de Neoseiulus californicus é em plantas de feijão (Phaseolus vulgaris) infestadas com ácaros tetraniquídeos ("Two-Spotted Spider Mites") (Tetranychus urticae) ou ácaros pacíficos (Tetranychus pacificus) em estufas, o que resulta num custo bastante elevado. Devido ao preço de custo dos ácaros que são criados neste sistema, somente números relativamente baixos podem ser libertados para controlo de pragas numa plantação. O desenvolvimento de um método de criação em massa com um hospedeiro artificial passível de ser criado num meio adequado resultaria num custo muito mais baixo permitindo dessa forma a libertação de muito maiores números como agentes de controlo biológico em plantações. Os hospedeiros artificiais, que são conhecidos na especialidade, tais como Tyrophagus spp., Acarus spp. são somente adequados para criação em massa de um número limitado de espécies de ácaros fitoseídeos. Por exemplo, os ácaros fitoseídeos N. californicus e N. fallacis não podem ser criados com eficiência em Tyrophagus putrescentiae e Acarus siro.
Existe portanto uma necessidade na especialidade de hospedeiros artificiais adicionais que possam ser utilizados para criação em massa de ácaros benéficos, tais como ácaros predadores. Particularmente para a criação de Neoseiulus fallacis, Neoseiulus californicus, Typhlodromips montdorensís, Neoseiulus womersleyi, Euseius ovalis ou Euseius scutalis. Para muitas espécies de ácaros predadores fitoseídeos, somente a criação sobre pólen de plantas foi divulgada na literatura. 8 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ A criação em pólen requer grandes áreas de estufa para produção de plantas tais como plantas de Mamona (Ricinus communís) para obtenção de pólen suficiente, ou a colheita de pólen de plantas adequado tal como de tifáceas (Typha spp.) ou Carvalho (Quercus spp.) ao ar livre. A colheita de pólen de plantas ao ar livre requer muito trabalho, sendo portanto dispendiosa, e somente podem ser colhidas quantidades limitadas. 0 pólen de plantas colhido por abelhas é inadequado para criação de ácaros predadores.
Relativamente ao ácaro A. swirskii somente foi divulgada na especialidade a criação utilizando pólen (Messelink, G. & Pijnakker, J. 2004) ou ovos dos lepidópteros Corcyra cephalonica ou Ephestia kuehniella (Romeih, A. Η. M. e outros, 2004) . A criação em ovos de lepidópteros requer grandes investimentos em instalações de produção, sendo portanto muito dispendiosa. Além disso, a criação em ovos de lepidópteros não é adequada para diversas espécies de ácaros, tais como por exemplo as espécies Neoseiulus californicus e Neoseiulus fallacis.
Adicionalmente esta criação em massa de Amblyseius swirskii utilizando o hospedeiro artificial Carpoglyphus lactis é agora conhecida. Para atender plenamente as necessidades do mercado são necessários hospedeiros artificiais adicionais. O pedido internacional não anteriormente publicado WO 2006/07 1107, publicado em 6 de Julho de 2006, divulga a utilização de ácaros da família Carpoglyphidae como hospedeiros artificiais para a criação de ácaros predadores fitoseídeos.
Foi agora determinado que espécies de ácaros astigmatídeos da família Glycyphagidae podem ser utilizadas como hospedeiro artificiais para um grande número de espécies de ácaros predadores fitoseídeos.
Desta forma, de acordo com um primeiro aspecto, a invenção refere-se a uma composição de ácaros compreendendo uma população de criação de uma espécie de ácaro predador fitoseídeo e uma população de hospedeiros artificiais compreendendo pelo menos uma espécie seleccionada da família Glycyphagidae. 9 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ A composição de ácaros de acordo com a invenção compreende preferencialmente um número limitado de espécies diferentes. Deverá ser entendido que a composição de ácaros compreenderá pelo menos duas espécies distintas, o ácaro fitoseideo e o hospedeiro artificial seleccionado dos Glycyphagidae. É contudo possível que a composição de ácaros compreenda mais de duas espécies, por exemplo compreendendo mais de uma, tal como duas ou três espécies de hospedeiros artificiais ou compreendendo mais de uma, tal como duas ou três espécies de ácaros fitoseídeos. É contudo menos preferido que a composição de ácaros compreenda mais do que uma espécie de ácaro fitoseideo, já que pode ocorrer predação entre espécies da mesma família.
As espécies de ácaros predadores fitoseídeos com maior probabilidade de serem capazes de se alimentar de espécies seleccionadas de Glycyphagidae e em particular de Lepidoglyphus destructor ou Glycyphagus domesticus são as espécies de ácaros predadores fitoseídeos oliqófaqas. Uma espécie de ácaro predador fitoseideo oligófaqa é uma espécie de ácaro predador fitoseideo que é capaz de utilizar pelo menos algumas espécies de presas diferentes como fonte alimentícia para seu desenvolvimento populacional (reprodução e desenvolvimento completo dos seus indivíduos a partir de ovos até os adultos sexualmente maduros). Como tal, a expressão espécie de ácaro predador oligófaga no presente fascículo inclui uma espécie de ácaro polífaga, consistindo num ácaro predador que pode utilizar um grande número de espécies de presas como fonte alimentícia para sua reprodução e desenvolvimento completo. Desta forma, a expressão espécie de ácaro predador oligófaga deverá ser entendida como significando uma espécie de ácaro predador não monófaga tal como uma espécie de ácaro predador do género Phytoseiulus que possuem uma gama de hospedeiros muito restrita que é basicamente limitada ao género Tetranychus.
Espécie hospedeiras artificiais e espécies presas artificiais são espécies que habitam um habitat natural diferente do ácaro predador fitoseideo, mas apesar disso um ou mais dos estádios da vida do hospedeiro artificial ou presa artificial constituem uma presa adequada para pelo menos um estádio de vida do ácaro predador fitoseideo. Devido ao facto de os hospedeiros artificiais e as presas artificiais habitarem um habitat natural diferente do habitat dos ácaros predadores fitoseídeos, cujo habitat natural é a filosfera das 10 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ plantas, os fitoseídeos não se alimentam normalmente dos mesmos na natureza. O ácaro predador fitoseídeo é capaz de se reproduzir e desenvolver eficientemente desde o ovo até o adulto sexualmente maduro quando se alimenta de uma dieta do hospedeiro artificial de tal forma que o número de indivíduos na população de criação do ácaro fitoseídeo pode crescer pelo menos 50%, preferencialmente 75%, mais preferencialmente 100% em 7 dias (T = 25°C; RH = 80%, alimentação ad libidum) .
Em contraste, uma presa artificial é uma presa que pode ser alvo de predação pela espécie de ácaro fitoseídeo, mas em que o desenvolvimento do ovo até ao adulto sexualmente maduro não é eficiente. São observadas uma fecundidade muito reduzida e uma elevada mortalidade durante o desenvolvimento desde o ovo até ao adulto, resultando um crescimento populacional inferior a 50% em 7 dias em condições de criação em massa. Como tal, quando se alimenta de uma dieta consistindo somente de uma presa artificial, uma população de criação de um ácaro predador fitoseídeo não será capaz de aumentar o número de seus indivíduos em pelo menos 50%, em 7 dias (T = 25°C; RH = 80%, alimentação ad libidum), o que é considerado um requisito mínimo para criação em massa comercial.
Os ácaros predadores fitoseídeos têm o seu habitat natural em plantas nas quais são predadores de orqanismos de classificados como praqas (insectos e ácaros). Podem ser isolados dos seus habitates naturais conforme foi descrito por de Moraes e outros, 2004.
Os Glycyphagidae são descritos por Huqhes, A. M. (1977). Com base na divulgação deste documento um perito na especialidade será capaz de isolar espécies específicas desta família do seu habitat natural. Conforme é descrito por Hughes, A.M. (1977), os Glycyphagidae estão associados com insectos ou pequenos mamíferos ou ninhos de pequenos mamíferos e insectos sociais tais como abelhas. Estão tipicamente associados com residências, estábulos e com instalações de armazenagem ou processamento de produtos alimentares secos tais como celeiros ou moinhos de farinha. Em residências, podem ser encontrados em materiais tais como pó do chão, papel de parede húmido e bolorento, feltro, peles secas de animais, locais de armazenagem de produtos alimentícios e em estofos de móveis feitos de fibras vegetais processadas. Em estábulos de animais, podem ser encontrados em materiais tais como feno, palha, pó do chão, rações animais secas (em pelotas ou 11 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ farinhas), grãos armazenados e fezes de aves de criação. Os produtos alimentares armazenados nos quais tipicamente podem ser encontrados Glycyphagidae são farinha, grãos, cereais, queijo, presunto, peixe seco, leveduras secas, sementes e frutos secos.
Desta forma, a composição de acordo com a invenção proporciona uma nova associação de ácaros, que não ocorre naturalmente, já que os ácaros predadores fitoseideos habitam um habitat diferente do habitat dos Glycyphagidae.
Dyadechko, N.P. e Chizhik, R.I. (1972) divulgaram experiências nas quais Typhlodromus aberrans (actualmente conhecido como Campynodromus aberrans (Oudemans 1930)) é colhido em tiras de feltro durante o Outono com o objectivo de os libertar noutros pomares na primavera seguinte. Para além do Typhlodromus aberrans, é colhido o ácaro tetraniquideo Tetranychus telarius. É descrita a predação do Typhlodromus aberrans sobre o Tetranychus telarius. É descrito que após uma erradicação completa do ácaro tetraniquideo Tetranychus telarius das tiras de feltro, o Typhlodromus aberrans se alimentou de uma espécie não especificada de Glycyphagus que se encontrava presente nas tiras de feltro. Não são dadas informações sobre a reprodução do Γ. aberrans sobre a espécie não especificada de Glycyphagus, mas somente sobre a predação. A composição de acordo com a invenção não é somente adequada para criação em massa de um ácaro predador fitoseideo. Como compreende igualmente estádios da vida predatória móveis de um ácaro predador fitoseideo, ou estádios da vida que podem desenvolver-se nestes estádios de vida móveis, pode igualmente ser empregue como um agente de protecção biológica de plantações. A composição compreende um veiculo para os indivíduos das populações. O veiculo pode consistir em qualquer material sólido adequado para provisão de uma superfície de transporte para os indivíduos. Preferencialmente o veículo proporciona uma mídia porosa, que permite troca de gases metabólicos e calor produzidos pelas populações de ácaros. Exemplos de veículos adequados compreendem materiais vegetais tais como farelo (de trigo), cascas de trigo sarraceno, cascas de arroz, serrim, estilha de carolo de milho, etc. É adicionalmente preferencial adicionar à composição uma substância alimentícia adequada para o desenvolvimento da 12 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ população hospedeira artificial. Alternativamente, o veiculo propriamente dito pode compreender uma substância alimentícia adequada. Uma substância alimentícia adequada pode ser similar àquela descrita por Parkinson, C.L., 1992; Solomon, M.E. & Cunninqton, A.M., 1963; Chmielewski, W., 1971a; Chmielewski, W., 1971b ou GB 2393890.
De acordo com uma concretização preferida da composição o ácaro predador fitoseídeo é seleccionado de: - a subfamília Amblyseiinae, tal como do Género Amblyseius, por exemplo, Amblyseius andersoni ou Amblyseius largoensis, do qénero Euseius, por exemplo, Euseius finlandicus, Euseius hibisci, Euseius ovalis, Euseius víctoríensís, Euseius stipulatus, Euseius scutalis, Euseius tularensis, Euseius addoensis, Euseius concordis, Euseius ho ou Euseius citri, do género Neoseiulus, por exemplo, Neoseiulus barkeri, Neoseiulus californicus, Neoseiulus cucumeris, Neoseiulus longispinosus, Neoseiulus womersleyi, Neoseiulus idaeus, Neoseiulus anonymus ou Neoseiulus fallacis, do género Typhlodromalus, por exemplo, Typhlodromalus limonicus, Typhlodromalus aripo ou Typhlodromalus peregrinus, do género Typhlodromips, por exemplo, Typhlodromips montdorensis; - a subfamília Typhlodrominae, tal como do género Galendromus, por exemplo, Galendromus occidentalis, do género Typhlodromus, por exemplo, Typhlodromus pyri, Typhlodromus doreenae ou Typhlodromus athiasae. Estas espécies de ácaros predadores fitoseídeos podem ser consideradas como espécies de ácaros predadores oligófagas. O ácaro predador fitoseídeo de acordo com uma concretização preferida da invenção é seleccionado da subfamília Amblyseiinae conforme descrito por De Moraes e outros, 2004. Numa configuração preferida adicional, o ácaro predador fitoseídeo é seleccionado como Neoseiulus fallacis, Neoseiulus californicus, Typhlodromips montdorensis, Neoseiulus womersleyi, Euseius ovalis ou Euseius scutalis. Para estas espécies, não foi divulgada na técnica a criação em massa rentável num ácaro hospedeiro artificial, com excepção de A. swirskíi e N. californicus. A criação em massa de Neoseiulus californicus em Dermatophagoides farinae foi descrita na especialidade (Castagnoli, M. e Simon, S. (1999)) conforme foi discutido acima. Contudo, esta encontra-se associada a problemas 13 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ relativos aos alergénicos suportados pelos Dermatophagoidea. A criação em massa desta espécie em Tetranychus urticae ou Tetranychus pacificus em plantas de feijão (Phaseolus vulgaris) em estufas ou ao ar livre foi igualmente descrita na especialidade (Hendrickson, R.N., Jr., (1980); Glasshouse Crops Research Institute, UK. (1976)), conforme foi discutido acima. Contudo, esta está associada a elevados investimentos em estufas e elevados requisitos de mão de obra, material e energia.
Para Typhdronmips montdorensis, Neoseiulus womersleyi, Euseius ovalis e Euseius scutalis, foi divulgada a criação à escala laboratorial à base de pólen de plantas. Contudo, a criação em massa comercial com pólen é dispendiosa e portanto não é economicamente favorável. O Neoseiulus fallacis encontra-se disponível comercialmente. Contudo, este ácaro predador é criado em massa sobre a sua presa natural, o que envolve grandes investimentos. A presente invenção divulga agora pela primeira vez uma composição de ácaros, compreendendo uma espécie da família dos Glycyphagidae como hospedeiro artificial, que pode ser utilizada para a criação económica desta e outras espécies de ácaros predadores fitoseídeos, tornando possível a utilização dos mesmos como agente de controlo biológico aumentativo de pragas.
Deverá no entanto ser entendido que em certas concretizações da invenção a espécie de ácaro predador fitoseídeo é seleccionada de uma espécie diversa daquelas, que são particularmente preferidas.
Podem ser observadas diferenças de aceitação do hospedeiro artificial entre diferentes estirpes da espécie de ácaro predador fitoseídeo. Adicionalmente, poderá ser possível criar uma estirpe adaptada a um hospedeiro artificial específico mediante criação selectiva.
No presente fascículo o termo criação deverá ser entendido como incluindo a propagação e aumento de uma população por meio de reprodução sexuada.
Uma população de criação pode compreender adultos sexualmente maduros de ambos os sexos, e/ou indivíduos de 14 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ ambos os sexos de outros estádios da vida, por exemplo, ovos e/ou ninfas, que podem amadurecer tornando-se adultos sexualmente maduros. Alternativamente a população de criação pode compreender uma ou mais fêmeas fertilizadas. Essencialmente a população de criação é capaz de aumentar o número dos seus indivíduos por reprodução sexuada.
Preferencialmente a população do hospedeiro artificial é uma população de criação, conforme definido acima, tal que possa sustentar-se ou mesmo desenvolver-se até certo ponto. Se o hospedeiro artificial for proporcionado como uma população de criação, será preferencialmente também proporcionada uma substância alimentícia para o hospedeiro artificial. A substância alimentícia poderá ser semelhante a uma substância alimentícia conforme divulgada por Solomon, M.E. e Cunnington, A.M., 1963; Parkinson, C.L., 1992; Ramakers, P.M.J. e van Lieburg, M.J., 1982; ou pelo GB 2393890. O hospedeiro artificial é preferencialmente seleccionado da subfamília Ctenoglyphinae, tal como do género Diamesoglyphus, por exemplo, D. intermedius ou do género Ctenoglyphus, por exemplo, C. plumiger, C. canestrinii, C. palmifer; a subfamília Glycyphaginae, tal como do género Blomía, por exemplo, B. freemani ou do género Glycyphagus, por exemplo, G. ornatus, G. bicaudatus, G. privatus, G. domesticus, ou do género Lepidoglyphus, por exemplo, L. michaeli, L. fustifer, L. destructor, ou do género Austroglycyphagus, por exemplo, A. geniculatus; da subfamília Aeroglyphinae, tal como do género Aeroglyphus, por exemplo, A. robustus, da subfamília Labidophorinae, tal como do género Gohieria, por exemplo, G. fusca; ou da subfamília Nycteriglyphinae tal como do género Coproglyphus, por exemplo C. Stammeri e mais preferencialmente é seleccionado da subfamília Glycyphaginae, mais preferencialmente do género Glycyphagus ou do género Lepidoglyphus mais preferencialmente seleccionado de G. domesticus ou L. destructor. Contrariamente ao que ocorre com o Tyrophagus putrescentiae, para os Glycyphagidae e em particular o Lepidoglyphus destructor e o Glycyphagus domesticus, não foi observado nenhum dano nas plantações em testes de campo comparativos. Desta forma, um hospedeiro artificial desta selecção apresentará benefícios quando a composição de acordo com a invenção for utilizada para protecção de plantações de tal forma que os indivíduos da população hospedeira artificial possam entrar em contacto com a população, por exemplo, quando aplicados directamente sobre 15 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ a plantação ou na vizinhança da plantação ou quando utilizados em saquetas de libertação lenta/controlada/sustentada.
Um beneficio adicional dos Glycyphagidae e particularmente do Lepidoglyphus destructor e do Glycyphagus domesticus reside no facto de estas espécies serem consideradas espécies cosmopolitas. Como tal, o comércio internacional de produtos compreendendo uma destas espécies encontrará menos restrições requlatórias já que a mesma é encontrada em muitos paises relativamente a espécies exógenas.
Um beneficio adicional dos Glycyphagidae, e particularmente do Lepidoglyphus destructor e do Glycyphagus domesticus reside no facto de estas espécies poderem ser utilizadas para criação comercial em massa de certas espécies de ácaros predadores fitoseideos que não podem ser criados com Tyrophagus spp. ou Acarus spp., tal como Neoseiulus fallacis e Neoseiulus californicus.
Foi igualmente verificado que o Lepidoglyphus destructor e o Glycyphagus domesticus constituem em particular hospedeiros artificiais adequados para Neoseiulus californicus e Neoseiulus fallacis já que estes predadores podem alimentar-se de múltiplos estádios de vida, e sob determinadas circunstâncias, de todos os estádios da vida destes hospedeiros.
Na composição o número de indivíduos da espécie de ácaro predador fitoseideo relativamente ao número de indivíduos do hospedeiro artificial pode ser desde cerca de 1000:1 até 1:20, tal como cerca de 100:1 até 1:20, por exemplo, 1:1 até 1:10, preferencialmente cerca de 1:4, 1:5 ou 1:7.
Os números relativos podem depender da utilização especificamente pretendida para a composição e/ou do estádio de desenvolvimento da população de ácaros fitoseideos no hospedeiro artificial. Em geral, composições em que os indivíduos do hospedeiro artificial se encontram presentes em números que excedem os números dos indivíduos do ácaro fitoseideo são preferenciais para criação da espécie de ácaro fitoseideo, de forma a que uma quantidade suficiente de presas seja proporcionada ao ácaro fitoseideo. Contudo, à medida que a população de ácaros fitoseideos aumenta durante a predação do hospedeiro artificial, o número relativo de indivíduos da espécie de ácaro fitoseideo irá aumentar. 16 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ
Uma composição compreendendo um número relativo elevado dos ácaros predadores fitoseideos poderá ser formada a partir de uma composição compreendendo um número relativo menor, e permitindo que a população de criação do ácaro predador fitoseideo se desenvolva por predação do hospedeiro artificial. Alternativamente, uma composição compreendendo um número relativo baixo do ácaro predador fitoseideo pode ser formada mediante mistura de uma composição compreendendo um número relativo mais elevado com uma composição compreendendo um número relativo menor, incluindo uma composição compreendendo somente o hospedeiro artificial, opcionalmente em combinação com o veiculo e/ou uma substância alimentícia adequada para o hospedeiro artificial.
De acordo com uma concretização preferida, a composição de ácaros compreende uma fonte nutricional adicional para o ácaro fitoseideo. 0 termo fonte nutricional deverá ser entendido como compreendendo qualquer fonte de material que possa servir de nutrição para o ácaro fitoseideo. Uma tal fonte nutricional pode compreender uma dieta artificial, conforme se encontra descrito em US 6129935. Contudo, são preferidos como fontes nutricionais o pólen de plantas ou uma presa. A presa pode compreender um hospedeiro artificial tal como uma espécie seleccionada da família Carpoglyphidae tal como do género Carpoglyphus, preferencialmente a espécie Carpoglyphus lactis ou de outras famílias ou géneros pertencentes aos Astigmata. Mediante a apresentação de uma fonte nutricional adicional, é apresentada ao ácaro fitoseideo uma dieta mais diversificada. Foi observado que a combinação de fontes nutricionais pode conduzir a efeitos sinérgicos relativamente às respostas do predador em termos de crescimento e/ou reprodução.
De acordo com um aspecto adicional a presente invenção refere-se a um método para criação das espécies de ácaros predadores fitoseideos. 0 método compreende proporcionar uma composição de acordo com a invenção e deixar que os indivíduos do referido ácaro predador fitoseideo tomem como presas indivíduos da referida população hospedeira artificial.
Para um desenvolvimento óptimo do ácaro predador fitoseideo, a composição é, por exemplo, mantida a 18-35°C, preferencialmente 20-30°C, mais preferencialmente 20-25°C, mais preferencialmente ainda, 22-25°C. As gamas adequadas de humidade relativa situam-se entre 60-95%, preferencialmente 17 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ 70-90%. Estes intervalos de temperatura e humidade relativa são em geral também adequados para manutenção da espécie hospedeira artificial. É preferencial que a composição compreenda um veiculo capaz de proporcionar um meio poroso e uma substância alimentícia para a espécie hospedeira artificial, e que a espécie hospedeira artificial seja mantida na forma de uma cultura tridimensional sobre o veículo. Numa tal cultura tridimensional os elementos da espécie hospedeira artificial ficam livres para se movimentarem em três dimensões. Desta forma podem infestar um maior volume do veículo e utilizar a substância alimentícia de forma mais optimizada. Considerando a dimensão dos estádios móveis da espécie de ácaro predador fitoseídeo relativamente aos indivíduos do hospedeiro artificial, este organismo irá geralmente também infestar o volume total do veículo, em busca da alimentação proporcionada pelo hospedeiro artificial. Preferencialmente, a cultura tridimensional é obtida proporcionando o veículo numa camada tridimensional, isto é, uma camada possuindo três dimensões, das quais duas dimensões são maiores que uma dimensão. É um exemplo uma camada horizontal com um comprimento e uma largura da ordem de metros e uma determinada espessura da ordem de centímetros. Uma camada tridimensional é preferencial na medida em que irá permitir uma troca suficiente de calor e gases metabólicos e irá proporcionar um maior volume de produção em comparação com uma camada bidimensional.
De acordo com um aspecto adicional, a invenção refere-se ao uso de um ácaro Astigmatídeo seleccionado da família Glycyphagidae como hospedeiro artificial para criação de um ácaro predador fitoseídeo outro que não Amblyseius swirskii. O ácaro Astigmatídeo é preferencialmente seleccionado da subfamília Ctenoglyphinae, tal como do género Diamesoglyphus, por exemplo, D. intermedius ou do género Ctenoglyphus, por exemplo, C. plumiger, C. canestrinii, C. palmifer, da subfamília Glycyphaginae, tal como do género Blomia, por exemplo, B. freemani ou do género Glycyphagus, por exemplo, G. ornatus, G. bicaudatus, G. privatus, G. domesticus, ou do género Lepidoglyphus, por exemplo, L. michaeli, L. fustifer, L. destructor, ou do género Austroglycyphagus, por exemplo, A. geniculatus, da subfamília Aêroglyphinae, tal como do género Aeroglyphus, por exemplo, A. robustus; da subfamília Labidophorinae, tal como do género Gohieria, por exemplo, G. fusca; ou da subfamília Nycteriglyphinae, tal como do 18 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ género Coproglyphus, por exemplo, C. Stammeri, e mais preferencialmente é seleccionado da subfamília Glycyphaginae, e preferencialmente é seleccionado do género Glycyphagus ou do género Lepidoglyphus, o mais preferencialmente é seleccionado de G. domesticus ou L. destructor. 0 ácaro predador fitoseideo é preferencialmente seleccionado de: - a subfamília Amblyseiinae, tal como do Género Amblyseius, por exemplo, Amblyseius andersoni, Amblyseius largoensis ou Neoseiulus fallacis, do género Euseius, por exemplo, Euseius finlandicus, Euseius hibisci, Euseius ovalis, Euseius victoriensis, Euseius stipulatus, Euseius scutalis, Euseius tularensís, Euseius addoensis, Euseius concordis, Euseius ho, ou Euseius citri, do género Neoseiulus, por exemplo, Neoseiulus barkeri, Neoseiulus californícus, Neoseiulus cucumeris, Neoseiulus longispinosus, Neoseiulus womersleyi, Neoseiulus idaeus, Neoseiulus anonymus ou Neoseiulus fallacis, do género Typhlodromalus, por exemplo, Typhlodromalus limonicus, Typhodromalus aripo ou Typhlodromalus peregrinus, do género Typhlodromips, por exemplo, Typhlodromips montderensis; - a subfamília Typhlodrominae, tal como do género Galendromus, por exemplo, Galendromus occidentalis, do género Typhlodromus, por exemplo, Typhlodromus pyri, Typhlodromus doreenae ou Typhlodromus athiasae. É preferencial uma selecção da subfamília Amblyseiinae.
De acordo com um aspecto adicional, a invenção refere-se a um sistema de criação para criação do ácaro predador fitoseideo. 0 sistema de criação compreende um recipiente contendo a composição de acordo com a invenção. 0 recipiente pode ser de qualquer tipo adequado para reter os indivíduos de ambas as populações. 0 sistema de criação pode compreender meios que facilitam a troca de gases e calor metabólicos entre o seu interior e o seu exterior, tais como orifícios de ventilação. Esses orifícios de ventilação não deverão permitir que indivíduos o escape substancial das populações do recipiente. Isto pode ser realizado criando uma barreira sobre ou em torno dos orifícios de ventilação impedindo uma fuga substancial de 19 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ ácaros do recipiente e simultaneamente facilitando a troca de gases e calor metabólico.
Devido à predação pelos ácaros predadores fitoseideos, o número de indivíduos hospedeiros artificiais na composição irá decrescer. Se necessário, o hospedeiro artificial poderá ser reabastecido a partir de uma fonte compreendendo o hospedeiro artificial, de preferência juntamente com o veículo e/ou a substância alimentícia para o hospedeiro artificial. 0 sistema de criação poderá ser adequado para criação em massa da espécie de ácaro fitoseídeo. Alternativamente, o sistema de criação poderá igualmente ser utilizado para libertação do ácaro predador fitoseídeo numa plantação. Neste caso, é preferencial que o recipiente possa ser tornado adequado para libertar estádios móveis do ácaro predador fitoseídeo num determinado momento. Isto pode ser realizado proporcionando uma abertura fechada no recipiente passível de ser aberta. Alternativamente, ou em combinação, poderá ser proporcionada uma abertura de libertação relativamente pequena no recipiente, de tal forma que possa ser restringido o número de estádios móveis de fitoseideos que abandonam o recipiente num determinado intervalo de tempo. Desta forma, o sistema de criação pode funcionar de forma semelhante ao sistema de libertação lenta ou libertação sustentada divulgado por Sampson, C., 1998, e em GB 2393890.
Num tal sistema de criação para libertação do ácaro predador fitoseídeo numa plantação o recipiente é preferencialmente dimensionado de tal forma que possa ser suspenso na plantação ou disposto na base da plantação. Para ser suspenso na plantação o recipiente pode ser provido com meios de suspensão, tal como um cabo ou um gancho.
De acordo com um aspecto adicional, a invenção refere-se ao uso da composição ou do sistema de criação para controlo de pragas em plantações comerciais.
Dependendo da espécie dos ácaros fitoseideos, estes podem ser utilizados para controlar diferentes espécies de pragas. A praga pode ser seleccionada de moscas-brancas, tais como Trialeurodes vaporariorum ou Bemisia tabaci; insectos tisanópteros, tais como Thrips tabaci ou Frankliniella spp., tal como Frankliniella occidentalis, ácaros tetraniquídeos tais como Tetranychus urticae ou Panonychus spp.; ácaros tarsonemídeos tais como Polyphagotarsonemus latus; ácaros 20 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ eriofídeos tais como o ácaro da ferrugem do tomate Aculops lycopersici; larvas de cochonilha-algodão ("mealybug") tais como cochonilha-algodão dos citrinos Planococcus citri; larvas de cochonilhas tais como cochonilha pinta vermelha ou "Califórnia Red Scale", Aonidiella aurantii.
Os ácaros predadores fitoseideos Euseius ovalís e Euseius scutalis demonstraram uma boa eficácia para o controlo de moscas-brancas e insectos tisanópteros. No caso de Neoseiulus californícus, Neoseiulus fallacis, Neoseiulus womersleyi, as pragas alvo preferenciais são ácaros tetraniquideos pertencentes aos géneros Tetranychus e Panonychus, ácaros tarsonemideos tais como o ácaro branco Polyphagotarsonemus latus e o ácaro dos ciclames Tarsonemus pallidus. No caso do Neoseiulus womersleyi foi demonstrada uma boa eficácia contra insectos tisanópteros tais como Franliníella occidentalis e contra ácaros eriofídeos tais como o ácaro da ferrugem do tomate Aculops lycopersici. A plantação pode ser seleccionada, sem restrições, entre plantações de vegetais (de estufa) tais como tomates (Lycopersicon esculentum), pimentos (Capsicum annuum), berinjelas (Solanum melogena), Curcubitáceas (Cucurbitaceae) tais como pepinos (Cucumis sativa), melões (Cucumis melo), melancias (Citrullus lanatus); frutos macios (tais como morangos (Fragaria x ananassa), framboesas (Rubus ideaus), culturas ornamentais (de estufa) (tais como rosas, gerberas, crisântemos) ou culturas de árvores tais como Citrus spp. amêndoas, bananas ou culturas em campo aberto tais como de algodão, milho. A invenção refere-se adicionalmente a um método para controlo biológico de pragas numa plantação compreendendo proporcionar uma composição de acordo com a invenção a essa plantação. A praga pode ser seleccionada de forma semelhante à da utilização de acordo com a invenção.
No método de acordo com a invenção a composição pode ser proporcionada mediante aplicação de uma quantidade da referida composição na proximidade, tal como sobre ou na base de um número de plantas da plantação. A composição pode ser proporcionada à planta da plantação simplesmente mediante espalhamento da mesma sobre a planta ou na base da planta conforme constitui prática comum no emprego de composições de 21 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ ácaros predadores para controlo biológico aumentativo de pragas. A quantidade da composição que pode ser proporcionada a cada planta individual da plantação por espalhamento pode situar-se numa gama de 1-20 ml, tal como 1-10 ml, preferencialmente 2-5 ml quando a aplicação é feita na base das plantas da plantação e 0,1 - 5 ml quando a aplicação é feita na copa de folhas das plantas.
Alternativamente a composição pode ser proporcionada ao número de plantas da plantação no sistema de criação de acordo com a invenção que seja adequado para libertação do ácaro predador fitoseídeo numa plantação. O sistema de criação pode ser disposto na proximidade, tal como sobre ou na base, de um número de plantas da plantação.
No método de controlo biológico de pragas de acordo com a invenção poderá não ser necessário proporcionar a composição a todas as plantas da plantação. Como as plantações comerciais são normalmente cultivadas com bastante densidade. Os ácaros predadores fitoseideos podem espalhar-se de uma planta da plantação para outra. O número de plantas da plantação a que deverá ser proporcionada a composição de acordo com a invenção para proporcionar uma protecção suficiente à plantação poderá depender das circunstâncias especificas e poderá ser facilmente determinado por um perito na especialidade com base na sua experiência de campo. Normalmente o número de ácaros predadores fitoseideos libertados por hectare constitui um factor mais determinante. Este número pode situar-se numa gama entre 1000-4 milhões por hectare, tipicamente 100 000 - 1 milhão ou 50 000 - 500 000 por hectare. Estes números podem ser libertados uma só vez ou em múltiplas vezes por estação de crescimento, dependendo das condições climáticas, da intensidade da praga e da utilização de pesticidas danosos.
Numa concretização preferencial adicional do método para controlo biológico de pragas de acordo com a invenção a plantação é seleccionada conforme foi descrito relativamente ao uso da composição. A invenção será agora adicionalmente descrita com referência aos exemplos a seguir, que ilustram concretizações não limitativas de diferentes aspectos da invenção.
Experiência 1 Teste de oviposição de N. fallacis em L. destructor. 22 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ
MATERIAL Ε MÉTODOS
No início da experiência os adultos de N. fallacis foram retirados de uma cultura de massa de N. fallacis na fonte de alimento constituída por L. destructor, que fora iniciada algumas semanas antes. 20 fêmeas adultas jovens e 8 machos foram retirados desta cultura em massa e transferidos para quatro recipientes de criação recém-preparados. 5 fêmeas e 2 machos de N. fallacis foram dispostos em cada recipiente. Em todos eles, como fonte de alimento, foi colocada uma ampla quantidade de L. destructor.
Após terem sido preparadas as quatro culturas de teste, as mesmas foram colocadas numa sala climatizada sob condições controladas de temperatura (25° C) e humidade (75%). Após dois ou três dias nestas condições, as culturas foram retiradas. Quatro novos recipientes de criação, semelhantes aos anteriores, foram preparados para transferência das mesmas 5 fêmeas e dos mesmos 2 machos anteriormente utilizados.
Foi adicionada uma ampla quantidade de L. destructor como fonte de alimento a cada cultura de teste tal como na etapa anterior. Após a transferência dos machos e das fêmeas, o número de ovos foi contado nos recipientes de criação dos quais foram transferidos.
Os sistemas de criação antigos foram conservados na sala climatizada durante dois ou três dias para realização de uma segunda contagem para detecção de qualquer prole possivelmente oculta, e foram subsequentemente destruídos. Similarmente aos sistemas de criação antigos, os novos sistemas foram igualmente mantidos para repetição do mesmo procedimento. Diariamente foi verificada a quantidade residual de L. destructor em cada recipiente de criação. Foi adicionada uma quantidade suficiente se necessário.
Foram obtidos dados a cada dois ou três dias mediante avaliação do número de prole tanto da nova criação (primeira contagem) como da antiga (segunda contagem). Com base no número de fêmeas e na quantidade total de indivíduos de prole encontrada em cada recipiente de criação, foi obtido o número médio de ovos postos por fêmea por dia.
RESULTADOS
Ao ser realizada uma comparação da evolução do número de ovos postos por fêmea durante a totalidade da experiência (com 23 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ realização de uma contagem de avaliação a cada 2-3 dias), a média situou-se entre 1,80 e 2,63 ovos / fêmea / dia.
Para o período total, a média geral é de 2,14 ovos por fêmea por dia. A quantidade total de ovos postos por fêmea é de cerca de 23 ao longo de um período de 11 dias. Comparando o número médio de ovos postos por fêmea por dia para os primeiro, segundo, terceiro e quarto recipientes de criação independentes, estes números foram de 2,07, 2,09, 2,42 e 2,00, respectivamente. Os dados experimentais são apresentados na Tabela 1 abaixo.
Tabela 1. Fonte de alimento: todos os estádios de L. destructor. Dados do número médio de ovos postos por fêmea de N. fallacis por dia para os 4 sistemas de criação independentes e para a experiência global.
Exp. Dia Fêmeas Prole total ovos/dia/fêmea Média de ovos/dia/fêmea 2 5 18 1,80 4 5 20 2,00 7 5 29 1,93 1 9 5 24 2, 40 2, 07 11 5 22 2,20 2 5 19 1,90 4 5 18 1,80 7 5 32 2,13 2 9 5 25 2,50 2, 09 11 5 21 2,10 2 5 18 1,80 4 5 23 2,30 7 5 34 2,27 3 9 5 31 3,10 2, 42 11 4 21 2,63 2 5 18 1,80 4 5 18 1,80 7 5 33 2,20 4 9 5 23 2,30 2, 00 11 5 19 1,90 dia período fêmeas Prole Ovos/dia/fêmea Média de ovos/dia/fêmea 2 0-2 dias 20 73 1, 83 4 3-4 dias 20 79 1, 98 7 5-7 dias 20 128 2, 13 9 8-9 dias 20 103 2, 58 2,14 11 10-11 dias 19 83 2,18 24 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ
Experiência 2: Teste de oviposição de N. californicus em L. destructor.
Foram realizados testes de oviposição essencialmente similares ao método descrito na experiência 1 para N. fallacis.
Estas experiências diferiram da seguinte forma:
Em vez de 4 sub-experiências com 5 fêmeas de A. fallacis, foram realizadas 4 sub-experiências com 4 fêmeas de N. californicus. 0 período de teste com N. californicus foi de 14 dias em vez de 11 dias.
RESULTADOS
Ao ser comparada a evolução do número de ovos postos por fêmea durante a totalidade da experiência (com realização de uma contagem de avaliação a cada 2-3 dias), a média situou-se entre 1,25 e 3,33 ovos / fêmea / dia.
Para o período completo, a média geral é de 2,27 ovos por fêmea por dia. A quantidade total de ovos postos por fêmea é de cerca de 31 ao longo de um período de 14 dias. Comparando o número médio de ovos postos por fêmea por dia para os primeiro, segundo, terceiro e quarto recipientes de criação independentes, estes números são de 2,50, 2,44, 2,49 e 1,70, respectivamente. Os dados experimentais são apresentados na Tabela 2 abaixo. 25 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ
Tabela 2. Fonte de alimento: todos os estádios de L. destructor. Dados do número médio de ovos postos por fêmea de N. californicus por dia para os 4 sistemas de criação independentes e para a experiência global.
Exp. Dia Fêmeas Prole total ovos/dia/fêmea Média de ovos/dia/fêmea 1 2 4 23 2,88 2, 50 5 4 35 2,92 7 4 18 2,25 9 4 19 2,38 12 4 25 2,08 14 4 20 2,50 2 4 21 2,63 2 5 4 29 2,42 2, 44 7 4 20 2,50 9 4 15 1,88 12 4 29 2,42 14 3 17 2,83 3 2 4 20 2,50 2, 49 5 3 30 3,33 7 3 14 2,33 9 3 15 2,50 12 3 16 1,78 14 3 15 2,50 4 2 4 14 1,75 1, 70 5 4 25 2,08 7 4 13 1,63 9 4 14 1,75 12 4 15 1,25 14 4 14 1,75 dia período fêmeas Prole ovos/dia/ fêmea Média de ovos/dia/fêmea 2 0-2 dias 16 78 2,44 2, 27 5 3-5 dias 15 119 2,64 7 6-7 dias 15 65 2,17 9 8-9 dias 15 63 2,10 12 10-12 dias 15 85 1, 89 14 13-14 dias 14 66 2, 36 26 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ
Parâmetros biológicos de N. californicus nas primeiras 3 gerações e após adaptação em Lepidoglyphus destructor
Procedimentos experimentais - Foi colhido N. californicus de uma criação em massa em pólen de Quercus spp. mantido a cerca de 25°C, humidade relativa >80% e 16L: 8E. A experiência foi realizada nas mesmas condições. As unidades de criação ("Rearing Units" - RU) consistiam numa arena de plástico (cerca de 4,5 cm de diâmetro), circundada por algodão molhado e parcialmente coberta. Fêmeas ovipositoras jovens de N. californicus foram dispostas nas RU e alimentadas com L. destructor. A presa (todos os estádios) foi adicionada às arenas de forma a manter diariamente uma quantidade de presa superior ao consumo do fitoseideo.
Os ovos de N. californicus postos por oviposição nos primeiros 2 dias foram removidos. Os ovos postos nos dois dias seguintes foram colhidos diariamente; alguns deles foram dispostos em novas RU em pequenos grupos para cálculo da mortalidade e do quociente de sexo, os outros foram isolados unitariamente para cálculo dos tempos de desenvolvimento e de tempo de ovo-para-ovo. Da progénie, as novas virgens fêmeas foram confinadas com um macho maduro e cada casal foi monitorado diariamente para registo da oviposição e a longevidade da fêmea no período.
Os ovos da mesma geração obtidos foram colhidos e utilizados para inicio da segunda geração em L. destructor; o procedimento utilizado para a primeira geração foi repetido para as segunda e terceira gerações. O desempenho de N. californicus em L. destructor foi avaliado nas primeira até terceira gerações e numa estirpe adaptada (mais de um ano e meio com alimentação de L. destructor) 27 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ
Tabela 3. Parâmetros biológicos de L. californicus em L. destructor (25°C ± 2°C, HR >80%, foto-período 16L: 8E) generações Ia 2a 3a Na tempo de ovo-par a-ovo (dias) 8,6 ±0,96 a n=36 9,9±1,27 b n=25 9,5±1,20 b n=33 8,6 ±1,10 a n=34 mortalidade juvenil (%) 0,39 n=259 a 0,65 n=159 a 1,60 n=187 a 1,67 n=180 a quociente de sexo (% fêmeas) 66,67 n=258 a 63,64 a n=154 58,70 ab n=184 55,37 b n=177 taxa de fuga (%) 13,71 n=300 21, 43 n=197 25,51 n=250 30,32 n=25 4 ovos/fêmea/dia (período de 10 dias) 2,29±0,0,43 a n=33 2,03±0,45 b n=32 2,7 5 ± 0,49 c n=31 2,15±0,50 ab n=26
Parâmetros demográficos de N. californicus em L. destructor
Os dados obtidos em L. destructor foram utilizados para cálculo de rg e rm. Os valores obtidos foram sumariados na Tabela 4.
Tabela 4. Taxa líquida de reprodução (rg) e taxa de crescimento intrínseco (rm) estimada de N. californicus em L. destructor na geração diferente a 25°C e humidade relativa >80% rg calculada (dia-1) rm estimada (dia-1) Ia geração 0,222 0, 244 2a geração 0,205 0,225 3a geração 0,199 0,218 na geração 0,203 0,223 28 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ
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Lisboa, 2010-11-03

Claims (25)

  1. ΕΡ 1 965 634/ΡΤ 1/5 REIVINDICAÇÕES 1. Composição de ácaros compreendendo: - uma população de criação de uma espécie de ácaro predador fitoseideo, - uma população hospedeira artificial, e - um veiculo para indivíduos das referidas populações, caracterizada por a população hospedeira artificial compreender pelo menos uma espécie seleccionada da família Glyciphagidae, com a condição de que a espécies de ácaro predador fitoseídeo seja seleccionada entre uma espécie outra que não Amblyseius swirskii.
  2. 2. Composição, de acordo com a reivindicação 1, em que a espécie de ácaro predador fitoseídeo é seleccionada entre: a subfamília Amblyseiinae, tal como do Género Amblyseius, e.q. Amblyseius andersoni ou Amblyseius largoensis, do género Euseius e.g. Euseius finlandicus, Euseius hibisci, Euseius ovalíst Euseius victoriensis, Euseius stipulatus, Euseius scutalis, Euseius tularensis, Euseius addoensis, Euseius concordis, Euseius ho ou Euseius citri, do género Neoseiulus e.g. Neoseiulus barkeri, Neoseiulus californicus, Neoseiulus cucumeris, Neoseiulus longispinosus, Neoseiulus womersleyi, Neoseiulus idaeus, Neoseiulus anonymus ou Neoseiulus fallacis, do género Typhlodromalus e.g. Typhlodromalus limonicus, Typhlodromalus aripo ou Typhlodromalus peregrinus, do género Typhlodromips e.g. Typhlodromips montdorensis; da subfamília Typhlodrominae, tal como do género Galendromus e.g. Galendromus occidentalis, do género Typhlodromus e.g. Typhlodromus pyri, Typhlodromus doreenae ou Typhlodromus athiasae.
  3. 3. Composição de acordo com as reivindicações 1-2, compreendendo uma substância alimentícia adequada para a referida população hospedeira artificial.
  4. 4. Composição de acordo com as reivindicações 1-3, em que a população hospedeira artificial é uma população de criação.
  5. 5. Composição de acordo com as reivindicações 1-4, em que o número de indivíduos da espécie de ácaro predador fitoseídeo relativamente ao número de indivíduos do hospedeiro artificial ΕΡ 1 965 634/ΡΤ 2/5 é de cerca de 100:1 a 1:20, tal como de cerca de 1:1 a 1:10, e.g. de cerca de 1:4, 1:5 ou 1:7.
  6. 6. Composição de acordo com a reivindicação 1-4, em que a espécie hospedeira artificial é seleccionada entre a subfamilia Ctenoglyphinae, tal como do género Diamesoglyphus e.g. D. Intermedíus ou do género Ctenoglyphus, e.g. C. plumiger, C. canestrinii, C. palmifer; a subfamilia Glycyphaginae, tal como do género Blomia, e.g. B. freemani ou do género Glycyphagus, e.g. G. ornatus, G. bicaudatus, G. privatus, G. domesticus, ou do género Lepidoglyphus e.g. L. michaeli, L. fustifer, L. destructor, ou do género Austroglycyphagus, e.g. A. geniculatus; da subfamilia Aeroglyphinae, tal como do género Aeroglyphus, e.g. A. robustus; da subfamilia Labidophorinae, tal como do género Gohieria, e.g. G. fusca; ou da subfamilia Nycteriglyphinae tal como do género Coproglyphus, e.g. C. stammeri, e mais preferivelmente é seleccionada da subfamilia Glycyphaginae, mais preferivelmente é seleccionada do género Glycyphagus ou do género Lepidoglyphus mais preferivelmente seleccionada de G. domesticus ou L. destructor.
  7. 7. Composição de acordo com as reivindicações 1-6 compreendendo uma fonte nutricional adicional para o ácaro fitoseideo, tal como pólen ou uma presa.
  8. 8. Composição de acordo com a reivindicação 7, em que a presa compreende um hospedeiro artificial tal como uma espécie seleccionada da família Carpoglyphidae tal como do género Carpoglyphus, preferivelmente a espécie Carpoglyphus lactis.
  9. 9. Método para a criação de um ácaro predador fitoseideo compreendendo: - proporcionar uma composição de acordo com as reivindicações 1-6, - deixar os indivíduos do referido ácaro predador fitoseideo predarem indivíduos da referida população hospedeira artificial.
  10. 10. Método de acordo com a reivindicação 9, em que a composição é mantida a 18-35°C e/ou 60-95% de humidade relativa.
  11. 11. Método de acordo com as reivindicações 9-10, em que a referida composição compreende um veículo e uma substância ΕΡ 1 965 634/ΡΤ 3/5 alimentícia adequada e a população hospedeira artificial é mantida na forma de uma cultura tridimensional no veículo.
  12. 12. Utilização de um ácaro astigmatídeo seleccionado da família Glycyphagidae, como hospedeiro artificial para a criação de um ácaro predador fitoseídeo seleccionado de uma espécie outra que não Amblyseius swirskii.
  13. 13. Utilização de acordo com a reivindicação 12, em que o ácaro fitoseídeo é seleccionado entre: - a subfamília Amblyseiinae, tal como do género Amblyseius, e.g. Amblyseius andersoni ou Amblyseius largoensis, do género Euseius e.g. Euseius finlandicus, Euseius hibisci, Euseius ovalis, Euseius victoriensis, Euseius stipulatus, Euseius scutalis, Euseius tularensis, Euseius addoensis, Euseius concordis, Euseius ho ou Euseius citri, do género Neoseiulus e.g. Neoseíulus barkeri, Neoseiulus californicus, Neoseiulus cucumeris, Neoseiulus longispinosus, Neoseiulus womersleyi, Neoseiulus idaeus, Neoseiulus anonymus ou Neoseiulus fallacis, do género Typhlodromalus e.g. Typhlodromalus limonicus, Typhlodromalus aripo ou Typhlodromalus peregrinus do género Typhlodromips e.g. Typhlodromips montdorensis; - a subfamília Typhlodrominae, tal como do género Galendromus e.g. Galendromus occidentalis, do género Typhlodromus e.g. Typhlodromus pyri, Typhlodromus doreenae ou Typhlodromus athiasae.
  14. 14. Sistema de criação para a criação de um ácaro predador fitoseídeo, sistema este que compreende um recipiente contendo a composição de acordo com as reivindicações 1-8.
  15. 15. Sistema de criação de acordo com a reivindicação 14, em que o referido recipiente compreende um acesso de saída para pelo menos um estádio de via móvel do ácaro fitoseídeo.
  16. 16. Sistema de criação de acordo com a reivindicação 15, em que o referido acesso de saída é adequado para proporcionar uma libertação sustentada do referido pelo menos um estádio de vida móvel.
  17. 17. Utilização da composição de acordo com as reivindicações 1-8 ou sistema de criação de acordo com as ΕΡ 1 965 634/ΡΤ 4/5 reivindicações 15-16, para ο controlo de uma praga de plantações.
  18. 18. Utilização de acordo com a reivindicação 17 em que a praga de plantações é seleccionada de entre moscas-brancas, tais como Trialeurodes vaporariorum ou Bemisia tabaci; insectos tisanópteros (tripés), tais como Thrips tabaci ou Frankliniella spp., tais como Frankliniella occidentalis; ácaros tetraniquideos tais como Tetranychus spp. tais como Tetranychus urticae, Teranychus evansi e Teranychus kanzawai ou Panonychus spp. tais como Panonychus ulmi; ácaros tarsonemídeos tais como Polyphagotarsonemus latus ou Tarsonemus pallidus; ácaros eriofideos tais como Aculops lycopersici; larvas de cochonilha-algodão tais como de Panonychus citri; larvas de cochinilha pinta vermelha tais como Aonidiella aurantii.
  19. 19. Utilização de acordo com a reivindicação 18, em que a plantação é seleccionada de plantações de vegetais (de estufa) tais como tomate (Lycopersicon esculentum), pimento (Capsicum annuum), berinjela (Solanum melogena), Curcubitáceas (Cucurbitaceae) tais como pepino (Cucumis sativa), melão (Cucumis melo), melancia (Citrullus lanatus); frutos macios (tais com morangos (Fragaria x ananassa), framboesas (Rubus ideaus)), culturas ornamentais (de estufa) (tais como rosas, gerberas, crisântemos), culturas de árvores tais como Citrus spp., amêndoas, bananas ou culturas em campo aberto tais como algodão, milho.
  20. 20. Método para controlo biológico de pragas numa plantação compreendendo proporcionar uma composição de acordo com as reivindicações 1-8 à referida plantação.
  21. 21. Método de acordo com a reivindicação 20 em que a praga é seleccionada de entre moscas-brancas, tais como Trialeurodes vaporariorum ou Bemisia tabaci; insectos tisanópteros (tripés) tais como Thrips tabaci ou Frankliniella spp., tais como Frankliniella occidentalis; ácaros tetraniquideos tais como Tetranychus spp. tais como Tetranychus urticae, Teranychus evansi e Teranychus kanzawai ou Panonychus spp. tais como Panonychus ulmi; ácaros tarsonemideos tais como Polyphagotarsonemus latus ou Tarsonemus pallidus; ácaros eriofideos tais como Aculops lycopersici; larvas de cochonilha-algodão tais como de ΕΡ 1 965 634/ΡΤ 5/5 Panonychus citri; larvas de cochonilha pinta vermelha tais como de Aonidiella aurantii.
  22. 22. Método de acordo com qualquer das reivindicações 20-21, em que a composição é proporcionada aplicando uma quantidade da referida composição na vizinhança, tal como na base, de um número de plantas a plantação, preferivelmente em cada uma das plantas da plantação.
  23. 23. Método de acordo com a reivindicação 22, em que a quantidade é de 1-10 ml, preferivelmente 2-5 ml.
  24. 24. Método de acordo com as reivindicações 20-21, em que a composição é proporcionada no sistema de criação de acordo com as reivindicações 15-17, por colocação do referido sistema de criação na vizinhança de um número de plantas da plantação, preferencialmente de cada uma das plantas da plantação, tal como por suspensão do referido sistema de criação na referida planta da plantação.
  25. 25. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações 20-24, em que a plantação é seleccionada de plantações de vegetais (de estufa) tais como tomate (Lycopersicon esculentum), pimento (Capsicum annuum), beringela (Solanum melogena), Curcubitáceas (Cucurbitaceae) tais como pepino (Cucumis sativa), melão (Cucumis melo), melancia (Citrullus lanatus); frutos macios (tais como morangos (Fragaria x ananassa), framboesas (Rubus ideaus)), culturas ornamentais (de estufa) (tais como rosas, gerberas, crisântemos), culturas de árvores tais como Citrus spp., amêndoas, banana ou culturas em campo aberto tais como algodão, milho. Lisboa, 2010-11-03 ΕΡ 1 965 634/ΡΤ 1/4 Figura 1 Lista de espécies de Glycyphagidae e seus nomes de géneros conforme referidos em: Hughes, A.M., 1977, The mites of stored food and houses. Ministry of Agriculture, Fisheries and Food, Technical Bulletin No. 9; pp 133-186. Classe: Arachnidae Sub-classe: Acari Ordem: Astigmata Canestrini, 1891 Família: Glycyphagidae Berlese, 1887 Subfamílias, Géneros e Espécies: Ctenoglyphinae Zachvatkin, 1941 Diamesoglyphus Zachvatkin, 1941 D. intermedius (Canestrini, 1888) Ctenoglyphus Berlese, 1884 C. plumiger (Koch, 1835) C. Cnestrinii (Armanelli, 1887) C. palmifer (Fumouze e Robin, 1868) Glycyphaginae Zachvatkin, 1941 Blomia Oudemans, 1928 B. freemani (Hughes, 1948) Glycyphagus Hering, 1938 s.str., 1928 G. ornatus (Kramer, 1881) G. bicaudatus (Hughes, 1961) G. privatus (Oudemans, 1903) G. domesticus (De Geer, 1778) Lepidoglyphus Zachvatkin, 1936 L. michaeli (Oudemans, 1903) L. fustifer (Oudemans, 1903) L. destructor (Schrank, 1781) Austroglycyphagus (Fain e Lowry, 1974) A. geniculatus (Vitzthum, 1919) ΕΡ 1 965 634/ΡΤ 2/4 Figura 1 (Continuação) Aêroglyphinae Zachvatkin, 1941 Aêroglyphus Zachvatkin, 1941 A. robustus (Cooreman, 1959) Labidophorinae Zachvatkin, 1941 Gohieria Oudemans, 1939 G. fusca (Oudemans, 1902) Nycteriglyphinae Fain, 1963 Coproglyphus Tiirk e Tiirk, 1957 C. stammeri (Tiirk e Tiirk, 1957) ΕΡ 1 965 634/ΡΤ 3/4 Figura 2 Lista de espécies de fitoseideos e seus nomes de géneros conforme referido em: Moraes, G. J. de, J. A. McMurtry, Η. A. Denmark & C. B. Campos (2004). A revised catalog of the mite family Phytoseiidae. Magnolia Press, Auckland, Nova Zelândia, 494 pp. Família: PHYTOSEIIDAE Berlese Subfamília: AMBLYSEIINAE Muma Género: Amblyseius Berlese Amblyseius andersoni (Chant, 1957) Amblyseius swirskii Athias-Henriot, 1962, (Chant e McMurtry), 2004, (= Typhlodromips swirskii (Athias-Henriot), 1962, Moraes e outros, 2004) Amblyseius largoensis (Muma, 1955) Género: Euseius Wainstein Euseius finlandicus (Oudemans, 1915) Euseius hibisci (Chant, 1959) Euseius ovalis (Evans, 1953) Euseius victoriensis (Womersley, 1954) Euseius stipulatus (Athias-Henriot, 1960) Euseius scutalis (Athias-Henriot, 1958) Euseius tularensis Congdon Euseius addoensis (van der Merwe & Ryke, 1964) Euseius citri (van der Merwe & Ryke, 1964) Euseius concordis (Chant, 1959) Euseis ho (De Leon, 1965) Género: Neoseiulus Hughes Neoseiulus barkeri (Hughes, 1948) Neoseiulus californicus (McGregor, 1954) ΕΡ 1 965 634/ΡΤ 4/4 Figura 2 (Continuação) Neoseiulus cucumeris (Oudemans, 1930) Neoseiulus longispinosus (Evans, 1952) Neoseiulus womersleyi (Schicha, 1975) Neoseiulus idaeus (Denmark & Muma, 1973) Neoseiulus fallacis (Garman, 1948) Neoseiulus anonymus (Cahnt & Baker, 1965) Género: Typhlodromalus Muma Typhlodromalus limonicus (Garman & McGregor, 1956) Typhlodromalus peregrinus (Muma, 1955a) Typhlodromalus arip (De Leon, 1967) Género: Typhlodromips De Leon Typhlodromips montdorensis (Schicha, 1979) Subfamília: TYPHLODROMINAE Scheuten Género: Galendromus Muma Galendromus occidentalis (Nesbitt, 1951) Género: Typhlodromus Scheuten Typhlodromus pyri (Scheuten, 1857) Typhlodromus doreenae (Schicha, 1987) Typhlodromus athiasae (Porath & Swirski, 1965)
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