BRPI0515270B1

BRPI0515270B1 - sistema terapêutico transdérmico com uma camada adesiva, processo para siliconizar uma camada posterior do sistema e uso da camada posterior

Info

Publication number: BRPI0515270B1
Application number: BRPI0515270A
Authority: BR
Inventors: Leonhard Johannes; Müller Walter
Original assignee: Lts Lohmann Therapie Systeme Ag
Priority date: 2004-09-13
Filing date: 2005-09-06
Publication date: 2018-11-06
Also published as: EP1791533A2; DE102004044578A1; EP2529732A1; KR101297903B1; AU2005284436B2; EP2529732B1; LT2529732T; SI1791533T1; DK2529732T3; NZ553485A; TW200621319A; BRPI0515270B8; PT2529732T; RU2398567C2; SI2529732T1; AU2005284436A1; KR20070053244A; CN101018545A; WO2006029740A3; IL181337A0

Abstract

sistema terapêutico transdérmico com uma camada adesiva, processo para siliconizar uma camada posterior do sistema e uso da camada posterior. a presente invenção refere-se a um sistema terapêutico transdérmico (5) abrange uma camada posterior (1), uma camada adesiva (4), uma camada polimérica (2) e uma camada protetora separável (3). a camada adesiva (4) é uma camada de organossiloxano e presa sobre a camada posterior (1) por meio de siliconização.

Description

(54) Título: SISTEMA TERAPÊUTICO TRANSDÉRMICO COM UMA CAMADA ADESIVA, PROCESSO PARA SILICONIZAR UMA CAMADA POSTERIOR DO SISTEMA E USO DA CAMADA POSTERIOR (51) Int.CI.: A61K 9/70; A61F 13/00; C08K 3/34.

(30) Prioridade Unionista: 13/09/2004 DE 10 2004 044 578.8.

(73) Titular(es): LTS LOHMANN THERAPIE-SYSTEME AG.

(72) lnventor(es): WALTER MÜLLER; JOHANNES LEONHARD.

(86) Pedido PCT: PCT EP2005009547 de 06/09/2005 (87) Publicação PCT: WO 2006/029740 de 23/03/2006 (85) Data do Início da Fase Nacional: 13/03/2007 (57) Resumo; SISTEMA TERAPÊUTICO TRANSDÉRMICO COM UMA CAMADA ADESIVA, PROCESSO PARA SILICONIZAR UMA CAMADA POSTERIOR DO SISTEMA E USO DA CAMADA POSTERIOR. A presente invenção refere-se a um sistema terapêutico transdérmico (5) abrange uma camada posterior (1), uma camada adesiva (4), uma camada polimérica (2) e uma camada protetora separável (3). A camada adesiva (4) é uma camada de organossiloxano e presa sobre a camada posterior (1) por meio de siliconização.

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Relatório Descritivo da Patente de Invenção para SISTEMA TERAPÊUTICO TRANSDÉRMICO COM UMA CAMADA ADESIVA, PROCESSO PARA SILICONIZAR UMA CAMADA POSTERIOR DO SISTEMA E USO DA CAMADA POSTERIOR.

A presente invenção refere-se a um sistema terapêutico transdérmico contendo uma camada posterior, uma camada polimérica que está em contato com o lado posterior, que apresenta adesivos de silicone e uma camada protetora separável, que está em contato com a camada polimérica, um processo para a preparação de uma camada posterior siliconizada do sistema e o uso da camada posterior.

Entretanto, os sistemas terapêuticos transdérmicos (TTS) ou emplastros contendo substância ativa, tornaram-se uma forma medicamentosa estabilizada. Apesar disso, alguns problemas ligados com essa forma medicamentosa não foram satisfatoriamente resolvidos até hoje. Um desses problemas refere-se especialmente aos chamados sistemas de matriz ou sistemas, que têm uma formação análoga aos sistemas de matriz. Um tal sistema de matriz ou TTS de matriz consiste no caso mais simples, de uma camada posterior, de uma camada de matriz auto-adesiva preferentemente contendo substância ativa e uma camada protetora a ser removida antes do uso. Muitas vezes, ao usar os TTS, observa-se depois de algum tempo a formação de uma borda escura mais ou menos fraca na pele em torno do emplastro ou ao remover o TTS ficam resíduos do adesivo na pele. Esse fenômeno é observado como sendo particularmente susceptível em TTS adequados para a aplicação com várias funções. A origem para os dois fenômenos é uma aderência insuficiente da matriz do emplastro na camada posterior do sistema. Devido a essa aderência insuficiente e movimentos do corpo no local da aplicação, ocorre uma saída do adesivo nas bordas do sistema e o adesivo saído pode entrar em contato com a roupa. Através do contato com a roupa, as fibras de tecido ficam presas no adesivo saído e na maioria das vezes fornecem-lhe uma aparência escura. Após a retirada do TTS o adesivo saído resta na pele na forma de marcas escuras. Caso a aderência na camada posterior seja particularmente má, a matriz também pode • ♦·* · ··· * ··* * ··· soltar-se da camada posterior de modo plana e restar na pele. Adesivos à base de silicones são particularmente susceptíveis para esses fenômenos. Isso reside no fato, de que adesivos de silicone são muito apoiares e por isso, aderem relativamente mal sobre as superfícies mais ou menos polares da maior parte da camada posterior constituída de tereftalato de polietileno (PET). Ainda acresce, que adesivos de silicone dispõem somente de uma baixa coesão e conseqüentemente, têm uma tendência particularmente bastante acentuada para sair do sistema. Conseqüentemente, os adesivos de silicone comportam-se como um líquido viscoso e por isso, o estendimento em uma área maior é designado também como fluxo frio.

Por conseguinte, o objetivo da presente invenção é melhorar a aderência da camada posterior em um sistema terapêutico transdérmico com a camada polimérica contendo substância ativa, que contém pelo menos um adesivo de silicone e impedir amplamente a saída do adesivo de silicone do sistema.

Esse objetivo é resolvido de acordo com a invenção, por um sistema terapêutico transdérmico descrito inicialmente, de maneira tal, que o lado do contato da camada posterior é acabada com uma camada adesiva obtida por siliconização.

Na concretização da invenção, a camada adesiva é uma camada de organopolissiloxano. A camada adesiva contém especialmente organopolissiloxanos com grupos vinila e organopolissiloxanos com grupos Si-H.

De maneira preferida, a camada posterior de uma folha de material plástico selecionada do grupo contendo poliéster, especialmente tereftalato de polietileno, polipropileno, polietileno, poliuretano, camadas de EVA em combinação com poliéster, cloreto de polivinilideno, copolímeros de poliaramida (met)acrilato de etileno.

A outra concretização da invenção resulta das características das reivindicações 5 até 9.

O processo para a produção de uma camada posterior de acordo com a invenção, que é usada em um sistema terapêutico transdérmico, destaca-se pelo fato, de que a superfície da camada posterior a ser posta em contato com uma camada polimérica, que é acabada com um microrreservatório, é siliconizada. Isso ocorre preferentemente de maneira tal, que organopolissiloxanos são misturados com grupos vinila e organopolissíloxanos com grupos Si-H funcionais e a superfície da camada posterior é revestida com a mistura na presença de um catalisador. Depois, a superfície revestida da camada posterior é tratada com calor até a formação de uma camada de organopolissiloxano solidamente presa na camada posterior. Como catalisador utiliza-se, por exemplo, um catalisador de platina. O tratamento térmico é efetuado em um forno térmico em um túnel de passagem de calor. A temperatura importa cerca de 80 até 100°C, mas também pode encontrar-se abaixo de 80°C.

Cada sistema auto-adesivo, seja ele portanto, um sistema terapêutico transdérmico, um emplastro isento de substância ativa, uma etiqueta ou uma fita adesiva, tem que ser protegido antes do uso, por uma camada protetora novamente separável. A camada protetora pode constar de diversos materiais, tais como, por exemplo, PET, polietileno ou polipropileno e é especialmente tratada do lado que entra em contato com o adesivo, para torná-la separável o mais fácil possível da camada adesiva. Para o uso em combinação com adesivos que não se baseiam em silicones, esse tratamento superficial consiste na maioria das vezes de uma chamada siliconização. Nessa siliconização, em um processo de revestimento, por exemplo, os organopolissiloxanos com grupos vinila e organopolissíloxanos com grupos SiH funcionais em mistura na presença de um catalisador de platina são revestidos sobre a folha a ser tratada, sendo que por meio de um tratamento de calor forma-se uma camada de organopolissiloxano firmemente adesiva sobre o substrato. Enquanto adesivos que não se baseiam em silicone, tais como por exemplo, adesivos de poliacrilato, fixam extraordinariamente mal sobre superfícies tratadas desse modo, os adesivos de silicone aderem extremamente bem sobre tais superfícies. Em ensaios de suporte foi demonstrado, que emplastros livres de substância ativa à base de adesivos de silicone e de uma camada posterior tratada desse modo, deixam menos resíduos de adesivos depois de removidos da pele e que a tendência à forma-

ção de bordas pretas em torno do emplastro é nitidamente reduzida.

Nos TTS à base de adesivos de silicone, a taxa de permeação da substância ativa através da pele aumenta através da aplicação externa de calor no TTS aplicado. Tais sistemas são detalhadamente descritos, por exemplo, na US 6.488.959 A1 e na US 6.261.595 A1. Por meio da temperatura, que neste caso pode aumentar até cerca de 45°C, a tendência do adesivo de silicone ao estendi mento é maciça mente reforçada pelo fluxo frio. Com essas condições, deve-se contar crescentemente com a formação de bordas escuras em tomo do emplastro e com a permanência de resíduos de adesivo sobre a pele após a remoção do emplastro. Nesses sistemas a siliconização da camada posterior é muito vantajosa, pois apesar da aplicação de calor, evita-se amplamente o estendimento do adesivo.

A siliconização da camada posterior em contato com os chamados sistemas de microrreservatório à base de adesivos de silicone e solventes ambifílicos para a substância ativa também foi comprovada como sendo particularmente importante. Tais sistemas de microrreservatórios são detalhadamente descritos na EP 1.191.927 B1. Na produção desses sistemas, a substância ativa é dissolvida em um solvente ambifílico, tal como por exemplo, dipropilenoglicol ou 1,3-butanodiol e a solução é dispersa na solução do adesivo. Em seguida, a dispersão é revestida sobre a camada protetora do TTS ulterior, o solvente do adesivo é removido e o filme seco é laminado com a camada posterior. Foi demonstrado, então, que uma camada posterior não siliconizada praticamente não adere em um tal filme. A origem é a formação de um filme muito fino do solvente ambifílico sobre a superfície do filme seco contendo substância ativa. Uma modificação do processo de produção, por exemplo, um revestimento diretamente sobre a camada posterior, neste caso, não aperfeiçoa a aderência do filme seco. No entanto, uma camada posterior siliconizada, independente da natureza química da própria folha, imediatamente após o contato com uma camada contendo microrreservatório, resulta em uma aderência muito boa. Na verdade, uma aderência melhor da camada posterior desses sistemas também pode ser obtida mediante o uso de materiais menos inertes, tais como, por exemplo, copolimeros de etileno e acetato de vinila, no entanto, esses materiais têm a desvantagem de absorver, além do solvente, também substância ativa. Conseqüentemente, os sistemas de microrreservatórios, tais como são descritos acima, são realizáveis da melhor maneira com o uso de camadas posteriores siliconizadas de poliéster ou materiais inertes semelhantes.

A única figura mostra um sistema terapêutico transdérmico 5, que abrange uma camada posterior 1, uma camada adesiva 4, que é fortemente presa na camada posterior, uma camada polimérica 2 e uma camada protetora separável 3. A camada adesiva 4 é uma camada de organopolissiloxano, que contém organopolissiloxanos com grupos vinila e organopolissiloxanos com grupos Si-H funcionais. A camada posterior 1 consiste em uma folha de material plástico. Materiais plásticos adequados são poliéster, especialmente tereftalato de polietileno, polipropileno, polietileno, poliuretano, camadas de EVA em combinação com poliéster, PVDC, poliaramidas, copolímeros de etileno(met)acrilato. Outros materiais adequados são etilenocelulose, acetato de celulose, celofane, papel, compósitos de metal-polímero, copolímeros de acetato de etilenovinila.

Os adesivos de silicone na camada polimérica 2 são selecionados, por exemplo, do grupo dos polissiloxanos e misturas de polissiloxanos.

Na camada do polímero 2 há microrreservatórios, que contêm pelo menos uma substância ativa, que é dissolvida em um solvente ambifílico. Como solventes ambifílicos prestam-se 1,3-butanodiol, éter dietilenoglicolmonometílico, éter dietilenoglicoldimetílico, dipropilenoglicol, propilenoglicol, álcool tetrahidrofurfurílico, éter dietilenoglicolmonobutílico, éster de ácido carboxílico de tri- e dietilenoglicol, álcoois graxos polioxietilados com 6-18 átomos de carbono.

A camada protetora 3 sobressai nos dois lados da camada polimérica 2, de modo que ela é tocável e separável sem problemas.

O uso de uma camada posterior siliconizada não tem nenhuma influência sobre a produção de sistemas de microrreservatórios. Mesmo no caso do TTS já comercializado, de modo puramente técnico, a camada posterior não siliconizada pode ser trocada sem problemas por uma camada

posterior siliconizada. As características do TTS em relação à distribuição da substância ativa permanecem inalteradas em uma troca, pois a camada de silicone aplicada com uma espessura menor do que 10 micrômetros praticamente não absorve nenhuma substância ativa.

Desse modo, pode ser dito resumidamente, que através do uso de camadas posteriores siliconizadas, as características de suporte de TTS à base de adesivos de silicone são decisivamente aperfeiçoadas e sistemas especiais, tais como, por exemplo, sistemas de microrreservatórios à base de adesivos de silicone e solventes ambifílicos, tornam-se agora tecnica10 mente produzíveis.

Claims

REIVINDICAÇÕES

1. Sistema terapêutico transdérmico (5) contendo uma camada posterior (1), uma camada polimérica (2), que está em contato com a camada posterior (1), que apresenta adesivos de silicone e uma camada protetora (3) separável que está em contato com a camada polimérica (2), caracterizado pelo fato de que o lado de contato da camada posterior (1) é acabada com uma camada adesiva (4) obtida por siliconização, que é presa solidamente na camada posterior e contém organopolissiloxanos com grupos vinila e organopolissiloxanos com grupos Si-H.
2. Sistema terapêutico transdérmico de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a camada posterior (1) é uma folha de material plástico, selecionada do grupo contendo poliéster, especialmente tereftalato de polietileno, polipropileno, polietileno, poliuretano, camadas de EVA em combinação com poliéster, cloreto de polivinilideno, poliaramidas, copolímeros de etileno(met)acrilato.
3. Sistema terapêutico transdérmico de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a camada posterior (1) consiste em um material, selecionado do grupo contendo etilcelulose, acetato de celulose, celofane, papel, compósito de metal-polímero, copolímeros de etileno-acetato de vinila.
4. Sistema terapêutico transdérmico de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a camada polimérica (2) contém um adesivo de silicone à base de polímeros de silicone e resina.
5. Sistema terapêutico transdérmico de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que os adesivos de silicone são selecionados do grupo polissiloxanos e misturas de polissiloxanos.
6. Sistema terapêutico transdérmico de acordo com a reivindicação 1, caracterizado pelo fato de que a camada polimérica (2) contém microrreservatórios para substâncias ativas farmacêuticas, que são dissolvidas em um solvente ambifílico.
7. Sistema terapêutico transdérmico de acordo com a reivindicaPetição 870180125666, de 03/09/2018, pág. 7/16

2 ção 1, caracterizado pelo fato de que os solventes ambifílicos são selecionados do grupo contendo 1,3-butanodiol, éter dietilenoglicolmonoetilico, éter dietilenoglicoldimetílico, dipropilenoglicol, propilenoglicol, álcool tetrahidrofurfurílico, éter dietilenoglicolmonobutílico, éster de ácido carboxílico de tri- e dietilenoglicol, álcoois graxos polioxietilados com 6-18 átomos de carbono.
8. Processo para produção de uma camada posterior que é usada em um sistema terapêutico transdérmico, como definido nas reivindicações 1 a 7, caracterizado pelo fato de que é siliconizada a superfície da camada posterior a ser posta em contato com uma camada polimérica que é acabada com microrreservátorios, enquanto são misturados organopolissiloxanos com grupos vinila e organopolissiloxanos com grupos funcionais Si-H e com a mistura na presença de um catalisador e sob utilização de calor é revestida a superfície da camada posterior.
9. Processo de acordo com a reivindicação 8, caracterizado pelo fato de que a superfície revestida da camada posterior é tratada com calor até a formação de uma camada de organopolissiloxano solidamente presa na camada posterior.
10. Uso de uma camada posterior siliconizada, caracterizado pelo fato de que é em um sistema terapêutico transdérmico, como definido nas reivindicações 1 a 7.
11. Uso de uma camada posterior de acordo com a reivindicação

10, caracterizado pelo fato de que, sobre a referida camada posterior, uma camada de organopolissiloxano está solidamente presa por meio de siliconização.
12. Uso de uma camada posterior de acordo com a reivindicação

11, caracterizado pelo fato de que uma camada polimérica do sistema contém os microrreservatórios e uma substância ativa dissolvida nestes bem como um adesivo de silicone, está unida de forma auto-adesiva com a camada de organopolissiloxano.

Petição 870180125666, de 03/09/2018, pág. 8/16

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