BRPI0507410B1 - uso de cepa f4+ não patogênica da escherichia coli e métodos que a utilizam para promover e homogeneizar crescimento de animais - Google Patents

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BRPI0507410B1
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John Morris Fairbrother
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Abstract

"USO DE CEPA F4+ NÃO PATOGÊNICA DA ESCHERICHIA COLI E MÉTODOS QUE A UTILIZAM PARA PROMOVER E HOMOGENEIZAR CRESCIMENTO DE ANIMAIS". A presente invenção refere-se, em âmbito geral, ao campo técnico de crescimento de animais de criação visando melhoria na produção de animais sadios, particularmente animais produtores de carne. A presente invenção está direcionada ao uso de cepas F4+ não patogênicas da Escherichia coli para promover e homogeneizar o crescimento de animais, por exemplo, animais pós-derrame e pósincubação. Particularmente, dentre os animais de interesse estão aqueles criados para a produção de carne. A presente invenção refere-se ainda a um método para promover o crescimento de um animal que compreende a etapa de alimentá-lo com uma cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli, em que a cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli está em associação com um veículo de alimentação lí- quido ou sólido, bem como a um método para homogeneizar o crescimento dentre um rebanho de animais que compreende igualmente alimentar o animal de interesse com a referida cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli. O método e o uso de acordo com a presente invenção não utilizam adição de metais pesadas às rações dos animais e são benéficos por não contribuir com contaminação do solo.

Description

Campo da Invenção
[001] A presente invenção refere-se ao campo da promoção do crescimento em animais. Mais especificamente, a presente invenção refere-se ao uso de uma cepa não patogênica de Escherichia coli expressando o fator de fixação F4 (ou K88), tanto para a promoção do crescimento em animais como para homogeneizar o crescimento entre um rebanho de animais.
Antecedentes da Invenção
[002] A promoção do crescimento é um assunto crucial para especialistas em fazendas e criação, que principalmente procuram aperfeiçoar a produção de animais sadios antes de serem abatidos ou para finalidades de pesquisa. Tal preocupação deve levar os mesmos a utilizar produtos de promoção de crescimento que possam provar ser benéficos aos animais e também para seres humanos, no caso de animais produtores de carne.
[003] Foi revelado no estado da técnica, a saber, na patente US 6.500.423, que o uso de uma formulação contendo uma cepa de E. coli contendo um F4-negativo de origem humana e uma fração vegetal volátil supostamente melhora o ganho de peso em porcos. A promoção do crescimento observada estava associada com a fração vegetal volátil e não com a cepa E. coli F4-negativa.
[004] Uma advertência em fazendas e em ambientes de criação é a perda de peso, taxa de crescimento lenta em conjunto com um re- crudescimento de doenças concomitantes, custos de fármacos e mortalidade que levam a uma redução em rendimentos animais e finalmente a perdas econômicas consideráveis, os animais pós- desmamados ou pós-chocados são especificamente vulneráveis a agentes que impedem o crescimento.
[005] As infecções causadas tanto por condições não higiênicas como a proximidade entre os animais, por exemplo, estão entre os fatores mais comuns que levam a advertência acima mencionada.
[006] Uma solução convencional usada para moderar esse problema
[007] tem sido o uso de promotores de crescimento antibióticos nas rações. No entanto o uso de promotores de crescimento antibióticos também é altamente controverso devido a que, como é bastante conhecido, mesmo em doses subterapêuticas, o uso contínuo de antibióticos pode levar a seleção de cepas bacterianas resistentes ao antibiótico nos animais tratados (Arnold S. et al.; Wegener HC et al. e Scwartz S et al.). De fato, nos últimos dez anos, tem acontecido uma emergência de cepas de Escherichia colimais patogênicas e mais resistentes a antibióticos e/ou mudanças na criação de animais (desmame mais cedo) e/ou novos regulamentos Europeus que proíbem o uso de agentes antimicrobianos como promotores de crescimento ou para o tratamento de profilaxia (prevenção de doenças) e o uso de níveis elevados de metais pesados, tais como o óxido de zinco nas rações. O período de desmame está especificamente associado com o uso mais elevado de antibióticos durante a produção animal.
[008] Em consequência, existe agora uma crescente resistência ao uso de promotores de crescimento antibióticos e de metais pesados devido ao recrudescimento da resistência aos antibióticos, reações alérgicas aos resíduos de antibióticos, e contaminação de solo cultivado.
[009] Outra advertência que os especialistas em fazendas e em criação de animais também têm que encarar é a heterogeneidade entre os rebanhos de animais. Mais especificamente, com a finalidade de otimizar a produção de carne, por exemplo, os fazendeiros procuram produzir rebanhos de animais que exibam a taxa de crescimento mais homogênea possível antes do abate, para evitar o crescimento dos custos. No entanto, os animais em geral apresentam taxas de crescimento diferentes e vulnerabilidades diferentes com relação a agentes infecciosos, entre outros.
[0010] Há, por esse motivo, uma necessidade constante com relação a agentes de inovação que promovam o crescimento de animais e que também contribuam de forma vantajosa para homogeneizar e aperfeiçoar o crescimento de animais.
Sumário da Invenção
[0011] Um objetivo da presente invenção é o uso de uma quantidade efetiva de uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli, para a promoção do crescimento de um animal.
[0012] Outro objetivo da presente invenção é o uso de uma quantidade efetiva de uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli, para homogeneizar o crescimento dentre um rebanho de animais.
[0013] Outro objetivo da presente invenção é o de prover um método para a promoção do crescimento em um animal, o referido método compreendendo a etapa de alimentar o referido animal com uma quantidade efetiva de uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli.
[0014] Ainda outro objetivo da presente invenção é o de prover um método para homogeneizar o crescimento no meio de um rebanho de animais, o referido método compreendendo a etapa de alimentar o referido animal com uma quantidade efetiva de uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli.
[0015] Devido ao uso das cepas F4+ não patogênicas de Escherichia coli, a invenção encontra uma vantagem em situações nas quais a promoção de um crescimento rápido e a homogeneização do crescimento de um animal são especificamente necessários. Por exemplo, o uso das cepas F4+ não patogênicas de Escherichia coli em animais criados para a produção de carne permite levar esses animais para o peso do mercado ou para a matança em um período de crescimento mais curto do que as suas contrapartes não tratadas.
[0016] A presente invenção pode ainda encontrar uma vantagem com relação à promoção de crescimento e a homogeneização do crescimento de animais de laboratório, tais como ratos e camundongos. Como pode ser observado, trazendo esses animais de laboratório para um determinado peso com mais rapidez e de forma mais homogênea proporciona de preferência com relação a amostras de animais mais homogêneas e rapidamente disponíveis.
[0017] Outra vantagem da presente invenção é que não existe um recurso com relação ao uso de antibióticos para a promoção do crescimento em animais. Por essa razão, os problemas tais como o desenvolvimento de cepas bacterianas resistentes a antibióticos ou alergias a antibióticos que afetam de forma específica os animais pós- desmame, são moderadas.
[0018] Além disso, uma vez que metais pesados tais como óxido de zinco não são adicionados às rações dos animais, a contaminação do solo também é evitada. Em outras palavras, a presente invenção também provê com relação a usos e métodos mais amigáveis com o meio ambiente.
[0019] A eficiência melhorada da conversão da alimentação conseguida pelo presente método permite que os animais tratados alcancem qualquer peso desejado, enquanto consumindo menos alimento do que o crescimento dos animais não tratados para o mesmo peso. Além disso, enquanto é praticado o método da presente invenção, nem efeitos colaterais tóxicos ou diminuição do estado geral de saúde devido a bactérias é/são observado(s) nos animais tratados.
[0020] A invenção e suas vantagens serão mais bem compreendidas quando da leitura da descrição não restritiva que se segue das modalidades de preferência da mesma, feitas com referência aos desenhos que a acompanham.
Breve Descrição dos Desenhos
[0021] A Figura 1 é uma fotografia que mostra o padrão de eletroforese sobre gel de campo pulsado do DNA genômico do Xbae digerido de uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli, de preferência, usada de acordo com a presente invenção. A cepa de preferência é a cepa coliPROtec.
[0022] A Figura 2 é um gráfico que exibe a percentagem de ganho de peso em porcos depois do tratamento com as cepas F4+de Escherichia coli.
[0023] A Figura 3 é um gráfico que exibe a percentagem de peso em camundongos depois do tratamento com as cepas F4+de Escherichia coli.
Descrição Detalhada da Invenção
[0024] A originalidade da presente invenção origina-se dos novos usos das cepas F4+ não patogênicas de Escherichia coli.Mais especificamente e de acordo com um primeiro aspecto, a presente invenção refere-se ao uso de uma quantidade efetiva de uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli para promover o crescimento em um animal.
[0025] De acordo com um segundo aspecto, a presente invenção refere-se ao uso de uma quantidade efetiva de uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli para homogeneizar o crescimento no meio de um rebanho de animais.
[0026] De acordo com aspectos relacionados, a presente invenção refere-se a um método para promover o crescimento em um animal e a um método de homogeneizar o crescimento no meio de um rebanho de animais.
[0027] Ambos os métodos compreendem a etapa de alimentar o(s) animal(ais) com uma quantidade efetiva de uma cepa F4+não patogênica de Escherichia coli.
[0028] A cepa usada na presente invenção é caracterizada em que ela expressa o fator de fixação F4, enquanto sendo não patogênica. De acordo com um aspecto de preferência da invenção, a cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli é selecionado a partir do grupo que consiste em coliPROtec (Número de acesso IDAC 210105-01), JG1329, M226, P03-7586(175) ou pMK005. De mais preferência, a presente invenção contempla o uso da cepa coliPROtec e/ou mutantes ou variantes da mesma (ver o Exemplo I para maiores detalhes).
[0029] Na forma usada aqui nesta exposição, os termos “mutantes” e “variantes” da cepa coliPROtec são usados para cepas que tem todas as características de identificação da cepa coliPROtec, como providas no Exemplo I. As cepas mutantes ou variantes podem ser identificadas como tendo um genoma ou parte do mesmo que se hibridiza sob condições de alto rigor ao genoma da cepa coliPROtec.
[0030] De acordo com os aspectos da invenção acima mencionados, a cepa acima descrita é usada em uma “quantidade efetiva”. Pela expressão “quantidade efetiva” será entendida que a quantidade de uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli é a quantidade que irá provocar a resposta biológica de um tecido, sistema ou animal que esteja sendo procurada pelo pesquisador ou veterinário, por exemplo. Em outras palavras, uma tal quantidade efetiva de uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli é a quantidade que seja suficiente para promover o crescimento em um animal, bem como homogeneizar o crescimento no meio de um rebanho de animais.
[0031] Será entendido que uma quantidade efetiva de preferência da cepa contemplada pela presente invenção, e de pelo menos cerca de 5E7unidades de formação de colônia (CFU) e de mais preferência varia a partir de cerca de 5E7 até cerca de 5E9 CFU da cepa de interesse por animal. Por “cerca”, é significado que o valor de CFU da referida cepa pode variar dentro de uma determinada faixa, dependendo da margem de erro do método usado para a avaliação do número de CFU para essa cepa.
[0032] A quantidade efetiva a ser usada pode variar de acordo com uma quantidade de fatores. Por exemplo, o tipo do animal, peso inicial do animal, fase de crescimento do animal, ambiente, isto é, as instalações para o animal, tipo e gerenciamento da produção, estado de higiene das instalações, estresse depois do desmame ou da incubação, ração e suplementos usados, saúde do animal e doenças ou tratamentos concomitantes, porém são fatores para serem levados em conta.
[0033] Como mencionado acima, os objetivos da promoção de crescimento e da homogeneização do crescimento são alcançados em um animal. Como usado aqui, nesta explicação, o termo “animal” se refere a qualquer animal novo ou adulto adequado para ser usado de acordo com a presente invenção, de mais preferência, o termo “animal” se refere a um animal pós-desmame ou pós-incubação.
[0034] Uma vez que, tanto em um animal pós-desmame ou pós- incubação, a alimentação e o cuidado maternal não estão mais disponíveis, os agentes de promoção de crescimento são da máxima importância. Essa questão é especificamente importante, por exemplo, no caso dos animais criados com relação a sua carne.
[0035] No contexto da presente invenção, os animais de preferência a serem usados podem ser qualquer um dos seguintes: animais de fazenda tais como porcos e de mais preferência porcos pós o desmame; aves tais como frangos, patos, gansos, galinhas ou perus, de preferência frangos e de mais preferência frangos para serem assados; gado tal como vacas, novilhos, touros ou bois; animais para caça tais como avestruzes ou bisões; animais domésticos, por exemplo, gatos ou cães; e animais de laboratório, tais como camundongos ou ratos. Por certo, esses animais são caracterizados em que a promoção do crescimento e a homogeneização do crescimento são características desejadas, especificamente quando a produção de carne é o objetivo.
[0036] Em vista do acima, será entendido que os animais podem receber a cepa da invenção durante substancialmente o período total do seu crescimento, ou durante somente uma parte do seu período de crescimento, por exemplo, a parte inicial e/ou o período que leva ao abate.
[0037] De acordo com um aspecto da preferência da invenção, o animal pós-desmame é de preferência um porco, de preferência com a idade de cerca de 10 a 28 dias, no início dos testes. O porco de interesse tem, de mais preferência, 17 dias de idade.
[0038] De acordo com um outro aspecto de preferência da invenção, o animal pós-desmame é de preferência um camundongo, de preferência com a idade de cerca de 18 a cerca de 28 dias, no início dos testes. O camundongo de interesse tem, de mais preferência, 21 dias de idade.
[0039] De acordo com ainda outro aspecto de preferência da invenção, o animal pós-incubação é um frango, de preferência com a idade a partir de cerca de 1 até 7 dias, no início dos testes. O frango de interesse tem de mais preferência um dia de idade. Será entendido que a frase “cerca de 1 dia de idade” significa 24 horas ou menos depois do nascimento o da incubação.
[0040] De acordo com um aspecto de preferência da presente invenção, a quantidade efetiva que pode ser dada aos porcos varia de preferência a partir de 5E7 até 5E9 CFU/porco e é de mais preferência de cerca de 1E9 CFU por porco.
[0041] De açodo com outro aspecto de preferência, a quantidade efetiva que pode ser dada aos frangos varia a partir de cerca de 5E7 até 5E9 CFUZ frango, e é, de mais preferência, 5E8 CFU/frango.
[0042] De acordo com um outro aspecto de preferência, a quantidade efetiva que pode ser dada aos camundongos varia partir de cerca de 5E7 até 5E9 CFU/camundongo, e é, de mais preferência de 5E8 CFU/camundongo
[0043] No contexto específico dos métodos da invenção, a quantidade efetiva da cepa pode ser alimentada ao animal como uma dosagem única ou pode ser dada de acordo com um regime, por meio do qual ela seja efetiva. Pelo termo “alimentando”, deve ser entendido que uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli da invenção é provida ao animal sob tratamento de tal forma que a cepa eventualmente alcance o trato gastrointestinal, e de mais preferência os intestinos.
[0044] Por exemplo, e de acordo com um aspecto de preferência da invenção, a alimentação pode ser feita através da alimentação oral da cepa para o animal de interesse.
[0045] De acordo com um aspecto de preferência da invenção, a cepa é de preferência alimentada para o animal em forma liofilizada. De acordo com um outro aspecto de preferência, a cepa da invenção é diluída ou suspensa em um diluente ou veículo.
[0046] De acordo com a presente invenção, a cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli é usada para “promover o crescimento” em um animal ou para “homogeneizar o crescimento entre um rebanho de animais”. Essas expressões se referem ao uso da cepa de Escherichia coli para aumentar a taxa de crescimento do animal. Em outras palavras, quando do tratamento com a cepa de interesse, o peso do animal aumenta mais rapidamente e de forma mais homogênea quando comparado com as contra partes não tratadas. Mais particularmente, a ex- pressão “homogeneização do crescimento” no contexto da presente invenção se refere a um controle relativo sobre a taxa de crescimento em um rebanho de animais. Este tipo de controle contêm um interesse específico no campo da criação de animais e de produção de carne no qual todos os animais em um determinado grupo devem de forma ideal alcançar o seu pico de crescimento mais rapidamente, em relativamente o mesmo tempo entre o grupo, com quantidades convencionais de ração junto com um agente de promoção de crescimento não tóxico. Quando essas condições são satisfeitas, os custos de alimentação, custos de abate e custos de transporte podem ser todos otimizados.
[0047] Com a finalidade de avaliar a promoção do crescimento e a homogeneização do crescimento, pode ser determinada uma quantidade de parâmetros conhecidos no campo. Mais especificamente, esses parâmetros, avaliados tanto de forma isolada como em combinação, podem englobar: 1- Peso corporal médio (MBW): média dos pesos corporais de um grupo de animais;
[0048] ii- Média diária de ganho de peso (DWG): média do aumento em peso por dia, por grupo de animais, durante um período específico;
[0049] iii- Ingestão de ração (Fl): quantidade de ração ingerida por animal ou por grupo de animais durante um período específico; e
[0050] iv- Taxa de conversão de alimento (FRC): ingestão de ração por animal ou por grupo de animais durante um período específico/ Ganho de peso com relação ao mesmo animal ou grupo de animais durante o mesmo período específico.
[0051] Vantajosamente, a cepa da invenção pode ser usada de forma isolada ou em associação com um veículo de alimentação aceitável. Como usado aqui, nesta explicação, a expressão “veículo de alimentação aceitável” se refere a qualquer veículo, diluente ou excipi- ente que seja compatível com a cepa da invenção e pode ser dado a um animal sem efeitos adversos. Os veículos de ração adequados aceitáveis conhecidos na técnica incluem, porém não estão limitados a, água, solução salina, glicose, dextrose ou soluções compensadas. Um tal veículo é vantajosamente não tóxico com relação à cepa e não prejudicial para o animal. Ele também pode ser biodegradável. Uma pessoa versada na técnica irá saber como selecionar veículos adequados, tais como veículos que não sejam prejudiciais com relação ao ambiente. De preferência, também, este veículo é um veículo de alimentação sólido ou líquido adequado aceitável.
[0052] Um veículo de alimentação sólida aceitável é um veículo que pode ser ingerido, não tóxico. Por exemplo, este veículo de alimentação sólida aceitável pode ser um material de ração sólido tal como o componente de uma dieta animal típica consistindo em produtos de cereal, tais como, farelo de cevada, farelo de milho, ou ração de trigo, produtos de nozes e sementes, tais como torta de amendoim descortiçado ou torta de sementes de algodão, ou torta de sementes de algodão extraído, junto com quantidades menores de, por exemplo, farelo de pena, farelo de algas marinhas, farelo de ossos, giz, uréia e vitaminas; ou ele pode ser um diluente ou veículo inerte sólido sem valor nutritivo, por exemplo, caulim, talco, carbonato de cálcio, greda, argila atapulgita, conchas de ostra trituradas, ou pedra calcárea triturada; ou ele pode ser amido ou lactose.
[0053] Um veículo de alimentação líquido aceitável adequado é, por exemplo, água, e de preferência água potável; leite tal como o leite integral ou leite desnatado; ou um meio de cultura, tal como um caldo de soja e tripsona (TSB).
[0054] Os exemplos que se seguem ilustram a ampla faixa de aplicações potenciais da presente invenção e não estão destinados a limitar o âmbito da mesma. Modificações e variações podem ser feitas nas mesmas sem que se afastem do espírito e do âmbito da invenção. Embora qualquer método e material similar ou equivalente àqueles descritos aqui nesta explicação possam ser usados na prática para testar esta invenção, os métodos e os materiais de preferência estão descritos.
Exemplos Exemplo 1: Descrição da cepa de Escherichia coli (cepa coliPROtec) e os seus clones.
[0055] De acordo com uma característica de preferência da invenção, é usada uma cepa F4+ não patogênica de Escherichia coli (referida a seguir aqui, nesta explicação como a cepa coliPROtec ou a cepa JFF4). A cepa coliPROtec foi depositada no International Depositary Authority of Canadá em 21 de janeiro de 2005, e foi atribuída com o número de acesso IDAC 210105-01.
Origem
[0056] A cepa foi isolada a partir de fezes de um porco sadio no Laboratório de Escherichia coli da Faculdade de medicina veterinária, University of Montreal, Saint-Hyacinthe, Quebec, Canadá. Os animais foram adquiridos de uma fazenda local localizada em Monteregie, Quebec, Canadá.
2. Estabilidade da cepa
[0057] A expressão das fímbrias da F4, uma proteína imunogêni- ca, da cepa coliPROtec, foi estabilizada com a utilização de passagens in vitro.Três (3) fermentações de 10L consecutivas foram feitas. Depois de cada fermentação, a cultura foi inoculada em ágar e 10 colônias foram testadas com relação à expressão da fimbria F4 com a utilização de um teste de aglutinação em deslizamento. As bactérias das colônias de F4+ foram juntadas e usadas para a fermentação consecutiva. A cepa foi em seguida congelada em caldo de soja tripsona (TSB) suplementado com 20% de glicerol. Depois do descongelamento, a expressão de F4 da cepa não era totalmente estável e diversas fermentações consecutivas (aproximadamente 10) foram necessárias para ser obtida uma cepa estável. A cepa estável foi secada por congelamento depois de aproximadamente 15 passagens a partir do porco. Essa cultura secada por congelamento foi usada para a produção da Semente Máster da coliPROtec.
3. Análise bioquímica.
[0058] Foi feita uma identificação da cepa com a utilização do sistema API. O código de identificação 5544572 obtido foi referido como cepa de Escherichia coli.
4. Tipificação do vírus
[0059] A tipificação do vírus da cepa coliPROtec foi feita através de hibridização de colônia e/ou reação em cadeia de polimerase (PCR). Os resultados da tipificação de vírus mostraram que a cepa coliPROtec foi positiva para F4 enquanto que ela foi negativa para as seguintes toxinas:
[0060] LT, STa, STb, STaH, Stx1, Stx2, VT2vp1, VT2vh, Aero, Tsh, CDT3, CDT4, CNF1, CNF2, HlyA, HlyC, Ehx, Eastl.
[0061] Além disso, a cepa coliPROtec também foi negativa para as seguintes adesinas ou adesinas putativas:
[0062] F5, F6, F18, F41, F17, P fimbriae, AIDA, AFA, SFA, CS31a, daaE, Paa, aggR, ARF/1, Eae, CFAI, CFAII(CSIcoo), CFAII(CS3cst).
5. Identificação do DNA
[0063] A cepa coliPROtec foi caracterizada com a utilização de eletroforese sobre gel por campo de pulso (Figura 1).
[0064] Os clones específicos da cepa, para os quais a expressão da fimbria F4 foram estáveis depois da fermentação, foram selecionados em seguida a repetidas passagens in vitro.
6. Tabela de Sumário e Folha de Dados
[0065] As cepas usadas nos experimentos que se seguem estão descritas em detalhe nas seguintes Tabela 1 e Folha de Dados.
[0066] Cepas F4 de Escherichia coli não patogênicas tipo natural
Figure img0001
[0067] Cepa F4+ não patogênica recombinante de Escherichia coli
Figure img0002
[0068] Cepa F4-negativa não patogênica de Escherichia coli
Figure img0003
Figure img0004
Exemplo II: PORCOS DESMAMADOS
[0069] Efeitos das cepas F4+ não patológicas de Escherichia coli, em forma oral sobre o crescimento de porcos.
A - Efeito da coliPROtec sobre o ganho de peso em porcos desmamados Cepa da Escherichia coli:
[0070] A cepa coliPROtec viva F4+ não patogênica da Escherichia coli suspensa em TBS foi alimentada oralmente para porcos desmamados. A cepa está descrita no Exemplo 1.
Experimentos 2.1 Animais
[0071] Cinco (5) testes foram realizados com relação a um total de 45 porcos tratados e 45 porcos não tratados. Esses porcos vieram de fazendas comerciais diferentes.
2.2 Testes
[0072] Os testes foram realizados na the Faculté de médicine vété- rinaire, Université de Montréal, sob o seguinte programa. 2.2.1 Grupos de teste
Figure img0005
2.2.2 Programa dos Testes
Figure img0006
2.2.3 Parâmetros de avaliação
[0073] Nos presentes ensaios, os parâmetros avaliados foram o peso e o ganho de peso diário dos porcos desmamados nos dias 5 e 20 nos Grupos 1 e 2.
3. Resultados
[0074] Durante os estudos e inocuidade da cepa coliPROtec, foi observado um efeito positivo do produto sobre o ganho de peso dos animais. Como mostrado nas Tabelas 2 e 3, os porcos tratados com somente uma dose oral da coliPROtec no início do período após o desmame tiveram um ganho de peso diário mais alto por 53 g quando comparados com os animais não tratados. Especificamente, 2 semanas depois do tratamento, os porcos tratados eram 849 g mais pesados do que os porcos não tratados. Tabela 2: Peso dos animais
Figure img0007
Tabela 3: Ganho diário de peso
Figure img0008
4. Análise e conclusão
[0075] No dia 5 após o desmame, administrando a coliPROtec, o peso dos Grupos 1 e 2 (não tratados e tratados com coliPROtec) não foi estatisticamente diferente. No entanto, no dia 20 após o desmame (15 dias depois do tratamento), os animais tratados eram 849 gramas mais pesados e demonstraram um ganho diário de peso de 53 g a mais do que os animais não tratados. Essas diferenças foram estatisticamente significativas.
[0076] É de ser notado que, os promotores de crescimento antibióticos convencionais geralmente aumentam o ganho de peso por 3,3 até 8,8% (Doyle ME, April 2001, Alternatives to antibiotic use for growth promotion in animal husbandry. Food Research Institute Briefings, University of Wisconsin-Madison, Madison, Wl 53706). Como demonstrado aqui nesta exposição, a cepa coliPROtec aumentou o ganho diário de peso por 11% durante as duas semanas em seguida a dose única.
B - Efeitos das cepas vivas F4+ não patogênicas da Escherichia coli, em forma oral sobre o crescimento de porcos desmamados. Cepas de Escherichia coli
[0077] As cepas usadas estão descritas no Exemplo 1.
2. Experimentos 2.1 Animais
[0078] Quarenta e nove (49) porcos desmamados com 17 dias de idade, originários de uma fazenda de porcos limpa, convencional, foram usados nos presentes experimentos. Esses leitões tinham um peso corporal, de 5 + 1 kg.
2.2 Testes. 2.2.1 Grupos em teste
[0079] No desmame, os porcos foram transferidos para as instalações para animais, alojamentos de contenção, Laboratoire d’Hygiène Vétérinaire et Alimentaire, Saint-Hyacinthe, Quebec, Canadá. As analises de laboratório foram feitas no EcL Laboratory, FMV, Saint- Hyacinthe, Quebec, Canadá.
Figure img0009
2.2.2 Programa dos Testes.
Figure img0010
2.2.3 Parâmetros de avaliação.
[0080] Durante os testes os porcos tiveram acesso ad libituma alimento e água. Eles foram observados duas vezes por dia com relação à saúde geral e a presença de diarréia. A partir do dia 0 até o dia 14, os porcos foram alimentados com uma ração inicial comercial contendo 23% de proteína sem a adição de óxido de zinco ou antibióticos. Durante os últimos 3 dias, a ração continha 19% de proteína.
3. Resultados 3.1 Estado dos porcos com relação à Echerichia coli e ETEC patogênicas.
[0081] No início do teste, portanto antes do tratamento, alguns porcos de todos os grupos foram colonizados por uma cepa F4+ possuindo a toxina STb (Tabela 4). Todos os porcos do grupo de controle (Grupo 1) e do grupo tratado com a cepa F4“ da Escherichia coli (Gru- po 2) foram colonizados por essa cepa F4:STb no dia 9 (tabela 5). Embora esta cepa (O45:F4:STb) não seja uma cepa ETEC usual ocasionando diarréia após o desmame em porcos, não pode ser excluído que ela é patogênica. No entanto, nenhum animal demonstrou sinais clínicos associados com a diarreia pós-desmame durante o teste.
[0082] Uma vez que ambos os grupos de controle foram colonizados por essa cepa F4+, é difícil avaliar o efeito das cepas F4+ testadas no desempenho do crescimento do animal. Tabela 4: Identificação do estado dos porcos com relação à excreção da cepa F4+da Escherichia coli antes do tratamento (Dia 1: análise por PCR nas fezes).
Figure img0011
*1: Tratamento Grupo: 1; controle, Grupo 2 ; Cepa F4-negativa de Escherichia coli nos dias 1 e 4, Grupos 3 até 7; Cepas F4+ nos dias 1 e 4. Tabela 5: Identificação do estado dos porcos com relação a excreção das cepas F4+de Escherichia coli durante o teste. Número de porcos com fezes positivas com relação a F4
Figure img0012
Figure img0013
*1: Tratamento Grupo: 1; controle, Grupo 2; Cepa F4-negativas Escherichia coli nos dias 1 e 4, Grupos 3 até 7; Cepas F4-positivas nos dias 1 e 4.
3.2 Avaliação da saúde geral e da diarreia.
[0083] Todos os animais estavam com boa saúde durante o teste. Alguns animais dos grupos 2, 3, 4, 6 e 7 apresentaram diarreia suave, porém somente durante um dia. 3.3 Avaliação do desempenho de crescimento Tabela 6: Peso dos porcos depois do tratamento com as cepas F4+ de Escherichia coli.
Figure img0014
*1: Tratamento Grupo: 1; controle, Grupo 2; Cepa F4-negativas Escherichia coli nos dias 1 e 4, Grupos 3 até 7; Cepas F4-positivas nos dias 1 e 4.
[0084] O modelo linear com medições repetidas, usando o dia como o fator dentro do sujeito e o grupo como o fator entre o sujeito, não mostrou o efeito do tratamento com relação do crescimento dos porcos (p = 0,90). A análise post hoc checou com relação a diferenças entre cada um dos grupos tratados (grupos de 2 a 7) e o grupo de controle (grupo 1) em cada dia (Tabela 6). O peso foi significativamente mais alto para o grupo 7, comparado com o grupo de controle, no dia 9 somente (p = 0,045). Outras diferenças em peso não foram significativas.
[0085] Não obstante, os Grupos 3 e 7 tratados com a JFF4 e as cepas recombinantes, respectivamente, tiveram um peso mais alto nos dias 4 e 9, porém os pesos foram em seguida mais similares entre os grupos (Tabela 6). Durante o primeiro período do teste (dias 0 a 4) os grupos 3 e 7 tiveram uma percentagem de ganho de peso de 18 e 15% respectivamente, comparado com 11% para ambos os grupos de controle (Grupos 1 e 2; Figura 2). O baixo ganho de peso observado para o grupo 4 durante o primeiro período foi atribuído a 3 porcos que perderam peso.
[0086] Durante o segundo período (dias de 4 a 9) os grupos 2, 4, 6 e 7 tiveram uma percentagem mais elevada de ganho de peso do que aquela do grupo não tratado (grupo 1). A percentagem de ganho de peso foi mais homogênea durante o terceiro período (dias 9 a 14) e foi mais elevada para os grupos 2 e 3 do que para o grupo 1, durante o último período.
Exemplo III: FRANGOS PARA ASSAR EM GRELHA
[0087] Efeitos de cepas vivas F4+ não patogênicas de Escherichia coli, em forma oral sobre o crescimento de frangos para assar.
Cepas de Escherichia coli.
[0088] As cepas usadas estão descritas no Exemplo 1.
2. Experimentos 2.1 Animais
[0089] Sessenta e três (63) frangos para assar Cobbs de 1 dia de idade, originários de uma fazenda de frangos limpa, convencional. Depois da incubação, os frangos foram transferidos para as instalações para animais.
2.2 Testes 2.2.1 Grupos para teste
[0090] Na incubação, os frangos foram transferidos para dentro das instalações para animais, em compartimentos fechados, na Facul- té de médecine vétérinaire, Saint-Hyacinthe, Quebec, Canadá. As analises de laboratório foram realizadas no EcL Laboratory, FMV, Saint-Hyacinthe, Quebec, Canadá.
Figure img0015
2.2.2 Programa de testes
Figure img0016
Figure img0017
2,2.3 - Parâmetros avaliados
[0091] Peso corporal médio (MBW), Média diária de ganho de peso (DWG); ingestão de ração (Fl) e proporção de conversão de alimento (FCR), foram todos avaliados nos presentes testes.
[0092] Durante os testes os frangos tiveram acesso ad libitum a alimento e água. Eles foram observados duas vezes por dia com relação a saúde geral e a presença de diarreia. A partir do dia 0 até o dia 44, os frangos foram alimentados com uma ração inicial comercial padrão para frangos (sem antibióticos). A partir do dia 24 até o dia 28 eles receberam uma ração padrão comercial de desenvolvimento (sem antibióticos).
3. Resultados 3.1 Estado dos frangos com relação à ETEC patogênico e Escherichia coli.
[0093] Nenhuma amostra fecal foi positiva para F4, STa, STb ou LT no dia 0, antes do tratamento. A excreção fecal da Escherichia coli F4+ foi detectada nos grupos tratados (grupos de 3 a 7) nos dias 2 e 4, porém não em seguida.
3.2 Avaliações de saúde geral e de diarreia.
[0094] Os animais estavam em boa saúde durante o teste e não foi observada nenhuma diarréia. Três (3) animais do grupo 7 foram eutanizados nos dias 23 ou 24 devido ao seu estado de saúde geral em deterioração. Nenhum sinal clínico gastrointestinal foi observado nesses frangos. Os relatórios de necropsia do departamento de Patologia (Faculté de médecine vétérinaire, Saint-Hyacinthe, Quebec, Canadá) revelaram que esses frangos morreram a partir da síndrome de ascites, uma doença freqüente, não infecciosa, geralmente associada com insuficiência cardíaca em frangos para assar. 3.3 Avaliações da performance de crescimento. Tabela 7: Peso dos frangos depois do tratamento com cepas F4+ de Escherichia coli.
Figure img0018
*1: Tratamento: Grupo 1; controle, Grupo 2; cepa F4 negativa de Es-cherichia coli nos dias 1 e 4. Grupos de 3 a 7; Cepas F4 positivas nos dias 1 e 4. *2: Os três animais eutanizados foram excluídos. Tabela 8: Ganho diário de peso de frangos depois do tratamento com cepas F4+de Escherichia coli.
Figure img0019
*1: Tratamento: Grupo 1; controle, Grupo 2; cepa F4 negativa da Es-cherichia coli nos dias 1 e 4. Grupos de 3 a 7; Cepas F4 positivas nos dias 1 e 4. *2: Os três animais eutanizados foram excluídos.
[0095] Cepa JFF4: O MBW do grupo 3, tratado com a cepa JJF4, foi mais alto do que para o grupo não tratado (grupo 1) e do grupo tratado com a cepa F4 negativa (grupo 2) nos dias 9, 14, 18 (Tabela 7). O DWG do grupo tratado com a cepa JFF4 foi mais alto do que para ambos os grupos de controle (grupos 1 e 2) durante os dias em seguida ao segundo tratamento (período entre os dias 4 e 9) e durante o quarto período (dias 14 a 18; Tabela 8).
[0096] Outras cepas F4+: O MBW dos grupos 5, 6 e 7 foi mais alto do que aquele de ambos os grupos de controle (grupos 1 e 2) nos dias 6, 14, 18 e 23. Em contraste, ele foi mais elevado no dia 9 para o grupo 4 (Tabela 7).
[0097] Os DWG de todos os grupos tratados com as cepas F4+ foi mais alto do que aquele para ambos os grupos de controle durante os dias que se seguiram ao tratamento (dias 4 a 8) e durante o quarto período (dias 14 a 18) para o grupo 5 (Tabela 8).
Cepa F4 negativa:
[0098] Os MBW e DWG foram similares ou mais baixos com relação ao agrupo tratado com a cepa F4 negativa do que com relação aos grupos não tratados.
[0099] O modelo linear com medições repetidas, usando o dia como o fator dentro do sujeito e o grupo como o fator entre o sujeito, não mostrou o efeito do tratamento com relação do crescimento dos frangos (p = 0,97). Foi feita a análise post hocpara conferir as diferenças entre cada um dos grupos tratados (grupos de 2 a 7) e o grupo não tratado (grupo 1) em cada dia (Tabela 6). O peso não foi diferente significativamente entre cada grupo tratado e o grupo não tratado em cada dia. As diferenças observadas na analise descritiva não foram significativas provavelmente devido a uma variabilidade mais alta do que a esperada com relação ao peso dos frangos em cada grupo, especifi-camente com relação ao grupo não tratado. 3.4 Ingestão de ração (Fl) Tabela 9: Ingestão de ração (período de 24 horas) dos frangos depois do tratamento com as cepas F4+de Escherichia coli.
Figure img0020
*1: Tratamento: Grupo 1; controle, Grupo 2; cepa F4 negativa da Escherichia coli nos dias 1 e 4. *2: Dois animais eutanizados (n = 7 no lugar de 9).
[00100] Cepa JFF4: A FI do grupo 3 (JFF4) foi mais baixa do que aquelas de ambos, o grupo não tratado (grupo 1) e o grupo tratado com a cepa F4 negativa (grupo 2) nos dias 2 e 17 (Tabela 9).
[00101] Outras cepas F4+: A FI foi mais baixa do que aquelas de ambos os grupos de controle (grupos 1 e 2) somente com relação ao grupo 4 (dias 2, 9, 17) e para o grupo 6 (dia 17).
[00102] Cepa negativa F4: A FI do grupo tratado com uma cepa F4 negativa foi mais baixa do que aquela do grupo não tratado (grupo 1) nos dias 9, 17 e 24.
[00103] Um modelo linear não mostrou nenhum efeito do tratamento sobre o consumo de ração dos frangos (p = 0,77). 3.5 Proporção da conversão de ração (FRC) Tabela 10: Proporção da conversão de alimento dos frangos depois do tratamento comas cepas F4+da Escherichia coli.
Figure img0021
* 1: Dia 2; total de DWG do grupo entre os dias 0 e 4/FI no Dia 2, Dia 9; total de DWG do grupo entre os dias 4 e 14/ Fl no Dia 9; Dia 17; total de DWG do grupo entre os dias 14 e 23/ Fl no Dia 17, Dia 24; total de DWG do grupo entre os dias 18 e 28/ Fl no Dia 24. * 2: Tratamento: Grupo 1; controle, Grupo 2; cepa F4 negativa da Es-cherichia coli nos dias 1 e 4, Grupos 3 a 7; cepas f4 positivas nos dias 1 e 4. * 3: Doía animais eutanizados (n = 7 no lugar de 9)
[00104] Cepa JFF4: A FCR do grupo 3 (JFF4), foi mais baixa do que aquela de ambos, o grupo não tratado (grupo 1) e o grupo tratado com a cepa F4 negativa (grupo 2) nos dias 2, e 17 (Tabela 10), similarmente a Fl (Tabela 9). Esta proporção foi mais baixa do que aquela do grupo não tratado, somente no dia 9.
[00105] Outras cepas F4+: A FCR foi mais baixa do que aquelas de ambos os grupos de controle (grupos 1 e 2) com relação ao grupo 7 (dia 2), grupos 3 e 4 (dias 9 e 17), e grupos 3 e 6 (dia 17; tabela 4).
[00106] Cepa negativa F4: A FCR do grupo tratado com uma cepa F4 negativa foi mais baixa do que aquela do grupo não tratado (grupo 1. somente no dia 17.
[00107] Um modelo linear não mostrou nenhum efeito do tratamento sobre a proporção de conversão de alimento dos frangos (p = 0,68).
4. Análise e conclusão
[00108] Os resultados demonstram que as cepas F4+ não patogênicas da E. coli, incluindo a cepa JFF4, aumentam, a desempenho de crescimento de frangos. O desempenho de crescimento foi afetado de forma positiva, especialmente com relação aos dias que se seguiram imediatamente o segundo tratamento, o DWG sendo mais elevado para todos os grupos tratados do que para o grupo não tratado, durante os dias 4 a 9. Duas cepas F4+, incluindo a cepa JFF4, também tiveram um DWG mais elevado do que ambos os grupos de controle durante os dias 14 e 18. O aumento no desempenho de crescimento durante os dias imediatamente em seguida aos tratamentos (dias 4 a 9) resultaram em um peso mais alto para os grupos tratados com as cepas F4+ do que para ambos os grupos de controle até o dia 18, ou para alguns grupos, dia 23.
[00109] O DWG mais elevado, observado durante o curto período depois do tratamento afetou de forma positiva o MBW dos grupos tratados até os dias 18 ou 23, dependendo da cepa. O peso maior dos grupos tratados não estava associado com uma ingestão mais alta de alimento. Além do mais, a Fl foi algumas vezes mais baixa com relação aos grupos tratados do que para os grupos não tratados, abaixando desse modo a proporção de conversão de alimento.
[00110] Esse efeito no desempenho de crescimento está associado com o determinante F4 ou com as cepas que expressam o determinante F4 uma vez que o grupo tratado com a cepa F4 negativa da Escherichia coli não exibiu esse efeito e teve um desempenho de crescimento similar com relação ao grupo não tratado.
Exemplo IV: CAMUNDONGOS DESMAMADOS
[00111] Efeitos de cepas vivas F4+ não patogênicas de Escherichia coli, em forma oral sobre o crescimento de camundongos desmamados.
Cepas de Escherichia coli.
[00112] As cepas usadas estão descritas no Exemplo 1.
2. Experimentos 2.1 Animais
[00113] Setenta (70) camundongos desmamados sadios com 21 dias de idade. Na ocasião do desmame os camundongos foram transferidos para as instalações para animais.
2.2 . Testes 2.2.1 Grupos de teste
[00114] Na ocasião do desmame os camundongos foram transferidos para as instalações para animais, alojamentos contidos, Laboratoi- re d’Hygiène Vétérinaire et Alimentaire, Saint-Hyacinthe, Quebec, Canadá. Os testes também foram realizados no EcL Laboratory, FMV, Saint-Hyacinthe, Quebec, Canadá.
Figure img0022
2.2.2 Programa dos testes
Figure img0023
Variáveis avaliadas: Média de ganho de peso corporal (MBW), ingestão de ração (Fl) e proporção de conversão de alimento (FCR).
[00115] Durante o teste, os camundongos tiveram acesso ad libitum a ração e água. Eles foram observados duas vezes por dia com relação a saúde geral e a presença de diarréia.
3. Resultados 3.1 Estado dos camundongos com relação a ETEC patogênica e Es-cherichia coli F4+.
[00116] Nenhuma amostra fecal foi positiva para F4, STa, STb ou LT no dia 0, antes do tratamento. A F4 foi identificada nas fezes dos grupos 3, 4, 5 e 7 no dia depois do primeiro e/ou até 10 dias depois do segundo tratamento com as cepas F4+. Nenhum STa, STb ou LT foi detectado em qualquer tempo durante o experimento.
3.2 Avaliações de saúde geral e de diarréia.
[00117] Os animais estavam em boa saúde durante o teste e não foi observada nenhuma diarréia.
3.3 Avaliações da performance de crescimento.
[00118] Tabela 11: Peso corporal médio dos camundongos depois do tratamento com cepas F4+ de Escherichia coli.
Figure img0024
*1 Tratamento: Grupo 1; controle, Grupo 2; Cepa F4 negativa de Es-cherichia coli nos dias 1 e 4, Grupos 3 a 7, Cepas positivas F4 nos dias 1 e 4.
[00119] Não foi observada diferença em peso corporal entre os grupos. O modelo linear com medições repetidas, usando o dia como o fator dentro do sujeito e o grupo como o fator entre o sujeito, não mostrou nenhum efeito do tratamento com relação do crescimento dos camundongos (p = 0,99). A análise post hocchecou com relação as diferenças entre cada grupo tratado (grupos de 2 a 7) e o grupo de controle (grupo 1) em cada dia. O peso não foi diferente entre cada grupo tratado e o grupo de controle em cada dia.
[00120] As percentagens de ganho de peso de todos os grupos foram similares durante o período do teste de 28 dias. Por outro lado, os grupos 1,2 e 3 tiveram um aumento ligeiramente maior, somente no dia 4 (Figura 3). 3.4 Ingestão de ração (Fl) Tabela 12: Ingestão de ração dos camundongos depois do tratamento com as cepas F4+de Escherichia coli.
Figure img0025
Figure img0026
*1: Tratamento: Grupo 1; controle, Grupo 2; cepa F4 negativa da Es-cherichia coli nos dias 1 e 4, Grupos 3 a 7; Cepas F4+ nos dias 1 e 4.
[00121] Cepa JFF4: A Fl do grupo 3 (JFF4) foi mais baixa do que aquelas de ambos, o grupo não tratado (grupo 1) e o grupo tratado com a cepa F4 negativa (grupo 2) nos dias 4 e 9, logo depois do tratamento. No entanto, ela foi mais baixa do que aquela do grupo não tratado, porém similar aquela do grupo tratado com a cepa F4 negativa durante a maioria dos períodos seguintes, exceto nos dias 14 a 18 (Tabela 12).
[00122] Outras cepas F4+: A Fl de todas as outras cepas F4+ foi mais baixa do que aquelas de ambos os grupos de controle (grupos 1 e 2) durante o período dos dias 4 a 9, logo depois do tratamento (Tabela 12). A seguir a Fl variou, dependendo da cepa (Tabela 12).
[00123] Cepa negativa F4: A Fl do grupo tratado com uma cepa F4 negativa (grupo 2) foi similar aquela observada com relação ao grupo não tratado (grupo 1) até o dia 9, e foi em seguida mais baixa do que esta última. Desse modo, a redução da Fl com relação ao grupo 2 foi observada mais tarde depois do tratamento do que com relação ao grupo tratado com as cepas F4+.
[00124] O modelo mostrou um efeito significativo do tratamento sobre a ingestão de ração ( p < 0,0001). O teste de Dunett post hocmostrou que o consumo de ração foi significativamente mais alto com relação ao grupo de controle (Grupo 1) do que para os grupos 2, 3, 4 e 7, tratados com as cepas 862, JFF4, JG1329 e pmK005, respectivamente (Tabela 12). Para esses grupos, os camundongos ingeriram menos ração para alcançar o mesmo peso. 3.5 Proporção de conversão de alimento (FCR) Tabela 13: Ingestão de ração dos camundongos depois do tratamento com as cepas F4+da Escherichia coli.
Figure img0027
*1: Tratamento: Grupo 1; controle, Grupo 2; Cepa F4-negativas Escherichia coli nos dias 1 e 4, Grupos 3 até 7; Cepas F4-positivas nos dias 1 e 4.
[00125] Embora a diferença não tenha sido significativa, a FCR para o grupo tratado com JFF4 foi mais baixa do que aquela de qualquer outro grupo em tratamento para os dias 0 a 14. Em seguida, a FCR foi mais variável entre os grupos. O modelo linear não mostrou nenhum efeito significativo do tratamento com relação a FCR.
4. Análise e conclusão
[00126] O efeito das cepas F4+ da Escherichia coli cobre o crescimento parece ser menos importante do que aquele observado com relação aos porcos e frangos. Não obstante, foi observado um efeito sobre a FI e a FCR, especificamente durante a fase de crescimento dos camundongos (primeiros 14 dias). Uma vez que os camundongos CD-1 não foram selecionados geneticamente com relação ao desem penho de crescimento, como foi o caso para os frangos e porcos usados nos presentes estudos, é possível que os camundongos alcançassem rapidamente o ganho máximo de peso e que houve desse modo um âmbito pequeno para que as F4+ influenciassem o ganho de peso, afetando dessa forma somente a ingestão de ração.
[00127] Bernardeau et al., informaram que o efeito da promoção de crescimento de Lactobacilli não foi observada em camundongos super alimentados com dietas convencionais enriquecidas enquanto que o impacto da administração probiótica foi acentuado em camundongos alimentados com uma dieta subpadrão (tal como uma baseada em cevada). Referências Arnold S., Gassner B., Giger T. and Zwahlen R. Banning antimicrobial growth promoters in feedstuffs does not result in increased therapeutic use of antibiotics in medicated feed in pig farming. Pharmacoepidemiology and Drug Safety 2004; 13: 323-331. Wegener HC, Aarestrup FM, Bogo Jensen L, Hammerum AM and Bager F. Use of antimicrobial growth promoters in food animals and Enterococcus faecium resistance to therapeutic antimicrobial drugs in Europe. Emerging Infectious Diseases 1999; 5 (3): 329-335. Schwarz S, Kehrenberg C and Walsh TR. Use of antimicrobial agents in veterinary medicine and food animal production. International Journal of Antimicrobial Agents 2001; 17: 431-437. Bernardeau M, Vernoux JP and Gueguen M. Safety and efficacy of probiotic lactobacilli in promoting growth in post-weaning Swiss mice. International Journal of Food Microbiology 2002; 77 (1-2): 19-27.

Claims (29)

1. Uso de uma cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli,caracterizado pelo fato de ser para promover crescimento de um animal.
2. Uso de uma cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli,caracterizado pelo fato de ser para homogeneizar crescimento dentre um rebanho de animais.
3. Uso de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizado pelo fato de que a referida cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli está associada com um veículo de alimentação.
4. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 3, caracterizado pelo fato de que a cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli é usada em uma quantidade de pelo menos 5E7 CFU por animal.
5. Uso de acordo com a reivindicação 4, caracterizado pelo fato de que a quantidade varia de 5E7 até 5E9 CFU da cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli por animal.
6. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizado pelo fato de que a cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli consiste na cepa F4+ não patogênica da Escherichia co//depositada na International Depository Authority of Canadá (IDAC) em 21 de janeiro de 2005 sob o número de acesso IDAC 210105-01, mutantes ou variantes da mesma.
7. Uso de acordo com qualquer uma das reivindicações de 1 a 6, caracterizado pelo fato de que o animal(ais) é(são) selecionado(s) a partir do grupo que consiste em um animal pós- desmame e um animal pós-incubação.
8. Uso de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o animal pós-desmame tem uma idade de 10 até 28 dias de idade.
9. Uso de acordo com a reivindicação 7, caracterizado pelo fato de que o animal pós-incubação tem uma idade de 1 até 7 dias de idade.
10. Uso de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizado pelo fato de que o animal pós-desmame é um porco.
11. Uso de acordo com a reivindicação 7 ou 8, caracterizado pelo fato de que o animal pós-desmame é um camundongo.
12. Uso de acordo com a reivindicação 7 ou 9, caracterizado pelo fato de que o animal pós-incubação é uma ave doméstica.
13. Uso de acordo com a reivindicação 12, caracterizado pelo fato de que a ave doméstica é um frango.
14. Método para promover o crescimento de um animal, caracterizado pelo fato de que compreende a etapa de alimentar o referido animal com uma cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli, em que a cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli está em associação com um veículo de alimentação líquido ou sólido.
15. Método para homogeneizar crescimento dentre um rebanho de animais, caracterizado pelo fato de que compreende a etapa de alimentar os referidos animais com uma cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli, em que a cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli está em associação com um veículo de alimentação líquido ou sólido.
16. Método de acordo com a reivindicação 14 ou 15, caracterizado pelo fato de que o animal é alimentado oralmente.
17. Método de acordo com a reivindicação 14 ou 15, caracterizado pelo fato de que o veículo de alimentação sólido é um material de alimentação sólido.
18. Método de acordo com a reivindicação 14 ou 15, caracterizado pelo fato de que o veículo de alimentação líquido é água.
19. Método de acordo com a reivindicação 14 ou 15, caracterizado pelo fato de que o veículo de alimentação líquido é leite.
20. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações de 14 a 19, caracterizado pelo fato de que a etapa de alimentar os referidos animais compreende alimentá-los com uma quantidade de cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli de pelo menos 5E7 CFU por animal.
21. Método de acordo com a reivindicação 20, caracterizado pelo fato de que a quantidade varia de 5E7 até 5E9 CFU da cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli por animal.
22. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações de 14 a 21, caracterizado pelo fato de que a cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli consiste na cepa F4+ não patogênica da Escherichia coli depositada na International Depository Authority of Canada (IDAC) em 21 de janeiro de 2005 sob o número de acesso IDAC 210105-01, mutantes ou variantes da mesma.
23. Método de acordo com qualquer uma das reivindicações de 14 a 22, caracterizado pelo fato de que o animal é selecionado a partir do grupo que consiste em um animal pós- desmame e um animal pós-incubação.
24. Método de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo fato de que o animal pós-desmame tem uma idade de 10 até 28 dias de idade.
25. Método de acordo com a reivindicação 23, caracterizado pelo fato de que o animal pós-incubação tem uma idade de 1 até 7 dias de idade.
26. Método de acordo com a reivindicação 23 ou 24, caracterizado pelo fato de que o animal pós-desmame é um porco.
27. Método de acordo com a reivindicação 23 ou 24, caracterizado pelo fato de que o animal pós-desmame é um camundongo.
28. Método de acordo com a reivindicação 23 ou 25, caracterizado pelo fato de que o animal pós-incubação é uma ave doméstica.
29. Método de acordo com a reivindicação 28, caracterizado pelo fato de que a ave doméstica é um frango.
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