BRPI0002033B1 - Lente oftalmica multifocal progressiva - Google Patents

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BRPI0002033B1 BRPI0002033-8A BR0002033A BRPI0002033B1 BR PI0002033 B1 BRPI0002033 B1 BR PI0002033B1 BR 0002033 A BR0002033 A BR 0002033A BR PI0002033 B1 BRPI0002033 B1 BR PI0002033B1
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Description

LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA
Fundamentos da Invenção [001] A presente invenção refere-se a lentes oftálmicas multifocais progressivas. Essas lentes são bem conhecidas; elas são apropriadas para a correção de usuários de óculos para presbiopia, e consequentemente proporcionam uma potência óptica que é diferente entre a visão de perto e a visão de longe, quando são montadas em uma armação. [002] As lentes oftálmicas progressivas compreendem convencionalmente uma região de visão de longe, uma região de visão de perto, uma região de visão intermediária, e um meridiano principal de progressão que passa através dessas três regiões. O pedido de depósito de patente de invenção francês 2.699.294 ao qual pode ser feita referência para maiores detalhes, discute, em sua introdução, os vários elementos de uma lente oftálmica multifocal progressiva, juntamente com o trabalho realizado pela requerente com a finalidade de melhorar o conforto dos usuários de tais lentes. Resumidamente, a parte superior da lente é chamada de região de visão de longe e é usada pelo usuário dos óculos para a visão de longe. A parte inferior da lente é a região de visão de perto que o usuário dos óculos usa para o trabalho de perto, por exemplo, para a leitura. A região que se estende entre essas duas últimas regiões é chamada de região de visão intermediária. [003] Na prática, as lentes multifocais progressivas compreendem normalmente uma face asférica, e uma face que é esférica ou tórica, a qual é usinada para adaptar a lente à prescrição do usuário. Consequentemente, é normal caracterizar uma lente multifocal progressiva pelos parâmetros de superfície da superfície asférica, especificamente uma esfera média S e um cilindro, em cada um de seus pontos. [004] A esfera média S é definida pela seguinte fórmula: na qual Ri e R2 são os raios de curvatura mínimo e máximo, expressos em metros, e n é o índice de refração do material da lente. [005] O cilindro é fornecido, utilizando-se as mesmas convenções, pela fórmula: [006] Agora o aumento de potência é chamada de diferença na esfera média entre um ponto de referência na região de visão de longe e um ponto de referência na região de visão de perto. Esses dois pontos de referência são escolhidos geralmente de modo a ficarem no meridiano principal de progressão. [007] O meridiano principal de progressão é uma linha que é definida geralmente como sendo a interseção da superfície asférica da lente e do olhar do usuário quando este último olha direto para a frente, a várias distâncias. O meridiano principal de progressão é normalmente uma linha umbilical, em outras palavras uma linha em relação à qual todos os pontos têm o cilindro igual a zero. [008] A requerente também propôs, a fim de melhor satisfazer os requisitos visuais de usuários de óculos para presbiopia e melhorar o conforto de lentes multifocais progressivas, a adaptação da forma do meridiano principal de progressão, em função do aumento de potência, e a este respeito vide o pedido de depósito de patente de invenção francês 2.683.642. [009] As lentes multifocais progressivas existentes podem ser mais aperfeiçoadas, principalmente aquelas que têm um aumento de potência elevada. Para tais lentes, os valores do cilindro alcançam níveis elevados em vista do aumento na potência da lente. Isto leva a perturbações para a visão dinâmica e a uma redução na largura da região de visão intermediária e na região de visão de perto. Isto é mais perturbador quando se leva em considera que, para prescrições de aumento de potência superiores a 2,50, o usuário não dispõe mais de acomodação da objetiva. Nesses casos, é consequentemente melhor proporcionar ao usuário dos óculos o aumento de potência que ele ou ela necessita para uma visão apurada na visão de perto juntamente com campos visuais amplos e acessíveis para a visão de perto e intermediária. [010] Vantajosamente, a região de visão de perto também é suficientemente elevada para assegurar que o usuário desfrute de um conforto ótimo. [011] Nos pedidos de depósito de patente de invenção franceses 2.683.642 e 2.683.643, a requerente já propôs aperfeiçoamentos que consistem na variação da forma do meridiano como uma função do aumento de potência e, consequentemente, da idade do usuário. O deslocamento lateral, no lado nasal, do ponto de referência de visão de perto, leva em consideração o movimento de aproximação do plano de leitura à medida que a idade do usuário aumenta. [012] A requerente também propôs a variação da posição do ponto de referência de visão de perto não somente como uma função do aumento de potência, mas também em função de ametropia, ao se levar em consideração os efeitos prismáticos. [013] No pedido de depósito de patente de invenção francês 2.753.805, a requerente apresentou um outro aperfeiçoamento para determinar o meridiano. Um método que emprega o traçado do raio torna possível a determinação do meridiano, ao se levar em consideração o movimento de aproximação do plano de leitura e também os efeitos prismáticos. Dessa maneira, para um determinado aumento de potência, os usuários que sofrem de graus diferentes de ametropia irão perceber as mesmas variações na potência da região de visão de longe para a região de visão de perto. O controle da esfera e do cilindro assegura campos de visão amplos.
Sumário da Invenção [014] A presente invenção presta-se a aperfeiçoar as lentes que têm um aumento de potência maior ou igual a 2,50. As lentes obtidas têm regiões de visão de perto e intermediária mais amplas, bem como uma distribuição da esfera e do cilindro que é a mais homogênea possível em toda a superfície. A invenção propõe particularmente a manipulação cuidadosa de variações no cilindro na região que se estende para ambos os lados do meridiano, do meio da região de visão intermediária ao alto da região de visão de perto. [015] A presente invenção apresenta uma lente multifocal que supera as desvantagens das lentes da técnica anterior e que também garante os benefícios do usuário de uma região de visão de perto que se estende para cima juntamente com um bom efeito binocular, não somente na visão estática, mas também na visão dinâmica. [016] A invenção apresenta uma lente oftálmica multifocal progressiva, a qual compreende uma superfície asférica que tem em cada um de seus pontos uma esfera média e um cilindro, e compreende uma região de visão de longe com um ponto de referência (CL), uma região de visão de perto com um ponto de referência (PC), uma região de visão intermediária, um meridiano principal de progressão que passa através das ditas três regiões, e um centro de montagem (CM), caracterizado pelo fato que: - o aumento de potência A, definida como a diferença na esfera média entre o dito ponto de referência da região de visão de perto e o dito ponto de referência da região de visão de longe, é maior ou igual a 2,50 dioptrias; - uma diferença entre a esfera média no dito centro de montagem e a esfera média no dito ponto de referência da região de visão de longe é menor ou igual a 0,25 dioptria; - a dita região de visão de longe inclui pelo menos um setor angular com o seu ápice no dito centro de montagem e um ângulo central de 110 graus, dentro dos quais os valores da esfera e do cilindro são menores ou iguais a 0,50 dioptria; - em uma região da dita lente acima do dito ponto de referência de visão de perto, e se estendendo substancialmente até o meio da dita região de visão intermediária: - as diferenças entre os valores máximos do cilindro por uma distância de 20 milímetros em ambos os lados do dito meridiano têm um valor absoluto menor ou igual a 0,30 dioptria; e - em cada lado do dito meridiano, um valor absoluto da diferença entre os valores máximos e mínimos do cilindro é menor ou igual ao produto k* A obtido ao se multiplicar o aumento de potência por uma constante k que tem um valor de 0,10. [017] Preferivelmente, a região acima da lente acima do ponto de referência da visão de perto estende-se por 7 milímetros, abaixo de uma linha horizontal localizada a 11 milímetros abaixo do centro de montagem. [018] Vantajosamente, a região de visão de longe tem um limite inferior na parte superior da lente formo pelas linhas da isosfera A/6, onde A é o aumento de potência. [019] Em uma modalidade, a lente tem um comprimento principal de progressão maior ou igual a 15 mm, sendo que o comprimento da progressão é definido como uma diferença da altura entre o centro de montagem e um ponto no dito meridiano que tem um valor de esfera do aumento de potência 85% maior do que a esfera no dito ponto de referência de visão de longe. [020] Preferivelmente, uma norma de gradiente da esfera em cada ponto em uma sua superfície é menor ou igual ao produto k'*A resultante da multiplicação do aumento de potência A por uma constante k' com um valor de 0,1 mm'1. [021] Vantajosamente, um valor superior do cilindro não excede o aumento de potência em mais de 10%. [022] Uma norma do gradiente do cilindro nas linhas do isocilindro que representa a metade do valor do aumento de potência da lente, na altura do dito ponto de referência da visão de perto, é preferivelmente menor ou igual ao produto k*A” resultante da multiplicação do aumento de potência A por uma constante k” que tem um valor igual a 0,14 mm'1. [023] A distância entre as linhas do isocilindro que representa a metade do aumento de potência da lente no ponto de referência de visão de perto é preferivelmente igual ou maior do que 15 mm. [024] Preferivelmente, na região de visão intermediária, uma distância entre as linhas do isocilindro que representa a metade do aumento de potência da lente, em cada altura, é maior ou igual a 40% da distância entre as linhas do isocilindro que representa a metade do aumento de potência da lente na altura do tido ponto de referência de visão de perto. [025] Em uma modalidade preferida, na região da lente acima do ponto de referência de visão de perto, um valor absoluto da diferença entre o valor máximo para o cilindro por uma distância de 20 milímetros em ambos os lados do dito meridiano é menor ou igual a 0,10 dioptria. [026] Outras características e vantagens da invenção tornar-se-ão mais evidentes a partir da descrição a seguir de uma sua modalidade, fornecida a título de exemplificação e com referência aos desenhos anexos.
Breve Descrição dos Desenhos [027] A FIGURA 1 é uma vista diagramática da superfície asférica de uma lente multifocal progressiva; [028] A FIGURA 2 mostra valores para o cilindro nas linhas da FIGURA 1, para uma lente de acordo com a invenção; [029] A FIGURA 3 é um diagrama semelhante àquele na FIGURA 2. [030] A FIGURA 4 é um diagrama semelhante àquele na FIGURA 3, para uma lente da técnica anterior; [031] A FIGURA 5 mostra, em forma de gráfico, a esfera média ao longo do meridiano de uma lente de acordo com a invenção; [032] A FIGURA 6 mostra linhas da isoesfera para a lente na FIGURA 5. [033] A FIGURA 7 mostra linhas do isocilindro para a lente na FIGURA 5.
Descrição detalhada de uma modalidade preferida [034] No restante desta descrição deverá ser levada em consideração, por exemplo, uma lente que tem uma superfície asférica dirigida para o espaço do objeto e uma superfície tórica ou cilíndrica dirigida para o usuário dos óculos. No restante da descrição, deverá ser levada em consideração uma lente destinada ao olho direito. A lente para o olho esquerdo pode simplesmente ser obtida através de simetria com respeito a essa lente. [035] Será empregado um sistema de coordenadas com normas orto no qual o eixo x corresponde ao eixo horizontal da lente e o eixo y corresponde ao seu eixo vertical; o centro, 0, da armação de referência é o centro geométrico da superfície da lente asférica. Os eixos são graduados em milímetros. [036] A FIGURA 1 é uma vista diagramática da superfície asférica de uma lente multifocal progressiva ou, mais exatamente, da projeção da superfície no plano (x, y); no diagrama, a armação de referência definida dessa maneira será reconhecida juntamente com o meridiano principal de progressão que é mostrado em impressão forte na FIGURA 1. No exemplo na FIGURA 1, o meridiano principal de progressão tem essencialmente duas partes. Na primeira parte, o meridiano principal de progressão tem um segmento vertical que cai no eixo y. Esse segmento termina, em sua parte inferior, em um ponto conhecido como o centro de montagem. Este ponto tem as coordenadas (0, 4), em outras palavras, esse ponto fica localizado quatro milímetros acima do centro da superfície asférica da lente. O centro de montagem é utilizado por oculistas para a montagem da lente na armação e corresponde a um sentido horizontal do olhar, quando o usuário tem a sua cabeça ereta. [037] A esta altura, preferivelmente deve ser imposta uma condição que a esfera média não ultrapasse o valor da esfera média no ponto de referência de visão de perto por mais de 0,25 dioptria. Isto vai assegurar que o usuário tenha uma tolerância de 0,25 dioptria nesse ponto com respeito ao valor da prescrição. [038] A segunda parte do meridiano começa no centro de montagem. Ela se estende a partir do lado nasal da lente, passa através das regiões de visão intermediária e de perto, e passa através do ponto de referência de visão de perto. A posição do meridiano pode ser calculada pelo traçado de raio para assegurar que o usuário dos óculos desfrute de uma visão binocular foveal ótima independentemente do aumento de potência da lente. Para maiores detalhes sobre o cálculo do meridiano, referência pode ser feita à patente francesa 2.753.805. [039] O ponto de referência de visão de longe, indicado por CL na FIGURA 1, é um ponto que tem as coordenadas (0, 8), em outras palavras simétrico do centro da lente com respeito ao centro de montagem. O ponto de referência de visão de perto, marcado pela referência CP no desenho, fica localizado no meridiano com uma coordenada do eixo y de -14 mm. O seu valor do eixo x, para um aumento de potência que varia de 2,50 a 3,50, varia de 2,0 a 5,0 mm. [040] A linha descontínua na FIGURA 1, que passa através do centro de montagem CM e que é ascendentemente convexa, corresponde substancialmente ao limite inferior da região de visão de longe, na parte superior da lente. Este limite corresponde substancialmente, tal como mostrado na FIGURA 6, às linhas da isosfera de 0,50 dioptria, ou A/6 no exemplo da lente que tem um aumento de potência A = 3 mostrada nos desenhos. [041] De maneira análoga, a linha descontínua na FIGURA 1, que cruza a parte inferior do meridiano, e que é descendentemente convexa, corresponde substancialmente ao limite superior da região de visão de perto, na parte inferior da lente. Como pode ser visto na FIGURA 6, essa linha corresponde mais ou menos, nas partes laterais, às linhas da isosfera 5A/6 ou de 2,50 dioptrias. [042] A FIGURA 1 mostra adicionalmente segmentos de linha reta horizontais nas coordenadas do eixo y compreendidas entre 11 mm abaixo do centro de montagem e 18 mm abaixo do centro de montagem, em etapas de 1 mm. Cada segmento estende-se por uma distância de 20 mm de cada lado do meridiano. A coordenada do eixo y a 18 mm abaixo do centro de montagem corresponde à coordenada do eixo y do ponto de referência de visão de perto; a coordenada do eixo y a 11 mm abaixo do centro de montagem corresponde substancialmente ao meio da região de visão intermediária. Na FIGURA 1, com um centro de montagem que tem uma coordenada do eixo y de 4 mm, os segmentos estendem-se entre as coordenadas do eixo y de -7 a -11 mm. [043] Dessa maneira, verticalmente, os segmentos representam materialmente uma área que corresponde à região varrida pelo olhar de um usuário dos óculos que está olhando para objetos no espaço do objeto a distâncias que variam substancialmente entre 60 e 40 cm, para um aumento de potência de 2,50 dioptrias, e de 50 a 33 cm para um aumento de potência de 3,00 dioptrias. [044] Horizontalmente, os segmentos na FIGURA 1 representam materialmente uma área da lente na qual a aberração é a maior. Um esforço particular será feito para manipular a aberração nesta área. Para melhorar o conforto do usuário, a invenção se propõe a limitar as variações horizontais no cilindro na área coberta pelos segmentos na FIGURA 1. Mais precisamente, a invenção se propõe a limitar, para todos os segmentos, uma diferença entre o valor máximo do cilindro em um lado do meridiano e o valor máximo do cilindro no outro lado do meridiano. Vantajosamente, o valor absoluto da diferença é menor ou igual a 0,30 dioptria; ele é preferivelmente menor ou igual a 0,10 dioptria. [045] Para as lentes direita e esquerda simétricas, esta limitação aplicada ao cilindro torna limitar variações no cilindro entre os pontos homólogos que correspondem a um determinado ponto no espaço do objeto. Dessa maneira, a invenção torna possível aperfeiçoar também o conforto do usuário na visão binocular, na parte superior da região de visão de perto e na parte inferior da região de visão intermediária. [046] A fim de melhorar o conforto do usuário na visão dinâmica, a invenção também propõe a limitação das variações horizontal e vertical no cilindro em ambos os lados do meridiano. Mais precisamente, a invenção propõe a limitação, em um lado do meridiano, da diferença entre um valor máximo do cilindro e um valor mínimo do cilindro, medido em todos os segmentos. Essa diferença é vantajosamente menor ou igual ao produto k*A resultante da multiplicação do aumento de potência A por uma constante k; k tem, por exemplo, um valor de 0,1, e o produto k*A é de 0,30 dioptrias no exemplo de uma lente de um aumento de potência de 3 dioptrias. [047] Essa restrição limita, distante do meridiano, variações no cilindro quando o olhar do usuário dos óculos se move da região de visão de perto para a região de visão intermediária, em outras palavras quando o usuário dos óculos está olhando para um ponto no espaço do objeto cuja distância varia entre 50 a 33 cm para uma prescrição de óculos de aumento de potência de 3 dioptrias. Essa limitação melhora o conforto do usuário na visão dinâmica; e minimiza as deformações que são percebidas pelo usuário dos óculos. [048] A FIGURA 2 mostra as medições do cilindro nas linhas mostradas na FIGURA 1, para uma lente de acordo com a invenção; o eixo horizontal representa as coordenadas do eixo x graduadas em milímetros e o eixo vertical o cilindro expresso em dioptrias. A FIGURA 2 mostra, para cada um dos segmentos de linha reta na FIGURA 1, o valor do cilindro, isto é, mínimo no meridiano onde ele tem um valor igual a zero ou a praticamente zero. Ele aumenta de cada lado do meridiano. A distância de 20 milímetros a cada lado do meridiano pela qual os segmentos na FIGURA 1 se estendem também é mostrada. A coordenada Xm do eixo x representa o valor médio da coordenada do eixo x do meridiano na faixa de coordenadas do eixo y entre -7 e -14 mm, que, para a lente mostrada nos desenhos, é de 3,92 mm. [049] A FIGURA 2 mostra adicionalmente, no lado temporal, o valor máximo do cilindro que está marcado por max_t na FIGURA 2. Aqui, o seu valor é de 3,07 dioptrias e é alcançado no segmento de linha reta com a coordenada do eixo y onde y = -7; o valor mínimo do cilindro no lado temporal, marcado por min_t na FIGURA 2, igual a 2,80 dioptrias, é alcançado no segmento de linha reta que tem uma coordenada do eixo y de y = -7; a diferença, 3,07 - 2,80, entre esses dois valores é de 0,282 dioptria; conforme proposto pela invenção, este é menor ou igual a 0,30 dioptria, em outras palavras ao produto k*A, com k = 0,1 e A = 3 dioptrias. [050] No lado nasal, o valor máximo, max n, do cilindro é de 3,12 dioptrias, e é alcançado no segmento de linha reta da coordenada do eixo y onde y = -7 mm. O valor mínimo, min_n, do cilindro é alcançado no segmento de linha reta da coordenada do eixo y onde y = -7 mm, e é igual a 2,90 dioptrias. Conforme proposto pela invenção, a diferença entre esses dois valores, que é 0,22, é menor ou igual a 0,30 dioptria, em outras palavras o produto k*A, com k = 0,1 e A = 3 dioptrias no caso de nosso exemplo. [051] A invenção propõe adicionalmente a consideração da diferença entre o valor máximo ct do cilindro do lado temporal e o valor máximo cn do cilindro do lado nasal e, mais precisamente, a consideração do valor absoluto | Ac | da diferença entre esses dois valores. [052] No exemplo da FIGURA 2, o valor máximo do cilindro do lado nasal é de 3,12 dioptrias, e o valor máximo do cilindro do lado temporal é de 3,07 dioptrias; a diferença entre esses dois valores é de 0,05 dioptrias e consequentemente fica bem abaixo ou igual primeiramente, ao valor de 0,30 dioptria e até mesmo ao valor preferido de 0,10 dioptria. [053] A FIGURA 3 é um diagrama semelhante à FIGURA 2, porém sem os vários itens do texto. A FIGURA 4 mostra, a título de comparação, um diagrama semelhante à FIGURA 3 para uma lente da técnica anterior que tem o mesmo aumento de potência de 3 dioptrias; a comparação das FIGURAS 3 e 4 mostra que no caso da lente da técnica anterior a diferença entre os valores do cilindro máximo e mínimo em cada lado do meridiano são maiores do que 0,30 dioptria. No lado temporal, essa diferença é de 0,67 na lente da técnica anterior da FIGURA 4. No lado nasal, essa diferença é de 0,36 para a mesma lente. A diferença entre os valores máximos do cilindro em ambos os lados do meridiano é de 0,24 dioptria. [054] A FIGURA 5 mostra, em forma gráfica, a esfera média ao longo do meridiano da lente de acordo com a invenção; o eixo vertical na FIGURA 5 é graduado em milímetros e representa as coordenadas do eixo y: na superfície da lente, o eixo horizontal é graduado em dioptrias, com um deslocamento de 5 dioptrias. As linhas contínuas mostram a esfera média, e as linhas descontínuas os valores n/Rl e n/R2 cuja diferença fornece o cilindro. A FIGURA 5 mostra que os valores n/Rl e n/R2 são substancialmente idênticos, o que significa que o cilindro no meridiano é substancialmente igual a zero. Os valores da esfera e do cilindro no ponto de referência de visão de longe, com uma coordenada do eixo y de 8 mm no meridiano, são, respectivamente, de 5,19 e 0,01 dioptrias. No ponto de referência de visão de perto, da coordenada do eixo y de -14 mm no meridiano, esses valores são de 8,23 e 0,01 dioptrias.
[055] O valor da esfera média no centro de montagem, da coordenada do eixo y de -4 mm é de 0,13 dioptria. Esse valor difere somente ligeiramente do valor da esfera no ponto de referência de visão de longe. A invenção assegura consequentemente que o usuário dos óculos experimente, quando olhar na horizontal, a potência que é próxima da potência no ponto de referência de visão de longe. Preferivelmente, a diferença entre a esfera no centro de montagem e a esfera no ponto de controle da visão de longe é menor ou igual a 0,25 dioptria. A invenção assegura consequentemente que o usuário desfrute de visão apurada na região de visão de perto e na região de visão de longe juntamente com campos amplos na região de visão de perto e na região de visão intermediária. [056] A expressão comprimento da progressão é utilizada, em uma lente multifocal progressiva, para expressar esse comprimento, ou mais exatamente o comprimento na lente no qual a parte principal do aumento de potência é atingida. É possível considerar principalmente, a partir do centro de montagem, a altura na qual a esfera média aumentou até um valor que é igual a 85% do aumento de potência. No exemplo da lente com um aumento de potência 3 aqui considerada, o comprimento principal de progressão é definido como a diferença entre a coordenada do eixo y do ponto de referência de visão de longe e a coordenada do eixo y desse ponto em que a esfera média é de 0,85*3 = 2,55 dioptrias maior do que a esfera média no ponto de referência de visão de longe. Na lente aqui considerada, uma esfera média de 5,19 mais 2,55 = 7,74 dioptrias é obtida em um ponto no meridiano que tem um valor do eixo y de -8,55 mm. O comprimento de progressão é consequentemente de 12,55 mm. A invenção propõe que esse comprimento da progressão seja preferivelmente menor ou igual a 15,0 mm. Esse valor assegura que o comprimento da progressão na lente permaneça baixo e que a região de visão de perto fique suficientemente próxima da região de visão de longe na lente para evitar que o usuário dos óculos tenha que fazer movimentos com a cabeça para cima e para baixo, e vice-versa. [057] A FIGURA 6 mostra linhas da isosfera para a lente na FIGURA 5; essas linhas são compostas por pontos na superfície asférica que têm todos o mesmo valor da esfera média. Esse valor é indicado nas linhas na FIGURA 6. Na FIGURA 6, as linhas da isosfera para o valor da esfera no ponto de referência de visão de longe - a linha contínua que passa através do ponto de referência de visão de longe, e as linhas da isosfera para valores de 0,50, 1,00, 1,50, 2,00, 2,50 e 3,00 dioptrias maiores do que o valor da esfera média no ponto de referência de visão de longe foi mostrado. A linha contínua em torno do ponto de referência de visão de perto é a linha da isosfera para 3 dioptrias acima do valor da esfera no ponto de referência de visão de longe. Conforme mostrado na FIGURA 6, a inclinação da esfera média na superfície da lente é vantajosamente menor ou igual ao produto k'*A resultante da multiplicação do aumento de potência A por uma constante k' de 0,1 mm'1, isto é, no caso da lente na FIGURA 6, menor ou em igual a 0,30 dioptria/mm. Neste contexto, a inclinação da esfera média é a norma de gradiente da esfera em um determinado ponto na superfície asférica; o gradiente da esfera é um vetor que tem as coordenadas (dS/õx, õS/õy) no quadro de referência (x; y), que são os respectivos valores das derivadas parciais da esfera com respeito a x e com respeito a y. [058] A FIGURA 7 mostra linhas de isocilindro para a lente na FIGURA 5. Essas linhas são definidas de uma maneira semelhante às linhas da isosfera da FIGURA 6; a linha de isocilindro que corresponde a um valor de cilindro igual a zero cai substancialmente no meridiano; além disso, as linhas de isocilindro para 0,50, 1,00, 1,50, 2,00 e 2,50 dioptrias são mostradas na FIGURA 7. Conforme mostrado, e como conseqüência da presença de um meridiano de cilindro igual a zero na parte média da lente, existem de fato duas linhas de isocilindro para cada valor de cilindro, uma no lado nasal e a outra no lado temporal. [059] A FIGURA 7 também mostra que o valor máximo de cilindro na superfície da lente - em um raio de 30 mm - é próximo do valor do aumento de potência, igual a 3 dioptrias no caso que está sendo levado em consideração. O valor máximo é de fato de 3,12 dioptrias no lado nasal, e é atingido em um ponto que tem as coordenadas (x = 15; y = -7). É vantajoso limitar, na superfície da lente, o valor do cilindro a um limite superior que seja próximo do aumento de potência, e preferivelmente a um limite superior que seja diferente do aumento de potência em menos ou igual a 10%. Essa limitação torna possível evitar deformações para a lente. [060] Conforme explicado acima, as linhas da isosfera de 0,50, ou linhas A/6 no caso da FIGURA 3 para uma lente com um aumento de potência de 3 dioptrias, representam substancialmente o limite inferior da região de visão de longe. A FIGURA 6 também mostra duas linhas retas que originam do centro de montagem e que são substancialmente tangenciais a essas linhas da isosfera de 0,50 dioptria. O ângulo entre essas duas linhas, na parte superior da superfície, é vantajosamente de pelo menos 110 graus. No setor angular definido por essas duas linhas, na parte superior da lente, o valor do cilindro permanece menor ou igual a 0,50 dioptria; preferivelmente, o valor da esfera também é menor ou igual a 0,50 dioptria. Um valor conforme indicado acima para o ângulo que essas linhas retas formam assegura a presença de um amplo campo de visão de longe; elas fazem com que laores grandes do cilindro sejam empurrados para as bordas laterais da superfície da lente. Isto, particularmente no caso de aumentos de potência elevados - tipicamente aumentos de potência acima de 2,50 dioptrias -constitui uma boa troca entre o desejo de se ter uma ampla região de visão de longe e o desejo de distribuir a esfera média e o cilindro o mais uniforme possível na superfície da lente. [061] A limitação no fundo da região de visão de longe com respeito às linhas da isosfera foi discutida acima. No que se refere às regiões de visão intermediária e de perto, a limitação do campo pode ao contrário ser determinada com respeito às linhas do isocilindro. De fato, nessas regiões, o cilindro tem valores muito mais altos do que na região de visão de longe. Adicionalmente, embora um defeito na potência possa ser corrigido por acomodação, o cilindro de superfície cria automaticamente desconforto para o usuário. É consequentemente preferível, nas regiões de visão intermediária e de perto, fazer referência às linhas do isocilindro quando da determinação da largura de campo. [062] As linhas A/2, ou de 1,5 dioptria no caso da lente aqui considerada, representam substancialmente os limites laterais da região de visão intermediária exatamente como a região de visão de perto. Consequentemente, distância entre estas linhas do isocilindro representa substancialmente a largura da região de visão de perto ou a largura da região de visão intermediária. Na lente aqui considerada, a um valor do eixo y de -14 mm do ponto de referência de visão de perto, a distância horizontal entre as linhas do isocilindro A/2 - isto é, a diferença entre as coordenadas do eixo x dos dois pontos nas linhas do isocilindro A/2 que têm uma coordenada do eixo y de -14 mm igual àquela do ponto de referência de visão de perto - é de 15,5 mm. A invenção propõe que essa largura da região de visão de perto, dessa maneira medida entre as linhas do isocilindro A/2 na altura do ponto de referência de visão de perto, seja vantajosamente maior ou igual a 15 mm. Essa largura de campo assegura que o usuário tenha um campo suficientemente largo para uma visão de perto confortável. Essa largura de campo cobre, principalmente, uma folha de papel ou um livro de tamanho convencional. [063] Também se pode levar em consideração a inclinação do cilindro perto do limite da região de visão de perto. Essa inclinação do cilindro é representativa de variações locais no cilindro. Ela é definida, tal como a inclinação da esfera, pela norma de gradiente do cilindro, em um determinado ponto. O fato de manter essas variações pequenas torna possível evitar determinadas deformações da visão dinâmica na borda da região de visão de perto. Na lente da FIGURA 7, na altura do ponto de referência da região de visão de perto, a y = -14 mm, a inclinação do cilindro nas linhas do isocilindro A/2 é de 0,38 dioptria/mm no lado temporal e de 0,38 dioptria/mm no lado nasal. Vantajosamente, a invenção propõe que a inclinação do cilindro, nas linhas do isocilindro A/2 na altura do ponto de referência da região de visão de perto seja menor ou igual ao produto k*A” resultante da multiplicação do aumento de potência A por uma constante k”, que tem um valor de 0,14 mm"1; para a lente com um aumento de potência de 3 aqui considerada, isso corresponde a um limite de 0,42 dioptria/mm. [064] Com a imposição desse limite, é possível melhorar a visão dinâmica de um usuário não somente na região de visão de perto mas também nas suas bordas. [065] Na região de visão intermediária, a largura pode ser medida entre as linhas do isocilindro A/2. Essa largura é preferivelmente sempre maior do que 40% da largura da região de visão de perto na altura do ponto de referência da região de visão de perto. No exemplo da lente aqui discutida, a largura da região de visão intermediária entre as linhas do isocilindro A/2 é mínima para uma coordenada do eixo y da ordem de -4 mm, e então é igual a 6,75 mm. Esse valor está bem acima de 40% da largura de 15,5 mm da região de visão de perto na altura do ponto de referência da região de visão de perto. [066] Agora serão fornecidos detalhes das várias características que tomam possível obter as várias lentes de acordo com a invenção. A superfície da lente é, conforme conhecido per se, contínua, e pode ser continuamente derivada três vezes. Como deve ser do conhecimento dos elementos versados na técnica, a superfície de lentes progressivas é obtida pela otimização digital utilizando-se um computador, mediante a fixação de condições limitadoras para um determinado número de parâmetros da lente. [067] Um ou diversos dos critérios definidos acima pode ser empregado como condições limitadoras. [068] Também é possível começar vantajosamente ao se definir, para cada lente na família, um meridiano principal de progressão. Para isto, os preceitos da patente francesa 2.683.642 acima mencionada podem ser utilizados. Qualquer outra definição do meridiano principal de progressão também pode ser empregada aplicando-se os preceitos da invenção. Pode-se observar os dois exemplos do meridiano, fornecidos com referência à FIGURA 1, e com referência às FIGURAS 5-7. [069] Obviamente, a presente invenção não fica limitada ao que acaba de ser descrito: entre outras coisas, a superfície asférica pode ser a superfície dirigida para o usuário dos óculos; adicionalmente, não foi feita nenhuma insistência, nesta descrição, quanto à presença de lentes que podem ser diferentes de um olho ao outro. Finalmente, se esta descrição cobrir o exemplo de uma lente que tem um aumento de potência de 3, a invenção também se aplica a lentes que têm outros aumentos de potência.

Claims (10)

1. LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA, que compreende uma superfície asférica que tem em cada um de seus pontos uma esfera média e um cilindro, e compreende uma região de visão de longe com um ponto de referência (CL), uma região de visão de perto com um ponto de referência (CP), uma região de visão intermediária, um meridiano principal de progressão que passa através das ditas três regiões, e um centro de montagem (CM), caracterizada pelo fato de que: - o aumento de potência A, definida como a diferença na esfera média entre o dito ponto de referência da região de visão de perto e o dito ponto de referência da região de visão de longe, é maior ou igual a 2,50 dioptrias; - uma diferença entre a esfera média no dito centro de montagem e a esfera média no dito ponto de referência da região de visão de longe é menor ou igual a 0,25 dioptria; - a dita região de visão de longe inclui pelo menos um setor angular com o seu ápice no dito centro de montagem e um ângulo central de 110 graus, dentro dos quais os valores da esfera e do cilindro são menores ou iguais a 0,50 dioptria; - em uma região da dita lente acima do dito ponto de referência de visão de perto, e se estendendo substancialmente até o meio da dita região de visão intermediária; - as diferenças entre os valores máximos do cilindro por uma distância de 20 milímetros em ambos os lados do dito meridiano têm um valor absoluto menor ou igual a 0,30 dioptria; e - em cada lado do dito meridiano, um valor absoluto da diferença entre os valores máximos e mínimos do cilindro é menor ou igual ao produto k*A obtido ao se multiplicar o aumento de potência por uma constante k que tem um valor de 0,10.
2. LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo fato de que a dita região da lente estender-se por 7 mm, entre uma linha horizontal localizada 11 milímetros abaixo do centro de montagem e o ponto de referência de visão de perto.
3. LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA, de acordo com a reivindicação 1 ou 2, caracterizada pelo fato de a região de visão de longe ter um limite inferior na parte superior da lente formada pelas linhas da isosfera A/6 onde A é o aumento de potência.
4. LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA, de acordo com a reivindicação 1, 2 ou 3, caracterizada pelo fato de ter um comprimento principal de progressão menor ou igual a 15 mm, sendo que o comprimento de progressão é definido como uma diferença da altura entre o centro de montagem e um ponto no dito meridiano que tem um valor de esfera de 85% do aumento de potência maior do que a esfera no dito ponto de referência de visão de longe.
5. LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA, de acordo com uma das reivindicações de 1 a 4, caracterizada pelo fato de uma norma de gradiente da esfera em cada ponto em uma de suas superfícies ser menor ou igual ao produto k'*A resultante da multiplicação do aumento de potência A por uma constante k' com um valor de 0,1 mm'1.
6. LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA, de acordo com uma das reivindicações de 1 a 5, caracterizada pelo fato de um valor superior do cilindro não ultrapassar o aumento de potência em mais de 10%.
7. LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA, de acordo com uma das reivindicações de 1 a 6, caracterizada pelo fato de uma norma de gradiente do cilindro nas linhas do isocilindro que representa a metade do valor do aumento de potência da lente, na altura do dito ponto de referência de visão de perto, ser menor ou igual ao produto k*A” resultante da multiplicação do aumento de potência A por uma constante k” que tem um valor de 0,14 mm'1.
8. LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA, de acordo com uma das reivindicações de 1 a 7, caracterizada pelo fato de uma distância entre as linhas do isocilindro que representa a metade do aumento de potência da lente no dito ponto de referência de visão de perto ser maior ou igual a 15 mm.
9. LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA, de acordo com uma das reivindicações de 1 a 8, caracterizada pelo fato de, na dita região de visão intermediária, uma distância entre as linhas do isocilindro que representa a metade do aumento de potência da lente, em cada altura, ser maior ou igual a 40% da distância entre as linhas do isocilindro que representa a metade do aumento de potência da lente na altura do dito ponto de referência de visão de perto.
10. LENTE OFTÁLMICA MULTIFOCAL PROGRESSIVA, de acordo com uma das reivindicações de 1 a 9, caracterizada pelo fato de, na dita região da lente acima do ponto de referência de visão de perto, um valor absoluto da diferença entre o valor máximo para o cilindro por uma distância de 20 mm em ambos os lados do dito meridiano ser menor ou igual a 0,10 dioptria.
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