BR112020020338A2 - Composição para proteção de culturas agrícolas e método para controlar fungos fitopatogênicos em culturas agrícolas - Google Patents

Composição para proteção de culturas agrícolas e método para controlar fungos fitopatogênicos em culturas agrícolas Download PDF

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Abstract

composição para proteção de culturas agrícolas e método para controlar fungos fitopatogênicos em culturas agrícolas. uma formulação de concentrado emulsionável para a proteção de culturas agrícolas compreendendo: (a) um inibidor de succinato desidrogenase (sdhi) e (b) um éster fosfórico de fórmula (r1o)(r2o)(r3o)p = o, em que r1 representa alquila tendo 4 a 12 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída, e r2 e r3 independentemente representam alquila tendo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída. a composição também pode compreender tensoativos e/ ou emulsionantes, opcionalmente solventes adicionais, tais como ésteres ou amidas, e/ ou um fungicida adicional.

Description

“COMPOSIÇÃO PARA PROTEÇÃO DE CULTURAS AGRÍCOLAS E MÉTODO PARA CONTROLAR FUNGOS FITOPATOGÊNICOS EM CULTURAS AGRÍCOLAS” CAMPO DA INVENÇÃO
[001] A invenção refere-se a formulações de concentrados emulsionáveis que compreendem composições fungicidas de carboxamida para a proteção de culturas agrícolas e uso das mesmas. Esta invenção também se refere a um método para melhorar a penetração foliar dos fungicidas de carboxamida.
ANTECEDENTES DA INVENÇÃO
[002] Certas carboxamidas são inibidores conhecidos da succinato desidrogenase (SDH) e são úteis como fungicidas para controlar fungos patogênicos e/ ou nematóides em culturas. Os inibidores da succinato desidrogenase (SDHIs), também conhecidos como inibidores do complexo II, incluem, por exemplo, fluopiram, bixafeno, penflufeno, sedaxano e isopirazam (ver Patente US 9,591,856). Aminoindan amidas, tais como as N-indanil- pirazolocarboxamidas (Patente US 9,192,160) também são SDHIs. Um SDHI notável é 3-difluorometil-N-(7-fluoro-1,1,3-trimetil-4-indanil)-1-metil-4- pirazolocarboxamida (Patente US 9,192,160 e Publicação de Pedido de Patente Americano US 2015/0164076).
[003] Na aplicação de produtos fungicidas para uso agrícola, é amplamente conhecido combinar dois ou mais produtos com um mecanismo de ação diferente e/ ou um alvo biológico diferente, para ampliar a faixa de ação das misturas em relação a um dos produtos utilizados individualmente e para prevenir a ocorrência de fenômenos de resistência dos organismos prejudiciais, fenômenos que com o tempo tendem a reduzir a eficácia dos produtos fungicidas utilizados.
[004] Composições de fungicida N-indanil-1-metil-3-(halo)alquil- 4-pirazolocarboxamidas com compostos fungicidas ou inseticidas, tais como azois, estrobilurinas, acilalaninas, fenilpirrois, clorotalonil, ditiocarbamatos, abamectina, diaminas inseticidas, sulfoxaflor, piretroides, carbamatos, fenilpirazois, são descritos nos pedidos de patente WO 2011/135833, WO 2011/135835, WO2 011/135836, WO 2011/135837, WO 2011/135838, WO 2011/135839, WO 2011/135827, WO 2011/135828, WO 2011/135830, WO 2011/135831, WO 2011/135832, WO 2011/135834 e WO 2011/135840. Azois tais como azaconazol, epiconazol, hexaconazol, protioconazol e tebuconazol são notáveis parceiros de mistura com SDHIs.
[005] Para permitir a sua ação biológica, os compostos ativos agricolamente sistêmicos – especialmente inseticidas sistêmicos e fungicidas – são aplicados em formulações que permitem que os compostos ativos sejam absorvidos pela planta/ pelos organismos alvo. Consequentemente, os compostos ativos agrícolas sistêmicos são frequentemente formulados como um concentrado emulsionável (EC), como um líquido solúvel (SL) e/ ou como um concentrado de suspensão à base de óleo (OD). Em uma formulação EC e em uma formulação SL, o composto ativo está presente na forma dissolvida; em uma formulação OD, o composto ativo está presente como um sólido. Em geral, concentrados em suspensão (SC) ou grânulos dispersíveis em água (WDG) também são viáveis. No entanto, outros tipos de formulação em que o composto ativo está presente em uma forma dispersível em água também são considerados. Existem solventes insolúveis em água limitados disponíveis para uma formulação EC de SDHIs de carboxamida que ajudará a prevenir a formação de cristais durante o armazenamento da composição e após diluição em taxas de aplicação de campo.
[006] Para conseguir uma ação biológica satisfatória quando se utiliza as formulações de compostos ativos em agricultura, é normalmente necessário que o composto ativo seja combinado com um aditivo. Um aditivo, como o termo é aqui utilizado, é um componente que melhora a ação biológica do composto ativo, sem que o componente, por sua vez, tenha uma ação biológica. Particularmente, um aditivo penetrante pode permitir/ facilitar a absorção do composto ativo pela folha ou outra parte da planta.
[007] Alguns concentrados em suspensão à base de água de compostos agricolamente ativos compreendendo agentes de penetração são conhecidos. O documento WO 05/036963 descreve formulações deste tipo que, além de certos fungicidas, compreendem pelo menos um penetrante do grupo dos alcanoletoxilatos. O documento WO 99/060851 descreve vários alcanoletoxilatos à base de álcoois graxos.
[008] Uma desvantagem das formulações mencionadas acima com penetrantes é o fato de que, em particular no caso de aplicação em folhas, frutos ou outras partes de plantas em culturas sensíveis, como frutos pomoides (por exemplo, Malus domestica, Pyrus communis), frutas de caroço (Prunus armeniaca, Prunus domestica, Prunus persica), frutas cítricas, vegetais, tais como, por exemplo, pimentões (Capsicum annuum) e melões (Cucumis melo), e também plantas ornamentais, como rosas, o resíduo de licor pulverizado deixado após a aplicação e secagem do líquido de pulverização podem causar danos às plantas.
[009] A formação de danos na planta é complexa e pode ser rastreada para a penetração de agentes penetrantes, tais como alkanoletoxilatos em particular na borda das gotículas pulverizadas sobre a planta. Isso pode resultar em altas concentrações locais de aditivo e/ ou composto ativo, fazendo com que anéis ou círculos necróticos apareçam na superfície da planta tratada, a área de alguns deles se estenderá devido à destruição do tecido.
[0010] Pode ser desejável fornecer formulações de compostos agricolamente ativos tais como os inibidores da succinato desidrogenase (SDHI)
com agentes de penetração, em que a aplicação da formulação não causa danos às plantas.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DA INVENÇÃO
[0011] A invenção fornece uma composição para a proteção de culturas agrícolas que compreende ou consiste essencialmente em: (A) um inibidor de succinato desidrogenase (SDHI) e (B) um éster fosfórico de fórmula (R1O)(R2O)(R3O)P = O, em que: R1 representa alquila de cadeia linear ou ramificada tendo 4 a 12 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4; R2 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4; e R3 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4.
[0012] Em outro aspecto, a invenção fornece uma composição para a proteção de culturas agrícolas que compreende ou consiste essencialmente em: (A) um inibidor de succinato desidrogenase (SDHI); e (B) um éster fosfórico de trialquila da fórmula (R1O)(R2O)(R3O)P = O, em que o éster fosfórico compreende pelo menos um éster fosfórico selecionado a partir de: tris-(2- etilhexil)fosfato; tri-n-octil fosfato; ou tri-iso-butil fosfato; ou qualquer combinação dos mesmos.
[0013] Esta invenção também fornece um método para controlar fungos fitopatogênicos em culturas agrícolas que compreende a aplicação de uma dose eficaz de uma composição, ou qualquer forma de realização da mesma, em: (a) uma ou mais partes das plantas a serem protegidas; e/ ou (b) as sementes das referidas plantas antes da semeadura; e/ ou (c) no solo em que as referidas plantas crescem, em que a composição compreende: (A) um inibidor da succinato desidrogenase (SDHI); e, (B) um éster fosfórico da fórmula (R1O)(R2O)(R3O)P = O, em que: R1 representa alquila de cadeia linear ou ramificada com 4 a 12 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída com 1-3 grupos alquila C1-C4; R2 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4; e R3 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4.
[0014] A invenção também fornece um método para o controle de fungos fitopatogênicos em culturas agrícolas, compreendendo o uso da composição ou qualquer forma de realização da mesma, em que a composição compreende: (A) um inibidor de succinato desidrogenase (SDHI) e (B) um éster fosfórico da fórmula (R1O)(R2O)(R3O)P = O, em que: R1 representa alquila de cadeia linear ou ramificada com 4 a 12 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4; R2 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4; e R3 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4.
[0015] Esta invenção também fornece um método melhorado para a aplicação de SDHIs e tratamento de plantas alvo, aumentando a penetração de um inibidor de succinato desidrogenase (SDHI) em uma planta ou parte da planta, conforme medido pela absorção de SDHI pela planta, compreendendo: (1) misturar o SDHI com um penetrante compreendendo um éster fosfórico da fórmula (R1O)(R2O)(R3O)P = O, em que: R1 representa alquila de cadeia linear ou ramificada com 4 a 12 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4; R2 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4; e R3 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4; e, (2) aplicar a mistura à planta ou parte da planta. A absorção do SDHI pela planta pode ser determinada por qualquer meio convencional.
[0016] As formas de realização dos métodos descritos acima incluem aquelas em que: o método em que o SDHI e o penetrante são misturados em uma única formulação compreendendo pelo menos um aditivo de formulação; o SDHI e o penetrante são misturados com água como uma mistura em tanque; o éster fosfórico compreende tris-(2-etil-hexil)fosfato; o éster fosfórico compreende tris-(2-etil-hexil)fosfato e tri-iso-butil fosfato.
DESCRIÇÃO DETALHADA DA INVENÇÃO
[0017] Verificou-se que ésteres de ácido fosfórico de trialquila, tal como aqui descritos facilitam a captação de fungicidas SDHI mas, surpreendentemente, e ao contrário de outros agentes de penetração normalmente usados, não levam à necrose.
[0018] Os fungicidas SDHI em que a sua absorção ou penetração, é melhorada quando misturados com os ésteres fosfóricos aqui descritos incluem SDHIs de carboxamida. Foi descoberto que para SDHIs de carboxamida uma formulação de concentrado emulsionável (EC) fornece controle de doenças significativamente melhor em comparação com outros tipos de formulações. Os fungicidas SDHI descritos e usados eficazmente na presente invenção podem estar presentes como um fungicida ativo único ou sozinho ou podem ser combinados com outros fungicidas opcionais para fornecer misturas eficazes com os ésteres fosfóricos de trialquila aqui descritos.
[0019] São aqui descritas formulações de concentrados emulsionáveis de fungicidas SDHI e ésteres de ácido fosfórico, opcionalmente com fungicidas adicionais. Consequentemente, a invenção fornece uma composição para a proteção de culturas agrícolas compreendendo: (A) um inibidor de succinato desidrogenase (SDHI) e (B) um éster fosfórico de fórmula
(R1O)(R2O)(R3O)P = O, em que R1 representa alquila de cadeia linear ou ramificada tendo 4 a 12 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4, R2 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4, e R3 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4. As composições também podem compreender tensoativos e/ ou emulsionantes e, opcionalmente, solventes adicionais, tais como ésteres e amidas.
[0020] As culturas agrícolas são selecionadas a partir do grupo que consiste em cereais, árvores frutíferas, frutas cítricas, legumes, culturas hortícolas, cucurbitáceas, plantas oleaginosas, tabaco, café, chá, cacau, beterraba sacarina, cana-de-açúcar, e algodão.
ÉSTERES FOSFATO
[0021] Os fosfatos de trialquila insolúveis em água (ésteres fosfóricos) mostrados na Fórmula I a seguir, ou em alternativa, descritos como (R1O)(R2O)(R3O)P = O, dissolvem fungicidas SDHI de carboxamidas, tais como as de Fórmula II e são úteis para aumentar a capacidade de um agente ativo agrícola de penetrar em uma planta ou partes de planta:
I
[0022] Os fosfatos de trialquila não são novos e são conhecidos por terem sido utilizados como agentes anti-espuma (ver Patente US 3,873,689) e como inibidores de cristalização (ver Patente US 5,476,845). O uso de ésteres fosfóricos de Fórmula I em formulações aquosas com fungicidas SDHI não foi descrito anteriormente, mas a Depositante descobriu várias vantagens de tal uso, incluindo algumas vantagens que são surpreendentes. Por exemplo, os ésteres fosfóricos de Fórmula I são substâncias cujo manuseio é substancialmente livre de problemas e que também estão disponíveis em quantidades substanciais. Além disso, o uso de ésteres fosfóricos evita o entupimento dos filtros e dos bocais do equipamento de pulverização devido à cristalização indesejada do ingrediente ativo quando as formulações aquosas contendo SDHIs são aplicadas por pulverização. Os fosfatos de trialquila podem: (i) melhorar a resistência à chuva e a penetração nas folhas, em comparação com outras formulações que não contêm ésteres de fosfato; (ii) proporcionam menor fitotoxicidade às culturas pulverizadas com as formulações; e (iii) fornecem boa segurança ao operador, como redução da irritação ocular.
[0023] Os ésteres de fosfato de Fórmula geral I podem ser utilizados de acordo com a invenção, em que R1 representa alquila de cadeia linear ou ramificada tendo 4 a 12 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4, R2 representa alquila de cadeia linear ou ramificada com 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4, e R3 representa alquila de cadeia linear ou ramificada com 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4.
[0024] R1 representa, de preferência n-butila; iso-butila; sec-butila; terc-butila; n-pentila; n-hexila; 2-etil-hexila; n-heptila; n-octila; iso-octila; n-nonila; iso-nonila; n-decila; n-dodecila; iso-dodecila; fenila; 3-metil fenila; 2,4- dimetilfenila; isopropil fenila; ou t-butil fenila.
[0025] R2 representa, de preferência n-butila; iso-butila; sec-butila; terc-butila; n-pentila; n-hexila; 2-etil-hexila; n-heptila; n-octila; iso-octila; fenila; 3- metil fenila; 2,4-dimetil fenila; isopropil fenila; ou t-butil fenila.
[0026] R3 representa, de preferência n-butila; iso-butila; sec-butila; terc-butila; n-pentila; n-hexila; 2-etil-hexila; n-heptila; n-octila; iso-octila; fenila; 3- metil fenila; 2,4-dimetil fenila; isopropil fenila; ou t-butil fenila.
[0027] O que se segue são exemplos específicos de ésteres fosfóricos que podem ser utilizados de acordo com a invenção: fosfato de trixilenila, fosfato de fenol butilado, tris(isopropilfenil) fosfato, fosfato de difenil cresila, fosfato de difenil isopropilfenila, fosfato de difenil-t-butil fenila, 2-etilhexila, fosfato de difenila, fosfato de difenil isodecila, tri-n-butil fosfato, tri-n-pentil fosfato, tri-n-hexil fosfato, tri-n-heptil fosfato, tri-n-octil fosfato, nonil dioctil fosfato, butil dioctil fosfato, dibutil nonil fosfato, butan-2-il dibutil fosfato, butan-2-il dietil fosfato, butan-2-il bis(2-metilpropil)fosfato, 3-metilbutil dipropan-2-il fosfato, tris- (2-etilhexil)fosfato (TEHP) e tri-iso-butil fosfato (TIBP) ou combinações dos mesmos.
[0028] Tris-(2-etilhexil)fosfato (TEHP), tri-n-octil fosfato ou tri-iso- butil fosfato (TIBP) podem ser mais preferidos. O tri-isobutil fosfato é um solvente polar muito forte e um bom agente umectante. O tris(2-etilhexil)fosfato também aumenta a penetração do SDHI na folha. Em algumas formas de realização, o TIBP pode ser preferido. Em algumas formas de realização, pode ser preferível combinar tris-(2-etil-hexil)fosfato e tri-iso-butil fosfato.
[0029] Verificou-se que o poder de solvência dos ésteres fosfóricos de trialquila permite o carregamento de ingrediente ativo total de até cerca de 20% em peso da formulação, o qual é o ingrediente ativo de carga mais elevada, em comparação com concentrados emulsionáveis anteriores de SDHIs. As formulações aqui descritas também promovem sinergia de eficácia biológica nas doenças fungicidas alvo quando o SDHI é combinado com um fungicida adicional, tal como um fungicida azol.
[0030] Os ésteres fosfóricos são incluídos nas composições da presente invenção em uma faixa de cerca de 10 a cerca de 80% em peso, com base no peso da composição, com a condição de que a composição compreenda de cerca de 50 a cerca de 85% em peso do solvente total, com base no peso da composição, em que o solvente total é a quantidade combinada de éster fosfórico mais outro solvente presente na composição. Alternativamente, os ésteres fosfóricos podem compreender de cerca de 30 a cerca de 80% em peso da composição, ou de cerca de 35 a cerca de 75% em peso, ou de cerca de 35 a cerca de 70% em peso da composição, com a condição de que a composição compreenda de cerca de 50 a cerca de 85% em peso do solvente total, com base no peso da composição, em que o solvente total é a quantidade combinada de éster fosfórico mais outro solvente presente na composição.
[0031] As formulações desta invenção fornecem uma melhor eficácia sobre as doenças alvo, as taxas de utilização mais baixas, resistência à chuva e a penetração da folha, e deriva por pulverização (spray drift) reduzida.
O uso de ésteres fosfóricos nas formulações também fornece bom manuseio e estabilidade de armazenamento, perfis de toxicidade aceitáveis em termos de toxicidade oral, irritação dérmica e ocular e sensibilização da pele e perfis de fitotoxicidade aceitáveis nas culturas alvo.
INIBIDORES DE SDH
[0032] O SDHI pode compreender uma amida de 4-aminoindano.
[0033] Exemplos de amidas de 4-aminoindano que são particularmente interessantes por sua atividade incluem: 3-difluorometil-N-(7- fluoro-1,1,3-trimetil-4-indanil)-1-metil-4-pirazolocarboxamida; 4-difluorometil-N- (7-fluoro-1,1,3-trimetil-4-indanil)-2-metil-5-tiazolcarboxamida; 3-difluorometil-1- metil-N-(1,1,3,7-tetrametil-4-indanil)-pirazolocarboxamida; 4-difluorometil-2- metil-N-(1,1,3,7-tetrametil-4-indanil)-5-tiazolocarboxamida; 3-difluorometil-1- metil-N-(7-metoxi-1,1,3-trimetil-4-indanil)-4-pirazolocarboxamida; 4- difluorometil-2-metil-N-(7-metoxi-1,1,3-trimetil-4-indanil)-5-tiazolcarboxamida; 3- difluorometil-1-metil-N-(7-metiltio-1,1,3-trimetil-4-indanil)-4-
pirazolocarboxamida; 4-difluorometil-2-metil-N-(7-metiltio-1,1,3-trimetil-4- indanil)-5-tiazolcarboxamida; 3-difluorometil-1-metil-N-(7-trifluorometoxi-1,1,3- trimetil-4-indanil)-4-pirazolocarboxamida; 4-difluorometil-2-metil-N-(7- trifluorometoxi-1,1,3-trimetil-4-indanil)-5-tiazolcarboxamida; 3-difluorometil-N-(7- fluoro-1,1,3-trimetil-4-indanil)-4-furazancarboxamida; 4-difluorometil-N-(7-fluoro- 1,1,3-trimetil-4-indanil)-2-metiltio-5-pirimidinocarboxamida; 3-difluorometil-N-(7- cloro-1,1,3-trimetil-4-indanil)-1-metil-4-pirazolocarboxamida (Fluindapir); 3- difluorometil-N-(7-cloro-1,1-dietil-3-metil-4-indanil)-1-metil-4- pirazolocarboxamida; e 4-difluorometil-N-(7-fluoro-1,1,3-trimetil-4-indanil)-5- tiadiazolocarboxamida.
[0034] Uma amida particularmente preferido de 4-aminoindano é 3- difluorometil-N-(7-fluoro-1,1,3-trimetil-4-indanil)-1-metil-4-pirazolcarboxamida, de Fórmula II. Um nome comum aprovado provisoriamente para a Fórmula II é Fluindapir: (II)
[0035] O composto de fórmula II (isto é, Fluindapir) pode ser preparado por meio de: 1) isomerização ácida de N-(3-difluorometil-1-metil-1H- 4-pirazolcarbonil)-6-fluoro-2,2,4-trimetil-1,2,3,4-tetrahidro-quinolina; ou, 2) condensação de ácido 3-difluorometil-1-metil-1H-pirazol-4-carboxílico ou seu derivado, com 7-fluoro-1,1,3-trimetil-4-aminoindano conforme descrito na Publicação do Pedido de Patente US 2015/0164076.
[0036] O composto de Fórmula II contém um átomo de carbono assimétrico na posição 3 do grupo indanil e é geralmente obtido como uma mistura racêmica dos dois enantiômeros que têm configurações R e S (razão molar de R: S igual a 1: 1). No entanto, é possível preparar misturas dos dois enantiômeros do composto de fórmula (II) em que a proporção de R: S é diferente de 1: 1 (misturas enriquecidas). Além disso, é possível preparar qualquer um dos enantiômeros R ou S de Fluindapir na forma substancialmente pura (> 99% em peso). As misturas enantiomericamente enriquecidas e os enantiômeros únicos substancialmente puros podem ser preparados como descrito na Publicação do Pedido de Patente Americana US 2015/0164076: (II)-R (II)-S
[0037] Nas composições da presente invenção, o composto de Fórmula II pode ser uma mistura racêmica, (II)-RS, ou uma mistura enriquecida de um dos dois enantiômeros, por exemplo uma mistura 8: 2 da mistura R: S, ou mesmo um enantiômero específico substancialmente puro (II)-R ou (II)-S. No caso de misturas enriquecidas do composto de Fórmula II, aquelas enriquecidas no enantiômero R são preferidas, de preferência com uma razão em peso dos dois enantiômeros (R: S) variando de 51:49 a 99,99: 0,01, tal como 80 : 20. Entre as duas formas enantioméricas do composto de fórmula II, o isômero R substancialmente puro é preferido.
[0038] Conforme usado neste documento, um inibidor de SDH que não compreende uma fração de indanil é designado pelo termo “inibidor de SDH não indanil”. Um inibidor SDH não indanil adequado para uso na prática da presente invenção pode ser selecionado a partir de um no grupo que consiste em: fluopiram; bixafen; penflufen; sedaxane; isopirazam; pentiopirade; furametpir; boscalid; fluxapiroxade; fenhexamida; carboxina; flutolanila;
furametpir; oxicarboxina; tifluzamida; fenfuram; N-[1-(2,4-diclorofenil)-1- metoxipropan-2-il]-3-(difluorometil)-1-metil-1H-pirazol-4-carboxamida; N-[9- (diclorometilen)-1,2,3,4-tetrahidro-1,4-metanonaftalen-5-il]-3-(difluorometil)-1- metil-1H-pirazol-4-carboxamida; N-[(1S,4R)-9-(diclorometilen)-1,2,3,4- tetrahidro-1,4-metanonaftalen-5-il]-3-(difluorometil)-1-metil-1H-pirazol-4- carboxamida; N-[(1R,4S)-9-(diclorometilen)-1,2,3,4-tetrahidro-1,4- metanonaftalen-5-il]-3-(difluorometil)-1-metil-1H-pirazol-4-carboxamida; 3- (difluorometil)-1-metil-N-[2-(1,1,2,2-tetrafluoroetoxi)fenil]-1H-pirazol-4- carboxamida; 3-(difluorometil)-N-[4-fluoro-2-(1,1,2,3,3,3-hexafluoropropoxi) fenil]-1-metil-1H-pirazol-4-carboxamida; 3-(difluorometil)-1-metil-N-[2- (1,1,2,3,3,3-hexafluoropropoxi)fenil]-1-metil-1H-pirazol-4-carboxamida; 3- (difluorometil)-1-metil-N-[2-(3-Cl-1,1,2-trifluoroetoxi)fenil]-1H-pirazol-4- carboxamida; N-[9-(diclorometileno)-1,2,3,4-tetrahidro-1,4-metanonaftalen-5-il]- 3-(difluorometil)-1-metil-1H-pirazol-4-carboxamida; N-[(1S,4R)-9- (diclorometileno)-1,2,3,4-tetrahidro-1,4-metanonaftalen-5-il]-3-(difluorometil)-1- metil-1H-pirazol-4-carboxamida; e N-[(1R,4S)-9-(diclorometileno)-1,2,3,4- tetrahidro-1,4-metanonaftalen-5-il]-3-(difluorometil)-1-metil-1H-pirazol-4- carboxamida.
[0039] Em algumas formas de realização, os SDHIs não-indanil são selecionados a partir do grupo que consiste em: fluopiram; bixafen; penflufen; sedaxane; isopirazam; pentiopirade; furametpir; boscalid; fluxapiroxade; fenhexamida; carboxina; flutolanila; furametpir; oxicarboxina; tifluzamida; e fenfuram. Em algumas formas de realização, o SDHI não indanil é selecionado a partir do grupo que consiste em: fluopiram; bixafen; isopirazam; pentiopirade; boscalid; e fluxapiroxade. Pode ser preferido que o SDHI não indanil seja bixafen.
[0040] A razão de composto ativo de SDHI para éster fosfórico de trialquila pode ser variada dentro de uma relação em peso (composto de SDHI de éster fosfórico) de cerca de 1: 0,2 a 1: 5; preferencialmente dentro de uma faixa de cerca de 1: 0,6 a 1: 2.
[0041] Além dos ésteres de ácido fosfórico de Fórmula I, inibidores de cristalização podem estar contidos nas misturas de pulverização que podem ser usadas de acordo com a invenção. Estes inibidores de cristalização compreendem amidas de Fórmula III, R4CONR5R6, em que: R4 compreende alquila C5-C19 saturada, alquila C5-C19 monoinsaturada ou alquila C3-C19 saturada ou alquila monoinsaturada substituída por -OH; R5 compreende alquila C1-C6; e R6 compreende H ou alquila C1-C6. Em algumas formas de realização, R4 compreende alquila C8-C19, alquila C8-C19 monoinsaturada ou alquila C2-C19 saturada substituída por -OH; R5 compreende alquila C1-C6; e R6 compreende alquila C1-C6. Em outras formas de realização, R5 e R6 independentemente compreendem alquila C1-C2. Em uma forma de realização, R5 e R6 são ambos metila. As amidas de fórmula III adequadas incluem: N,N-dimetil octanamida; N,N-dimetil nonanamida; N,N-dimetil decanamida; N,N-dimetil 9-decenamida, opcionalmente misturada com amidas derivadas de ácidos monoinsaturados C12, C14 ou C16; N,N-dimetil lactamida (2-hidroxi-N,N-dimetil propanamida); ou N,N-dimetil-9 dodecenamide opcionalmente misturado com amidas derivadas de ácidos monoinsaturados C14 ou C16. As amidas insaturadas podem ser preparadas de acordo com os métodos descritos na Publicação do Pedido de Patente PCT WO 2012/061094. As amidas podem ser usadas particularmente em composições em que o SDHI compreende uma amida de 4-aminoindano, tal como 3-difluorometil-N-(7-fluoro-1,1,3-trimetil-4-indanil)-1-metil-4- pirazolocarboxamida.
[0042] Em particular, quando o SDHI é misturado com um fungicida adicional, tal como um fungicida de triazol ou um fungicida de estrobilurina em um concentrado emulsionável e uma amida de fórmula geral III, R4 compreende alquila C5-C19 saturada, alquila C5-C19 monoinsaturada, alquila C2 substituída por -OH, ou combinações dos mesmos: R1 O N (III) R2 R4
OUTROS COMPONENTES DE FORMULAÇÃO
[0043] O éster de ácido fosfórico de trialquila (também referido aqui como “éster fosfórico”) pode ser incorporado em uma única formulação compreendendo o composto agricolamente ativo (isto é, uma formulação “pronta para uso”). Alternativamente, o éster de ácido fosfórico pode ser adicionado a uma formulação concentrada do composto ativo – isto é, uma formulação concentrada do composto ativo que está ausente do penetrante de éster de ácido fosfórico (“formulação concentrada”) – ou a uma mistura obtida da formulação concentrada após diluição para formar um licor de pulverização (uma mistura em tanque). A diluição da formulação concentrada com água pode ser preferida, mas outros diluentes podem ser usados.
[0044] Pode ser vantajoso incorporar os agentes de penetração em uma formulação em conjunto com o agente ativo. As composições aqui descritas podem estar na forma de concentrados emulsionáveis, emulsões ou microemulsões prontas para usar que podem ser diluídas com água para fornecer uma mistura de pulverização aquosa final compreendendo o agente ativo e o penetrante para aplicação na planta ou parte da planta.
[0045] Também pode ser desejável misturar um composto agroquimicamente ativo formulado com o penetrante de éster fosfórico de uma mistura de tanque. A mistura em tanque pode ser conveniente, por exemplo, quando o composto ativo está disponível em uma formulação comercial, ou quando é de outra forma conveniente usar uma formulação que não inclui o penetrante de éster fosfórico. Alternativamente, um kit que compreende um primeiro recipiente do agente ativo com outros aditivos de formulação opcionais, conforme descrito neste documento e um segundo recipiente contendo a composição penetrante de éster fosfórico, em que o conteúdo dos recipientes é misturado, tal como em uma mistura de tanque antes da aplicação à planta ou parte da planta.
[0046] Os aditivos adequados para utilização nas formulações de acordo com a invenção são substâncias ativas de superfície, incluindo tensoativos e emulsionantes, diluentes orgânicos, ácidos, estabilizadores de baixa temperatura e inibidores de cristalização.
[0047] As substâncias de superfície ativa adequadas (tensoativos, dispersantes, coloides protetores, emulsionantes, agentes de molhagem) podem ser não iônicas, aniônicas, catiônicas ou zwitteriônicas. O termo “tensoativo” é usado aqui geralmente para todas essas substâncias de superfície ativa. Um tensoativo pode ser empregado como o único tensoativo ou em uma mistura com vários outros tensoativos.
[0048] Os tensoativos adequados para utilização na prática da presente invenção incluem: alquilnaftalenosulfonatos; polinaftalenossulfonatos; alquilsulfonatos; aril sulfonatos; alquilarilsulfonatos; policarboxilatos; sulfossuccinatos; alquilsulfosuccinatos; lignossulfonatos, aril sulfatos, alquilarilsulfatos; ou alquil sulfonatos. Os tensoativos podem ser usados na forma ácida, ou como sais de sódio, cálcio, potássio, trietilamina ou trietanolamina, ou como condensados com formaldeído.
[0049] Os tensoativos úteis também podem incluir: produtos de reação de ácidos graxos; ésteres de ácidos graxos; álcoois graxos; aminas graxas; alquilfenois ou alquilarilfenois com óxido de etileno e/ ou óxido de propileno, e seus ésteres sulfúricos, mono-ésteres fosfóricos e di-ésteres fosfóricos, produtos da reação de óxido de etileno com óxido de propileno, incluindo álcoois graxos polietoxilados, alquil fenois polietoxilados, ésteres polietoxilados de sorbitol, ou copolímeros de bloco de polipropoxi polietoxilados.
Exemplos incluem produtos de reação de óleo de rícino com óxido de etileno em uma razão molar de 1:20 a 1:60, produtos de reação de álcoois graxos C6-C20 com óxido de etileno em uma razão molar de 1: 5 a 1:50, reação produtos de aminas graxas com óxido de etileno em uma razão molar de 1: 2 a 1:20, produtos de reação de 1 mol de fenol com 2 a 3 mol de estirol e 10 a 50 de mol de óxido de etileno, produtos de reação de 1 mol de fenol com 2 a 3 de viniltolueno e 10 a 50 moles de óxido de etileno, produtos da reação de alquilfenois C8-C12 com óxido de etileno em uma razão molar de 1: 5 a 1:30. Outros tensoativos incluem halogenetos de tetra-alquil-amônio, halogenetos de trialquil-aril-amônio e alquil glicosídeos.
[0050] Os diluentes orgânicos adequados para utilização nas formulações aqui descritas e misturas de pulverização resultantes são selecionados a partir de solventes orgânicos que podem ser líquidos polares ou não polares. Para os fins da presente invenção, os termos “diluente” e “solvente” podem ser usados indistintamente neste documento, a menos que razoavelmente ou especificamente desencorajado pelo contexto. Geralmente, tal como aqui utilizado, um solvente também pode ser descrito como um diluente se estiver presente em uma quantidade inferior a cerca de 10% em peso da composição, mas de outra forma atender aos critérios de um solvente como aqui descrito. Por exemplo, além da água, o seguinte pode ser usado aqui para dissolver ou diluir a formulação concentrada: solventes aromáticos, tais como xileno, xiloles, misturas de alquilbenzol e clorobenzeno, por exemplo; parafinas (fração de óleo); álcoois, tais como metanol, propanol, butanol, octanol, glicerol, álcool benzílico, 1-metoxi-2-propanol, etileno glicol fenil éter, por exemplo; ésteres tais como acetato de etila, acetato de isobutila, carbonatos de alquila, alquil ésteres de ácido adípico tais como Dimetil Adipato e adipato de dibutila, alquil ésteres de ácido glutárico, alquil ésteres de ácido succínico, alquil ésteres de ácido láctico, e os alquil ésteres de ácidos graxos C5-C24, tais como oleato de metila, por exemplo; óleos minerais ou óleos vegetais, tais como óleo de colza, óleo de girassol, óleo de soja, óleo de rícino, óleo de milho, óleo de amendoim, por exemplo, e seus ésteres alquílicos; cetonas, tais como ciclohexanona, acetona, acetofenona, isoforona, metil isobutil cetona e etil amil cetona, por exemplo; amidas, tais como N,N-dimetilformamida, N-metilpirrolidona, N-octil- pirrolidona, N-dodecil-pirrolidona, N-octil-caprolactama e N- dodecilcaprolactama, por exemplo; sulfóxidos e sulfonas, tais como dimetilsulfóxido e dimetilsulfona, por exemplo; e misturas dos mesmos.
[0051] Os solventes preferidos incluem adipatos de dialquila, especialmente Dimetil Adipato. Notavelmente, uma combinação de tris(fosfatos de alquila C6-C10) tais como TEHP ou tri-octil fosfato e adipatos de dialquila, tais como Dimetil Adipato podem melhorar a penetração na folha. Uma combinação particularmente notável é TEHP e Dimetil Adipato. As amidas descritas acima como inibidores da cristalização também podem ser solventes particularmente adequados.
[0052] O uso das amidas de Fórmula III como um segundo solvente em mistura com ésteres fosfóricos de trialquila pode ser preferido em algumas formas de realização. Por exemplo, as misturas de amidas de Fórmula III com ésteres fosfóricos de trialquila de Fórmula I podem ser preferidas em formulações compreendendo Fluindapir como o composto de SDHI, ou em formulações compreendendo Fluindapir e protioconazol. Por exemplo, os solventes de amida úteis são: N,N-dimetil octanamida; N,N-dimetil nonanamida; N,N-dimetil decanamida; N,N-dimetil 9-decenamida, opcionalmente misturada com amidas derivadas de ácidos monoinsaturados C12, C14 ou C16; N,N-dimetil lactamida (2-hidroxi-N,N-dimetil propanamida); ou N,N-dimetil-9 dodecenamida opcionalmente misturado com amidas derivadas de ácidos monoinsaturados C14 ou C16. As misturas de solventes de amida com TEHP podem ser particularmente úteis – particularmente misturas de TEHP e N,N-dimetil decanamida. A mistura de solvente de amida/ éster fosfórico pode compreender os solventes em qualquer razão eficaz, mas de preferência a amida, quando presente como um solvente em mistura com o ácido fosfórico de trialquila, está presente em uma quantidade de cerca de 40 a cerca de 60% em peso da mistura de solventes. A amida pode estar presente na mistura de solvente em uma quantidade de cerca de 45 a cerca de 55% em peso da mistura de solvente, ou em uma quantidade de cerca de 50 a cerca de 55% em peso da mistura de solvente.
[0053] Em outras formas de realização, pode ser vantajoso minimizar ou eliminar os solventes de amida. As Depositantes descobriram que certas misturas de emulsionantes podem permitir a eliminação completa de solventes de amida nas formulações da presente invenção. Uma forma de realização da invenção é uma formulação de um SDHI em que a mistura formulada não inclui um solvente de amida, mas inclui uma mistura emulsionante. A mistura emulsionante compreende ou consiste essencialmente em tensoativos não iônicos, tais como: (i) álcoois alcoxilados, tais como 2- etilhexanol etoxilado/ propoxilado e álcoois C11-C14 etoxilados, por exemplo; (ii) óleos de rícino alcoxilados, tal como óleo de rícino etoxilado, por exemplo; (iii) ésteres de álcool alcoxilado, como trioleato de sorbitano etoxilato, por exemplo; (iv) ésteres de fosfato de álcool tridecílico etoxilato; ou misturas de qualquer um deles. A mistura emulsionante pode opcionalmente compreender tensoativos aniônicos. Em uma forma de realização, a mistura emulsionante não inclui emulsionantes contendo benzeno.
[0054] As misturas de pulverização podem compreender ácidos que podem ser ácidos inorgânicos e/ ou ácidos orgânicos. Os ácidos hidroxicarboxílicos alifáticos e aromáticos podem ser adequados para uso aqui; tais como ácido cítrico, ácido salicílico e ácido ascórbico, por exemplo.
[0055] Os estabilizadores de baixa temperatura (agentes anticongelantes) que estão opcionalmente presentes nas formulações incluem ureia, glicerina e propileno glicol.
[0056] Além disso, os concentrados emulsionáveis descritos aqui podem ser diluídos com um solvente ou diluente, de preferência água, para fornecer misturas de pulverização que podem ser usadas de acordo com a invenção. A concentração do composto ativo nas misturas para pulverização da invenção pode ser variada dentro de um certo intervalo. Em geral, a concentração de composto ativo é de cerca de 0,0003 a cerca de 5 por cento em peso, de preferência de cerca de 0,003 a cerca de 3 por cento em peso. No entanto, a eficácia do composto ativo pode variar dentro da faixa divulgada, dependendo de outras variáveis, incluindo a espécie de planta a ser tratada e a quantidade de penetrante usada. Portanto, a razão de composto ativo para o penetrante pode ser uma variante do método divulgado.
[0057] As misturas de pulverização da presente invenção podem ser preparadas por métodos convencionais. Por exemplo, um concentrado pode ser preparado combinando os componentes necessários em qualquer sequência desejada. Normalmente, os componentes são combinados em temperaturas entre 10 °C e 30 °C, misturando o lote até a homogeneidade e, se for o caso, filtrando a mistura resultante. Para preparar misturas aquosas para pulverização prontas para aplicação, a formulação concentrada pode ser misturada com uma quantidade de água, com agitação e/ ou bombeamento, se necessário, para distribuir uniformemente a formulação na água.
[0058] O aparelho de mistura e/ ou equipamento de pulverização convencional adequado para a finalidade pode ser usado para a preparação e aplicação das misturas de pulverização da invenção.
[0059] Ao usar ésteres fosfóricos da Fórmula I em misturas de pulverização aquosa compreendendo SDHIs, a cristalização do composto ativo nos filtros e aberturas de saída do equipamento de pulverização é evitada completamente ou inibida na formulação concentrada, comercialmente disponível e durante a aplicação das misturas aquosas diluídas para pulverização.
OUTROS INGREDIENTES ATIVOS
[0060] A composição da invenção pode ainda compreender pelo menos um composto fungicida diferente do SDHI para proporcionar uma gama mais ampla de controle de doenças e/ ou controle sinérgico. As composições podem incluir opcionalmente pelo menos um componente fungicida (“componente [C]”) selecionado a partir de compostos fungicidas pertencentes a um ou mais dos seguintes grupos de compostos fungicidas: i) azois, tais como azaconazol, bitertanol, bromuconazol, ciproconazol, difenoconazol, epoxiconazol, fenbuconazol, fluquinconazol, flutriafol, hexaconazol, imazalil, ipconazol, metconazol, miclobutanil, penconazol, propiconazol, procloraz, protioconazol, simeconazol, tebuconazol, tetraconazol, triadimefon, triadimenol, triflumizol, triciclazol, triticonazol; ii) derivados de amino, tais como aldimorph, dodine, dodemorph, fen-propimorph, fenpropidina, guazatina, iminoctadina, espiroxamina, tridemorph; iii) estrobilurinas, tais como azoxistrobina, dimoxistrobina, fluoxastrobina, cresoxim-metila, metominostrobina, orisastrobina, picoxistrobina, piraclostrobina, pirametostrobina, piroxostrobina, trifloxistrobina; iv) compostos anti-oídio específicos, tais como ciflufenamida, flutianil, metrafenona, proquinazida, piriofenona, quinoxifen; v) anilina- pirimidinas, tais como pirimetanil, mepanipirim, ciprodinil; vi) benzimidazois e análogos, tais como benomil, carbendazim, fuberidazol, tiabendazol, tiofanato- metila; vii) dicarboximidas, tais como iprodiona, procimidona; viii) compostos poli- halogenados, tais como clorotalonil, captan, captafol, folpete, diclofluanid, tolilfluanid; ix) indutores de resistência adquirida sistêmica (SAR), tais como acibenzolar, probenazol, isotianil, tiadinila; x) fenilpirrois, tais como fenpiclonil,
fludioxonil; xi) acilalaninas, tais como benalaxil, benalaxil-M, furalaxil, metalaxil, metalaxil-M; xii) compostos anti-peronospóricos tais como ametoctradina, amisulbrom, bentiavalicarbe, ciazofamid, cimoxanil, dimetomorph, etaboxam, famoxadona, fenamidona, flumetover, flumorph, fluopicolide, iprovalicarbe, mandipropamid, valifenalato; xiii) ditiocarbamatos, tais como maneb, mancozeb, propinebe, zinebe; xiv) arilamidinas tais como N-etil-N-metil-N’-{4-[3-(4- clorobenzil)-1,2,4-tiadiazolil-5-oxi]-2,5-xilil}-formamidina; xv) ácido fosforoso e derivados, tais como fosetil-alumínio, fosfito de potássio, fosfito de sódio, fosfito de colina; xvi) amidas fungicidas, tais como carpropamid, siltiofam, zoxamid, fluopicolida; e xviii) heterociclos de nitrogênio, tais como fenpirazamina, fluazinam, piribencarbe, tebufloquina.
[0061] Os compostos fungicidas entre os quais selecionar o componente [C] das composições são aqui indicados com o seu nome comum internacional ISO; suas estruturas químicas e nomes químicos CAS e IUPAC são relatados no site de Alan Wood (www.alanwood.net), Compendium of Pesticide Common Names; para a maioria dos compostos, essas características também são relatadas, juntamente com dados físico-químicos e características biológicas, no “Pesticide Manual”, C. D. S. Tomlin, 15ª.sup Edição, 2009, British Crop Production Council Editor.
[0062] Em particular, o componente [C] podem ser, pelo menos, um selecionado a partir do grupo que consiste em: um fungicida azol; uma estrobilurina; e um fungicida poli-halogenado, tal como clorotalonil.
[0063] De preferência, o fungicida azol pode ser um triazol selecionado a partir do grupo que compreende azaconazol, bitertanol, bromuconazol, ciproconazol, diclobutrazol, difenoconazol, diniconazol, diniconazol-M, epoxiconazol, etaconazol, fenbuconazol, fluquinonazol, flutriafol, furconazol, furconazol-cis, hexaconazol, imibenconazol, ipconazol, metconazol, miclobutanil, paclobutrazol, penconazol, propiconazol, protioconazol,
quinconazol, simeconazol, tebuconazol, tetraconazol, triadimefon, triadimenol, triticonazol, uniconazol, uniconazol-P, voriconazol, e 1-(4-clorofenil)-2-(1H-1,2,4- triazol-1-il)cicloheptanol. Outros azois preferidos incluem flutriafol e triciclazol.
Azois notáveis incluem protioconazol, difenoconazol e triciclazol.
[0064] Mais preferencialmente, o fungicida de triazol é selecionado a partir do grupo que consiste em difenoconazol, flutriafol, epoxiconazol, protioconazol e tebuconazol. Ainda mais preferencialmente, o fungicida de triazol é selecionado a partir do grupo que consiste em protioconazol, difenoconazol e tebuconazol. Um fungicida de triazol preferido é o protioconazol.
[0065] Neste contexto, observa-se que um fungicida azol preferido, o protioconazol, foi classificado como um fungicida de triazol de acordo com a chamada classificação FRAC amplamente aceita (classificação pelo Fungicide Resistance Action Committee), embora o FRAC tenha estabelecido um grupo separado de fungicidas, “triazolintionas”, referindo-se aos fungicidas triazólicos com um grupo de enxofre, como o protioconazol. Para esclarecimento, a definição de fungicidas triazólicos de acordo com esta invenção inclui explicitamente triazolintionas, tais como protioconazol.
[0066] De preferência, a estrobilurina é azoxistrobina, fluoxastrobina, cresoxim-metila, picoxistrobina, piraclostrobina, trifloxistrobina ou; e mais preferencialmente azoxistrobina.
[0067] Um polihalogenado fungicida preferido compreende clorotalonil.
[0068] De preferência, o componente [C] pode compreender um fungicida azol, uma estrobilurina, ou um fungicida polihalogenado ou uma combinação dos mesmos. De preferência, a composição pode compreender, além do SDHI, uma combinação de uma estrobilurina e um fungicida azol; preferencialmente compreendendo azoxistrobina e um azol selecionado a partir do grupo que consiste em difenoconazol e protioconazol.
[0069] Opcionalmente, pode ser preferido que o componente [C] possa incluir: ii) fenpropimorph, espiroxamina; iv) metrafenona, proquinazida; v) mepanipirim, ciprodinil; vi) iprodiona, procimidona; vii) carbendazim, tiofanato- metila; x) fludioxonil; xi) benalaxil, benalaxil-M, metalaxil-M; xii) bentiavalicarbe, ciazofamida, cimoxanil, dimetomorfo, mandipropamida, valifenalato.
[0070] A quantidade total de componentes (A) e, opcionalmente, [C] a serem aplicados para obter o efeito desejado pode variar de acordo com diferentes fatores como, por exemplo, os compostos utilizados, a cultura a ser preservada, o tipo do patógeno ou inseto, o grau de infecção, as condições climáticas, o método de aplicação, a formulação usada.
[0071] Em geral as doses dos componentes (A) e, opcionalmente, [C] variando de 10 g a 5 kg por hectare de cultura agrícola proporcionam geralmente um controle suficiente dos agentes patogênicos.
[0072] As razões em peso dos componentes (A) e [C] nas composições desta invenção podem variar dentro de uma ampla faixa, mesmo dependendo dos parasitas a serem controlados e do único componente [C] usado (ou a pluralidade de componentes [C] usados), e são geralmente compreendidos entre 1: 20 e 20: 1. A proporção também pode variar em qualquer lugar entre cerca de 10: 1 a cerca de 1: 10, ou de cerca de 5: 1 a cerca de 1: 5, ou de cerca de 3: 1 a cerca de 1: 3. Para uma mistura de Fluindapir e protioconazol, por exemplo, a proporção de Fluindapir, componente (A), para protioconazol, componente [C], pode variar de 20: 1 a 1:20, ou mais particularmente de 3: 1 a 1: 3, 2: 1 a 1: 2 ou pode ser 1: 1.
[0073] O concentrado emulsionável compreendendo o componente de SDHI e o(s) componente(s) [C] pode ser formulado separadamente e misturado no diluente pré-selecionado (por exemplo, água) no momento do tratamento das culturas agrícolas a serem protegidas, ou SDHI e o componente [C] podem ser combinados antes do tratamento em uma única formulação de concentrado emulsionável “pronta para uso”, conforme descrito neste documento.
[0074] A concentração total dos componentes (A) e [C] nas referidas composições pode variar dentro de uma vasta faixa; geralmente varia de 1% a 99% em peso em relação ao peso total da composição, de preferência de 5% a 90% em peso em relação ao peso total da composição.
[0075] Se desejado, outros ingredientes ativos compatíveis com o SDHI e fungicidas adicionais podem ser adicionados às composições, tais como, por exemplo, compostos inseticidas, fitorreguladores, antibióticos, e/ ou misturas dos mesmos. Por “compatível” entende-se que os outros ingredientes ativos são capazes de formar uma mistura química e fisicamente estável com a composição de SDHI e fungicidas adicionais, sem afetar negativamente a eficácia ou o uso da composição de SDHI ou seus componentes individuais.
[0076] As quantidades de outros compostos ativos ou aditivos nas misturas de pulverização que podem ser usadas de acordo com esta invenção podem ser variadas. Pode ser preferido que outros compostos ativos sejam usados em quantidades que são convencionais para tais compostos em misturas aquosas para pulverização.
[0077] Em uma forma de realização, uma formulação da presente invenção compreende ou consiste essencialmente em: (A) desde cerca de 5 a cerca de 12% em peso de um SDHI como aqui descrito; (B) de cerca de 30 a cerca de 70% em peso de um éster fosfórico de trialquila ou mistura do mesmo, conforme descrito pela Fórmula I; (C) de cerca de 0 a cerca de 15% em peso de um fungicida selecionado a partir do grupo que consiste em: i) azois; ii) derivados de amino; iii) estrobilurinas; iv) compostos anti-oídio específicos; v) anilina- pirimidinas; vi) benzimidazois e análogos; vii) dicarboximidas; viii) compostos polihalogenados; ix) indutores de SAR; xi) acilalaninas; xii) compostos anti- peronospóricos; xiii) ditiocarbamatos; xiv) arilamidinas; xv) ácido fosforoso e derivados; xvi) amidas fungicidas; xvii) heterociclos de nitrogênio; e misturas dos mesmos; (D) de cerca de 10 a cerca de 20% em peso de uma mistura emulsionante como aqui descrita. Em uma forma de realização, a formulação compreende de cerca de 15 a cerca de 18% em peso da mistura emulsionante.
[0078] Todas as plantas ou qualquer parte de uma planta pode ser tratada de acordo com a invenção. O termo “plantas”, tal como aqui utilizado, deve ser entendido como todas as plantas e populações de plantas, como, por exemplo, plantas selvagens ou plantas cultivadas desejadas e indesejadas (incluindo plantas cultivadas de ocorrência natural). As plantas de cultura podem ser plantas que podem ser obtidas por métodos convencionais de cruzamento e otimização ou por métodos de engenharia biotecnológica e genética ou por combinações desses métodos, incluindo plantas transgênicas e incluindo cultivares de plantas que podem ou não podem ser protegidos pelos direitos dos melhoristas de plantas. As partes da planta devem ser entendidas como significando todas as partes e órgãos das plantas acima e abaixo do solo, como broto, folha, flor e raiz, exemplos que podem ser mencionados sendo folhas, espinhos, caules, troncos, flores, corpos frutíferos, frutos e sementes, bem como raízes, tubérculos e rizomas. As partes da planta também incluem material colhido e material de propagação vegetativa e generativa, por exemplo, estacas, tubérculos, rizomas, rebentos e sementes.
[0079] O tratamento das plantas e partes da planta com as composições de acordo com a presente invenção é realizado por contato direto com a planta ou parte da planta, ou por ação no ambiente da planta, habitat ou espaço de armazenamento usando métodos de tratamento habituais. Por exemplo, o tratamento conforme descrito neste documento pode ser por imersão, pulverização, evaporação, atomização, difusão, espalhamento, injeção e, no caso de material de propagação – particularmente no caso de sementes –
pela aplicação de uma camada de um revestimento compreendendo a composição, opcionalmente com camadas adicionais.
[0080] Espécies de plantas selvagens e cultivares de plantas, ou aquelas obtidas por métodos convencionais de melhoramento biológico, tais como cruzamento ou fusão de protoplastos, e suas partes, podem ser tratadas.
Além disso, plantas transgênicas e cultivares de plantas obtidas por métodos de engenharia genética, se apropriado em combinação com métodos convencionais (Organismos Geneticamente Modificados), e suas partes são tratadas. As plantas das cultivares de plantas que estão em cada caso comercialmente disponíveis ou em uso são tratadas de acordo com a invenção.
As cultivares de plantas devem ser entendidas como significando plantas com novas propriedades (“características”) que foram obtidas por reprodução convencional, por mutagênese ou por técnicas de DNA recombinante. Podem ser cultivares, biótipos ou genótipos.
[0081] As plantas transgênicas ou variedades de plantas (obtidas por engenharia genética) que podem ser tratadas de acordo com a invenção incluem todas as plantas que, por modificação genética, recebeu material genético que transmitia características vantajosas particulares, úteis para estas plantas. Exemplos de tais características são melhor crescimento da planta, maior tolerância a altas ou baixas temperaturas, maior tolerância à seca ou à água ou ao conteúdo de sal do solo, maior desempenho de floração, colheita mais fácil, maturação acelerada, maior rendimento de colheita, maior qualidade e/ ou maior valor nutricional dos produtos colhidos, melhor estabilidade de armazenamento e/ ou processabilidade dos produtos colhidos. Exemplos adicionais e particularmente enfatizados de tais características são uma melhor defesa das plantas contra pragas animais e microbianas, como contra insetos, ácaros, fungos fitopatogênicos, bactérias e/ ou vírus, e maior tolerância das plantas a certos compostos herbicidamente ativos. Exemplos de plantas transgênicas incluem as plantas de cultivo importantes, como cereais (trigo, arroz), milho, sojas, batatas, beterraba sacarina, tomates, ervilhas e outras variedades de vegetais, algodão, tabaco, colza e plantas frutíferas (com as frutas maçãs, peras, frutas cítricas e uvas), com destaque para milho, sojas, batatas, algodão, tabaco e colza. As características incluem o aumento da defesa das plantas contra insetos, aracnídeos, nematoides e lesmas e caramujos por toxinas formadas nas plantas, particularmente aquelas formadas nas plantas pelo material genético de Bacillus thuringiensis (por exemplo, pelos genes CryIA(a), CryIA(b), CryIA(c), CryIIA, CryIIIA, CryIIIB2, Cry9c, Cry2Ab, Cry3Bb e CryIF e também combinações dos mesmos) (“Plantas Bt”). Outras características são o aumento da defesa das plantas contra fungos, bactérias e vírus por resistência sistêmica adquirida (SAR), sistemina, fitoalexinas, elicitores e genes de resistência e proteínas e toxinas expressas correspondentemente.
As características também incluem a tolerância aumentada das plantas a certos compostos herbicidamente ativos, por exemplo, imidazolinonas, sulfonilureias, glifosato ou fosfinotricina (por exemplo, o gene “PAT”). Os genes que conferem as características desejadas em questão também podem estar presentes em combinações uns com os outros nas plantas transgênicas. Exemplos de “plantas Bt” incluem variedades de milho, variedades de algodão, variedades de soja e variedades de batata que são vendidas sob os nomes comerciais YIELD GARD® (por exemplo milho, algodão, soja), KnockOut® (por exemplo milho), StarLink® (para exemplo milho), Bollgard® (algodão), Nucotn® (algodão) e NewLeaf® (batata). Exemplos de plantas tolerantes a herbicidas são variedades de milho, variedades de algodão e variedades de soja que são vendidas sob os nomes comerciais Roundup Ready® (tolerância ao glifosato, por exemplo milho, algodão, soja). Liberty Link® (tolerância a fosfinotricina, por exemplo colza), IMI® (tolerância a imidazolinonas) e STS® (tolerância a sulfonilureias, por exemplo milho). Plantas resistentes a herbicidas (plantas cultivadas de maneira convencional para tolerância a herbicidas) incluem as variedades vendidas sob o nome Clearfield® (por exemplo, milho). As culturas agrícolas são selecionadas a partir do grupo que consiste em cereais, árvores frutíferas, frutas cítricas, leguminosas, culturas hortícolas, cucurbitáceas, plantas oleaginosas, tabaco, café, chá, cacau, beterraba sacarina, cana-de-açúcar e algodão.
[0082] Dependendo das espécies de plantas ou cultivares de plantas, a sua localização e condições de crescimento (solos, clima, período de vegetação, dieta), o tratamento de acordo com a invenção pode também resultar em efeitos superaditivos (“sinérgicos”). Assim, por exemplo, taxas de aplicação reduzidas e/ ou um alargamento do espectro de atividade e/ ou um aumento na atividade das substâncias e composições que podem ser utilizadas de acordo com a invenção, melhor crescimento da planta, tolerância aumentada a altas ou baixas temperaturas, maior tolerância à seca ou à água ou ao teor de sal do solo, maior desempenho de floração, colheita mais fácil, maturação acelerada, maiores rendimentos de colheita, maior qualidade e/ ou um maior valor nutricional dos produtos colhidos, melhor estabilidade de armazenamento e/ ou processabilidade do produtos colhidos são possíveis, que excedem os efeitos que eram realmente esperados.
[0083] As culturas que podem ser protegidas com as composições de acordo com esta invenção compreendem cereais (trigo, cevada, centeio, aveia, arroz, milho, sorgo, etc.), árvores frutíferas (maçãs, peras, ameixas, pêssegos, amêndoas, cerejas, bananas, uvas, morangos, framboesas, amoras, etc.), árvores cítricas (laranjas, limões, tangerinas, toranjas, etc.), legumes (feijões, ervilhas, lentilhas, sojas, etc.), vegetais (espinafre, alface, espargos, repolho, cenoura, cebolas, tomates, batatas, berinjelas, pimentões, etc.), cucurbitáceas (abóboras, abobrinhas, pepinos, melões, melancias, etc.), plantas oleaginosas (girassol, colza, amendoim, mamona, coco, etc.), tabaco, café, chá, cacau, beterraba sacarina, cana-de-açúcar e algodão.
[0084] [084] As composições da presente invenção compreendendo fungicidas de SDHI fornecem uma atividade fungicida muito alta, contra vários fungos fitopatogênicos que atacam culturas agrícolas importantes. As composições fornecem uma atividade fungicida que pode ser curativa, preventiva ou erradicante, e geralmente têm uma fitotoxicidade muito baixa ou nula nas culturas tratadas. É portanto outro objetivo desta invenção usar as composições fungicidas aqui descritas para o controle de fungos fitopatogênicos em culturas agrícolas.
[0085] Exemplos de fungos fitopatogênicos que podem ser efetivamente tratados e/ ou controlados com as composições desta invenção são aqueles pertencentes aos grupos de Basidiomicetos, Ascomicetos, Deuteromicetos ou fungos imperfeitos, Oomicetos: Puccinia spp., Ustilago spp., Tilletia spp., Uromyces spp., Phakopsora spp., Rhizoctonia spp., Erysiphe spp., Sphaerotheca spp., Podosphaera spp., Uncinula spp., Helminthosporium spp., Rhynchosporium spp., Pyrenophora spp., Monilinia spp., Sclerotinia spp.
Septoria spp. (Mycosphaerella spp.), Venturia spp., Botrytis spp., Alternaria spp., Fusarium spp., Cercospora spp., Cercosporella herpotrichoides, Colletotrichum spp., Pyricularia oryzae, Sclerotium spp., Phytophtora spp. Pythium spp., Plasmopara viticola, Peronospora spp., Pseudoperonospora cubensis e Bremia lactucae.
[0086] Em particular, as composições da presente invenção provaram ser particularmente eficazes no controle de Plasmopara viticola em videiras, Phytophtora infestans e Botrytis cinerea em tomates, Puccinia recondite, Erysiphae graminis, Helminthosporium teres, Septoria nodorum e Fusarium spp. em cereais, no controle de Phakopsora pachyrhizi em soja, no controle de Uromyces appendiculatus em feijões, no controle de Venturia inaequalis em macieiras, no controle de Sphaerotheca fuliginea em pepinos.
[0087] Além disso, as composições da presente invenção são também eficazes no controle de bactérias e vírus fitopatogênicos, tais como, por exemplo, Xanthomonas spp., Pseudomonas spp., Erwinia amylovora, e o vírus do mosaico do tabaco.
[0088] Para proteger as culturas agrícolas, as composições da presente invenção podem ser aplicadas a qualquer parte da planta, ou sobre as sementes antes da semeadura, ou no solo em que a planta cresce.
[0089] Um outro objeto desta invenção se refere a um método para o controle de fungos fitopatogênicos em culturas agrícolas, que compreende a aplicação de uma dose eficaz de pelo menos uma composição fungicida conforme descrita neste documento em uma ou mais partes da planta a ser protegida (por exemplo, em mudas, folhas, frutos, caules, ramos, raízes) e/ ou nas sementes das referidas plantas antes da semeadura e/ ou no solo em que a planta cresce.
[0090] Os exemplos seguintes são fornecidos para uma melhor compreensão da invenção, que devem ser considerados como sendo ilustrativos e não limitativos da mesma.
EXEMPLOS MATERIAIS UTILIZADOS
[0091] Os ingredientes ativos fluindapir, protioconazol, tebuconazol, e difenoconazol foram obtidos como material técnico preparado de acordo com procedimentos conhecidos. O termo “material técnico”, tal como aqui utilizado, refere-se ao ingrediente ativo não formulado como produzido comercialmente. O material técnico inclui o composto químico nomeado e pequenas quantidades de impurezas ou subprodutos do processo. Por exemplo, o material técnico pode ser pelo menos 94% puro (menos de 6% de impurezas) e, de preferência, pelo menos 96% ou pelo menos 98% puro. O fluindapir técnico usado aqui era de cerca de 97% puro.
[0092] Os solventes foram obtidos comercialmente, como resumido abaixo. Fonte Nome comercial Nome comum Comercial Tris(2-etilhexil)fosfato (TEHP) Tri-isobutil fosfato Tri-octil fosfato Dimetil Adipato Amesolv® CME Oleato de metila Ametech Agnique® AMD 3L Dimetil lactamida BASF HallcomidTM 1025 N,N-Dimetil 9-decenamida + outras amidas Stepan Genagen PA N,N-Dimetil nonanamida Clariant N,N-Dimetil octamida + N,N-Dimetil Rhodiasolv® ADMA 810 Rhodia decanamida Rhodiasolv® ADMA 10 Rhodia ou N,N-Dimetil decanamida (ou Agnique® AMD 10) BASF Propileno glicol 2-Octanona Atlox Solval BDE-1 Tetraéter bicíclico Croda Metil-5-(dimetilamino)-2-metil-5- Rhodiasolv® Polarclean Rhodia oxopentanoato Glicerina Sigma-Aldrich 2-Octanona Sigma-Aldrich Amesolv CME Oleato de metila Ametech
[0093] Os emulsionantes, agentes tensoativos e outros adjuvantes foram obtidos comercialmente, como resumido abaixo. Fonte Nome comercial Descrição geral Comercial Dodecilbenzeno Sulfonato Linear, Sal de Cálcio Rhodacal® 60/BE Rhodia em solução de 2-etilhexanol (60%) Soprophor® 4D384 Sulfato de Poliarilfenil Éter, sal de amônio Rhodia Éster Fosfato de Tristirilfenol Etoxilato (forma Soprophor® 3D33 LN Rhodia ácida) Soprophor® BSU Tristirilfenol Etoxilado Rhodia Soprophor® TSP/ 724 Poliarilfenol Etopropoxilado Rhodia Soprophor® 796/P Poliarilfenol Etopropoxilado Rhodia Soprophor® TS/10 Tristirilfenol Etoxilado Rhodia Etoxilado de Óleo de Rícino com tensoativo não Emulsogen® EL360 Clariant iônico 36 EO Toximul® 8241 (CSO- Tensoativo não iônico de Etoxilato de Óleo de Stepan 30) Rícino Toximul® 8242 (CSO- Tensoativo não iônico de Etoxilato de Óleo de Stepan 40) Rícino Toximul® SEE-341 Etoxilato de Monooleato de Sorbital, POE-20 Stepan Copolímero de bloco EO/ PO com cobertura de Antarox® B848 Rhodia butil Antarox® PLG/254 Copolímero de bloco EO/ PO Rhodia EcosurfTM EH-6 Etoxilato de Álcool Dow Agnique® CSO-35 Óleo de rícino etoxilado, POE 35 BASF Éster fosfato de álcool alifático etoxilado, sal de Dextrol™ OC-180HS Ashland sódio AtlasTM G-5002L Copolímero de bloco de butila Croda Pluraflo® L1060 Copolímero de bloco EO/ PO BASF
Fonte Nome comercial Descrição geral Comercial sal de sódio de condensado de sulfonato de Morwet D-425 AkzoNobel naftaleno Sokalan® K 30 P Polímero de polivinilpirrolidona BASF Mistura de óleo de semente metilada/ tensoativo Dyne-Amic Helena não iônico Nimbus® 42% de óleo mineral parafínico, 58% inertes Syngenta
[0094] As composições que compreendem um fungicida de SDHI e, em alguns exemplos, um fungicida de azol foram preparadas, conforme resumido nas tabelas abaixo, em que todas as quantidades são relatadas como porcentagem da formulação total. As composições denotadas com um prefixo “C” são composições comparativas não sendo desta invenção e são usadas como exemplos comparativos para demonstrar os benefícios das composições desta invenção.
[0095] “Penetração” para os fins da presente invenção, é a absorção do componente em questão por uma planta. Para os fins da presente invenção, a penetração pode ser descrita como a absorção de um inibidor da succinato desidrogenase (SDHI), como aqui descrito. A penetração, ou absorção, pode ser determinada por qualquer meio convencional, mas para os fins da presente invenção a penetração é tipicamente determinada pela extração do SDHI de uma planta tratada. Para fins comparativos, é preferível que a penetração seja determinada usando a mesma metodologia na mesma espécie de planta ou em espécies semelhantes.
RESISTÊNCIA À CHUVA E PENETRAÇÃO DA FOLHA
[0096] O feijão Pinto (Topázio) unifoliadas ou folhas de cevada foram pulverizadas a 60 g ai/ ha com volume de pulverização de 200 L/ ha usando um bico pulverizador de precisão montado em um suporte de anel acima da folha. Os valores iniciais aplicados foram determinados lavando imediatamente o ingrediente ativo das folhas com acetonitrila. Para determinação da resistência à chuva e penetração, as plantas foram mantidas 24 horas em uma câmara de crescimento. Após 24 horas, as folhas foram lavadas com água para simular a chuva para determinar a resistência à chuva, em seguida, lavadas com acetonitrila para remover o ingrediente ativo remanescente na superfície da folha, seguido pela extração do material foliar para determinar a penetração. O aumento da penetração devido ao éster fosfórico é indicado por uma maior porcentagem do agente ativo encontrado na extração de folhas em comparação com aquela encontrada para composições de pulverização que não compreendem o éster fosfórico.
Lavagens e extratos foram quantificados por LC/ MS. Os resultados são mostrados na Tabela 3.
FITOTOXICIDADE
[0097] A evidência de fitotoxicidade foi monitorada em plantas de feijão pulverizadas a uma taxa de uso de campo de 125 gai/ ha ou 625 ppm, conforme descrito acima. A porcentagem de folhagem exibindo fitotoxicidade foi determinada e avaliada de acordo com o seguinte sistema de pontuação, em que: 1 = traço (< 5%), 2 = leve (5-10%), 3 = moderado (11-25%) e 4 = grave (> 25%) e N = necrose.
E STABILIDADE DE CRISTALIZAÇÃO
[0098] Para determinar a estabilidade, as amostras das formulações foram diluídas em água a 1 x em soluções de pulverização de taxa de utilização de campo (125 g de ai/ ha ou 625 ppm) e mantida durante 0, 24 ou 48 horas em condições ambientais. As misturas aquosas de pulverização foram examinadas sob um microscópio com ampliação de 400- 630x para evidências de formação de cristais. O seguinte sistema de classificação com base no número de cristais observados no campo de visão do microscópio foi usado: Escala qualitativa de cristalização visual (cristais por célula): 1 = traço (vários cristais em vários campos de visão), 2 = leve (vários cristais em um campo de visão), 3 = moderado (muitos cristais em um campo de visão) e 4 = extremo (vários cristais em um campo de visão).
TABELA 1 EXEMPLOS DE FORMULAÇÃO 1 – 5 / C6 Componente (% em 1 2 3 4 5 C6 peso) Fluindapir AI@ 6,20 9,00 9,00 9,10 9,20 0 Protioconazol AI 7,80 11,40 11,30 11,30 0 0 Tebuconazol AI 0 0 0 0 0 12,50 TEHP solvente 59,20 0 0 0 0 0 Tri-isobutil fosfato solvente 0 61,80 62,00 61,80 73,20 67,90 Dimetil Adipato solvente 14,80 0 0 0 0 0 Rhodacal® 60/BE emulsionante 4,00 0 0 0 0 0 Soprophor® 4D384 emulsionante 0 11,60 0 11,60 11,20 12,90 Soprophor® 3D33 LN emulsionante 0 0 11,40 0 0 0 Soprophor® BSU emulsionante 8,00 0 0 0 0 0 Emulsogen® EL360 tensoativo 0 0 0 6,20 0 0 Toximul® 8241 (CSO-30) tensoativo 0 6,10 6,20 0 6,40 6,80 Total 100 100 100 100 100 100 @AI = ingrediente ativo.
TABELA 2 EXEMPLOS DE FORMULAÇÃO C7 – C9 / 10-11 C7 C8 C9 10 11 Componente (% em peso) Fluindapir 6,5 42,7 42,7 6,5 6,22 Protioconazol 0 0 0 0 7,78 Tris(2-etilhexil)fosfato 0 0 0 39 51,8 Tri-octil fosfato 0 0 0 0 0 Dimetil Adipato 0 0 0 39,5 22,2 N,N-Dimetil decanamida 40,5 0 0 0 0 oleato de metila 38 0 0 0 0 Nimbus (adicionado no tanque de 0 0 0,5a 0 0 pulverização) Rhodacal® 60/ BE 5 0 0 5.0 5.0 ® Sopraphor 796/ P 10 0 0 0 5.0 Ecosurf EH-6 0 0 0 0 2.0 Rhodasurf BC630 0 0 0 7,5 0 Toximul 8320 0 0 0 2,5 0 glicerina 0 8 8 0 0 Pluraflo® L1060 0 2,5 2,5 0 0 Morwet D-425 0 1,5 1,5 0 0 Sokalan K30P 0 0,3 0,3 0 0 água 0 45 45 0 0 Total 100 100 100 100 100 a concentração (% em peso) na solução final do tanque de pulverização.
TABELA 3
RESISTÊNCIA À CHUVA Formulação Lavagem da Folha (taxa aplicada Recuperado Recuperado Extração de Folha Total Recuperado de AI) (água) (acetonitrila) ug % em ug % em ug % em ug % em peso* peso* peso* peso* C7 (100 ppm) 0,94 30 0,8 25 1,4 44 3,1 100 C7 (300 ppm) 2,42 26 1,3 15 5,4 59 9,2 100 C8 (300 ppm) 0,29 3 8,0 94 0,2 2 8,5 100 C9 (300 ppm) 1,57 15 4,5 42 4,7 43 10,8 100 10 (100 ppm) 0,66 17 0,7 18 2,5 65 3,8 100 10 (300 ppm) 2,31 22 2,1 20 5,8 56 10,5 98 11 (100 ppm) 0,3 14 0,4 18 1,5 67 2,2 100 11 (300 ppm) 0,8 14 1,2 22 3,5 64 5,5 100 * Com base no ativo total recuperado nas lavagens e na extração.
[0099] Nenhuma fitotoxicidade foi observada a 300 ppm ou 62,5 g de ai/ ha, nestes testes. Um concentrado de suspensão (C8) teve absorção foliar pobre, o que foi um pouco melhorado pela adição de óleo de colheita (C9) como uma mistura de tanque. Os concentrados de emulsão com fosfatos de trialquila (formulações 10 e 11) mostraram penetração foliar melhorada em comparação com um concentrado de emulsão compreendendo N,N-dimetil decanamida e oleato de metila, mas nenhum fosfato de trialquila (C7).
TABELA 4 EXEMPLOS DE FORMULAÇÃO 12 – 13 / C14-C16 Componente (% em 12 13 C14 C15 C16 peso) Fluindapir ingrediente ativo 6,31 6,2 6,47 6,32 6,39 Protioconazol ingrediente ativo 7,93 7,8 7,37 8,08 8,15 TEHP solvente 35,2 59,2 0 0 0 Dimetil Adipato solvente 0 14,8 0 0 0 Hallcomid 1025 solvente 35,1 0 46,4 70,03 34,5 oleato de metila solvente 0 0 23,1 0 0 2-octanona solvente 0 0 0 0 34,8 Rhodacal 60/ BE emulsionante 3,1 4,0 4,93 4,66 4,83 Soprophor 796/ P tensoativo não iônico 12,3 0 11,8 6,22 6,44 Soprophor BSU emulsionante 0 8,0 0 0 0 Ecosurf EH-6 emulsionante 0 0 0 4,66 4,83 Total 100 100 100 100 100
TABELA 5
FORMAÇÃO DE CRISTAL/ FITOTOXICIDADE (FEIJÃO E CEVADA) Formação de Cristal em Fitotoxicidade solução de pulverização Feijão Pinto Cevada 625 ppm 313 ppm 625 ppm 313 ppm taxa de uso 300 ppm (125 g/ ha) (63 g/ ha) (125 g/ ha) (63 g/ ha) Formulação 1 0 0,3 0 0 0 C7 0 1,0 0 0 0 C8 N/D 0 0 0 0 C9 N/D 0 0 0 0 12 0 1,8 0 0,1 0,1 13 0 0,3 0 0 0 C14 0 0,8 0,3 0,3 0,1 C15 0 3,3 1,0 0,7 0 C16 0 1,3 0 0,1 0
TABELA 6
RESISTÊNCIA À CHUVA (FEIJÃO E CEVADA) Lavagem de Folha % Recuperado Extração de Folha Formulação % Recuperado em lavagem com % Recuperado na lavagem com água acetonitrila Feijão Feijão Pinto Cevada Feijão Pinto Cevada Cevada Pinto 1 9 - 20 - 66 - C7 12 33 7 12 60 44 C8 4 15 99 35 3 9 C9 5 17 41 37 47 37 12 8 32 19 21 63 47 13 9 23 23 24 60 54 C14 28 38 15 14 53 29 C15 32 41 46 26 21 16 C16 35 60 55 22 15 16
TABELA 7
EXEMPLOS DE FORMULAÇÃO 17-23 17 18 19 20 21 22 23 Componente ingrediente Fluindapir 9,2 9,1 9,2 9,2 9,0 9,27 9,2 ativo ingrediente Protioconazol 11,2 11,2 11,6 11,4 11,2 11,4 11,5 ativo Tri-isobutil fosfato solvente 62,1 51,7 52,1 52,0 52,0 30,5 65 TEHP solvente 0 0 0 0 0 31,2 0 Dimetil Adipato solvente 0 0 9,9 0 0 0 0 Oleato de metila solvente 0 10 0 0 0 0 0
Componente Dimetil lactamida solvente 0 0 0 10,2 0 0 0 Dimetil decanamida solvente 0 0 0 0 10,0 0 0 Soprophor® 4D384 emulsionante 11,4 10,6 10,7 10,9 10,9 11,3 0 Antarox® B848 emulsionante 6,1 7,4 6,5 6,2 6,8 6,3 0 Rhodacal 60/ BE emulsionante 0 0 0 0 0 0 3,0 Soprophor TS10 emulsionante 0 0 0 0 0 0 5,9 Emulsogen EL360 emulsionante 0 0 0 0 0 0 5,8 Total 100 100 100 100 100 100 100
[00100] As composições da Tabela 7 não exibiram crescimento de cristal em repouso. Como mostrado na Tabela 8, as composições 13 e 22 compreendendo tris(2-etilhexil)fosfato (TEHP) mostraram melhor penetração na folha. A Tabela 9 resume que essas composições exibiram pouca ou nenhuma fitotoxicidade nos brotos de feijão.
TABELA 8 Lavagem de Folha Recuperado Recuperado Total Extração de Folha Formulação na lavagem com em lavagem com Recuperado água acetonitrila ug % ug % ug % ug % C7 1,4 19 1,85 20 4,6 61 7,5 100 C8 0,93 6 14,0 93 0,5 3 15,0 100 13 1,4 12 5,0 43 5,3 46 11,6 100 17 4,25 45 4,1 43 1,1 12 9,3 99 18 4,76 48 3,8 39 1,3 13 9,9 100 19 3,65 47 3,5 45 0,6 8 7,7 100 20 3,61 44 3,6 44 1,0 12 8,2 100 21 4,61 47 3,6 37 0,9 9 9,8 100 22 1,41 20 1,5 21 4,2 59 7,1 100 23 2,6 42 2,8 46 0,7 11 6,0 99 TABELA 9
FITOTOXICIDADE DO FEIJÃO Taxa de uso 625 ppm (125 g/ ha) Formulação Rep 1 Rep 2 C8 0 0 13 0 0 17 0,5N 0,5N 18 2N 2N 19 1N 0 20 0 0,5N 21 2N 0,5N 23 1N 0
TABELA 10 EXEMPLOS DE FORMULAÇÃO 24 – 26 / C17-C18 Componente C17 24 24B 25 C18 26 Fluindapir 10,6 10,23 10 8,83 0 0 Protioconazol 0 0 0 11,02 0 0 Difenoconazol 0 0 0 0 11,8 11,4 N,N-Dimetil decanamida 59,4 0 38 0 0 48,4 N,N-Dimetil nonanamida 0 37,70 0 32,87 0 0 2-octanona 0 0 0 0 51,4 0 Tris(2-etilhexil)fosfato 0 37,77 0 32,64 0 11,9 2-metilfenil fosfato de difenila 0 0 38 0 0 0 Oleato de metila 0 0 0 0 0 0 Propileno glicol 10 0 0 0 10,8 0 Soprophor® TSP/ 724 10 0 0 0 0 0 Rhodacal® 60/BE 0 4,01 4 3,96 0 0 Sopraphor® 796/P 0 5,08 5 5,15 0 0 Soprophor® BSU 0 4,95 5 5,09 0 9,89 Antarox® PLG/ 254 10 0 0 0 0 5,93 Toximul® 8242 (CSO-40) 0 0 0 0 0 3,06 Toximul® SEE-341 0 0 0 0 10,92 0 Atlas TM G-5002L 0 0 0 0 5,23 0 Total 100 100 100 100 100 100 TABELA 11 EXEMPLOS DE FORMULAÇÃO 27 – 34 Componente 27 28 29 30 31 32 33 34 Fluindapir 9,68 10,31 10,6 10 9,81 10,2 10,13 10,25 N,N-Dimetil decanamida 0 0 38 0 39 34,2 0 23,56 Tris(2-etilhexil)fosfato 38,45 34,39 38 37,43 0 0 0 22,84 Tri-isobutil fosfato 36,9 34,66 0 37,43 36,74 35,13 69,43 22,84 Soprophor® 4D384 9,54 4,13 0 0 0 3,94 4,01 4,33 Antarax® B848 5,12 6,24 0 0 0 0 6,48 0 Soprophor® BSU 0 0 5 5,4 4,83 5,85 0 6,03 Rhodacal® 60/ BE 0 2,91 4 4,42 4,38 2,9 3,09 2,89 Sopraphor® 796/ P 0 4,92 5 5,04 4,98 4,87 5,10 4,90% EcosurfTM EH-6 0 2,17 0 0 0 2,64 1,49 2,11 Total 100 100 100 100 100 100 100 100
[00101] As tabelas 12, 13 e 15 resumem as composições que compreendem fluindapir e protioconazol.
TABELA 12 EXEMPLOS DE FORMULAÇÃO C19 – 21 / 35 – 37 Componente C19 C20 C21 35 36 37 Fluindapir 6,5 6,6 6,4 6,35 8,91 8,87 Protioconazol 8,1 8,3 8,2 7,96 11,06 11,26 Hallcomid 1025 46,8 34,5 69,9 34,89 32,66 0 Oleato de metila 23 0 0 0 0 0 2-octanona 0 34,5 0 0 0 0 Tris(2-etilhexil)fosfato 0 0 0 34,96 32,61 30 Tri-isobutil fosfato 0 0 0 0 0 35 EcosurfTM EH-6 0 4,8 3,1 0 0 0 Soprophor® BSU 0 0 0 0 6,08 0 Rhodacal® 60/BE 4,7 4,8 6,2 3,15 3,11 2 Sopraphor® 796/P 11 6,4 6,2 12,27 5,14 5 Soprophor® 4D384 0 0 0 0 0 4 Antarox® B848 0 0 0 0 0 4 Total 100 100 100 100 100 100 TABELA 13 EXEMPLOS DE FORMULAÇÃO 38 – 47 Componente 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 Fluindapir 6,2 9 9 9 9,1 9,2 9,2 9,2 9,2 9,3 Protioconazol 7,8 11,2 11,2 11,2 11,2 11,6 11,4 11,4 11,2 11,4 N,N-dimetil decanamida 0 0 0 0 0 0 0 10,0 0 0 Oleato de metila 0 0 0 0 10,0 0 0 0 0 0 Tris(2-etilhexil)fosfato 59,2 0 0 0 0 0 0 0 0 31,2 Tri-isobutil fosfato 0 65,3 64,9 62,4 51,7 52,1 52,0 52,0 62,1 30,5 Dimetil Adipato 14,8 0 0 0 0 9,9 0 0 0 0 Dimetil lactamida 0 0 0 0 0 0 10,2 0 0 0 Rhodacal® 60/ BE 4,0 2,9 5,8 0 0 0 0 0 0 0 Soprophor® 4D384 0 0 0 11,3 10,6 10,7 10,9 10,9 11,4 11,3 Antarox® B848 0 0 0 0 7,4 6,5 6,2 6,5 6,1 6,3 Soprophor® BSU 8,0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Soprophor® TS10 0 5,8 3,9 0 0 0 0 0 0 0 Emulsogen® EL360 0 5,8 0 0 0 0 0 0 0 0 Agnique® CSO-35 0 0 4,8 0 0 0 0 0 0 0 Toximul® 8241 (CSO-30) 0 0 0 6,1 0 0 0 0 0 0 Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
[00102] A Tabela 14 resume o teste de penetração na folha para muitas formulações listadas nas Tabelas 12 e 13. Os dados mostram que a penetração é melhorada para formulações que compreendem TEHP e, especialmente, para formulações que compreendem TEHP e TIBP.
TABELA 14 Lavagem de Folha % % Recuperado % Recuperado Formulação Recuperado Total na lavagem com na extração de (625 ppm) na lavagem Recuperado acetonitrila folhas com água C17 41 44 15 100 24B 51 35 14 100 27 7 18 75 100 28 28 18 53 99 29 44 35 21 100 30 8 26 66 100 31 36 53 11 100 33 58 31 11 100 35 5 51 45 100 36 11 28 61 100 37 9 55 42 100 38 11 25 65 100 39 37 44 19 100 42 48 39 13 100 43 47 45 8 100 44 44 44 12 100 45 47 37 9 100 46 45 43 12 99 47 20 21 59 100
TABELA 15 Exemplo 48 C22 C23 49 C24 C25 50 51 C26 52 Componente Fluindapir 8,76 8,87 8,79 8,65 8,41 8,31 8,84 8,45 8,98 8,44 Protioconazo 10,8 11,0 11,5 11,0 10,3 10,3 11,1 10,5 11,2 10,6 l 5 3 0 5 6 8 4 3 2 7 N,N-Dimetil 34,0 32,9 0 0 0 0 0 0 0 0 decanamida 9 3 Hallcomid® 33,7 35,4 32,3 33,3 0 0 0 0 0 0 1025 1 7 4 5 29,7 34,3 29,8 33,1 15,0 TEHP 0 0 0 0 0 0 0 8 1 6 34,5 35,3 35,0 33,1 32,8 34,6 2-octanona 0 0 65 15,2 5 8 8 6 7 6 Propileno 23,1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 glicol 1 Rhodiasolv® 0 0 0 0 0 0 0 0 0 11,2 Polarclean Antarox® 0 3,27 3,38 3,11 3,1 2,98 3,8 2,9 3,1 0 PLG/ 254 Dextrol™ 8,99 0 0 0 0 5,86 5,31 0 5,7 0 OC-180HS Soprophor® 11,6 11,2 0 6,93 7,1 6,99 6,84 5,94 6 0 BSU 3 4 Antarox® 6,73 0 0 0 0 0 0 0 0 0 B848 Toximul® 10,1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 SEE 341 2
AtlasTM G- 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5,79 5002L Total 100 100 100 100 100 100 100 100 100 100
[00103] A Tabela 16 resume as formulações que compreendem fluindapir, azoxistrobina e/ ou difenoconazol.
TABELA 16 Exemplo 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 Fluindapir 7,5 8,5 7,6 8,5 8,3 8,3 8,3 8,2 8,3 7,4 7,4 7,5 7,6 Azoxistrob 7,8 8,4 7,8 8,5 8,4 0 0 0 0 7,6 7,5 7,5 7,6 ina Difenocon 10, 10, 10, 10, 9,0 0 0 0 0 9,3 9,4 9,4 9,5 azol 2 2 1 1 16, 16, 14, AMD101 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 8 0 9 16, 16, 14, 10252 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5 2 7 15, 16, 14, TEHP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 8 16, 16, 15, TIBP 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 4 2 1 23, 26, 25, 25, 25, 25, 25, 25, 25, 23, 23, 23, 23, AMD 3L3 5 2 7 8 9 5 6 0 6 4 3 7 3 4Polarclea 11, 12, 17, 12, 12, 12, 12, 13, 12, 12, 12, 11, 12, n 4 7 6 7 7 6 6 0 9 2 4 5 1 5BDE-1 10, 11, 10, 10, 11, 10, 10, 11, 10, 10, 10, 9,8 9,9 0 0 2 8 2 7 9 2 7 2 5 6SEE341 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 10, 9,8 9,7 9,8 9,8 14 91 38 84 81 58 57 54 61 8 2 3 7 Atlas G- 5,6 5,9 5,6 6,5 5,9 5,9 5,8 5,7 5,8 5,3 5,3 5,4 5,4 5002L 6 2 9 0 1 0 8 5 3 3 7 3 5 10 10 10 10 100 100 100 100 100 100 100 100 100 0 0 0 0 1Agnique® AMD10; 2Hallcomid® 1025; 3Agnique® AMD 3L; 4Rhodiasolv® Polarclean; 5Atlox Solval BDE-1; 6Toximul® SEE 341.
[00104] Conforme demonstrado pelos dados resumidos na Tabela 17, as formulações compreendendo TEHP (55, 59 e 63) demonstraram maior penetração de fluindapir na folha em comparação com formulações sem TEHP. A comparação dos Exemplos 55, 59, e 63 para a formulação SC comercial Quadris Topo® mostra que TEHP também melhora a penetração na folha de azoxistrobina e defenoconazol.
TABELA 17 Penetração % de ativo aplicado encontrado na folha Formulação fluindapir azoxistrobina difenoconazol 54 7 5 N/D 55 42 17 N/D 56 10 10 N/D 57 10 9 N/D 58 8 N/D 10 59 37 N/D 39 60 13 N/D 21 61 14 N/D 18 62 6 3 6 63 41 14 39 64 10 8 12 65 13 10 13 C7 48 N/D N/D Quadris Top® SC (18,2% azoxistrobina + N/D 2 5 11,4% difenoconazol)
[00105] Tris(2-etilhexil)fosfato (TEHP) foi adicionado a um concentrado de suspensão no tanque de pulverização para determinar o efeito de um fosfato de trialquila como uma mistura de tanque na melhoria da penetração na folha.
TABELA 18
EXEMPLOS DE FORMULAÇÃO 24 C8 C27 66 Descrição C8 + Óleo* C8 + TEHP* Componente Fluindapir 10,23 42,7 42,7 42,7 Tris(2-etilhexil)fosfato 37,77 0 0 0,448 * N,N-Dimetil nonanamida 37,70 0 0 0 Rhodacal® 60/ BE 4,01 0 0 0 Sopraphor® 796/ P 5,08 0 0 0 Sopraphor® BSU 4,95 0 0 0 glicerina 0 8 8 8 Pluraflo® L1060 0 2,5 2,5 2,5 Morwet D-425 0 1,5 1,5 1,5 Sokalan® K30P 0 0,3 0,3 0,3 água 0 45 45 45 Dyne-Amic* 0 0 0,625 * 0 % TEHP na solução de 0,00112 0 0 0,00112 pulverização final Razão de Fluindapir para TEHP 1: 3,6 1: 3,5 na solução de pulverização final
*adicionado como um formulante de mistura de tanque.
[00106] As formulações foram pulverizadas a 312 ppm da formulação em testes de penetração nas folhas. Os resultados estão resumidos na Tabela 19. A penetração superior na folha foi observada quando um concentrado emulsionável compreendendo TEHP foi pulverizado na folha (Formulação 24). O concentrado em suspensão (C8) apresentou baixa penetração foliar. A adição de uma mistura de óleo/ tensoativo como uma mistura em tanque com suspensão concentrada C8 proporcionou penetração foliar melhorada (C27), mas ainda não tão boa como mostrado pela EC que compreende TEHP (24). Adicionar TEHP como um formulante de tanque de pulverização (Formulação 66) à formulação SC proporcionou penetração foliar comparável à da formulação EC 24. Pluraflo® L1060 estava na formulação SC base, mas não proporcionou boa penetração foliar. Assim, a penetração na folha melhorada exibida pela Formulação 54 é um resultado do TEHP.
TABELA 19 % Total de % Total de acetonitrila % Total Lavagem total da Formulação lavagem de folhas na lavagem de folhas na folha folha + extrato H2O C8 4 91 4 99 C27 7 48 45 100 24 13 18 69 100 66 20 15 65 100
[00107] Exemplos adicionais de uso de TEHP em diferentes proporções do ingrediente ativo como um formulante de mistura em tanque com um concentrado de suspensão estão resumidos nas Tabelas 20 e 21.
TABELA 20 Exemplo de mistura de tanque 67 68 69 70 C8 + 0,0012% C8 + 0,0021% C8 + 0,003% C8 + 0,0076% Descrição TEHP* TEHP* TEHP* TEHP* Razão de Fluindapir para TEHP na 1: 4 1: 7 1:10 1:25 solução de pulverização final
TABELA 21 % Total de % Total de acetonitrila % Total Lavagem total da Formulação lavagem de folhas de lavagem de folhas na folha folha + extrato H2O C8 3 90 7 100 24 12 23 66 101 67 6 40 54 100 68 4 23 73 100 69 2 32 66 100 70 2 32 66 100
TESTES DE CONTROLE DE DOENÇAS
[00108] Testes de estufa e de campo foram realizados em patógenos de cereais que afetam o trigo de inverno e/ ou cevada, incluindo.
[00109] Mancha da Folha da Septoria do Trigo, causada por Mycosphaerella graminicola (Sinônimo: Septoria tritici, nome taxonômico correto: Zymoseptoria tritici).
[00110] Mancha da gluma do trigo (Stagonospora Blotch), causada por Parastagonospora nodorum (Phaeosphaeria nodorum).
[00111] Mancha bronzeada do trigo, causada por Drechslera tritici-repentis (Pyrenophora tritici-repentis).
[00112] Ferrugem da Folha do Trigo, causada pelo fungo da ferrugem Puccinia. Puccinia triticina causa ‘ferrugem preta’, P. recondita causa ‘ferrugem marrom’ e P. striiformis causa ‘ferrugem amarela’.
[00113] As doenças da cevada incluem Rhyncosporium (Rhynchosporium secalis), Mancha de rede (Pyrenophora teres), Ramularia (Ramularia collo-cygni), Ferrugem marrom (Puccinia hordei) e Ferrugem amarela (Puccinia striiformis f. sp. Hordei).
[00114] Nas tabelas, os testes curativos incluem a aplicação da formulação n dias após a inoculação e os testes preventivos incluem a aplicação da formulação imediatamente antes da inoculação.
TABELA 22 Ferrugem da Folha do Trigo Taxa (g ai/ % de Controle de % Doença em Controles ha) Doenças inoculadosa Formulação 35 36 37 5 69 - - 25 Curativo de 2 10 68 - - - dias 50 99 - - - 5 78 46 63 19 Curativo de 4 10 84 71 80 - dias 150 98 98 98 - 5 13 - - 25 Curativo de 5 10 43 - - - dias 50 83 - - - aPorcentagem (% área) de área doente na folha de um controle inoculado.
TABELA 23 Taxa (g ai/ % de Controle de % Doença em Controles ha) Doenças inoculados Formulação C17 28 10 14 10 16 Curativo de 2 100 51 43 dias 300 67 66 Formulação 35 36 37 1 13 23 11 10 67 49 52 7 Curativo de 2 150 42 41 71 dias 1 65 38 52 10 75 71 75 31 150 84 75 66 1 10 - - Curativo de 5 10 2 - - 41 dias 150 32 - - 1 20 - - 0 dias 10 60 - - 16 preventivos 150 95 - - Formulação C7 0 dias 10 28 25 preventivos 100 60
Taxa (g ai/ % de Controle de % Doença em Controles ha) Doenças inoculados 300 88
[00115] Ensaios de campo na Europa com trigo de inverno mostraram que a combinação de amida de cadeia longa e tris(2-etilhexil)fosfato (como na Formulação 35) produziu um nível de eficácia significativamente maior e mais robusto em doenças-chave, como Mancha em Folha de Septoria (Zymoseptoria tritici) do que as composições comparativas que não incluem tris(2-etilhexil)fosfato.
[00116] Sete testes de campo foram conduzidos para comparar uma formulação desta invenção a formulações sem um fosfato. Cada uma das composições de EC compreendia fluindapir a cerca de 60 g/ L e protioconazol a cerca de 75 g/ L. Todos os ensaios foram conduzidos para fornecer uma taxa de campo igual de protioconazol de 150 g/ ha. O padrão foi Aviator Xpro®, um EC que compreende uma combinação de 75 g/ L de bixafen e 150 g/ L de protioconazol. Ferrugem amarela (Puccinia striiformis), ferrugem marrom (Puccinia triticina) e oídio (Blumeria graminis f. Sp. Tritici) foram 100% controlados por todos os tratamentos. A Tabela 20 resume os resultados dos gráficos de teste de campo em que o controle de Mancha em Folha de Septoria fornecido pelas formulações de teste foi comparado com o padrão comercial. O número de plotagens cujo desempenho caiu dentro de cada uma das categorias é relatado na Tabela 20. Os resultados indicam que a Formulação 35 teve um desempenho melhor do que as outras formulações de teste e geralmente igual ou superior ao padrão.
TABELA 24 Tempo Significativam Numericame Numericame Significativam de Formulaçã Igu ente mais nte mais nte mais ente mais aplicaç o al fraco1 fraco forte forte1 ão Folha 1 C19 1 5 0 1 0 (Folha C20 0 4 2 1 0 de C21 1 4 1 1 0
Bandeir C17 + a) mistura de tanque de 0 3 1 3 0 protiocona zol 35 0 1 1 5 0 C19 0 4 1 2 0 C20 0 5 1 1 0 C21 0 5 2 0 0 C17 + Folha 2 mistura de tanque de 0 7 0 0 0 protiocona zol 35 0 2 2 3 0 1p = 0,05, Student-Newman-Keuls.
[00117] As mesmas formulações também foram testadas em cevada de inverno. Nos testes de campo com cevada, todas as formulações de teste forneceram controle de Ramularia (Ramularia collo-cygni) equivalente ao padrão. As formulações 35 e C21 indicaram melhor eficácia em comparação com as outras composições de teste contra Rhyncosporium (Rhynchosporium secalis), comparável ao padrão. A formulação 35 teve um desempenho melhor do que a formulação C21, e as outras formulações contra Mancha de rede de cevada (Pyrenophora teres), comparável ao padrão.

Claims (20)

REIVINDICAÇÕES
1. COMPOSIÇÃO PARA PROTEÇÃO DE CULTURAS AGRÍCOLAS, caracterizada por compreender: (A) um inibidor da succinato desidrogenase (SDHI); e (B) um éster fosfórico da fórmula (R1O)(R2O)(R3O)P = O, em que: (i) R1 representa alquila de cadeia linear ou ramificada tendo 4 a 12 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4; (ii) R2 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4; e (iii) R3 representa alquila de cadeia linear ou ramificada possuindo 2 a 8 átomos de carbono, ou fenila opcionalmente substituída por 1-3 grupos alquila C1-C4.
2. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo SDHI compreender uma amida de 4-aminoindano.
3. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 2, caracterizada pelo SDHI compreender 3-difluorometil-N-(7- fluoro-1,1,3-trimetil-4-indanil)-1-metil-4-pirazolocarboxamida (fluindapir).
4. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pelo SDHI ser um SDHI não indanil.
5. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 4, caracterizada pelo SDHI ser bixafen.
6. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 5, caracterizada por: (i) R1 representar n-butila; iso-butila; sec-butila; terc-butila; n- pentila; n-hexila; 2-etil-hexila; n-heptila; n-octila; iso-octila; n-nonila; iso-nonila; n-
decila; n-dodecila; iso-dodecila; fenila; 3-metil fenila; 2,4-dimetil fenila; isopropil fenila; ou t-butil fenila; (ii) R2 representar n-butila; iso-butila; sec-butila; terc-butila; n- pentila; n-hexila; 2-etil-hexila; n-heptila; n-octila; iso-octila; fenila; 3-metil fenila; 2,4-dimetil fenila; isopropil fenila; ou t-butil fenila; e (iii) R3 representar um grupo n-butila; iso-butila; sec-butila; terc- butila; n-pentila; n-hexila; 2-etil-hexila; n-heptila; n-octila; iso-octila; fenila; 3-metil fenila; 2,4-dimetil fenila; isopropil fenila; ou t-butil fenila.
7. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 6, caracterizada pelo éster fosfórico ser selecionado a partir de: tris-(2-etil- hexil)fosfato; tri-n-octil fosfato; tri-iso-butil fosfato; e misturas dos mesmos.
8. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 1, caracterizada pela formulação não incluir um segundo solvente.
9. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 8, caracterizada por compreender ainda pelo menos um outro solvente selecionado a partir do grupo que consiste em: solventes orgânicos aromáticos; parafinas; álcoois; ésteres; óleos minerais ou vegetais; cetonas; amidas; sulfóxidos; sulfonas; e misturas dos mesmos, em que o éster fosfórico está presente em uma concentração de cerca de 10 a cerca de 80% em peso da composição, com a condição de que a composição compreenda de cerca de 50 a cerca de 85% em peso de solvente total com base no peso da composição, e em que o solvente total é a quantidade combinada de éster fosfórico mais outro solvente presente na composição.
10. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 9, caracterizada por compreender ainda um inibidor de cristalização, em que o inibidor de cristalização é uma amida de fórmula R4CONR5R6, em que:
(i) R4 compreende alquila C5-C19 saturada, alquila C5-C19 monoinsaturada, ou alquila C2-C19 saturada ou monoinsaturada substituída por -OH; (ii) R5 compreende alquila C1-C6; e (iii) R6 compreende H ou alquila C1-C6.
11. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 9, caracterizada pelo outro solvente compreender um éster de dialquil adipato.
12. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 11, caracterizada por compreender ainda um componente [C] que é um fungicida selecionado a partir do grupo que consiste em: i) azois; ii) derivados de amino; iii) estrobilurinas; iv) compostos anti-oídio específicos; v) anilina-pirimidinas; vi) benzimidazois e análogos; vii) dicarboximidas; viii) compostos polihalogenados; ix) indutores de SAR; xi) acilalaninas; xii) compostos anti-peronospóricos; xiii) ditiocarbamatos; xiv) arilamidinas; xv) ácido fosforoso e derivados; xvi) amidas fungicidas; xvii) heterociclos de nitrogênio; e misturas dos mesmos.
13. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 12, caracterizada pelo componente [C] ser selecionado a partir de: (1) um azol selecionado a partir do grupo que consiste em difenoconazol, flutriafol, epoxiconazol, protioconazol e tebuconazol; ou (2) uma estrobilurina selecionada a partir do grupo que consiste em: azoxistrobina, fluoxastrobina, cresoxim-metil, picoxistrobina, piraclostrobina ou trifloxistrobina; ou qualquer combinação dos mesmos.
14. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 1 a 13, caracterizada por compreender uma combinação de uma estrobilurina e um fungicida azol.
15. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 14, caracterizada por compreender azoxistrobina e um azol selecionado a partir do grupo que consiste em difenoconazol e protioconazol.
16. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 3, caracterizada por fluindapir ser uma mistura enantiomérica compreendendo enantiômeros R-fluindapir e S-fluindapir.
17. COMPOSIÇÃO, de acordo com a reivindicação 16, caracterizada pela mistura ser enriquecida em, ou consiste essencialmente em R-fluindapir.
18. COMPOSIÇÃO, de acordo com qualquer uma das reivindicações 12 a 17, caracterizada pela razão em peso entre o componente (A) e o componente [C] variar de 1:20 a 20: 1.
19. MÉTODO PARA CONTROLAR FUNGOS FITOPATOGÊNICOS EM CULTURAS AGRÍCOLAS, caracterizado por compreender a aplicação de uma dose eficaz de uma composição, conforme definida na reivindicação 1 em: (a) plantas a serem protegidas; e/ ou (b) sementes das referidas plantas antes da semeadura; e/ ou (c) solo em que as referidas plantas crescem.
20. MÉTODO, de acordo com a reivindicação 19, caracterizado pelos fungos serem selecionados a partir de fungos no grupo que consiste em: Basidiomicetos, Ascomicetos, Deuteromicetos ou fungos imperfeitos, Oomicetos, Puccinia spp., Ustilago spp., Tilletia spp., Uromyces spp., Phakopsora spp., Rhizoctonia spp., Erysiphe spp., Sphaerotheca spp., Podosphaera spp., Uncinula spp., Helminthosporium spp., Rhynchosporium spp., Pyrenophora spp., Monilinia spp., Sclerotinia spp., Septoria spp.
(Mycosphaerella spp.), Venturia spp., Botrytis spp., Alternaria spp., Fusarium spp., Cercospora spp., Cercosporella herpotrichoides, Colletotrichum spp.,
Pyricularia oryzae, Sclerotium spp., Phytophtora spp., Pythium spp., Plasmopara viticola, Peronospora spp., Pseudoperonospora cubensis ou Bremia lactucae.
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